Roxo – Ofício da féria. Missa da féria, pf. da Quaresma.
L1: Jonas 3, 1-10; Sal 50 (51), 3-4. 12-13. 18-19 Ev: Lc 11, 29-32
* Pode celebrar-se a memória de S. Francisca Romana, religiosa, como se indica na p. 33, n. 9. * Na Ordem Beneditina – Pode celebrar-se a memória de S. Francisca Romana, como se indica na p. 33, n. 9.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 24, 6.3.22 Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias e das vossas graças que são eternas. Não triunfe sobre nós o inimigo. Senhor, livrai-nos de todo o mal.
ORAÇÃO COLECTA Olhai com bondade, Senhor, para a devoção do vosso povo e fazei que, mortificando o corpo pela penitência, renovemos o espírito com o fruto das boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jonas 3, 1-10 «Os habitantes de Nínive converteram-se do seu mau caminho»
Volta hoje o tema da penitência, no sentido de conversão. Outrora, até os pagãos, como os habitantes de Nínive, ao ouvirem a palavra de Deus, se converteram. Hoje, não esperamos outros sinais do céu; é sempre essa mesma palavra que é para os homens de todas as gerações o grande sinal. Para ser “sinal”, a Palavra, o Verbo, o Filho de Deus, fez-Se homem e falou no meio dos homens, em palavras humanas, para Se revelar e revelar o Pai aos humanos.
Leitura da Profecia de Jonas A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas nos seguintes termos: «Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e apregoa nela a mensagem que Eu te direi». Jonas levantou-se e foi a Nínive, conforme a palavra do Senhor. Nínive era uma grande cidade aos olhos de Deus; levava três dias a atravessar. Jonas entrou na cidade e caminhou durante um dia, apregoando: «Daqui a quarenta dias, Nínive será destruída». Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, proclamaram um jejum e revestiram-se de sacos, desde o maior ao mais pequeno. Logo que a notícia chegou ao rei de Nínive, ele ergueu-se do trono e tirou o manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza. Depois foi proclamado em Nínive um decreto do rei e dos seus ministros, que dizia: «Os homens e os animais, os bois e as ovelhas, não provem alimento, não pastem nem bebam água. Os homens e os animais revistam-se de sacos e clamem a Deus com vigor; afaste-se cada um do seu mau caminho e das violências que tenha praticado. Quem sabe? Talvez Deus reconsidere e desista, acalmando o ardor da sua ira, de modo que não pereçamos». Quando Deus viu as suas obras e como se convertiam do seu mau caminho, desistiu do castigo com que os ameaçara e não o executou. Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 50 (51), 3-4.12-13.18-19 (19a) Refrão: Não desprezeis, Senhor, o nosso coração humilhado e contrito. Repete-se
Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade, pela vossa grande misericórdia apagai os meus pecados. Lavai-me de toda a iniquidade e purificai-me de todas as culpas. Refrão
Criai em mim, ó Deus, um coração puro e fazei nascer dentro de mim um espírito firme. Não queirais afastar-me da vossa presença e não retireis de mim o vosso espírito de santidade. Refrão
Não é do sacrifício que Vos agradais e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis. Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido: não desprezareis, Senhor, um espírito humilhado e contrito. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Joel 2, 12-13 Refrão: A salvação, a glória e o poder a Jesus Cristo, Nosso Senhor. Repete-se
Convertei-vos a Mim de todo o coração, diz o Senhor; porque sou benigno e misericordioso. Refrão
EVANGELHO Lc 11, 29-32 «Nenhum sinal será dado a esta geração, senão o sinal de Jonas»
O povo aglomerava-se em volta de Jesus para O ouvir. Mas Jesus faz-lhes sentir que eles são mais curiosos, sempre à espera de qualquer sinal maravilhoso, do que desejosos de escutar a sua palavra, que dá luz e leva à conversão. E lembra-lhes como os habitantes de Ninive se converteram ao ouvirem Jonas, como recordava a primeira leitura, e como a rainha de Sabá, veio de tão longe só para ouvir o sábio Salomão. E ali estava Ele, maior que Jonas, e mais do que Salomão, mas que não era escutado com fé semelhante à daqueles seus antepassados, nem eles se deixavam conduzir à penitência como aqueles a quem Jonas pregava. Prefigurado por Jonas, mas maior do que ele, e mais do que Salomão, cuja sabedoria atraía de longe a rainha de Sabá, Jesus aqui está, também agora no meio da assembleia dos cristãos, a fazer-Se, de novo, ouvir; como sempre que na Igreja se lêem as Sagradas Escrituras, como disse o Concílio Vaticano II (SC 7).
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão. No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão-de conde¬ná-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas». Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Fazei, Senhor, que estes dons que nos destes para os consagrarmos ao vosso nome, se transformem para nós, por meio deste sacramento, em remédio de vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 5, 12 Exultem para sempre os que em Vós confiam, Senhor. Vós protegeis e alegrais os que amam o vosso nome.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Senhor nosso Deus, que sempre nos alimentais com os vossos sacramentos, concedei-nos que o alimento de Vós recebido seja para nós fonte de vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Roxo – Ofício da féria. Missa da féria, pf. da Quaresma.
L1: Is 55, 10-11; Sal 33 (34), 4-5. 6-7. 16-17. 18-19 Ev: Mt 6, 7-15
* Pode celebrar-se a memória de S. João de Deus, religioso, como se indica na p. 33, n. 9. * Na Arquidiocese de Évora – S. João de Deus, religioso – FESTA * Na Ordem de Cister – Pode celebrar-se a memória de S. Estêvão de Obazine, como se indica na p. 33, n. 9. * Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – S. João de Deus, religioso, Fundador da Ordem Hospitaleira – SOLENIDADE * Na Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus – S. João de Deus, religioso, Padroeiro secundário da Congregação – FESTA * Na Diocese de Santiago (Cabo Verde) – Pode celebrar-se a memória de S. João de Deus, religioso, como se indica na p. 33, n. 9.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 89, l-2 Senhor, tendes sido o nosso refúgio, de geração em geração. Desde sempre e por toda a eternidade, Vós sois Deus.
ORAÇÃO COLECTA Olhai, Senhor, para a vossa família e fazei que a nossa alma, purificada pela penitência corporal, resplandeça cada vez mais com a luz da vossa presença. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 55, 10-11 «A minha palavra cumpre a minha vontade»
A liturgia dos primeiros dias da Quaresma dá-nos as grandes linhas para a vida cristã nesta preparação pascal. A primeira leitura de hoje apresenta a palavra vinda de Deus como força portadora de vida, capaz de produzir em nós uma renovação profunda. A palavra de Deus é o grande alimento deste tempo de jejum quaresmal. A Palavra de Deus é, em última análise, o próprio Cristo, que saiu do Pai e veio ao mundo para manifestar a vontade do Pai.
