Author Archives: Luz Divina

07 18 Mateus 12, 1-8 Sexta-feira da semana XV

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Imagem sugerida:Jesus no campo com os discípulos, em movimento, com espigas nas mãos, e fariseus ao fundo com ar reprovador. A luz sobre Jesus destaca a serenidade face ao conflito.

📖 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S.  – Mateus 12, 1-8

Naquele tempo, Jesus passou pelas searas num dia de sábado. Os discípulos, com fome, começaram a arrancar espigas e a comer.
Vendo isto, os fariseus disseram-Lhe:
«Repara! Os teus discípulos estão a fazer o que não é permitido ao sábado!»
Jesus respondeu-lhes:
«Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros tiveram fome?
Entrou na casa de Deus e comeram os pães da proposição, que não lhes era permitido comer, mas apenas aos sacerdotes.
Ou não lestes na Lei que, ao sábado, os sacerdotes violam o repouso do sábado no templo e ficam sem culpa?
Ora Eu digo-vos:
Aqui está quem é maior do que o templo.
Se compreendêsseis o que significa: “Prefiro a misericórdia ao sacrifício”, não condenaríeis os inocentes.
Porque o Filho do Homem é Senhor do sábado»..


📖 Lectio Divina – Mateus 12, 1-8

«Prefiro a misericórdia ao sacrifício»

1. Lectio – Leitura da Palavra

Jesus e os seus discípulos atravessam campos de trigo. Têm fome. É sábado. Os discípulos colhem espigas e comem. Os fariseus indignam-se: a Lei está a ser violada!
Jesus responde com sabedoria: lembra o exemplo de David, lembra a prática dos sacerdotes ao sábado. E revela: “Aqui está quem é maior do que o templo”. Mais do que a letra da lei, conta o espírito de misericórdia.

2. Meditatio – Meditação pessoal

Quantas vezes vivemos agarrados às regras, esquecendo o coração? A fome dos discípulos não é um capricho, é uma necessidade. Jesus defende-os com autoridade: o bem da pessoa está acima do formalismo religioso.
A verdadeira religião não é uma lista de obrigações, mas um caminho de compaixão. A misericórdia é o centro do Evangelho. Quando a Lei se torna pretexto para condenar, afasta-se de Deus.
Jesus é o Senhor do sábado. Ele é o verdadeiro descanso, o alimento e a liberdade interior. Em vez de julgar, somos chamados a acolher.

3. Oratio – Oração breve

Senhor Jesus,
livra-me do orgulho de quem julga.
Dá-me um coração misericordioso como o Teu.
Ensina-me a escutar a dor dos outros
e a fazer da Tua Palavra um refúgio de paz.
Tu és o meu sábado, o meu descanso, a minha liberdade.
Ámen.

4. Contemplatio – Permanecer na Palavra

Repete:
«Prefiro a misericórdia ao sacrifício»
Deixa que estas palavras se inscrevam no teu coração..


✍️ Texto-síntese com perguntas

Este Evangelho interpela o nosso modo de viver a fé:
É mais importante obedecer a Deus do que agradar aos homens. A compaixão supera o legalismo.

Perguntas:

  • Tenho usado a fé para julgar ou para compreender?
  • Respeito mais a norma do que a pessoa?
  • Que “espigas” estou hoje chamado a colher com liberdade interior?.

🕯 Palavra apelativa final:

Deixa que a misericórdia seja a tua lei, e o amor o teu sábado.


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18 Julho (Sex.) Mateus 12, 1-8 A misericórdia acima da lei: o Senhor do sábado

07 17 Mateus 11, 28-30 «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.

Cristo com os braços abertos numa paisagem de montes suaves, acolhendo pessoas cansadas e sobrecarregadas, que se aproximam com confiança. Ao fundo, uma luz cálida indica descanso e paz.

📖 Evangelho – Mateus 11, 28-30

Naquele tempo, Jesus tomou a palavra e disse:

«Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.

Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim,
porque sou manso e humilde de coração,
e encontrareis descanso para as vossas almas….

Porque o Meu jugo é suave e a Minha carga é leve».**..


📖 Lectio Divina – Mateus 11, 28-30

«Vinde a Mim, e Eu vos aliviarei»

1. Lectio – Leitura da Palavra

Jesus fala com ternura a todos os que estão cansados, sobrecarregados, aflitos. Ele convida: «Vinde a Mim». Não impõe, não exige, apenas chama com mansidão. O jugo que propõe não é opressão, mas partilha e alívio. Ele não quer escravizar, mas libertar. O Seu coração é manso e humilde, e nele há descanso verdadeiro.

2. Meditatio – Meditação pessoal

Vivemos tempos de fadiga: peso de decisões, dores interiores, exigências da vida. Este convite de Jesus é bálsamo: “Vinde a Mim”. Ele não promete uma vida sem dificuldades, mas uma vida partilhada com Ele. O “jugo” de Jesus é a união a Ele. Quando O seguimos, o peso da vida transforma-se em caminho de sentido.
Jesus ensina a mansidão, a humildade, o abandono confiado. O mundo valoriza o forte e o autónomo; Jesus acolhe o frágil que se entrega com fé.

3. Oratio – Oração simples.

Senhor Jesus,
tu conheces o meu cansaço e a minha alma oprimida.
Recebe-me nos teus braços de misericórdia.
Dá-me o teu jugo, ensina-me a mansidão e humildade.
Contigo, quero caminhar com leveza e confiança.
Ámen.

