11 28 Preparando a primeira semana do Advento (de 1 a 08 de Dezembro)

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Agenda litúrgica

2024-12-01

DOMINGO I DO ADVENTO

PROMESSA     CAMINHO   SANTIDADE    VIGILÂNCIA 

L 1 Jr 33, 14, 16; Sl 24 (25), 4bc-5ab. 8-9. 10 e 14
L 2 1Ts 3, 12 – 4, 2
Ev Lc 21, 25-28. 34-36

12 01 Lc 21 25 28 34 36 Domingo I Advento A vossa libertação está próxima

 

EVANGELHO Lc 21, 25-28.34-36

«A vossa libertação está próxima»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

O Evangelho deste primeiro domingo do Advento coloca diante de um cenário de transformação. Os sinais no céu e na terra, a angústia e o abalo das forças cósmicas indicam que algo grandioso está prestes a acontecer. Porém, em meio a essas imagens impactantes, Jesus nos dá uma mensagem clara: “Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.” 

Este tempo de Advento é um chamado à esperança ativa. Não é um período de medo, mas de preparação. Somos convidados a abrir os olhos e os corações para perceber os sinais da presença de Deus no mundo, mesmo em meio às tribulações. Ele é o Senhor da história e conduz tudo para a realização de Seu plano de salvação. 

Vigiar e orar são os conselhos de Jesus para este tempo. Isso significa viver com atenção e sobriedade, evitando as distrações que nos afastam da essência de nossa fé. A embriaguez e as preocupações exageradas são sintomas de corações que não confiam plenamente no Senhor. 

Neste Advento, somos chamados a renovar nossa confiança na promessa de Cristo. A vinda do Filho do Homem é um momento de libertação e redenção. Levantemos a cabeça e preparemos nossos corações, vivendo na certeza de que o Senhor está próximo. 

 Oração 

Senhor, que este Advento nos ajude a viver com corações vigilantes e cheios de esperança. Ensina-nos a confiar em Ti, mesmo em meio às dificuldades, e a reconhecer a Tua presença em cada momento de nossa vida. Prepara-nos para acolher a Tua libertação com alegria e fé. Àmen

 

12 02 Mateus 8, 5-11   muitos virão do Oriente e do Ocidente para se assentar à mesa no Reino dos Céu

 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se d’Ele um centurião, que Lhe suplicou, dizendo: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente». Disse-lhe­ Jesus: «Eu irei curá-lo». Mas o centurião res­­pon­­­­deu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado. Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens: digo a um ‘Vai’ e ele vai; a outro ‘Vem’ e ele vem; e ao meu servo ‘Faz isto’ e ele faz». Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé. Por isso vos digo: Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus».
Palavra da salvação.

O Evangelho de Mateus 8, 5-11 traz uma poderosa lição sobre a fé e a humildade. A história do centurião romano que busca a cura de seu servo ilustra a profundidade da fé que pode existir fora do círculo dos israelitas. O centurião, um homem de autoridade, demonstra um entendimento impressionante sobre o poder de Jesus. Ele não apenas reconhece a incapacidade de Jesus de entrar em sua casa, devido à sua condição de gentio, mas também expressa uma confiança inabalável na palavra de Cristo. Sua declaração de que basta uma ordem para que seu servo seja curado revela uma fé que transcende os limites da tradição e da cultura.

Jesus, ao ouvir as palavras do centurião, fica admirado e declara que não encontrou tanta fé em Israel. Essa afirmação não só exalta a fé do centurião, mas também serve como um convite à reflexão sobre como muitas vezes podemos subestimar o poder da fé genuína que vem de corações humildes e abertos. A promessa de que muitos virão do Oriente e do Ocidente para se assentar à mesa no Reino dos Céus nos lembra da universalidade da mensagem cristã e da inclusão que ela oferece.

Oração:

“Senhor Jesus, agradecemos pela Sua palavra poderosa que cura e transforma vidas. Que possamos ter a fé do centurião, confiando plenamente em Sua autoridade e amor. Ajuda-nos a reconhecer o valor da humildade e a abrir nossos corações para todos os que buscam a verdade em Ti. Amém.”

 

12 03 Ev Mc 12, 28b-34Terça «Amarás o Senhor teu Deus. Amarás o teu próximo»

 

Leitura do Evangelho Segundo S. Marcos 12, 28b-34

28b Um dos escribas aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?»
29 Jesus respondeu: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor.
30 Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com toda a tua força’.
31 O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há outro mandamento maior que estes».
32 Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! É verdade o que disseste: Ele é único, e não há outro além d’Ele.
33 E amá-Lo com todo o coração, com todo o entendimento e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios».
34 Vendo que ele tinha respondido com inteligência, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a fazer-Lhe perguntas.


Reflexão

Este diálogo entre Jesus e o escriba destaca a centralidade do amor na fé cristã. Quando questionado sobre o maior mandamento, Jesus une duas passagens da Escritura: o Shema Israel (Dt 6, 4-5), que exalta o amor exclusivo a Deus, e Lv 19, 18, que ordena o amor ao próximo. Ao fazer isso, Jesus mostra que o amor a Deus e ao próximo são inseparáveis e formam o coração da lei divina.

O escriba, reconhecendo a sabedoria de Jesus, vai além dos rituais externos e afirma que este duplo amor é superior aos holocaustos e sacrifícios. Sua resposta demonstra entendimento espiritual, o que leva Jesus a elogiá-lo: “Não estás longe do reino de Deus”. A profundidade da mensagem está na relação viva e autêntica com Deus e no compromisso concreto com os outros.

No Advento, esta leitura desafia nos a viver a espera do Senhor com um coração cheio de amor. Amar a Deus com todo o coração implica colocá-Lo no centro da vida, em atitudes de oração, louvor e confiança. Amar o próximo, por sua vez, exige gestos concretos de solidariedade, perdão e atenção aos necessitados. É uma preparação prática e espiritual para o Natal, que celebra o amor divino feito carne.


No Advento, renovemos o amor a Deus e ao próximo. Que nossa espera por Cristo seja marcada por uma fé viva e atos de caridade. Assim, estaremos mais próximos do Reino de Deus.


12 04 Mt 15, 29-37 Quarta Jesus cura muitos enfermos e multiplica os pães

Leitura do Evangelho Segundo S. Mateus

 

Partindo dali, Jesus foi para junto do mar da Galileia, subiu a uma montanha e sentou-Se.
30 Vieram até Ele grandes multidões, trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros doentes. Colocaram-nos aos pés de Jesus, e Ele os curou.
31 A multidão ficou admirada ao ver que os mudos falavam, os aleijados estavam curados, os coxos andavam e os cegos viam. E glorificaram o Deus de Israel.
32 Então Jesus chamou os discípulos e disse: «Tenho compaixão desta multidão, porque já estão comigo há três dias e não têm o que comer. Não quero mandá-los embora com fome, para que não desfaleçam no caminho».
33 Os discípulos disseram-Lhe: «Onde poderemos encontrar, neste lugar deserto, pão suficiente para alimentar tão grande multidão?»
34 Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?» Responderam: «Sete, e alguns peixinhos».
35 Mandou a multidão sentar-se no chão.
36 Tomou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os e deu-os aos discípulos, e os discípulos distribuíram-nos pela multidão.
37 Todos comeram e ficaram saciados. E ainda recolheram sete cestos cheios de pedaços que sobraram.


