03 23 Jo 11, 45 56 Sábado Jesus morreu para à unidade os filhos de Deus
EVANGELHO Jo 11, 45-56
«Para congregar na unidade os filhos de Deus
que andavam dispersos»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, muitos judeus que tinham vindo visitar Maria, para lhe apresentarem condolências pela morte de Lázaro, ao verem o que Jesus fizera, ressuscitando-o dos mortos, acreditaram n’Ele. Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. Então os príncipes dos sacerdotes e os fariseus reuniram conselho e disseram: «Que havemos de fazer, uma vez que este homem realiza tantos milagres? Se O deixamos continuar assim, todos acreditarão n’Ele; e virão os romanos destruir-nos o nosso Lugar santo e toda a nação». Então Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada. Não compreendeis que é melhor para nós morrer um só homem pelo povo do que perecer a nação inteira?» Não disse isto por si próprio; mas, porque era sumo sacerdote nesse ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação; e não só pela nação, mas também para congregar na unidade todos os filhos de Deus que andavam dispersos. A partir desse dia, decidiram matar Jesus. Por isso Jesus já não andava abertamente entre os judeus, mas retirou-Se para uma região próxima do deserto, para uma cidade chamada Efraim, e aí permaneceu com os discípulos. Entretanto, estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos subiram da província a Jerusalém, para se purificarem, antes da Páscoa. Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no templo: «Que vos parece? Ele não virá à festa?»
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
Jesus, alvo do ódio mortal dos chefes judeus, tinha acabado de fazer o milagre da ressurreição de Lázaro. A situação religiosa que Jesus está a criar no povo, cria insegurança política. “Os sumos sacerdotes e os fariseus convocaram o conselho e disseram: Que estamos fazendo? Este homem faz muitos milagres. Se o deixamos continuar, todos acreditarão nele e virão os romanos e destruir-nos-ão o lugar santo e a nação. O sumo sacerdote judaico, sem compreender o que dizia, anuncia uma grande verdade, que o evangelista depois interpretou: “que Jesus havia de morrer para trazer à unidade os filhos de Deus que andavam dispersos”.
E a leitura termina numa pergunta posta na boca do povo, “Ele não virá à festa?” Sim, virá, e será Ele, o Senhor, o próprio objecto da festa.
A morte de Jesus está decidida oficialmente pela autoridade religiosa dos judeus. Mas a sua morte redentora vai ser muito fecunda, como profetizou Caifás. Jesus morrerá não só pela nação judaica, mas também para reunir todos os filhos de Deus, dispersos pelo pecado.
Os seus adversários não compreendiam que Jesus viera ao mundo não para tornar-se Rei, mas, sim, vítima entregue em holocausto para a salvação da humanidade.
O plano de Deus realizava-se com toda maestria!
A nova família eclesial de Deus não se baseará na pertença racial, como no Antigo Testamento, mas na fé em Cristo. Um só rebanho sob um só pastor, Jesus. A comunhão com Cristo, reflexo da que ele mantém com o Pai, é o núcleo de toda a comunidade cristã. Quanto mais unidos estiverem os crentes com Cristo, mais irmãos serão uns dos outros.
ORAÇÃO
Bendito sejais, Senhor, porque no sangue de Cristo fizeste uma perene aliança de amor connosco. Pedimos-te que quantos participamos da Eucaristia sejamos congregados num só povo para vós.Fazei de nós a vossa morada entre os homens para que todos conheçam que vós sois o nosso Deus …
2024-03-23
SÁBADO da semana V
Sintese das leituras
As leituras de hoje abordam a restauração e união de Israel, conforme profetizado por Ezequiel.
O Salmo fala da alegria do retorno do povo de Deus.
No Evangelho, Jesus desperta polêmica após ressuscitar Lázaro, levando líderes religiosos a planejar sua crucificação.
L 1 Ez 37, 21-28; Sl Jr 31, 10. 11-12ab. 13
Ev Jo 11, 45-56
Versículos chave
Introdução ao Espírito da Celebração:
A celebração é mais do que um simples evento; é um encontro com o divino, uma manifestação de alegria e gratidão. Ela nos une em comunhão e nos inspira a refletir sobre a grandiosidade do sagrado em nossas vidas.
Restauração e união de Israel:
- Leitura 1: Ezequiel 37, 21-28: “E lhes darei um só coração, e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem, e o bem de seus filhos depois deles.”
- Ezequiel prediz que Deus concederá ao povo de Israel um espírito de unidade e reverência, guiando-os por um caminho comum para uma vida de temor a Deus, resultando em bênçãos para eles e suas descendências.
