Monthly Archives: April 2022

05 02 _ 05 08 – Peregrino do Transcendente

05 02 J0 6, 22-29    Segunda Feira da Semana III – Trabalhemos sobretudo pelo alimento espiritual
https://www.liturgia.pt/liturgiadiaria/dia.php?data=2022-5-2

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05 03 J0 14, 06-14 Terça  Feira da Semana III Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida

https://www.liturgia.pt/santos/santo_v.php?cod_santo=68

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05 04  J0 6, 35-40  Quarta   Feira da Semana III
«A vontade d’Aquele que Me enviou é esta: que Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu»
https://www.liturgia.pt/liturgiadiaria/dia.php?data=2022-5-4

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05 06 Jo 6, 44-51    Quinta Feira «Eu sou o pão vivo que desce do Céu»

https://www.liturgia.pt/liturgiadiaria/dia.php?data=2022-5-5

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            05 06 Jo 6, 52-59   Sexta  Feira da Semana III EVANGELHO Jo 6, 52-59 «A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida»

https://www.liturgia.pt/liturgiadiaria/dia.php?data=2022-5-6

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  05 07 Jo 6, 60-69   Sábado da  Semana III  «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna»

https://www.liturgia.pt/liturgiadiaria/dia.php?data=2022-5-7

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05 08 Jo 10, 27-30    Domingo IV da Páscoa   «Eu dou a vida eterna às minhas ovelhas»

https://www.liturgia.pt/liturgiadiaria/dia.php?data=2022-5-8

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04 30 Jo 6, 16-21 Sábado da II Semana

EVANGELHO Jo 6, 16-21
«Viram Jesus caminhando sobre o mar»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Ao cair da tarde, os discípulos de Jesus desceram até junto do mar, subiram para um barco e seguiram para a outra margem, em direcção a Cafarnaum. Já fazia escuro e Jesus ainda não tinha ido ter com eles. Como o vento soprava forte, o mar ia-se encrespando. Tendo eles remado duas e meia a três milhas, viram Jesus aproximar-Se do barco, caminhando sobre o mar e tiveram medo. Mas Jesus disse-lhes: «Sou Eu. Não temais». Quiseram então recebê-l’O no barco mas logo o barco chegou à terra para onde se dirigiam.
Palavra da salvação.

Reflexão

Para interpretar com fidelidade a passagem de hoje, (Jo 6, 16-21) temos que usar o simbolismo. Os apóstolos estão sozinhos, à noite, no meio do mar turbulento símbolo do mal, dominado pelo maligno. A barca representa o Reino. Sem Jesus, o vento contrário domina-a e impede-a de chegar a seu destino. Ao vê-lo caminhar sobre o mar, reconhecem que era o Mestre e são atingidos pelo medo …

 

Este texto demonstra a transcendência e independência de Jesus, manifestada diante das leis físicas da natureza, revelam o senhorio total como criador e não criatura sobre os acontecimentos, de modo que a nossa resposta de hoje não pode ser outra que a dos que estavam no barco: Verdadeiramente tu és Filho de Deus

Podemos de fato ter medo, mas o medo de que devemos ter é separar-nos do Deus de Jesus Cristo deixar de ter com Ele uma relação afetiva. Mesmo nas condições adversas Deus procura entrar em relação com os seres humanos ..Devemos tentar “compreender” o incompreensível. O que importa é não estarmos positivamente fechados ao que escapa à verificação e à razoabilidade. Acolhamos as surpresas de Deus e as nossas angústias desaparecerão.

 

Cada um de nós carrega a sua cruz, é certo, mas mesmo sofrendo contrariedades e desencontros, será a suavidade e a leveza que deverão estar nos nossos olhos e no nosso coração. Se é Jesus que levamos connosco, é de liberdade que falamos.

Conseguiremos então olhar para o presente que estamos vivendo e para o futuro que temos de programar e esperar com energia renovada e otimismo mais realista.

E após longa reflexão, profunda reflexão Ele diz-nos no nosso intimo:                                                     “Sou Eu, não temais”

 

Oração

 

Senhor Deus, que Vos encarnastes em Jesus Cristo, mesmo para afugentar todos os medos das Vossas criaturas humanas, ajudai  nos a estar sempre abertos à Vossa vinda na nossa vida e a compreender sempre, cada dia, que os Vossos caminhos são os melhores também para nós.