4. Contemplatio – Permanecer na Palavra

Repete interiormente:
«Vinde a Mim… e encontrareis descanso»
Faz silêncio. Deixa-te repousar neste convite….

Perguntas:

  • Tenho levado os meus fardos a Jesus ou carrego tudo sozinho?
  • Confio na ternura do seu coração ou temo a sua exigência?
  • Preciso aprender a ser manso e humilde como Ele?

🕯 Palavra apelativa final:

Descansa no coração de Cristo — Ele carrega contigo o peso da vida.

07 16 “Revelaste estas verdades aos pequeninos”

Imagem sugerida Maria, envolta em manto carmelita, no cimo de um monte, com os braços abertos ao céu e o Menino nos braços, irradiando luz sobre monges e pessoas humildes a rezar aos seus pés.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus.

Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar».
Palavra da salvação.

REFLEXÃO….

«Revelaste estas verdades aos pequeninos»

1. Lectio – Leitura atenta da Palavra

Jesus louva o Pai por ter escondido as verdades aos “sábios” e revelado aos “pequeninos”. Estas palavras não condenam o saber, mas mostram que o verdadeiro entendimento das coisas de Deus não se alcança pela inteligência humana, mas por um coração humilde e disponível.

2. Meditatio – Meditação no coração

A sabedoria de Deus manifesta-se aos simples, aos que se abrem como crianças. A Virgem Santa Maria, humilde serva, é o modelo perfeito dessa pequenez: não era douta nem poderosa, mas a sua alma engrandeceu o Senhor.
Celebrando hoje Nossa Senhora do Carmo, lembramos a sua presença silenciosa e fiel, Mãe dos que procuram a santidade no coração do mundo. Os carmelitas vivem dessa escola da escuta e do abandono confiado, no espírito dos pequeninos.
Jesus revela-se a quem, como Maria, diz: “Eis a serva do Senhor”. O Carmelo aponta para essa interioridade profunda, onde Deus fala ao coração.

3. Oratio – Oração pessoal

Virgem do Carmo,
ensina-me a ser pequeno,
a escutar como tu escutaste,
a acolher Jesus com simplicidade.
Livra-me da arrogância
e torna o meu coração pobre e confiante,
para que o Pai me revele o Filho
e o Filho me leve ao Pai.
Ámen.

4. Contemplatio – Permanecer na Palavra

Repete interiormente:
“Revelaste estas verdades aos pequeninos”
e deixa ecoar em ti o convite à humildade e à confiança.

✍️ Texto-síntese com perguntas de discernimento

A revelação de Deus não se impõe aos grandes do mundo, mas oferece-se aos humildes. Maria, modelo de escuta e simplicidade, é caminho seguro para acolher o mistério do Reino.

Perguntas:

  • Procuro Deus com humildade ou com vaidade espiritual?.
  • Tenho sede de aprender d’Ele como um pequenino?
  • Em que momentos me deixo ensinar por Maria?.

🕯 Palavra apelativa final:

Sê pequeno diante de Deus… e Ele tornar-te-á grande na fé.


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07 15 Ev Mt 11, 20-24Terça «O dia do Juízo será mais tolerável para Tiro e Sidónia do que para vós»

....Uma cidade em sombras ao fundo, e no céu um feixe de luz que toca o telhado de uma igreja, simbolizando a graça ignorada mas presente.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Mateus.

Naquele tempo, começou Jesus a censurar duramente as cidades em que se tinha realizado a maior parte dos seus milagres, por não se terem arrependido: «Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado os milagres que em vós se realizaram, há muito teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza. Mas Eu vos digo que no dia do Juízo haverá mais tolerância para Tiro e Sidónia do que para vós. E tu, Cafarnaum, serás exaltada até ao céu? Até ao inferno é que descerás. Porque se em Sodoma se tivessem realizado os milagres que em ti se realizaram, ela teria permanecido até hoje. Mas Eu vos digo que no dia do Juízo haverá mais tolerância para a terra de Sodoma do que para ti».

Palavra da salvação..

REFLEXÃO ..

📖 Lectio Divina – Mt 11, 20-24

“O dia do Juízo será mais tolerável para Tiro e Sidónia do que para vós”

1. Lectio – Escuta atenta da Palavra

Jesus censura Corazim, Betsaida e Cafarnaum por não se terem arrependido, apesar dos muitos sinais e milagres realizados nelas. A dureza das palavras de Cristo é um grito de dor: a indiferença diante da graça é mais grave do que a ignorância.

2. Meditatio – Meditação no coração

Quantas vezes o Senhor nos visita, fala-nos, toca-nos… e nós ficamos imóveis, insensíveis? O Evangelho de hoje é uma chamada à conversão profunda, à renovação sincera. Não basta presenciar milagres ou escutar palavras bonitas. É preciso responder com o coração.
São Bartolomeu dos Mártires, grande reformador da Igreja portuguesa no século XVI, viveu esta urgência da conversão. No Concílio de Trento e como arcebispo de Braga, não hesitou em chamar todos, com firmeza e amor, à fidelidade a Cristo. Foi um sinal claro num tempo de tibieza.

3. Oratio – Oração pessoal

Senhor Jesus,
desperta-me da minha indiferença.
Dá-me um coração dócil e arrependido,
capaz de reconhecer os teus sinais.
Que eu não endureça diante da Tua graça.
Faz-me profeta de conversão,
como São Bartolomeu dos Mártires,
testemunha da tua verdade.
Ámen.

4. Contemplatio – Permanecer na Palavra

Permanece na Palavra:
“Se em ti se tivessem realizado aqueles milagres…”
Saboreia esta pergunta: E se fosse eu a cidade advertida?.

