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03 18 Jo 8, 1-11 Segunda-A mulher adúltera

EVANGELHO Jo 8, 1-11 «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus foi para o Monte das Oliveiras. Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo e todo o povo se aproximou d’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?». Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar. Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Como persistiam em interrogá-l’O, Ele ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio. Jesus ergueu-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Jesus acrescentou: «Também Eu não te condeno. Vai e não tornes a pecar».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

“Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério.” Os inimigos do Filho de Deus viam nela uma ocasião para exercer a Justiça implacável, ficarem bem vistos aos olhos dos exímios cumpridores da lei de Moisés e, ao mesmo tempo, desacreditarem na palavra do Nazareno.

Como Ele conhecia a perversidade das intenções dos seus inimigos antes de se pronunciar sobre o assunto, provocou-lhes a consciência do pecado «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra.» “quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, “Jesus pergunta «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Jesus acrescentou: «Também Eu não te condeno. Vai e não tornes a pecar».

Enquanto os fariseus viam na mulher uma pecadora merecedora de castigo, Jesus vê nela uma mulher, uma pessoa criada e amada por Deus, uma pessoa que deve ser levantada e perdoada.

A pobre mulher sentiu-se regenerada, reabilitada, uma pessoa nova. Jesus mostrou o coração de Deus. Assim nos diz S. João “A lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1.17).

Para caminharmos com Cristo, por Cristo e em Cristo temos de procurar ter o coração como o de Jesus, que acolhe, perdoa e envia a pessoa de volta para a vida com a missão de não voltar a pecar.

ORAÇÃO

Deus Pai, obrigado pois quando estávamos perdidos, incapazes de nos aproximarmos de Vós, destes-nos a maior prova do Vosso amor: o vosso Filho, o único Justo, entregou-Se em nossas mãos, deixando-se pregar numa Cruz.

03 24 Mc 14, 1-39 Domingo  Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo

03 24 Mc 14, 1-39 Domingo  Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo

Commentary on Mark 1:29-39 - Working Preacher from Luther Seminary

Evangelho – forma longa Mc 14, 1 – 15, 47

N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo

segundo São Marcos

Faltavam dois dias para a festa da Páscoa

e dos Ázimos

e os príncipes dos sacerdotes e os escribas

procuravam maneira de se apoderarem

de Jesus à traição para Lhe darem a morte.

Mas diziam:

R «Durante a festa, não,

para que não haja algum tumulto entre o povo».

N Jesus encontrava-Se em Betânia,

em casa de Simão o Leproso,

e, estando à mesa,

veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro

com perfume de nardo puro de alto preço.

Partiu o vaso de alabastro

e derramou-o sobre a cabeça de Jesus.

Alguns indignaram-se e diziam entre si:

R «Para que foi esse desperdício de perfume?

Podia vender-se por mais de duzentos denários

e dar o dinheiro aos pobres».

N E censuravam a mulher com aspereza.

Mas Jesus disse:

J «Deixai-a. Porque estais a importuná-la?

Ela fez uma boa acção para comigo.

Na verdade, sempre tereis os pobres convosco

e, quando quiserdes, podereis fazer-lhes bem;

mas a Mim, nem sempre Me tereis.

Ela fez o que estava ao seu alcance:

ungiu de antemão o meu corpo para a sepultura.

Em verdade vos digo:

Onde quer que se proclamar o Evangelho,

pelo mundo inteiro,

dir-se-á também em sua memória o que ela fez».

N Então, Judas Iscariotes, um dos Doze,

foi ter com os príncipes dos sacerdotes

para lhes entregar Jesus.

Quando o ouviram, alegraram-se

e prometeram dar-lhe dinheiro.

E ele procurava uma oportunidade para entregar Jesus.

N No primeiro dia dos Ázimos,

em que se imolava o cordeiro pascal,

os discípulos perguntaram a Jesus:

R «Onde queres que façamos os preparativos

para comer a Páscoa?».

N Jesus enviou dois discípulos e disse-lhes:

J «Ide à cidade.

Virá ao vosso encontro um homem

com uma bilha de água.

Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa:

‘O Mestre pergunta: Onde está a sala,

em que hei-de comer a Páscoa com os meus discípulos?’.

Ele vos mostrará uma grande sala no andar superior,

alcatifada e pronta.

Preparai-nos lá o que é preciso».

N Os discípulos partiram e foram à cidade.

Encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito

e prepararam a Páscoa.

Ao cair da tarde, chegou Jesus com os Doze.

Enquanto estavam à mesa e comiam,

Jesus disse:

J «Em verdade vos digo:

Um de vós, que está comigo à mesa, há-de entregar-Me».

N Eles começaram a entristecer-se e a dizer um após outro:

R «Serei eu?».

N Jesus respondeu-lhes:

J «É um dos Doze, que mete comigo a mão no prato.

O Filho do homem vai partir,

como está escrito a seu respeito,

mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser traído!

Teria sido melhor para esse homem não ter nascido».

N Enquanto comiam, Jesus tomou o pão,

recitou a bênção e partiu-o,

deu-o aos discípulos e disse:

J «Tomai: isto é o meu Corpo».

N Depois tomou um cálice, deu graças e entregou-lho.

E todos beberam dele.

Disse Jesus:

J «Este é o meu Sangue, o Sangue da nova aliança,

derramado pela multidão dos homens.

Em verdade vos digo:

Não voltarei a beber do fruto da videira,

até ao dia em que beberei do vinho novo

no reino de Deus».

N Cantaram os salmos e saíram para o monte das Oliveiras.

N Disse-lhes Jesus:

J «Todos vós Me abandonareis, como está escrito:

‘Ferirei o pastor e dispersar-se-ão as ovelhas’.

Mas depois de ressuscitar,

irei à vossa frente para a Galileia».

N Disse-Lhe Pedro:

R «Embora todos Te abandonem, eu não».

N Jesus respondeu-lhe:

J «Em verdade te digo:

Hoje, esta mesma noite, antes de o galo cantar

duas vezes, três vezes Me negarás».

N Mas Pedro continuava a insistir:

R «Ainda que tenha de morrer contigo, não Te negarei».