Leitura do Livro de Isaías Assim fala o Senhor. «A chuva e a neve que descem do céu não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a haverem fecundado e feito produzir, para que dê a semente ao semeador e o pão para comer. Assim a palavra que sai da minha boca não volta sem ter produzido o seu efeito, sem ter cumprido a minha vontade, sem ter realizado a sua missão». Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 4-5.6-7.16-17.18-19 (R. 18b) Refrão: Deus salva os justos de todos os sofrimentos.Q94;Repete-se
Enaltecei comigo o Senhor e exaltemos juntos o seu nome. Procurei o Senhor e Ele atendeu-me, libertou-me de toda a ansiedade.Q94;Refrão
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes, o vosso rosto não se cobrirá de vergonha. Este pobre clamou e o Senhor o ouviu, salvou-o de todas as angústias.Q94;Refrão
Os olhos do Senhor estão voltados para os justos e os ouvidos atentos aos seus rogos. A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal, para apagar da terra a sua memória.Q94;Refrão
Os justos clamaram e o Senhor os ouviu, livrou-os de todas as suas angústias. O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado e salva os de ânimo abatido.Q94;Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Mt 4, 4b Refrão: Grandes e admiráveis são as vossas obras, Senhor. Repete-se Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão
EVANGELHO Mt 6, 7-15 «Orai assim»
A segunda leitura ensina-nos como responder à palavra de Deus na oração, no diálogo profundo em que o homem derrama a sua alma diante de Deus, a quem ousa chamar “Pai”. A oração é uma das ocupações principais do cristão na Quaresma. Jesus ensina-nos hoje como a oração deve ser, antes de mais, a voz do coração animado pela fé, pela esperança e pelo amor filial para com o Pai celeste, como o próprio Senhor fez durante os 40 dias que passou no deserto.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos, porque pensam que serão atendidos por falarem muito. Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes. Orai assim: ‘Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas». Palavra da salvação.
Roxo – Ofício da féria. Missa da féria, pf. da Quaresma.
L1: Lev 19, 1-2. 11-18; Sal 18 B (19), 8. 9. 10. 15 Ev: Mt 25, 31-46
* Pode celebrar-se a memória de S. Perpétua e S. Felicidade, mártires, como se indica na p. 33, n. 9. * Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – I Vésp. de S. João de Deus.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 122, 2-3 Como os olhos dos servos se fixam nas mãos dos seus senhores, assim os nossos olhos se voltam para o Senhor nosso Deus, até que tenha piedade de nós. Piedade, Senhor, tende piedade de nós.
ORAÇÃO COLECTA Convertei-nos a Vós, Deus, nosso Salvador, e, para que nos seja proveitosa a penitência quaresmal, iluminai a nossa alma com a doutrina celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Lev 19, 1-2.11-18 «Julgarás o teu próximo segundo a justiça»
Depois dos quatro dias de entrada na Quaresma na semana anterior, começaram ontem a conta-se os quarenta dias simbólicos, tantas vezes referidos na Sagrada Escritura, mas agora como preparação para a Páscoa. Neles a Igreja retoma os quarenta anos do povo de Deus no deserto a caminho da Terra Prometida. Neste Deserto quaresmal, o alimento celeste que dará força ao povo de Deus não é já o maná, mas, a sua Palavra, que logo desde o início deste tempo, assim aparece resumida: “Sede santos”. E as formas de santidade logo se concretizam nas diversas formas de relação com o próximo.
Leitura do Livro do Levítico O Senhor dirigiu-Se a Moisés, dizendo: «Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo. Não furtareis, não direis mentiras, nem cometereis fraudes uns com os outros. Não prestarás juramento falso, invocando o meu nome, pois profanarias o nome do teu Deus. Eu sou o Senhor. Não oprimirás nem expropriarás o teu próximo. Não ficará contigo até ao dia seguinte o salário do jornaleiro. Não insultarás um surdo nem colocarás tropeços diante de um cego, mas temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor. Não cometerás injustiças nos teus julgamentos: não favorecerás indevidamente um pobre, nem darás preferência ao poderoso; julgarás o teu próximo segundo a justiça. Não caluniarás os teus parentes, nem conspirarás contra a vida do teu próximo. Eu sou o Senhor. Não odiarás do íntimo do coração os teus irmãos, mas corrigirás o teu próximo, para não incorreres em falta por causa dele. Não te vingarás, nem guardarás rancor contra os filhos do teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor’». Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 18 B (19), 8.9.10.15 (R. Jo 6, 63c) Refrão: As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida. Repete-se
A lei do Senhor é perfeita, ela reconforta a alma; as ordens do Senhor são firmes, dão sabedoria aos simples. Refrão
Os preceitos do Senhor são rectos e alegram o coração; Os mandamentos do Senhor são claros e iluminam os olhos. Refrão
O temor do Senhor é puro e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros, todos eles são rectos. Refrão
Aceitai as palavras da minha boca e os pensamentos do meu coração estejam na vossa presença: Vós, Senhor, sois o meu amparo e redentor. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO 2 Cor 6, 2b Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória. Repete-se Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação. Refrão
EVANGELHO Mt 25, 31-46 «O que fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes»
Logo desde o princípio da Quaresma, ergue-se diante da assembleia cristã o Senhor sentado no seu tribunal. Ele é o Bom Pastor, a separar as ovelhas dos cabritos, isto é, aqueles em quem a Palavra de Deus levou até à prática das boas obras, sobretudo em relação ao próximo, e aqueles em quem a Palavra, uma vez escutada, ficou estéril. É esta uma maneira de nos fazer compreender que a Quaresma é tempo de conversão e de renovação do amor de Deus e ao próximo.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus Anjos, sentar-Se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me recolhestes; não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’. Então os justos Lhe dirão: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou sem roupa e Te vestimos? Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?’. E o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes’. Dirá então aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos. Porque tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber; era peregrino e não Me recolhestes; estava sem roupa e não Me vestistes; estive doente e na prisão e não Me fostes visitar’. Então também eles Lhe hão-de perguntar: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede, peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão, e não Te prestámos assistência?’ E Ele lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também a Mim o deixastes de fazer’. Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna». Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Aceitai, Senhor, estas ofertas que Vos apresentamos e fazei que, pela vossa graça, nos alcancem o perdão dos pecados e santifiquem toda a nossa vida. Por Nosso Senhor.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 25, 40.34 Em verdade vos digo: Tudo o que fizestes ao mais pequenino dos meus irmãos, a Mim o fizestes. Vinde, benditos de meu Pai, recebei o reino preparado para vós desde o princípio do mundo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO A participação neste sacramento, Senhor, nos fortaleça a alma e o corpo, para que, inteiramente renovados, nos alegremos sempre com a plenitude deste remédio celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Roxo – Ofício próprio (Semana I do Saltério). + Missa própria, Credo, pf. próprio.
