12 15 Lc 3 10-18 Domingo E nós que devemos fazer?

 

No tempo de João Batista, a expectativa pela vinda do Messias era intensa. O povo de Israel vivia sob a ocupação romana, e muitos esperavam um libertador político. João, inserido na tradição profética, aparece no deserto pregando a conversão e o arrependimento. Ele não se limita a anunciar a vinda de Cristo, mas exorta todos a se prepararem por meio de uma vida justa e solidária. João responde a perguntas de diferentes grupos sociais – multidões, publicanos, soldados – indica

«Que devemos fazer?»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, as multidões perguntavam a João Batista: «Que devemos fazer?». Ele respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma; e quem tiver mantimentos faça o mesmo». Vieram também alguns publicanos para serem batizados e disseram: «Mestre, que devemos fazer?». João respondeu-lhes: «Não exijais nada além do que vos foi prescrito». Perguntavam-lhe também os soldados: «E nós, que devemos fazer?». Ele respondeu-lhes: «Não pratiqueis violência com ninguém nem denuncieis injustamente; e contentai-vos com o vosso soldo». Como o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias, ele tomou a palavra e disse a todos: «Eu baptizo-vos com água, mas está a chegar quem é mais forte do que eu, e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias. Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo. Tem na mão a pá para limpar a sua eira e recolherá o trigo no seu celeiro; a palha, porém, queimá-la-á num fogo que não se apaga». Assim, com estas e muitas outras exortações, João anunciava ao povo a Boa Nova».
Palavra da salvação.

 

REFLEXÃO

No tempo de João Batista, a expectativa pela vinda do Messias era intensa. O povo de Israel vivia sob a ocupação romana, e muitos esperavam um libertador político. João, inserido na tradição profética, aparece no deserto pregando a conversão e o arrependimento. Ele não se limita a anunciar a vinda de Cristo, mas exorta todos a se prepararem por meio de uma vida justa e solidária.
João responde a perguntas de diferentes grupos sociais – multidões, publicanos, soldados – indicando ações concretas de justiça e partilha. Para ele, a conversão não é apenas um ato espiritual, mas um compromisso prático com o próximo. Ele destaca que o Messias virá para transformar profundamente a humanidade, batizando com o Espírito Santo e com o fogo.

A mensagem de João Batista permanece atual, pois as perguntas ecoam em nossos dias: “Que devemos fazer?” Em um mundo marcado por desigualdades e injustiças, a resposta de João nos convida à solidariedade e à integridade.
Hoje, a partilha de bens, a honestidade nas profissões e o respeito pelo próximo são atitudes que ainda refletem a preparação para o encontro com Cristo. A chamada à conversão é um convite a renovar nossas atitudes, vivendo o amor ao próximo e combatendo o egoísmo.

Para o cristão, o apelo de João Batista é uma exortação à coerência de vida. A fé não pode ser apenas declarada, mas deve manifestar-se em gestos concretos. Assim como João pregou a justiça e a partilha, o cristão é chamado a testemunhar o Evangelho através de suas ações, contribuindo para um mundo mais humano e solidário.
Além disso, a mensagem de João sobre o batismo com o Espírito Santo nos lembra que a conversão não depende apenas de nossos esforços, mas é fruto da graça divina que age em nós. Ao abrir o coração à ação do Espírito, o cristão encontra força para superar suas falhas e viver de forma renovada.

Oração

Senhor, dá-nos um coração aberto à Tua palavra e disposto a mudar. Ajuda-nos a viver na partilha, na justiça e no amor ao próximo, preparando o caminho para a Tua vinda. Que o Teu Espírito nos transforme e nos faça sinais do Teu Reino no mundo. Amém.

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