✍️ Texto-síntese com perguntas para discernimento:

Jesus caminha connosco, faz milagres no silêncio da nossa vida… mas será que vemos? Este Evangelho é um apelo urgente ao arrependimento. A presença de Cristo entre nós é sempre um tempo de decisão.

Perguntas para discernimento:

  • Estou a reconhecer os sinais de Deus no meu dia-a-dia?
  • Há alguma área da minha vida onde estou a resistir à conversão?
  • Como posso, hoje, responder com generosidade à graça de Deus?
  • Tenho coragem de advertir, com caridade, os irmãos que se afastam?

🕯 Palavra final apelativa:

Desperta!
A graça de Deus não espera eternamente. Cada dia é oportunidade de recomeço.

Mensagem audio .

Hoje Jesus fala com dor.
Visitou cidades, realizou milagres…
mas encontrou corações indiferentes.

“Ai de ti, Betsaida…”

Não por castigo, mas porque não responderam ao amor.

Quantas vezes também nós ignoramos os sinais de Deus?

São Bartolomeu dos Mártires soube ouvir este grito de Jesus.
Reformou, chamou à verdade, acordou os adormecidos.

Que hoje, também nós, despertemos.
Que o teu coração se abra.
Ainda há tempo.
Mas não para sempre.

Arrepende-te, vive, recomeça.
A luz de Deus está acesa.
Tu, levanta-te.

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07 14 Mt 10, 34 __ 11, 1 Segunda «Não vim trazer a paz, mas a espada».

Sugestão de i Imagem sugerida: Uma espada luminosa cravada no coração da terra, com raízes que dela nascem em direcção ao magem Uma antiga biblioteca monástica com uma janela aberta por onde entra a luz suave do amanhecer. Sobre a mesa, uma cruz, um livro aberto com as iniciais “S.B.”, uma pena de escrita e um punhado de cinzas em pequeno recipiente de barro. A luz toca o livro e as cinzas — símbolo da união entre a sabedoria de Boaventura e o apelo de Jesus à conversão. .

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Não penseis que Eu vim trazer a paz à terra. Não vim trazer a paz, mas a espada. De facto, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora da sua sogra, de maneira que os inimigos do homem são os de sua casa. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim. Quem encontrar a sua vida há de perdê-la; e quem perder a sua vida por minha causa, há de encontrá-la. Quem vos recebe, a Mim recebe; e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou. Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá a recompensa de profeta; e quem recebe um justo por ele ser justo, receberá a recompensa de justo. E se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fresca, a um destes pequeninos, por ele ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa». Depois de ter dado estas instruções aos seus doze discípulos, Jesus partiu dali, para ir ensinar e pregar nas cidades daquela gente..

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

Lectio Divina – Mt 10, 34 – 11, 1
«Não vim trazer a paz, mas a espada»

  1. Lectio – Escuta da Palavra

    Jesus dirige-se aos seus discípulos com palavras fortes: não veio trazer paz, mas espada. Não se trata de incitar à violência, mas de alertar para a divisão que a fidelidade a Ele provoca, até nos laços mais íntimos. A escolha por Cristo não é neutra, mas exigente. O amor por Ele deve estar acima de tudo, até dos afectos familiares. E seguir Jesus implica carregar a cruz — aceitar a entrega, a renúncia, a entrega total.
  2. Meditatio – Meditação no coração

    Estas palavras inquietam. Jesus desinstala-nos. A espada que Ele traz é a da verdade, que corta tudo o que é ilusão, apego desordenado, tibieza espiritual. Sou capaz de O colocar em primeiro lugar? Aceito que a fidelidade a Cristo possa gerar incompreensão, até entre os meus? Ele convida-me a perder a vida por Ele — isso não é morrer, mas viver de outro modo, com liberdade interior e confiança em Deus.

Cada gesto de amor conta. Um simples copo de água fresca dado por causa de Cristo tem valor eterno. Que beleza há nesta lógica divina, onde os pequenos gestos são sinais do Reino.

  1. Oratio – Resposta em oração
    Senhor Jesus,
    dá-me um coração inteiro para Te seguir.
    Que eu não tema as divisões que a Tua verdade pode provocar.
    Ajuda-me a amar-Te acima de tudo,
    a carregar a minha cruz com fé
    e a encontrar a vida verdadeira
    na entrega generosa por Ti. Ámen..
  2. Contemplatio – Permanecer em Deus

    Permanece na Palavra: “Quem perder a sua vida por minha causa, há de encontrá-la”.
    Saboreia o paradoxo do Evangelho.
    Contempla a beleza de uma vida vivida por amor de Cristo..

✍️ Síntese com perguntas para discernimento.

  • A quem pertenço verdadeiramente: a Cristo ou às minhas seguranças?
  • A minha fé provoca rupturas ou acomodações?
  • Que cruz recuso tomar e porquê?
  • Onde posso hoje oferecer “um copo de água fresca” em nome de Jesus?

🕯 Palavra final apelativa:

Escolha.
A vida cristã não é neutra. É tempo de escolher, com verdade e coragem..