REFLEXÃO

Este episódio do Evangelho de Mateus combina dois elementos fundamentais da missão de Jesus: a compaixão e o cuidado. Após realizar várias curas, Ele manifesta profunda sensibilidade ao perceber a necessidade física da multidão que O acompanha há dias. Este milagre, conhecido como a segunda multiplicação dos pães, destaca a providência divina e a abundância com que Deus responde às nossas carências.

A compaixão de Jesus transcende o espiritual e alcança o concreto. Ele não ignora a fome, mas a transforma numa oportunidade de demonstrar o poder de Deus. A participação dos discípulos na distribuição dos alimentos ensina-nos a importância de colaborarmos com Cristo em sua missão de cuidar dos outros.

No Advento, este texto assume um significado especial. Jesus, que se compadece das nossas fraquezas, é Aquele que esperamos no Natal. A multiplicação dos pães antecipa o banquete do Reino dos Céus, onde toda fome — física e espiritual — será saciada. É um convite a confiar na providência divina e a partilhar os dons que recebemos, especialmente neste tempo de preparação para a vinda do Salvador.


Durante o Advento, sigamos o exemplo de Jesus: olhemos para as necessidades ao nosso redor com compaixão e partilhemos o que temos. Acolhamos Cristo como o Pão que desce do Céu e vivamos em comunhão com os irmãos.


. Oração

Senhor, compadece-Te de nós em nossa fome de amor, justiça e paz. Ensina-nos a partilhar o que temos, para que outros experimentem o Teu cuidado. Que o Advento nos prepare para o banquete do Teu Reino. Amém.

 

12 05 Mt 7, 21.24-27 Quinta «Aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos céus

EVANGELHO Mt 7, 21.24-27
«Aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos Céus»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus. Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína».


Palavra da salvação.

Reflexão

O Advento é tempo de espera ativa, de preparação para a vinda do Senhor. No Evangelho de hoje, Jesus ensina que o Reino dos Céus não é alcançado apenas pelas palavras ou pelas intenções aparentes, mas pela ação concreta de quem faz a vontade de Deus. Este é um chamamento à coerência entre fé e vida, à construção sólida de nossa existência sobre a “rocha” que é Cristo.

Construir na rocha: a verdadeira esperança no Advento

Na quadra do Advento, somos convidados a refletir sobre os fundamentos da nossa vida. O exemplo da casa construída sobre a rocha remete-nos à necessidade de um alicerce sólido, capaz de resistir às tempestades da vida. Edificar sobre a rocha significa viver segundo a palavra de Deus, moldar nossas escolhas diárias segundo o Evangelho, e não apenas proclamá-lo com os lábios.

Por outro lado, a casa sobre a areia simboliza uma fé superficial, fundamentada em aparências ou comodismos. No Advento, este alerta é oportuno. Estamos construindo nossa espera no Senhor com práticas consistentes, como a oração, a caridade e a vigilância? Ou estamos deixando que a agitação e o materialismo das festas natalícias enfraqueçam os fundamentos da nossa espiritualidade?

Um olhar para a conjuntura nacional e internacional:A mensagem de Jesus neste Evangelho também desafia a nossa realidade. Vivemos num mundo onde as “casas sobre a areia” são visíveis nas crises políticas, econômicas e sociais. A falta de valores éticos sólidos na gestão pública e nos relacionamentos interpessoais resulta em sistemas frágeis, incapazes de resistir às “tempestades” das desigualdades, das guerras e das mudanças climáticas.

No contexto nacional, vemos muitas vezes promessas vazias de líderes que, como na imagem da casa sobre a areia, não têm alicerces na justiça e no bem comum. Internacionalmente, as guerras, os conflitos entre nações e a crise ambiental são exemplos de uma humanidade que, em grande parte, negligencia a vontade de Deus, optando por caminhos egoístas.

Mas o Advento renova em nós a esperança. Ele recorda-nos que Cristo, a Rocha eterna, veio para estabelecer um Reino que não desmorona, mesmo em meio às provações. É nosso dever, como cristãos, sermos instrumentos de construção deste Reino na sociedade, promovendo a justiça, a paz e a solidariedade.

Este Evangelho desafia-nos a colocar em prática o que ouvimos nas Escrituras. Não basta a aparência da religiosidade ou palavras que soem bonitas; é preciso que a fé seja vivida no quotidiano. O homem prudente do Evangelho é aquele que ouve e age, que não deixa que as adversidades derrubem sua casa porque confia na força de Deus.

No Advento, pequenas ações concretas podem ajudar-nos a viver esta mensagem: visitar alguém que está sozinho, apoiar quem enfrenta dificuldades, dedicar mais tempo à oração em família ou à reconciliação com os outros. Estas práticas são como pedras que fortalecem a construção de uma casa sólida na fé.

Oração

Senhor, ajuda-nos a construir nossa vida sobre a rocha firme do Teu amor e da Tua palavra. Que saibamos viver com coerência, colocando em prática os Teus ensinamentos no nosso dia a dia. Nas tempestades da vida, fortalece-nos com a Tua presença. Faze-nos promotores de justiça, paz e solidariedade no mundo. Vem, Senhor Jesus, e transforma o nosso coração para que possamos ser verdadeiros discípulos, firmes na fé e perseverantes no amor. Amém.

12 06 Mt 9, 27-31 Sexta Dois cegos acreditam em Jesus e são curados


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e seguiram-n’O dois cegos, gritando: «Filho de David, tem piedade de nós». Ao chegar a casa, os cegos aproximaram-se d’Ele. Jesus perguntou-lhes: «Acreditais que posso fazer o que pedis?» Eles responderam: «Acreditamos, Senhor». Então Jesus tocou-lhes nos olhos e disse: «Seja feito segundo a vossa fé». E abriram-se os seus olhos. Jesus advertiu-os, dizendo: «Tende cuidado, para que ninguém o saiba». Mas eles, quando saíram, divulgaram a fama de Jesus por toda aquela terra

.
Palavra da salvação.

Comentário ao Evangelho de Mt 9, 27-31

No Evangelho de hoje, Jesus encontra dois cegos que, confiando na sua misericórdia, clamam por cura. O Senhor responde ao seu grito, mas antes de realizar o milagre, questiona-os: “Acreditais que posso fazer o que pedis?”. Esta pergunta revela a essência do relacionamento com Deus no Advento: uma espera ativa e cheia de fé, que reconhece Jesus como o Salvador.

Advento: um tempo de clamor e fé ativa

Este episódio ressoa profundamente na quadra do Advento, período de preparação para a vinda de Jesus. Assim como os cegos clamaram ao “Filho de David”, somos convidados a invocá-Lo como o Messias esperado. O Advento não é apenas uma espera passiva, mas um tempo de busca pela luz de Cristo para que Ele cure nossas cegueiras espirituais, como fez com os dois homens.

Os cegos são modelos de fé e esperança. Eles não apenas reconhecem em Jesus o Messias, mas colocam n’Ele toda a confiança, mesmo antes de verem o milagre realizado. Esta atitude é um chamamento para examinarmos nossa própria fé neste Advento: acreditamos que Jesus pode curar as feridas do nosso coração, restaurar nossa esperança e renovar a luz que muitas vezes é obscurecida pelas dificuldades da vida?

O contexto sócio-religioso em Portugal e na Igreja

Em Portugal, muitas pessoas vivem como que “cegas” para a luz de Cristo, envoltas numa cultura marcada pelo secularismo crescente e por uma religiosidade muitas vezes superficial. Apesar de sermos um país de tradição cristã, nota-se uma dificuldade em transmitir a fé às novas gerações e em vivê-la de forma coerente no dia a dia.