Toma-se o Lecionário dominical (Ano C).
L1: Deut 26, 4-10; Sal 90 (91), 1-2. 10-11. 12-13. 14-15 L2: Rom 10, 8-13 Ev: Lc 4, 1-13
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial. * II Vésp. do domingo. Compl. dep. II Vésp. dom.
Ano C
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 90, 15-16 Quando me invocar, hei-de atendê-lo; hei-de libertá-lo e dar-lhe glória. Favorecê-lo-ei com longa vida e lhe mostrarei a minha salvação. Não se diz o Glória.
ORAÇÃO COLECTA Concedei-nos, Deus omnipotente, que, pela observância quaresmal, alcancemos maior compreensão do mistério de Cristo e a nossa vida seja dele um digno testemunho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Deut 26, 4-10 A profissão de fé do povo eleito
Através da oferta dos primeiros frutos da terra, o Povo eleito reconhece que tudo vem de Deus: a terra que cultiva, assim como a energia para a cultivar. Com este gesto, o homem vencia a tentação de se encerrar no mundo material, afirmando o primado do espiritual: «nem só de pão vive o homem». Mas este gesto tem uma dimensão religiosa mais profunda. Na verdade, a oferta das primícias a Deus, por intermédio do sacerdote, era acompanhada duma autêntica profissão de fé, em que se recapitulavam os acontecimentos mais importantes da História da Salvação.
Leitura do Livro do Deuteronómio Moisés falou ao povo, dizendo: «O sacerdote receberá da tua mão as primícias dos frutos da terra e colocá-las-á diante do altar do Senhor teu Deus. E diante do Senhor teu Deus, dirás as seguintes palavras: ‘Meu pai era um arameu errante, que desceu ao Egipto com poucas pessoas, e aí viveu como estrangeiro até se tornar uma nação grande, forte e numerosa. Mas os egípcios maltrataram-nos, oprimiram-nos e sujeitaram-nos a dura escravidão. Então invocámos o Senhor Deus dos nossos pais e o Senhor ouviu a nossa voz, viu a nossa miséria, o nosso sofrimento e a opressão que nos dominava. O Senhor fez-nos sair do Egipto com mão poderosa e braço estendido, espalhando um grande terror e realizando sinais e prodígios. Conduziu-nos a este lugar e deu-nos esta terra, uma terra onde corre leite e mel. E agora venho trazer-Vos as primícias dos frutos da terra que me destes, Senhor’. Então colocarás diante do Senhor teu Deus as primícias dos frutos da terra e te prostrarás diante do Senhor teu Deus». Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 90 (91), 1-2.10-15 (R. cf. 15b) Refrão: Estai comigo, Senhor, no meio da adversidade. Repete-se
Tu que habitas sob a protecção do Altíssimo e moras à sombra do Omnipotente, diz ao Senhor: «Sois o meu refúgio e a minha cidadela: meu Deus, em Vós confio». Refrão
Nenhum mal te acontecerá, nem a desgraça se aproximará da tua tenda, porque Ele mandará aos seus Anjos que te guardem em todos os teus caminhos. Refrão
Na palma das mãos te levarão, para que não tropeces em alguma pedra. Poderás andar sobre víboras e serpentes, calcar aos pés o leão e o dragão. Refrão
Porque em Mim confiou, hei-de salvá-lo; hei-de protegê-lo, pois conheceu o meu nome. Quando Me invocar, hei-de atendê-lo, estarei com ele na tribulação, hei-de libertá-lo e dar-lhe glória. Refrão
LEITURA II Rom 10, 8-13 Profissão de fé dos que crêem em Cristo
A fé do Povo Eleito baseava-se em factos concretos, pelos quais Deus manifestava o Seu amor e a Sua fidelidade. A fé cristã consiste na adesão a uma pessoa, Jesus Cristo, Ressuscitado, e, por isso, Senhor. Com efeito, todas as maravilhosas inter¬venções salvíficas de Deus têm o seu ponto culminante no Mistério Pascal de Cristo. Deste modo, «a fé é crer em Alguém e não em alguma coisa, o que significa abrir um crédito, que me põe à disposição do Único, em quem creio» (Gabriel Marcel). Só esta fé em Cristo Ressuscitado, proclamada com alegria e vivida até às últimas consequências, nos dá a salvação.
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos Irmãos: Que diz a Escritura? «A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração». Esta é a palavra da fé que nós pregamos. Se confessares com a tua boca que Jesus é o Senhor e se acreditares no teu coração que Deus O ressuscitou dos mortos, serás salvo. Pois com o coração se acredita para obter a justiça e com a boca se professa a fé para alcançar a salvação. Na verdade, a Escritura diz: «Todo aquele que acreditar no Senhor não será confundido». Não há diferença entre judeu e grego: todos têm o mesmo Senhor, rico para com todos os que O invocam. Portanto, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Palavra do Senhor.
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Mt 4, 4b Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai. Repete-se
Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão
EVANGELHO Lc 4, 1-13 «Esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado»
A tentação no Deserto não foi um acontecimento isolado. Foi o começo duma luta contra o «príncipe deste mundo», que se prolongará por toda a vida, atingindo o auge com a Morte em Jerusalém. Como a de Jesus, a vida do cristão conhece também a prova da tentação. O Baptismo, que nos faz filhos de Deus, não nos introduz num estado de segurança. É antes o começo de dura caminhada, no decorrer da qual a nossa fidelidade a Deus é, muitas vezes, posta à prova. Em todas as circunstâncias, porém, o cristão poderá ser invencível. Cristo Ressuscitado, que venceu, definitivamente, o mal, ficou na Eucaristia, para nos comunicar esse poder.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou-Se das margens do Jordão. Durante quarenta dias, esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado pelo Diabo. Nesses dias não comeu nada e, passado esse tempo, sentiu fome. O Diabo disse-lhe: «Se és Filho de Deus, manda a esta pedra que se transforme em pão». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem’». O Diabo levou-O a um lugar alto e mostrou-Lhe num instante todos os reinos da terra e disse-Lhe: «Eu Te darei todo este poder e a glória destes reinos, porque me foram confiados e os dou a quem eu quiser. Se Te prostrares diante de mim, tudo será teu». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto’». Então o Diabo levou-O a Jerusalém, colocou-O sobre o pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, atira-Te daqui abaixo, porque está escrito: ‘Ele dará ordens aos seus Anjos a teu respeito, para que Te guardem’; e ainda: ‘Na palma das mãos te levarão, para que não tropeces em alguma pedra’». Jesus respondeu-lhe: «Está mandado: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’». Então o Diabo, tendo terminado toda a espécie de tentação, retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo. Palavra da salvação.