07 12 Sábado da semana XIV

Liturgia diária

 

Agenda litúrgica

2025-07-12

Sábado da semana XIV

Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Gn 49, 29-33 – 50, 15-26a; Sl 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7
Ev Mt 10, 24-33

Sugestão de imagem Uma pequena ave pousada numa mão aberta, com o céu azul ao fundo — símbolo da confiança serena em Deus que cuida até dos mais pequeno

EVANGELHO Mt 10, 24-33
«Não temais os que matam o corpo»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «O discípulo não é superior ao mestre, nem o servo é superior ao seu senhor. Ao discípulo basta ser como o seu mestre e ao servo ser como o seu senhor. Se ao chefe da família chamaram Belzebu, quanto mais aos da sua casa? Não tenhais medo dos homens, pois nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nada há oculto que não venha a conhecer-se. O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia; e o que escutais ao ouvido proclamai-o sobre os telhados. Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei antes Aquele que pode lançar na geena a alma e o corpo. Não se vendem dois passarinhos por uma moeda? E nem um deles cairá por terra sem consentimento do vosso Pai. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais: valeis muito mais do que todos os passarinhos. A todo aquele que se tiver declarado por Mim diante dos homens também Eu Me declararei por ele diante do meu Pai que está nos Céus. Mas àquele que Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante do meu Pai que está nos Céus».
Palavra da salvação.

O teu texto está muito bem estruturado, claro e profundamente espiritual. Aqui vai uma ligeira revisão, apenas com pequenos ajustes de estilo e fluidez, mantendo integralmente o conteúdo e o espírito original:


Comentário ao Evangelho – Mt 10, 24-33 (350 palavras)

Neste Evangelho, Jesus prepara os seus discípulos para as dificuldades da missão. Fala-lhes com verdade e coragem: se Ele, o Mestre, foi perseguido e insultado, também os seus discípulos o serão. Mas repete por três vezes uma exortação central: «Não temais». É um apelo insistente à confiança, mesmo no meio da oposição e da perseguição.

Jesus não esconde a dureza do caminho, mas oferece uma perspetiva mais profunda: a verdadeira ameaça não é a morte do corpo, mas a perda da alma. O medo dos homens deve ser relativizado diante da confiança total em Deus. Ele conhece cada pormenor da nossa existência — até os cabelos da nossa cabeça estão contados. Esta imagem, ternamente concreta, revela a delicadeza com que Deus nos ama e vela por nós.

Os passarinhos, aparentemente tão insignificantes, não caem por terra sem que o Pai o permita. Quanto mais nós, seus filhos! Isto dá-nos coragem para proclamar a verdade, mesmo quando somos rejeitados ou incompreendidos. Jesus desafia-nos a viver com coerência e fidelidade, sem receio de testemunhar publicamente a nossa fé.

Num tempo em que se procura agradar aos homens, Jesus convida a uma fidelidade radical ao Evangelho. O verdadeiro discípulo não se esconde, nem se cala. O que é escutado ao ouvido, deve ser proclamado do alto dos telhados. A fé não é privada nem silenciosa, mas pública e transformadora.

Hoje somos desafiados a viver sem medo, com plena confiança no amor do Pai. E a recordar: cada ato de fidelidade aqui terá eco na eternidade. Quem se declarar por Cristo, será por Ele reconhecido diante do Pai. Esta é a promessa que sustenta os mártires, os justos e todos os que anunciam a verdade com o coração livre.


Oração breve
Senhor Jesus, fortalece o meu coração nas provações. Ensina-me a viver sem medo, fiel à Tua Palavra, confiante no amor do Pai que tudo vê e cuida. Que a minha vida Te proclame em cada gesto e palavra. Ámen.


 

E

07 11 Sexta-feira da semana XIV

Mt 19, 27-29
«É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha
do que um rico entrar no reino de Deus»

Sugestão de imagem: Uma ponte estreita entre dois penhascos: de um lado, uma casa confortável e apegos terrenos; do outro, um campo luminoso com doze tronos e uma figura de Cristo glorioso. No meio da ponte, uma pessoa caminha com passos decididos, de olhos fixos em Cristo.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
disse Pedro a Jesus:
«Nós deixámos tudo para Te seguir.
Que recompensa teremos?».
Jesus respondeu:
«Em verdade vos digo:
No mundo renovado,
quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória,
também vós que Me seguistes
vos sentareis em doze tronos
para julgar as doze tribos de Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas,
irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras,
por causa do meu nome,
receberá cem vezes mais
e terá como herança a vida eterna».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

O Evangelho de hoje nasce do impulso espontâneo de Pedro, que, depois de escutar Jesus falar das dificuldades de um rico entrar no Reino dos Céus, pergunta: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?» Esta pergunta é legítima e profundamente humana. Pedro, como nós, precisa de perceber o sentido do sacrifício, do deixar tudo. A resposta de Jesus é generosa e consoladora: promete não só a comunhão com Ele no Reino, mas também uma multiplicação dos bens deixados — cem vezes mais — e, sobretudo, a vida eterna.

Aqui, Jesus não valoriza apenas o deixar por deixar. Ele destaca a razão do abandono: “por causa do meu nome”. É essa entrega por amor e fidelidade ao Senhor que transforma uma renúncia numa semente fecunda de eternidade. A lógica evangélica subverte os critérios do mundo. Aquilo que parece perda é, aos olhos de Deus, um ganho incomensurável.

É importante notar que Jesus não nega a dificuldade da renúncia. Pelo contrário, reconhece o peso de deixar família, casa, terras. Mas, ao mesmo tempo, garante que ninguém perde verdadeiramente o que entrega por amor d’Ele. Tudo será restituído com abundância, ainda que de forma diferente — uma nova família, uma nova terra, um novo modo de viver, com o sabor da eternidade.

