Monthly Archives: September 2022

09 18 Lc 16, 1-13 DOMINGO XXV DO TEMPO COMUM

 

A PARÁBOLA DO ADMINISTRADOR ASTUTO – Lucas 16:1-13 | Mission Venture Ministries em Português

09 18 Lc 16, 1-13 DOMINGO XXV DO TEMPO COMUM

EVANGELHO – Forma longa Lc 16, 1-13
«Não podeis servir a Deus e ao dinheiro»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador, que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens. Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar’. O administrador disse consigo: ‘Que hei-de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho força, de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei-de fazer, para que, ao ser despedido da administração, alguém me receba em sua casa’. Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’. Ele respondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe: ‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’. A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’. Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e escreve oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes. Ora Eu digo-vos: Arranjai amigos com o vil dinheiro, para que, quando este vier a faltar, eles vos recebam nas moradas eternas. Quem é fiel nas coisas pequenas também é fiel nas grandes; e quem é injusto nas coisas pequenas também é injusto nas grandes. Se não fostes fiéis no que se refere ao vil dinheiro, quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não fostes fiéis no bem alheio, quem vos entregará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque, ou não gosta de um deles e estima o outro, ou se dedica a um e despreza o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro».
Palavra da salvação.

          REFLEXÃO

         Jesus nesta passagem evangélica alerta  os seus discípulos  para o  perigo da  riqueza :  Não podeis servir a Deus e ao dinheiro    Se servimos   a Deus, fonte de bondade,  não podemos fazer do dinheiro um deus fonte de maldade e de opressão. Deus convida-nos  diariamente ao altruísmo enquanto o deus  dinheiro nos  leva ao egoísmo, à procura insaciável de todos os prazeres da vida em detrimento dos nossos irmãos pobres e abandonados

           Como cristãos somos chamados por Deus para administrar com a esperteza do administrador infiel da parábola a Vida que Ele nos deu e que um dia nos será tirada. Mesmo que cheguemos a uma longa idade  não escaparemos de um dia nos encontrarmos com o Pai do Céu.

          Em suma. O Evangelho convida-nos a administrar os bens recebidos por Deus   e distribuindo-os  em favor dos outros. Uma pessoa deixou escrito no seu diário poucos dias antes de morrer: “Pressinto que vou fazer uma viagem sem retorno e só posso levar na mala o que dei durante a vida”

            Jesus dirá a cada um de nós no dia certo mas  a hora incerta  em Mateus 35:35-45  “tive fome, e deste-me  de comer; tive sede, e deste-me  de beber; fui estrangeiro, e acolheste-me ;36necessitei de roupas, e vestistes-me …(cf mt 35:35-45)

          Sejamos, pois, administradores sábios e sagazes , tomemos providências para o futuro aplicando os nossos bens na Obra do Espírito . O Senhor Jesus ensinou : Mateus 6.19: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e os ladrões roubam.”, 20- Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. 21- Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Por mais grandioso e poderoso seja o patrimônio de alguém, com certeza sofrerá um dia o desgaste do tempo, ficará velho, precisará de reformas ou ainda poderá deixar de existir.

 Jesus repetiu nos seus ensinamentos a palavra : Felizes, felizes, felizes… . Felizes os pobres, os mansos, os que têm fome e sede da justiça, os que não viram, e creram! (cf. Mt 5,3-12; Jn 20,29). O Deus de Jesus Cristo veio para nos dar a felicidade (Jo 10,10)  mesmo neste mundo mas esta não se encontra na riqueza, nem o poder, nem o êxito fácil, nem a fama, senão o amor pobre e humilde de quem tudo o espera.

 Oração

Deus , nosso Pai ensinai-nos a pôr toda a nossa confiança em vós, pois vós nos amais e sabeis o que precisamos. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia, Senhor, e libertai-nos da apego insaciável dos bens deste mundo , possamos partilhar o nosso pão com todo o faminto e procurar o vosso reino de Paz e Amor

09 17 Lc 8, 4-15 Sábado da semana XXIV

Lc 8, 4-15 Sábado da semana XXIV

EVANGELHO Lc 8, 4-15
«A semente que caiu em boa terra são aqueles
que conservam a palavra e dão fruto pela sua perseverança»

Depois da parábola da semente lançada à terra, para explicar aos discípulos o mistério da palavra de Deus e dos frutos que ela produz, Jesus explica porque é que Ele usa este método para desvendar os mistérios do reino de Deus, e, por fim, explica a própria parábola da semente. Esta parábola, por um lado, revela a força divina da palavra de Deus, e, por outro, convida os que a escutam a oferecerem à sementeira dela a terra de um bom coração.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, reuniu-se uma grande multidão, que vinha ter com Jesus de todas as cidades, e Ele falou-lhes por meio da seguinte parábola: «O semeador saiu para semear a sua semente. Quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho: foi calcada e as aves do céu comeram-na. Outra parte caiu em terreno pedregoso: depois de ter nascido, secou por falta de humidade. Outra parte caiu entre espinhos: os espinhos cresceram com ela e sufocaram-na. Outra parte caiu em boa terra: nasceu e deu fruto cem por um». Dito isto, exclamou: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça». Os discípulos perguntaram a Jesus o que significava aquela parábola e Ele respondeu: «A vós foi concedido conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos outros serão apresentados só em parábolas, para que, ao olharem, não vejam, e, ao ouvirem, não entendam. É este o sentido da parábola: A semente é a palavra de Deus. Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem, mas depois vem o diabo tirar-lhes a palavra do coração, para que não acreditem e se salvem. Os que estão em terreno pedregoso são aqueles que, ao ouvirem, acolhem a palavra com alegria, mas, como não têm raiz, acreditam por algum tempo e afastam-se quando chega a provação. A semente que caiu entre espinhos são aqueles que ouviram, mas, sob o peso dos cuidados, da riqueza e dos prazeres da vida, sentem-se sufocados e não chegam a amadurecer. A semente que caiu em boa terra são aqueles que ouviram a palavra com um coração nobre e generoso, a conservam e dão fruto pela sua perseverança».
Palavra da salvação.

 

REFLEXÃO
O relato da parábola do semeador contem três partes: proclamação, intermédio e explicação da parábola.
Esta parábola, segundo primitiva comunidade cristã, realça a produtividade pessoal do que escuta a palavra isto é a mensagem evangélica por parte dos membros da comunidade cristã no seio da qual se pronuncia continuamente a parábola do semeador.
O protagonismo da parábola é a própria semente cuja eficácia está assegurada, embora também submetida à contingência da resposta do destinatário e aos condicionalismos dos diversos graus de aceitação por parte do ouvinte da palavra.
Esta parábola significa que Deus oferece ao homem gratuitamente a salvação que o Reino traz; mas exige a colaboração do ser humano.
A semente sujeita-se ao querer do homem, que pode aceitar ou rejeitar o convite de Deus. Essa é a nossa responsabilidade, a nossa grandeza e a nossa miséria.
Se desejarmos que a palavra do Reino frutifique em nós temos de nos despojarmos da superficialidade, oportunismo, inconstância, ânsia de riqueza e idolatria do prazer, para poder oferecer-lhe um terreno cavado, com a profundidade suficiente e o calor de que necessita a semente para germinar e dar grão.
A transformação do homem e da mulher em crentes e discípulos de Cristo, produz-se de modo lento e progressivo, como o crescimento da semente do Reino.
Esta requer tempo e um terreno apto, isto é, o coração nobre e generoso dos que escutam a palavra, a guardam e dão fruto, perseverando nas provas quotidianas da vida.
ORAÇÃO
Obrigado, Pai, por Cristo, esperançado semeador da semente do Reino apesar dos obstáculos.
Jesus foi o primeiro grão de trigo que, morrendo, deu esplêndida colheita de vida e ressurreição.
Com a força do vosso Espírito liberta-nos, Senhor, da nossa mesquinhez, superficialidade, inconstância, febre consumista e idolatria do dinheiro e do prazer.Assim a vossa palavra dará em nós colheita de eternidade.