 

 

 

 

 

04  29 Mt 11, 25-30 Sexta  feira da semana II

 

EVANGELHO Mt 11, 25-30
«Escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes
e as revelaste aos pequeninos»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus exclamou:
«Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes
e as revelaste aos pequeninos.
Sim, Pai, Eu Te bendigo,
porque assim foi do teu agrado.
Tudo Me foi dado por meu Pai.
Ninguém conhece o Filho senão o Pai
e ninguém conhece o Pai senão o Filho
e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Vinde a Mim,
todos os que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo
e aprendei de Mim,
que sou manso e humilde de coração,
e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
Palavra da salvação.

– Reflexão

Celebramos hoje a festa de Santa Catarina de Sena. Nasceu em Sena no dia 25 de Março 1347 e Morreu a 29 de Abril 1380.

Santa Catarina de Sena faz parte do grupo dos pequeninos a que se refere o Evangelho de hoje (Mt 11,25-30) “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos (25)

Movida pelo desejo de perfeição, entrou na Ordem Terceira de S. Domingos quando era ainda adolescente. Trabalhou incansavelmente pela paz e concórdia entre as cidades, defendeu com ardor os direitos e a liberdade do Romano Pontífice e promoveu a renovação da vida religiosa.

Apesar de iletrada é considerada a mulher cristã mais impressionante do segundo milênio. Frágil, simples, O Papa Paulo VI declarou-a “doutora da Igreja” em 1970, por causa da grandeza teológica e mística de sua obra.

Meditou profundamente nesta passagem que pôs em prática: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração”. O jugo que Jesus lhe propôs e nos propõe a nós é a lei do amor. Amar requer empenho, dedicação. Não é a razão dos sábios e entendidos que nos leva a praticar a lei do amor mas aqueles que pela fé sentem a sabedoria intima de Deus.

Peçamos ao Senhor que nos dê a graça de uma sincera humildade e de uma fé viva, pelas quais possamos prestar-lhe o obséquio da nossa inteligência, crendo com a confiança de filhos de Deus em todas as verdades da nossa santa fé católica.

Que Santa Catarina de Sena, cuja festa hoje celebramos, interceda por nós e nos faça constantes na profissão da única e verdadeira religião revelada.

Oração

Deus de misericórdia infinita, que inflamastes Santa Catarina de Sena no amor divino, chamando-a à contemplação da paixão do Senhor e ao serviço da Igreja, fazei que o vosso povo, associado ao mistério de Cristo, se alegre para sempre na manifestação da sua glória

04 28 Jo 3, 31-36 Quinta Feira II da Páscoa
«O Pai ama o Filho e entregou tudo nas suas mãos»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Aquele que vem do alto está acima de todos; quem é da terra, à terra pertence e da terra fala. Aquele que vem do Céu dá testemunho do que viu e ouviu; mas ninguém recebe o seu testemunho. Quem recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. De facto, Aquele que Deus enviou diz palavras de Deus, porque Deus dá o Espírito sem medida. O Pai ama o Filho e entregou tudo nas suas mãos. Quem acredita no Filho tem a vida eterna. Quem se recusa a acreditar no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele».
Palavra da salvação.

Reflexão

Esta passagem faz continuação à conversa de Jesus com Nicodemos. São verdadeiras catequeses sobre o mistério da pessoa de Jesus, a sua origem, a sua relação com o Pai, a sua missão. A terra é o mundo dos homens com as suas limitações, as suas carências, até a sua cegueira que os impede de ver a luz de Deus; o Céu é o mundo de Deus, donde nos vem Jesus, o Filho, para tornar os homens participantes da sua vida divina e os conduzir ao Pai. Mas quem aceitará o seu testemunho?

É amor a relação entre Pai e Filho, e portanto plena garantia de tudo (w. 34-35) É necessário que em todo momento e circunstância nos esforcemos por ter o pensamento de Deus, ambicionemos ter os mesmos sentimentos de Cristo e aspiremos a olhar os homens e às circunstancias da mesma forma que vemos o Verbo feito homem.

