Convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque Ele é clemente e compassivo , paciente e misericordioso
Dizem-me que “sempre foi assim e sempre assim será” Mas hoje aceito o desafio de começar este caminho de mudança Reconheço que eu, com as minhas atitudes, Os meus medos e contradições… posso mudar. Porque Deus me chama a uma Quaresma generosa
Tenho na boca O sabor das cinzas e do desânimo. Piso as cinzas da dor e do fracasso. Em tudo o que toco sinto as cinzas da fragilidade . Mas hoje Deus da vida e da esperança. Recordo que tu me formaste e me deste a vida a partir do pó da terra. Que estas cinzas na minha cabeça sejam sinal e fonte de arrependimento E vontade de mudança. E promessa da tua bondade que me oferece vida e luz para sempre.
Amen
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O tema central da liturgia deste domingo convida-nos a refletir sobre esta questão: aquilo que nos enche o coração e que nós testemunhamos é a verdade de Jesus, ou são os nossos interesses e os nossos critérios egoístas? (Que é que me move?)
PALAVRA O Evangelho dá-nos os critérios para discernir o verdadeiro do falso “mestre”: o verdadeiro “mestre” é aquele que apenas apresenta a proposta de Jesus gerando, com o seu testemunho, comunhão, união, fraternidade, amor;
o falso “mestre”, ao contrário, é aquele que manifesta intolerância, hipocrisia, autoritarismo e cujo testemunho gera divisões e confusões: o seu anúncio não tem nada a ver com o de Jesus.
A primeira leitura, na mesma linha, dá um conselho muito prático, mas muito útil: não julguemos as pessoas pela primeira impressão ou por atitudes mais ou menos teatrais: deixemo-las falar, pois as palavras revelam a verdade ou a mentira que há em cada coração.
A segunda leitura não tem, aparentemente, muito a ver com esta temática: é a conclusão da catequese de Paulo aos coríntios sobre a ressurreição. No entanto, podemos dizer que viver e testemunhar com verdade, sinceridade e coerência a proposta de Jesus é o caminho necessário para essa vida plena que Deus nos reserva. Do nosso anúncio sincero de Jesus, nasce essa comunidade de Homens Novos que é anúncio do tempo escatológico e da vida que nos espera
CONCLUSÃO
Bendito sejas, Senhor Jesus. Vós disseste-nos Não condeneis os outros e não sereis condenados.
Felizes os misericordiosos que desculpam, compreendem e aceitam o irmão tal como é, porque esse é o proceder de Deus connosco.Cura-nos radicalmente da nossa hipocrisia, que vê o cisco do próximo e dissimula a trave própria.
Dá-nos, Senhor, olhos limpos para ver o bom, isto é, a tua imagem, no rosto do irmão, para acreditar nos outros e para amar a vida com um coração grande como o vosso
Amen
02 27 Lc 6, 39-45 Domingo
EVANGELHO Lc 6, 39-45 «A boca fala do que transborda do coração»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos a seguinte parábola: «Poderá um cego guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma cova? O discípulo não é superior ao mestre, mas todo o discípulo perfeito deverá ser como o seu mestre. Porque vês o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua? Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’, se tu não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão. Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto: não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas das sarças. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, da sua maldade tira o mal; pois a boca fala do que transborda do coração».Palavra da salvação.
REFLEXÃO
Hoje a palavra de Deus vem nos indicar as bases da vida de relação com os outros: humildade na prudência, na caridade, na consciência das próprias limitações.
Ao corrigirmos os nossos irmãos devemos auto avaliarmos para sabermos se realmente queremos o seu bem ou se queremos exibir uma atitude farisaica por suposta superioridade. “Tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.
O amor ao inimigo tem uma motivação assente no Deus da misericórdia “Sede compassivos como o vosso Pai celestial é compassivo. Não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados”.
Toda a nossa relação com os outros tem uma tática muito simples e um segredo muito eficaz: o amor. Querer aos outros do mesmo modo que Deus nos ama a todos, nos aceita como somos, nos compreende e nos convida à conversão. E evidente o atrativo e o testemunho cristão de um rosto sereno, compreensivo e tolerante, em contraste com um semblante rígido e uma disposição inquisitorial.
S. Paulo escrevia: “Se não tenho amor, não sou nada. O amor é compreensivo, é prestativo e não tem inveja; não se ostenta nem se orgulha; não é mal-educado nem egoísta; não se irrita nem guarda rancor… Desculpa sem limites, espera sem limites, suporta sem limites” (ICor 13, lss).
Em amar resume-se toda a lei de Cristo. Portanto, com amor e simpatia temos de desculpar os defeitos alheios e valorizar nos outros as suas qualidades. Ainda que ninguém tenha todas as virtudes, cada um sobressai nalguma. E não esqueçamos que também nós temos falhas que incomodam os irmãos e, contudo, queremos que estes nos compreendam, como de facto o fazem.
ORAÇÃO
Bendito sejas, Senhor Jesus. Vós disseste-nos
Não condeneis os outros e não sereis condenados.
Felizes os misericordiosos que desculpam, compreendem e aceitam o irmão tal como é, porque esse é o proceder de Deus connosco.
Cura-nos radicalmente da nossa hipocrisia, que vê o cisco do próximo e dissimula a trave própria.
Dá-nos, Senhor, olhos limpos para ver o bom, isto é, a tua imagem, no rosto do irmão, para acreditar nos outros e para amar a vida com um coração grande como o vosso
Roxo – Ofício da féria. Missa da féria, pf. da Quaresma.
L1: Os 6, 1-6; Sal 50 (51), 3-4. 18-19. 20-21 Ev: Lc 18, 9-14
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 102, 2-3 Bendiz, ó minha alma, o Senhor e não esqueças os seus benefícios. Ele perdoa todos os teus pecados.
ORAÇÃO COLECTA Celebrando com alegria a observância quaresmal, nós Vos suplicamos, Senhor: fazei-nos caminhar fervorosamente para os mistérios pascais, a fim de podermos gozar plenamente os seus frutos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Os 6, 1-6 «Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios»
Toda a verdadeira atitude de conversão nasce do fundo do coração, e não apenas de promessas superficiais ou do cumprimento puramente exterior de certos costumes tidos por religiosos e bons. O amor sincero e verdadeiro tem raízes fundas no coração. Há-de ser sólido e estável, e não como o orvalho da manhã que os primeiros raios do Sol fazem desaparecer. O que Deus quer de nós é o amor, e não apenas sinais exteriores sem correspondência interior. Estes três dias de que fala a leitura evocam já, de algum modo, o próximo Tríduo Pascal.
Leitura da Profecia de Oseias Vinde, voltemos para o Senhor. Se Ele nos feriu, Ele nos curará. Se nos atingiu com os seus golpes, Ele tratará as nossas feridas. Ao fim de dois dias, Ele nos fará viver de novo; ao terceiro dia nos levantará e viveremos na sua presença. Procuremos conhecer o Senhor: a sua vinda é certa como a aurora. Virá a nós como o aguaceiro de Outono, como a chuva da Primavera sobre a face da terra. «Que farei por ti, Efraim? Que farei por ti, Judá?» – diz o Senhor – «O vosso amor é como o nevoeiro da manhã, como o orvalho da madrugada que logo se evapora. Por isso os castiguei por meio dos Profetas e os matei com palavras da minha boca; e o meu direito resplandece como a luz. Porque Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios, o conhecimento de Deus, mais que os holocaustos». Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 50 (51), 3-4.18-19.20-21 (R. cf. Os 6, 6) Refrão: Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios. Repete-se Compadecei-Vos de Mim, ó Deus, por vossa bondade, pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados. Lavai-me de toda a iniquidade e purificai-me de todas as faltas. Refrão
Não é do sacrifício que Vos agradais e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis. Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido: não desprezareis, Senhor, um espírito humilhado e contrito. Refrão
Pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência, reconstruí os muros de Jerusalém. Então Vos agradareis dos sacrifícios devidos, oblações e holocaustos, então serão oferecidas vítimas sobre o vosso altar. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Salmo 94 (95), 8ab Refrão: A salvação, a glória e o poder a Jesus Cristo, Nosso Senhor. Repete-se
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações. Refrão
EVANGELHO Lc 18, 9-14 «O publicano desceu justificado para sua casa e o fariseu não»
O fariseu é o exemplo da pessoa que julga que, por ser exteriormente cumpridora e de costumes religiosos, é já, só por isso, santa e perfeita; o publicano é o modelo da pessoa humilde e consciente da sua qualidade de pecador. A humildade do pecador alcança-lhe o perdão, ao passo que o orgulho daquele que se julga cumpridor ainda o torna mais pecador. A conversão verdadeira supõe a humildade, o arrependimento, a disposição para cumprir a vontade de Deus, mas por amor de Deus, sem comparações com os outros e sem os julgar; só Deus julga, perdoa e salva.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, Jesus disse a seguinte parábola para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros: «Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim: ‘Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo’. O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu; mas batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’. Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado». Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Senhor nosso Deus, que nos purificais com a vossa graça, para nos aproximarmos dignamente dos vossos mistérios, concedei que, honrando solenemente estes dons sagrados, Vos prestemos a homenagem do louvor perfeito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 18, 13 O publicano batia no peito e dizia: Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Deus de misericórdia, que nos alimentais constantemente com os vossos mistérios, concedei-nos que os celebremos sempre de coração sincero e os recebamos com verdadeira fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Deus que no decorrer dos séculos, tinha encarregado os profetas de transmitir aos homens a sua palavra, ao chegar a plenitude dos tempos, determina enviar-lhes o seu próprio Filho, o seu Verbo, a Palavra feita Carne. Contudo, o Pai das misericórdias quis que a Incarnação fosse precedida da aceitação por parte daquela que Ele predestinara para Mãe, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida» (Lumen gentium, 56). No momento da Anunciação, através do Anjo Gabriel, Deus expõe portanto, a Maria os seus desígnios. E Maria, livre, consciente e generosamente, aceita a vontade do Senhor a seu respeito, realizando-se assim o mistério da Incarnação do Verbo. Nesse momento, com efeito, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade começa a sua existência humana. O filho de Deus faz-se Filho do Homem. O Deus Altíssimo torna-se o «Deus connosco». Ao celebrar este mistério, precisamente nove meses antes do Natal, a Solenidade da Anunciação orienta-nos já para o Nascimento de Cristo. No entanto, a Incarnação está intimamente unida à Redenção. Por isso, as Leituras (especialmente a segunda) introduzem-nos já no Mistério da Páscoa. Essencialmente festa do Senhor, a Anunciação não pode deixar de ser, ao mesmo tempo, uma festa perfeitamente mariana. Na verdade, foi pelo sim de Maria que a Incarnação se realizou, a nova Aliança se estabeleceu e a Redenção do mundo pecador ficou assegurada.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Hebr 10, 5.7 Ao entrar no mundo, o Senhor disse: Eu venho, meu Deus, para fazer a vossa vontade.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA Deus, Pai santo, que na vossa benigna providência quisestes que o vosso Verbo assumisse verdadeira carne humana no seio da Virgem Maria, concedei-nos que, celebrando o nosso Redentor como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, mereçamos também participar da sua natureza divina. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 7, 10-14; 8, 10 «A Virgem conceberá»
Leitura do Livro de Isaías Naqueles dias, o Senhor mandou ao rei Acaz a seguinte mensagem: «Pede um sinal ao Senhor teu Deus, quer nas profundezas do abismo, quer lá em cima nas alturas». Acaz respondeu: «Não pedirei, não porei o Senhor à prova». Então Isaías disse: «Escutai, casa de David: Não vos basta que andeis a molestar os homens para quererdes também molestar o meu Deus? Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: a virgem conceberá e dará à luz um filho e o seu nome será ‘Emanuel’, porque Deus está connosco». Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 39 (40), 7-8a.8b-9.10.11 (R. 8a.9a) Refrão: Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.
Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações, mas abristes-me os ouvidos; não pedistes holocaustos nem expiações, então clamei: «Aqui estou.
De mim está escrito no livro da Lei que faça a vossa vontade. Assim o quero, ó meu Deus, a vossa lei está no meu coração».
Proclamei a justiça na grande assembleia, não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Não escondi a vossa justiça no fundo do coração, proclamei a vossa fidelidade e salvação. Não ocultei a vossa bondade e fidelidade no meio da grande assembleia.
LEITURA II Hebr 10, 4-10 «No livro sagrado está escrito a meu respeito: Eu venho, meu Deus, para fazer a tua vontade»
Leitura da Epístola aos Hebreus Irmãos: É impossível que o sangue de touros e cabritos perdoe os pecados. Por isso, ao entrar no mundo, Cristo disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, mas formaste-Me um corpo. Não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado. Então Eu disse: ‘Eis-Me aqui; no livro sagrado está escrito a meu respeito: Eu venho, meu Deus, para fazer a tua vontade’». Primeiro disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado». E no entanto, eles são oferecidos segundo a Lei. Depois acrescenta: «Eis-Me aqui: Eu venho para fazer a tua vontade». Assim aboliu o primeiro culto para estabelecer o segundo. É em virtude dessa vontade que nós somos santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita de uma vez para sempre. Palavra do Senhor.
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Jo 1, 14ab Refrão: No Tempo Pascal: Aleluia. Repete-se O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós e nós vimos a sua glória. Refrão
EVANGELHO Lc 1, 26-38 «Conceberás e darás à luz um Filho» Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?». O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra». Palavra da salvação.
Diz-se o Credo. Às palavras e encarnou … ajoelha-se.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Recebei, Senhor, os dons da vossa Igreja, que reconhece a sua origem na Encarnação do vosso Filho e fazei-lhe sentir a alegria de celebrar nesta solenidade os mistérios do seu Salvador, Por Nosso Senhor.
PREFÁCIO O mistério da Encarnação V. O Senhor esteja convosco. R. Ele está no meio de nós. V. Corações ao alto. R. O nosso coração está em Deus. V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus. R. É nosso dever, é nossa salvação. Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo, nosso Senhor. Pela anunciação do mensageiro celeste, a Virgem Imaculada acolheu com fé a vossa Palavra e, pela acção admirável do Espírito Santo, trouxe em seu ventre com amor inefável o Primogénito da nova humanidade, que vinha cumprir as promessas feitas a Israel e revelar-Se ao mundo como a esperança de todos os povos. Por isso, com os Anjos, que adoram a vossa majestade e exultam eternamente na vossa presença, proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz: Santo, Santo, Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Is 7, 14 A Virgem conceberá e dará à luz um filho. O seu nome será Emanuel, Deus connosco.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Confirmai em nós, Senhor, os mistérios da verdadeira fé, para que, tendo proclamado que Jesus Cristo, concebido da Virgem Maria, é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, cheguemos, pelo poder da sua ressurreição, às alegrias da vida eterna. Por Nosso Senhor.
Liturgia das Horas
Das Cartas de São Leão Magno, papa
(Epist. 28 a Flaviano, 3-4: PL 54, 763-767) (Sec. V)
O mistério da nossa reconciliação
A humildade foi assumida pela majestade, a fraqueza pela força, a mortalidade pela eternidade. Para saldar a dívida da nossa condição humana, a natureza impassível uniu-se à nossa natureza passível, a fim de que, como convinha para nosso remédio, o único mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, pudesse ser submetido à morte como homem e dela estivesse imune como Deus. Numa natureza perfeita e integral de verdadeiro homem nasceu o verdadeiro Deus, perfeito na sua divindade, perfeito na sua humanidade. Por «nossa humanidade» queremos dizer a natureza que o Criador desde o início formou em nós e que Ele assumiu para a renovar. Mas daquelas coisas que o Enganador trouxe e o homem enganado aceitou, não há nenhum vestígio no Salvador; nem pelo facto de se ter irmanado na comunhão da fragilidade humana Se tornou participante dos nossos delitos. Assumiu a forma de servo sem mancha de pecado, elevando a humanidade, não diminuindo a divindade: porque aquele aniquilamento pelo qual o Invisível se fez visível, e o Criador e Senhor de todas as coisas quis ser um dos mortais, foi uma condescendência da sua misericórdia, não foi uma quebra no seu poder. Por isso Aquele que, na sua condição divina, fez o homem, assumindo a condição de servo fez-Se homem. Entra portanto o Filho de Deus na baixeza deste mundo, descendo do trono celeste, mas sem deixar a glória do Pai; é gerado e nasce, de modo totalmente novo. De modo novo, porque, sendo invisível em Si mesmo, torna-Se visível na nossa natureza; sendo incompreensível, quer ser compreendido; existindo antes do tempo, começa a viver no tempo; o Senhor do Universo toma a condição de servo, obscurecendo a imensidão da sua majestade; o Deus impassível não desdenha ser um homem passível, o imortal submete-Se às leis da morte. Aquele que é Deus verdadeiro é também verdadeiro homem; e não há ficção alguma nesta unidade, porque n’Ele é perfeita respectivamente a humildade do homem e a grandeza de Deus. Nem Deus sofre mudança com esta condescendência da sua misericórdia, nem o homem é destruído com a elevação a tão alta dignidade. Cada natureza realiza, em comunhão com a outra, aquilo que lhe é próprio: o Verbo realiza o que é próprio do Verbo, e a carne realiza o que é próprio da carne. A natureza divina resplandece nos milagres, a humana sucumbe nos sofrimentos. E assim como o Verbo não renuncia à igualdade da glória paterna, assim também a carne não perde a natureza do género humano. É um só e o mesmo – não nos cansaremos de repeti-lo – verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem. É Deus, porque no princípio era o Verbo, e o Verbo estava em Deus, e o Verbo era Deus; é homem, porque o Verbo Se fez carne e habitou entre nós.
Naquele tempo, 14Jesus estava a expulsar um demónio mudo. Quando o demónio saiu, o mudo falou e a multidão ficou admirada. 15 Mas alguns dentre eles disseram: «É por Belzebu, chefe dos demónios, que Ele expulsa os demónios.» 16 Outros, para o experimentarem, reclamavam um sinal do Céu. 17 Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse-Ihes:«Todo o reino, dividido contra si mesmo, será devastado e cairá casa sobre casa.
18 Se Satanás também está dividido contra si mesmo, como há-de manter-se o seu reino? Pois vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. 19Se é por Belzebu que Eu expulso os demónios, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. 20 Mas se Eu expulso os demónios pela mão de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós. 21Quando um homem forte e bem armado guarda a sua casa, os seus bens estão em segurança; 22 mas se aparece um mais forte e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos. 23Quem não está comigo está contra mim, e quem não junta comigo, dispersa.»
L1: Jer 7, 23-28; Sal 94 (95), 1-2. 6-7. 8-9 Ev: Lc 11, 14-23
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Eu sou a salvação do meu povo, diz o Senhor. Quando chamar por Mim nas suas tribulações, Eu o atenderei e serei o seu Deus para sempre.
ORAÇÃO COLECTA Humildemente Vos pedimos, Senhor: à medida que se aproxima o dia da nossa redenção, fazei que nos preparemos com maior generosidade para a celebração do mistério pascal. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jer 7, 23-28 «Esta é a nação que não ouviu a voz do Senhor seu Deus»
A Quaresma é tempo de conversão ao Senhor; por isso mesmo é tempo de exame de consciência, de revisão de vida à luz da palavra de Deus. Não admira, por isso, que esta palavra nos acuse, nos desmascare, nos queira tocar no mais fundo do coração. Ontem foi-nos dito que a palavra de Deus é a nossa lei; hoje somos acusados de a não termos escutado. Mas esta acusação quer levar-nos à conversão para encontrarmos a alegria do perdão.
Leitura do Livro de Jeremias Assim fala o Senhor: «Foi isto que ordenei ao meu povo: ‘Escutai a minha voz, e Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo. Segui sempre o caminho que vou indicar-vos e sereis felizes’. Mas eles não ouviram nem prestaram atenção: seguiram as más inclinações do seu coração obstinado, voltaram-Me as costas, em vez de caminharem para Mim. Desde o dia em que os seus pais saíram da terra do Egipto até hoje, enviei-lhes todos os profetas, meus servos, dia após dia, incansavelmente. Mas eles não Me ouviram nem Me prestaram atenção: endureceram a sua cerviz, fizeram pior que seus pais. Se lhes disseres tudo isto, não te escutarão; se chamares por eles, não te responderão. Por isso lhes dirás: Esta é a nação que não ouviu a voz do Senhor seu Deus e não quis aceitar os seus ensinamentos. Perdeu-se a fidelidade, foi eliminada da sua boca». Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 94 (95), 1-2.6-7.8-9 (R. cf. 8) Refrão: Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações. Repete-se
Vinde, exultemos de alegria no Senhor, aclamemos a Deus, nosso salvador. Vamos à sua presença e dêmos graças, ao som de cânticos aclamemos o Senhor. Refrão
Vinde, prostremo-nos em terra, adoremos o Senhor que nos criou. Pois Ele é o nosso Deus e nós o seu povo, as ovelhas do seu rebanho. Refrão
Quem dera ouvísseis hoje a sua voz: «Não endureçais os vossos corações, como em Meriba, como no dia de Massa no deserto, onde vossos pais Me tentaram e provocaram, apesar de terem visto as minhas obras. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Joel 2, 12-13 Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória. Repete-se Convertei-vos a Mim de todo o coração, diz o Senhor; porque sou benigno e misericordioso. Refrão
EVANGELHO Lc 11, 14-23 «Quem não está comigo está contra Mim»
Na Vigília Pascal somos chamados a renovar os nossos compromissos baptismais. Trata-se de optarmos por Cristo, nosso Senhor, de proclamarmos, uma vez mais, que somos d’Ele, porque quem não é por Ele está contra Ele. A celebração da Páscoa é, em certo modo, o ponto culminante de uma grande conversão.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, Jesus estava a expulsar um demónio que era mudo. Logo que o demónio saiu, o mudo falou e a multidão ficou admirada. Mas alguns dos presentes disseram: «É por Belzebu, príncipe dos demónios, que Ele expulsa os demónios». Outros, para O experimentarem, pediam-Lhe um sinal do céu. Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse: «Todo o reino dividido contra si mesmo, acaba em ruínas e cairá casa sobre casa. Se Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. Ora, se Eu expulso os demónios por Belzebu, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso eles mesmos serão os vossos juízes. Mas se Eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, então quer dizer que o reino de Deus chegou até vós. Quando um homem forte e bem armado guarda o seu palácio, os seus bens estão em segurança. Mas se aparece um mais forte do que ele e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos. Quem não está comigo está contra Mim e quem não junta comigo dispersa». Palavra da salvação.