09 16 Lc 8, 1-3 Sexta-feira da semana XXIV

EVANGELHO Lc 8, 1-3
«Algumas mulheres ajudavam Jesus
e os discípulos com os seus bens»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus ia caminhando por cidades e aldeias, a pregar e a anunciar a boa nova do reino de Deus. Acompanhavam-n’O os Doze, bem como algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades. Eram Maria, chamada Madalena, de quem tinham saído sete demónios, Joana, mulher de Cusa, administrador de Herodes, Susana e muitas outras, que serviam Jesus e os discípulos com os seus bens.
Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Na sua vida apostólica, Jesus é acompanhado pelos Doze e por algumas mulheres, de entre as quais Maria de Magdala, que virão a encontrar-se de novo junto da Cruz, na sepultura do Senhor e diante do túmulo vazio, onde foram as primeiras a ver o Senhor ressuscitado. Porque O seguiram até à Cruz, também foram as primeiras a encontrá-l’O na ressurreição.

  • Jesus anuncia a Boa Nova de terra em terra, acompanhado por uma comunidade. A Sua Mensagem é para ser partilhada quer pelos seus (os doze e algumas mulheres) quer por todos aqueles que encontra. Com quem partilho a Boa Nova? Vou ao caminho de quem não conhece a Palavra? Vou só ou acompanhado?
  • As mulheres fazem parte da comunidade de Jesus. Converteram-se à Palavra de Jesus e seguem-No. O texto refere aquelas que foram curadas de espíritos malignos e de enfermidades e por isso sabem, melhor do que ninguém, o que significa o Amor d’Aquele que seguem. Todos, homens e mulheres, somos chamados à conversão e a segui-l’O. É assim comigo?

 

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09 15 Lc 7, 36-50Quinta-feira da semana XXIV

09 15 Lc 7, 36-50Quinta-feira da semana XXIV

XI Domingo do Tempo Comum - Ano C

 

 

EVANGELHO Lc 7, 36-50
«São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou»

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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para comer com ele. Jesus entrou em casa do fariseu e tomou lugar à mesa. Então, uma mulher – uma pecadora que vivia na cidade – ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com perfume; pôs-se atrás de Jesus e, chorando muito, banhava-Lhe os pés com as lágrimas e enxugava-lhos com os cabelos, beijava-os e ungia-os com o perfume. Ao ver isto, o fariseu que tinha convidado Jesus pensou consigo: «Se este homem fosse profeta, saberia que a mulher que O toca é uma pecadora». Jesus tomou a palavra e disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa a dizer-te». Ele respondeu: «Fala, Mestre». Jesus continuou: «Certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. Como não tinham com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles ficará mais seu amigo?». Respondeu Simão: «Aquele – suponho eu – a quem mais perdoou». Disse-lhe Jesus: «Julgaste bem». E voltando-Se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não Me deste água para os pés; mas ela banhou-Me os pés com as lágrimas e enxugou-os com os cabelos. Não Me deste o ósculo; mas ela, desde que entrei, não cessou de beijar-Me os pés. Não Me derramaste óleo na cabeça; mas ela ungiu-Me os pés com perfume. Por isso te digo: São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama». Depois disse à mulher: «Os teus pecados estão perdoados». Então os convivas começaram a dizer entre si: «Quem é este homem, que até perdoa os pecados?». Mas Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz».
Palavra da salvação.

 

REFLEXÃO

Todo este episódio, cujos pormenores se compreendem facilmente no ambiente das sociedades orientais, mostra como S. Lucas tanto gosta de pôr em realce a misericórdia de Jesus. Com uma breve parábola, Jesus mostra a Simão que os seus pensamentos não iam bem orientados; de facto, não se tratava de Se deixar tocar por uma pecadora, mas de acolher uma penitente e de lhe dar o perdão. (Esta penitente não deve ser confundida com Maria, irmã de Marta, nem provavelmente com Maria de Magdala, a Madalena)

 

REFLEXÃO
Uma mulher da vida, atreveu-se a entrar na casa de um fariseu Simão e a ungir os pés de Jesus com perfume. Este fato levou o fariseu a duvidar da missão profética de Jesus
Jesus, servindo-se da parábola dos dois devedores ,mostra a Simão como os seus pensamentos não estavam a ser corretos. Se um devia cinquenta (O fariseu) e outro quinhentos denários (Maria) e ambos foram perdoados obviamente quem devia ficar mais agradecida seria Maria “Os seus numerosos pecados estão perdoados, porque tem muito amor.
Neste trecho vemos representados dois tipos de religiosidade a arrogante e auto-suficiente dos fariseus longe do reino de Deus ; e a autêntica relação humilde com Deus, de Maria Madalena que a leva despojar-se de si mesma a obter o dom do perdão e do amor de Deus.
Não nos libertamos do próprio pecado nem merecemos a graça de Deus pelo nosso esforço pessoal (é a atitude do fariseu), mas aceitando o amor e o perdão gratuitos de Deus (é a opção da pecadora). Igualmente, em relação aos irmãos, o que não se sente pecador e imperfeito é incapaz de construir fraternidade, de compreender e perdoar aos outros.
Jesus está sempre pronto a dar-nos o perdão, por maior que sejam os nossos pecados e infidelidades, porque nunca se cansa de perdoar A nascente desta misericórdia e benevolência para connosco é, por disposição sua, o sacramento da reconciliação ou penitência, no qual atua e aplica- se nos a força redentora da paixão, morte e ressurreição de Cristo,
ORAÇÃO
Senhor Deus que não vos cansais de usar de misericórdia para connosco, concedei-nos um coração penitente e fiel que saiba corresponder ao vosso amor de Pai, para que difundamos ao longo dos caminhos do mundo a mensagem da reconciliação e da paz.

09 14 Ev: Jo 3, 13-17Quarta-feira da semana XXIV Exaltação da Santa Cruz – FESTA

EVANGELHO Jo 3, 13-17
«O Filho do homem será exaltado»

6ª-feira da 23ª Semana do Tempo Comum – Paróquia São Judas Tadeu

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos:
«Ninguém subiu ao Céu
senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem.
Assim como Moisés elevou a serpente no deserto,
também o Filho do homem será elevado,
para que todo aquele que acredita
tenha n’Ele a vida eterna.
Deus amou tanto o mundo
que entregou o seu Filho Unigénito,
para que todo o homem que acredita n’Ele
não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por Ele».
Palavra da salvação.