N E todos afirmaram o mesmo.

Entretanto, chegaram a uma propriedade

chamada Getsémani

e Jesus disse aos seus discípulos:

J «Ficai aqui, enquanto Eu vou orar».

N Tomou consigo Pedro, Tiago e João

e começou a sentir pavor e angústia.

Disse-lhes então:

J «A minha alma está numa tristeza de morte.

Ficai aqui e vigiai».

N Adiantando-Se um pouco, caiu por terra

e orou para que, se fosse possível,

se afastasse d’Ele aquela hora.

Jesus dizia:

J «Abá, Pai, tudo Te é possível:

afasta de Mim este cálice.

Contudo, não se faça o que Eu quero,

mas o que Tu queres».

N Depois, foi ter com os discípulos,

encontrou-os a dormir e disse a Pedro:

J «Simão, estás a dormir?

Não pudeste vigiar uma hora?

Vigiai e orai, para não entrardes em tentação.

O espírito está pronto, mas a carne é fraca».

N Afastou-Se de novo e orou,

dizendo as mesmas palavras.

Voltou novamente e encontrou-os dormindo,

porque tinham os olhos pesados

e não sabiam que responder.

Jesus voltou pela terceira vez e disse-lhes:

J «Dormi agora e descansai…

Chegou a hora: o Filho do homem

vai ser entregue às mãos dos pecadores.

Levantai-vos. Vamos.

Já se aproxima aquele que Me vai entregar».

N Ainda Jesus estava a falar,

quando apareceu Judas, um dos Doze,

e com ele uma grande multidão, com espadas e varapaus,

enviada pelos príncipes dos sacerdotes,

pelos escribas e os anciãos.

O traidor tinha-lhes dado este sinal:

«Aquele que eu beijar, é esse mesmo.

Prendei-O e levai-O bem seguro».

Logo que chegou, aproximou-se de Jesus

e beijou-O, dizendo:

R «Mestre».

N Então deitaram-Lhe as mãos e prenderam-n’O.

Um dos presentes puxou da espada

e feriu o servo do sumo sacerdote,

cortando-lhe a orelha.

Jesus tomou a palavra e disse-lhes:

J «Vós saístes com espadas e varapaus para Me prender,

como se fosse um salteador.

Todos os dias Eu estava no meio de vós,

a ensinar no templo,

e não Me prendestes!

Mas é para se cumprirem as Escrituras».

N Então os discípulos deixaram-n’O e fugiram todos.

Seguiu-O um jovem, envolto apenas num lençol.

Agarraram-no, mas ele, largando o lençol,

fugiu nu.

N Levaram então Jesus à presença

do sumo sacerdote,

onde se reuniram todos os príncipes dos sacerdotes,

os anciãos e os escribas.

Pedro, que O seguira de longe,

até ao interior do palácio do sumo sacerdote,

estava sentado com os guardas, a aquecer-se ao lume.

Entretanto, os príncipes dos sacerdotes

e todo o Sinédrio

procuravam um testemunho contra Jesus

para Lhe dar a morte,

mas não o encontravam.

Muitos testemunhavam falsamente contra Ele,

mas os seus depoimentos não eram concordes.

Levantaram-se então alguns,

para proferir contra Ele este falso testemunho:

R «Ouvimo-l’O dizer:

‘Destruirei este templo feito pelos homens

e em três dias construirei outro

que não será feito pelos homens’».

N Mas nem assim o depoimento deles era concorde.

Então o sumo sacerdote levantou-se no meio de todos

e perguntou a Jesus:

R «Não respondes nada ao que eles depõem contra Ti?».

N Mas Jesus continuava calado e nada respondeu.

O sumo sacerdote voltou a interrogá-l’O:

R «És Tu o Messias, Filho do Deus Bendito?».

N Jesus respondeu:

J «Eu Sou. E vós vereis o Filho do homem

sentado à direita do Todo-poderoso

vir sobre as nuvens do céu».

N O sumo sacerdote rasgou as vestes e disse:

R «Que necessidade temos ainda de testemunhas?

Ouvistes a blasfémia. Que vos parece?».

N Todos sentenciaram que Jesus era réu de morte.

Depois, alguns começaram a cuspir-Lhe,

a tapar-Lhe o rosto com um véu

e a dar-Lhe punhadas, dizendo:

R «Adivinha».

N E os guardas davam-Lhe bofetadas.

Pedro estava em baixo, no pátio,

quando chegou uma das criadas do sumo sacerdote.

Ao vê-lo a aquecer-se, olhou-o de frente e disse-lhe:

R «Tu também estavas com Jesus, o Nazareno».

N Mas ele negou:

R «Não sei nem entendo o que dizes».

N Depois saiu para o vestíbulo e o galo cantou.

A criada, vendo-o de novo,

começou a dizer aos presentes:

R «Este é um deles».

N Mas ele negou segunda vez.

Pouco depois, os presentes diziam também a Pedro:

R «Na verdade, tu és deles, pois também és galileu».

N Mas ele começou a dizer imprecações e a jurar:

R «Não conheço esse homem de quem falais».

N E logo o galo cantou pela segunda vez.

Então Pedro lembrou-se do que Jesus lhe tinha dito:

«Antes de o galo cantar duas vezes,

três vezes Me negarás».

E desatou a chorar.

N Logo de manhã,

os príncipes dos sacerdotes reuniram-se em conselho

com os anciãos e os escribas e todo o Sinédrio.

Depois de terem manietado Jesus,

foram entregá-l’O a Pilatos.

Pilatos perguntou-Lhe:

R «Tu és o Rei dos judeus?».

N Jesus respondeu:

J «É como dizes».

N E os príncipes dos sacerdotes

faziam muitas acusações contra Ele.

Pilatos interrogou-O de novo:

R «Não respondes nada? Vê de quantas coisas

Te acusam».

N Mas Jesus nada respondeu,

de modo que Pilatos estava admirado.

Pela festa da Páscoa,

Pilatos costumava soltar-lhes um preso à sua escolha.

Havia um, chamado Barrabás,

preso com os insurrectos

que numa revolta tinham cometido um assassínio.

A multidão, subindo,

começou a pedir o que era costume conceder-lhes.

