Monthly Archives: December 2022

12 27 Jo 20 2-8 S. João Apóstolo e Evangelista

12 27 Jo 20 2-8 S. João Apóstolo e Evangelista

EVANGELHO Jo 20, 2-8
«O outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi ter com Simão Pedro
e com o discípulo predilecto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro
e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro:
viu e acreditou.
Palavra da salvação.

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REFLEXÃO

Neste dia do tempo de Natal celebramos a festa litúrgica do apóstolo e evangelista S. João. João era “o discípulo amado” do Senhor que, juntamente com seu irmão Tiago o Maior e Pedro, foi testemunha da glória da transfiguração de Jesus e da sua agonia em Getsémani. Na última ceia reclinou a sua cabeça sobre o peito de Jesus, e este comunicou-lhe a traição de Judas. Esteve presente no Calvário, ao pé da cruz onde Jesus morria, e da sua boca recebeu Maria como segunda mãe, com quem depois viveu em Éfeso, segundo a tradição. João Batista deixou o seu testemunho vivo nas várias cartas, no Apocalipse e no quarto Evangelho.

 

O Evangelho comunica-nos hoje através de três personagens Madalena, Pedro e João o acontecimento mais surpreendente de todos os tempos: Ele, Jesus de Nazaré, está vivo. Madalena comunica aos apóstolos o mistério do sepulcro vazio Isto basta para fazer desencadear as reações de João e de Pedro.

 

João «viu e acreditou», ao contrário de Pedro e dos primeiros espectadores do túmulo vazio que não tinham compreendido as Escrituras, segundo as quais Jesus devia ressuscitar dos mortos (Jo 20,9).

 

A experiência de fé de João conduz-nos a um conhecimento profundo de Cristo. Ele mesmo exprime nestes termos a finalidade do testemunho escrito: «Para que acrediteis que Jesus é o Messias o Filho de Deus. E para que, acreditando, tenhais a vida em seu Nome» (Jo 20,31).

No contexto litúrgico da festa de hoje, convém fixarmo-nos na finalidade a que o autor se propõe ao escrever a sua primeira Carta: «Escrevemo-vos estas coisas para que a vossa alegria seja completa.» (1 Jo 1,4)

 

ORAÇÃO

Ó Deus, que na mensagem do Apóstolo João nos revelastes os mistérios do vosso Verbo, concedei-nos a graça de compreendermos e amarmos as maravilhas que Ele nos fez conhecer.

 

12 26  Mt 10 17 22 Santo Estevão 1º Mártir

12 26  Mt 10 17 22 Santo Estevão 1º Mártir

 

EVANGELHO Mt 10, 17-22
«Não sereis vós a falar, mas o Espírito de vosso Pai»

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus apóstolos:
«Tende cuidado com os homens:
hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas.
Por minha causa, sereis levados
à presença de governadores e reis,
para dar testemunho diante deles e das nações.
Quando vos entregarem,
não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer,
porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer;
porque não sereis vós a falar,
mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós.
O irmão entregará à morte o irmão
e o pai entregará o filho.
Os filhos hão-de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte.
E sereis odiados por todos por causa do meu nome.
Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo».

Palavra da salvação.

 

 

REFLEXÃO

 

Esta página do Evangelho dedicada outrora aos apóstolos tem valor atual e leva-nos a compreender as grandes dificuldades em seguir o Mestre pelo caminho da incompreensão, perseguição e até martírio.

 

Quando foi escrita, a jovem Igreja, já tinha alguma experiência atestada pelo martírio do diácono Estêvão, a prisão dos apóstolos e a morte de Tiago.

Nem ontem nem hoje a missão de Apóstolo é fácil.

 

A proclamação da Boa Nova por um lado gera bom acolhimento, também por outro lado ocasiona indiferença, irritação, perseguição e morte.

 

Enviados como ovelhas entre lobos, Jesus recomenda-lhes a prudência da serpente e a simplicidade da pomba. A atitude do discípulo no meio de um ambiente hostil será de cautela e prudência e simplicidade: Deus gosta de Se comunicar aos simples e de lhes revelar os seus segredos, que esconde aos sábios e aos entendidos do mundo (Mt 11,25).

Sabem que podem contar com o auxílio do divino Espírito Santo “Não sereis vós que falais; o Espírito de vosso Pai falará em vós”, diz-lhes Jesus. E sabem que Jesus não os enganou. “Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim primeiro que a vós” (Jo 15,18).

Mas o final não é o nada.

Saber sofrer com Cristo é a grande sabedoria presente que abre o futuro. Um tenaz otimismo anima os que seguem Jesus com fé, pois se ele nos torna participantes do seu destino, este leva-nos até às últimas consequências: pela cruz à glória da ressurreição.

Se acreditamos em Cristo, demos-lhe graças, porque ele tem previsto esplendidamente o final das nossas curtas vidas.

 

ORAÇÃO

 

Damos-te graças, Senhor Jesus, porque pensaste em nós como testemunhas do vosso evangelho e do vosso amor.

Confiados na vossa palavra e na força do vosso Espírito, queremos demonstrar que vos conhecemos e vos amamos e ser vossas testemunhas na compreensão, entrega, solidariedade e comunhão de vida e destino com os nossos irmãos os homens.