REFLEXÃO

REFLEXÃO
O diálogo de Jesus com Nicodemos convida-nos a olhar para o crucificado em silêncio, olhar para as chagas, olhar para o coração de Jesus, olhar para o todo: Cristo crucificado, o Filho de Deus, aniquilado, humilhado… por amor
A Cruz de Jesus fascina-nos pois é símbolo do seu amor total e incita-nos a percorrer com ele o caminho da entrega e do dom da vida.
«Cristo crucificado escândalo» para os judeus, loucura para com os pagãos, salvação para os Cristãos, dá-se, entrega-se totalmente «Para que quem n’Ele crê não pereça, mas tenha vida eterna» (v. 3, 16). O amor do Pai que quer os seus filhos com ele.
Ele convida-nos à conversão, a nascer do Espírito, a nascer para a liberdade e para o amor, pois para isto fomos feitos. Pelas obras praticadas em Deus, unimo-nos com Jesus e vivemos com ele na eternidade, na unidade do Pai e do Espírito.
Deixemos que o amor de Deus, que enviou Jesus para nos salvar, entre em nós e «a luz que Jesus traz» (cf. 19), a luz do Espírito nos ajude a ver as coisas com a luz de Deus, com a verdadeira luz e não com as trevas que o senhor das trevas nos dá. Queremos caminhar na luz de Cristo !…
ORAÇÃO
Senhor, que, na vossa infinita misericórdia,
quisestes que o vosso Filho sofresse o suplício da cruz
para salvar o género humano,
concedei que, tendo conhecido na terra o mistério de Cristo, mereçamos alcançar no Céu os frutos da redenção.

09 13 Terça-feira da semana XXIV

EVANGELHO Lc 7, 11-17
«Jovem, Eu te digo: levanta-te»

Jovem, eu te ordeno, levanta-te! – Décimo Domingo do Tempo Comum – São Lucas 7, 11-17 | Ide e Anunciai

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim; iam com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva. Vinha com ela muita gente da cidade. Ao vê-la, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: «Não chores». Jesus aproximou-Se e tocou no caixão; e os que o transportavam pararam. Disse Jesus: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te». O morto sentou-se e começou a falar; e Jesus entregou-o à sua mãe. Todos se encheram de temor e davam glória a Deus, dizendo: «Apareceu no meio de nós um grande profeta; Deus visitou o seu povo». E a fama deste acontecimento espalhou-se por toda a Judeia e pelas regiões vizinhas.
Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

Jesus ressuscita um morto, como, no Antigo Testamento, o tinham feito Elias e Eliseu. Assim, Jesus Se manifesta grande profeta, como a multidão acaba por reconhecer. Na sua pessoa, Deus está presente no meio do seu povo, numa visita de salvação e, nesta ressurreição, Jesus adianta um sinal da sua futura ressurreição.

 

 

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09 12 Ev: Lc 7, 1-10 Segunda-feira da semana XXIV

 

EVANGELHO Lc 7, 1-10
«Nem em Israel encontrei tão grande fé»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, quando Jesus acabou de falar ao povo, entrou em Cafarnaum. Um centurião tinha um servo a quem estimava muito e que estava doente, quase a morrer. Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-Lhe alguns anciãos dos judeus para Lhe pedir que fosse salvar aquele servo. Quando chegaram à presença de Jesus, os anciãos suplicaram-Lhe insistentemente: «Ele é digno de que lho concedas, pois estima a nossa gente e foi ele que nos construiu a sinagoga». Jesus acompanhou-os. Já não estava longe da casa, quando o centurião Lhe mandou dizer por uns amigos: «Não Te incomodes, Senhor, pois não mereço que entres em minha casa, nem me julguei digno de ir ter contigo. Mas diz uma palavra e o meu servo será curado. Porque também eu, que sou um subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens. Digo a um ‘Vai’ e ele vai; e a outro ‘Vem’ e ele vem; e ao meu servo ‘Faz isto’ e ele faz». Ao ouvir estas palavras, Jesus sentiu admiração por ele e, voltando-se para a multidão que O seguia, exclamou: «Digo-vos que nem mesmo em Israel encontrei tão grande fé». Ao regressarem a casa, os enviados encontraram o servo de perfeita saúde.

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

Começamos hoje a ler a parte do Evangelho de S. Lucas consagrada aos milagres de Jesus. E começamos por um caso que oferece a Jesus ocasião de elogiar a fé de um pagão. Este é imagem daquele mundo que, depois de ter vivido longe de Deus, fica feliz quando O pôde encontrar. Assim se manifesta que o Evangelho é dom de Deus oferecido a todo o mundo.

O Senhor convida-nos a refletir sobre a autenticidade da fé de um oficial concretizado no amor desinteressado para com o seu servo e a sua grande humildade diante de Jesus. Este episódio evidencia sobretudo o dom universal do Evangelho oferecido a toda a humanidade: Deus nasceu para todos.
Apesar da submissão a Roma pagã e imperialista, este oficial romano tinha um coração humano aberto a Deus e era simpatizante com o povo escolhido a quem construira uma sinagoga
A sua intuição religiosa descobre no rabi de Nazaré um homem de Deus, um profeta, cuja palavra é eficaz como a do próprio Deus. Acreditou que o Senhor Jesus havia de curar o seu servo à beira da morte.
Está consciente de não pertencer ao povo eleito e não passa de um pagão aos olhos dos judeus ; por isso não se julga digno de hospedar Jesus. Implora-lhe humildemente para curar o seu criado. “Senhor, não sou digno que entres na minha casa diz uma palavra, e o meu criado ficará curado”.
Peçamos a Jesus para aumentar a nossa fé e de nos abrirmos à sua Palavra que nos edifica, transforma e salva
.Em cada eucaristia, antes de comungar, repetimos as palavras do centurião romano, individualmente e em comunidade : Senhor eu não sou digno que entreis em minha morada mas dizei uma só Palavra e serei salvo
Essas palavras alimentam o nosso espírito e levam-nos a formar um só corpo a construir a unidade baseada na fé, a fraternidade e a humildade. Focados em Cristo, recebemos a força necessária para prosseguir e nunca esmorecer . Cristo é o sentido único, , Cristo é a única Palavra

ORAÇÃO
Não somos dignos de nos aproximarmos de Vós e de Vos receber; mas basta que pronuncieis essa palavra que pode curar-nos.
Assim poderemos sentar-nos à mesa do vosso Reino e servir-vos e viver segundo a vossa lei de amor.