Diz-se o Credo.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Fazei que a nossa vida, Senhor, corresponda à oferta das nossas mãos, com a qual damos início à celebração do tempo santo da Quaresma. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
PREFÁCIO As tentações do Senhor V. O Senhor esteja convosco. R. Ele está no meio de nós. V. Corações ao alto. R. O nosso coração está em Deus. V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus. R. É nosso dever, é nossa salvação. Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo nosso Senhor. Jejuando durante quarenta dias, Ele santificou a observância quaresmal e, triunfando das insídias da antiga serpente, ensinou-nos a vencer as tentações do pecado, para que, celebrando dignamente o mistério pascal, passemos um dia à Páscoa eterna. Por isso, com os Anjos e os Santos, proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz: Santo, Santo, Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 4, 4 Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que vem da boca de Deus.
Ou Salmo 90, 4 O Senhor te cobrirá com as suas penas, debaixo das suas asas encontrarás abrigo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Saciados com o pão do Céu, que alimenta a fé, confirma a esperança e fortalece a caridade, nós Vos pedimos, Senhor: ensinai-nos a ter fome de Cristo, o verdadeiro pão da vida, e a alimentar-nos de toda a palavra que da vossa boca nos vem. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Roxo – Ofício da féria. Missa da féria, pf. da Quaresma.
L1: Is 58, 9b-14; Sal 85 (86), 1-2. 3-4. 5-6 Ev: Lc 5, 27-32
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 68, 17 Ouvi-me, Senhor, pela vossa bondade. Respondei-me, Senhor, pela vossa misericórdia.
ORAÇÃO COLECTA Deus eterno e omnipotente, olhai benigno para a nossa fraqueza e protegei-nos com o poder do vosso braço. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 58, 9b-14 «Se deres do teu pão ao faminto, brilhará na escuridão a tua luz»
Na primeira parte desta leitura, insiste-se na prática da caridade para com o próximo, caridade que, muitas vezes, será até exigência da própria justiça. As formas ascéticas da Quaresma devem começar por aqui. A segunda parte, refere-se à santificação, por parte do homem, do dia consagrado ao Senhor, que, na antiga Lei, foi o sábado, e, na nova Lei, é o Domingo. O amor de Deus e o amor do próximo são, de facto, as duas asas do espírito, com que ele para Deus se eleva.
Leitura do Livro de Isaías Eis o que diz o Senhor: «Se tirares do meio de ti toda a opressão, os gestos de ameaça e as palavras ofensivas, se deres do teu pão ao faminto e matares a fome ao indigente, brilhará na escuridão a tua luz e a tua noite será como o meio-dia. O Se¬-nhor será sempre o teu guia e saciará a tua alma nos lugares desertos. Dará vigor aos teus ossos e tu serás como o jardim bem regado, como nascente cujas águas nunca faltam. Reconstruirás as ruínas antigas e levantarás os alicerces seculares; e serás chamado ‘reparador de brechas’, ‘restaurador de casas em ruínas’. Se te abstiveres de profanar o sábado e de tratar de negócios no dia santificado, se chamares ao sábado as tuas delícias e o consagrares à glória do Senhor, se o respeitares não fazendo viagens, evitando os teus negócios e empreendimentos, então encontrarás no Senhor as tuas delícias; Eu te levarei em triunfo às alturas da terra e farei que te alimentes da herança de teu pai Jacob». Assim falou a boca do Senhor. Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 85 (86), 1-2.3-4.5-6 (R. 11a) Refrão: Ensinai-me, Senhor, o vosso caminho para que eu ande na vossa presença. Repete-se
Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e atendei-me, porque sou pobre e desvalido. Defendei a minha vida, pois Vos sou fiel, salvai o vosso servo que em Vós confia, meu Deus. Refrão
Tende piedade de mim, Senhor, que a Vós clamo todo o dia. Alegrai a alma do vosso servo, porque a Vós, Senhor, elevo a minha alma. Refrão Vós, Senhor, sois bom e indulgente, cheio de misericórdia para com todos os que Vos invocam. Ouvi, Senhor, a minha oração, atendei a voz da minha súplica. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Ez 33, 11 Refrão: Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo. Repete-se Eu não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que se converta e viva. Refrão
EVANGELHO Lc 5, 27-32 «Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores, para que se arrependam»
A história do chamamento de Levi lê-se no início da Quaresma para nos inculcar o sentido último deste tempo litúrgico e nos ajudar a descobrir a intenção profunda do apelo que o Senhor dirige neste tempo à sua Igreja, e, por ela, a todos os homens. O Senhor olha para nós hoje como olhou outrora para Levi, com olhar de misericórdia; e chama-nos como a ele o chamou. A Quaresma é tempo favorável para escutar o seu apelo. E a resposta de Levi é modelo para a nossa resposta.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, Jesus viu um publicano chamado Levi, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele, dei¬xando tudo, levantou-se e seguiu Jesus. Levi ofereceu-lhe um grande banquete em sua casa. Havia grande número de publicanos e de outras pessoas com eles à mesa. Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os publicanos e os pecadores?» Então Jesus, tomando a palavra, disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores, para que se arrependam». Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Por este sacrifício de reconciliação e de louvor, purificai, Senhor, os nossos corações para que se tornem uma oblação agradável a vossos olhos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 9, 13 Antes quero a misericórdia que o sacrifício, diz o Senhor. Eu não vim chamar os justos mas os pecadores.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Senhor, que nos fortificais com o pão do Céu, fazei que a celebração deste mistério na vida presente seja para nós penhor de vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Roxo – Ofício da féria. Missa da féria, pf. da Quaresma.
L1: Is 58, 9b-14; Sal 85 (86), 1-2. 3-4. 5-6 Ev: Lc 5, 27-32
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 68, 17 Ouvi-me, Senhor, pela vossa bondade. Respondei-me, Senhor, pela vossa misericórdia.
ORAÇÃO COLECTA Deus eterno e omnipotente, olhai benigno para a nossa fraqueza e protegei-nos com o poder do vosso braço. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 58, 9b-14 «Se deres do teu pão ao faminto, brilhará na escuridão a tua luz»
Na primeira parte desta leitura, insiste-se na prática da caridade para com o próximo, caridade que, muitas vezes, será até exigência da própria justiça. As formas ascéticas da Quaresma devem começar por aqui. A segunda parte, refere-se à santificação, por parte do homem, do dia consagrado ao Senhor, que, na antiga Lei, foi o sábado, e, na nova Lei, é o Domingo. O amor de Deus e o amor do próximo são, de facto, as duas asas do espírito, com que ele para Deus se eleva.