12 25 Jo 1, 1-18 Domingo Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo

«O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós» Jo 1, 1-18»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

 

No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito. N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d’Ele, exclamando: «É deste que eu dizia: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim’». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.

 

 

 

 

 

REFLEXÃO

 

  1. João explica o mistério da Encarnação do Filho de Deus a partir da Trindade «O Verbo (Palavra) estava com Deus»: v. 1) e depois desce até à Humanidade e à Criação.

 

As afirmações da origem divina da Palavra/ /Verbo, sobre o seu estar junto do Pai e voltado para Ele, são necessárias para compreendermos a Encarnação, para compreendermos Jesus no Seu papel de revelador. O centro do anúncio é este: «a Palavra fez-Se Homem» (v. 14). O Verbo/Palavra pode falar e tornar-se narração de Deus, porque é Palavra que reflete o Pai

«a Palavra fez-Se Homem» (Jo 1,14). Tornou-Se um de nós compartilhou as nossas experiências. E ao fazê-lo tornou visível o Deus invisível: o rosto de um Pai que é amor, misericórdia, perdão, atenção por todos os menos afortunados.

O homem de todos os tempos interroga-se: Quem é Deus? Para saber quem é Deus olhemos para Jesus, para a Sua vida, para as Suas palavras, para as Suas opções. Pergunta também: qual é a verdade do homem, o caminho que deve percorrer, a meta para a qual deve tender e o projeto que o realiza? A resposta é ainda: olha para Jesus que pode afirmar: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida.»(Jo 14,6)

                   Jesus é o caminho que conduz à verdade e à vida. Ele viveu confiando sempre no Pai, viveu doando a Sua vida como um «pão partido e distribuído», viera para «servir e não para ser servido». (Mt 20,28; Mc 10,45) O homem é muitas vezes tentado a pensar que para se salvar deve conservar-se mas, pelo contrário, salva-se doando-se. O projeto do homem é o amor.

 

ORAÇÃO

 Obrigado Senhor por Cristo Nosso Senhor por teres enviado o vosso Filho ao mundo e torna-lo visível aos nossos olhos para renovar em Si a natureza decaída, restaurar o universo e reconduzir-nos ao Reino dos Céus.

 

12 24 Lc 1, 67-79 Sábado – Cântico de Zacarias

Naquele tempo: Zacarias, o pai de João, repleto do Espírito Santo, profetizou, dizendo: ‘Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. Fez aparecer para nós uma força de salvação na casa de seu servo Davi, como tinha prometido desde outrora, pela boca de seus santos profetas,
para nos salvar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam. Ele usou de misericórdia para com nossos pais, recordando-se de sua santa aliança e do juramento que fez a nosso pai Abraão, para conceder-nos, que, sem temor e libertos das mãos dos inimigos, nós o sirvamos, com santidade e justiça, em sua presença, todos os nossos dias. E tu, Menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás adiante do Senhor para preparar-lhe os caminhos, anunciando ao seu povo a salvação, pelo perdão dos seus pecados. Graças à misericordiosa compaixão do nosso Deus, o sol que nasce do alto nos visitará, para iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte, e dirigir nossos passos no caminho da paz.’

 

Reflexão

Cheio do Espírito Santo, Zacarias, abriu os lábios e profetizou reconhecendo a grande obra que o Senhor realizaria para a salvação da humanidade por meio do seu filho João Batista.  Ele seria o “profeta do Altíssimo, aquele que iria adiante do Senhor para preparar-lhe os caminhos, anunciando a salvação pelo perdão dos pecados”.

Baseados na oração de Zacarias nós também podemos nos colocar no mesmo contexto que ele, para exaltar a Deus pela vinda do Salvador.  Também podemos assumir as promessas de salvação do Senhor para nós e para a nossa família, proferindo este louvor em nome de cada membro da nossa casa e nos apossando da força que vem do céu com o fim de nos livrar do mal e da ação dos inimigos.

Somos da mesma forma, chamados a ser profetas anunciadores da chegada do Sol nascente que nos visita neste Natal. Jesus é o Sol que nasce do alto e vem para iluminar os nossos relacionamentos familiares e dirige os nossos passos no caminho da paz.

A Sua Palavra motiva-nos a darmos passos firmes para enfrentarmos todas as situações pelas quais passamos. Quando estamos cheios do Espírito Santo nós também, como Zacarias, somos movidos a louvar ao Senhor pelas nossas conquistas pela nossa família, para que nela reine a paz…

 

Oração

Senhor Jesus, apressai-vos e não tardeis ;
dai conforto e esperança
àqueles que acreditam no vosso amor

 

 

 

12 23 Lc 1, 57-66 Sexta feira – Nascimento SJBatista

«O seu nome é João» – Lc 1, 57-66

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, chegou a altura de Isabel ser mãe e deu à luz um filho. Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe tinha feito tão grande benefício e congratularam-se com ela. Oito dias depois, vieram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias. Mas a mãe interveio e disse: «Não, ele vai chamar-se João». Disseram-lhe: «Não há ninguém da tua família que tenha esse nome». Perguntaram então ao pai, por meio de sinais, como queria que o menino se chamasse. O pai pediu uma tábua e escreveu: «O seu nome é João». Todos ficaram admirados. Imediatamente se lhe abriu a boca e se lhe soltou a língua e começou a falar, bendizendo a Deus. Todos os vizinhos se encheram de temor e por toda a região montanhosa da Judeia se divulgaram estes factos. Quantos os ouviam contar guardavam-nos em seu coração e diziam: «Quem virá a ser este menino?» Na verdade, a mão do Senhor estava com ele.