Tentando desacreditar a obra de Jesus por não reconhecerem a ação de Deus na pessoa de Jesus, seus adversários caiem na mais ridícula contradição. Na verdade estão dominados completamente pelo espírito do mal. Escolhem o mundo de injustiça que Jesus veio combater. Jesus por sua vez não dá espaço a dúvidas ou a falsas interpretações. Expõe dizendo que é contra senso expulsar demónios pelo chefe deles. O que Jesus realiza é pelo dedo de Deus, o espírito santo.A pessoa ou se coloca do lado de Jesus e do Reino de Deus ou fica do lado do demónio do reino da injustiça. Jesus expulsa o mal pelo poder do próprio Deus sinal é que o Reino de Deus já chegou. O homem forte, como diz Jesus, é Ele mesmo que chega e derrota o inimigo. É sensato quem fica do lado de Jesus. Com Ele podemos levar a vida fecunda. Sem Ele perde-se a vida.Experimentemos reconstruir em nós e nos nossos irmãos uma fé que parta verdadeiramente do Evangelho e nos leve a segui-Lo, a comprometer-se com Ele, com o Seu projeto, com a causa do Reino que Ele veio implantar. Não há outra opção nem uma terceira via. Continuar com Cristo ou ir embora. Há Caminho melhor do que optar por Cristo? A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna (João 6, 68). Cristo apresenta-se como opção única e absoluta. Não há outro messias a escolher, não há outro caminho a seguir.— Oração Senhor Deus, fazei que, optando por seguir-Vos fiel e generosamente celebremos com verdadeira alegria o mistério pascal.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Purificai, Senhor, o vosso povo de todo o contágio do mal, para que os nossos dons Vos sejam agradáveis; e não nos deixeis fascinar pelas falsas alegrias, mas conduzi-nos ao prémio da glória prometida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 118, 4-5 Promulgastes, Senhor, os vossos preceitos para se cumprirem fielmente. Fazei que os meus passos sejam firmes na observância dos vossos mandamentos.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Sustentai, Senhor, com o auxílio da vossa graça aqueles que alimentais nos sagrados mistérios, para que os frutos de salvação que recebemos neste sacramento se manifestem em toda a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
EVANGELHO Mt 5, 17-19 «Será grande quem praticar e ensinar os mandamentos»
Toda a palavra de Deus é lei para a nossa vida e luz para os nossos caminhos, mas é na palavra de Jesus, o Filho de Deus, Ele próprio a Palavra feita homem, que essa lei e essa luz se tornam mais claras e mais luminosas. Ele é a última Palavra. Neste tempo da Quaresma, o primeiro alimento que nos é proposto é precisamente a Palavra de Deus, porque, como o lembra logo no Primeiro Domingo a leitura do Evangelho, ‘nem só de pão vive o homem’, o que outro Evangelista completa, dizendo: ‘Mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar. Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a terra, não passará da Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se cumpra. Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais pequenos que sejam, e ensinar assim aos homens, será o menor no reino dos Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no reino dos Céus». Palavra da salvação.
REFLEXÃO
— Reflexão
A lei, no tempo de Jesus, era considerada pelas autoridades religiosas, um baluarte seguro onde residia toda a sabedoria humana e divina.
Jesus assume uma atitude respeitosa perante a lei mosaica: No Evangelho afirma “Não penseis que vim abolir a lei ou os profetas: não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento”. Jesus eleva a antiga lei mosaica e todo o Antigo Testamento a uma perfeição de plenitude.
Jesus não vem destruir a lei mosaica, veio dar-lhe com os seus ensinamentos e conduta pessoal um alcance novo e definitivo no qual se realiza em plenitude a finalidade que a lei pretendia. S. Paulo afirma expressamente: “O fim da lei é Cristo, para justificação de todo o que crê” (Rm 10,4).
A lei da nova aliança, alcança-se no mistério pascal de Cristo, Filho de Deus, morto e ressuscitado pela salvação do homem a quem Deus ama.
Os rabinos enumeravam até 613 preceitos na lei do Pentateuco, e classificavam-nos em grandes e pequenos, de acordo com a sua importância. A fiel observância de todos eles assegurava a justiça ou santidade de escribas e fariseus. Mas essa fidelidade a Deus não valia para alcançar o seu Reino, dirá Jesus, porque era autossuficiente e ficava-se pela letra.
A fidelidade do discípulo de Cristo terá de ultrapassar a dos escribas e fariseus mediante uma submissão amorosa à vontade de Deus. Esta vai mais além da observância da letra da lei, porque “se não sois melhores que os escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus”.
Liturgia diária
Agenda litúrgica
2022-03-23
Quarta-feira da semana III
Roxo – Ofício da féria. Missa da féria, pf. da Quaresma.
* Pode celebrar-se a memória de S. Turíbio de Mongrovejo, bispo, como se indica na p. 33, n. 9.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 118, 133 Firmai os meus passos segundo a vossa promessa e livrai-me de toda a iniquidade.
ORAÇÃO COLECTA Concedei-nos, Senhor, que, instruídos pela observância quaresmal e alimentados pela vossa palavra, nos consagremos totalmente a Vós e perseveremos unidos na oração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Deut 4, 1.5-9 «Observai e ponde em prática os preceitos do Senhor»
Depois de nos terem sido apresentados, nos dias anteriores, o tema do Baptismo e o da penitência, apresenta-se hoje o tema dos mandamentos: filhos de Deus, havemos de viver nos caminhos de Deus que a sua própria palavra nos indica. É essa palavra que fará do povo de Deus ‘o povo tão sabedor e tão inteligente’, como não há outro, porque é a palavra de Deus o seu mestre e o seu guia.
Leitura do Livro do Deuteronómio Moisés falou ao povo, dizendo: «Agora, Israel, escuta os preceitos que vos dou a conhecer e põe-nos em prática, para que vivais e entreis na posse da terra que vos dá o Senhor, Deus dos vossos pais. Ensinei-vos estas leis e preceitos, conforme o Senhor, meu Deus, me ordenara, a fim de os praticardes na terra de que ides tomar posse. Observai-os e ponde-os em prática, porque eles serão a vossa sabedoria e a vossa prudência aos olhos dos povos, que, ao ouvirem falar de todas estas leis, dirão: ‘Que povo tão sábio e prudente é esta grande nação!’. Qual é, na verdade, a grande nação que tem a divindade tão perto de si como está perto de nós o Senhor, nosso Deus, sempre que O invocamos? E qual é a grande nação que tem mandamentos e decretos tão justos como esta lei que hoje vos apresento? Mas tende cuidado; prestai atenção para não esquecer tudo quanto viram os vossos olhos, nem o deixeis fugir do pensamento em nenhum dia da vossa vida. Ensinai-o aos vossos filhos e aos filhos dos vossos filhos». Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 147, 12-13.15-16.19-20 (R. 12a) Refrão: Jerusalém, louva o teu Senhor Repete-se
Glorifica, Jerusalém, o Senhor, louva, Sião, o teu Deus. Ele reforçou as tuas portas e abençoou os teus filhos. Refrão
Envia à terra a sua palavra, corre veloz a sua mensagem. Faz cair a neve como a lã, espalha a geada como cinza. Refrão
Revelou a sua palavra a Jacob, suas leis e preceitos a Israel. Não fez assim com nenhum outro povo, a nenhum outro manifestou os seus juízos. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Jo 6, 63c.68c Refrão: Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo. Repete-se As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida: Vós tendes palavras de vida eterna Refrão
EVANGELHO Mt 5, 17-19 «Será grande quem praticar e ensinar os mandamentos»
Toda a palavra de Deus é lei para a nossa vida e luz para os nossos caminhos, mas é na palavra de Jesus, o Filho de Deus, Ele próprio a Palavra feita homem, que essa lei e essa luz se tornam mais claras e mais luminosas. Ele é a última Palavra. Neste tempo da Quaresma, o primeiro alimento que nos é proposto é precisamente a Palavra de Deus, porque, como o lembra logo no Primeiro Domingo a leitura do Evangelho, ‘nem só de pão vive o homem’, o que outro Evangelista completa, dizendo: ‘Mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar. Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a terra, não passará da Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se cumpra. Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais pequenos que sejam, e ensinar assim aos homens, será o menor no reino dos Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no reino dos Céus». Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Aceitai, Senhor, com estas ofertas as orações dos vossos fiéis e defendei de todos os perigos o povo que celebra estes santos mistérios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 15, 11 O Senhor me ensinará o caminho da vida, a seu lado viverei na plenitude da alegria.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Santificai-nos, Senhor, com o alimento recebido nesta mesa celeste, para que, livres de todos os erros, sejamos dignos das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Naquele tempo, 21 Então, Pedro aproximou-se e perguntou-lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?» 22 Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. 24 Logo ao princípio, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. 25 Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os filhos e todos os seus bens, a fim de pagar a dívida. 260 servo lançou-se, então, aos seus pés, dizendo: ‘Concede-me um prazo e tudo te pagarei. ,27 Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e perdoou-lhe a dívida. 28 Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: ‘Paga o que me deves!’ 290 seu companheiro caiu a seus pés, suplicando: ‘Concede-me um prazo que eu te pagarei. ‘ 30 Mas ele não concordou e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto lhe devia. 31 Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros, contristados, foram contá-lo ao seu senhor. 320 senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: ‘Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim mo suplicaste; 33 não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?’ 34 E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que devia. 35 Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração.»
REFLEXÃO
— Reflexão
O Evangelho (Mt 18, 21-35) fala-nos do perdão de Deus e da reconciliação com os irmãos. O tema é introduzido pela pergunta do apóstolo Pedro ao Senhor: “Se o meu irmão me ofende, quantas vezes tenho que perdoar-lhe? Até sete vezes?”. Jesus respondeu-lhe: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.”
