04 20 Domingo Jo 20, 1-9 Maria Madalena, Pedro e João, testemunhas da ressurreição de Cristo
Evangelho de João 20, 1-9 (Domingo de Páscoa) Continue reading
04 20 Domingo Jo 20, 1-9 Maria Madalena, Pedro e João, testemunhas da ressurreição de Cristo
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. EVANGELHO Lc 24, 1-12
«Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?»
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
No primeiro dia da semana, ao romper da manhã,
as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia
foram ao sepulcro, levando os perfumes que tinham preparado.
Encontraram a pedra do sepulcro removida
e, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
Estando elas perplexas com o sucedido,
apareceram-lhes dois homens com vestes resplandecentes.
Ficaram amedrontadas e inclinaram o rosto para o chão,
enquanto eles lhes diziam:
«Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?
Não está aqui: ressuscitou.
Lembrai-vos como Ele vos falou,
quando ainda estava na Galileia:
‘O Filho do homem tem de ser entregue às mãos dos pecadores,
tem de ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’».
Elas lembraram-se então das palavras de Jesus.
Voltando do sepulcro,
foram contar tudo isto aos Onze, bem como a todos os outros.
Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago.
Também as outras mulheres que estavam com elas
diziam isto aos Apóstolos.
Mas tais palavras pareciam-lhes um desvario,
e não acreditaram nelas.
Entretanto, Pedro pôs-se a caminho e correu ao sepulcro.
Debruçando-se, viu apenas as ligaduras
e voltou para casa admirado com o que tinha sucedido.
Palavra da salvação.
REFLEXÃO .
O silêncio do sábado pascal, que parecia selar o fim de tudo, é surpreendido por uma nova alvorada: a do sepulcro vazio. As mulheres, fiéis na sua dor, vão ao túmulo levando perfumes – sinal de amor e respeito – mas o que encontram é uma ausência, um vazio que lhes enche o coração de perplexidade e medo. Não encontram o corpo, encontram uma pergunta: «Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?»
Esta pergunta rasga o véu da lógica humana e introduz-nos no mistério da fé. Elas não tinham compreendido que o amor é mais forte do que a morte. Mas é nesse momento, no meio do espanto e da dúvida, que a memória da Palavra de Jesus acende uma nova luz: “Lembrai-vos do que Ele vos disse…” A fé nasce assim: não de provas físicas, mas da escuta da Palavra, do recordar com o coração aquilo que Jesus ensinou.
Pedro corre ao sepulcro. Também ele precisa de ver, mas só encontra as ligaduras. O túmulo está vazio. É o vazio que fala: já não está aqui, ressuscitou. Pedro volta admirado, não por ter visto Jesus, mas por começar a pressentir que algo totalmente novo começou. A Ressurreição não é uma ideia reconfortante, mas um facto real que nos obriga a rever toda a nossa vida.
A pergunta dos anjos permanece atual. Procuramos tantas vezes entre os “mortos” — nas seguranças humanas, nos caminhos de rotina, nas memórias do passado — esquecendo que o Ressuscitado nos precede sempre, vivo, no hoje da nossa existência.
Oração
Senhor Jesus, Ressuscitado e Vivo, abre os olhos do nosso coração para Te reconhecermos onde estás: no amor partilhado, na esperança renovada, na luz que dissipa os nossos medos. Que não Te procuremos no passado morto, mas na vida nova que nos ofereces. Ámen.
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Evangelho segundo São João 18, 1 – 19, 42.
Capítulo 19
[Aqui faz-se uma pausa em silêncio.]
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REFLEXÃO
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Neste longo e comovente relato da Paixão segundo São João, somos convidados a contemplar o mistério da entrega total de Jesus, que vai ao encontro da morte com dignidade, lucidez e soberania. João não acentua tanto os sofrimentos físicos, mas a realeza e liberdade interior de Cristo. Ele é o verdadeiro Rei, que dá a vida pelos seus, que não se defende, que não recua, que enfrenta a injustiça com firmeza, mas sem violência.
Desde o início, no jardim onde Judas o entrega, Jesus não se esconde. Ele toma a iniciativa: “Sou Eu!”. Esta palavra poderosa faz os soldados recuarem e caírem por terra. É o “Eu sou” divino, o mesmo de Deus no Êxodo. Aqui não há vítima fraca, mas o Cordeiro que voluntariamente se oferece.
A figura de Pedro, com as suas negações, representa a nossa fraqueza. Contrasta com Jesus, que permanece fiel, mesmo quando abandonado. No diálogo com Pilatos, Jesus proclama que o seu Reino não é deste mundo e que veio para dar testemunho da verdade. É a verdade do amor que não se impõe pela força, mas que se revela na entrega.
No Calvário, Jesus reina do alto da cruz. Mesmo ali, cuida da Mãe e do discípulo amado, criando uma nova família: a Igreja. As suas últimas palavras — “Tenho sede” e “Tudo está consumado” — revelam o cumprimento total da missão: Jesus entregou-Se por amor até ao fim.