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REFLEXÃO

O Evangelho de hoje apresenta um acontecimento maravilhoso: o tempo da «recordação» dá lugar à realização das promessas do Senhor.

Deus compadeceu-se com a esterilidade de Isabel dando-lhe um filho na sua velhice pois Deus mostra sempre a misericórdia, o seu carinho e a sua ternura vindo a favor de quem precisa do seu auxílio.

Zacarias, seu pai, é símbolo do povo de Israel o qual, durante todo o tempo do Antigo Testamento, continuou a transmitir, de pai para filho, «a lembrança» das profecias.

João Baptista assinala o início de uma nova época. Acabou o tempo em que se relembram as promessas, chegou o tempo em que se vê em atuação a bondade de Deus. O anjo que apareceu a Zacarias indicou o nome desejado por Deus: «João» (Lc 1,13), que significa o Senhor tem piedade, manifestou a Sua bondade, a Sua benevolência.

 

Zacarias acolheu a alegria do mundo novo que estava para começar através de uma conversão, uma mudança radical da imagem de Deus que tinha concebido.

Deus tornou-o mudo durante nove meses. Quando lhe nasceu o filho, compreendeu: Deus é amor. Readquiriu a palavra e exclamou: «Yohanan!» – «O Senhor tem piedade», é benevolente, é ternura.

 

Zacarias é símbolo do verdadeiro Israel, o resto fiel que descobre o verdadeiro rosto de Deus e pronuncia a única verdade que d’Ele se pode dizer: «Ele é só amor.»

Para que Deus entre na nossa vida não basta rezar mais ou corrigir algum vício mas sobretudo mudar a nossa mente e do coração, mudança da imagem de Deus que criámos e que deriva de raciocínios e critérios humanos, para fazer nosso o rosto que Deus revelou nas Sagradas Escrituras.

 

ORAÇÃO

 

Despertai, Senhor, a vontade dos Vossos fiéis, para que, correspondendo mais generosamente à ação da graça divina, recebamos maiores auxílios da Vossa bondade.

 

12 22 Lc 1, 46-56 Quinta Feira da 4ª Semana do Advento

«O Todo-poderoso fez em mim maravilhas» Lc 1, 46-56

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

 

Naquele tempo, Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.

Palavra da salvação…

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REFLEXÃO

O Magnificat celebra a graça da libertação que Deus concedeu a Israel, pobre, humilhado, desprezado pelos povos vizinhos. Maria neste canto encarna a libertação do seu povo do qual ela é a protagonista virgem que dá à luz o Salvador.

 

Foi agraciada com a honra de participar do ato mais sublime de Deus em favor de sua criação e mesmo sem entender, obedece.                                          

 

O criador mostra a preferência por aqueles que se reconhecem pequenos, como o fez Maria, que em vários momentos demonstra a sua servidão como principal traço de sua personalidade; uma servidão obediente diante dos mistérios de Deus.                                                                                                    

 

«Dispersou os soberbos.» que não querem ver realizado o Reino de Deus; «Derrubou os poderosos de seus tronos.» os auto suficientes; «Exalta os humildes.» Faz surgir um mundo novo mudança radical do coração de todos, é o mundo novo em que já não existem os dominadores; «Aos famintos encheu de bens.» Onde a proposta de sociedade querida por Deus é acolhida, haverá pão em abundância. Toda a fome será saciada.

 

«Aos ricos despediu de mãos vazias.» Não é uma ameaça de condenação ao Inferno nem promessa de justas reivindicações sociais, mas anúncio de salvação: Deus fará desaparecer da terra quem acumula bens para si, explora o irmão e lhe rouba o alimento.

«Acolheu a Israel, seu servo», não porque o mereceu, e sim pelos sentimentos maternos que o Senhor sente pelo Seu povo necessitado.

Maria, pequena e humilde, parte da grandeza de Deus e, apesar dos seus problemas, permanece na alegria, porque em tudo confia no Senhor.

Lembra-nos que Deus sempre pode fazer maravilhas, se permanecermos abertos a Ele e aos irmãos”. Reconheçamos as graças que ao longo da vida recebemos e digamos como Nossa Senhora: O Senhor fez em mim maravilhas…

 

ORAÇÃO

Infundi, Senhor, a Vossa graça em nossas almas, para que nós, que pela Anunciação do anjo conhecemos a encarnação de Cristo Vosso Filho, pela Sua Paixão e morte na Cruz alcancemos a glória da ressurreição.

 

12 21 Lc1, 39-45 Quarta Feira da 4ª Semana do Advento

EVANGELHO Lc 1, 39-45
«Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».


Palavra da salvação.

 

 

Reflexão

Reflexão – “A visitação e o significado ”

Depois de aceitar ser Mãe do Messias Esperado, Maria sai para visitar e ajudar sua prima Isabel que está grávida: “Aquela que era considerada estéril já faz seis meses que está grávida” (Lc 1,3b).Partilha  com ela a alegria das maravilhas operadas no seu intimo.