 

 

09 11  Lc 15, 1-32 Domingo

09 11  Lc 15, 1-32 Domingo

EVANGELHO – Forma longa Lc 15, 1-32
«Haverá alegria entre os Anjos de Deus
por um só pecador que se arrependa»

O amor de Deus não é uma palavra vaga sem sentido. Com três parábolas, qual delas a mais impressionante, o Senhor Se esforça por nos fazer sentir esse amor de misericórdia, que não cessa de nos convidar ao arrependimento, para nos perdoar e nos unir a Si.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que anda perdida, até a encontrar? Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida’. Eu vos digo: Assim haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove justos, que não precisam de arrependimento. Ou então, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e tendo perdido uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente a moeda até a encontrar? Quando a encontra, chama as amigas e vizinhas e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida’. Eu vos digo: Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que se arrependa». Jesus disse-lhes ainda: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa. Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’. Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».
Palavra da salvação.

 

REFLEXÃO

Jesus conta esta parábola a um público diversificado desde os religiosos, fariseus aos publicanos (cobradores de impostos para Roma) e pecadores. Devido à sua conduta moral, eram marginalizados pelas pessoas de bem, desprezados e considerados como que a escória da sociedade. Porém aproximavam-se de Jesus que lhes mostrava misericórdia. Cada personagem da parábola tem um significado : O Pai da Parábola é semelhante ao Pai celestial, que ama , espera, dá perdão total e recebe com alegria; O filho mais novo – representa os perdidos e transgressores, decidido a buscar satisfação longe da casa do pai mas em breve sentem a vontade de regressar ao convívio paterno; O filho mais velho – ilustra o espírito orgulhoso e depreciativo dos religiosos e fariseus que detestavam a presença dos pecadores, julgando se melhores e mais dignos que os outros.

A parábola ilustra o amor universal e incondicional de Deus por todos os homens Deus é um pai amoroso, com filhos diferentes no seu lar. Ele ampara, cuida, dá segurança e companhia leal a todos os seus filhos.

O filho pródigo voltando para casa representa quem se arrepende dos seus pecados pedindo perdão a Deus. Sempre que alguém se arrepende, Deus faz uma festa! Ele restaura e transforma, dando uma segunda oportunidade.
 Também podemos nos parecer como os fariseus legalistas tomando a atitude do filho mais velhos julgando-nos melhores que os outros ; quando não conseguimos alegrar-nos com a salvação dos pecadores ; quando sentimos a inveja das mercês que Deus faz a outras pessoas

Que o Senhor nos torne mais sensíveis, a ver no outro um irmão, a partir da certeza profunda de que Deus é Pai.

ORAÇÃO

Salvador e Redentor dos homens, na parábola do pai e do filho pródigo, quisestes fazer conhecer Vossa misericórdia para com os filhos que andam desregrados: olhai para nós, iluminai o nosso espírito para chorarmos o mal que cometemos a vossos olhos e tenhamos a alegria de ir ao vosso encontro

Audio de Meditação

Peçamos ao Senhor que tenha pena de nós e nos perdoe os nossos pecados

https://www.eelmoh-dictof.com/senhor-tem-piedade-de-nos…/

Pe. Abílio Nunes, sdb

09 10  Lc 6, 43-49 Sabado

09 10  Lc 6, 43-49 Sabado

 

EVANGELHO Lc 6, 43-49
«Porque Me chamais ‘Senhor! Senhor!’,
mas não fazeis o que vos digo?»

O zelo é uma energia interior que se manifesta nas atitudes da vida que são dela o testemunho; pouco valem as palavras, por mais religiosas que elas pretendam ser, se não encontram realização na vida. O Senhor escuta a voz silenciosa do coração, mas vê o que ela quererá dizer nas obras que depois se realizam. Aos homens, podemos iludi-los, mas não a Deus.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto: não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas das sarças. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, da sua maldade tira o mal; pois a boca fala do que transborda do coração. Porque Me chamais ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que vos digo? Vou mostrar-vos a quem se assemelha todo aquele que vem ter comigo, ouve as minhas palavras e as põe em prática. É semelhante a um homem, que, para construir a casa, escavou, aprofundou e assentou os alicerces sobre a rocha. Quando veio uma cheia, a torrente irrompeu contra aquela casa, mas não a pôde abalar, porque estava bem construída. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem que construiu a casa sobre a terra, sem alicerces. A torrente irrompeu contra aquela casa, que imediatamente desabou; e foi grande a sua ruína».
Palavra da salvação.

 

REFLEXÃO

A palavra chave deste evangelho é “frutos”. Os frutos denunciam a árvore e a sua condição sã ou doente (cf Mt 7,15 ss). Do mesmo modo o fruto do coração, o que dele trasborda na boca, isto é, a palavra, revela a bondade ou maldade do mesmo.

Os frutos da escuta da palavra de Deus evidenciam-se na solidez ou inconsistência de quem edifica sobre rocha ou sobre areia. A parábola da casa com alicerces na rocha ou na areia movediça recorda a da semente que penetra no fundo da terra ou, pelo contrário, fica na superfície. Há os que ouvem a palavra distraidamente, sem húmus onde enraizar; outros escutam-na com alegria, mas sem constância para a praticar; uns terceiros recebem-na entre preocupações terrenas que a afogam de seguida. Dão fruto somente os que escutam atentamente a palavra de Deus e a praticam com perseverança (Mt 13,3ss).

A palavra de Deus interpela-nos a examinar o tipo de árvore que somos e que frutos produzimos. Quando morremos através do batismo, deixamos se ser pessoas do mundo e passamos a ser propriedade de Cristo, para produzirmos frutos naturalmente bons pois são frutos para Deus.(Rom 7,4) e os frutos são uma vida centrada em Cristo bafejados constantemente pela força do seu espírito, renunciando ao nosso eu e aceitando os nossos inimigos.
Permaneçamos Nele e Ele em nós assim daremos muitos frutos para a vida eterna.

“Como pedras vivas, somos edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo”. (Cf I Pedro 2:5)

ORAÇÃO

Louvamos-te, Pai, porque Jesus nos ensinou a conhecer a fundo o nosso coração pelos seus frutos Que a seiva do vosso Espírito dê fruto em nós mediante a prática das bem-aventuranças e a escuta da vossa palavra em oração e silêncio.Porque é no vosso amor, Senhor, e na vossa graça que a nossa casa tem alicerce e consistência.

 

09 09 Lc 6, 39-42 Sexta

09 09 Lc 6, 39-42 Sexta

EVANGELHO Lc 6, 39-42
«Poderá um cego guiar outro cego?»

Numa breve leitura, estão agrupados três ensinamentos de Jesus: não pode alguém que é cego guiar outro cego; o discípulo não é mais do que o mestre; e não se há-de ter a hipocrisia de querer julgar os outros, porque todos somos também culpados e talvez mais que os outros. A vida de relação com os outros há-de assentar na humildade, na prudência, na caridade, na consciência das próprias limitações.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos a seguinte parábola: «Poderá um cego guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma cova? O discípulo não é superior ao mestre, mas todo o discípulo perfeito deverá ser como o seu mestre. Porque vês o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua? Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’, se tu não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão».
Palavra da salvação.

REFLEXÃO

REFLEXÃO

Hoje a palavra de Deus vem nos indicar as bases da vida de relação com os outros: humildade na prudência, na caridade, na consciência das próprias limitações.