Pilatos respondeu:

R «Quereis que vos solte o Rei dos judeus?».

N Ele sabia que os príncipes dos sacerdotes

O tinham entregado por inveja.

Entretanto, os príncipes dos sacerdotes

incitaram a multidão

a pedir que lhes soltasse antes Barrabás.

Pilatos, tomando de novo a palavra, perguntou-lhes:

R «Então que hei-de fazer d’Aquele

que chamais o Rei dos judeus?».

N Eles gritaram de novo:

R «Crucifica-O!».

N Pilatos insistiu:

R «Que mal fez Ele?».

N Mas eles gritaram ainda mais:

R «Crucifica-O!».

N Então Pilatos, querendo contentar a multidão,

soltou-lhes Barrabás

e, depois de ter mandado açoitar Jesus,

entregou-O para ser crucificado.

Os soldados levaram-n’O para dentro do palácio,

que era o pretório, e convocaram toda a coorte.

Revestiram-n’O com um manto de púrpura

e puseram-Lhe na cabeça uma coroa de espinhos

que haviam tecido. Depois começaram a saudá-l’O:

R «Salve, Rei dos judeus!».

N Batiam-Lhe na cabeça com uma cana, cuspiam-Lhe

e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante d’Ele.

Depois de O terem escarnecido,

tiraram-Lhe o manto de púrpura

e vestiram-Lhe as suas roupas.

Em seguida levaram-n’O dali para O crucificarem.

N Requisitaram, para Lhe levar a cruz,

um homem que passava, vindo do campo,

Simão de Cirene, pai de Alexandre e Rufo.

E levaram Jesus ao lugar do Gólgota,

quer dizer, lugar do Calvário.

Queriam dar-Lhe vinho misturado com mirra,

mas Ele não o quis beber. Depois crucificaram-n’O.

E repartiram entre si as suas vestes,

tirando-as à sorte, para verem o que levaria cada um.

Eram nove horas da manhã quando O crucificaram.

O letreiro que indicava a causa da condenação

tinha escrito: «Rei dos Judeus».

Crucificaram com Ele dois salteadores,

um à direita e outro à esquerda.

Os que passavam insultavam-n’O

e abanavam a cabeça, dizendo:

R «Tu que destruías o templo e o reedificavas em três dias,

salva-Te a Ti mesmo e desce da cruz».

N Os príncipes dos sacerdotes e os escribas

troçavam uns com os outros, dizendo:

R «Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo!

Esse Messias, o Rei de Israel, desça agora da cruz,

para nós vermos e acreditarmos».

N Até os que estavam crucificados com Ele O injuriavam.

Quando chegou o meio-dia,

as trevas envolveram toda a terra até às três horas da tarde.

E às três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte:

J «Eloí, Eloí, lemá sabactáni?».

N Que quer dizer:

«Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?».

Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram:

R «Está a chamar por Elias».

N Alguém correu a embeber uma esponja em vinagre

e, pondo-a na ponta duma cana, deu-Lhe a beber e disse:

R «Deixa ver se Elias vem tirá-l’O dali».

N Então Jesus, soltando um grande brado, expirou.

O véu do templo rasgou-se em duas partes de alto a baixo.

O centurião que estava em frente de Jesus,

ao vê-l’O expirar daquela maneira, exclamou:

R «Na verdade, este homem era Filho de Deus».

N Estavam também ali umas mulheres a observar de longe,

entre elas Maria Madalena,

Maria, mãe de Tiago e de José, e Salomé,

que acompanhavam e serviam Jesus,

quando estava na Galileia,

e muitas outras que tinham subido com Ele a Jerusalém.

Ao cair da tarde

– visto ser a Preparação, isto é, a véspera do sábado –

José de Arimateia, ilustre membro do Sinédrio,

que também esperava o reino de Deus,

foi corajosamente à presença de Pilatos

e pediu-lhe o corpo de Jesus.

Pilatos ficou admirado de Ele já estar morto

e, mandando chamar o centurião,

perguntou-lhe se Jesus já tinha morrido.

Informado pelo centurião,

ordenou que o corpo fosse entregue a José.

José comprou um lençol,

desceu o corpo de Jesus e envolveu-O no lençol;

depois depositou-O num sepulcro escavado na rocha

e rolou uma pedra para a entrada do sepulcro.

Entretanto, Maria Madalena e Maria, mãe de José,

observavam onde Jesus tinha sido depositado.

N Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

O Evangelho de Marcos narra intensamente os eventos que culminaram na Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. A trama começa com os líderes religiosos  procurando a prisão de Jesus, preocupados com tumultos durante a festa da Páscoa. O contraste entre a mulher que unge Jesus com perfume caro, simbolizando um gesto amoroso, e a traição de Judas destaca a complexidade das reações humanas diante da presença divina.

A última ceia é marcada pela instituição da Eucaristia, onde Jesus compartilha o pão e o vinho como seu corpo e sangue, antecipando sua morte sacrificial. A negação de Pedro, apesar de sua fidelidade inicial, ressalta a fragilidade humana.

No Getsêmani, Jesus enfrenta angústia e solidão, orando para que o cálice seja afastado, mas submetendo-se à vontade divina. A cena da prisão, com Judas entregando Jesus, ilustra a traição e a violência que se seguirão.

O julgamento de Jesus perante Pilatos, as acusações dos líderes religiosos e a escolha da multidão por Barrabás revelam a manipulação política e a rejeição do Messias. A crucificação, com detalhes dolorosos, destaca o sacrifício redentor de Jesus.

A escuridão, o clamor de Jesus e a confissão do centurião enfatizam a natureza divina de Jesus. O rasgar do véu do templo simboliza a abertura do caminho para a comunhão com Deus.

Neste Domingo da Paixão, somos convidados a contemplar profundamente o amor sacrificial de Jesus, a enfrentar nossas próprias fraquezas e a reconhecer sua divindade. Que possamos, como comunidade de fé, encontrar significado na Paixão de Cristo e buscar a redenção em sua ressurreição. Amém.