Do seu lado trespassado jorram sangue e água, sinais da vida nova, dos sacramentos, da Igreja que nasce do seu coração aberto. O silêncio que se segue é sagrado. Contemplamos o Mistério. A Cruz é trono, é altar, é fonte.
Hoje, não há missa. Há adoração. Silêncio. Gratidão. Veneramos a Cruz, não como sinal de derrota, mas como árvore da vida, onde Cristo venceu a morte.
Oração
Senhor Jesus, Rei humilde e fiel, no silêncio da Tua paixão, revelaste o amor mais profundo. Ensina-me a confiar como Tu, a entregar como Tu, a viver com o coração voltado para o Pai. Que a Tua cruz seja a minha esperança. Ámen.
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. No decorrer da ceia, tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a ideia de O entregar, Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade, sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-Se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha, que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura. Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe: «Senhor, Tu vais lavar-me os pés?». Jesus respondeu: «O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde». Pedro insistiu: «Nunca consentirei que me laves os pés». Jesus respondeu-lhe: «Se não tos lavar, não terás parte comigo». Simão Pedro replicou: «Senhor, então não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». Jesus respondeu-lhe: «Aquele que já tomou banho está limpo e não precisa de lavar senão os pés. Vós estais limpos, mas não todos». Jesus bem sabia quem O havia de entregar. Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos». Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa. Então disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também».
Palavra da salvação.
Reflexão
O sinal pelo qual conhecerão que sois meus discípulos será que vos ameis uns aos outros” (Jo 13,33ss) disse Jesus no decorrer da última ceia. O amor fraterno ou mandamento de Jesus aparece como sinal visível da comunidade cristã. Será o que a identifica perante o mundo.
O lava-pés dos apóstolos por Jesus e a primeira comunhão dos discípulos expressam o serviço, amor e entrega por parte de Cristo, são um convite para que nós façamos o mesmo, em sua memória; O lava-pés e a instituição da Eucaristia, iluminam e dão sentido a toda a vida de Cristo, centrada nessa dupla motivação: amor ao Pai e amor aos homens, seus irmãos, como princípio, meio e fim.
O amor de Jesus não se ficou por palavras, nem sequer nesses dois sinais: Eucaristia e lava-pés, mas passou à acção: Ele deu a vida por todos nós; e “ninguém tem maior amor que o que dá a vida pelos seus amigos”, sublinhou então Jesus.
Naquela tarde realizaram-se duas entregas bem diferentes. Jesus dá-se aos seus amigos na Eucaristia. A nossa opção de cristãos não pode ser outra senão a de Jesus em tal dia como hoje: amar os outros como ele nos amou.
A Igreja nasce na Ceia do Senhor. O mandato de Jesus “fazei isto em memória de mim” origina a repetição da Eucaristia e, portanto, a convocação permanente da assembleia eclesial através dos tempos.
Oração
Nós vos louvamos ó Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os crentes e os pobres de todo o mundo, porque o corpo de Cristo é o pão que nos fortalece e o seu sangue é o vinho da festa pascal que nos reúne.
Concedei-nos o vosso Espírito para continuar a crer e a amar porque esse é o vosso mandato e o nosso empenho para sempre.
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus
**14** Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes
**15** e disse: «Que me dareis, se eu vo-Lo entregar?» Combinaram trinta moedas de prata.
**16** E, a partir daquele momento, Judas procurava uma ocasião para O entregar. .
**17** No primeiro dia dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?»
**18** Jesus respondeu: «Ide à cidade, a casa de tal homem, e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; é em tua casa que vou celebrar a Páscoa com os meus discípulos’.»
**19** Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa. .
**20** Ao cair da tarde, Jesus Se pôs à mesa com os Doze.
**21** Enquanto comiam, declarou: «Em verdade vos digo: Um de vós Me há de entregar.»
**22** Profundamente entristecidos, começaram a perguntar-Lhe, um após outro: «Porventura serei eu, Senhor?»
**23** Ele respondeu: «Aquele que mete comigo a mão no prato é que Me há de entregar.
**24** O Filho do homem vai partir, como está escrito acerca d’Ele. Mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser entregue! Melhor seria para esse homem não ter nascido!»
**25** Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: «Porventura serei eu, Mestre?» Jesus respondeu-lhe: «Tu o disseste.» .
REFLEXÃO .
No Evangelho de hoje, vemos o momento crucial em que Jesus, sentado à mesa com os seus discípulos, revela que um deles O trairá. A figura de Judas Iscariotes, um dos Doze, que procura entregar o Mestre por trinta moedas de prata, destaca-se de forma dramática. O ato de Judas parece impensável, mas a profecia de Jesus cumpre-se: o Filho do homem vai partir como está escrito. Judas, no entanto, tem a liberdade de escolher o caminho da traição, e Jesus revela que é “melhor para esse homem não ter nascido”. Esta dura frase chama-nos a refletir sobre a gravidade da escolha de Judas e as consequências de afastar-se do amor de Deus.
A Páscoa é o ponto de encontro entre a salvação e a traição, entre a obediência ao plano divino e a escolha pessoal que nos distancia de Deus. Cada um dos discípulos, ao ouvir a declaração de Jesus, questiona-se, em profunda tristeza: “Porventura serei eu, Senhor?” Essa dúvida genuína manifesta a fragilidade humana diante das tentações e da incerteza.