Cada pessoa tem a possibilidade de viver em plenitude a sua vida, a partir da realidade terrena até ao outro mundo ou de fechar-se a essa extraordinária oportunidade.                                                                                                                                                                                             «Acreditar no Filho» quer dizer ter vida eterna, significa que o dia do Juízo não pesa em cima do crente porque já foi julgado e com um juízo favorável; no entanto, «Aquele, porém, que se recusa a crer no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele» (Jo 3,36)…, enquanto não acredite.

O Evangelho convida-nos a deixar de ser homens que só falam de coisas mundanas, para falar e mover-nos como «Aquele que vem do alto» (Jo 3,31), que é Jesus. Ele é o caminho, verdade e a vida! Conversemos com Ele. Reconheçamos que foi Deus quem enviou Jesus para levar à plenitude toda a obra de salvação. Agradeçamos a Deus por sermos batizados. É pelo Batismo que a nossa vida é testemunho da morte e ressurreição de Jesus.

 

— Oração

Senhor Jesus, que amastes tudo e todos desde sempre, fazei penetrar esta inspiração de beleza e de bondade na vida de cada ser humano que povoa o nosso planeta para sermos construtores de uma sociedade de amor. Que o Senhor nos dê a capacidade de amar

 

04 27   Jo 3, 16-21  Quarta Feira da segunda Semana

«Deus enviou o seu Filho, para que o mundo seja salvo por Ele»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus. E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más acções odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus».

Palavra da salvação.

Reflexão

Nicodemos fora ter com Jesus para conversar com um Mestre respeitado, e encontra-se diante de um homem que diz ter sido enviado por Deus para salvar os homens que acolherem a sua mensagem de amor. Ele promete a vida eterna a «quem acredita n’Ele». (v. 16c) Declara qual é a origem de todo o amor do Pai. O Pai quer a salvação do mundo através do único caminho realmente autorizado: o Filho “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna.”

O verdadeiro elemento discriminante entre a vida e a morte é a fé, em Jesus A ausência da fé provoca a auto-exclusão objectiva e duradoura de quem está privado dela de todo o processo vital (v. 19).9Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más.

Jesus traz para a luz o que um homem é verdadeiramente. Quem age com a verdade aproxima-se da Luz… Quem vive segundo uma lógica que não tem nenhuma relação com o amor manifestado por Deus até à morte de Cruz, vive já uma existência pesadamente desumana. Cada pessoa é responsável pela luminosidade ou escuridão da sua vida em relação com as opções de amor que faz ou que de outro modo rejeita.

Necessitamos de constantemente aprofundar a verdade em que acreditamos para viver na luz, amar a Luz e sermos luz para os outros. Ele dá sentido à nossa vida, é o nosso libertador.

Oração

Senhor Jesus, Vós que julgais a vida de cada homem para lhe oferecerdes a felicidade de um amor autêntico, dai-nos o vosso Espírito, que nos faça dilatar as medidas do nosso coração.

 

04 26 Jo 3, 7b-15 Terça Feira da segunda semana de Páscoa
 

EVANGELHO Jo 3, 7b-15
«Ninguém subiu ao Céu, senão Aquele que desceu do Céu:
o Filho do homem»

Naquele tempo disse Jesus a Nicodemos: Vós deveis nascer do alto. O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito’. Não te admires por eu haver  dito:  Vós deveis nascer do alto. Nicodemos perguntou: ‘Como é que isso pode acontecer?’ Respondeu-lhe Jesus: ‘Tu és mestre em Israel, mas não sabes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo, nós falamos daquilo que sabemos e damos testemunho daquilo que temos visto, mas vós não aceitais o nosso testemunho. Se não acreditais, quando vos falo das coisas da terra, como acreditareis se vos falar das coisas do céu? E ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado,  para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna.

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Jesus no diálogo com Nicodemos apresenta-se como o único que pode revelar as «coisas do Céu», porque veio de lá e só os que acreditarem n’Ele terão a vida eterna. Apesar de não entender muito bem o que Jesus lhe falava, Nicodemos ousava desembaraçar os enigmas diante das colocações do Mestre, colocando as suas dúvidas para lhes fosse esclarecidas.
Nós também não conseguimos entender a técnica de Deus e, somente Jesus poderá também nos ponderar sobre as coisas do céu segundo a visão do Pai. Nascer do alto é nascer do Espírito Santo, isto é, daquele que foi enviado do Alto para nos fazer alcançar os mistérios de Deus.  Nascemos do alto quando estamos entregues ao olhar de Deus e vivendo segundo os Seus pensamentos.         Nascemos do alto também quando dizemos não à mentalidade do mundo e assumimos a mentalidade de Deus que se traduz em amor.