Na Igreja, este Evangelho recorda-nos a importância de sermos testemunhas de fé autêntica. Assim como os cegos não puderam conter a alegria e espalharam a fama de Jesus, os cristãos são chamados a partilhar com os outros a luz que receberam. No entanto, muitas vezes deixamo nos acomodar pela rotina ou pelas pressões sociais, escondendo a nossa fé.

A nível internacional, a Igreja enfrenta o desafio de manter a fé viva em contextos de perseguição, relativismo moral e desafios éticos. Este Evangelho é um convite a olhar para Cristo como fonte de luz em meio à escuridão. Só Ele pode abrir os olhos de uma humanidade que, frequentemente, prefere ignorar os valores do Evangelho.

“Seja feito segundo a vossa fé”: um chamamento ao compromisso

Jesus cura os cegos em resposta à fé que demonstram. Esta cura é um sinal da ação de Deus em resposta à nossa abertura e confiança. Assim, o Advento é também um tempo de renovação do compromisso com Cristo. Não basta esperar passivamente pela sua vinda; é preciso aproximar-nos d’Ele, clamar por sua misericórdia e permitir que Ele nos toque, como fez com os cegos.

Lições práticas para o Advento

O Evangelho ensina nos que a fé deve ser ativa e perseverante. Os cegos seguiram Jesus e não desistiram até serem curados. No Advento, somos convidados a seguir este exemplo: buscar mais intensamente a oração, a participação nos sacramentos e o exercício da caridade. Também é tempo de identificar as “cegueiras” que nos afastam de Deus – como o egoísmo, a pressa ou a indiferença – e pedir que Ele nos ilumine.

Além disso, como Igreja, precisamos sair das “nossas casas” para anunciar Cristo aos que ainda não O conhecem. Assim como os cegos testemunharam a ação de Jesus, somos chamados a ser instrumentos de evangelização, levando a luz de Cristo aos outros.

Oração

Senhor Jesus, Filho de David, tem piedade de nós e cura as nossas cegueiras espirituais. Que a luz da Tua presença ilumine os caminhos escuros da nossa vida. Dá-nos uma fé viva e perseverante, que nos leve a seguir-Te mesmo nos momentos de dificuldade. Que o Advento seja para nós um tempo de esperança renovada, para que possamos ser, como os cegos curados, testemunhas do Teu amor diante do mundo. Amém.

12 07 Mt 9, 35 – 10, 1.6-8 Sábado «Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão»

An artistic depiction of Jesus Christ walking through a countryside filled with small villages and towns, teaching and healing people. The scene should show Jesus surrounded by a diverse group of followers, including children, the sick, and the weary, symbolizing compassion and care. The background features lush green fields, simple homes, and a bright, hopeful sky, evoking a sense of peace and anticipation. This scene reflects the Advent season, emphasizing Jesus as the caring shepherd of His people.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus


Naquele tempo, Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara». Depois chamou a Si os seus Doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades. Jesus deu-lhes também as seguintes instruções: «Ide às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça».


Palavra da salvação.

Comentário ao Evangelho de Mt 9, 35 – 10, 1.6-8

O Evangelho apresenta-nos Jesus percorrendo cidades e aldeias, ensinando, curando e mostrando compaixão pelas multidões fatigadas. Essa passagem evoca de forma poderosa o espírito do Advento, tempo de espera pela vinda de Jesus, o Pastor que cuida de suas ovelhas.

Advento: Um tempo de compaixão e missão

O Advento é, por excelência, um tempo de esperança e renovação. Neste período, a Igreja nos chama a refletir sobre o amor compassivo de Deus, revelado em Jesus. A compaixão de Cristo pelas multidões “fatigadas e abatidas” reflete o olhar misericordioso de Deus sobre a humanidade, especialmente os mais vulneráveis.

Hoje, como no tempo de Jesus, muitas pessoas vivem sem direção, “como ovelhas sem pastor”. O consumismo, a indiferença espiritual e a solidão marcam a vida de muitos. Este Evangelho nos desafia a sermos instrumentos de Deus para aliviar essas realidades, especialmente neste tempo do Advento, quando somos chamados a preparar nossos corações e o mundo para receber o Salvador.

A Igreja como continuadora da missão de Jesus

A compaixão de Jesus não se limita ao olhar; ela o leva à ação. Ele envia os Doze discípulos em missão, capacitando-os a curar, libertar e anunciar o Reino dos Céus. Esta missão confiada aos discípulos é hoje continuada pela Igreja.

No contexto de Portugal, a Igreja enfrenta desafios específicos: a secularização, o distanciamento das novas gerações e a falta de vocações. No entanto, este Evangelho é uma chamada à esperança e ao compromisso. A “seara é grande” e há muitas oportunidades para levar Cristo aos que ainda não o conhecem ou que se afastaram. É urgente “pedir ao Senhor da seara que mande trabalhadores”, mas também reconhecer que todos os batizados têm a missão de ser testemunhas da fé.

No contexto global, as desigualdades sociais, os conflitos e as crises ecológicas evidenciam a necessidade de uma Igreja que seja sinal de compaixão e justiça. O Papa Francisco tem insistido em uma Igreja em saída, próxima dos pobres e comprometida com o cuidado da criação. Este Evangelho nos convida a participar ativamente desta missão, especialmente no Advento, tempo de preparação para a chegada de Jesus, o Príncipe da Paz.

Recebestes de graça, dai de graça

Jesus recorda aos discípulos que tudo o que receberam é dom gratuito de Deus. No Advento, somos convidados a refletir sobre a gratuidade do amor de Deus, manifestado no mistério da Encarnação. Assim como Jesus nos amou gratuitamente, somos chamados a compartilhar esse amor com os outros, especialmente os mais necessitados.

A gratuidade é uma mensagem relevante em um mundo marcado pela busca incessante por vantagens e recompensas. No Advento, somos desafiados a viver a generosidade, traduzida em gestos concretos de solidariedade. Como Igreja, isso significa intensificar as ações de evangelização e caridade, levando a esperança e a luz de Cristo às “ovelhas perdidas”.

Reflexão prática para o AdventoCultivar a compaixão: Inspirados por Jesus, devemos olhar para os outros com o mesmo amor compassivo. Quem são as “ovelhas sem pastor” no nosso contexto? Como podemos ser sinais desperança para elas?Viver a missão: O Advento é um tempo para refletirmos sobre o nosso papel como discípulos missionários. Somos chamados a ser luz em meio às trevas, proclamando o Reino com nossas palavras e ações.Partilhar os dons: Assim como Jesus nos ensinou, devemos dar de graça aquilo que recebemos. A partilha do tempo, dos recursos e da fé é uma forma concreta de vivermos o Advento.

Oração

Senhor Jesus, Pastor compassivo, olha para nós, que tantas vezes nos sentimos fatigados e perdidos. Dá-nos um coração cheio de compaixão, capaz de enxergar as necessidades dos outros e de agir com generosidade. No Advento, ensina-nos a preparar o nosso coração para a Tua vinda e a sermos sinais do Teu Reino no mundo. Envia trabalhadores para a Tua seara e faz de nós instrumentos da Tua paz e do Teu amor. Amém.