Jesus propõe um perdão fraterno ilimitado pois faz o mesmo connosco. Na narrativa em Mt 18,21-35 o senhor perdoa a um dos seus servos uma dívida enorme, mas este recusa-se a perdoar um montante menor. O núcleo da história é que se Deus nos perdoou de maneira incondicional então devemos fazer o mesmo com os outros.
Ao não o fazer, nós mesmos nos autocondenamos a perder o favor e o perdão recebidos. O perdão recebido de Deus deve ser a nossa disposição para o perdão fraterno e ilimitado.
Porque experimentamos a misericórdia do Senhor na nossa vida e nos sabemos reconciliados com Deus, estamos convidados e capacitados para amar e perdoar ao irmão com o mesmo amor e perdão com que ele é recebido, dizendo na oração que Jesus nos ensinou: ” Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”
O perdão é uma maneira prática de expressarmos o amor do Pai uns pelos outros: “Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”( Efésios 4.32:) Eis o grande desafio da vida cristã: sermos parecidos com Jesus!…
— Oração
Hoje Senhor queremos agradecer-vos pelo vosso perdão sem limites. Compreendeis as nossas faltas. Ajudai-nos a ser tolerantes para com os nossos irmãos e dai-nos um coração novo para sermos capazes de perdoar as injúrias como vós nolas perdoais em Cristo.
Terça-feira da semana III
R
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 16, 6.9 Respondei-me, Senhor, quando Vos invoco; ouvi a minha voz, escutai as minhas palavras. Guardai-me dos meus inimigos, Senhor, protegei-me à sombra das vossas asas.
ORAÇÃO COLECTA Não nos abandone, Senhor, a vossa graça: ela nos torne dedicados ao vosso serviço e nos obtenha sempre a vossa ajuda. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Dan 3, 25.34-43 «De coração arrependido e espírito humilhado sejamos por Vós recebidos»
De novo, uma liturgia da palavra de tipo penitencial, bem expressa na oração de Daniel. Ao lado da espiritualidade baptismal, a Quaresma desenvolve a espiritualidade penitencial. Aliás, o baptismo é sacramento de penitência, de conversão. A penitência é antes de mais, atitude que nasce no fundo do coração do homem. O sacrifício agradável a Deus é o “espírito humilhado” e o “coração contrito”.
Leitura da Profecia de Daniel Naqueles dias, levantando-se no meio da fornalha ardente, Azarias fez a seguinte oração: «Por amor do vosso nome, Senhor, não nos abandoneis para sempre e não anuleis a vossa aliança. Não nos retireis a vossa misericórdia, por amor de Abraão vosso amigo, de Isaac vosso servo e de Israel vosso santo, aos quais prometestes multiplicar a sua descendência como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Mas agora, Senhor, tornámo-nos o mais pequeno de todos os povos e somos hoje humilhados em toda a terra, por causa dos nossos pecados. Não temos chefe, nem guia nem profeta, nem holocausto nem sacrifício, nem oblação nem incenso, nem lugar onde apresentar-Vos as primícias para alcançar misericórdia. Mas de coração arrependido e espírito humilhado sejamos por Vós recebidos como se viéssemos com um holocausto de touros e carneiros e milhares de gordos cordeiros. Seja hoje este nosso sacrifício agradável na vossa presença, porque jamais serão confundidos aqueles que em Vós esperam. E agora Vos seguimos de todo o coração, Vos tememos e buscamos o vosso rosto. Não nos deixeis ficar envergonhados, mas tratai-nos segundo a vossa bondade e segundo a abundância da vossa misericórdia. Livrai-nos pelo vosso admirável poder e dai glória, Senhor, ao vosso nome». Palavra do Senhor.
Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos, ensinai-me as vossas veredas. Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me, porque Vós sois Deus, meu Salvador. Refrão
Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias e das vossas graças que são eternas. Não recordeis as minhas faltas e os pecados da minha juventude, lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência. R.
O Senhor é bom e recto, ensina o caminho aos pecadores. Orienta os humildes na justiça e dá-lhes a conhecer os seus caminhos. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Joel 2, 12-13 Refrão: Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo. Repete-se Convertei-vos a Mim de todo o coração, diz o Senhor; porque sou benigno e misericordioso. Refrão
EVANGELHO Mt 18, 21-35 «Se cada um de vós não perdoar a seu irmão, meu Pai não vos perdoará.
O perdão que esperamos de Deus vem associado ao perdão que oferecemos aos nossos irmãos. Não pode deixar de nos impressionar esta catequese, que assenta no que há de mais fundamental na mensagem cristã, como aliás o diz a oração que o Senhor nos ensinou: “perdoai-nos, como nós perdoamos’. O ‘Pai nosso’ é uma bela forma de oração de penitência.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’. Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me deves’. Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’. Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque me pediste. Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração». Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Concedei, Senhor, que este sacrifício, oferecido para nossa salvação, nos purifique de todo o pecado e nos faça sentir o poder da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 14, 1-2 Quem habitará, Senhor, no vosso santuário? Quem descansará no vosso monte santo? Aquele que vive sem mancha e pratica a justiça.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO A participação neste sacramento renove, Senhor, a nossa vida, nos obtenha a remissão dos pecados e o auxílio da vossa protecção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
EVANGELHO Lc 4, 24-30 Como Elias e Eliseu, Jesus não é enviado somente aos judeus
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga, dizendo: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Digo-vos a verdade: Havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
EVANGELHO Lc 4, 24-30
A declaração nos versículos anteriores deste Evangelho despertara a ira dos seus conterrâneos para com Jesus “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu: Enviou-me para dar a boa notícia aos pobres, para anunciar aos cativos a liberdade e aos cegos avista, para dar liberdade aos oprimidos, para anunciar o ano de garça do Senhor…
`Por isso tentaram matá-lo por um despenhadeiro sem o conseguirem. Estava-se verificando à letra a afirmação inicial de Jesus: “Asseguro-vos que nenhum profeta é bem visto na sua terra”
Os conterrâneos de Jesus, e de igual ‘modo o resto dos judeus, estavam convencidos de que a salvação de Deus era monopólio judeu; as nações pagãs ficavam excluídas. Não conseguiram aceitar como o Messias o filho de Maria e de José o artesão.
Nós cristãos, fomos ungidos pelo Espírito no Baptismo e Confirmação para testemunhar e continuar a missão libertadora de Cristo. O dom do Espírito não.é também monopólio da hierarquia eclesiástica, como o demonstram os textos paulinos sobre os carismas, entre os quais o amor cristão ostenta a primazia (iCor 12–13).
Um mesmo e único Espírito é o que anima a vida da Igreja para dentro e para fora na sua projecção missionária. Temos d de comprometer-nos na luta pela libertação dos mais pobres e débeis mas com o espirito de conversão estruturas sociais sem estarmos nós mesmos convertidos, com o amor e a força do Espírito de Deus que nos liberta interiormente.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, vós sois a realização de todas as nossas esperanças e sonhos. Através do dom do vosso Espírito Santo, recebemos a verdade, liberdade e vida abundante. Enchei-nos com a alegria do Evangelho e inflamai o nosso coração com amor e zelo por vós e pelo seu reino de paz e justiça.
VIDEO DE MEDITAÇÃO
Meditemos no acontecimento ocorrido milhares de anos distantes de nós:
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 83, 3 A minha alma suspira pelos átrios do Senhor, o meu coração e a minha carne exultam no Deus vivo.
ORAÇÃO COLECTA Purificai, Senhor, e protegei continuamente a vossa Igreja e, porque não pode salvar-se sem Vós, governai-a com a vossa providência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 2 Reis 5, 1-15ª «Havia muitos leprosos em Israel; contudo nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã»
Começa, nesta semana, a preparação mais directamente orientada para o Baptismo dos catecúmenos e para a renovação das promessas do Baptismo dos já baptizados, na Vigília Pascal. A saúde restituída a um leproso por meio de simples banho no rio é figura do Baptismo, que, num gesto tão simples, é sacramento de uma graça espiritual tão grande, que nele, de simples homens naturais, nos tornamos filhos de Deus, participantes da vida e da glória de Cristo ressuscitado. E esta graça é oferecida a todos os homens: Naamã era estrangeiro e pagão, e foi curado.
Leitura do Segundo Livro dos Reis Naqueles dias, Naamã, general dos exércitos do rei da Síria, era tido em grande consideração e estima pelo seu soberano, porque, por seu intermédio, o Senhor tinha dado a vitória à Síria. Mas este homem, valente guerreiro, estava leproso. Ora, numa incursão, os sírios tinham levado uma menina da terra de Israel, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Ela disse à sua senhora: «Se o meu senhor fosse ter com o profeta que vive na Samaria, ele decerto o livraria da lepra». Naamã foi contar ao soberano o que dissera a jovem da terra de Israel. O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu escreverei uma carta ao rei de Israel». Naamã pôs-se a caminho, levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa; e entregou ao rei de Israel a carta, que dizia: «Logo que esta carta te chegar às mãos, ficarás a saber que te envio o meu servo Naamã, para que o livres da sua lepra». Depois de ter lido a carta, o rei de Israel rasgou as vestes, exclamando: «Serei eu um deus que possa dar a morte e a vida, para este me mandar dizer que livre um homem da sua lepra? Reparai e vede como ele procura um pretexto contra mim». Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei de Israel tinha rasgado as vestes, mandou-lhe dizer: «Por que motivo rasgaste as tuas vestes? Esse homem venha ter comigo e saberá que existe um profeta em Israel». Naamã seguiu com os seus cavalos e o seu carro e parou à porta de Eliseu. Eliseu mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai banhar-te sete vezes no Jordão e o teu corpo ficará limpo». Naamã irritou-se e decidiu ir-se embora, dizendo: «Eu pensava que ele mesmo viria ao meu encontro, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, colocaria a mão sobre a parte doente e me livraria da lepra. Não valem os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, mais do que todas as águas de Israel? Não poderia eu banhar-me neles para ficar limpo?» Deu meia volta e partiu indignado. Mas os servos aproximaram-se dele e disseram: «Meu pai, se o profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais, se ele te diz apenas: ‘Vai banhar-te e ficarás limpo’?» Naamão desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, como lhe ordenara o homem de Deus. A sua carne tornou-se como a de uma criança e ficou limpo. Voltou de novo, com todo o seu séquito, à casa do homem de Deus, entrou e apresentou-se, dizendo: «Agora sei que não há Deus em toda a terra, senão em Israel». Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 41 (42), 2.3; 42 (43), 3.4 (R. Salmo 41, 3) Refrão: A minha alma tem sede do Deus vivo: quando verei a face do Senhor? Repete-se
Como suspira o veado pelas correntes das águas, assim minha alma suspira por Vós, Senhor. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: quando irei contemplar a face de Deus? Refrão
Enviai a vossa luz e verdade, sejam elas o meu guia e me conduzam à vossa montanha santa e ao vosso santuário. Refrão
E eu irei ao altar de Deus, a Deus que é a minha alegria. Ao som da cítara Vos louvarei, Senhor, meu Deus. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 129 (130), 5.7 Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se Eu confio no Senhor, confio na sua palavra, porque no Senhor está a misericórdia e a redenção. Refrão
EVANGELHO Lc 4, 24-30 Como Elias e Eliseu, Jesus não é enviado somente aos judeus
A liturgia de hoje põe em relevo a universalidade da redenção. É a todo o género humano que se abre a fonte do Baptismo; todos são chamados a acolherem, na fé, o reino de Deus e a entrarem na sua Igreja. Mas, por vezes, os que estão mais perto são os que têm mais dificuldade em o acolher, como aconteceu com os de Nazaré. E foi a esse propósito que Jesus Se referiu ao acontecimento narrado na leitura anterior.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga, dizendo: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Digo-vos a verdade: Havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho. Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Apresentamos, Senhor, estes dons sobre o vosso altar e humildemente Vos pedimos que os transformeis para nós em sacramento de salvação. Por Nosso Senhor.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 116, 1-2 Louvai o Senhor, povos de toda a terra, porque é eterna a sua misericórdia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO A comunhão deste sacramento nos purifique, Senhor, e nos confirme na unidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Roxo – Ofício próprio (Semana III do Saltério). + Missa própria, Credo, pf. da Quaresma.