Leitura do Livro de Isaías Eis o que diz o Senhor: «Se tirares do meio de ti toda a opressão, os gestos de ameaça e as palavras ofensivas, se deres do teu pão ao faminto e matares a fome ao indigente, brilhará na escuridão a tua luz e a tua noite será como o meio-dia. O Se¬-nhor será sempre o teu guia e saciará a tua alma nos lugares desertos. Dará vigor aos teus ossos e tu serás como o jardim bem regado, como nascente cujas águas nunca faltam. Reconstruirás as ruínas antigas e levantarás os alicerces seculares; e serás chamado ‘reparador de brechas’, ‘restaurador de casas em ruínas’. Se te abstiveres de profanar o sábado e de tratar de negócios no dia santificado, se chamares ao sábado as tuas delícias e o consagrares à glória do Senhor, se o respeitares não fazendo viagens, evitando os teus negócios e empreendimentos, então encontrarás no Senhor as tuas delícias; Eu te levarei em triunfo às alturas da terra e farei que te alimentes da herança de teu pai Jacob». Assim falou a boca do Senhor. Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 85 (86), 1-2.3-4.5-6 (R. 11a) Refrão: Ensinai-me, Senhor, o vosso caminho para que eu ande na vossa presença. Repete-se
Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e atendei-me, porque sou pobre e desvalido. Defendei a minha vida, pois Vos sou fiel, salvai o vosso servo que em Vós confia, meu Deus. Refrão
Tende piedade de mim, Senhor, que a Vós clamo todo o dia. Alegrai a alma do vosso servo, porque a Vós, Senhor, elevo a minha alma. Refrão Vós, Senhor, sois bom e indulgente, cheio de misericórdia para com todos os que Vos invocam. Ouvi, Senhor, a minha oração, atendei a voz da minha súplica. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Ez 33, 11 Refrão: Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo. Repete-se Eu não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que se converta e viva. Refrão
EVANGELHO Lc 5, 27-32 «Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores, para que se arrependam»
A história do chamamento de Levi lê-se no início da Quaresma para nos inculcar o sentido último deste tempo litúrgico e nos ajudar a descobrir a intenção profunda do apelo que o Senhor dirige neste tempo à sua Igreja, e, por ela, a todos os homens. O Senhor olha para nós hoje como olhou outrora para Levi, com olhar de misericórdia; e chama-nos como a ele o chamou. A Quaresma é tempo favorável para escutar o seu apelo. E a resposta de Levi é modelo para a nossa resposta.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, Jesus viu um publicano chamado Levi, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele, dei¬xando tudo, levantou-se e seguiu Jesus. Levi ofereceu-lhe um grande banquete em sua casa. Havia grande número de publicanos e de outras pessoas com eles à mesa. Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os publicanos e os pecadores?» Então Jesus, tomando a palavra, disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores, para que se arrependam». Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Por este sacrifício de reconciliação e de louvor, purificai, Senhor, os nossos corações para que se tornem uma oblação agradável a vossos olhos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 9, 13 Antes quero a misericórdia que o sacrifício, diz o Senhor. Eu não vim chamar os justos mas os pecadores.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Senhor, que nos fortificais com o pão do Céu, fazei que a celebração deste mistério na vida presente seja para nós penhor de vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Roxo – Ofício da féria. Missa da féria, pf. da Quaresma.
L1: Deut 30, 15-20; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6 Ev: Lc 9, 22-25
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 54, 17-20.23 Quando clamei ao Senhor, Ele ouviu a minha voz e livrou-me dos inimigos. Confia ao Senhor os teus cuidados e Ele te salvará.
ORAÇÃO COLECTA Fazei, Senhor, que a vossa graça inspire sempre as nossas obras e as sustente até ao fim, para que toda a nossa actividade por Vós comece e em Vós acabe. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Deut 30, 15-20 «Ponho hoje diante de vós a bênção e a maldição»
A Quaresma começa por nos propor a espiritualidade dos dois caminhos, o da vida e o da morte, o da bênção e o da maldição. É esta a espiritualidade do Salmo 1 que serve de abertura a todo o saltério, e que é conhecida dos cristãos desde o princípio da Igreja. A Quaresma é tempo para se escolher, de novo, o caminho que leva à comunhão com Deus em Cristo no Espírito Santo.
Leitura do Livro do Deuteronómio Moisés falou ao povo, dizendo: «Ponho hoje diante de ti a vida e a felicidade, a morte e a infelicidade. Se cumprires os mandamentos do Senhor, teu Deus, que hoje te proponho – amando o Senhor, teu Deus, seguindo os seus caminhos e observando a sua lei, os seus mandamentos e preceitos – viverás e multiplicar-te-ás e o Senhor, teu Deus, te abençoará na terra de que vais tomar posse. Mas se o teu coração se desviar e não quiseres ouvir, se te deixares seduzir para adorar e servir outros deuses, declaro-te hoje que hás-de perecer e não prolongarás os teus dias na terra em que vais entrar para dela tomar posse depois de passares o Jordão. Tomo hoje o céu e a terra como testemunhas contra vós: proponho-vos a vida e a morte, a bênção e a maldição. Portanto, escolhe a vida, para que vivas tu e a tua descendência, amando o Senhor, teu Deus, escutando a sua voz e aderindo a Ele. Disto depende a tua vida e a longa permanência na terra que o Senhor jurou dar a teus pais Abraão, Isaac e Jacob». Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 1, 1-2.3.4.6 (R. Salmo 39, 5a) Refrão: Feliz o homem que pôs a sua esperança no Senhor. Repete-se
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, mas antes se compraz na lei do Senhor, e nela medita dia e noite. Refrão
É como árvore plantada à beira das águas: dá fruto a seu tempo e sua folhagem não murcha. Tudo quanto fizer será bem sucedido. Refrão
Bem diferente é a sorte dos ímpios: são como palha que o vento leva. O Senhor vela pelo caminho dos justos, mas o caminho dos pecadores leva à perdição. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Mt 4, 17 Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai. Repete-se Arrependei-vos, diz o Senhor; está próximo o reino dos Céus. Refrão
EVANGELHO Lc 9, 22-25 «Quem perder a vida por minha causa, salvá-la-á»
Desde o princípio da Quaresma nos é também proposto o Mistério Pascal de Cristo morto e ressuscitado, mistério que vamos celebrar no Tríduo Pascal. Mas o que a Igreja celebra na liturgia, ela o vive na vida de cada dia, seguindo o Senhor Jesus Cristo, o qual deu a vida por nós para nos levar à glória.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia». E, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, tem de perdê-la; mas quem perder a vida por minha causa salvá-la-á. Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou arruinar-se a si próprio?». Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Recebei benignamente, Senhor, os dons que apresentamos sobre o altar, para que nos alcancem o perdão e dêem glória ao vosso nome. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 50, 12 Criai em mim, Senhor, um coração puro e renovai em mim a firmeza de alma.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Concedei, Deus omnipotente, que este alimento celeste que recebemos seja para nós fonte inesgotável de perdão e de salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Sab 11, 24-25.27 De todos Vos compadeceis, Senhor, e amais tudo quanto fizestes; perdoais aos pecadores arrependidos, porque sois o Senhor nosso Deus.