A traição de Judas não é apenas um ato histórico, mas uma reflexão sobre como cada um de nós pode, em pequenos gestos diários, afastar-se de Cristo. A nossa missão é, ao contrário de Judas, buscar sempre a proximidade com o Senhor e não deixar que o nosso coração se endureça, afastando-nos da Sua vontade.
Convido-te, portanto, a refletir sobre a tua relação com Deus e a ser fiel, mesmo nas dificuldades. Que a nossa oração seja sincera e constante, buscando sempre a misericórdia e o perdão de Deus.
Oração:
Senhor Jesus,
Tu conheces os meus caminhos e o meu coração.
Perdoa-me pelas vezes que, como Judas, me afastei de Ti.
Dá-me a força para Te seguir com fidelidade,
para que a minha vida seja um reflexo do Teu amor e da Tua misericórdia.
Ajuda-me a discernir sempre a Tua vontade e a caminhar na verdade,
sem ceder às tentações que me afastam de Ti.
Que, como os Teus discípulos, eu possa perguntar com sinceridade:
“Porventura serei eu, Senhor?”
E que a minha resposta seja sempre “Sim” ao Teu chamado.
Amém.
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04 15 Jo 13, 21-33.36-38 Terça «Um de vós há de entregar-me…Não cantará o galo, sem que Me tenhas negado três vezes
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus segundo S. João .
**21** Tendo dito isto, Jesus perturbou-Se em Seu espírito e declarou: «Em verdade, de vos digo: Um de vós há de entregar-Me». .
**22** Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saber de quem Ele falava. .
**23** Um deles, o que Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus. .
**24** Simão Pedro fez-lhe sinal e disse-lhe: «Pergunta de quem é que Ele fala». .
**25** Então, aquele discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-Lhe: «Senhor, quem é?» .
**26** Jesus respondeu: «É aquele a quem Eu der o bocado de pão embebido». E, molhando um bocado de pão, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. .
**27** Logo que Judas recebeu o bocado de pão, Satanás entrou nele. Jesus disse-lhe: «O que tens a fazer, fá-lo depressa»
**28** Nenhum dos presentes compreendeu porque é que Ele lho disse. .
**29** Como Judas guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus lhe estava a dizer: «Compra o que precisamos para a festa», ou que desse alguma coisa aos pobres. .
**30** Depois de receber o bocado de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite. .
**31** Depois que Judas saiu, Jesus disse: «Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado n’Ele. .
**32** Se Deus foi glorificado n’Ele, também Deus O glorificará em Si mesmo, e glorificá-l’O-á sem demora. .
**33** Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco. Vós haveis de procurar-Me, e agora vos digo, como disse aos judeus: ‘Para onde Eu vou, vós não podeis ir’. .
**36** Disse-Lhe Simão Pedro: «Senhor, para onde vais?» Jesus respondeu-lhe: «Para onde Eu vou, tu não Me podes seguir agora, mas seguir-Me-ás mais tarde». .
**37** Pedro disse: «Senhor, porque é que não Te posso seguir agora? Eu darei a minha vida por Ti!» .
**38** Jesus respondeu-lhe: «Darás a tua vida por Mim? Em verdade, em verdade te digo: Não cantará o galo, sem que Me tenhas negado três vezes».
REFLEXÃO
O Evangelho desta terça-feira mergulha-nos no drama íntimo da Última Ceia. Jesus está profundamente perturbado. Sabe o que se aproxima, sente a dor da traição e da negação. Não é o medo da cruz que o abala, mas o sofrimento humano da rejeição por aqueles que ama.
Judas recebe o bocado de pão e sai. “Era noite.” Esta frase encerra o peso simbólico de toda a cena. A noite desce sobre o coração de Judas, sobre a casa onde Jesus partilha a ceia, e sobre o mundo que se prepara para rejeitar o Amor feito carne. No entanto, Jesus fala de glorificação. É precisamente neste momento de trevas que brilha a luz da entrega: “Agora foi glorificado o Filho do Homem.”
Jesus não foge da dor, mas abraça-a como caminho de salvação. O mistério da glória passa pela entrega total, pelo esvaziamento, pelo dom. E é nesse contexto que Pedro se revela também frágil. Garante que dará a vida por Jesus, mas este conhece-lhe o coração: “Não cantará o galo, sem que Me tenhas negado três vezes.”
Na Semana Santa, somos chamados a reconhecer-nos nestas figuras. Em Judas, a tentação da fuga e da manipulação. Em Pedro, o entusiasmo sincero mas frágil, que cai perante o medo. E em Jesus, a fidelidade absoluta, mesmo quando tudo à volta desaba.
Este Evangelho convida-nos a fazer silêncio e a reclinar a cabeça sobre o peito de Jesus, como o discípulo amado. A escutar os seus segredos, a acolher a Sua dor, a não fugir quando tudo se torna escuro. E sobretudo, a confiar que, mesmo na noite mais densa, a luz da glória já começou a brilhar.