- Alegria do retorno do povo de Deus:
- Salmo: Jeremias 31, 10: “Ouvi, ó nações, a palavra do Senhor, e anunciai nas ilhas longínquas: ‘Aquele que dispersou Israel o reunirá e o guardará como um pastor a seu rebanho.'”
O Salmo de Jeremias 31:10 proclama a alegria do retorno do povo de Deus, anunciando que Ele reunirá e protegerá Israel, guiando-os como um pastor conduz seu rebanho, trazendo esperança e felicidade para todas as nações.
- Polêmica após a ressurreição de Lázaro:
- Evangelho: João 11, 49-50: “Então um deles, chamado Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse: ‘Vós não entendeis nada. Não percebeis que é do vosso interesse que morra um só homem pelo povo, e não pereça a nação toda?'”
- Após a ressurreição de Lázaro, Caifás, sumo sacerdote naquele ano, propõe sacrificar Jesus para evitar tumultos. Ele sugere que é melhor que um homem morra pelo povo do que toda nação pereça, desencadeando a trama para a crucificação de Jesus e intensificando a oposição das autoridades religiosas contra ele.
Conclusão – Restauração e União de Israel:
Ezequiel profetizou a restauração e unidade de Israel, prometendo-lhes um só coração e um caminho para reverenciar a Deus. Esta promessa transcende gerações, trazendo bênçãos não só para o presente, mas também para o futuro do povo escolhido. A visão de Jeremias sobre o retorno de Israel ecoa essa esperança, revelando que Deus reunirá e protegerá Seu povo como um pastor cuida de seu rebanho. Esta alegria e segurança são fundamentais para a identidade e fé do povo de Deus. No entanto, essa restauração não é apenas física, mas espiritual, guiando-os em direção a uma vida de temor e reverência ao Senhor. Por outro lado, a polêmica após a ressurreição de Lázaro mostra a oposição das autoridades religiosas, revelando a tensão entre o desejo de manter a ordem e a verdadeira mensagem de Jesus. Nesse contexto, a crucificação de Jesus é apresentada como um sacrifício necessário para preservar a nação, mas também como o clímax de um conflito entre o poder terreno e o plano divino de redenção. Assim, as leituras destacam não apenas a restauração física e política de Israel, mas também sua restauração espiritual e sua relação com o plano salvífico de Deus para toda a humanidade.
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IA crucificação de Jesus é um evento central no Cristianismo, considerada tanto um sacrifício redentor quanto um ponto de conflito entre os interesses terrenos e o plano divino de salvação. No contexto histórico, a liderança religiosa judaica temia a crescente popularidade de Jesus e o impacto que poderia ter sobre o status quo político e religioso da época. Caifás, o sumo sacerdote naquele ano, expressou esse temor ao sugerir que era melhor sacrificar um homem para evitar a instabilidade política e a possível repressão romana sobre o povo judeu.
A crucificação de Jesus é frequentemente interpretada como o sacrifício necessário para cumprir o plano divino de redenção. Segundo a teologia cristã, Jesus voluntariamente aceitou a crucificação como parte de seu propósito de redimir a humanidade do pecado e reconciliá-la com Deus. Sua morte na cruz é vista como um ato supremo de amor e sacrifício, onde ele tomou sobre si os pecados do mundo para oferecer a salvação a todos os que creem nele.
Além disso, a crucificação de Jesus representa um clímax dramático no conflito entre os poderes terrenos e o plano divino de salvação. Enquanto as autoridades religiosas e políticas procuravam silenciar Jesus, Deus estava trabalhando nos bastidores para cumprir sua promessa de redenção. A morte de Jesus na cruz não apenas selou sua missão terrena, mas também inaugurou um novo capítulo na história da humanidade, onde a salvação não é mais limitada a um povo específico, mas oferecida a todas as nações.
Assim, as leituras destacam não apenas a restauração física e política de Israel, como profetizado por Ezequiel e Jeremias, mas também sua restauração espiritual e sua relação com o plano salvífico de Deus para toda a humanidade. A crucificação de Jesus é o ponto culminante dessa história de redenção, onde o sacrifício do Filho de Deus abre as portas da salvação para todos os que buscam a verdade e a vida em Cristo.
Missa
Antífona de entrada Cf. Sl 21, 20.7
Senhor, não Vos afasteis de mim, socorrei-me e salvai-me,
porque sou um verme e não um homem,
o opróbrio dos homens e o desprezo da plebe.
Oração coleta
Senhor nosso Deus,
que fizestes de todos os que renasceram em Cristo
uma geração eleita e um sacerdócio real,
dai-nos a vontade e a força de fazer o que mandais,
para que o povo chamado ao vosso reino
viva animado pela mesma fé
e manifeste nas obras o mesmo espírito de caridade.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Ez 37, 21-28
«Farei deles um só povo»
O profeta anuncia o projecto de Deus em relação ao seu povo disperso e perdido no meio dos pagãos, por causa dos seus egoísmos e pecados. O anúncio referia-se diretamente à reunião das tribos do Antigo Testamento, unidade que chegou a ser realizada no reinado de David; mas este rei é figura, que antecipa o reinado de Jesus, o Filho de Deus, como vai ser solenemente anunciado até por um descrente no Evangelho.