EVANGELHO Lc 13, 1-9
L1: Ex 3, 1-8a. 13-15; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 6-7. 8 e 11 L2: 1 Cor 10, 1-6. 10-12 Ev: Lc 13, 1-9
«Se não vos arrependerdes, morrereis do mesmo modo”
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante. Jesus disse então a seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’. Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano».
Palavra da salvação.
Reflexão
Jesus, aproveitando acontecimentos tristes e recentes, exorta os seus ouvintes à conversão; e por meio de uma breve parábola a da figueira, convida-os a aproveitarem bem o tempo que lhes resta para darem os frutos que o Senhor espera. Ele é sempre amor, espera sempre a hora da conversão, e só esta conversão interior liberta o homem da infelicidade. Exige porém a nossa adesão à sua vontade «se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante.>
A parábola aplica-se ao povo de Israel : (a figueira infrutífera) Deus (o dono da figueira) Cristo e os profetas (o vinhateiro) Três anos de esterilidade (duração do ministério apostólico de Jesus) a missão aos Judeus por parte da Igreja apostólica (ano de cuidados intensivos) , o corte definitivo (destruição de Jerusalém e do templo)
Quer o povo israelita quer o novo povo de Deus devem ser uma comunidade fecunda pela fé ativa que brota de um coração continuamente convertido ao Senhor, uma fé que atue pela caridade, uma fé pessoal e ativa na prática do amor a Deus e ao próximo;
Este texto convida o crente a mudar a sua maneira de pensar e sentir, para viver de acordo com os critérios de Jesus e o seu modo de conduta, expressos na sua vida e doutrina; a converter o coração à fraternidade, à paz e à concórdia. A mudança interior é um processo contínuo; requer um crescimento ininterrupto e ascendente. Para isso contamos com a ajuda do Senhor.
Oração
Bendizemos-te, Deus da paciência, porque continuamente nos convidas a uma conversão
Queremos converter-nos aos valores do Reino: desprendimento, fraternidade, paz, misericórdia, pureza de coração, generosidade e esperança.
Video de Meditação
O senhor convida-nos todos os dias a renascer. …a deixar os ódios e a violência
* Em todas as Dioceses de Portugal – Ofertório para a Cáritas Portuguesa. * Na Diocese de Mindelo (Cabo Verde) – Ofertório para a Fraternidade Sacerdotal. * II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Ano C
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 24, 15-16 Os meus olhos estão voltados para o Senhor, porque Ele livra os meus pés da armadilha. Olhai para mim, Senhor, e tende compaixão porque estou só e desamparado.
Ou Ez 36, 23-26 Quando Eu manifestar em vós a minha santidade, reunir-vos-ei de todos os povos; derramarei sobre vós água pura, e ficareis limpos de toda a iniquidade. Eu vos darei um espírito novo, diz o Senhor.
Não se diz o Glória.
ORAÇÃO COLECTA Deus, Pai de misericórdia e fonte de toda a bondade, que nos fizestes encontrar no jejum, na oração e no amor fraterno os remédios do pecado, olhai benigno para a confissão da nossa humildade, de modo que, abatidos pela consciência da culpa, sejamos confortados pela vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Em vez das leituras a seguir indicadas, podem utilizar-se as do Ano A, se for mais oportuno.
LEITURA I Ex 3, 1-8a.13-15 «O que Se chama ‘Eu sou’ enviou-me a vós»
Continuando a apresentar, nesta subida quaresmal a caminho da Páscoa, certos momentos mais significativos da história da salvação, a primeira leitura deste domingo, em seguimento da dos domingos anteriores, dá-nos a célebre revelação de Deus a Moisés, a revelação do seu Nome, que define, tanto quanto isso é possível, Quem é Deus. Ao mesmo tempo, e na continuação dessa revelação, Deus chama Moisés e envia-o como instrumento de salvação para o seu povo escravizado no Egipto. Moisés será o chefe desse povo, o seu condutor através do deserto, e, como tal, figura de Cristo, o verdadeiro Pastor, guia e salvador do seu povo.
Leitura do Livro do Êxodo Naqueles dias, Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Ao levar o rebanho para além do deserto, chegou ao monte de Deus, o Horeb. Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor numa chama ardente, do meio de uma sarça. Moisés olhou para a sarça, que estava a arder, e viu que a sarça não se consumia. Então disse Moisés: «Vou aproximar-me, para ver tão assombroso espectáculo: por que motivo não se consome a sarça?». O Senhor viu que ele se aproximava para ver. Então Deus chamou-o do meio da sarça: «Moisés, Moisés!». Ele respondeu: «Aqui estou!» Continuou o Senhor: «Não te aproximes. Tira as sandálias dos pés, porque o lugar que pisas é terra sagrada». E acrescentou: «Eu sou o Deus de teus pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob». Então Moisés cobriu o rosto, com receio de olhar para Deus. Disse-lhe o Senhor: «Eu vi a situação miserável do meu povo no Egipto; escutei o seu clamor provocado pelos opressores. Conheço, pois, as suas angústias. Desci para o libertar das mãos dos egípcios e o levar deste país para uma terra boa e espaçosa, onde corre leite e mel». Moisés disse a Deus: «Vou procurar os filhos de Israel e dizer-lhes: ‘O Deus de vossos pais enviou-me a vós’. Mas se me perguntarem qual é o seu nome, que hei-de responder-lhes?». Disse Deus a Moisés: «Eu sou ‘Aquele que sou’». E prosseguiu: «Assim falarás aos filhos de Israel: O que Se chama ‘Eu sou’ enviou-me a vós». Deus disse ainda a Moisés: «Assim falarás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, Deus de vossos pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob, enviou-me a vós. Este é o meu nome para sempre, assim Me invocareis de geração em geração’». Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 1-4.6-8.11 (R. 8a) Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e todo o meu ser bendiga o seu nome santo. Bendiz, ó minha alma, o Senhor e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Refrão
Ele perdoa todos os teus pecados e cura as tuas enfermidades. Salva da morte a tua vida e coroa-te de graça e misericórdia. Refrão
O Senhor faz justiça e defende o direito de todos os oprimidos. Revelou a Moisés os seus caminhos e aos filhos de Israel os seus prodígios. Refrão
O Senhor é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade. Como a distância da terra aos céus, assim é grande a sua misericórdia para os que O temem. Refrão
LEITURA II 1 Cor 10, 1-6.10-12 A vida do povo com Moisés no deserto foi escrita para nos servir de exemplo
É o próprio Apóstolo que nos ensina a ler o Antigo Testamento: este anuncia as realidades do Novo Testamento, e serve, ao mesmo tempo, de exemplo e de guia ao povo da Nova Aliança, que já chegou “aos últimos tempos”, os tempos do Senhor Jesus Cristo, mas que ainda peregrina no deserto deste mundo a caminho da Terra Prometida. Não venha a suceder-nos a nós o que a muitos deles aconteceu: terem ficado pelo caminho.
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios Irmãos: Não quero que ignoreis que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, passaram todos através do mar e na nuvem e no mar, receberam todos o baptismo de Moisés. Todos comeram o mesmo alimento espiritual e todos beberam a mesma bebida espiritual. Bebiam de um rochedo espiritual que os acompanhava: esse rochedo era Cristo. Mas a maioria deles não agradou a Deus, pois caíram mortos no deserto. Esses factos aconteceram para nos servir de exemplo, a fim de não cobiçarmos o mal, como eles cobiçaram. Não murmureis, como alguns deles murmuraram, tendo perecido às mãos do Anjo exterminador. Tudo isto lhes sucedia para servir de exemplo e foi escrito para nos advertir, a nós que chegámos ao fim dos tempos. Portanto, quem julga estar de pé tome cuidado para não cair. Palavra do Senhor.
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Mt 4, 17 Refrão: Louvor e glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor. Repete-se Arrependei-vos, diz o Senhor; está próximo o reino dos Céus. Refrão
EVANGELHO Lc 13, 1-9 «Se não vos arrependerdes, morrereis do mesmo modo»
A primeira mensagem da Boa Nova que Jesus nos traz é o anúncio da aproximação do reino dos Céus, e consequentemente o convite a acolhê-lo com o coração voltado para ele e afastado do que lhe é contrário. Esta atitude é assim uma conversão, um regresso dos caminhos do pecado, uma atitude de arrependimento em relação ao passado, uma atitude penitencial. E esta atitude do coração é fundamental na Quaresma.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante. Jesus disse então a seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’. Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano». Palavra da salvação.
Diz-se o Credo.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Concedei, Senhor, por este sacrifício, que, ao pedirmos o perdão dos nossos pecados, perdoemos também aos nossos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
PREFÁCIO A Samaritana Quando se lê o Evangelho da Samaritana, diz-se o prefácio seguinte:
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo nosso Senhor. Quando Ele pediu à samaritana água para beber, já lhe tinha concedido o dom da fé e da sua fé teve uma sede tão viva que acendeu nela o fogo do amor divino. Por isso, com os Anjos e os Santos, proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz: Santo, Santo, Santo.
Quando não se lê o Evangelho da Samaritana, diz-se outro prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Quando se lê o Evangelho da Samaritana: Jo 4, 13-14 Quem beber da água que Eu lhe der, diz o Senhor, terá em seu coração a fonte da vida eterna.