Isabel, uma mulher já de idade avançada, responde com humildade «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»

Maria faz Isabel sentir a alegria de uma maternidade não esperada e Isabel faz Maria sentir as maravilhas que Deus realizou nela. “Feliz és tu porque que acreditaste”.

Este encontro insere-se no projeto de Deus a favor da humanidade – Deus faz uma aliança com o povo de Israel. Isabel representa a Antiga Aliança que termina e Maria, o novo Testamento que começa.

O elogio de Isabel a Maria é um profundo reconhecimento de sua fé e confiança no Senhor: Confiou em Deus, cultivou a certeza de que, apesar de todas as aparências contrárias, a Palavra do Senhor haveria de se cumprir.

Não é fácil acreditar como Maria e Isabel. Precisamos muita coragem para acreditar nas promessas feitas por Deus aos que promovem a paz, aos não violentos, àqueles que oferecem a outra face, àqueles que não se vingam, àqueles que doam a vida por amor.

Como Maria nos ensina, seguindo o seu exemplo vale a pena confiar nas Palavras do Senhor: «Mais felizes são aqueles que – como Maria fez – ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.» (Lc 11,28)

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ORAÇÃO

Deus eterno e omnipotente, que inspirastes à bem-aventurada Virgem Maria o desejo de visitar Santa Isabel, concedei-nos que, dóceis à inspiração do Espírito Santo, possamos com Maria cantar sempre as Vossas maravilhas.

 

12 20 Lc 1, 26-38 3º feira da 4º semana do Advento

EVANGELHO Lc 1, 26-38
«Conceberás e darás à luz um Filho»

EVANGELHO Lc 1, 26-38
«Conceberás e darás à luz um Filho»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, da descendência de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?» O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».


Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

 

A poucos dias do Natal a Igreja convida-nos a meditar no grande mistério da Encarnação do Cristo.

No encontro com Maria, o Anjo anuncia que Aquele que d’Ela vai nascer é o Messias prometido, o Descendente de David, Aquele que fora anunciado e prometido através de toda a história do povo de Deus, e sobre quem, finalmente, repousará o Espírito de Deus.

Deus propôs e Maria colaborou no Seu Plano. O Verbo de Deus se faz carne no ventre de Maria. «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua

palavra». Ao dizer Sim, colocou a sua vida nas mãos de Deus. Sim duro, difícil ! Em Maria cumpriu-se a palavra de Deus.

 

Ela arriscou e entregou-se, generosamente, movida pelo desejo de um sentido para a vida e para a sua vocação. Maria podia ter dito não. Deus respeita

profundamente a nossa liberdade. Perante os desafios da vida nós podemos optar. 

Como Maria sintamo-nos abençoados na nossa missão mesmo não

percebamos bem o caminho a seguir Como ela aceitamos servir a Deus participando na construção do Reino de Deus, aqui e agora, reconhecendo quem precisa de nós Como ela tememos e interrogamo-nos mas no final confiamos  Saudemo-la Maria com aquela mesma saudação que Santa Isabel, “cheia do

Espírito Santo”, saudou sua prima, “em alta voz”: “Bendita és tu entre as mulheres”

(Lc 1,42). Maria é “a filha predileta de Deus”, diz o Concílio Vaticano II (LG n. 53),

“aquela que na Santa Igreja ocupa o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto

de nós” (LG, n. 54). Por isso constantemente peçamos-lhe continuamente: Rogai por

nós pecadores, agora e na hora da nossa morte.

 

ORAÇÃO

Infundi Senhor, nós Vos suplicamos a Vossa Graça em nossas almas, para que nós, que pela

Anunciação do Anjo conhecemos a Encarnação de Jesus Cristo Vosso Filho, e que pela Sua

Paixão e Morte na Cruz, sejamos conduzidos à glória na ressurreição, pelo mesmo Jesus

Cristo e Senhor nosso. Amém.

 

 

 

12 19 Lc 1, 5-25 Segunda Feira da 4ª Semana do Advento

É anunciado pelo Anjo Gabriel o nascimento de João Baptista

 

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias, cuja esposa era descendente de Aarão e se chamava Isabel. Eram ambos justos aos olhos de Deus e cumpriam irrepreensivelmente todos os mandamentos e leis do Senhor. Não tinham filhos, porque Isabel era estéril e os dois eram de idade avançada. Quando Zacarias exercia as funções sacerdotais diante de Deus, no turno da sua classe, coube-lhe em sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no Santuário do Senhor para oferecer o incenso. Toda a assembleia do povo, durante a oblação do incenso, estava cá fora em oração. Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor. Mas o Anjo disse lhe: «Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi atendida. Isabel, tua esposa, dar-te-á um filho, ao qual porás o nome de João. Será para ti motivo de grande alegria e muitos hão-de alegrar-se com o seu nascimento, porque será grande aos olhos do Senhor. Não beberá vinho nem bebida alcoólica; será cheio do Espírito Santo desde o seio materno e reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. Irá à frente do Senhor, com o espírito e o poder de Elias, para fazer voltar os corações dos pais a seus filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, a fim de preparar um povo para o Senhor». Zacarias disse ao Anjo: «Como hei-de saber que é assim, se eu estou velho e a minha esposa de idade avançada?». O Anjo respondeu-lhe: «Eu sou Gabriel, que assisto na presença de Deus e fui enviado para te anunciar esta boa nova. Mas tu vais guardar silêncio, sem poder falar, até ao dia em que tudo isto aconteça, por não teres acreditado nas minhas palavras, que se cumprirão a seu tempo. Entretanto, o povo esperava por Zacarias e admirava-se por ele se demorar no Santuário. Quando ele saiu, não lhes podia falar e então compreenderam que tinha tido uma visão no Santuário. Ele fazia-lhes sinais e continuava mudo. Ao terminarem os seus dias de serviço, Zacarias voltou para casa. Algum tempo depois, Isabel, sua esposa, concebeu e permaneceu oculta durante cinco meses, dizendo: «Assim procedeu o Senhor para comigo nos dias em que Se dignou livrar-me desta desonra diante dos homens».