12 08 Lc 1, 26-38 Domingo
«Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo»

A serene and holy depiction of the Annunciation as described in Luke 1:26-38. The scene shows the Angel Gabriel appearing to the Virgin Mary in a modest room in Nazareth. Gabriel is portrayed as radiant and celestial, holding a lily, symbolizing purity. Mary, depicted as humble and serene, is seated or kneeling with an expression of wonder and faith, wearing a modest blue and white garment. The background is simple, highlighting the divine light shining on Mary, symbolizing the presence of God. The atmosphere evokes the sacred moment of the Incarnation, filled with peace and reverence.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo,
o Anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia chamada Nazaré,
a uma Virgem desposada com um homem chamado José,
que era descendente de David.
O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo:
«Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras
e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o Anjo:
«Não temas, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus.
Conceberás e darás à luz um Filho,
a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo.
O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David;
reinará eternamente sobre a casa de Jacob
e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao Anjo:
«Como será isto, se eu não conheço homem?».
O Anjo respondeu-lhe:
«O Espírito Santo virá sobre ti
e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra.
Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice
e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril;
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então:
«Eis a escrava do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra».


Palavra da salvação.

Comentário ao Evangelho: “Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 26-38)

O Evangelho de Lucas 1, 26-38 nos apresenta um dos momentos mais sublimes da história da salvação: a Anunciação. Este episódio é central na celebração da Solenidade da Imaculada Conceição, pois nos recorda que Maria, escolhida por Deus desde toda a eternidade, foi preservada do pecado original e preparada para ser a Mãe do Salvador.

Maria na História da Salvação

A saudação do Anjo Gabriel – “Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo” – revela o privilégio singular de Maria. “Cheia de graça” significa que Maria foi agraciada por Deus de modo único, desde a sua concepção, vivendo plenamente em comunhão com a vontade divina. Este mistério da Imaculada Conceição foi proclamado dogma pela Igreja em 1854, mas desde os primeiros séculos já era profundamente venerado pelos cristãos, especialmente em Portugal.

Maria é o modelo de confiança e disponibilidade. Quando o Anjo anuncia que ela será a Mãe do Salvador, Maria, mesmo sem compreender totalmente, responde com fé: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. Sua resposta marca o início da encarnação do Verbo e demonstra a força do “sim” de uma vida entregue a Deus.

A Imaculada Conceição no Advento

No contexto do Advento, a celebração da Imaculada Conceição nos convida a preparar nossos corações para acolher Jesus, tal como Maria O acolheu. O Advento é um tempo de espera ativa e esperança, e Maria, na sua pureza e fidelidade, é a Estrela da Manhã que nos guia até Cristo. Assim como Deus preparou Maria, nós também somos chamados a preparar o nosso interior para o nascimento de Jesus.

Maria é sinal da nova criação. Nela, o pecado é vencido desde o princípio, antecipando o triunfo de Cristo sobre o mal. Durante o Advento, somos convidados a contemplar Maria como a “Nova Eva”, cuja obediência contrasta com o pecado original. Seu “sim” à vontade de Deus é o exemplo que devemos seguir no caminho de conversão.

A Devoção a Nossa Senhora em Portugal

Portugal tem uma devoção especial a Nossa Senhora, especialmente sob o título da Imaculada Conceição, que foi proclamada Padroeira do país em 1646 pelo rei D. João IV. Este ato de confiança na proteção de Maria é parte integrante da identidade nacional e religiosa portuguesa. A devoção à Mãe Imaculada está profundamente enraizada no povo, expressa em procissões, festas e na recitação do terço.

O Santuário de Fátima é um exemplo eloquente desta devoção. Ali, Maria apareceu com uma mensagem de paz e conversão, confirmando a sua proximidade com o povo português e com toda a humanidade. A mensagem de Fátima é também um apelo à oração e à confiança no poder de Deus, que pode transformar o mundo através do coração puro e humilde de Maria.

Maria no Contexto da Igreja

A Imaculada Conceição é um sinal do amor de Deus pela humanidade. Na Igreja, Maria é Mãe e intercessora. Assim como Ela disse “sim” para acolher Jesus, somos convidados a acolher Cristo em nossas vidas. A Imaculada Conceição nos recorda que Deus age de modo especial nas pessoas simples e disponíveis, e que a santidade é um chamado para todos.

Maria é modelo de vida cristã: a sua obediência à vontade de Deus, a sua humildade e o seu silêncio são lições para os nossos dias. No Advento, Maria nos ensina a esperar e a confiar. Ela nos lembra que a preparação para o Natal não é apenas externa, mas principalmente interior.

 Oração à Imaculada Conceição

Ó Maria Imaculada, Mãe cheia de graça,
padroeira de Portugal e modelo de fé,
ajuda-nos a dizer “sim” à vontade de Deus
e a preparar nossos corações para a vinda de Jesus.
Conduze-nos pela luz do Advento
até o mistério do Natal.
Intercede por nós, Mãe querida,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

11 28 Rezar no Advento

1 Dezembro 1º Domingo do Advento

Marcos 13, 33-37

…Erguei-vos e levantai a cabeça , porque a vossa libertação está próxima

2025 anos depois do nascimento de Jesus …a esperança reanima-se .
Cresce o desejo de uma vida mais plenas,
mais saborosa .

Mais resistente ao desânimo

Neste Advento, tempo de crescer

na esperança em Ti, Jesus ,

aqui estou para Te encontrar.

Ouso a esperança , sabendo

que a tua luz brilhará na noite .

Desejo a tua paz,

acreditando que um dia

ela encherá o mundo

Deixa-me abraçar

pela ternura que derramas

e comprometo-me

a partilhá-la com os outros.

De é , atento e alegre, espero por Ti.

Vem depressa

e enche-me com a tua vida

11 29 Caminhos do Advento

O Advento é um tempo de preparação e vigilância, onde somos chamados a refletir sobre nossa necessidade de Deus, comparando-a com a necessidade de um médico. Tanto a relação com o médico quanto a com Deus envolvem elementos fundamentais que se complementam e se diferenciam:

Semelhanças:

  1. Reconhecimento da necessidade:

    Assim como procuramos o médico ao percebermos a fragilidade de nossa saúde, buscamos Deus ao reconhecermos nossa fragilidade espiritual e a necessidade de Sua graça.

  2. Confiança no tratamento:

    Assim como confiamos que o médico sabe o que é melhor para nossa cura, confiamos nas promessas de Deus que nos conduzem à salvação, conforme Ele anunciou em Jeremias 33,14: “Cumprirei a promessa de felicidade que fiz à casa de Israel.”

  3. Compromisso com a orientação:

    O médico nos dá direções para a saúde física, e Deus, como no Salmo 24,4, nos guia espiritualmente: “Mostra-me, Senhor, os Teus caminhos e ensina-me as Tuas veredas.” É preciso seguir as orientações de ambos para alcançar a cura plena.

  4. Vigilância e prevenção:

    Tal como cuidamos do corpo para evitar doenças, Jesus nos convida à vigilância e oração para nos prepararmos para a vida eterna, como em Lucas 21,36: “Vigiai, pois, em todo o tempo, orando para terdes força.”


Diferenças:

  1. Alcance do cuidado:

    O médico cuida de nossa saúde física e mental, limitada ao tempo e espaço terrenos. Deus, porém, cuida de nossa alma, oferecendo vida eterna e plenitude espiritual.