Ao corrigirmos os nossos irmãos devemos devemos auto avaliarmos para sabermos se realmente queremos o seu bem ou se queremos exibir uma atitude farisaica por suposta superioridade. “Tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.

O amor ao inimigo tem uma motivação assente no Deus da misericórdia “Sede compassivos como o vosso Pai celestial é compassivo. Não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados”.

Toda a nossa relação com os outros tem uma tática muito simples e um segredo muito eficaz: o amor. Querer aos outros do mesmo modo que Deus nos ama a todos, nos aceita como somos, nos compreende e nos convida à conversão. E evidente o atrativo e o testemunho cristão de um rosto sereno, compreensivo e tolerante, em contraste com um semblante rígido e uma disposição inquisitorial.

  1. Paulo escrevia: “Se não tenho amor, não sou nada. O amor é compreensivo, é prestativo e não tem inveja; não se ostenta nem se orgulha; não é mal-educado nem egoísta; não se irrita nem guarda rancor… Desculpa sem limites, espera sem limites, suporta sem limites” (ICor 13, lss).

Em amar resume-se toda a lei de Cristo. Portanto, com amor e simpatia temos de desculpar os defeitos alheios e valorizar nos outros as suas qualidades. Ainda que ninguém tenha todas as virtudes, cada um sobressai nalguma. E não esqueçamos que também nós temos falhas que incomodam os irmãos e, contudo, queremos que estes nos compreendam, como de facto o fazem.

ORAÇÃO

Bendito sejas, Senhor Jesus. Tu nos disseste:

Não condeneis os outros e não sereis condenados.

Felizes os misericordiosos que desculpam, compreendem e aceitam o irmão tal como é, porque esse é o proceder de Deus connosco.

Cura-nos radicalmente da nossa hipocrisia, que vê o cisco do próximo e dissimula a trave própria.

Dá-nos, Senhor, olhos limpos para ver o bom, isto é, a tua imagem, no rosto do irmão, para acreditar nos outros e para amar a vida com um coração grande como o teu.

Amen

VIDEO DE MEDITAÇÃO

Dou-vos um mandamento novo

https://www.dominicus.pt/…/Dou-vos-um-mandamento-novo.mp4

Pe. Abílio Nunes, SDB

 

09 08 Mt 1, 1-16.18-23  Quinta

09 08 Mt 1, 1-16.18-23  Quinta

EVANGELHO Forma longa Mt 1, 1-16.18-23
«O que nela se gerou é fruto do Espírito Santo»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Genealogia de Jesus Cristo,
Filho de David, Filho de Abraão:
Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob;
Jacob gerou Judá e seus irmãos.
Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara;
Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão;
Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson;
Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz;
Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé;
Jessé gerou o rei David.
David, da mulher de Urias, gerou Salomão;
Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias;
Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat;
Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias;
Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz;
Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés;
Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias;
Josias gerou Jeconias e seus irmãos,
ao tempo do desterro de Babilónia.
Depois do desterro de Babilónia,
Jeconias gerou Salatiel;
Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud;
Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor;
Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim;
Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar;
Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob;
Jacob gerou José, esposo de Maria,
da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo:
Maria, sua Mãe, noiva de José,
antes de terem vivido em comum,
encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.
Mas José, seu esposo,
que era justo e não queria difamá-la,
resolveu repudiá-la em segredo.
Tinha ele assim pensado,
quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor,
que lhe disse:
«José, filho de David,
não temas receber Maria, tua esposa,
pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho
e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus,
porque Ele salvará o povo dos seus pecados».
Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do profeta, que diz:
«A Virgem conceberá e dará à luz um Filho,
que será chamado ‘Emanuel’,
que quer dizer ‘Deus connosco’».
Palavra da salvação.

 

REFLEXÃO

REFLEXÃO

São Mateus descreve o anúncio feito a José pelo anjo do Senhor. Estas duas páginas de teologia pretendem fazer compreender aos leitores quem é o Filho de Maria: Jesus é o próprio Senhor que assumiu forma humana.

O objetivo da narrativa é chegar à solene afirmação conclusiva. Na conceição de Maria cumpriu-se o que tinha sido dito por Deus por meio do profeta: «Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho que será chamado Emanuel, que quer dizer “Deus connosco”.» (MT 1,23; Is 7,14)

Em Maria, o Unigénito do Pai inseriu-se plenamente na nossa condição humana. Experimentou os nossos sentimentos, as nossas emoções, as nossas paixões. Tornou-Se «realmente homem», em tudo como nós, excepto no pecado. Por isso é Emanuel, Deus connosco.

  1. José assume plenamente a sua função de pai adoptivo. Recebe uma comunicação divina e adere incondicionalmente à vontade de Deus: «Tendo despertado do sonho, José fez como o anjo do Senhor tinha mandado.»

José era «justo», porque estava sempre pronto a aderir a Deus e aos seus desígnios imperscrutáveis.

Cada homem é enviado por Deus ao mundo com uma vocação a realizar. A vocação não é mais que a descoberta daquilo para que ele nasce, do lugar a que é chamado a ocupar na Criação e no projeto de Deus.

Como José estejamos atentos às revelações de Deus e pronto a deixar-se envolver nos seus sonhos.

ORAÇÃO

(Colecta, Missa de São José)

Deus Todo -poderoso, que na aurora dos novos tempos confiastes a São José a guarda dos mistérios da salvação dos homens, concedei à Vossa Igreja, por sua intercessão, a graça de os conservar fielmente e de os realizar até à sua plenitude.

VÍDEO DE MEDITAÇÃO

Ele é o Emanuel o Deus connosco. Glória a Ele eternamente …

 

Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David.” Mt 1, 1-17

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David, Filho de Abraão: Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão; Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé; Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias; Josias gerou Jeconias e seus irmãos, ao tempo do desterro de Babilónia. Depois do desterro de Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor; Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob; Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Assim, todas estas gerações são: de Abraão a David, catorze gerações; de David ao desterro de Babilónia, catorze gerações; do desterro de Babilónia até Cristo, catorze gerações.

Palavra da salvação.

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REFLEXÃO

  1. Mateus apresenta nesta passagem o modo como o filho de Deus entra na história dos homens para realizar o projeto de salvação.

Toda a história de Israel leva a Jesus, Ele é o Messias esperado, n’Ele é que se cumprem as promessas feitas por Deus aos pais pela boca dos profetas. Os nomes apresentados no Evangelho resumem toda a história de Israel: Começa com Abraão e os Patriarcas, o momento mais glorioso, com a dinastia de David e, finalmente, depois do exílio na Babilónia. Os personagens quase todos desconhecidos culminam com Jesus.

Nesta genealogia são mencionadas mulheres. Das quatro mulheres que são recordadas (Ta mar, Raab, Rute, a mulher de Urias, e Maria), três levaram uma vida pouco «exemplar», ao passo que a última, a Mãe de Jesus, se destaca das precedentes e se caracteriza por uma espiritualidade excelsa.

Estas mulheres mencionadas por São Mateus foram introduzidas para demonstrar que Jesus veio salvar os pecadores. Ele não veio para ajudar os anjos, mas para ajudar a descendência de Abraão. Por isso teve que ser semelhante em tudo aos seus irmãos» (HB 2,11.14.16-17).