Palavra da salvação.

 

REFLEXÃO

O Evangelho (Lc 1, 5-25 ) descreve com precisão a predição do nascimento de João Batista ,bênção para seus pais Isabel e Zacarias e para todo o povo de Israel.

 

Zacarias e Isabel eram já de idade avançada, mas não desistiam de esperar que a força de Deus se manifestasse neles. O Senhor tinha para eles um plano muito importante e, mesmo sendo eles aparentemente incapazes de conceber um filho, o projeto de Deus cumpriu-se com a concepção de João Batista.

 

Para aqueles que confiam no Senhor nada é limitado. Nunca poderemos subestimar o poder e a ação do Espírito Santo em nós. Às vezes, nós precisamos como Zacarias, silenciar para fazer germinarem no nosso coração os segredos de Deus os quais, no devido tempo, serão revelados por nós para o engrandecimento do Seu reino aqui na terra.

 

Zacarias e Isabel apresentaram a Deus o seu pedido,  e o Senhor abençoou-os  e fê-los  protagonistas da História

Peçamos  mais uma vez hoje ao Espírito Santo que nos  conceda uma graça que tanto precisamos e confiemos que Deus pode vir em nosso auxilio ! Acreditemos em nós próprios  nos outros e no Outro. Lutemos  por este objetivo mas aceitemos sempre com resignação  as surpresas de Deus  e as inevitáveis consequências de qualquer ser humano…

 

ORAÇÃO

Ensina-nos a viver na vossa presença , Senhor, e a  louvar-Vos sempre com o coração alegre pela vossa amorosa gratuidade de Pai, porque, em Vós, tudo é graça, ternura e carinho.

Ámen.

 

 

 

12 18 Mt 1, 18-24 Domingo

12 18 Mt 1, 18-24 Domingo

 

EVANGELHO Mt 1, 18-24
Jesus nascerá de Maria, noiva de José, filho de DavidEvangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’». Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.
Palavra da salvação.

REFLEXÃO

São Mateus descreve o anúncio feito a José pelo anjo do Senhor. Estas duas páginas de teologia pretendem fazer compreender aos leitores quem é o Filho de Maria: Jesus é o próprio Senhor que assumiu forma humana.

O objetivo da narrativa é chegar à solene afirmação conclusiva. Na conceição de Maria cumpriu-se o que tinha sido dito por Deus por meio do profeta: «Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho que será chamado Emanuel, que quer dizer “Deus connosco”.» (MT 1,23; Is 7,14)
         Em Maria, o Unigénito do Pai inseriu-se plenamente na nossa condição humana. Experimentou os nossos sentimentos, as nossas emoções, as nossas paixões. Tornou-Se «realmente homem», em tudo como nós, exceto no pecado. Por isso é Emanuel, Deus connosco.

  1. José assume plenamente a sua função de pai adoptivo. Recebe uma comunicação divina e adere incondicionalmente à vontade de Deus: «Tendo despertado do sonho, José fez como o anjo do Senhor tinha mandado.»

José era «justo», porque estava sempre pronto a aderir a Deus e aos seus desígnios imperscrutáveis.

Cada homem é enviado por Deus ao mundo com uma vocação a realizar. A vocação não é mais que a descoberta daquilo para que ele nasce, do lugar a que é chamado a ocupar na Criação e no projeto de Deus.

Como José estejamos atentos às revelações de Deus e pronto a deixar-se envolver nos seus sonhos.

 

ORAÇÃO

(Colecta, Missa de São José)

 

Deus Todo -poderoso, que na aurora dos novos tempos confiastes a São José a guarda dos mistérios da salvação dos homens, concedei à Vossa Igreja, por sua intercessão, a graça de os conservar fielmente e de os realizar até à sua plenitude.

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LEITOR 1

Introdução  à primeira leitura

 

Leitura 1 Is 7, 10-14

No século VIII antes de Cristo , a terrra de Israel estava dividida em dois reinos : o do Norte ou de Israel , e o do sul ou de Judá. Entreanto o reino do Norte aliou-se ao rei da Síria para invadir o reino de Judá. Perante isto , o rei Acaz pensou pedir ajuda da Adssíria , o grande império desse tempo. O profeta Isaias opõe-se -lhe veementemente, visto que tal apenas trará sofrimento e desgraça . Perante a teimosia do rei, o profeta diz-lhe  que, se não acredita naquilo que lhe diz, peça um “sinal” ao Senhor. É  o contexto do texto que vamos escutar

LEITOR 2

Leitura do Livro de Isaías

Naqueles dias, o Senhor mandou ao rei Acaz a seguinte mensagem: «Pede um sinal ao Senhor teu Deus, quer nas profundezas do abismo, quer lá em cima nas alturas». Acaz respondeu: «Não pedirei, não porei o Senhor à prova». Então Isaías disse: «Escutai, casa de David: Não vos basta que andeis a molestar os homens para quererdes também molestar o meu Deus? Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: a virgem conceberá e dará à luz um filho e o seu nome será Emanuel».