Leitura da Profecia de Ezequiel
Assim fala o Senhor Deus: «Vou tirar os filhos de Israel do meio das nações para onde foram, vou reuni-los de toda a parte, para os reconduzir à sua terra. Farei deles um só povo, na sua terra, nas montanhas de Israel, e um só rei reinará sobre todos eles. Nunca mais tornarão a ser duas nações, nem ficarão divididos em dois reinos. Não voltarão a manchar-se com os seus ídolos, com todas as suas abominações e pecados. Hei-de livrá-los de todas as infidelidades que cometeram e hei de purificá-los, para que sejam o meu povo e Eu seja o seu Deus. O meu servo David será o seu rei, o único pastor de todos eles. Caminharão segundo os meus mandamentos e obedecerão às minhas leis, pondo-as em prática. Habitarão na terra que dei ao meu servo Jacob, a terra em que moraram os vossos pais. Aí habitarão eles e os seus filhos e os filhos dos seus filhos para sempre; e o meu servo David será o seu soberano para sempre. Farei com eles uma aliança de paz, uma aliança eterna entre Mim e eles. Hei-de estabelecê-los, hei de multiplicá-los e colocarei no meio deles o meu santuário para sempre. A minha morada será no meio deles: serei o seu Deus e eles serão o meu povo. As nações saberão que Eu sou o Senhor, que santifico Israel, quando o meu santuário estiver no meio deles para sempre».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Jer 31, 10.11-12ab.13 (R. cf. 10d)
Refrão: Como o pastor guarda o seu rebanho,
assim nos guarda o Senhor. Repete-se
Escutai, ó povos, a palavra do Senhor
e anunciai-as às ilhas distantes:
Aquele que dispersou Israel vai reuni-lo
e guardá-lo como um pastor ao seu rebanho. Refrão
O Senhor resgatou Jacob
e libertou-o das mãos do seu dominador.
Regressarão com brados de alegria ao monte Sião,
acorrendo às bênçãos do Senhor. Refrão
A virgem dançará alegremente,
exultarão os jovens e os velhos.
Converterei o seu luto em alegria
e a sua dor será mudada em consolação e júbilo. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Ez 18, 31
Refrão: A salvação, a glória e o poder a Jesus Cristo,
Nosso Senhor. Repete-se
Deixai todos os vossos pecados, diz o Senhor;
criai um coração novo e um espírito novo. Refrão
EVANGELHO Jo 11, 45-56
«Para congregar na unidade os filhos de Deus
que andavam dispersos»
O que o profeta Ezequiel anteviu em relação ao povo da Antiga Aliança, será finalmente realizado em Jesus Cristo. E quem o anuncia profeticamente é o sumo sacerdote judaico, que, sem compreender o que dizia, – falava apenas como politico -, anunciava uma grande verdade, que o evangelista depois interpretou: “que Jesus havia de morrer para trazer à unidade os filhos de Deus que andavam dispersos”. E a leitura termina numa pergunta posta na boca do povo, em que fervilhava Jerusalém nas vésperas da Páscoa: “Ele não virá à festa?” Sim, virá, e será Ele, o Senhor, o próprio objeto da festa.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, muitos judeus que tinham vindo visitar Maria, para lhe apresentarem condolências pela morte de Lázaro, ao verem o que Jesus fizera, ressuscitando-o dos mortos, acreditaram n’Ele. Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. Então os príncipes dos sacerdotes e os fariseus reuniram conselho e disseram: «Que havemos de fazer, uma vez que este homem realiza tantos milagres? Se O deixamos continuar assim, todos acreditarão n’Ele; e virão os romanos destruir-nos o nosso Lugar santo e toda a nação». Então Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada. Não compreendeis que é melhor para nós morrer um só homem pelo povo do que perecer a nação inteira?» Não disse isto por si próprio; mas, porque era sumo sacerdote nesse ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação; e não só pela nação, mas também para congregar na unidade todos os filhos de Deus que andavam dispersos. A partir desse dia, decidiram matar Jesus. Por isso Jesus já não andava abertamente entre os judeus, mas retirou-Se para uma região próxima do deserto, para uma cidade chamada Efraim, e aí permaneceu com os discípulos. Entretanto, estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos subiram da província a Jerusalém, para se purificarem, antes da Páscoa. Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no templo: «Que vos parece? Ele não virá à festa?»
Palavra da salvação.