Os fariseus, julgando-se justos viviam separados e criticam Jesus por ele viver na companhia de pessoas impuras. Não conseguiram atingir o objetivo de Jesus: Libertar o homem do seu pecado e da sua angústia.

Peçamos ao Senhor a graça de olharmos continuamente as pessoas à maneira de Jesus Cristo.. Esta leitura, parecendo, à primeira vista, simples enumeração de nomes, é um testemunho eloquente da fidelidade de Deus à sua aliança com os homens. Ainda que estes O abandonem, Ele não os abandonará.

ORAÇÃO

(Colecta, Missa do dia)

Deus, Criador e Redentor do género humano, que no seio da bem-aventurada Virgem Maria quisestes realizar o grande mistério da Encarnação do Verbo, ouvi a nossa oração e concedei que o Vosso Filho Unigénito, feito homem como nós, nos torne participantes da Sua.

Pe. Abílio Nunes, SDB

09  05 Lc 6, 6-11 Segunda Feira

EVANGELHO Lc 6, 6-11
«Observavam Jesus para verem se Ele ia curar ao sábado»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus entrou numa sinagoga a um sábado e começou a ensinar. Estava lá um homem com a mão direita paralítica. Os escribas e fariseus observavam Jesus, para verem se Ele ia curar ao sábado e encontrarem assim um pretexto para O acusarem. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse ao homem que tinha a mão paralítica: «Levanta-te e põe-te de pé, aí no meio». O homem levantou-se e ficou de pé. Depois Jesus disse-lhes: «Eu pergunto-vos se é permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la». Então olhou para todos à sua volta e disse ao homem: «Estende a mão». Ele assim fez e a mão ficou curada. Os escribas e fariseus ficaram furiosos e começaram a falar entre si do que haviam de fazer a Jesus.

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

O núcleo desta narrativa é a contestação da observância religiosa do repouso sabático O Mestre cura na sinagoga em dia de Sábado um homem que sofria de atrofia muscular no braço direito Antes porém pergunta aos fariseus : “O que é permitido ao sábado: fazer o bem (como eu penso fazê-lo) ou o mal (como vós cuidais de o fazer a mim), salvar um homem ou deixá-lo morrer?”.

Ao curar o doente ao Sábado vem mostrar que a vontade de Deus é fazer prevalecer o bem do homem sobre a estrutura legal. Jesus opta pelo caminho do bem e da vida, e liberta o homem de seu defeito excludente.. Os chefes religiosos optam pelo caminho da morte ao planearem como eliminar Jesus.

No seu programa de ação (Lc4,18 ss) Jesus tomou partido decididamente pela causa do homem. De acordo com esse programa de Cristo e com a sua linha de atuação, a finalidade da evangelização, mediante a qual a Igreja anuncia o reino de Deus, é a libertação integral do homem, isto é, a libertação de todas as situações de escravidão defender a dignidade da pessoa humana e os seus direitos humanos básicos : vida e educação, liberdade ideológica e religiosa, trabalho e salário, família, alimentação e habitação.

Como continuadores da ação de Jesus temos de praticar com amor a denúncia profética da opressão e exploração, proclamando e promovendo a justiça, que é a forma estrutural da caridade e a exemplo de Jesus vamos ao encontros de todos os marginalizados e excluídos dando-lhe de novo uma esperança de vida.

ORAÇÃO

Deus nosso Pai , fazei que sejamos fiéis à vossa missão libertadora, para responder plenamente à nossa vocação cristã.

Livra-nos de uma religião envelhecida pela rotina,

E fazei que vivamos em cada dia a novidade do teu evangelho,

que é a boa nova do teu amor ao homem pecador.

Queremos gastar a nossa vida no teu amor e serviço.

Alenta a nossa fé em ti e o nosso amor aos irmãos,

para que vivamos sempre na tua alegria e na tua esperança. Amen.

 

Missa

 

Antífona de entrada Sl 118, 137.124
Vós sois justo, Senhor, e são retos os vossos julgamentos.
Tratai o vosso servo segundo a vossa bondade.

Oração coleta
Senhor nosso Deus, que nos enviastes o Salvador
e nos fizestes vossos filhos adotivos,
atendei com paternal bondade as nossas súplicas
e concedei que, pela nossa fé em Cristo,
alcancemos a verdadeira liberdade e a herança eterna.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I (anos pares) 1 Cor 5, 1-8
«Purificai-vos do velho fermento:
Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado»

Apesar de cristã, a comunidade de Corinto tinha também no meio de si casos tristes de vida pouco edificantes. S. Paulo insurge-se violentamente contra isso. Donde se conclui que, desde o início da Igreja, fé em Cristo e vida segundo Cristo são coisas intimamente ligadas, mesmo que nem sempre conseguidas. Nem de outra maneira poderá ser. E essa vida não é outra senão a vida pascal de Cristo, vivida na sua Igreja.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo
aos Coríntios
Irmãos: É voz corrente que existe entre vós um caso de imoralidade, que nem entre os pagãos se encontra, a ponto de um de vós viver com a mulher de seu pai. E vós andais cheios de orgulho, quando deveríeis andar tristes e obrigar a sair da vossa comunidade quem praticou tal acção. Quanto a mim, ausente de corpo, mas presente em espírito, já tenho a sentença lavrada, como se estivesse presente, contra quem procedeu desse modo: Em nome de Nosso Senhor Jesus, quando vos reunirdes em assembleia, – e eu em espírito convosco – entregareis esse homem a Satanás, pelo poder de Nosso Senhor Jesus. Será para ruína do seu corpo, a fim de o espírito ser salvo no dia do Senhor. Não vos fica bem essa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa? Purificai-vos do velho fermento, para serdes uma nova massa, visto que sois pães ázimos. Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado. Celebremos a festa, não com fermento velho, nem com fermento de malícia e perversidade, mas com os pães ázimos da pureza e da verdade.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 5, 5-6a.6b-7.12 (R. 9a)
Refrão: Senhor, guiai-me na vossa justiça. Repete-se

Vós não sois um Deus que se agrade do mal,
o perverso não tem aceitação junto de Vós,
nem os ímpios suportam o vosso olhar. Refrão

Vós detestais todos os malfeitores
e exterminais os que dizem mentiras:
o Senhor abomina os sanguinários e fraudulentos. Refrão

Alegrem-se e rejubilem para sempre
os que em Vós confiam:
Vós protegeis e alegrais os que amam o vosso nome. Refrão

ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia Repete-se

As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Refrão

EVANGELHO Lc 6, 6-11
«Observavam Jesus para verem se Ele ia curar ao sábado»

Condição necessária para que a palavra de Deus lance raízes no homem é a humildade de coração, que se traduz na intenção recta. Era o que faltava àqueles que observavam Jesus, não para O ouvirem e entenderem, mas para O apanharem e O puderem acusar. Mas em Jesus, as obras confirmavam as palavras, porque também as suas obras eram a Palavra de Deus, para quem as sabia escutar.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus entrou numa sinagoga a um sábado e começou a ensinar. Estava lá um homem com a mão direita paralítica. Os escribas e fariseus observavam Jesus, para verem se Ele ia curar ao sábado e encontrarem assim um pretexto para O acusarem. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse ao homem que tinha a mão paralítica: «Levanta-te e põe-te de pé, aí no meio». O homem levantou-se e ficou de pé. Depois Jesus disse-lhes: «Eu pergunto-vos se é permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la». Então olhou para todos à sua volta e disse ao homem: «Estende a mão». Ele assim fez e a mão ficou curada. Os escribas e fariseus ficaram furiosos e começaram a falar entre si do que haviam de fazer a Jesus.
Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Senhor nosso Deus,
autor da verdadeira devoção e da paz,
fazei que esta oblação Vos glorifique dignamente
e que a nossa participação nos sagrados mistérios
reforce os laços da nossa unidade.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Cf. Sl 41, 2-3
Como suspira o veado pela corrente das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
A minha alma tem sede do Deus vivo.