Palavra do Senhor.


LEITOR  3

Introduão ao Salmo 23

O salmo reflete uma liturgia de louvor no templo de Jerusalém. O termo e tema central é sem dúvida o de “rei da glória” . Mas a fórmula assuirá significado profundamente novo em Belém : aí o cenário será simples e muito humano

LEITOR 4

SALMO RESPONSORIAL Salmo 23 (24), 1-2.3-4ab.5-6 (R. 7c e 10b)
Refrão: O Senhor virá: Ele é o rei da glória. Repete-se

Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas. Refrão

Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
que não invocou o seu nome em vão nem jurou falso. Refrão

Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face do Deus de Jacob. Refrão

 

LEITOR 5

Introdução  à carta de S. Paulo aos Romanos 


Conforme o anúncio do evangelho se vai acentuando entre os pagãos, assim também as comunidades vão sendo cada vez mais constituídas por cristãos vindos deste ambiente cultural, com uma mentalidade muito diferente daqueles que são de origem judaica. Isto, naturalmente, gerou problemas de compreensão mútua, ponde em causa a unidade da Igreja. É o que acontecia nas comunidades de Roma, a quem Paulo escreve, recordando-lhes que, pelo batismo, há um único povo de Deus, chamado a viver no amor. O texto de hoje é introdução a essa carta, na qual o apóstolo sublinha  que tudo é fruto da graça de Deus, inclusivamente o seu próprio ministério.

LEITOR 6

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por chamamento divino, escolhido para o Evangelho que Deus tinha de antemão prometido pelos profetas nas Sagradas Escrituras, acerca de seu Filho, nascido, segundo a carne, da descendência de David, mas, segundo o Espírito que santifica, constituído Filho de Deus em todo o seu poder pela sua ressurreição de entre os mortos: Ele é Jesus Cristo, Nosso Senhor. Por Ele recebemos a graça e a missão de apóstolo, a fim de levarmos todos os gentios a obedecerem à fé, para honra do seu nome, dos quais fazeis parte também vós, chamados por Jesus Cristo. A todos os que habitam em Roma, amados por Deus e chamados a serem santos, a graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.
Palavra do Senhor.

LEITOR 7

Refrão: Aleluia. Repete-se
A Virgem conceberá e dará à luz um Filho,
que será chamado Emanuel, Deus connosco. Refrão

Introdução ao Evangelho

Na cultura Judaica, o casamento começava com o noivado. Com eles os jovens ficavam solenemente comprometidos, embora ficassem a viver por algum tempo com os respetivos pais.Era nesta frase que se encontrava Maria e José , quando este se apercebe que Maria estava grávida. Segundo o que era costume , devia denunciá-la , expondo-a assim , a uma possível morte por apedrejamento. No entanto, José não só decide agir de outra maneira , como se deixa interpelar pelos sinais de Deus.


EVANGELHO Mt 1, 18-24


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’». Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.


Palavra da salvação.

 

 

12 17 Mt 1, 1-17 Sábado

12 17 Mt 1, 1-17 Sábado

EVANGELHO Jo 5, 33-36
«João era uma lâmpada que ardia e brilhava»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: Vós mandastes emissários a João Baptista e ele deu testemunho da verdade. Não é de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para que sejais salvos. João era uma lâmpada que ardia e brilhava e vós, por um momento, quisestes alegrar-vos com a sua luz. Mas Eu tenho um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai Me deu para consumar – as obras que Eu realizo – dão testemunho de que o Pai Me enviou».

Palavra da salvação.

Reflexão

No Evangelho de hoje (Jo 5, 33-36)  Jesus apresenta em seu favor duas credenciais: O testemunho de João Batista que o indicou como Cordeiro de Deus e a quem viu pousar sobre Ele o Espírito do Céu como uma pomba.

A segunda, é o testemunho direto do Pai, que dá ao Filho o poder de fazer obras que O revelam inequivocamente  como enviado do Céu.

 

O testemunho de João Baptista é  o de um homem sincero. Guiado  pelo Espírito, reconheceu  em Jesus o Messias de Deus Renunciou às convicções da catequese tradicional e aderiu à mensagem de Jesus pois notou que a boa nova  era conforme não às expectativas dos homens, mas às de Deus.