  2. Natureza do remédio:

    Enquanto o médico usa tratamentos materiais e medicamentos, Deus nos oferece o remédio da graça, da Palavra e dos sacramentos, especialmente a Eucaristia, fonte de força e comunhão.

  3. Disponibilidade ilimitada:

    Um médico humano tem limites de tempo, lugar e recursos. Deus, ao contrário, está sempre presente e acessível a qualquer momento, sem restrições, pronto para nos ouvir e acolher.

  4. Relação pessoal e amorosa:

    Embora um médico possa ser atencioso, a relação com Deus é profundamente amorosa e transformadora. Ele nos chama a crescer no amor e na santidade, como exorta São Paulo em 1 Tessalonicenses 3,12-13: “Que o Senhor vos faça crescer e abundar no amor… para que vos apresenteis irrepreensíveis em santidade.”


Conclusão:

O médico nos ajuda a cuidar do corpo, mas Deus é o Médico da alma, oferecendo-nos cura definitiva e salvação. Neste Advento, assim como nos preparamos fisicamente para viver bem, somos convidados a buscar a graça de Deus, que nos guia ao encontro de Sua plenitude.

O Médido e Deus 

 Aspecto                 | Cura Médica                               | Cura Espiritual                             |

|————————|——————————————|——————————————–|

| *Necessidade*        | Busca de tratamento para doenças         | Busca de conexão e cura espiritual         |

| *Fonte de ajuda*     | Médico                                   | Deus                                       |

| *Atitude*            | Confiança no tratamento                  | Confiança nas promessas de Deus           |

| *Orientação*         | Receber conselhos e diagnósticos        | Receber direção através da oração e Escritura |

| *Crescimento*        | Seguir orientações para melhorar a saúde| Crescer em amor e santidade                |

| *Vigilância*         | Monitorar saúde e sintomas               | Manter vigilância sobre a vida espiritual  |

*Semelhanças:*

– Ambas as experiências requerem confiança na fonte de ajuda.

– Tanto na cura médica quanto na espiritual, há uma busca ativa por orientação.

– O crescimento é essencial em ambos os casos para alcançar o bem-estar.

*Diferenças:*

– A cura médica é focada em aspectos físicos, enquanto a cura espiritual abrange o emocional e o espiritual.

– A orientação médica é muitas vezes baseada em ciência, enquanto a espiritual é fundamentada na fé e nas escrituras.

PARTILHA 

Personagens de diversos contextos refletiram sobre o texto e ofereceram suas perspectivas únicas sobre a comparação entre a necessidade de um médico e a de Deus:

  1. Ana, uma jovem estudante de medicina:

    • Comentário: “Achei fascinante como o texto relaciona o papel do médico e de Deus. Isso me lembra que, enquanto estudo para curar corpos, Deus é quem cuida das almas, oferecendo um tipo de cura que nós, médicos, nunca poderemos alcançar.”

  2. Padre Miguel, um sacerdote veterano:

    • Comentário: “O texto é um convite profundo à confiança em Deus, que vai além das limitações humanas. É emocionante ver como o cuidado divino é apresentado como constante, pleno e cheio de amor.”

  3. Lucas, um poeta introspectivo:

    • Comentário: “A metáfora entre Deus e o médico é rica e poética. Especialmente tocante é a ideia de que Deus nos oferece o ‘remédio da graça’. Imagino este remédio como uma luz que cura a escuridão interior.”

  4. Sara, uma mãe preocupada com a saúde do filho:

    • Comentário: “Consegui me identificar de forma pessoal. Sempre confiei nos médicos para ajudar meu filho, mas é a oração que me sustenta nos momentos de maior angústia. Deus é meu médico constante.”

  5. Leonardo, um jovem gamer:

    • Comentário: “Para mim, o texto parece um jogo com dois níveis: o físico e o espiritual. O médico cuida do primeiro, mas Deus é como o ‘chefe final’, aquele que resolve o que nenhum outro personagem consegue.”

  6. Madalena, uma idosa sábia:

    • Comentário: “Vivi muito e sei o valor de um bom médico, mas também aprendi que somente Deus pode curar as feridas mais profundas da alma. A confiança em Deus é como um bálsamo para os dias difíceis.”

  7. Samuel, um aventureiro de fantasia:

    • Comentário: “Vejo Deus como o guia em minha jornada, assim como o médico seria o curandeiro em uma missão. Ele está sempre lá, pronto para ajudar, mesmo quando eu não consigo ver a solução.”

  8. Helena, uma filósofa contemporânea:

    • Comentário: “A comparação é interessante. Enquanto o médico simboliza o racional e o científico, Deus transcende para o metafísico, oferecendo sentido à existência. Ambos se complementam, mas Deus é infinitamente mais abrangente.”

Cada personagem trouxe sua perspectiva, mostrando como a mensagem do texto ressoa em diferentes vidas e contextos, tornando clara a profundidade da relação entre a necessidade do cuidado humano e o divino.

11 30   Mt 4 18 22 Sabado Vinde e segui me e farei de vós pescador de homens

11 30   Mt 4 18 22 Sabado Vinde e segui me e farei de vós pescador de homens

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EVANGELHO Mt 4, 18-22
«Eles deixaram logo as redes e seguiram Jesus»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Caminhando Jesus ao longo do mar da Galileia,
viu dois irmãos:
Simão, chamado Pedro, e seu irmão André,
que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores.
Disse-lhes Jesus:
«Vinde e segui-Me
e farei de vós pescadores de homens».
Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O.
Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos:
Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João,
que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu,
a consertar as redes.
Jesus chamou-os
e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-n’O. 

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

No Evangelho de hoje, contemplamos o chamamento  dos primeiros discípulos. Jesus, ao caminhar pelo mar da Galileia, dirige um convite direto e transformador: “Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens.” Pedro, André, Tiago e João deixam tudo imediatamente — suas redes, barcos e até mesmo o pai — para seguir o Mestre.  

Este relato convida nos  a refletir sobre nossa própria resposta ao chamamento  de Cristo. Ele continua a chamar nos, em diferentes circunstâncias e momentos da vida, para sermos discípulos e colaboradores na construção do Reino de Deus. Essa vocação não é apenas um privilégio, mas também um desafio: deixar para trás as “redes” que nos prendem e assumir a missão de levar a Boa Nova a outros.  

Os discípulos, homens simples e ocupados com seus afazeres diários, mostram que Deus chama pessoas comuns para realizar coisas extraordinárias. Assim, somos convidados a confiar na graça divina, que transforma nossas limitações em instrumentos para a Sua obra.  

Seguir Jesus é uma decisão que exige coragem e entrega, mas que nos conduz a uma vida de sentido e plenitude. Como os apóstolos, somos chamados a abandonar nossas seguranças e a lançar-nos na aventura da fé, confiando que o Senhor nos fará “pescadores de homens.”  

### Oração  

**Senhor Jesus, ajuda-nos a escutar o Teu chamamento  em nossa vida quotidiana.  Dá-nos coragem para deixar tudo o que nos impede de Te seguir e faz de nós instrumentos do Teu amor e da Tua paz. Ensina-nos a ser pescadores de homens, trazendo outros para a luz do Teu Reino. Amém.** 

11 28 A folhinha

 A folhinha

É outono. E à semelhança de todos os outonos, as folhas despedem-se em espirito de agradecimento da estrutura que lhes permitiu ser.

Numa queda singular, uma folhinha despega-se em simbiose a outros elementos.