No fundo, este Evangelho convida-nos a examinar a nossa entrega. O que deixamos por Cristo? Que lugar ocupa o Seu nome nas nossas escolhas e prioridades? A promessa do Reino não é uma recompensa materialista, mas a plenitude de uma vida vivida com sentido, em comunhão com o Senhor. Pedro abriu caminho. Cabe-nos seguir com confiança.


Oração:

Senhor Jesus, ensina-me a deixar tudo por amor do teu nome.
Dá-me um coração desapegado, livre e confiante nas tuas promessas.
Que nunca tenha medo de perder, pois contigo tudo se ganha. Ámen.


Warning
Warning
Warning
Warning

Warning.

S. Bento, Abade, Padroeiro da Europa – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Santos.

L 1 Pr 2, 1-9; Sl 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9. 10-11
Ev Mt 19, 27-29

07 10 Quinta-feira da semana XIV

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-07-10

Quinta-feira da semana XIV

L 1 Gn 44, 18-21. 23b-29 – 45, 1-5; Sl 104 (105), 16-17. 18-19. 20-21
Ev Mt 10, 7-15

Dois pés descalços sobre terra batida, com uma luz suave a iluminar o caminho — sinal de pobreza evangélica, confiança e missão itinerante.

EVANGELHO Mt 10, 7-15
«Recebestes de graça; dai de graça»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça. Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Jesus envia os seus Apóstolos numa missão urgente e libertadora: anunciar a proximidade do Reino dos Céus e confirmar essa mensagem com gestos concretos de cura e libertação. Esta missão não é reservada ao passado. É um apelo sempre atual para todo o cristão empenhado: proclamar com a vida que Deus está próximo, que o Seu Reino está ao nosso alcance, e que o amor é a linguagem que transforma.

A frase-chave — «Recebestes de graça; dai de graça» — é um grito contra o egoísmo e contra a tentação de comercializar o que é dom. O Evangelho não é um produto, é uma dádiva. A missão cristã não nasce da obrigação, mas da gratidão. Tudo o que temos, da fé à esperança, da saúde espiritual à salvação, recebemo-lo gratuitamente. Por isso, somos chamados a oferecer sem esperar trocas, aplausos ou vantagens.

Jesus também desafia os seus enviados a viver com leveza, desprendimento e confiança. Nada de acumular bens ou garantias. O missionário vive da fé e do essencial. A sua força não está nos meios, mas na Palavra e no poder de Deus.

Por fim, Jesus reconhece que haverá rejeição. Nem todos acolherão a mensagem. Mas o discípulo não deve desanimar: se não for recebido, deve seguir em frente com serenidade, sem ressentimentos. A fidelidade à missão vale mais do que o sucesso imediato.

Este Evangelho recorda-nos que o cristianismo verdadeiro é sempre dom partilhado, serviço gratuito e caminhada confiante. Só assim a nossa presença no mundo se tornará sinal credível do Reino que se aproxima.


Oração

Senhor, que me chamaste a anunciar o Teu Reino, faz de mim um mensageiro humilde e fiel. Que eu saiba dar com alegria o que recebi de graça. Liberta-me do apego às seguranças humanas e torna-me disponível para seguir o Teu caminho, com coragem e gratuidade. Ámen.


 

07 09 Quarta-feira da semana XIV

Liturgia diária.

Agenda litúrgica

2025-07-09.

Quarta-feira da semana XIV.

Sugestão de imagem Jesus a enviar os Doze, com cada um a partir em direcção diferente, olhando compassivamente para um rebanho disperso ao longe.

EVANGELHO Mt 10, 1-7
«Ide às ovelhas perdidas da casa de Israel»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus chamou a Si os seus Doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades. São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou. Jesus enviou estes Doze, dando-lhes as seguintes instruções: «Não sigais o caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO.

Jesus, ao chamar os Doze, não escolhe os mais sábios nem os mais influentes, mas homens simples, com falhas e fragilidades. Esta escolha revela o coração da missão cristã: Deus não chama os perfeitos, mas transforma os que chama. Ao conferir-lhes autoridade para expulsar espíritos impuros e curar enfermidades, Cristo confia-lhes a sua própria missão de libertar e restaurar. A lista dos apóstolos, com os seus nomes concretos, recorda-nos que cada um de nós é chamado pessoalmente, com a nossa história, para continuar a missão do Senhor.

A ordem de Jesus — «ide às ovelhas perdidas da casa de Israel» — exprime o cuidado pastoral e amoroso pelas almas que se afastaram. O foco inicial sobre Israel não é exclusão, mas um primeiro passo para a restauração da Aliança. Este mandato ecoa hoje como apelo à Igreja para cuidar, antes de mais, dos que se perderam dentro da própria casa: os baptizados afastados, os indiferentes, os desiludidos. São as “ovelhas perdidas” do nosso tempo, muitas vezes feridas, desiludidas ou esquecidas.

Na nossa vida quotidiana, este Evangelho convida-nos a assumir a vocação de discípulos missionários. Cada cristão é enviado com uma missão concreta: testemunhar, anunciar, curar, reconduzir. O Reino de Deus está próximo — não apenas no tempo, mas na presença de Cristo em cada gesto de amor, em cada reconciliação, em cada palavra que restaura a esperança.

Seguir Cristo é viver este dinamismo de envio. É deixar-se transformar por Ele para depois ser sinal visível da sua misericórdia no mundo.


Oração
Senhor Jesus, que chamaste os Doze pelo nome, chama-me também a mim.
Dá-me coragem para seguir-Te, humildade para servir, e amor para anunciar o Teu Reino aos que se perderam no caminho.
Faz de mim um instrumento da Tua paz. Ámen.