ORAÇÃO 

Senhor, nesta reflexão sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, abrimos nossos corações diante do sacrifício redentor que Ele realizou por nós. Reconhecemos nossas fraquezas e pecados, assim como a traição e rejeição que Jesus enfrentou. Pedimos, humildemente, a graça de compreender profundamente o significado desse sacrifício e a coragem de seguir Seus ensinamentos.

03 23 Jo 11, 45  56 Sábado Jesus morreu para à unidade os filhos de Deus

03 23 Jo 11, 45  56 Sábado Jesus morreu para à unidade os filhos de Deus
PALAVRA DE DEUS: A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JESUS - JOÃO 10,31-42 -  REFLEXÃO DIÁRIA

EVANGELHO Jo 11, 45-56

«Para congregar na unidade os filhos de Deus

que andavam dispersos»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, muitos judeus que tinham vindo visitar Maria, para lhe apresentarem condolências pela morte de Lázaro, ao verem o que Jesus fizera, ressuscitando-o dos mortos, acreditaram n’Ele. Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. Então os príncipes dos sacerdotes e os fariseus reuniram conselho e disseram: «Que havemos de fazer, uma vez que este homem realiza tantos milagres? Se O deixamos continuar assim, todos acreditarão n’Ele; e virão os romanos destruir-nos o nosso Lugar santo e toda a nação». Então Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada. Não compreendeis que é melhor para nós morrer um só homem pelo povo do que perecer a nação inteira?» Não disse isto por si próprio; mas, porque era sumo sacerdote nesse ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação; e não só pela nação, mas também para congregar na unidade todos os filhos de Deus que andavam dispersos. A partir desse dia, decidiram matar Jesus. Por isso Jesus já não andava abertamente entre os judeus, mas retirou-Se para uma região próxima do deserto, para uma cidade chamada Efraim, e aí permaneceu com os discípulos. Entretanto, estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos subiram da província a Jerusalém, para se purificarem, antes da Páscoa. Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no templo: «Que vos parece? Ele não virá à festa?»

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

Jesus, alvo do ódio mortal dos chefes judeus, tinha acabado de fazer o milagre da ressurreição de Lázaro. A situação religiosa que Jesus está a criar no povo, cria insegurança política. “Os sumos sacerdotes e os fariseus convocaram o conselho e disseram: Que estamos fazendo? Este homem faz muitos milagres. Se o deixamos continuar, todos acreditarão nele e virão os romanos e destruir-nos-ão o lugar santo e a nação. O sumo sacerdote judaico, sem compreender o que dizia, anuncia uma grande verdade, que o evangelista depois interpretou: “que Jesus havia de morrer para trazer à unidade os filhos de Deus que andavam dispersos”. 

E a leitura termina numa pergunta posta na boca do povo, “Ele não virá à festa?” Sim, virá, e será Ele, o Senhor, o próprio objecto da festa. 

A morte de Jesus está decidida oficialmente pela autoridade religiosa dos judeus. Mas a sua morte redentora vai ser muito fecunda, como profetizou Caifás. Jesus morrerá não só pela nação judaica, mas também para reunir todos os filhos de Deus, dispersos pelo pecado. 

Os seus adversários não compreendiam que Jesus viera ao mundo não para tornar-se Rei, mas, sim, vítima entregue em holocausto para a salvação da humanidade.

          O plano de Deus realizava-se com toda maestria! 

A nova família eclesial de Deus não se baseará na pertença racial, como no Antigo Testamento, mas na fé em Cristo. Um só rebanho sob um só pastor, Jesus. A comunhão com Cristo, reflexo da que ele mantém com o Pai, é o núcleo de toda a comunidade cristã. Quanto mais unidos estiverem os crentes com Cristo, mais irmãos serão uns dos outros. 

ORAÇÃO 

Bendito sejais, Senhor, porque no sangue de Cristo fizeste uma perene aliança de amor connosco. Pedimos-te que quantos participamos da Eucaristia sejamos congregados num só povo para vós.Fazei de nós a vossa morada entre os homens para que todos conheçam que vós sois o nosso Deus …

2024-03-23

SÁBADO da semana V

Sintese das leituras

As leituras de hoje abordam a restauração e união de Israel, conforme profetizado por Ezequiel.

O Salmo fala da alegria do retorno do povo de Deus.

No Evangelho, Jesus desperta polêmica após ressuscitar Lázaro, levando líderes religiosos a planejar sua crucificação.
L 1 Ez 37, 21-28; Sl Jr 31, 10. 11-12ab. 13
Ev Jo 11, 45-56
Versículos chave

Introdução ao Espírito da Celebração:

A celebração é mais do que um simples evento; é um encontro com o divino, uma manifestação de alegria e gratidão. Ela nos une em comunhão e nos inspira a refletir sobre a grandiosidade do sagrado em nossas vidas.

Restauração e união de Israel:

  • Leitura 1: Ezequiel 37, 21-28: “E lhes darei um só coração, e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem, e o bem de seus filhos depois deles.”
  • Ezequiel prediz que Deus concederá ao povo de Israel um espírito de unidade e reverência, guiando-os por um caminho comum para uma vida de temor a Deus, resultando em bênçãos para eles e suas descendências.
  1. Alegria do retorno do povo de Deus:
    • Salmo: Jeremias 31, 10: “Ouvi, ó nações, a palavra do Senhor, e anunciai nas ilhas longínquas: ‘Aquele que dispersou Israel o reunirá e o guardará como um pastor a seu rebanho.'”

    • O Salmo de Jeremias 31:10 proclama a alegria do retorno do povo de Deus, anunciando que Ele reunirá e protegerá Israel, guiando-os como um pastor conduz seu rebanho, trazendo esperança e felicidade para todas as nações.
  2. Polêmica após a ressurreição de Lázaro:
    • Evangelho: João 11, 49-50: “Então um deles, chamado Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse: ‘Vós não entendeis nada. Não percebeis que é do vosso interesse que morra um só homem pelo povo, e não pereça a nação toda?'”
    • Após a ressurreição de Lázaro, Caifás, sumo sacerdote naquele ano, propõe sacrificar Jesus para evitar tumultos. Ele sugere que é melhor que um homem morra pelo povo do que toda nação pereça, desencadeando a trama para a crucificação de Jesus e intensificando a oposição das autoridades religiosas contra ele.