 

O Pai de Jesus dá um testemunho superior:  as suas obras  revelam que Ele é o Messias de Deus: a Sua acção libertadora, a Sua predilecção pelos pobres,pelos humildes, pelos marginalizados, o Seu amor total pelo homem, a Sua vontade de recuperar para a vida quem se perdeu

 

É preciso compreender sobretudo o testemunho do Pai, que nos é dado pelas Escrituras, «são elas — diz Jesus — que dão testemunho de Mim» (Jo 5,39). Quem acolheu este testemunho entrará por sua vez em sintonia com Cristo e com o Pai também nele se manifestarão as mesmas obras de amor: «Eu vos garanto: quem acredita em Mim fará as obras que Eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque Eu vou para o Pai.» (Jo 14,12)

 

Oração

 

A Vossa graça, Senhor,

nos acompanhe sempre e nos prepare

para a Vinda tão desejada do vosso Filho,

afim de recebermos os auxílios necessários

para o tempo presente e para a vida futura.

 

12 16 Jo 5, 33-36 Sexta feira

12 16 Jo 5, 33-36 Sexta feira

EVANGELHO Jo 5, 33-36
«João era uma lâmpada que ardia e brilhava»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: Vós mandastes emissários a João Baptista e ele deu testemunho da verdade. Não é de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para que sejais salvos. João era uma lâmpada que ardia e brilhava e vós, por um momento, quisestes alegrar-vos com a sua luz. Mas Eu tenho um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai Me deu para consumar – as obras que Eu realizo – dão testemunho de que o Pai Me enviou».

Palavra da salvação.

Reflexão

No Evangelho de hoje (Jo 5, 33-36)  Jesus apresenta em seu favor duas credenciais: O testemunho de João Batista que o indicou como Cordeiro de Deus e a quem viu pousar sobre Ele o Espírito do Céu como uma pomba.

A segunda, é o testemunho direto do Pai, que dá ao Filho o poder de fazer obras que O revelam inequivocamente  como enviado do Céu.

 

O testemunho de João Baptista é  o de um homem sincero. Guiado  pelo Espírito, reconheceu  em Jesus o Messias de Deus Renunciou às convicções da catequese tradicional e aderiu à mensagem de Jesus pois notou que a boa nova  era conforme não às expectativas dos homens, mas às de Deus.

 

O Pai de Jesus dá um testemunho superior:  as suas obras  revelam que Ele é o Messias de Deus: a Sua acção libertadora, a Sua predilecção pelos pobres,pelos humildes, pelos marginalizados, o Seu amor total pelo homem, a Sua vontade de recuperar para a vida quem se perdeu

 

É preciso compreender sobretudo o testemunho do Pai, que nos é dado pelas Escrituras, «são elas — diz Jesus — que dão testemunho de Mim» (Jo 5,39). Quem acolheu este testemunho entrará por sua vez em sintonia com Cristo e com o Pai também nele se manifestarão as mesmas obras de amor: «Eu vos garanto: quem acredita em Mim fará as obras que Eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque Eu vou para o Pai.» (Jo 14,12)

 

Oração

 

A Vossa graça, Senhor,

nos acompanhe sempre e nos prepare

para a Vinda tão desejada do vosso Filho,

afim de recebermos os auxílios necessários

para o tempo presente e para a vida futura.

 

 

12 15 Lc 07 24-30 Quinta feira

12 15 Lc 07 24-30 Quinta feira

João é o mensageiro que prepara o caminho do Senhor Lc 7, 24-30

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Quando os mensageiros de João Baptista se retiraram, Jesus começou a falar dele à multidão: «Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? Mas que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Os que vestem com luxo e vivem regaladamente encontram-se nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim – Eu vo-lo digo – e mais do que profeta. É aquele de quem está escrito: ‘Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de ti’. Eu vos digo que, entre os nascidos de mulher, não há nenhum maior do que João; mas o mais pequeno no reino de Deus é maior do que ele». Todo o povo que O escutou, incluindo os publicanos, proclamaram a justiça de Deus, recebendo o baptismo de João. Mas os fariseus e os doutores da Lei, que não quiseram receber o baptismo, anularam para si próprios o desígnio de Deus.

Palavra da salvação.

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REFLEXÃO

 

O povo oprimido aguardava ansiosamente o Salvador. Os crentes clamavam: “Quando virá Senhor o dia em que apareça o Salvador e soe o brado de alegria nasceu do mundo o salvador“. Quando apareceu João Baptista, filho de Zacarias, a alegria foi grande e em toda a região da Judeia perguntava-se: «Que virá a  ser este menino?» (Lc 1,66).

Jesus fala nesta passagem do Evangelho do precursor e indica-nos a que luz devemos ler a sua missão. As três interrogações retóricas revelam a profunda admiração que tinha por ele.

João foi um homem de Deus, humilde, modesto e penitente; um homem totalmente voltado para a causa do Senhor e para preparar Seus caminhos. Por isso, ele assume um papel fundamental na compreensão do mistério da vinda de Cristo, o Messias. João Baptista era um homem de caráter, firme. Dizia abertamente a verdade e não se rendia perante os poderosos dizendo sem medo as inspirações dizer aquilo que Deus lhe inspirava.

profeta? Mais até que profeta. Foi-lhe confiada uma missão superior: preparar o povo para acolher o Messias.

Somos convidados hoje a seguir São João Baptista escutando as suas palavras e acolher a sua mensagem O regresso a uma vida simples e atenta às necessidades primárias dos irmãos – ensina-nos João Baptista – é condição indispensável para recuperar a sensibilidade espiritual aos apelos de Deus e reconhecer o seu Messias.