🙏 Oração
Senhor Jesus,
na noite da traição e da negação,
permanece connosco com o Teu amor fiel.
Ajuda-nos a reconhecer as nossas fraquezas,
mas também a não desistir de Te seguir.
Dá-nos um coração como o do discípulo amado,
capaz de escutar-Te no silêncio e de permanecer junto de Ti.
Ámen.
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04 14 Jo 12, 1-11 Segunda «Deixa-a em paz. ela tinha guardado o perfume para o dia da minha sepultura»..
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1 **Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde vivia Lázaro, que Ele ressuscitara dos mortos.**
2 **Ofereceram-Lhe lá um jantar. Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Ele.**
3 **Maria, tomando uma libra de perfume de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com os seus cabelos. A casa encheu-se com a fragrância do perfume.**
4 **Então, disse Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que O havia de entregar:**
5 **«Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários, para os dar aos pobres?»**
6 **Dizia isto, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa do dinheiro, tirava o que lá se metia.**
7 **Jesus respondeu: «Deixa-a em paz; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura.**
8 **Porque os pobres sempre os tendes convosco, mas a Mim nem sempre Me tendes».**.
9 **Soube então que uma grande multidão de judeus tinha vindo a Betânia, não só por causa de Jesus, mas também para ver Lázaro, que Ele ressuscitara dos mortos.**
10 **Os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro,**
11 **porque por causa dele muitos judeus os abandonavam e acreditavam em Jesus.**
REFLEXÃO .
João 12, 1-11 — Segunda-feira Santa
«Deixa-a em paz. Ela guardou o perfume para o dia da minha sepultura.».
Estamos a seis dias da Páscoa. A casa de Betânia torna-se um santuário da intimidade, onde Jesus partilha a mesa com Lázaro, ressuscitado, e é servido por Marta e ungido por Maria. Cada gesto é carregado de sentido pascal. Neste ambiente de amizade, Maria rompe o frasco de perfume e unge os pés de Jesus, num gesto ousado e terno, antecipando, sem o saber, a unção do corpo sepultado.
Maria não fala, mas a sua linguagem é a do amor puro e gratuito. O perfume que inunda a casa é sinal da entrega total. E Jesus reconhece esse gesto como profético: «Ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura». A unção de Maria é já um anúncio da cruz, mas também da Ressurreição. A morte está próxima, mas ela é atravessada por este amor que não calcula, que não poupa, que não espera.
Em contraste, Judas fala de dinheiro e de aparente preocupação com os pobres. Mas as suas palavras são denunciadas pelo evangelista: não vêm da caridade, mas da cobiça. Neste diálogo entre o gesto de Maria e a crítica de Judas, vemos duas atitudes perante Jesus: o dom gratuito e o cálculo egoísta. O amor verdadeiro sabe reconhecer o momento único da presença de Jesus e não o deixa passar.
Hoje, somos convidados a identificar em nós o coração de Maria — que ama, serve, dá — ou o coração de Judas — que manipula, finge, retém. O caminho para a Páscoa passa pela escolha de amar como Maria, mesmo quando o mundo à nossa volta prefere manter-se à distância.
🙏 Oração
Senhor Jesus,
na casa de Betânia encontraste descanso e carinho
antes da tua paixão.
Dá-nos um coração como o de Maria:
silencioso, adorador, gratuito.
Ensina-nos a amar-Te com gestos concretos,
sem medo do desperdício,
com a generosidade que perfuma o mundo.
Ámen.
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Finalmente cumpre-se a promessa de Deus . Depois de tanta humilhação opressão e sofrimento o povo celebra a sua Páscoa
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Sintese do Evangelho
Para entender esta passagem, devemos ler os versículos anteriores, onde Jesus se declara Messias. Os seus conterrâneos rejeitam-no, pois viam a salvação como monopólio judeu. Hoje, somos chamados a testemunhar Cristo, comprometendo-nos com os pobres, guiados pelo Espírito, numa verdadeira conversão interior e missionária.
03 24 Lc 4, 24-30 Segunda Nenhum profeta é bem recebido na sua terra»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga, dizendo: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Digo-vos a verdade: Havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
Os versículos precedentes em que Jesus se intitula de Messias
Salvador “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu: Enviou-me para dar a
boa notícia aos pobres, para anunciar aos cativos a liberdade e aos cegos avista, para dar
liberdade aos oprimidos, para anunciar o ano de garça do Senhor…
Furiosos com as suas palavras “Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até
ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo.
Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.”
Os conterrâneos de Jesus, e de igual ‘modo o resto dos judeus, estavam convencidos de que a
salvação de Deus era monopólio judeu; as nações pagãs ficavam excluídas. Não conseguiram
aceitar como o Messias o filho de Maria e de José o artesão.
Nós cristãos, fomos ungidos pelo Espírito no Baptismo e Confirmação para testemunhar e
continuar a missão libertadora de Cristo. O dom do Espírito não é também monopólio da
hierarquia eclesiástica, como o demonstram os textos paulinos sobre os carismas, entre os
quais o amor cristão ostenta a primazia (iCor 12–13).