Olha para o vento de outra forma, para o tronco com nostalgia, para a tempestade com medo e para a gravidade com apreensão. Sob apenas um Olhar, a folhinha vê-se no chão.

Com o coração despedaçado, a sua fragilidade fica a nu e toda a sua estrutura seca. 

O verde esperança não é mais senão uma memória que procura, em que era parte integrante das melodias da natureza. Unidade da copa que proporcionava frescas sombras. Recolhimento de inúmeras gotas de orvalho que nela se deleitavam, sendo portanto ponte no caminho destas para o seu destino. Não por relevância ou merecimento, mas por graça. Tudo é graça.

Agora amarelada, ressequida e enrolada sobre si mesma, esquece-se do Olhar que sempre procurou e chora a deformação, os danos, o stresse ambiental que a impede de voltar a ser pouso de um rouxinol e parte integrante de um ramo. Dói.

Olha para o lado, e vê que, com ela, outras folhinhas caíram, assim como ramitos que o vento esgalhou. Esquecida, chora a dor, porque a desfolhagem dói e é certo que tem de morrer para renascer. Há sempre uma batalha para cada alma e tendemos a agir como se fossemos unidades autónomas no controle das nossas vidas.

Vêm ao seu encontro passaritos que se apresentam com um canto desconhecido. Fechada em si mesma, procura o conhecido e tenta negar a beleza, a fonte e o Olhar. Outros amiguitos a cercam. Aranhitos, formiguitas, flores secas que a convidam a sair da perspetiva horizontal e docilmente a encaminham a uma posição vertical que lhe oferece uma perspetiva mais ampla e elevada. Da fonte. Do Olhar. Sob esta misteriosa Visão, começa a renascer da imersão e, no pano de fundo, vislumbra a confiança na Luz e a dizer fiat a este pão. 

Thalita

Por mais que silenciemos as nossas dores, há sempre um Olhar que nos conduz á eternidade.  

PARTILHA

Este texto, A folhinha, é uma bela metáfora sobre a fragilidade humana, as transformações inevitáveis da vida e a força que vem da graça divina. A autora, Thalita, constrói uma narrativa poética que transborda delicadeza e espiritualidade, convidando o leitor a refletir sobre a condição da existência, a dor da mudança e a esperança do renascimento.

Pontos Fortes:

  1. Uso da Metáfora da Natureza: A folha em sua jornada de queda e renascimento é uma representação rica da experiência humana. A conexão com o ciclo natural do outono reflete a transitoriedade da vida e a inevitabilidade de enfrentar perdas e transformações.
  2. Tonalidade Poética e Espiritual: O texto é impregnado de um lirismo que envolve o leitor em imagens suaves e significativas. A ideia de que “Tudo é graça” é uma lembrança   espiritual poderosa, que ecoa a teologia da gratuidade do amor divino.
  3. Desenvolvimento Narrativo: O contraste entre a queda da folha e o reencontro com uma nova perspectiva simboliza a redenção. A transformação de um estado de dor e isolamento para uma abertura à luz e ao “Olhar” é uma narrativa universal e cativante.
  4. Simbologia Profunda: Elementos como os passarinhos, os insetos e o “fiat” final tecem uma história de esperança e confiança na Providência, levando o leitor a identificar-se com a trajetória espiritual da folhinha.

Reflexão Final:

A folhinha é uma obra tocante que convida à contemplação. Ela comunica que, mesmo nas dores mais profundas, há um convite ao renascimento, à entrega e à confiança na Luz divina. A frase final, “Por mais que silenciemos as nossas dores, há sempre um Olhar que nos conduz à eternidade”, é um fecho perfeito que ecoa a esperança cristã e deixa o leitor inspirado.

11 28 Lc 21, 20-28: Jerusalém e os Pagãos

 

 

 

Lc 21, 20-28: Jerusalém e os Pagãos

 Em tempos de incerteza, palavras antigas podem oferecer uma clareza profunda.

Juntem-se a mim na exploração de Lucas 21-20-28.

Em Lucas 21-20-28, Jesus fala da queda de Jerusalém,

uma cidade destinada a ser pisada pelos gentios.

Esta passagem não é apenas um relato histórico; é uma visão profética.

Mostra-nos que mesmo em momentos de grande turbulência, há um plano maior em ação.

Jesus avisa sobre sinais no sol, na lua e nas estrelas,

angústia entre as nações e mares agitados.

Pensem nas cheias repentinas em Lisboa, ou nos incêndios no Alentejo,

momentos que nos lembram que a mudança é inevitável,

mas também que a redenção está próxima.

A passagem conclui com um apelo para nos mantermos firmes e esperançosos.

“Quando estas coisas começarem a acontecer, levantem-se e ergam as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.”

Tal como os nossos antepassados que resistiram a invasões e ditaduras, com fé inabalável,

também nós devemos manter a esperança.

Assim, em tempos de caos e incerteza, lembrem-se- há sempre esperança.

Mantenham a vossa fé forte e o vosso olhar elevado.

Como diz o provérbio, “Depois da tempestade vem a bonança”.

A hora dos gentios passará, e um novo amanhecer virá. Mantenham-se esperançosos, mantenham-se fiéis.

PARTILHA 

1. Manuel, o ancião sábio

  • Descrição: Um homem idoso, residente em Lisboa, que já viu muitas mudanças ao longo da sua vida. Tem um conhecimento profundo da história de Portugal e das Escrituras, e gosta de refletir sobre a ligação entre acontecimentos contemporâneos e as palavras de Jesus.
  • Perspetiva sobre o texto: Manuel vê a profecia de Jesus como um aviso sobre a transitoriedade da vida e a necessidade de confiar no plano divino. Ele associa as cheias em Lisboa aos sinais mencionados por Jesus e encoraja os mais jovens a manterem a esperança.
  • Frase marcante: “Já vi revoluções e terramotos, mas sempre voltei à Igreja, onde encontro a paz. Levantem a cabeça, pois Deus nunca nos abandona.”

2. Clara, a professora de história

  • Descrição: Uma mulher de 40 anos, dedicada à educação, que vive no Alentejo. Clara é uma crente que adora partilhar a sua paixão pela história e pela fé, ajudando os seus alunos a conectar os ensinamentos bíblicos com o mundo moderno.
  • Perspetiva sobre o texto: Clara interpreta a passagem como um convite a aprender com o passado e a olhar para os sinais dos tempos como oportunidades para crescer em fé. Ela compara a resistência do Alentejo aos incêndios com a perseverança necessária nos tempos de provação.
  • Frase marcante: “A história ensina-nos que as crises são ciclos, mas é a fé que nos dá força para superá-las.”

3. Tiago, o jovem agricultor

  • Descrição: Um rapaz de 25 anos, trabalhador e resiliente, que vive numa aldeia no interior de Portugal. Apesar das dificuldades económicas e das adversidades naturais, Tiago encontra na sua fé a energia para continuar.
  • Perspetiva sobre o texto: Tiago relaciona-se com a ideia de levantar a cabeça e permanecer firme. Ele acredita que, tal como a terra renasce após os incêndios, também o ser humano pode encontrar redenção em tempos difíceis.
  • Frase marcante: “Quando vejo o campo verdejar novamente após um incêndio, lembro-me das palavras de Jesus: ‘A vossa redenção está próxima.’ Nunca perco a esperança.”

11 27 Oração – Rezemos para permanecermos na Fé

Oração

**Senhor Jesus, dá-nos força e coragem para permanecer fiéis ao Teu nome,

mesmo diante de perseguições e incompreensões. Ajuda-nos a confiar em

Tuas promessas e a perseverar, sabendo que em Ti está nossa vitória.