Quando se lê o outro Evangelho: Salmo 83, 4-5 As aves do céu encontram abrigo e as andorinhas um ninho para os seus filhos, junto dos vossos altares, Senhor dos Exércitos, meu Rei e meu Deus. Felizes os que moram em vossa casa e a toda a hora cantam os vossos louvores.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Recebemos, Senhor nosso Deus, o penhor da glória eterna e, vivendo ainda na terra, fomos saciados com o pão do Céu. Nós Vos pedimos humildemente a graça de manifestar na vida o que celebramos neste sacramento. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
03 19 Lc 2, 41-51 Sábado S. José, esposo da Virgem Santa Maria
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando Ele fez doze anos, subiram até lá, como era costume nessa festa. Quando eles regressavam, passados os dias festivos, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem. Julgando que Ele vinha na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos. Não O encontrando, voltaram a Jerusalém, à sua procura. Passados três dias, encontraram-n’O no templo, sentado no meio dos doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos aqueles que O ouviam estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas. Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados; e sua Mãe disse-Lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura». Jesus respondeu-lhes: Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse. Jesus desceu então com eles para Nazaré e era-lhes submisso. Palavra da salvação.
Reflexão
Hoje celebramos S. José, “Patrono da Igreja Universal”. É uma festa, amada e querida pelos católicos de todo o mundo. Com esta solenidade honramos o compromisso de S. José com com Maria e sua dedicação como um marido fiel e devoto.
Como nos relata Mateus 1,18-19 antes de coabitarem Maria concebeu por virtude do Espírito Santo e seu esposo que era homem de bem não querendo difamá-la resolveu rejeitá-la secretamente. Avisado em sonhos descobre o mistério da gravidez de Maria e aceita assumir no silêncio da sua vida o cargo de Pai adotivo de Jesus servindo a família com caridade e humildade.
No Evangelho da missa de hoje (Lc 2, 41-51a) somos convidados a refletir no caminho de fé de José e de Maria como descoberta gradual da identidade de Jesus.
O sentido do texto está contido na pergunta da Mãe e na resposta do Filho. «Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura». «Porque Me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?». As primeiras palavras de Jesus, continham, no seu significado, uma profunda revelação. Dizendo «Teu pai» (v. 48) Maria pensava em José; dizendo «Meu Pai» (v. 49), Jesus pensava em Deus… Na pergunta dirigida aos pais («Não sabeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?»; v. 49), revela a Sua obediência a Deus e identidade de Filho de Deus . Naquele «não entenderam» abre-se, também para o casal , o espaço do itinerário nada fácil da fé.
O Cristão percorre o mesmo caminho na descoberta da sua missão neste mundo. A fé não exige que se compreenda tudo imediatamente, mas que se conserve tudo, a exemplo do casal Maria e José.
Oração
Deus todo – poderoso, que na aurora dos novos tempos confiastes a São José a guarda dos mistérios da salvação dos homens, concedei à vossa Igreja, por sua intercessão, a graça de os conservar fielmente e de os realizar até à sua plenitude.
Video de Meditação
Entreguemo-nos a S. José, pai adotivo de Jesus. Neste vídeo encontraremos sublinhado a grande devoção a S. José durante o ano que lhe foi dedicado e a partir do aqui e agora pelos seus devotos
EVANGELHO Mt 21, 33-43.45-46 «Este é o herdeiro; vamos matá-lo»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Ouvi outra parábola: Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e levantou uma torre; depois arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe. Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros para receber os frutos. Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro e a outro apedrejaram-no. Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros, e eles trataram-nos do mesmo modo. Por fim mandou-lhes o seu próprio filho, pensando: ‘Irão respeitar o meu filho’. Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro; vamos matá-lo e ficaremos com a sua herança’. Agar¬raram-no, levaram- no para fora da vinha e mataram-no. Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?» Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo responderam-Lhe: «Mandará matar sem piedade esses malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entreguem os frutos a seu tempo». Disse-lhes Jesus: «Nunca lestes na Escritura: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’? Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos». Ao ouvirem as parábolas de Jesus, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus compreenderam que falava deles e queriam prendê-l’O; mas tiveram medo do povo, que O considerava profeta.
REFLEXÃO
A parábola evangélica de hoje mostra a má vontade de uns lavradores que por avareza matam o filho do dono da vinha, filho em quem está figurado Cristo. Nesta narrativa da parábola descobrimos o significado. A vinha é Israel; o dono, Deus; os arrendatários, os chefes do povo judeu; os criados, os profetas; o filho morto, Cristo Jesus, e o castigo de justiça, para além da destruição de Jerusalém e do templo, a entrega da vinha a outros, isto é, a admissão das nações pagãs no reino de Deus.
Os inimigos de Jesus ao ouvi-l’O acabaram por compreender que Jesus falava acerca deles e da história do seu povo. A vinha do Senhor é o seu povo, vinha tratada com todos os desvelos desde sempre, desde o tempo em que o tirou do Egipto, em que lhe enviava os profetas e, por fim, o seu próprio Filho. E eles rejeitaram-nos e acabaram por lhes dar a morte, até ao próprio Filho. Grave proposta esta à nossa reflexão, que assim acabará por compreender que foi pelos homens, seus irmãos, que o Senhor sofreu a morte, e morte de cruz.
A parábola dos vinhateiros homicidas resume a história da salvação humana por Deus, desde a sua aliança com o povo eleito, Israel, até à fundação da Igreja por Jesus como novo povo de Deus, passando pelos profetas e o próprio Cristo, que anunciou o reino de Deus e foi constituído pedra angular de todo o plano salvador, mediante o seu mistério pascal de morte e ressurreição.
ORAÇÃO
Obrigado ó Pai porque o vosso amor fez de nós a vinha que vós cuidais desde sempre com ternura; com a vossa seiva queremos produzir frutos de vida, e não uvas azedas.
VIDEO MEDITAÇÃO
Agenda litúrgica
2022-03-18
Sexta-feira da semana II
Roxo – Ofício da féria. Missa da féria, pf. da Quaresma.
L1: Gen 37, 3-4. 12-13a. 17b-28; Sal 104 (105), 16-17. 18-19. 20-21 Ev: Mt 21, 33-43. 45-46
* Pode celebrar-se a memória de S. Cirilo de Jerusalém, bispo e doutor da Igreja, como se indica na p. 33, n. 9. * I Vésp. de S. José, Esposo da Virgem Santa Maria – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 30, 2. 5 Em Vós, Senhor, me refugio: jamais serei confundido. Livrai-me das ciladas do inimigo. Vós sois o meu refúgio.
ORAÇÃO COLECTA Concedei, Deus todo-poderoso, que, purificados pelo fervor da penitência quaresmal, cheguemos com espírito renovado às pró¬ximas solenidades pascais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Gen 37, 3-4.12-13a.17b-28 «Aí vem o homem dos sonhos: vamos matá-lo»
A liturgia deste dia oferece um caso típico do paralelo entre o Antigo e o Novo Testamento, entre a figura e a realidade, entre José e Jesus: ambos foram inocentes, ambos traídos pelos seus irmãos, ambos trocados por dinheiro, ambos amados pelo pai e desprezados pelos irmãos a ponto de desejarem a morte, mas ambos finalmente restituídos à vida, depois de terem sofrido a humilhação e a condenação. É assim o processo do Mistério Pascal.
Leitura do Livro do Génesis Jacob gostava mais de José que dos seus outros filhos, porque ele era o filho da sua velhice; e mandou fazer-lhe uma túnica de mangas compridas. Os irmãos, vendo que o pai o preferia a todos eles, começaram a odiá-lo e não eram capazes de lhe falar com bons modos. Um dia foram para Siquém apascentar os rebanhos do pai. Jacob disse a José: «Os teus irmãos apascentam os rebanhos em Siquém. vem cá, pois quero mandar-te ir ter com eles». José partiu à procura dos irmãos e encontrou-os em Dotain. Eles viram-no de longe e, antes que chegasse perto, combinaram entre si a sua morte. Disseram uns aos outros: «Aí vem o homem dos sonhos. Vamos matá-lo e atirá-lo a uma cisterna e depois diremos que um animal feroz o devorou. Veremos então em que vão dar os seus sonhos». Mas Rúben ouviu isto e, querendo livrá-lo das suas mãos, disse: «Não lhe tiremos a vida». Para o livrar das suas mãos e entregá-lo ao pai, Rúben disse aos irmãos: «Não derrameis sangue. Lançai-o nesta cisterna do deserto, mas não levanteis as mãos contra ele». Quando José chegou junto dos irmãos, eles tiraram-lhe a túnica de mangas compridas que trazia, pegaram nele e lançaram-no dentro da cisterna, uma cisterna vazia, sem água. Depois sentaram-se para comer. Mas, erguendo os olhos, viram uma caravana de ismaelitas que vinha de Galaad. Traziam camelos carregados de goma de tragacanto, resina aromática e láudano, que levavam para o Egipto. Então Judá disse aos irmãos: «Que interesse haveria em matar o nosso irmão e esconder-lhe o sangue? Vamos vendê-lo aos ismaelitas, mas não lhe ponhamos as mãos, porque é nosso irmão, da mesma carne que nós». Os irmãos concordaram. Passando por ali uns negociantes de Madiã, tiraram José da cisterna e venderam-no por vinte moedas de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egipto. Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 104 (105), 16-17.18-19.20-21 (R. 5a) Refrão: Recordai as maravilhas do Senhor. Repete-se Deus chamou a fome sobre aquela terra e privou-os do pão que dá o sustento. Adiante deles enviara um homem: José vendido como escravo. Refrão
Apertaram-lhe os pés com grilhões, lançaram-lhe ao pescoço uma coleira de ferro, até que se cumpriu a profecia e a palavra do Senhor o mostrou inocente. Refrão
Então o rei mandou que o soltassem, o soberano dos povos deu-lhe a liberdade; e fê-lo senhor da sua casa e governador de todos os seus domínios. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Jo 3, 16 Refrão: A salvação, a glória e o poder a Jesus Cristo, Nosso Senhor. Repete-se
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito; quem acredita n’Ele tem a vida eterna. Refrão
EVANGELHO Mt 21, 33-43.45-46 «Este é o herdeiro; vamos matá-lo»
Os inimigos de Jesus ao ouvi-l’O acabaram por compreender que Jesus falava acerca deles e da história do seu povo. A vinha do Senhor é o seu povo, vinha tratada com todos os desvelos desde sempre, desde o tempo em que o tirou do Egipto, em que lhe enviava os profetas e, por fim, o seu próprio Filho. E eles rejeitaram-nos e acabaram por lhes dar a morte, até ao próprio Filho. Grave proposta esta à nossa reflexão, que assim acabará por compreender que foi pelos homens, seus irmãos, que o Senhor sofreu a morte, e morte de cruz.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Ouvi outra parábola: Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e levantou uma torre; depois arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe. Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros para receber os frutos. Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro e a outro apedrejaram-no. Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros, e eles trataram-nos do mesmo modo. Por fim mandou-lhes o seu próprio filho, pensando: ‘Irão respeitar o meu filho’. Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro; vamos matá-lo e ficaremos com a sua herança’. Agar¬raram-no, levaram- no para fora da vinha e mataram-no. Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?» Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo responderam-Lhe: «Mandará matar sem piedade esses malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entreguem os frutos a seu tempo». Disse-lhes Jesus: «Nunca lestes na Escritura: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’? Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos». Ao ouvirem as parábolas de Jesus, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus compreenderam que falava deles e queriam prendê-l’O; mas tiveram medo do povo, que O considerava profeta. Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS A vossa misericórdia, Senhor, prepare os vossos servos para que possam celebrar dignamente estes mistérios e se dediquem de todo o coração ao vosso serviço. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO I Jo, 4, 10 Deus amou-nos e enviou-nos o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Senhor, que neste sacramento nos destes o penhor da salvação eterna, fazei que, seguindo fielmente os vossos caminhos, cheguemos à plenitude da alegria no reino dos Céus. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico, que se vestia de linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias. Um pobre chamado Lázaro jazia junto do seu portão, coberto de chagas. Bem desejava ele saciar-se com os restos caídos da mesa do rico; mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas. Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado. Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas’. Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que, se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo’. O rico exclamou: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna – pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’. Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’. Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’. Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’».