Omite-se o acto penitencial, porque é substituído pela imposição das cinzas.
ORAÇÃO COLECTA Concedei-nos, Senhor, a graça de começar com santo jejum este tempo da Quaresma, para que, no combate contra o espírito do mal, sejamos fortalecidos com o auxílio da temperança. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Joel 2, 12-18 «Rasgai o vosso coração e não os vossos vestidos»
Pela palavra do profeta da penitência somos convocados para a assembleia do povo de Deus. Somos todos convocados, sem excepção, seja qual for a nossa condição humana. Aí aprenderemos, ao longo destes dias, como faremos penitência em ordem à renovação pascal. Todo o cristão se há-de manifestar, na Quaresma, membro de um povo que se regenera, renovando em si a vida baptismal por meio de uma profunda reconversão.
Leitura da Profecia de Joel Diz agora o Senhor: «Convertei-vos a Mim de todo o coração, com jejuns, lágrimas e lamentações. Rasgai o vosso coração e não os vossos vestidos. Convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque Ele é clemente e compassivo, paciente e misericordioso, pronto a desistir dos castigos que promete. Quem sabe se Ele não vai reconsiderar e desistir deles, deixando atrás de Si uma bênção, para oferenda e libação ao Senhor, vosso Deus? Tocai a trombeta em Sião, ordenai um jejum, proclamai uma reunião sagrada. Reuni o povo, convocai a assembleia, congregai os anciãos, reuni os jovens e as crianças. Saia o esposo do seu aposento e a esposa do seu tálamo. Entre o vestíbulo e o altar, chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, dizendo: ‘Perdoai, Senhor, perdoai ao vosso povo e não entregueis a vossa herança à ignomínia e ao escárnio das nações. Porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?’». O Senhor encheu-Se de zelo pela sua terra e teve compaixão do seu povo. Palavra do Senhor.
Refrão: Pecámos, Senhor: tende compaixão de nós. Repete-se Ou: Tende compaixão de nós, Senhor, porque somos pecadores. Repete-se
Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade, pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados. Lavai-me de toda a iniquidade e purificai-me de todas as faltas. Refrão
Porque eu reconheço os meus pecados e tenho sempre diante de mim as minhas culpas. Pequei contra Vós, só contra Vós, e fiz o mal diante dos vossos olhos. Refrão
Criai em mim, ó Deus, um coração puro e fazei nascer dentro de mim um espírito firme. Não queirais repelir-me da vossa presença e não retireis de mim o vosso espírito de santidade. Refrão
Dai-me de novo a alegria da vossa salvação e sustentai-me com espírito generoso. Abri, Senhor, os meus lábios e a minha boca cantará o vosso louvor. Refrão
LEITURA II 2 Cor 5, 20 — 6, 2 «Reconciliai-vos com Deus. Este é o tempo favorável»
A Igreja e os seus ministros são os arautos de Deus para chamarem o povo à conversão e à reconciliação, especialmente neste tempo, para isso particularmente favorável. Mas é Deus quem, no fundo, convida, como é Deus quem perdoa e reconcilia. Ele é sempre o princípio e o termo da nossa conversão.
Leitura da Seg. Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios Irmãos: Nós somos embaixadores de Cristo; é Deus quem vos exorta por nosso intermédio. Nós vos pedimos em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus. A Cristo, que não conhecera o pecado, identificou-O Deus com o pecado por amor de nós, para que em Cristo nos tornássemos justiça de Deus. Como colaboradores de Deus, nós vos exortamos a que não recebais em vão a sua graça. Porque Ele diz: «No tempo favorável, Eu te ouvi; no dia da salvação, vim em teu auxílio». Este é o tempo favorável, este é o dia da salvação. Palavra do Senhor.
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Salmo 94, 8ab Refrão:Louvor e glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor.
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações. Refrão
EVANGELHO Mt 6, 1-6.16-18 «Teu Pai, que vê no segredo, te dará a recompensa»
O tempo da Quaresma deve ser tempo de prática mais intensa das boas obras, particularmente das chamadas “obras de misericórdia”, sob a forma mais adequada às circunstâncias de cada um; mas, em qualquer caso, tudo há-de sair do coração sincero e penitente e conduzir à renovação, cada ano mais profunda desse mesmo coração, sob o único olhar de Deus. “A discrição é o perfume de todas as virtudes”, diz um Santo.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Aliás, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está nos Céus. Assim, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando rezardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de orar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a ecompensa. Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa». Palavra da salvação.
Bênção das cinzas
Depois da homilia, o sacerdote, de pé, diz com as mãos juntas: Irmãos caríssimos: Oremos fervorosamente a Deus nosso Pai, para que Se digne abençoar com a abundância da sua graça estas cinzas que vamos impor sobre as nossas cabeças, em sinal de penitência.
E depois de alguns momentos de oração em silêncio, diz uma das orações seguintes: Senhor nosso Deus, que Vos compadeceis daquele que se humi¬lha e perdoais àquele que se arrepende, ouvi misericordiosamente as nossas preces e derramai a vossa bênção + sobre os vossos servos que vão receber estas cinzas, para que, fiéis à observância quaresmal, mereçam chegar, de coração purificado, à celebração do mistério pascal do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Ou Deus de infinita bondade, que não desejais a morte do pecador mas a sua conversão, ouvi misericordiosamente as nossas súplicas e dignai-Vos abençoar @ estas cinzas que vamos impor sobre as nossas cabeças, para que, reconhecendo que somos pó da terra e à terra havemos de voltar, alcancemos, pelo fervor da obser¬vância quaresmal, o perdão dos pecados e uma vida nova à imagem do vosso Filho ressuscitado, Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
O sacerdote asperge as cinzas com água benta, sem dizer nada. Imposição das cinzas Em seguida, o sacerdote impõe as cinzas a todos os presentes que se aproximam dele, dizendo a cada um: Arrependei-vos e acreditai no Evangelho. Mc 1, 15
Ou cf. Gen 3, 19 Lembra-te, homem, que és pó da terra e à terra hás-de voltar. Entretanto, canta-se um cântico apropriado, por exemplo:
ANTÍFONA cf. Joel 2 ,13 Mudemos as nossas vestes pela cinza e o cilício. Jejuemos e choremos diante do Senhor, porque Deus é infinitamente misericordioso e perdoa os nossos pecados.
Ou cf. Joel 2,17; Est 13,17 Entre o vestíbulo e o altar, chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, dizendo: Perdoai, Senhor, perdoai ao vosso povo, para que possa cantar sempre os vossos louvores.
Ou Salmo 50, 3 Lavai-me de toda a iniquidade, Senhor.