 

 

 

 

 

 

07 08 Terça-feira da semana XIV

Agenda litúrgica

2025-07-08

Uma seara dourada ao entardecer, com uma única silhueta de um trabalhador a caminhar entre os feixes, evocando a vastidão do campo e a urgência da missão.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 9, 32~38.)

Naquele tempo, apresentaram a Jesus um mudo possesso do demónio. Logo que o demónio foi expulso, o mudo falou. . multidão ficou admirada e dizia: «Nunca se viu coisa semelhante em Israel». Mas os fariseus diziam: «É pelo príncipe dos demónios que Ele expulsa os demónios». Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara».
Palavra da salvação..

REFLEXÃO

Jesus revela-se como aquele que vê, escuta, compreende e age. Diante do sofrimento físico e espiritual do homem mudo possesso, Jesus intervém com poder libertador. O milagre devolve-lhe a voz, expressão da sua dignidade e capacidade de comunicação com Deus e com os outros. Mas nem todos acolhem esta libertação com alegria: os fariseus, presos à rigidez e à inveja, preferem desacreditar o bem evidente, atribuindo-o ao mal.

A reacção de Jesus não é o confronto, mas o compromisso. Ele não se deixa desanimar pela oposição, antes continua a percorrer cidades e aldeias, movido pela compaixão. O seu olhar vê para além das aparências: reconhece nas multidões sinais de cansaço, de abandono, de desorientação. E é neste contexto que pronuncia palavras que permanecem tão actuais: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos».

A missão evangelizadora exige presença, ternura e coragem. Não se trata apenas de números, mas de corações disponíveis. A colheita que espera trabalhadores não é um campo de produção, mas um povo que clama por sentido, esperança e cura. Jesus convida-nos a rezar — não tanto para que outros sejam enviados — mas para que o nosso coração se torne também disponível e generoso.

O problema não é a falta de missão, mas a escassez de quem queira abraçá-la com amor. Quantas “vozes mudas” existem hoje no mundo, presas por forças que oprimem, isolam e ferem? Quem se dispõe a ser presença libertadora, como Cristo, que escuta e cura, que ensina e caminha com os pobres?

### Oração

Senhor Jesus, que Te compadeceste das multidões cansadas e sem pastor, faz de mim um operário da Tua seara. Dá-me um coração semelhante ao Teu, sensível ao sofrimento, atento às necessidades dos irmãos, disposto a servir sem medo. Envia-nos, Senhor, para anunciar o Teu Reino com palavras e gestos de misericórdia. Ámen.

 

 

 

07 07  Mt 9, 18-26  Segunda «A minha filha acaba de morrerMas vem impor-lhe a mão e ela viverá»

 

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-07-07.

Sugestão de imagem: Uma representação serena e luminosa de Jesus estendendo a mão para tocar uma jovem menina adormecida, enquanto uma mulher ajoelha-se ao fundo tocando discretamente o manto de Jesus — símbolo da cura e da ressurreição.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, estava Jesus a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d’Ele, dizendo: «A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e viverá». Jesus levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos. Entretanto, uma mulher que sofria um fluxo de sangue havia doze anos, aproximou-se por detrás d’Ele e tocou-Lhe na fímbria do manto, pensando consigo: «Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada». Mas Jesus voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe: «Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou». E a partir daquele momento a mulher ficou curada. Ao chegar a casa do chefe e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em grande alvoroço, Jesus disse-lhes: «Retirai-vos, porque a menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele. Mas quando mandou sair a multidão, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se. E a notícia divulgou-se por toda aquela terra.

Palavra da salvação.

Reflexão

Neste trecho do Evangelho, encontramos dois gestos poderosos de Jesus que nos revelam a profundidade da sua compaixão e o mistério da vida que Ele traz. Um chefe se aproxima com a dor da perda: sua filha acaba de morrer. Porém, na sua fé, ele acredita que Jesus pode reverter o impossível. Paralelamente, uma mulher que sofre há doze anos por uma doença crónica toca discretamente a orla do manto de Jesus, confiando que apenas esse gesto lhe trará cura. Ambos os milagres são sinais claros de que Jesus é a fonte da vida verdadeira, capaz de restaurar não só a saúde física, mas também vencer a própria morte.
Este Evangelho convida-nos a renovar a nossa confiança na força transformadora de Jesus. Ele não é apenas um curandeiro, mas Aquele que tem poder sobre a vida e a morte — uma promessa consoladora para quem enfrenta situações difíceis e aparentemente sem solução. A atitude da mulher demonstra que a fé não precisa ser ostentosa; o simples ato de acreditar já é suficiente para alcançar a graça divina.

Que esta passagem nos inspire a aproximar-nos de Jesus com coragem e humildade, confiando que Ele pode tocar as nossas feridas e trazer vida nova onde parece haver apenas desespero.

Oração:

Senhor Jesus, fortalece a minha fé para que eu possa tocar o teu manto com confiança e experimentar o teu poder de cura e vida. Ensina-me a acreditar em Ti mesmo nos momentos mais difíceis. Amém.

 

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07 13 DOMINGO XV DO TEMPO COMUM

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2025-07-13

DOMINGO XV DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana III do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Dt 30, 10-14; Sl 68 (69), 14 e 17. 30-31. 33-34. 36ab-37 ou Sl 18 B (19), 8.9.10. 11
L 2 Cl 1, 15-20
Ev Lc 10, 25-37

EVANGELHO Lc 10, 25-37
«Quem é o meu próximo?».