O Evangelho de hoje ensina-nos a deixarmo-nos conduzir pela sabedoria e não colocar a esperança nas riquezas! Através de uma parábola Jesus mostra duas atitudes contrastantes e geradores de felicidade e infelicidade. O rico é condenado não por ser rico mas porque prescinde de Deus a quem não teme, e não partilha o pão com o pobre que morre de fome à sua porta
REFLEXÃO
Lázaro não se salva simplesmente por ser pobre, mas porque está aberto a Deus e espera dele a salvação, porque faz justiça aos oprimidos.
O Evangelho de hoje pretende sobretudo afirmar o perigo da riqueza, porque facilmente cria o esquecimento de Deus, surdez à sua palavra (expressa na lei de Moisés e nos profetas) e desprezo pelo próximo.
Esta advertência parece dirigir-se somente aos ricos donos do mundo mas é para todos . Pobre e rico são conceitos relativos. O que tem um milhão é pobre se se compara com o que tem mil, mas rico se se compara com o que só tem umas moedas. Todos temos ao nosso lado ou encontramos no caminho da nossa vida algum Lázaro mais pobre que nós: famílias humildes que passam por apuros, gente sem trabalho, doentes e velhos abandonados, alcoólicos e drogados, marginalizados que necessitam de uma mão amiga. Se lhes fechamos o coração, como julgarmo-nos em regra com Deus?
Para que as nossas Eucaristias sejam autênticas conforme nos diz S. Paulo (1 Cor 11. 17 sejamos solidários partilhando os nossos bens e dinheiro com os que são mais pobres que nós, as nossas eucaristias não serão autênticas, conforme dizia S. Paulo aos cristãos de Corinto (1 Cor 11,17ss).i
ORAÇÃO
Bendizemos-vos , Senhor, porque ouvis o clamor do pobre, libertais o oprimido e sustentais o órfão e a viúva.
Ajudai-nos a romper a malha do egoísmo, libertando-nos da ânsia de possuir gastar e consumir, para que não nos habituemos nunca às desigualdades nem nos fecharmos a vós e os irmãos. Que assim seja.
VIDEO MEDITAÇÃO
Este vídeo expressa simbolicamente o final de cada ser humano – os bons para a Felicidade (para Deus) e os maus para a infelicidade (os sem Deus)
Agenda litúrgica
2022-03-17
Quinta-feira da semana II
Roxo – Ofício da féria. Missa da féria, pf. da Quaresma.
L1: Jer 17, 5-10; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6 Ev: Lc 16, 19-31
* Pode celebrar-se a memória de S. Patrício, bispo, como se indica na p. 33, n. 9.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo, 138, 23-24 Sondai-me, Senhor, e conhecei os meus pensamentos. Vede que não ande por maus caminhos. Conduzi-me pelo caminho da eternidade.
ORAÇÃO COLECTA Senhor, Pai santo, que amais a inocência e a restituís aos que a perderam, dirigi para Vós os corações dos vossos servos pelo fervor do Espírito Santo, para que sejam firmes na fé e eficientes nas boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jer 17, 5-10 «Maldito quem confia no homem. Bendito quem confia no Senhor»
Temos hoje uma liturgia de tipo sapiencial: procura ela ajudar-nos a descobrir a verdadeira sabedoria, a que nos ensina a encontrar o caminho da vida e da salvação. Quem nos salvará? E cada um responde com aquilo em que põe a sua confiança. Jeremias ensina que é a força de Deus e não o poder humano quem pode salvar, embora o coração humano, “o que há de mais astucioso e incorrigível”, tente encontrar nos seus sentimentos mais íntimos a resposta para as suas interrogações. Em vão o tenterá, se o não fez à luz de Deus.
Leitura do Livro de Jeremias Assim fala o Senhor: «Maldito o homem que confia no homem e põe na carne a sua esperança, afastando o seu coração do Senhor. Será como o cardo na estepe, que nem percebe quando chega a felicidade; habitará na aridez do deserto, terra salobre e inóspita. Bendito o homem que confia no Senhor e põe no Senhor a sua esperança. É como a árvore plantada à beira da água, que estende as raízes para a corrente: nada tem a temer quando vem o calor e a sua folhagem mantém-se sempre verde; em ano de estiagem não se inquieta e não deixa de produzir os seus frutos. O coração é o que há de mais astucioso e incorrigível. Quem o pode entender? Posso Eu, que sou o Senhor: penetro os co¬rações, sondo os mais íntimos sentimentos, para retribuir a cada um segundo o seu caminho, conforme o fruto das suas obras». Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 1, 1-2.3.4.6 (R. Salmo 39, 5a) Refrão: Feliz o homem que pôs a sua esperança no Senhor. Repete-se
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, mas antes se compraz na lei do Senhor, e nela medita dia e noite. Refrão
É como árvore plantada à beira das águas: dá fruto a seu tempo e sua folhagem não murcha. Tudo quanto fizer será bem sucedido. Refrão
Bem diferente é a sorte dos ímpios: são como palha que o vento leva. O Senhor vela pelo caminho dos justos, mas o caminho dos pecadores leva à perdição. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Lc 8, 15 Refrão: Grandes e admiráveis são as vossas obras, Senhor. Repete-se Bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus com coração nobre e generoso e produzem fruto pela perseverança. Refrão
EVANGELHO Lc 16, 19-31 «Recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado»
Agora, no Novo Testamento, o Evangelho dá-nos o exemplo de um homem que não soube deixar-se conduzir pela sabedoria, antes pôs a sua esperança nas riquezas! Mas Deus, a quem está patente o coração de todos os homens, com a sua palavra, fonte de graça, vai-nos dando a sabedoria da vida. É essa sabedoria que conduz os catecúmenos às fontes baptismais e que aos já baptizados vai guiando na fidelidade ao Baptismo já recebido, de sorte que, de uns e outros, se poderá dizer na semana da Páscoa: “Deu-lhes a beber a água da sabedoria”. (Ant. de entrada da 3ª feira).
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico, que se vestia de linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias. Um pobre chamado Lázaro jazia junto do seu portão, coberto de chagas. Bem desejava ele saciar-se com os restos caídos da mesa do rico; mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas. Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado. Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas’. Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que, se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo’. O rico exclamou: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna – pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’. Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’. Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’. Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’». Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Santificai, Senhor, por este sacrifício, a nossa observância quaresmal, de modo que a prática exterior da penitência nos leve à conversão interior do espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 118, 1 Felizes os que seguem o caminho perfeito e andam na lei do Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Este santo sacrifício, Senhor, permaneça em todas as nossas acções e se confirme no fruto das boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, enquanto Jesus subia para Jerusalém, chamou à parte os Doze e durante o caminho disse-lhes: «Vamos subir a Jerusalém e o Filho do homem vai ser entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, que O condenarão à morte e O entregarão aos gentios, para ser por eles escarnecido, açoitado e crucificado. Mas ao terceiro dia Ele ressuscitará». Então a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com os filhos e prostrou-se para Lhe fazer um pedido. Jesus perguntou-lhe: «Que queres?» Ela disse-Lhe: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu reino um à tua direita e outro à tua esquerda». Jesus respondeu: «Não sabeis o que estais a pedir. Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?» Eles disseram: «Podemos». Então Jesus declarou-lhes: «Haveis de beber do meu cálice. Mas sentar-se à minha direita e à minha esquerda não pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem meu Pai o designou». Os outros dez, que tinham escutado, indignaram-se com os dois irmãos. Mas Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós. Quem entre vós quiser tornar-se grande seja vosso servo e quem entre vós quiser ser o primeiro seja vosso escravo. Será como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção dos homens».
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
Este evangelho apresenta dois temas contrastantes: Anúncio da paixão, morte e ressurreição por Jesus aos apóstolos e a pretensão da mãe dos Apóstolos Tiago e João.
Este pedido revelava a falsa imagem de Cristo por parte dos Judeus dos apóstolos e todos os Judeus. Jesus não era de facto um Messias político com poder e Reino temporal; Deste modo o anúncio da sua paixão e morte humilhantes não tinha qualquer sentido…e eles não aceitaram e até se tinham indignado pela ambição dos dois irmãos .
A petição da mãe de Tiago e João e a indignação dos Apóstolos permite a Cristo para os doutrinar como futuros guias e pilares da sua Igreja: “Sabeis que os chefes dos povos os tiranizam e que os grandes os oprimem. Não será assim entre vós: oque quiser ser grande entre vós, que seja o vosso servidor; e o que quiser ser primeiro entre vós, que seja vosso servo”.
Cristo recorre uma vez mais à inversão dos critérios humanos e à troca da escala de valores, como fez na proclamação das bem-aventuranças. Como motivação e exemplo vivo de tão paradoxal doutrina, Jesus aponta para si mesmo: “Tal como o Filho do homem não veio para que o sirvam, mas para dar a sua vida em resgate de todos”. Em cada Eucaristia “bebemos do cálice do Senhor”, comungando assim na sua morte e ressurreição gloriosa pela redenção do mundo e no serviço dos homens. Mas não realizaremos dignamente essa comunhão se não participamos no seu destino. Seremos capazes? Nós não somos mais fortes que Jesus, que conheceu o medo e a morte e gemeu no Jardim das Oliveiras. O que nos toca a nós é mergulharmos na torrente do amor de Cristo que renova todas as coisas. O resto Deus o fará.
ORAÇÃO
Bendizemo-vos Senhor por Jesus Cristo, vosso Filho, que veio servir e não para ser servido faz-nos compreender que nascemos num mundo novo, o mundo de Cristo, o mundo do vosso Reino, graças ao amor e ao sangue de Cristo, servidor dos homens. Transforma com o vosso Espírito os nossos corações para que, como Jesus, optemos pela grandeza de servir.
VIDEO MEDITAÇÃO
Cristo fez-se obediente até à morte…
Agenda litúrgica
2022-03-16
Quarta-feira da semana II
Roxo – Ofício da féria. Missa da féria, pf. da Quaresma.