Ou: Cf. Jo 8, 12
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;
quem Me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida.

Oração depois da comunhão
Senhor, que nos alimentais e fortaleceis
à mesa da palavra e do pão da vida,
fazei que recebamos de tal modo estes dons do vosso Filho
que mereçamos participar da sua vida imortal.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

 

 

 

Condição necessária para que a palavra de Deus lance raízes no homem é a humildade de coração, que se traduz na intenção recta. Era o que faltava àqueles que observavam Jesus, não para O ouvirem e entenderem, mas para O apanharem e O puderem acusar. Mas em Jesus, as obras confirmavam as palavras, porque também as suas obras eram a Palavra de Deus, para quem as sabia escutar.

09 07 Lc 6, 20-26 Quarta

09 07 Lc 6, 20-26 Quarta

EVANGELHO Lc 6, 20-26
«Bem-aventurados os pobres.
Ai de vós, os ricos!»


O homem é feliz, quando olha para este mundo com os olhos de Deus; e infeliz, quando o aprecia com o coração egoísta e orgulhoso. É no coração, antes de mais, que o homem é rico ou pobre. Como for o seu coração diante dos bens deste mundo, assim ele será feliz ou infeliz, de Deus ou contra Deus. É preciso, pois, saber amar e saber renunciar, para dar a cada coisa o seu justo valor. S. Lucas resume as bem-aventuranças em quatro, quando em S. Mateus elas são oito; mas, em contrapartida, apresenta logo também quatro maldições, em oposição às bem-aventuranças, coisa que S. Mateus não faz.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus, erguendo os olhos para os discípulos, disse: «Bem-aventurados vós, os pobres, porque é vosso o reino de Deus. Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem e insultarem e proscreverem o vosso nome como infame, por causa do Filho do homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia, porque é grande no Céu a vossa recompensa. Era assim que os seus antepassados tratavam os profetas. Mas ai de vós, os ricos, porque já recebestes a vossa consolação! Ai de vós, que agora estais saciados, porque haveis de ter fome! Ai de vós, que rides agora, porque haveis de entristecer-vos e chorar! Ai de vós, quando todos os homens vos elogiarem! Era assim que os seus antepassados tratavam os falsos profetas».
Palavra da salvação.




Lc 6, 20-26

«Alegrai-vos e exultai» Lc 6, 17.20-26

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus desceu do monte, na companhia dos Apóstolos, e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e Sidónia. Erguendo então os olhos para os discípulos, disse: Bem-aventurados vós, os pobres, porque é vosso o reino de Deus. Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem e insultarem e proscreverem o vosso nome como infame, por causa do Filho do homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia, porque é grande no Céu a vossa recompensa. Era assim que os seus antepassados tratavam os profetas. Mas ai de vós, os ricos, porque já recebestes a vossa consolação. Ai de vós, que agora estais saciados, porque haveis de ter fome. Ai de vós, que rides agora, porque haveis de entristecer-vos e chorar. Ai de vós, quando todos os homens vos elogiarem. Era assim que os seus antepassados tratavam os falsos profetas.

REFLEXÃO

Há muita coisa desconcertante, inesperada neste Evangelho. Felizes vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados! Saciados por quem? Saciados por Jesus a verdadeira comida e bebida. Aquele que nos abre para os novos tempos e por isso, nos faz firmes e fortes nesta espera. Quem espera no Senhor e não vacila nos momentos de amargura torna-se bem-aventurado.

Jesus situa-nos na perspetiva dos que buscam encontrar aqui na terra a felicidade seguindo os conselhos evangélicos e mantendo a esperança de um dia encontrá-la.

Ser bem aventurado é ser feliz. Quando nós seguimos as sugestões do Evangelho, nós perseguimos a plenitude da felicidade aqui na terra embora o mundo não possa entender. Portanto, ser pobre, passar fome, chorar, ser perseguido, odiado, insultado, amaldiçoado, são situações que, de acordo com a mentalidade do mundo, revelam infelicidade.

Porém, quando vivemos na perspectiva de fazer a vontade de Deus essas coisas que nos acontecem servem de motivação para que nós experimentemos cada vez mais o poder e a força do Senhor na nossa vida.

Ao contrário, as coisas que o mundo prega como lucro, a riqueza, a fartura, o riso fácil, o elogio, passam e não deixam nenhum vestígio de felicidade. É feliz aqui quem já espera a realização das promessas de Deus que plenamente serão cumpridas no Céu. O próprio Jesus nos garante: “Alegrai-vos e exultai, pois será grande a vossa recompensa no Céu”. A expectativa de que um dia contemplaremos a Deus e alcançaremos a plena felicidade, já é um motivo para que sejamos felizes aqui.

ORAÇÃO

Ó Deus, que rejeitais os soberbos e concedeis a vossa graça aos humildes, escutai o grito dos pobres e dos oprimidos que se levanta até vós de todos os cantos da terra, quebrai o jugo da violência e do egoísmo que nos torna estranhos uns aos outros, e fazei que, acolhendo-nos como irmãos nos tornemos sinal da Humanidade renovada no Vosso amor.

A FORÇA DA PALAVRA DE DEUS

A Palavra de Deus escutada e interiorizada todos os dias transforma-nos em homens novos capazes de radicalmente abandonarmos os contravalores do mundo dedicando-nos com entusiasmo à construção do Reino de Deus

https://www.eelmoh-dictof.com/tuapalavra/

Pe. Abílio Nunes, SDB



09 06  Lc 6, 12-19 Terça

09 06  Lc 6, 12-19 Terça

 

EVANGELHO Lc 6, 12-19

«Passou a noite em oração. E escolheu doze, a quem chamou apóstolos»

 

Jesus começa a dar um mínimo de organização à sua Igreja, escolhendo os doze Apóstolos de entre os seus discípulos, para os enviar a prolongar a sua missão. “Apóstolo” quer dizer “enviado”. Mas, Jesus acompanha a acção com a oração. Antes da eleição dos Apóstolos, Jesus faz uma longa vigília de oração. O apostolado na Igreja não é organização administrativa nem acção burocrática; é acção do Espírito de Deus, que só à luz da fé pode ser entendida.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naqueles dias, Jesus subiu ao monte para rezar e passou a noite em oração a Deus. Quando amanheceu, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de apóstolos: Simão, a quem deu também o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu, Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelota; Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor. Depois desceu com eles do monte e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de pessoas de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidónia. Tinham vindo para ouvir Jesus e serem curados das suas doenças. Os que eram atormentados por espíritos impuros também ficavam curados. Toda a multidão procurava tocar Jesus, porque saía d’Ele uma força que a todos sarava.