.Sugestão de imagem Um homem ferido no chão da estrada e outro (o samaritano) ajoelhado junto dele, a cuidar das suas feridas com ternura. Ao fundo, vêem-se ao longe dois homens indifereSugestão de imagem Um homem ferido no chão da estrada e outro (o samaritano) ajoelhado junto dele, a cuidar das suas feridas com ternura. Ao fundo, vêem-se ao longe dois homens indiferentes a continuar o seu caminho. A estrada poeirenta lembra o caminho da vida, cheio de encontros e escolhas.

EVANGELHO Lc 10, 25-37
«Quem é o meu próximo?».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Lc 10, 25-37

Naquele tempo, levantou-se um doutor da lei e perguntou a Jesus para O experimentar: «Mestre, que hei de fazer para receber como herança a vida eterna?». Jesus disse-lhe: «Que está escrito na Lei? Como lês tu?». Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e ao próximo como a ti mesmo». Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem. Faz isso e viverás». Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: «E quem é o meu próximo?». Jesus, tomando a palavra, disse: «Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o que levava, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o meio- morto. Por coincidência, descia pelo mesmo caminho um sacerdote; viu-o e passou adiante. Do mesmo modo, um levita que vinha por aquele lugar, viu-o e passou também adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata bem dele; e o que gastares a mais eu to pagarei quando voltar’. Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?». O doutor da lei respondeu: «O que teve compaixão dele». Disse-lhe Jesus: Então vai e faz o mesmo».

Palavra da salvação

REFLEXÃO .

«Quem é o meu próximo?»

A pergunta do doutor da Lei, aparentemente teórica, toca o coração da fé cristã: quem é o meu próximo? Jesus responde com uma parábola que quebra fronteiras culturais e religiosas. O sacerdote e o levita, homens considerados “religiosos”, ignoram o homem ferido. Já o samaritano — alguém considerado estrangeiro e impuro — é quem revela o verdadeiro rosto de Deus: compaixão activa.

Neste gesto concreto de misericórdia, Jesus mostra que o amor ao próximo não se limita a laços de sangue, cultura ou religião. O próximo não é quem se parece comigo, mas quem precisa de mim — e a quem eu me torno próximo quando me deixo tocar pela dor do outro. A compaixão não é um sentimento, é uma decisão de agir. O samaritano não só vê, como se aproxima, trata, carrega, cuida, paga e compromete-se a voltar. Amar é isso: assumir a fragilidade do outro como se fosse minha.

Na vida cristã, esta parábola é um espelho. Quantas vezes passamos ao lado de pessoas feridas: um vizinho isolado, um idoso esquecido, alguém em sofrimento emocional ou espiritual? Jesus interpela-nos a ver, parar e cuidar. A verdadeira fé é aquela que se traduz em misericórdia encarnada, que transforma a estrada da vida num espaço de salvação e comunhão.

A resposta à pergunta “que devo fazer para herdar a vida eterna?” é clara: amar a Deus e amar concretamente o próximo. Jesus diz-nos: «Então vai, e faz o mesmo». Não basta saber, é preciso fazer. O amor cristão é sempre activo, visível, comprometido.


🙏 Oração

Senhor Jesus,
Tu que te fizeste próximo de cada um de nós,
ensina-me a ver com os Teus olhos,
a parar como o bom samaritano,
a cuidar sem medo de perder tempo ou conforto.
Dá-me um coração sensível à dor dos outros
e mãos prontas para servir.
Que o amor ao próximo seja o caminho para Te encontrar.
Ámen.


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.alte quando encontrar um buraco.

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07 06 DOMINGO XIV DO TEMPO COMUM

Liturgia diária

2025-07-06

  1. DOMINGO XIV DO TEMPO COMUM

L 1 Is 66, 10-14c; Sl 65 (66), 1-3a. 4-5. 6-7a. 16 e 20
L 2 Gl 6, 14-18
Ev Lc 10, 1-12. 17-20 ou Lc 10, 1-9

Ano C

Imagem sugerida Dois discípulos a caminhar juntos por um caminho rural, com rostos serenos, de mãos estendidas, enquanto uma pomba branca sobrevoa uma casa ao longe — símbolo da paz e da missão.

EVANGELHO – Lc 10, 1-12.17-20
«A vossa paz repousará sobre eles»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho. Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’. E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará convosco. Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’. Mas quando entrardes nalguma cidade e não vos receberem, saí à praça pública e dizei: ‘Até o pó da vossa cidade que se pegou aos nossos pés sacudimos para vós. No entanto, ficai sabendo: Está perto o reino de Deus’. Eu vos digo: Haverá mais tolerância, naquele dia, para Sodoma do que para essa cidade». Os setenta e dois discípulos voltaram cheios de alegria, dizendo: «Senhor, até os demónios nos obedeciam em teu nome». Jesus respondeu-lhes: «Eu via Satanás cair do céu como um relâmpago. Dei-vos o poder de pisar serpentes e escorpiões e dominar toda a força do inimigo; nada poderá causar-vos dano. Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem; alegrai-vos antes porque os vossos nomes estão escritos nos Céus».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Este Evangelho apresenta-nos Jesus a enviar os setenta e dois discípulos como precursores da Sua presença. Eles são os mensageiros da paz e do Reino de Deus. Esta missão é um sinal claro de que o Evangelho não é uma experiência privada, mas uma mensagem a ser levada, partilhada, anunciada.
Jesus envia-os dois a dois, mostrando que a missão nunca é solitária. A evangelização faz-se em comunhão, em fraternidade. Somos enviados com os outros e para os outros, e o fruto nasce no encontro. A ordem de não levar bolsa, alforge ou sandálias convida-nos à confiança total na providência divina. Quem evangeliza deve ir leve, livre, desapegado, para que nada atrapalhe a fluidez do Espírito.
Ao entrarem numa casa, os discípulos devem oferecer paz: “Paz a esta casa.” Esta não é uma saudação qualquer — é um dom espiritual. A paz é um sinal da presença do Reino. Se houver alguém que acolha essa paz, ela permanece. Caso contrário, volta para quem a ofereceu. Aqui está uma certeza reconfortante: todo o bem feito com amor, mesmo que não seja aceite, não se perde.
Jesus diz ainda: “Curai os enfermos… e dizei: ‘Está perto de vós o Reino de Deus.’” A missão inclui cuidado concreto e anúncio espiritual. Não basta pregar; é preciso curar feridas, tocar vidas, levar esperança.
Hoje, este envio prolonga-se em nós. Cada baptizado é chamado a ser portador de paz, mensageiro do Reino, construtor de esperança. Jesus continua a enviar-nos “como cordeiros para o meio de lobos”, mas com a força da Sua presença. Onde houver paz, amor e cuidado, o Reino de Deus está próximo.