Um mesmo e único Espírito é o que anima a vida da Igreja para dentro e para fora na sua
projecção missionária. Temos de comprometer-nos na luta pela libertação dos mais pobres e
débeis, mas com o espírito de conversão estruturas sociais sem estarmos nós mesmos
convertidos, com o amor e a força do Espírito de Deus que nos liberta interiormente.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, vós sois a realização de todas as nossas esperanças e sonhos. Através do dom
do vosso Espírito Santo, recebemos a verdade, liberdade e vida abundante. Enchei-nos com a
alegria do Evangelho e inflamai o nosso coração com amor e zelo por vós e pelo seu reino de
paz e justiça.
4o
L 1 2Rs 5, 1-15a; Sl 41 (42), 2-3; 42, 3. 4
Ev Lc 4, 24-30
Nos dias feriais mais oportunos desta semana, em vez das leituras indicadas para esses dias, podem tomar-se as leituras dominicais do Ano A, para favorecer a catequese batismal na Quaresma.
* Dia dos Missionários Mártires.
* I Vésp. da Anunciação do Senhor – Compl. dep. I Vésp. dom.
Oração coleta
Purificai, Senhor,
e protegei continuamente a vossa Igreja;
e, porque não pode salvar-se sem Vós,
governai-a com a vossa providência.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I 2 Reis 5, 1-15ª
«Havia muitos leprosos em Israel;
contudo nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã»
Começa, nesta semana, a preparação mais diretamente orientada para o Batismo dos catecúmenos e para a renovação das promessas do Batismo dos já batizados, na Vigília Pascal. A saúde restituída a um leproso por meio de simples banho no rio é figura do Batismo, que, num gesto tão simples, é sacramento de uma graça espiritual tão grande, que nele, de simples homens naturais, nos tornamos filhos de Deus, participantes da vida e da glória de Cristo ressuscitado. E esta graça é oferecida a todos os homens: Naamã era estrangeiro e pagão, e foi curado.
Leitura do Segundo Livro dos Reis
Naqueles dias, Naamã, general dos exércitos do rei da Síria, era tido em grande consideração e estima pelo seu soberano, porque, por seu intermédio, o Senhor tinha dado a vitória à Síria. Mas este homem, valente guerreiro, estava leproso. Ora, numa incursão, os sírios tinham levado uma menina da terra de Israel, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Ela disse à sua senhora: «Se o meu senhor fosse ter com o profeta que vive na Samaria, ele decerto o livraria da lepra». Naamã foi contar ao soberano o que dissera a jovem da terra de Israel. O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu escreverei uma carta ao rei de Israel». Naamã pôs-se a caminho, levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa; e entregou ao rei de Israel a carta, que dizia: «Logo que esta carta te chegar às mãos, ficarás a saber que te envio o meu servo Naamã, para que o livres da sua lepra». Depois de ter lido a carta, o rei de Israel rasgou as vestes, exclamando: «Serei eu um deus que possa dar a morte e a vida, para este me mandar dizer que livre um homem da sua lepra? Reparai e vede como ele procura um pretexto contra mim». Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei de Israel tinha rasgado as vestes, mandou-lhe dizer: «Por que motivo rasgaste as tuas vestes? Esse homem venha ter comigo e saberá que existe um profeta em Israel». Naamã seguiu com os seus cavalos e o seu carro e parou à porta de Eliseu. Eliseu mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai banhar-te sete vezes no Jordão e o teu corpo ficará limpo». Naamã irritou-se e decidiu ir-se embora, dizendo: «Eu pensava que ele mesmo viria ao meu encontro, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, colocaria a mão sobre a parte doente e me livraria da lepra. Não valem os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, mais do que todas as águas de Israel? Não poderia eu banhar-me neles para ficar limpo?» Deu meia volta e partiu indignado. Mas os servos aproximaram-se dele e disseram: «Meu pai, se o profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais, se ele te diz apenas: ‘Vai banhar-te e ficarás limpo’?» Naamão desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, como lhe ordenara o homem de Deus. A sua carne tornou-se como a de uma criança e ficou limpo. Voltou de novo, com todo o seu séquito, à casa do homem de Deus, entrou e apresentou-se, dizendo: «Agora sei que não há Deus em toda a terra, senão em Israel».
Palavra do Senhor.
*Entrevista com o General Naamã (2 Reis 5:1-15a)**
*Repórter:* General Naamã, como o senhor descreveria sua experiência de cura e o que ela significou para sua fé?
*Naamã:* Foi uma jornada humilhante, mas transformadora. Eu, um comandante do exército sírio, fui curado de uma doença terrível seguindo o conselho de uma simples serva e de um profeta de Israel. No início, resisti à ideia de me banhar no rio Jordão, mas, ao obedecer, fui curado. Isso me mostrou que a verdadeira fé não está em grandezas humanas, mas em confiar no poder de Deus, mesmo quando Suas instruções parecem simples ou insignificantes.
*Repórter:* E o que o senhor aprendeu sobre a fé cristã?