Moisés salvou os Israelitas das serpentes venenosas com a contemplação da serpente de bronze: Os crentes serão salvos se olharem e aceitarem Cristo que será levantado na Cruz.

Seguir o Deus de Jesus Cristo é estar aberto ao Espírito de Jesus o qual, veio «do Alto» é ser sinal de contradição para aqueles que vivem segundo a lógica egoísta do mundo.

Ao acto do culto mosaico da serpente (cf. NM 21,8-9) sucede o culto de Cristo que atingirá a sua plenitude no final do percurso terreno de Jesus: na Cruz. A morte escandalosa de Cristo na Cruz marca o fim do Antigo Testamento e o nascimento do novo povo de Deus aberto a toda a humanidade sem distinções de raça, sexo ou país.

Peçamos ao Senhor a graça de apostar na vida eterna adquirida aqui e agora através da total doação aos nossos irmãos

Oração

Senhor Jesus, garante perene das alegrias da vida humana, amparai as opções de doação de cada um de nós pela vida dos outros, sobretudo quando o sofrimento da Cruz se torna elemento fundamental dela, e ajudai-nos a estar sempre alegres quando nos comprometemos por Vosso amor.

 

 

04 25 Mc 16, 15-20 Segunda Feira da II semana da Páscoa

 

«Foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus» (Mc 16, 15-20)

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados». E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus. Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.

 

REFLEXÃO

Hoje a Igreja celebra a festa do  Evangelista Marcos, nascido em uma família judaica opulenta. Colaborou  com o apóstolo Paulo, que conheceu em Jerusalém, com o qual foi a Chipre e, depois, a Roma. Escreveu o seu Evangelho entre os anos 50 e 60

 

Vamos reflectir  o capítulo 16 dos versículos 15 a 20  dMc 16, 15-20  com referência ao período inicial da Igreja. Jesus envia os seus apóstolos a anunciar a boa nova da sua vida, morte e ressurreição.

Perante esta leitura sentimos o desejo continuar a missão confiada por Jesus aos apóstolos encorajando a todos a assumir a sua fé intensificando-a cada vez mais com a meditação assídua da Palavra e a oração persistente agradecendo os milagres que o Senhor opera na nossa vida

A participação ativa e fiel da Santa Missa leva-nos à Missão expressa  no convite final da Missa com as  palavras finais do sacerdote: “Ide em paz e o Senhor vos acompanhe “.

Somos os continuadores do projeto de vida: lutar contra o mal, levar outros a aderir e aceitar a pessoa e a mensagem de Jesus.

Que o Senhor nos encha com a alegria da sua ressurreição e nos ajude a viver uma vida de louvor para sua glória. Que sejamos capazes de testemunhar a alegria do Evangelho e a realidade da ressurreição.

Oração

Pai Santo, fazei com que nós, membros do vosso corpo, sejamos audazes e autênticos missionários a espalhar a boa nova vivendo esperança do encontro convosco na glória

04 24  Jo 20, 19-31 domingo II

«Oito dias depois, veio Jesus…»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.

Palavra da salvação.

Reflexão

   O Evangelista S. João apresenta-nos inicialmente uma comunidade de gente receosa e de portas fechadas, para depois descrever a alegria do encontro festivo com o Ressuscitado. O medo, e a insegurança deram lugar à alegria e felicidade.

     ”Mostrando as mãos e lado trespassado,(versículo 20a), Jesus revela a sua “identidade, sopra sobre eles o seu Espírito tornando-os homens novos a viverem uma vida nova que os leva a serem testemunhas credíveis da nova Lei do Amor.

    A segunda parte (dos versículos 24 a 31) constitui uma catequese sobre a experiência da fé em Jesus vivo e ressuscitado no meio da comunidade dos que acreditam, o lugar onde se manifesta e irradia o amor de Jesus.

    Tomé representa aqueles que vivem fechados em si próprios (está fora/ausente) e que não faz caso do testemunho nem da comunidade nem percebe os sinais de vida nova que nela se manifestam. Em lugar de se integrar e participar da mesma experiência, pretende obter uma demonstração particular de Deus.