Conclusão – Restauração e União de Israel:

Ezequiel profetizou a restauração e unidade de Israel, prometendo-lhes um só coração e um caminho para reverenciar a Deus. Esta promessa transcende gerações, trazendo bênçãos não só para o presente, mas também para o futuro do povo escolhido. A visão de Jeremias sobre o retorno de Israel ecoa essa esperança, revelando que Deus reunirá e protegerá Seu povo como um pastor cuida de seu rebanho. Esta alegria e segurança são fundamentais para a identidade e fé do povo de Deus. No entanto, essa restauração não é apenas física, mas espiritual, guiando-os em direção a uma vida de temor e reverência ao Senhor. Por outro lado, a polêmica após a ressurreição de Lázaro mostra a oposição das autoridades religiosas, revelando a tensão entre o desejo de manter a ordem e a verdadeira mensagem de Jesus. Nesse contexto, a crucificação de Jesus é apresentada como um sacrifício necessário para preservar a nação, mas também como o clímax de um conflito entre o poder terreno e o plano divino de redenção. Assim, as leituras destacam não apenas a restauração física e política de Israel, mas também sua restauração espiritual e sua relação com o plano salvífico de Deus para toda a humanidade.

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IA crucificação de Jesus é um evento central no Cristianismo, considerada tanto um sacrifício redentor quanto um ponto de conflito entre os interesses terrenos e o plano divino de salvação. No contexto histórico, a liderança religiosa judaica temia a crescente popularidade de Jesus e o impacto que poderia ter sobre o status quo político e religioso da época. Caifás, o sumo sacerdote naquele ano, expressou esse temor ao sugerir que era melhor sacrificar um homem para evitar a instabilidade política e a possível repressão romana sobre o povo judeu.

A crucificação de Jesus é frequentemente interpretada como o sacrifício necessário para cumprir o plano divino de redenção. Segundo a teologia cristã, Jesus voluntariamente aceitou a crucificação como parte de seu propósito de redimir a humanidade do pecado e reconciliá-la com Deus. Sua morte na cruz é vista como um ato supremo de amor e sacrifício, onde ele tomou sobre si os pecados do mundo para oferecer a salvação a todos os que creem nele.

Além disso, a crucificação de Jesus representa um clímax dramático no conflito entre os poderes terrenos e o plano divino de salvação. Enquanto as autoridades religiosas e políticas procuravam silenciar Jesus, Deus estava trabalhando nos bastidores para cumprir sua promessa de redenção. A morte de Jesus na cruz não apenas selou sua missão terrena, mas também inaugurou um novo capítulo na história da humanidade, onde a salvação não é mais limitada a um povo específico, mas oferecida a todas as nações.

Assim, as leituras destacam não apenas a restauração física e política de Israel, como profetizado por Ezequiel e Jeremias, mas também sua restauração espiritual e sua relação com o plano salvífico de Deus para toda a humanidade. A crucificação de Jesus é o ponto culminante dessa história de redenção, onde o sacrifício do Filho de Deus abre as portas da salvação para todos os que buscam a verdade e a vida em Cristo.

Missa

Antífona de entrada Cf. Sl 21, 20.7
Senhor, não Vos afasteis de mim, socorrei-me e salvai-me,
porque sou um verme e não um homem,
o opróbrio dos homens e o desprezo da plebe.

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
que fizestes de todos os que renasceram em Cristo
uma geração eleita e um sacerdócio real,
dai-nos a vontade e a força de fazer o que mandais,
para que o povo chamado ao vosso reino
viva animado pela mesma fé
e manifeste nas obras o mesmo espírito de caridade.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I Ez 37, 21-28
«Farei deles um só povo»

O profeta anuncia o projecto de Deus em relação ao seu povo disperso e perdido no meio dos pagãos, por causa dos seus egoísmos e pecados. O anúncio referia-se diretamente à reunião das tribos do Antigo Testamento, unidade que chegou a ser realizada no reinado de David; mas este rei é figura, que antecipa o reinado de Jesus, o Filho de Deus, como vai ser solenemente anunciado até por um descrente no Evangelho.

Leitura da Profecia de Ezequiel
Assim fala o Senhor Deus: «Vou tirar os filhos de Israel do meio das nações para onde foram, vou reuni-los de toda a parte, para os reconduzir à sua terra. Farei deles um só povo, na sua terra, nas montanhas de Israel, e um só rei reinará sobre todos eles. Nunca mais tornarão a ser duas nações, nem ficarão divididos em dois reinos. Não voltarão a manchar-se com os seus ídolos, com todas as suas abominações e pecados. Hei-de livrá-los de todas as infidelidades que cometeram e hei de purificá-los, para que sejam o meu povo e Eu seja o seu Deus. O meu servo David será o seu rei, o único pastor de todos eles. Caminharão segundo os meus mandamentos e obedecerão às minhas leis, pondo-as em prática. Habitarão na terra que dei ao meu servo Jacob, a terra em que moraram os vossos pais. Aí habitarão eles e os seus filhos e os filhos dos seus filhos para sempre; e o meu servo David será o seu soberano para sempre. Farei com eles uma aliança de paz, uma aliança eterna entre Mim e eles. Hei-de estabelecê-los, hei de multiplicá-los e colocarei no meio deles o meu santuário para sempre. A minha morada será no meio deles: serei o seu Deus e eles serão o meu povo. As nações saberão que Eu sou o Senhor, que santifico Israel, quando o meu santuário estiver no meio deles para sempre».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Jer 31, 10.11-12ab.13 (R. cf. 10d)
Refrão: Como o pastor guarda o seu rebanho,
assim nos guarda o Senhor. Repete-se

Escutai, ó povos, a palavra do Senhor
e anunciai-as às ilhas distantes:
Aquele que dispersou Israel vai reuni-lo
e guardá-lo como um pastor ao seu rebanho. Refrão

O Senhor resgatou Jacob
e libertou-o das mãos do seu dominador.
Regressarão com brados de alegria ao monte Sião,
acorrendo às bênçãos do Senhor. Refrão