*Naamã:* Aprendi que a fé exige humildade e obediência. Não são nossos méritos ou posições que nos salvam, mas a confiança em Deus. Agora, reconheço que só Ele é o Senhor de toda a Terra. A fé verdadeira nos leva a agir, mesmo quando não entendemos completamente o plano divino.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 41 (42), 2.3; 42 (43), 3.4 (R. Salmo 41, 3)
Refrão: A minha alma tem sede do Deus vivo:
quando verei a face do Senhor? Repete-se
Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:
quando irei contemplar a face de Deus? Refrão
Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa
e ao vosso santuário. Refrão
E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei,
Senhor, meu Deus. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 129 (130), 5.7
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
Eu confio no Senhor, confio na sua palavra,
porque no Senhor está a misericórdia e a redenção. Refrão
EVANGELHO Lc 4, 24-30
Como Elias e Eliseu, Jesus não é enviado somente aos judeus
A liturgia de hoje põe em relevo a universalidade da redenção. É a todo o género humano que se abre a fonte do Batismo; todos são chamados a acolherem, na fé, o reino de Deus e a entrarem na sua Igreja. Mas, por vezes, os que estão mais perto são os que têm mais dificuldade em o acolher, como aconteceu com os de Nazaré. E foi a esse propósito que Jesus Se referiu ao acontecimento narrado na leitura anterior.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga, dizendo: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Digo-vos a verdade: Havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.
Palavra da salvação.
Oração sobre as oblatas
Apresentamos, Senhor,
estes dons sobre o vosso altar
e humildemente Vos pedimos
que os transformeis para nós em sacramento de salvação.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio I-VI da Quaresma.
Antífona da comunhão Sl 116, 1-2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
porque é eterna a sua misericórdia.
Oração depois da comunhão
A comunhão deste sacramento nos purifique, Senhor,
e nos confirme na unidade.
Por Cristo nosso Senhor.
Oração sobre o povo (facultativa)
Defendei, Senhor, com a vossa mão poderosa
este povo em oração,
purificai-o de todo o mal
e ensinai-lhe os vossos caminhos,
de modo que, confortado com os bens da vida presente,
procure sempre os bens da vida futura.
Por Cristo nosso Senhor.
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Neste terceiro domingo da Quaresma, as leituras chamam-nos à conversão e à renovação interior. O encontro de Moisés com Deus na sarça ardente revela-nos um Deus que vê, escuta e intervém na vida do Seu povo. O Salmo exalta a misericórdia divina e a bondade do Senhor para com aqueles que O buscam. São Paulo, na carta aos Coríntios, adverte-nos sobre a necessidade de perseverar e não cair na autossuficiência espiritual. No Evangelho, Jesus convida-nos a interpretar os acontecimentos como sinais para a conversão, recordando-nos que o tempo para mudar de vida é agora.
Deus revela-se a Moisés como o Deus que vê, escuta e age em favor do Seu povo. O nome “EU SOU” manifesta a Sua presença constante e eterna. Esta leitura convida-nos a confiar na fidelidade de Deus e a reconhecer a sacralidade da Sua presença na nossa vida. A Quaresma é um tempo para nos descalçarmos das distrações e superficialidades, reconhecendo que estamos diante de um Deus vivo que nos chama à conversão.
O Salmo 102 recorda-nos que Deus não se cansa de perdoar e é sempre compassivo para com os Seus filhos. Durante a Quaresma, somos chamados a confiar na misericórdia do Senhor e a acolher o Seu amor restaurador.
São Paulo adverte-nos contra a presunção espiritual. A história do povo de Israel ensina-nos que não basta recebermos a graça de Deus; é necessário perseverarmos na fidelidade. A Quaresma desafia-nos a fazer um exame de consciência e a abandonar os caminhos que nos afastam de Deus.
Jesus recorda-nos que a conversão não pode ser adiada. A parábola da figueira é um apelo à paciência de Deus, mas também à nossa responsabilidade de dar frutos. A Quaresma é o tempo favorável para correspondermos à graça e renovarmos a nossa vida.
Conclusão: Deus convida-nos hoje a uma mudança de coração. Ele é misericordioso, mas espera a nossa resposta. A Quaresma é o momento de nos abrirmos à conversão verdadeira.
Neste sábado, as leituras oferecem-nos uma profunda reflexão sobre o perdão e a misericórdia de Deus. O profeta Miqueias fala sobre o perdão completo de Deus, que lança nossos pecados ao fundo do mar, enquanto o Salmo 102 canta a compaixão e a misericórdia de Deus. O Evangelho, com a parábola do filho pródigo, revela o amor imensurável do Pai que acolhe o filho arrependido, independentemente dos seus erros. A Quaresma é um tempo propício para o arrependimento e para nos voltarmos a Deus com um coração sincero.
Miqueias descreve a grandeza do perdão de Deus, que é tão profundo e abrangente que lança os nossos pecados ao fundo do mar, sem nunca mais se recordar deles. Este versículo é um convite para confiarmos plenamente no perdão divino, especialmente durante a Quaresma, tempo de arrependimento e renovação. Deus não nos trata conforme os nossos pecados, mas segundo a Sua misericórdia infinita. Este é o verdadeiro rosto de um Deus que perdoa e acolhe de braços abertos.