Concede-nos o dom de testemunhar o Teu amor com sabedoria e serenidade.

Amém.**

Partilhas Inspiradoras:

Maria Antónia (Aposentada, 68 anos):
“Depois de rezar esta oração, senti uma paz imensa. Tenho enfrentado momentos de incompreensão na minha família, mas percebo que, com a força de Jesus, posso manter-me serena e continuar a mostrar o Seu amor nas minhas atitudes. Sei que a vitória está n’Ele.”

João Manuel (Jovem universitário, 22 anos):
“Esta oração tocou-me profundamente. Às vezes sinto-me pressionado por colegas a abandonar os valores em que acredito, mas agora compreendo que é precisamente nestas dificuldades que o Senhor me fortalece. Vou confiar nas Suas promessas e perseverar.”

Ana Beatriz (Professora, 41 anos):
“Ao rezar, pedi coragem para enfrentar os desafios no trabalho, onde por vezes sou criticada por testemunhar a minha fé. Senti que Jesus me deu não só força, mas também sabedoria para agir com amor e serenidade. Ele está sempre ao meu lado.”

Exortação:

Já experimentou  a paz e a coragem de Jesus em sua vida? Partilhe a sua experiência! Esta oração é um convite a todos para confiar no Senhor e testemunhar o Seu amor com sabedoria e serenidade. Que a sua partilha inspire outros a encontrar a vitória em Cristo.

11 29  Lc 21 29- 33  Sexta Quando virdes isto acontecer ficai a saber que o reino de Deus está próximo

11 29  Lc 21 29- 33  Sexta Quando virdes isto acontecer ficai a saber que o reino de Deus está próximo

EVANGELHO Lc 21, 29-33
«Quando virdes acontecer estas coisas,
sabei que está próximo o reino de Deus»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Olhai a figueira e as outras árvores: Quando vedes que já têm rebentos, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo aconteça.

Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão».


Palavra da salvação.

REFLEXÃO

No Evangelho de hoje, Jesus utiliza a imagem da figueira que brota para ilustrar a proximidade do Reino de Deus. Assim como os rebentos anunciam a chegada do verão, os sinais dos tempos indicam que Deus está agindo na história e que Seu Reino está mais próximo.  

Esta passagem convida-nos a desenvolver uma visão espiritual aguçada, capaz de perceber os sinais da presença de Deus mesmo em meio a desafios e transformações. A ruína de Jerusalém, que poderia ser vista apenas como um desastre, torna-se também o marco de um novo começo. Assim, somos chamados a olhar para os eventos de nossa vida com esperança, reconhecendo que Deus escreve a história com fidelidade e amor.  

Na realidade atual, em meio às incertezas e crises, este texto relembra nos  que a Palavra de Deus é firme e duradoura. Tudo o que é terreno passa, mas as promessas de Cristo permanecem. Por isso, somos convidados a confiar na força transformadora do Reino de Deus que cresce silenciosamente, mesmo quando não o percebemos.  

Ao observar os “rebentos” da graça divina — pequenas mudanças, gestos de amor, sinais de reconciliação — que despontam em nossa vida, somos incentivados a nutrir a esperança e a nos preparar para o encontro com o Senhor, que há de vir com a plenitude de Seu Reino.  

### Oração  

**Senhor, dá-nos olhos para ver os sinais do Teu Reino em nosso meio. Fortalece a nossa esperança nas Tuas promessas e ajuda-nos a viver segundo a Tua Palavra, que nunca passará. Que nossa vida seja um testemunho do Teu amor e um anúncio do Teu Reino. Amém.** 

11 28 Lc 21, 20-28 Quinta «Jerusalém será calcada pelos pagãos,até que aos pagãos chegue a sua hora»

EVANGELHO Lc 21, 20-28 «Jerusalém será calcada pelos pagãos,até que aos pagãos chegue a sua hora»

  1. “Quando virdes Jerusalém cercada por exércitos, sabei que a sua desolação está próxima.
  2. Então, os que estiverem na Judeia, fujam para as montanhas; os que estiverem na cidade, retirem-se; e os que estiverem no campo, não entrem na cidade.
  3. Pois estes serão dias de vingança, para que se cumpra tudo o que está escrito.
  4. Ai das que estiverem grávidas ou amamentando naqueles dias! Pois haverá grande calamidade na terra e ira contra este povo.
  5. Cairão ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações. E Jerusalém será pisada pelos gentios, até que se completem os tempos deles.
  6. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. E, na terra, as nações ficarão angustiadas, perplexas com o rugido do mar e das ondas.
  7. Os homens desmaiarão de medo, na expectativa do que vai acontecer ao mundo, porque os poderes dos céus serão abalados.
  8. Então, verão o Filho do Homem vir numa nuvem, com poder e grande glória.
  9. Quando começarem a acontecer essas coisas, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima
    REFLEXÃO
    O Evangelho apresenta uma mensagem de alerta e esperança. Jesus descreve
    a destruição de Jerusalém e os sinais que antecederão a vinda do Filho do
    Homem, revelando que o caos e o sofrimento não são o fim, mas prelúdio da
    libertação prometida.
    Hoje, enfrentamos desafios que podem parecer tão devastadores quanto os
    sinais descritos. Guerras, desastres naturais, crises sociais e pessoais muitas
    vezes nos fazem questionar o futuro. Porém, a Palavra de Deus nos encoraja a
    não temer. No meio do caos, somos chamados a erguer a cabeça, mantendo
    os olhos fixos na promessa de redenção e na presença fiel de Deus.
    Este Evangelho também nos convida a refletir sobre a nossa preparação
    espiritual. Como lidamos com as crises? Enfrentamos as dificuldades com fé ou
    nos deixamos consumir pelo desespero? Jesus nos lembra que os momentos
    de tribulação são oportunidades para fortalecer nossa confiança n'Ele e
    testemunhar a nossa fé diante do mundo.
    Ao olhar para o horizonte da nossa história, vemos que ela não caminha para o
    vazio, mas para o encontro com o Filho do Homem em Sua glória. Este é o
    chamado à esperança que transforma o medo em coragem e o desespero em
    expectativa jubilosa do Reino que virá.
    # Oração
    **Senhor, nos dias de desolação, dá-nos a força de erguer a cabeça e a fé para
    enxergar a Tua luz que se aproxima. Ajuda-nos a caminhar com coragem,
    preparando nossos corações para o Teu Reino. Que, mesmo nas dificuldades,
    possamos testemunhar o Teu amor e anun

Nb Texto do video

Chapter 1:

Lc 21, 20-28: Jerusalém e os Pagãos

(gap:0.5s) Em tempos de incerteza, palavras antigas podem oferecer uma clareza profunda.

Juntem-se a mim na exploração de Lucas 21-20-28.

Em Lucas 21-20-28, Jesus fala da queda de Jerusalém,

uma cidade destinada a ser pisada pelos gentios.

Esta passagem não é apenas um relato histórico; é uma visão profética.

Mostra-nos que mesmo em momentos de grande turbulência, há um plano maior em ação.

Jesus avisa sobre sinais no sol, na lua e nas estrelas,

angústia entre as nações e mares agitados.

Pensem nas cheias repentinas em Lisboa, ou nos incêndios no Alentejo,

momentos que nos lembram que a mudança é inevitável,

mas também que a redenção está próxima.