    No entanto, Tomé faz a experiência de Cristo vivo no interior da comunidade pois no “dia do Senhor”, volta a estar com a sua comunidade.

    Com a Ressurreição, começou um novo modo de existência para Jesus Cristo. A nossa FÉ torna possível vê-lo como ressuscitado nos sacramentos e na vida da Sua Igreja. Aqueles, porém, que creem no Filho de Deus, sem O ver, sem O tocar, sem discutir, serão tão felizes como aqueles que foram testemunhas oculares da Sua glória de Ressuscitado.

Oração

   Nós te damos graças, Senhor, porque enviaste-nos o vosso Filho para iluminar a humanidade com o projeto do mundo novo do amor.

  Queremos viver unidos como irmãos de Jesus numa comunidade de Fé à escuta da Palavra, comunidade de amor e de Vida, comunidade eucarística e de oração, comunidade missionária de portas abertas ao mundo.

23 de abril     Sábado

04 23  Mc 16, 9-15  Sábado depois da Páscoa «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho»

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

    Jesus ressuscitou na manhã do primeiro dia da semana e apareceu em primeiro lugar a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios. Ela foi anunciar aos que tinham andado com Ele e estavam mergulhados em tristeza e pranto. Eles, porém, ouvindo dizer que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não acreditaram. Depois disto, manifestou-Se com aspeto diferente a dois deles que iam a caminho do campo. E eles correram a anunciar aos outros, mas também não lhes deram crédito. Mais tarde apareceu aos Onze, quando eles estavam sentados à mesa, e censurou-os pela sua incredulidade e dureza de coração, porque não acreditaram naqueles que O tinham visto ressuscitado. E disse-lhes: «Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura».
Palavra da salvação.

 

Reflexão

 

Jesus ressuscitado apareceu a Madalena, a pecadora e fez dela a primeira anunciadora da notícia da Ressurreição; apareceu aos discípulos de Emaús e finalmente apareceu aos onze discípulos enviando-os a levar o evangelho a todas as criaturas «Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura».!

          Como a Igreja nos ensina, a evangelização é tarefa de todos os fiéis, que são chamados, pelo batismo, a ser discípulos missionários de Jesus Cristo. A missão não é tarefa opcional, mas parte integrante da identidade cristã, não se limitando a um programa ou projeto. É o compartilhar da experiência e do acontecimento do encontro pessoal com Jesus Cristo, por Ele se apaixonando, em corajoso e alegre testemunho a todas as pessoas, tornando visível o Amor misericordioso do Pai, especialmente com os pobres e pecadores.

     A alegria de sua ressurreição é, para nós, uma tarefa indispensável. O mandato de Jesus aos discípulos deve também ressoar nos nossos ouvidos, nós também somos seus discípulos. É preciso ir aonde   há tristezas, onde a alegria do ressuscitado não se fez ser sentida, nem os cantos de glória, puderam ser ouvidos. É preciso ir aonde há dor, aonde a única esperança é o aproximar-se do fim dos dias, é a morte. É preciso fazer-se ouvir. É preciso anunciar a todos esses, que a morte foi destruída e a vida saiu vitoriosa. O autor da vida, ferido na cruz, deu-nos vida, por sua morte.

 

Peçamos a coragem de anunciar o seu Evangelho, o que consiste fundamentalmente em anunciar o seu mistério pascal.

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Oração

 

Deus nosso Pai, queremos ser testemunhas do evangelho e demonstrar com a nossa vida que o amor é possível, Vence com a vossa graça os nossos medos e cobardias. Faz que reconheçamos Jesus, e ficaremos assombrados por aquilo que o seu Espírito pode realizar por nós.

 

 

 

 

04 22  Jo 21, 1-14 6ª feira de Páscoa

«Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho,
fazendo o mesmo com o peixe»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus manifestou-Se novamente aos discípulos junto ao Mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia. Também estavam presentes os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes então Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam: «Não». Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. Então o discípulo predilecto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar. Os outros discípulos, que estavam distantes apenas uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes. Logo que saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora». Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. E, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar: «Quem és Tu?»: bem sabiam que era o Senhor. Então Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.

Palavra da salvação.