O Salmo 102 exalta a misericórdia e a compaixão de Deus. Ele perdoa nossas iniquidades e nos cura das nossas enfermidades, oferecendo-nos uma renovação constante. A Quaresma é tempo para recordar e experimentar essa misericórdia de Deus, reconhecendo que, em Cristo, somos continuamente renovados. Este Salmo nos convida a bendizer e louvar a Deus por Suas bênçãos, particularmente o perdão que Ele nos oferece com generosidade.
A parábola do filho pródigo revela a imensa misericórdia de Deus, que acolhe o filho arrependido, independentemente dos seus erros. O pai, ao ver o filho distante, corre ao seu encontro e o abraça, simbolizando o amor incondicional de Deus por nós. A Quaresma é tempo para regressarmos ao Pai com um coração sincero, reconhecendo os nossos pecados e confiando na Sua misericórdia. A parábola também nos desafia a refletir sobre como tratamos os outros e a sermos generosos no perdão, assim como Deus o é conosco.
As leituras de hoje destacam a misericórdia e o perdão divinos. Miqueias e o Salmo nos lembram que Deus é compassivo e lança nossos pecados no fundo do mar. O Evangelho da parábola do filho pródigo revela a imensidão do amor do Pai, que acolhe sempre os Seus filhos, mesmo após a queda. A Quaresma é o tempo de nos voltarmos para Deus com um coração contrito e sincero, pois Ele está sempre disposto a nos perdoar. Que possamos, com coragem e confiança, regressar ao Pai, reconhecendo os nossos erros e acolhendo o Seu perdão generoso.
Hoje, as leituras convidam-nos a refletir sobre a fidelidade de Deus e o nosso compromisso com a Sua vontade. A história de José, vendido pelos seus irmãos, mostra-nos como a inveja e o pecado podem levar à separação, mas também aponta para a providência de Deus, que age nas nossas vidas, mesmo quando parece que tudo está perdido. O Salmo 104 lembra-nos da misericórdia de Deus, que está sempre presente, e o Evangelho desafia-nos a reconhecer Cristo como a pedra angular da nossa vida, para que possamos dar frutos de justiça e amor. A Quaresma é o tempo de conversão que nos chama a mudar de mentalidade e de atitudes.
A história de José, que é vendido pelos seus irmãos, é um relato de inveja, traição e desprezo. Contudo, o plano de Deus se revela mesmo no meio da maldade humana, pois a venda de José acabaria por se transformar em um instrumento de salvação para o povo de Israel. Este episódio nos ensina sobre as complexas dinâmicas do mal, mas também nos lembra que Deus sempre tem um plano maior, que não pode ser frustrado. A Quaresma é um tempo para refletirmos sobre as nossas atitudes e pedirmos a graça de confiar nos planos de Deus, mesmo nas adversidades.
Este salmo é um cântico de louvor à fidelidade de Deus. Lembra-nos da aliança que Deus fez com os patriarcas, e como Ele permanece fiel às Suas promessas. A Quaresma é uma oportunidade para renovar a nossa confiança em Deus, que nunca abandona os Seus. Mesmo quando enfrentamos dificuldades, devemos recordar as maravilhas que Ele fez em nossa vida e nas nossas famílias, para nos fortalecer na fé e na esperança.
A parábola dos vinhateiros homicidas é um forte alerta para aqueles que rejeitam a palavra de Deus e, por fim, o próprio Filho. Jesus, como a pedra angular, é o centro da nossa fé e da nossa vida. Esta parábola desafia-nos a refletir sobre a nossa postura diante de Cristo. Estamos a produzir os frutos que Ele espera de nós? Estamos a acolher o Seu amor e a partilhar com os outros? A Quaresma é tempo de avaliação e conversão, para que possamos ser fiéis ao Senhor e viver de acordo com a Sua vontade.
As leituras de hoje chamam-nos a refletir sobre a fidelidade a Deus e a nossa responsabilidade diante d’Ele. José, vendido pelos irmãos, é uma figura que, apesar de ser rejeitada, acaba por ser instrumento de salvação. O salmo lembra-nos da fidelidade eterna de Deus, e o Evangelho desafia-nos a acolher Cristo como a pedra angular das nossas vidas. A Quaresma é tempo de conversão, em que somos convidados a avaliar a nossa fidelidade a Deus e a dar frutos de justiça e amor. Que possamos, neste tempo de reflexão e arrependimento, renovar o nosso compromisso com Cristo, a pedra angular das nossas vidas.
No dia de hoje, a Palavra de Deus nos desafia a refletir sobre a nossa postura diante dos outros, especialmente dos mais necessitados. O Senhor, através do profeta Jeremias, lamenta a insensibilidade do povo que se afasta da Sua voz. No Evangelho, Jesus apresenta a parábola do rico e do pobre Lázaro, um forte apelo à compaixão e à partilha, recordando-nos que a indiferença ao sofrimento humano tem consequências eternas. A Quaresma, tempo de conversão, nos chama a uma mudança de coração, para que sejamos mais solidários e atentos às necessidades dos outros.