A passagem conclui com um apelo para nos mantermos firmes e esperançosos.

“Quando estas coisas começarem a acontecer, levantem-se e ergam as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.”

Tal como os nossos antepassados que resistiram a invasões e ditaduras, com fé inabalável,

também nós devemos manter a esperança.

Assim, em tempos de caos e incerteza, lembrem-se- há sempre esperança.

Mantenham a vossa fé forte e o vosso olhar elevado.

Como diz o provérbio, “Depois da tempestade vem a bonança”.

A hora dos gentios passará, e um novo amanhecer virá. Mantenham-se esperançosos, mantenham-se fiéis.

11 27 Luke 21:12-19 Wednesday 27 November 2024 / 

GOSPEL READING: Luke 21:12-19

12 But before all this they will lay their hands on you and persecute you, delivering you up to the synagogues and prisons, and you will be brought before kings and governors for my name’s sake. 13 This will be a time for you to bear testimony. 14 Settle it therefore in your minds, not to meditate beforehand how to answer; 15 for I will give you a mouth and wisdom, which none of your adversaries will be able to withstand or contradict. 16 You will be delivered up even by parents and brothers and kinsmen and friends, and some of you they will put to death; 17 you will be hated by all for my name’s sake. 18 But not a hair of your head will perish.19 By your endurance you will gain your lives.

11 27  Lc 21, 12-19 Quarta « Todos vos odiarão por causa do meu nome”

Uma imagem de um prisioneiro cristão sendo levado por soldados, simbolizando a perseguição física, mas com um olhar sereno e confiante no rosto, representando a fé inabalável.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas

  1. “Antes, porém, de tudo isso, deitarão as mãos sobre vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões, e levando-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome.

  2. Isso vos acontecerá para que deis testemunho.

  3. Gravai, pois, no vosso coração que não deveis preparar vossa defesa.

  4. Porque eu vos darei palavras de sabedoria, a que não poderão resistir nem contradizer todos os vossos adversários.

  5. Sereis entregues até por pais, irmãos, parentes e amigos, e matarão alguns de vós.

  6. Sereis odiados por todos, por causa do meu nome.

  7. Contudo, nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá.

  8. É pela vossa perseverança que ganhareis a vossa vida.”

REFLEXÃO

Nos tempos atuais, podemos não enfrentar perseguições físicas tão severas

como as vividas pelos primeiros cristãos, mas somos desafiados de outras

formas. Viver de acordo com os valores do Evangelho, como a justiça, a

verdade e o amor, pode nos trazer incompreensão, críticas e até exclusão em

uma sociedade que muitas vezes rejeita princípios cristãos.

Este Evangelho é um chamamento à coragem e à perseverança. Jesus

promete estar connosco, dando-nos palavras e sabedoria para testemunhar,

mesmo diante de adversidades. É também uma oportunidade de refletir sobre

como respondemos às dificuldades: confiamos na força do Espírito Santo ou

nos deixamos levar pelo medo e desânimo?

A mensagem de Jesus é clara: a fidelidade a Ele conduz nos à vitória. Que

possamos enfrentar as dificuldades com fé e determinação, confiando que, em

Cristo, somos mais que vencedores.

Oração

**Senhor Jesus, dá-nos força e coragem para permanecer fiéis ao Teu nome,

mesmo diante de perseguições e incompreensões. Ajuda-nos a confiar em

Tuas promessas e a perseverar, sabendo que em Ti está nossa vitória.

Concede-nos o dom de testemunhar o Teu amor com sabedoria e serenidade.

Amém.**

11 26 Luke 21:5-11 Tuesday Take Heed That You Are Not Led Astray

Tuesday 26 November 2024

GOSPEL READING: Luke 21:5-11

5 And as some spoke of the temple, how it was adorned with noble stones and offerings, he said, 6 “As for these things which you see, the days will come when there shall not be left here one stone upon another that will not be thrown down.” 7 And they asked him, “Teacher, when will this be, and what will be the sign when this is about to take place?” 8 And he said, “Take heed that you are not led astray; for many will come in my name, saying, `I am he!’ and, `The time is at hand!’ Do not go after them. 9 And when you hear of wars and tumults, do not be terrified; for this must first take place, but the end will not be at once.” 10 Then he said to them, “Nation will rise against nation, and kingdom against kingdom; 11 there will be great earthquakes, and in various places famines and pestilences; and there will be terrors and great signs from heaven.

11 26 Lucas 21, 5-11 Terça Feira  «Não ficará pedra sobre pedra»

EVANGELHO Lc 21, 5-11 «Não ficará pedra sobre pedra»

JEvangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, comentavam alguns que o templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. Jesus disse-lhes: «Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído».

 Eles perguntaram-Lhe: «Mestre, quando sucederá isto? Que sinal haverá de que está para acontecer?».

Jesus respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». Disse-lhes ainda: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e, em diverso

s lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO- Comentário Evang Lc 21, 5-11

O Evangelho de hoje convida-nos a refletir sobre a transitoriedade das coisas deste mundo e a nossa constante necessidade de vigilância espiritual. Jesus anuncia a destruição do templo de Jerusalém, um símbolo de segurança e identidade para o povo, mostrando que nada na terra é permanente. Em tempos de crises globais, catástrofes naturais e conflitos, as palavras de Jesus continuam atuais: não devemos fixar nossa esperança em estruturas humanas ou materiais, por mais impressionantes que sejam.

Nos dias de hoje, vivemos cercados por incertezas: mudanças climáticas, pandemias, divisões sociais e guerras. A mensagem de Cristo é clara: não nos deixemos enganar por falsos profetas ou promessas ilusórias de salvação. Precisamos manter os olhos fixos no essencial: a nossa fé em Deus e o compromisso com o bem.

Jesus também nos ensina a não ceder ao medo. A sua advertência é acompanhada por um chamado à confiança. Por mais turbulentos que sejam os tempos, Deus permanece presente. Ele não nos abandona, mas guia- nos através das provações.

Este Evangelho é um convite a construir a nossa vida sobre fundamentos duradouros: amor, justiça, solidariedade e fé.

Que possamos ser sinais de esperança em meio às tribulações, confiando que Deus é o Senhor da história e conduz todas as coisas para o bem.

 

ORAÇAO

Senhor, em meio às incertezas deste mundo, ajuda-nos a confiar na Tua presença fiel. Ensina-nos a discernir o que é eterno e a não nos deixarmos seduzir por promessas vãs. Dá-nos coragem para enfrentar as tempestades da vida com serenidade e força, testemunhando o Teu amor e esperança. Amém.

 

https://liturgia.pt/liturgiadiaria/dia.php?data=2024-11-26

Eis os versículos de Lucas 21, 5-11, com a numeração:

  1. Como alguns falavam do templo, dizendo que estava adornado com belas pedras e com ofertas votivas, Jesus disse:
  2. “Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra; tudo será destruído.”
  3. Eles perguntaram: “Mestre, quando sucederá isso? E qual será o sinal de que essas coisas estão para acontecer?”
  4. Ele respondeu: “Cuidado para que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu’ e: ‘O tempo está próximo.’ Não sigais após eles!
  5. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos assusteis. Pois é necessário que primeiro aconteçam essas coisas, mas o fim não virá logo depois.”
  6. Então Jesus lhes disse: “Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino.
  7. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em diversos lugares; haverá coisas espantosas e grandes sinais no céu.”