Reflexão

 

  1. João através de linguagem simbólica apresenta-nos uma parábola sobre a missão da nova comunidade: libertar todos os homens (“os peixes”) que vivem mergulhados no mar do sofrimento. Esta libertação só é possível com a presença de Cristo. A pesca feita durante a noite significa a ausência de Jesus . O resultado da acção dos discípulos (de noite, sem Jesus) é um fracasso rotundo (“sem Mim, nada podeis fazer” – Jo 15,5).A chegada da manhã (da luz) coincide com a presença de Jesus (Ele é a luz do mundo) Jesus dá-lhes indicações, eles obedecem com docilidade e as redes enchem-se de peixes. A pesca abundante, como outros factos semelhantes do Evangelho, evoca a abundância de vida de que o mistério da Páscoa de Jesus é fonte e origem.

 

        O êxito da missão não se deve ao esforço humano, mas sim à presença viva e à Palavra do Senhor ressuscitado. Os pães com que Jesus acolhe os discípulos em terra são um sinal do amor, e de Jesus pela sua comunidade em missão no mundo

        Esta leitura convida-nos a constatar a centralidade de Cristo, vivo e ressuscitado, na missão que nos foi confiada. O êxito da missão cristã não depende do esforço humano, mas da presença viva do Senhor Jesus. Quando o cansaço, o sofrimento, o desânimo tomarem posse de nós, Ele lá estará, dando-nos o alimento que nos fortalece.

         É necessário ter consciência da sua constante presença, amorosa e vivificadora ao nosso lado e celebrá-la na Eucaristia e transformada na proclamação da Boa Nova acolhida que dá sentido e esperança para os irmãos.

Abramo-nos a Deus , encontremo-nos com Ele na Palavra que Ele nos dá no seu Evangelho

 

Oração

 

Vem, Divino Espírito, enchei-nos com a vossa Sabedoria. Vem divino Espírito Santo, enchei-nos com a vossa vida para que possamos permanecer firmes na Fé e sermos testemunhas credíveis do vosso amor. Cantemos todos Senhor vela por mim…

 

 

04 21 Lc 24, 35-48 Quinta Feira da Páscoa

 

«Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia»

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 

 

Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?» Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas». 

 

Palavra da salvação. 

 

 

Reflexão 

             Após se ter revelado a Maria Madalena e aos dois discípulos, Jesus aparece ao grupo para lhes tirar as dúvidas e os fortalece na Fé perante as iminentes perseguições, o cansaço dos membros já quase esquecidos da mensagem vitoriosa da Páscoa. “…Jesus apareceu no meio deles e disse-lhes : “A paz esteja convosco!” 

 

            Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. Parece ser lógico o medo. Tinham-no visto sofrer, morrer e ser sepultado somente umas horas antes, se bem que as suficientes para o desmoronar de toda a ilusão e esperança messiânicas perante fracasso tão evidente. Portanto, deve tratar-se de um fantasma, pensam eles, de uma alucinação coletiva,  

               Prova-lhes a Sua autêntica Ressurreição mostra-lhes as mãos, o peito e os pés rasgados querendo significar que era ele mesmo que tinham conhecido Estas palavras significam que Jesus está vivo, que a morte não o venceu. 

              Diante do escândalo da cruz era necessário que Ele provasse ser tudo conforme às Escrituras. Os caminhos de Deus consistem, como afirmava Paulo, em mostrar sua sabedoria e fortaleza no que é loucura e fraqueza para os homens (1 Cor 1, 25). 

 

O núcleo central do anúncio apostólico é a pessoa histórica de Jesus, o Messias; A sua morte e ressurreição; o testemunho apostólico da ressurreição deu-nos   a Paz através do suplício da Cruz A  paz que Ele nos trouxe foi conquistada justamente na Cruz. O Seu sofrimento e a Sua entrega foram por Amor, por Paixão.  

E em todo o mundo após a Consagração, na celebração Eucaristica, dizemos: Anunciamos Senhor a vossa Ressurreição, vinde Senhor.

 

ORAÇÃO 

Deus Pai, dai-nos o vosso Espírito que nos faça testemunhas corajosas da vossa salvação e do vosso amor de Pai diante dos homens, para que, familiarmente, construamos a vossa Igreja como lar de futuro e de esperança para o mundo. Amen.