Pode repetir-se esta antífona depois de cada versículo ou estrofe do salmo 50 Compadecei-Vos de mim, ó Deus.
RESPONSÓRIO cf. Bar 3, 2; Salmo 78, 9 V. Renovemos a nossa vida, reparemos o mal que fizemos, para que não nos surpreenda o dia da morte e nos falte o tempo para nos convertermos. R. Ouvi-nos, Senhor, e tende compaixão de nós, porque somos pecadores. V. Ajudai-nos, Senhor, para glória do vosso nome; perdoai as nossas culpas e salvai-nos. R. Ouvi-nos, Senhor, e tende compaixão de nós, porque somos pecadores. Terminada a imposição das cinzas, o sacerdote lava as mãos. O rito conclui-se com a oração universal ou oração dos fiéis. Não se diz o Credo.
Liturgia Eucarística
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Recebei, Senhor, este sacrifício, com o qual iniciamos solenemente a Quaresma, e fazei que, pela penitência e pela caridade, nos afastemos do caminho do mal, a fim de que, livres de todo o pecado, nos preparemos para celebrar fervorosamente a paixão de Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma III ou IV
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 1, 2-3 Aquele que medita dia e noite na lei do Senhor dará fruto a seu tempo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Senhor, fazei que este sacramento nos leve a praticar o verdadeiro jejum que seja agradável a vossos olhos e sirva de remédio aos nossos males. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. A bênção e imposição das cinzas pode fazer-se também fora da Missa. Nesse caso, convém que preceda uma liturgia da palavra, utilizando a antífona de entrada, a oração colecta, as leituras e seus cânticos, como na Missa. Depois da homilia, procede-se à bênção e imposição das cinzas. O rito conclui com a oração universal.
A fé que nos leva a seguir Jesus pode ser mais ou menos profunda, e daí, para nós, mais ou menos exigente. Cada um há-de escutar a palavra de Jesus com a exigência que o Senhor lhe inspirar; mas, em qualquer caso, os interesses desregrados desta vida, especialmente o amor às riquezas, podem ser grande entrave para entrar na vida eterna!
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, ia Jesus pôr-Se a caminho, quando um homem se aproximou correndo, ajoelhou diante d’Ele e Lhe perguntou: «Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?». Jesus respondeu: «Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. Tu sabes os mandamentos: ‘Não mates; não cometas adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe’». O homem disse a Jesus: «Mestre, tudo isso tenho eu cumprido desde a juventude». Jesus olhou para ele com simpatia e respondeu: «Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me». Ao ouvir estas palavras, o homem ficou abatido e retirou-se pesaroso, porque era muito rico. Então Jesus, olhando à sua volta, disse aos discípulos: «Como será difícil para os que têm riquezas entrar no reino de Deus!». Os discípulos ficaram admirados com estas palavras. Mas Jesus afirmou-lhes de novo: «Meus filhos, como é difícil entrar no reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus». Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode então salvar-se?». Fitando neles os olhos, Jesus respondeu: «Aos homens é impossível, mas não a Deus, porque a Deus tudo é possível».
Palavra da salvação.
Reflexão
Hoje S. Marcos conta-nos que um homem rico pergunta a Jesus: «Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?». Jesus responde enumerando os mandamentos da lei de Deus. O rico diz que os cumpre desde pequeno. Então Jesus, carinhosamente, sugere-lhe que ainda falta cumprir uma coisa: «Vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no reino dos Céus. Depois, vem e segue-Me. Ouvindo estas palavras, anuviou-se-lhe o semblante e retirou-se pesaroso, porque era muito rico».
Este episódio levou Jesus a instruir os seus discípulos sobre a necessidade de desprendimento dos bens terrenos para alcançar o reino de Deus. O apego aos bens endurece o coração – foi o que aconteceu ao jovem rico do evangelho de hoje, dificulta as relações com os outros, esfria a fraternidade humana, torna impossível o seguimento de Cristo.
O ensinamento de Cristo patrocina o desprendimento de quem sabe conformar-se com o necessário e partilhar com os outros o que tem não considerando o dinheiro como bem supremo. Se assim procedermos estamos aptos para a procura prioritária do Reino.
Cristo sendo rico, fez-Se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza. A celebração do seu amor na Eucaristia tem de avivar em nós o sentido da pobreza cristã e da solidariedade para com os irmãos mais pobres.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, vós convidais-nos a seguir-vos em pobreza voluntária no serviço do reino de Deus.
Ajuda-nos, Senhor, a romper com todas as nossas seguranças calculistas, tendo fé, arriscando e seguindo-Te, com a dignidade e a alegria do desprendimento.
VIDEO DE MEDITAÇÃO
O Senhor convida-nos a subir a montanha da felicidade. Diz-nos continuamente: Vem e Segue-me …Qual a nossa resposta?
«Recebereis cem vezes mais, já neste mundo, juntamente com perseguições, e, no mundo futuro, a vida eterna»
Numa linguagem hiperbólica, isto é, aparentemente exagerada, se atendermos apenas às palavras em si mesmas, Jesus pretende fazer compreender a superioridade indiscutível do valor da vida de quem O seguir, em comparação com os valores deste mundo, em si mesmos considerados. A linguagem intencionalmente forte já por si manifesta como não é fácil de compreender o sentido da vida de quem mais de perto seguir o Senhor.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Pedro começou a dizer a Jesus: «Vê como nós deixámos tudo para Te seguir». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: Todo aquele que tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras, por minha causa e por causa do Evangelho, receberá cem vezes mais, já neste mundo, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, juntamente com perseguições, e, no mundo futuro, a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros».
Palavra da salvação.
— Reflexão
Em nome dos seus companheiros, o apóstolo Pedro desejava saber qual a vantagem em seguir Jesus: “Já vês que nós deixámos tudo e seguimos-te”. Jesus promete para o presente uma recompensa centuplicada e para o futuro a vida eterna.
Após a renúncia aos afetos familiares e aos seus bens materiais, o discípulo encontrará, na comunidade dos irmãos na fé, apoio mais gratificante que as pequenas pertenças a que renunciou.
Mas pelo seguimento de Cristo, o discípulo está longe de ter todos os problemas resolvidos. Embarcar com ele na aventura do Reino supõe estar disposto a enfrentar as tempestades que acompanham toda a travessia durante a vida.
Deste modo ser cristão não é caminho obscuro para a morte, mas ganho presente e futuro. Os discípulos, que agora estão na categoria dos últimos, passarão um dia a ser os primeiros.
O seguidor de Cristo sabe em quem confia, e a sua total dependência de Deus ver-se-á cumulada abundantemente pela sua generosidade que ultrapassa toda a medida.