A virgem dançará alegremente,
exultarão os jovens e os velhos.
Converterei o seu luto em alegria
e a sua dor será mudada em consolação e júbilo. Refrão

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Ez 18, 31
Refrão: A salvação, a glória e o poder a Jesus Cristo,
Nosso Senhor. Repete-se

Deixai todos os vossos pecados, diz o Senhor;
criai um coração novo e um espírito novo. Refrão

EVANGELHO Jo 11, 45-56
«Para congregar na unidade os filhos de Deus
que andavam dispersos»

O que o profeta Ezequiel anteviu em relação ao povo da Antiga Aliança, será finalmente realizado em Jesus Cristo. E quem o anuncia profeticamente é o sumo sacerdote judaico, que, sem compreender o que dizia, – falava apenas como politico -, anunciava uma grande verdade, que o evangelista depois interpretou: “que Jesus havia de morrer para trazer à unidade os filhos de Deus que andavam dispersos”. E a leitura termina numa pergunta posta na boca do povo, em que fervilhava Jerusalém nas vésperas da Páscoa: “Ele não virá à festa?” Sim, virá, e será Ele, o Senhor, o próprio objeto da festa.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, muitos judeus que tinham vindo visitar Maria, para lhe apresentarem condolências pela morte de Lázaro, ao verem o que Jesus fizera, ressuscitando-o dos mortos, acreditaram n’Ele. Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. Então os príncipes dos sacerdotes e os fariseus reuniram conselho e disseram: «Que havemos de fazer, uma vez que este homem realiza tantos milagres? Se O deixamos continuar assim, todos acreditarão n’Ele; e virão os romanos destruir-nos o nosso Lugar santo e toda a nação». Então Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada. Não compreendeis que é melhor para nós morrer um só homem pelo povo do que perecer a nação inteira?» Não disse isto por si próprio; mas, porque era sumo sacerdote nesse ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação; e não só pela nação, mas também para congregar na unidade todos os filhos de Deus que andavam dispersos. A partir desse dia, decidiram matar Jesus. Por isso Jesus já não andava abertamente entre os judeus, mas retirou-Se para uma região próxima do deserto, para uma cidade chamada Efraim, e aí permaneceu com os discípulos. Entretanto, estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos subiram da província a Jerusalém, para se purificarem, antes da Páscoa. Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no templo: «Que vos parece? Ele não virá à festa?»
Palavra da salvação.

03 21 Jo 8, 51-59  Quinta    Antes de Abraaão aparecer Eu sou

03 21 Jo 8, 51-59  Quinta    Antes de Abraaão aparecer Eu sou

É PRECISO CAMINHAR: março 2020

«Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Em verdade, em verdade vos digo: Se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte». Responderam-Lhe os judeus: «Agora sabemos que tens o demónio. Abraão morreu, os profetas também, mas Tu dizes: ‘Se alguém guardar a minha palavra, nunca sofrerá a morte’. Serás Tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? E os profetas também morreram. Quem pretendes ser?» Disse-lhes Jesus: «Se Eu Me glorificar a Mim próprio, a minha glória não vale nada. Quem Me glorifica é meu Pai, Aquele de quem dizeis: ‘É o nosso Deus’. Vós não O conheceis, mas Eu conheço-O; e se dissesse que não O conhecia, seria mentiroso como vós. Mas Eu conheço-O e guardo a sua palavra. Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; ele viu-o e exultou de alegria». Disseram-Lhe então os judeus: «Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?!» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Antes de Abraão existir, ‘Eu sou’». Então agarraram em pedras para apedrejarem Jesus, mas Ele ocultou-Se e saiu do templo.

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 


Jesus, como a nova aliança de Deus com a humanidade, promete vida eterna aos que guardam sua palavra. Ele é o cumprimento das promessas a Abraão e o próprio Deus encarnado. Ao rejeitá-lo, seus ouvintes rejeitam a vida eterna. Acreditar Nele transforma nossa história em história de salvação.

Jesus, em quem Deus realiza a nova e definitiva aliança com a humanidade, afirma: «Em verdade, em verdade vos digo: Se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte».

Os ouvintes reagiram negativamente à afirmação de Jesus pois não acreditavam em Jesus como Messias salvador. Jesus, acaba o seu discurso apresentando-se como o centro da história da Salvação, a plena realização das promessas feitas a Abraão. Ele pode dizer com verdade: «Garanto-vos: antes que Abrãao existisse, Eu sou» (v. 58) Ele é Deus, existe desde o princípio (cf. Jo 1,1), «é o mesmo, ontem e hoje e será sempre o mesmo.» (HB 13,8). Então apanharam pedras para lhas atirar, mas Jesus escondeu-se e saiu do templo”. 

Termina assim o capítulo 8 do Evangelho de S. João sobre os discursos de autodefesa e as invectivas de Jesus contra os seus inimigos. 

Cristo é a vida nova de Deus, a bênção e a salvação para todo o homem e todos s povos. Em Cristo a vida venceu definitivamente a morte, e a sua glória capacita para a vida e a esperança sem fim todo aquele que crê nele.

Entrando com humildade no mundo transforma-o em «casa de Deus», fazendo parte da nossa história contingente torna-a história da salvação divina, tomando sobre Si a natureza humana eleva-a à esfera divina. Ele é o maior dom que o Senhor deu à Humanidade.

Acreditar na sua palavra leva-nos a aceitar o projeto que Ele escolheu para cada um de nós. É estabelecer com Ele continuamente uma relação de amor, um fluxo e refluxo de gratuidade e gratidão.

Um caminho seguro para encontrar Jesus é amar os irmãos, especialmente os mais pobres, em quem ele se encarna. Nesta Quaresma é urgente aprofundar o contacto pessoal com Cristo através do amor a ele e aos outros.

ORAÇÃO 

Deus de Abraão, Deus dos que crêem e esperam, bendizemos-vos pelo vosso Filho ressuscitado, porque nos deu a vitória definitiva sobre a morte.

Ajuda-nos a dar o passo para uma fé consciente e madura, conduz-nos a conhecer a fundo Jesus Cristo, nosso salvador. Renova as nossas vidas e fecunda os nossos corações com a graça do vosso Espírito que dá vida para sempre.