Palavra da salvação.09 06  Lc 6, 12-19 Terça

 

REFLEXÃO

Jesus escolheu  12 apóstolos para a organizar a sua Igreja para prolongar a sua missão e imitar o Mestre.

A escolha destes discípulos e de todos os outros foi precedida por uma intensa oração feita por Jesus: “passou a noite em oração a Deus.”

deram a sua vida por Cristo e pelo evangelho; regaram com o sangue a sua Palavra. O seu testemunho é de plena credibilidade; é a base da fé de quantos não viram pessoalmente Cristo, mas crêem nele como Senhor ressuscitado que dá a vida eterna a quantos o aceitam e o seguem.

Percorreram caminhos pregando o Evangelho sem nada levar consigo. Realizaram muitos milagres, curaram enfermos, limparam leprosos e expulsaram espíritos imundos.

Jesus continua a chamar à aventura da fé e ao seu seguimento homens e mulheres de todas as raças e condições. No nosso batismo, Cristo chamou-nos pelo nosso nome, como Simão e Judas, a viver com ele, seguir os seus passos e comunicar a nossa fé aos outros. Qual o convite que o Senhor hoje nos faz? Viver toda a vida envolvida na missão de Jesus Cristo.

ORAÇÃO

Senhor Jesus, na festa de S. Simão e S. Judas, quero pedir-VOS a graça de, como os santos apóstolos, me tornar vosso familiar e amigo. Então virás, com o Pai e com o Espírito Santo estabelecer em mim a vossa morada. Que eu seja todo para vós, para o vosso amor, para o apostolado, cooperação na vossa obra redentora no coração do mundo.

Ámen.

MEDITAÇÃO

Ao refletirmos sobre S. Simão e S. Judas vem-nos à mente as grandes maravilhas que o Senhor fez a favor do povo oprimido… Neste Salmo que vamos escutar o povo agradecido parece viver um sonho…ergue os seus olhos ao Senhor e diz: O Senhor fez maravilhas a favor do seu povo…

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Pe. Abílio Nunes, SDB

Liturgia diária

 

Agenda litúrgica

2022-09-06

Terça-feira da semana XXIII

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L1: 1 Cor 6, 1-11; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b
Ev: Lc 6, 12-19

 

Missa

 

Antífona de entrada Sl 118, 137.124
Vós sois justo, Senhor, e são retos os vossos julgamentos.
Tratai o vosso servo segundo a vossa bondade.

Oração coleta
Senhor nosso Deus, que nos enviastes o Salvador
e nos fizestes vossos filhos adotivos,
atendei com paternal bondade as nossas súplicas
e concedei que, pela nossa fé em Cristo,
alcancemos a verdadeira liberdade e a herança eterna.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I (anos pares) 1 Cor 6, 1-11
«Um irmão leva seu irmão diante de um tribunal de infiéis!»

Depois de um caso escandaloso de imoralidade, agora outro de desavença entre cristãos. Vê-se, por um lado, que as primitivas comunidades cristãs não estavam isentas de exemplos pouco edificantes; mas, por outro lado, observa-se que isso era então considerado indigno de uma comunidade de cristãos. Pode assim ver-se como se tinha então consciência de que a comunidade dos cristãos tinha alguma coisa de muito próprio, diferente de qualquer outro grupo humano ao lado do qual vivesse.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo
aos Coríntios
Irmãos: Quando algum de vós tem uma questão com outro, como ousais levá-la para ser julgada pelos pagãos e não pelo povo santo? Não sabeis que havemos de julgar o mundo? E se é por vós que o mundo será julgado, seríeis indignos de julgar questões de menor importância? Não sabeis que havemos de julgar os anjos? Quanto mais os assuntos desta vida! No entanto, quando tendes estas queixas, escolheis como juízes aqueles que não têm autoridade na Igreja. Para vossa vergonha o digo. Não há então no meio de vós um único homem sábio, para poder julgar entre os seus irmãos? Mas como é que um irmão entra em litígio com o seu irmão e isto diante dos infiéis? De qualquer modo, já é para vós humilhação bastante que tenhais questões uns com os outros. Não seria melhor sofrer uma injustiça e permitir ser defraudado? Mas sois vós que praticais a injustiça e defraudais os outros, e isto com os vossos irmãos! Não sabeis que os injustos não receberão como herança o reino de Deus? Não tenhais ilusões: nem os imorais, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os depravados, nem os pervertidos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os ébrios, nem os caluniadores, nem os salteadores receberão como herança o reino de Deus. E assim eram alguns de vós. Mas fostes purificados, fostes santificados, fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 149, 1-2.3-4.5-6a e 9b (R. 4a)
Refrão: O Senhor ama o seu povo. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,
rejubilem os filhos de Sião em seu Rei. Refrão

Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara,
porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória. Refrão

Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;
em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis. Refrão

ALELUIA cf. Jo 15, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça, diz o Senhor. Refrão

EVANGELHO Lc 6, 12-19
«Passou a noite em oração.
E escolheu doze, a quem chamou apóstolos»

Jesus começa a dar um mínimo de organização à sua Igreja, escolhendo os doze Apóstolos de entre os seus discípulos, para os enviar a prolongar a sua missão. “Apóstolo” quer dizer “enviado”. Mas, Jesus acompanha a acção com a oração. Antes da eleição dos Apóstolos, Jesus faz uma longa vigília de oração. O apostolado na Igreja não é organização administrativa nem acção burocrática; é acção do Espírito de Deus, que só à luz da fé pode ser entendida.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naqueles dias, Jesus subiu ao monte para rezar e passou a noite em oração a Deus. Quando amanheceu, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de apóstolos: Simão, a quem deu também o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu, Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelota; Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor. Depois desceu com eles do monte e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de pessoas de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidónia. Tinham vindo para ouvir Jesus e serem curados das suas doenças. Os que eram atormentados por espíritos impuros também ficavam curados. Toda a multidão procurava tocar Jesus, porque saía d’Ele uma força que a todos sarava.
Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Senhor nosso Deus,
autor da verdadeira devoção e da paz,
fazei que esta oblação Vos glorifique dignamente
e que a nossa participação nos sagrados mistérios
reforce os laços da nossa unidade.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Cf. Sl 41, 2-3
Como suspira o veado pela corrente das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
A minha alma tem sede do Deus vivo.

Ou: Cf. Jo 8, 12
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;
quem Me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida.

Oração depois da comunhão
Senhor, que nos alimentais e fortaleceis
à mesa da palavra e do pão da vida,
fazei que recebamos de tal modo estes dons do vosso Filho
que mereçamos participar da sua vida imortal.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.