 

ORAÇÃO

 

Senhor; que enviastes São João Baptista a preparar o Vosso Povo para a vinda do Messias, concedei à Vossa família o dom da alegria espiritual e guiai o coração dos fiéis no caminho da salvação e da paz.

 

 

 

12 14 Lc 7, 19_23 Quarta Feira

12 14 Lc  7, 19_23 Quarta Feira

 

EVANGELHO Lc 7, 19-23
«Ide contar a João o que vistes e ouvistes»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, João Baptista chamou dois dos seus discípulos e enviou-os ao Senhor com esta mensagem: «És Tu Aquele que havia de vir ou devemos esperar outro?» Ao chegarem junto de Jesus, os homens disseram-Lhe: «João Baptista mandou-nos perguntar-Te: ‘És Tu Aquele que havia de vir ou devemos esperar outro?’» Nessa altura Jesus curou muitas pessoas, de doenças, padecimentos e espíritos malignos, e deu a vista a muitos cegos. Então respondeu-lhes: «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres é anunciado o Evangelho; e feliz daquele que não encontrar em Mim ocasião de queda».
Palavra da salvação.

 

REFLEXÃO

A vinda do Messias esperado durante séculos e anunciado pelos profetas surpreendeu todos os judeus e até mesmo os mais bem preparados tiveram dificuldade em compreendê-lo e acolhê-lo .

Até João Batista, homem austero, seguro de si mesmo, teve dúvidas a seu respeito. Na escuridão da prisão de Herodes, é invadido pelo medo, pela tristeza, pela dúvida: ter-me-ei enganado ao ver em Jesus o Cordeiro de Deus? Mas a sua fé é grande. Em vez de pô-la em discussão, manda embaixadores a Jesus, pedindo luz para compreender. Torna-se, pois, ainda mais pobre, fazendo-se simples interrogação: «És Tu o que está para vir, ou devemos esperar outro?»

Jesus responde aos embaixadores apontando as obras que anda a fazer: a cura dos cegos, dos surdos, dos leprosos, dos coxos, a ressurreição dos mortos e o anúncio da boa notícia aos pobres. As curas realizadas nos doentes do corpo são, por sua vez, sinais da cura de doenças mais profundas, as que atacam o espírito do homem. Por sinais como estes, Ele é reconhecido como o Salvador e Enviado de Deus.

João Baptista ajuda-nos a ultrapassar as nossas incertezas. Ele é um crente verdadeiro: debate-se entre muitas perplexidades, coloca interrogações, mas não renega o Messias porque não corresponde aos seus critérios; põe de lado as suas seguranças e confia no Senhor.

Só quem, como ele, procura a verdade com ardor é que está preparado para se encontrar com Cristo, que é «a Verdade».

 

ORAÇÃO

Concedei-nos, Deus omnipotente, que as próximas festas do Nascimento de vosso Filho nos fortaleçam nos trabalhos desta vida e nos alcancem os bens eternos.

 

 

 

12 13 Mt 21 28_32 Terça Feira

12 13  Mt 21 28_32  Terça Feira

«Veio João e os pecadores acreditaram nele» Mt 21, 28-32

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe: ‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha’. Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém, arrependeu-se e foi. O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: ‘Eu vou, Senhor’. Mas de facto não foi. Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Eles responderam-Lhe: «O primeiro». Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as mulheres de má vida irão diante de vós para o reino de Deus. João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram. E vós, que bem o vistes, não vos arrependestes, acreditando nele».

Palavra da salvação.

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REFLEXÃO

 

     Jesus começa com uma pergunta comprometedora para levar a pensar os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo acerca da reação dos filhos ao pedido do pai. O profeta de Nazaré denuncia as atitudes encontradas durante o seu ministério. Os justos, aqueles que tinham aderido a Deus com o compromisso de cumprir a Sua vontade, tinham recusado o apelo decisivo do Senhor de aceitar o seu reino. Sentiam-se seguros e protegidos pelas práticas religiosas que cumpriam fielmente e não reparavam sequer no seu afastamento da vinha do Senhor.

    Ao invés os pecadores tinham-se mostrado disponíveis e converteram-se. Os exemplos evangélicos são muitos: de um lado, o publicano Levi, Zaqueu e o bom ladrão; do outro, os fariseus, os sacerdotes e o jovem rico.

    Jesus conclui: os pecadores, como os «cobradores de impostos e as prostitutas», que não tinham nenhuma proteção religiosa, encontram-se com vantagem em relação àqueles que se julgam justos.

     Esta parábola tem também a ver connosco. Chamamo-nos cristãos mas muitas vezes adaptamo-nos aos critérios deste mundo. Jesus foi o único que disse sim ao Pai dando-se totalmente a favor da humanidade. Tornou-se realmente pobre, como recorda São Paulo, escrevendo aos Coríntios: «Conheceis a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo; Ele, embora fosse rico, tornou-Se pobre por vossa causa, para com a sua pobreza vos enriquecer» (2COR 8,9).

     Oxalá possamos dizer um SIM generoso e comprometedor para construir o reino de Deus

ORAÇÃO

(Colecta, Missa do dia)

Senhor, que por meio de vosso Filho Unigénito fizestes de nós uma nova criatura, olhai com bondade para a obra do Vosso amor, e, pela Vinda do Redentor, purificai-nos de todas as culpas.