PARTILHA

Jo 8, 51-59 

Dia 21 Eelmoh 

03 22 Jo 10 31-42 Sexta Jesus declara-se filho de Deus

Reflexão do Pastor (12/04) – Padre João Alves – Paróquia Coração de Jesus

EVANGELHO Jo 10, 31-42

«Procuravam prendê-l’O, mas Ele escapou-Se das suas mãos»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, os judeus agarraram em pedras para apedrejarem Jesus, Então Jesus disse-lhes: «Apresentei-vos muitas boas obras, da parte de meu Pai. Por qual dessas obras Me quereis apedrejar?» Responderam os judeus: «Não é por qualquer boa obra que Te queremos apedrejar: é por blasfémia, porque Tu, sendo homem, Te fazes Deus». Disse-lhes Jesus: «Não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’? Se a Lei chama ‘deuses’ a quem a palavra de Deus se dirigia – e a Escritura não pode abolir-se –, de Mim, que o Pai consagrou e enviou ao mundo, vós dizeis: ‘Estás a blasfemar’, por Eu ter dito: ‘Sou Filho de Deus’!» Se não faço as obras de meu Pai, não acrediteis. Mas se as faço, embora não acrediteis em Mim, acreditai nas minhas obras, para reconhecerdes e saberdes que o Pai está em Mim e Eu estou no Pai». De novo procuraram prendê-l’O, mas Ele escapou-Se das suas mãos. Jesus retirou-Se novamente para além do Jordão, para o local onde anteriormente João tinha estado a baptizar e lá permaneceu. Muitos foram ter com Ele e diziam: «É certo que João não fez nenhum milagre, mas tudo o que disse deste homem era verdade». E muitos ali acreditaram em Jesus.

Palavra da salvação

REFLEXÃO 

Cada vez se apresenta mais negra a luta entre Cristo e os seus ouvintes, fechados à sua palavra, seguros nas suas seguranças. Deus revela-Se e está perto dos homens na humildade de seu Filho, e prolonga esta revelação e esta presença na comunidade da fé, que é a Igreja. 

Mas, tudo isto, que devia ser aceite como sinal de aliança, torna-se ocasião de escárnio e desprezo. E assim se dá a morte ao que se destinava a ser semente de vida.

Jesus foi rejeitado pelo povo judeu no seu conjunto, apesar de ser a pessoa mais amável e encantadora É a pergunta que Jesus faz aos judeus: “Fiz-vos muitas obras boas por ordem de meu Pai. Por qual delas me apedrejais?” É a pergunta que deve ter feito também o autor do quarto evangelho, que já desde o princípio adianta a incompatibilidade entre luz e trevas, entre fé e incredulidade. “A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz porque as suas obras eram más. 

Jesus foi rejeitado porque se rejeita a verdade, que costuma tornar-se incómoda, como juízo implacável que é das nossas fa lhas e erros. 

Se bem que as suas obras, a sua vida e a sua conduta revelassem a sua origem divina, somente através dos olhos da fé, que é dom de Deus e não conclusão forçada de argumentos e raciocínios, se podia e se pode entender a sério a pessoa de Cristo.

Peçamos continuamente a Deus o dom da Fé para envolvermos a nossa vida na vida de Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem e assim sermos conduzidos à glória da Ressurreição

ORAÇÃO 

Amamos-te Pai, porque nos ouves sempre que invocamos no perigo e na tempestade. 

Pelas obras de Cristo vos reconhecemos a vós como Pai, e a ele como vossa imagem, nosso salvador e irmão maior.

Não permitais que o orgulho obscureça a nossa mente e feche o nosso coração à verdade que de vós procede.

03 20 Jo 8 31-42 Quarta  Se o filho vos libertar sereis realmente livres

Introdução ao Espirito da Celebração

  

O Povo de Deus no deserto

Laudatehttps://www.canticos.pt › o-povo-de-deus-l-passos

O Povo de Deus no deserto andava, Mas, à sua frente, alguém caminhava. O Povo de Deus era rico de nada, Só tinha a esperança e o pó da estrada.

Este cântico recorda-nos os nossos irmãos judeus em peregrinação no deserto buscando a salvaçãol

. Assim como o Povo de Deus, que seguia sob a guia divina, os fiéis reconhecem sua própria peregrinação rumo à graça e à renovação espiritual. 

Na simplicidade da caminhada e na ausência de riquezas materiais, encontram-se a esperança e a dependência exclusiva da graça divina. No caminho da fé, somente a presença e a graça de Deus são suficientes para sustentar e guiar os crentes.

EVANGELHO Jo 8, 31-42 Se o Filho vos libertar, sereis realmente livres»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, dizia Jesus aos judeus que tinham acreditado n’Ele: «Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará». Eles responderam-Lhe: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como é que Tu dizes: ‘Ficareis livres’?» Respondeu Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Todo aquele que comete o pecado é escravo. Ora o escravo não fica para sempre em casa ; o filho é que fica para sempre. Mas se o Filho vos libertar, sereis realmente homens livres. Bem sei que sois descendentes de Abraão; mas procurais matar-Me, porque a minha palavra não entra em vós. Eu digo o que vi junto de meu Pai e vós fazeis o que ouvistes ao vosso pai». Eles disseram: «O nosso pai é Abraão». Respondeu-lhes Jesus: «Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão. Mas procurais matar-Me, a Mim que vos disse a verdade que ouvi de Deus. Abraão não procedeu assim. Vós fazeis as obras do vosso pai». Disseram-Lhe eles: «Nós não somos filhos ilegítimos; só temos um pai, que é Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Se Deus fosse o vosso Pai, amar-Me-íeis, porque saí de Deus e d’Ele venho. Eu não vim de Mim próprio; foi Ele que Me enviou».

Palavra da salvação

 

REFLEXÃO 

Jesus ensina que a verdadeira liberdade vem da fidelidade à sua palavra. Ele confronta a ideia de liberdade dos judeus, destacando que o pecado escraviza, mas aqueles que seguem a Cristo são libertos. A pertença ao povo de Deus não é por sangue, mas pela fé em Cristo, que liberta verdadeiramente.