O Senhor lamenta a obstinação do povo, que não ouviu a Sua voz através dos profetas. O chamado à conversão foi repetido, mas a dureza de coração impediu o povo de responder. Este aviso serve também para nós, que muitas vezes nos tornamos surdos às exortações de Deus. A Quaresma é o momento oportuno para nos abrirmos à voz de Deus e à Sua palavra de salvação, permitindo que ela transforme as nossas vidas e corações.
Este salmo nos apresenta dois caminhos: o do justo, que segue a palavra de Deus e prospera, e o do ímpio, que acaba se dispersando como a palha ao vento. Ele nos convida a refletir sobre as escolhas que fazemos. Na Quaresma, somos chamados a trilhar o caminho do justo, a ouvir a voz de Deus e a buscar a Sua vontade em todos os nossos atos. A verdadeira felicidade e prosperidade vêm da nossa fidelidade ao Senhor.
Esta parábola de Jesus é um alerta sobre a nossa indiferença aos outros, especialmente aos mais necessitados. O rico viveu uma vida de excessos, sem se preocupar com a miséria de Lázaro, e isso teve consequências eternas. A mensagem é clara: nossa responsabilidade com os outros, especialmente com os pobres e marginalizados, é um reflexo de nossa verdadeira fé. A Quaresma é um tempo para corrigirmos a nossa atitude, para que possamos ser mais sensíveis e solidários, praticando a caridade e a justiça.
As leituras de hoje nos convidam à conversão, especialmente no que diz respeito à nossa relação com os outros. Jeremias nos mostra o povo que se recusa a ouvir a voz de Deus, enquanto o salmo nos lembra da importância de meditar na Palavra de Deus para viver de forma justa. O Evangelho, por sua vez, apresenta-nos a parábola do rico e de Lázaro, desafiando-nos a refletir sobre a nossa atitude face ao sofrimento do próximo. A Quaresma é um tempo propício para corrigirmos nossa postura diante dos outros, buscando viver com mais caridade, solidariedade e humildade. Que possamos, neste tempo de conversão, abrir os nossos corações para ouvir a voz de Deus e atender ao sofrimento daqueles que mais necessitam.
Hoje, celebramos a Solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus. São José é um modelo de justiça, obediência e confiança na providência divina. A sua vida de fé, mesmo diante das dificuldades e incertezas, é um exemplo para todos nós. As leituras de hoje nos recordam a importância de confiar nos planos de Deus, mesmo sem compreendê-los completamente, e de viver com fidelidade e coragem a missão que Ele nos confia.
Nesta leitura, Deus faz uma promessa a Davi, assegurando-lhe que a sua descendência reinará para sempre. Esta promessa se cumpre em Jesus, que é da linhagem de Davi. A fidelidade de Deus a Davi é um sinal de que Ele cumpre Suas promessas. A leitura também nos prepara para entender o papel de São José como guardião da promessa de Deus. Assim como Deus fez com Davi, Ele confiou a São José a missão de cuidar do Messias, e José, com sua obediência e justiça, acolheu esta missão com fé.
O salmo celebra a fidelidade de Deus à Sua aliança com Davi. A promessa de que sua descendência será eterna é um reflexo da confiança que o povo pode ter nas promessas de Deus. Este salmo é particularmente significativo na Solenidade de São José, pois lembra a continuidade da linhagem de Davi, da qual São José faz parte. Ele é, portanto, o guardião dessa promessa divina, e sua fidelidade à missão dada por Deus reflete a fidelidade do Senhor à Sua aliança com o povo.
São Paulo apresenta Abraão como modelo da fé que justifica. Abraão creu na promessa de Deus, mesmo quando tudo parecia impossível. Ele acreditou que Deus poderia realizar o que prometeu. Este é o tipo de fé que São José também demonstrou, ao confiar nos planos de Deus, mesmo quando não compreendia totalmente a situação. São José, como Abraão, foi um homem de fé, disposto a aceitar a vontade de Deus, com humildade e confiança.
Neste Evangelho, vemos a atitude de fé e obediência de São José. Quando ele se vê diante de uma situação difícil e aparentemente incompreensível, ele confia na palavra de Deus, que lhe é revelada em sonho, e toma a decisão de acolher Maria e o Filho que ela concebeu. São José, como homem justo, não agiu movido por interesses pessoais, mas pela obediência e fidelidade aos planos de Deus. Ele nos ensina a confiança total em Deus, mesmo quando a Sua vontade não é totalmente compreendida.
Hoje, na Solenidade de São José, refletimos sobre a vida de um homem justo e fiel, que confiou plenamente nos planos de Deus. Nas leituras de hoje, vemos a promessa de Deus a Davi, a fidelidade de Abraão e a obediência de São José, que, apesar das dificuldades e incertezas, aceitou a missão que lhe foi confiada. Deus escolheu São José para ser o guardião do Salvador, e ele cumpriu essa missão com humildade e confiança. O exemplo de São José é um convite para nós vivermos com a mesma fé e obediência, confiando plenamente em Deus, mesmo quando não compreendemos completamente os Seus planos.