Oração 

Senhor Jesus,
Tu que enviaste os discípulos como portadores da Tua paz,
faz de mim também um mensageiro do Teu Reino.
Dá-me um coração livre, confiante na Tua providência,
e mãos prontas para curar, acolher e servir.
Que eu leve a paz onde entrar,
e que essa paz repouse nos corações abertos ao Teu amor.
Mesmo quando não for acolhido,
faz com que a alegria da missão permaneça em mim,
porque sei que o meu nome está escrito nos Céus.
Ámen.

06 29 DOMINGO XIII DO TEMPO COMUM

Hi no

Liturgia diária

 

Agenda litúrgica

2025-06-29

DOMINGO XIII DO TEMPO COMUM

SANTOS PEDRO E PAULO, apóstolos – SOLENIDADE
Vermelho – Ofício da solenidade. Te Deum.
Missa própria do dia, Glória, Credo, pf. dos apóstolos.

L 1 At 12, 1-11;

Sl 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9

L 2 2Tm 4, 6-8. 17-18

Ev Mt 16, 13-19

07 05 Sábado da semana XIII

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-07-05

Sábado da semana XIII

Santa Maria no Sábado – MF
S. António Maria Zacarias, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Gn 27, 1-5. 15-29; Sl 134 (135), 1-2. 3-4. 5-6
Ev Mt 9, 14-17

Imagem sugerida
Uma mesa de casamento oriental, com o noivo (Jesus) sorridente ao centro, rodeado de convidados radiantes — mas com um cálice vazio em primeiro plano, símbolo da espera vigilante após a partida do Esposo.

EVANGELHO Mt 9, 14-17
«Podem os companheiros do esposo ficar de luto,
enquanto o esposo estiver com eles?»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, os discípulos de João Batistaforam ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?». Jesus respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado: nesses dias jejuarão. Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho, porque o remendo repuxa o vestido e o rasgão fica maior. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, os odres rebentam, derrama-se o vinho e perdem-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos e assim ambas as coisas se conservam».

Palavra da salvação.

Reflexão

Este Evangelho é uma revelação luminosa da identidade de Jesus: Ele é o Esposo, Aquele que veio desposar a humanidade com um amor total, fiel e irreversível. A imagem do Esposo vem do Antigo Testamento, onde Deus é apresentado como Aquele que ama o seu povo com zelo e paixão. Em Jesus, esse amor toma rosto e presença. Os discípulos não jejuam porque estão na festa do encontro com o Esposo — e na presença de Jesus, tudo se torna plenitude e alegria.

Mas Jesus também anuncia que virá o tempo da ausência, o tempo da dor e do silêncio — os dias em que o Esposo será tirado. É então que o jejum encontra sentido: não como um simples rito, mas como expressão da saudade, da espera e da preparação interior.

A segunda parte do Evangelho introduz duas imagens fortes: o remendo novo em pano velho e o vinho novo em odres velhos. Jesus está a alertar para a incompatibilidade entre a novidade do Reino e as estruturas antigas que já não suportam o novo dinamismo do amor de Deus. Ele não veio simplesmente aperfeiçoar o que existia — veio inaugurar algo radicalmente novo: uma nova relação com Deus baseada na intimidade, na misericórdia e na comunhão.

Esta Palavra convida-nos a discernir os tempos que vivemos. Estamos na presença do Esposo? Celebramos com alegria a Sua proximidade? Ou estamos no tempo da ausência, do jejum, da espera vigilante? E sobretudo: estamos a renovar os nossos “odres”, ou seja, os nossos corações, estruturas e atitudes para acolher o vinho novo do Evangelho?

Hoje é tempo de escolher: ou nos deixamos moldar por este amor novo que Jesus veio trazer, ou ficamos agarrados a formas antigas que já não contêm a alegria da fé.


Oração

Senhor Jesus, Esposo da minha alma,
Tu que vieste ao mundo para amar com um amor eterno,
ensina-me a saborear a Tua presença com alegria
e a viver a Tua ausência com esperança.
Faz de mim odre novo,
capaz de acolher o vinho novo da Tua Palavra e da Tua graça.
Que eu saiba jejuar com sentido e celebrar com fé,
esperando sempre o dia da Tua plenitude.
Ámen.