L1: Jer 18, 18-20; Sal 30 (31), 5-6. 14. 15-16 Ev: Mt 20, 17-28
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 37, 22-23 Não me abandoneis, Senhor; meu Deus, não Vos afasteis de mim. Senhor, socorrei-me e salvai-me.
ORAÇÃO COLECTA Conservai, Senhor, a vossa família na prática das boas obras, para que, confortada nas necessidades da vida presente, mereça ser conduzida por Vós aos bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo
LEITURA I Jer 18, 18-20 «Vamos feri-lo»
A perspectiva da ressurreição, que o domingo anterior nos deixou antever a transfiguração, veio pedir o outro lado do mistério, que é o da paixão. O Mistério Pascal é o acesso à Vida, passando pela Morte; é a passagem da Morte à Vida, “deste mundo ao Pai.” Tudo isto se processa num itinerário todo espiritual, mas que Jesus irá percorrer até na sua própria carne. Jeremias, o profeta sofredor, figura do Senhor em sua Paixão, faz-nos hoje ouvir uma das suas lamentações ou desabafos, em forma de oração confiante, como hoje há-de ser também a oração do cristão.
Leitura do Livro de Jeremias Os inimigos de Jeremias disseram entre si: «Vamos fazer uma conspiração contra Jeremias, pois não nos faltará a instrução de um sacerdote, nem o conselho de um sábio, nem o oráculo de um profeta. Vamos feri-lo com a difamação, sem fazermos caso do que ele disser». «Ajudai-me, Senhor, escutai a voz dos meus adversários. Porventura assim se paga o bem com o mal? Eles abrem uma cova para me tirar a vida. Lembrai-Vos que me apresentei diante de Vós, para Vos falar em seu favor, para deles afastar a vossa ira». Palavra do Senhor.
Livrai-me da armadilha que me prepararam, porque Vós sois o meu refúgio. Em vossas mãos entrego o meu espírito, Senhor, Deus fiel, salvai-me. Refrão
Porque eu ouvia os gritos da multidão: «Terror por toda a parte!», quando se coligaram contra mim e decidiram tirar-me a vida. Refrão
Eu, porém, confio no Senhor: Disse: «Vós sois o meu Deus, nas vossas mãos está o meu destino». Livrai-me das mãos dos meus inimigos. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Jo 8, 12 Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória. Repete-se Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor. Quem Me segue terá a luz da vida. Refrão
EVANGELHO Mt 20, 17-28 «Condená-l’O-ão à morte»
O que Jeremias prefigurou nos seus sofrimentos, Jesus o realiza em sua Paixão, que Ele desde já hoje anuncia aos seus discípulos, mas que eles então, como nós hoje, tanta dificuldade têm em aceitar. Na Igreja, que é o seu Corpo, Jesus continua a sua Paixão, mas sempre e desde já, com os olhos postos na glória, fruto da redenção que o Filho do homem oferece. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, enquanto Jesus subia para Jerusalém, chamou à parte os Doze e durante o caminho disse-lhes: «Vamos subir a Jerusalém e o Filho do homem vai ser entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, que O condenarão à morte e O entregarão aos gentios, para ser por eles escarnecido, açoitado e crucificado. Mas ao terceiro dia Ele ressuscitará». Então a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com os filhos e prostrou-se para Lhe fazer um pedido. Jesus perguntou-lhe: «Que queres?» Ela disse-Lhe: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu reino um à tua direita e outro à tua esquerda». Jesus respondeu: «Não sabeis o que estais a pedir. Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?» Eles disseram: «Podemos». Então Jesus declarou-lhes: «Haveis de beber do meu cálice. Mas sentar-se à minha direita e à minha esquerda não pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem meu Pai o designou». Os outros dez, que tinham escutado, indignaram-se com os dois irmãos. Mas Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós. Quem entre vós quiser tornar-se grande seja vosso servo e quem entre vós quiser ser o primeiro seja vosso escravo. Será como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção dos homens». Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Dirigi, Senhor, o vosso olhar para as oferendas que Vos apresentamos e, por esta admirável permuta de dons, libertai-nos das cadeias do pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt. 20, 28 O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção dos homens.
DEPOIS DA COMUNHÃO Estes sacramentos, Senhor, que nos destes como penhor de imortalidade, sejam para nós fonte de salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
Quando pedimos perdão imitamos o Deus da misericórdia e estabelecemos uma cadeia de amor com os nossos irmãos.
O Evangelista Lucas define Deus como amor Daí se conclui que a verdadeira grandeza do homem, o que o realiza como tal, é refletir essa imagem do Deus santo que leva consigo. Demasiadas vezes a ocultamos com a nossa maldade e sede de vingança
Reconhecer que somos pecadores é a nossa única saída para a libertação e a salvação de Deus. Por isso nos diz hoje Jesus: Perdoai para ser perdoados, amai para ser amados. A vida de cada dia oferece-nos a oportunidade de abrir os nossos corações à generosidade ou então fecharmo-nos na nossa própria mesquinhez e intransigência.
Não temos outra opção: ou crescemos em estatura espiritual através do amor que perdoa e aceita os outros com as suas limitações humanas, ou diminuímos
A Lei do perdão não nos parecerá uma lei imposta exteriormente, mas uma consequência necessária que brota da nossa condição de pecadores perdoados. Nós próprios necessitamos desse perdão gratuito de Deus, mas que, porém, somos objecto do mesmo, as coisas mudam.
Converter-se a Deus ser humilde e sincero facilita enormemente o caminho para o perdão fraterno, a tolerância mútua, a compreensão que evita os juízos condenatórios e a reconciliação que abraça o irmão.
Tudo isto porque acreditamos nos outros, na sua bondade e sempre recuperável para o bem, sabendo que as falhas que tão claramente vemos no próximo são as nossas também.
Quando participarmos na Eucaristia reconheçamos que somos de facto pecadores e necessitamos do seu perdão
ORAÇÃO
Bendizemos-te, Senhor, porque nos amais e perdoais. Confessamos que pecámos contra vós e os irmãos.
Senhor, não nos trateis como merecem os nossos pecados. Ensinai-nos a ser indulgentes como sois
LEITURA I Dan 9, 4b-10 «Pecámos, cometemos injustiças e iniquidades»
SALMO RESPONSORIAL Salmo 78 (79), 8.9.11.13 (R. Salmo 102, 10a) Refrão: Não nos julgueis, Senhor, pelos nossos pecados. Repete-se
Pedir perdão é imitar o Deus da misericórdia
Onde se encontra a verdadeira grandeza do homem?
O que nos leva a aproximar-nos cada dia de Deus ou a afastarmo-nos?
Que significa converter-se a Deus
Qual o significado da Eucaristia em relação ao perdão
Dos nossos estimados leitores
Perdão, caminho de amor incondicional, reconhecimento das nossa fraquezas, do que temos de evoluir,…humildade, sentido único, como verdadeiros filhos de Deus, Eucaristia, momento unico, grandioso, presença de Deus no Altar, momento incomparável, louvar a Deus, ao Pai, …. A nossa vida física, possibilidade de nos aproximarmos de Deus, em todos os nossos momentos,….Deus, pai, amigo,….. (Bruno – Murches)
Segunda-feira da semana II
L1: Dan 9, 4b-10; Sal 78 (79), 8. 9. 11. 13 Ev: Lc 6, 36-38
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 25, 11-12 Salvai-me, Senhor, e tende piedade de mim. Os meus pés seguem o caminho recto. Nas assembleias bendirei o Senhor.
ORAÇÃO COLECTA Deus de infinita misericórdia, que nos ordenais a penitência do corpo para remédio do espírito, concedei que possamos evitar todo o pecado e cumprir fielmente as exigências da vossa lei. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Dan 9, 4b-10 «Pecámos, cometemos injustiças e iniquidades»
De novo, uma liturgia penitencial, que não é de estranhar neste tempo. Penitencial não quer dizer triste; quer dizer antes denúncia do pecado, chamamento à conversão, anúncio do perdão e da misericórdia do Pai. O primeiro passo na conversão é o reconhecimento, diante de Deus, da situação de pecador. E logo surge a oração humilde e confiante de quem pede o perdão, como a de Daniel, o cativo da Babilónia.
Leitura da Profecia de Daniel Senhor, Deus grande e terrível, que sois fiel à aliança e à mi¬¬sericórdia para com os que Vos amam e observam os vossos mandamentos! Nós pecámos, cometemos injustiças e iniquidades, fomos rebeldes, afastando-nos dos vossos mandamentos e preceitos. Não escutámos os profetas, vossos servos, que em vosso nome falavam aos nossos reis, aos nossos chefes e antepassados e a todo o povo da nação. Em Vós, Senhor, está a justiça; em nós recai a vergonha que sentimos no rosto, como sucede neste dia aos homens de Judá, aos habitantes de Jerusalém e a todo o Israel, aos que estão perto e aos que estão longe, em todos os países para onde os dispersastes por causa das infidelidades que contra Vós cometeram. Sobre nós, Senhor, recai a vergonha que sentimos no rosto, sobre os nossos reis, chefes e antepassados, porque pecámos contra Vós. No Senhor, nosso Deus, está a misericórdia e o perdão, porque nos revoltámos contra Ele e não escutámos a voz do Senhor, nosso Deus, seguindo as leis que nos dava por meio dos profetas, seu servos. Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 78 (79), 8.9.11.13 (R. Salmo 102, 10a) Refrão: Não nos julgueis, Senhor, pelos nossos pecados. Repete-se
Não recordeis, Senhor, contra nós as culpas dos nossos pais. Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia, porque somos tão miseráveis. Refrão
Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador, para glória do vosso nome. Salvai-nos e perdoai os nossos pecados, para glória do vosso nome. Refrão
Chegue à vossa presença, Senhor, o gemido dos cativos; pela omnipotência do vosso braço, libertai os condenados à morte. Refrão
E nós, vosso povo, ovelhas do vosso rebanho, louvar-Vos-emos para sempre e de geração em geração cantaremos a vossa glória. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Jo 6, 63c.68c Refrão: Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo. Repete-se As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida: Vós tendes palavras de vida eterna. Refrão
EVANGELHO Lc 6, 36-38 «Perdoai e sereis perdoados»
O homem, feito em santidade à imagem de Deus, também agora, ao suplicar o perdão de seus pecados, há-de imitar o Pai das misericórdias, há-de perdoar a quem o ofendeu, como numa cadeia de amor, de Deus ao pecador, deste ao seu irmão.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco». Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Atendei, Senhor, as nossas súplicas e livrai das seduções terrenas aqueles a quem destes a graça de celebrar os mistérios celestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc. 6, 36 Sede misericordiosos, como o vosso Pai celeste é misericor¬dioso, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Concedei-nos, Senhor, que esta comunhão nos purifique do pecado e nos torne participantes da alegria celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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