No evangelho de hoje sobre autodefesa de Jesus contra os seus inimigos, destacamos dois temas: a liberdade e a observância da Palavra de Jesus e a sua filiação divina vista na perspetiva de Abraão. 

Para ser livres não basta ser da linhagem de Abraão, como pensam os judeus…Jesus diz. “Se permanecerdes na minha palavra, sereis de verdade meus discípulos, conhecereis a verdade, e a verdade vos fará livres”.

O próprio Cristo é a verdade que nos torna livres da mentira, do ódio, dos pré-julgamentos e do pecado Para isto temos de guardar a sua palavra porque se não aceitamos as suas palavras ficaremos escravos do pecado e da mentira.

Abraão representa a liberdade de um coração que responde incondicionalmente ao chamamento  de Deus Os filhos autênticos de Abraão, os verdadeiramente livres, são os que imitam a sua fé e as suas atitudes diante de Deus como ele fez.

Somente o que tem critérios evangélicos e uma fé madura pode manter inviolada a sua independência pessoal, sabendo e testemunhando com a sua vida e conduta que o seu único Pai e Senhor é o Deus de Jesus Cristo. Os mártires e os santos de todos os tempos atestam a afirmação de Jesus no evangelho de hoje: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis de verdade meus discípulos, conhecereis a verdade, e a verdade vos fará livres”.

ORAÇÃO 

Bendizemos-te, Pai, por Cristo, o filho da promessa, em quem reuniste para ti um povo mais numeroso que as areias da praia e as estrelas do céu. 

Graças a Cristo, o verdadeiro filho de Abraão, e imitando o seu exemplo, somos uma estirpe de crentes. 

Neste dia de Quaresma, com a Páscoa em perspetiva, queremos seguir Cristo pelo caminho da cruz que nos levará a cantar-vos o hino de bênção e vitória com todos os libertados pela verdade que é Cristo

LEITURA I Dan 3, 14-20.91-92.95
«Enviou os seus Anjos para livrar os seus servos»

A leitura de Daniel retrata a firmeza dos jovens Sidrac, Misac e Abdénago diante da ameaça do rei Nabucodonosor de serem lançados na fornalha ardente por recusarem adorar ídolos. Confiantes em Deus, desafiam o poder do rei e são salvos por um anjo, destacando a proteção divina aos que confiam nele contra a perseguição.

Leitura da Profecia de Daniel
Naqueles dias, Nabucodonosor, rei de Babilónia, disse aos três jovens israelitas: «Será verdade, Sidrac, Misac e Abdénago, que não prestais culto aos meus deuses, nem adorais a estátua de ouro que mandei levantar? Pois bem. Quando ouvirdes tocar a trombeta, a flauta, a cítara,a harpa, o saltério, a gaita de foles e todos os outros instrumentos, estais dispostos a prostrar-vos e adorar a estátua que mandei fazer? Se não a quiserdes adorar, sereis imediatamente lançados na fornalha ardente. E qual é o deus que poderá livrar-Vos das minhas mãos?». Sidrac, Misac e Abdénago responderam ao rei Nabucodonosor: «Não é necessário responder-te a propósito disto, ó rei. O nosso Deus, a quem prestamos culto, pode livrar-nos da fornalha ardente e livrar-nos também das tuas mãos. Mas ainda que o não faça, fica sabendo, ó rei, que não prestamos culto aos teus deuses, nem adoraremos a estátua de ouro que mandaste levantar». Então Nabucodonosor encheu-se de cólera e alterou o semblante contra Sidrac, Misac e Abdénago. Mandou aquecer a fornalha sete vezes mais do que o costume e ordenou a alguns dos seus mais valentes guerreiros que ligassem Sidrac, Misac e Abdénago e os lançassem na fornalha ardente. Entretanto, o rei Nabucodonosor, sobressaltado, levantou-se precipitadamente e perguntou aos seus conselheiros: «Não é verdade que ligámos e lançámos três homens na fornalha ardente?» Eles responderam: «Certamente, ó rei». Continuou o rei: «Mas eu vejo quatro homens a passearem livremente no meio do fogo sem nada sofrerem e o quarto tem o aspecto de um filho dos deuses». Então Nabucodonosor exclamou: «Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e Abdénago, que enviou o seu Anjo para livrar os seus servos, que, confiando n’Ele, desobedeceram à ordem do rei e arriscaram a sua vida a fim de não prestarem culto ou adoração a qualquer divindade que não fosse o seu Deus».
Palavra do Senhor.


O Salmo responsorial Dan 3, 52-56 celebra a grandeza e santidade de Deus, reconhecendo sua soberania e poder sobre todas as coisas. Os versos exaltam o nome divino, louvam sua presença no templo e nos céus, e destacam sua transcendência sobre os abismos e os serafins.

SALMO RESPONSORIAL Dan 3, 52.53.54.55.56 (R. 52b)
Refrão:Digno é o Senhor
de louvor e de glória para sempre. Repete-se

Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito o vosso nome glorioso e santo:
digno de louvor e de glória para sempre. Refrão

Bendito sejais no templo santo da vossa glória:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no trono da vossa realeza:
digno de louvor e de glória para sempre. Refrão

Bendito sejais, Vós que sondais os abismos
e estais sentado sobre os Querubins:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no firmamento do céu:
digno de louvor e de glória para sempre. Refrão

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Lc 8, 15
Refrão: Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo. Repete-se
Felizes os que recebem a palavra de Deus
de coração sincero e generoso
e produzem fruto pela perseverança. Refrão

Jesus ensina que a verdadeira liberdade vem da fidelidade à sua palavra. Ele confronta a ideia de liberdade dos judeus, destacando que o pecado escraviza, mas aqueles que seguem a Cristo são libertos. A pertença ao povo de Deus não é por sangue, mas pela fé em Cristo, que liberta verdadeiramente.

PARTILHA

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  1. Como podemos entender a ideia de liberdade apresentada por Jesus neste Evangelho?
  2. Qual é a relação entre a liberdade em Cristo e a pertença ao povo de Deus?
  3. Como podemos aplicar o exemplo dos jovens de Babilónia em nossa própria jornada espiritual?