Tal sensação de plenitude pessoal não pode adquirir-se nem comprar-se com todo o ouro do mundo. Pois bem, Jesus ensinou isso há dois mil anos ao falar do desprendimento como condição para o seguir, alcançando assim a vida pela entrada no reino de Deus: Não necessitam de seguro contra todos os riscos; e encontram-se mais disponíveis para servir a Deus e abrir-se aos irmãos.
O desprendimento é a condição para seguir Jesus, alcançar a entrada no reino de Deus e comprometer-se a trabalhar para um mundo mais justo e mais humano, com atenção especial às necessidades dos mais pobres.
— Oração
Obrigado, Senhor Jesus, pela recompensa que prometes aos que vos seguirem em pobreza generosa. Dá-nos um coração de pobres, despojados de tudo, para receber centuplicada a riqueza do vosso Reino, do teu amor, da tua graça e da vida eterna.
«Teu Pai, que vê no segredo, te dará a recompensa»
O tempo da Quaresma deve ser tempo de prática mais intensa das boas obras, particularmente das chamadas “obras de misericórdia”, sob a forma mais adequada às circunstâncias de cada um; mas, em qualquer caso, tudo há-de sair do coração sincero e penitente e conduzir à renovação, cada ano mais profunda desse mesmo coração, sob o único olhar de Deus. “A discrição é o perfume de todas as virtudes”, diz um Santo.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Aliás, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está nos Céus. Assim, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando rezardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de orar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a ecompensa. Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa».
Palavra da salvação.
— Reflexão
O homem reto esforça-se por viver segundo a vontade de Deus cuidando constantemente do seu interior sem se preocupar com os aplausos dos outros . As leis humanas normalmente atingem o homem no seu comportamento exterior, a de Cristo desce ao mais intimo do próprio coração donde nasce o bem e o mal.
Jesus, novo Moisés veio ao mundo apresentar uma nova justiça : agradar a Deus através da esmola, a oração e o jejum abolindo a conduta publicitária dos hipócritas, e acreditar na recompensa do Senhor : Ele “vê no segredo”
Na nova religiosidade proposta por Cristo a intenção tem a primazia sobre a obra externa; o valor da nossa prática cristã é a rectidão, a sinceridade diante de Deus e a abertura ao próximo. Assim seremos testemunhas do evangelho e do seu reino e do verdadeiro culto a Deus em espírito e verdade.
A semente do Reino atua silenciosamente, mas a longo prazo mostra a sua eficácia transformando as estruturas e o coração do homem.
Somos hoje convidados a procurar a Deus sem aparências reluzentes, mas dando sempre atenção interior e entregando-se de alma e coração a buscar cumprir a sua vontade.
Ao receitarmos o Pai Nosso e dissermos com os lábios e com o coração: “Faça-se a vossa vontade”, estamos a seguir o seu exemplo. Porque “todo o que cumpre a vontade de meu Pai esse é meu irmão e minha irmã” (Mt 12,50).
Peçamos ao Senhor a graça de sermos cumpridores incondicionais da sua vontade servidores alegres do seu plano de salvação
— ORAÇÃO
Deus nosso Pai, purificaI-nos com o vosso olhar de santidade infinita.
Infundi em nós o vosso Espírito, vos procurar com sinceridade.
Transformai-nos por dentro para sermos transparentes à vossa luz.
O que é a Missa das Cinzas? Nesta 4º-feira, dia 6 Março, começa o Tempo Litúrgico da Quaresma. O Tempo da Quaresma ocorre nos quarenta dias antes da Páscoa (não se contam os Domingos). No primeiro dia deste vigoroso Tempo do Ano Litúrgico, a Igreja, cobre-se de cinzas na liturgia, dizendo a todos os fiéis com este austero rito da imposição das cinzas – somos pó e ao pó havemos de voltar!. Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante as palavras “Convertei-vos e crede no Evangelho”. As cinzas recordam-nos a fragilidade e a transitoriedade da vida humana, elas são para nós, Católicos, um símbolo sobre o necessário e indispensável dever da “metanóia”, da conversão, da mudança de vida. Na Missa das Cinzas, o cristão recebe do Sacerdote, uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta marca deve ser deixada até ao pôr do sol. Este simbolismo relembra a antiga tradição bíblica de pôr cinzas sobre a cabeça em sinal de arrependimento perante Deus. Para nós, Católicos, é um dia de jejum e abstinência, não sendo por isso um acaso o facto desse dia ser precedido pelo carnaval, palavra que vem do latim caro vale e que significa “adeus à carne”. Esta primeira penitência quaresmal ajuda-nos a ganhar consciência do facto de que estamos de passagem neste fadigoso itinerário sobre a terra. Recorda a nossa fragilidade, a finitude da vida presente, a nossa morte. Se não tivermos na nossa vida Aquele que é raiz da Vida, Deus Excelso, o que nos resta é apodrecer num caixão. E repare-se que a morte física, não é mais do que uma pálida imagem de uma morte ainda mais terrível: a condenação eterna daqueles que partem deste mundo privados da graça divina. Por isso, o facto da nossa vida aqui na terra ser uma passagem, marcada por um fim, deve ser motivo para aproveitarmos todo o tempo de que ainda dispomos para combater o nosso egoísmo e prepararmo-nos para o dia em que vamos comparecer diante de Deus limpos de toda culpa e ornados de graça e santidade. Contrariamente ao que dizem os foliões desenfreados, a vida não são dois dias, a vida da alma é eterna e isso deve estimular-nos a trabalhar até ao fim.
O que é Tempo Liturgico? O ano liturgico é o período de 12 meses, divididos em tempos litúrgicos, onde se celebram os mistérios de Cristo, assim como os Santos. Para organizar as comemorações religiosoas a Igreja estabeleceu um calendário de datas a serem seguidas, que se chama“Calendário Litúrgico”. O Ano Litúrgico começa no 1º Domingo do Advento e termina no sábado anterior a ele. O Ano Litúrgico está dividido em “Tempos Litúrgicos” e compreende dois tempos fortes, o Tempo da Páscoa, que é precedido pela Quaresma e o Tempo do Natal, que é precedido pelo Advento; nos restantes dias estamos no Tempo Comum.
Tempo do Advento – são quatro semanas antes do Natal, terminando no dia 24 de Dezembro. É um tempo de preparação para as solenidades do Natal.
Tempo do Natal – começa na véspera do Natal de Nosso Senhor e vai até à Festa do Baptismo do Senhor.
Tempo da Quaresma – dura quarenta dias, inicia-se na Quarta-feira de Cinzas e termina na Quinta-Feira Santa antes da Missa da Ceia do Senhor. É um tempo de conversão e penitência, jejum, caridade e oração em preparação para a Páscoa do Senhor. Neste período, na Missa, não se diz o Aleluia, nem se usam flores na Igreja, as imagens podem ser veladas com tecidos roxos, com exceção da cruz, que só é velada na Semana Santa, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Glória a Deus nas alturas, para que as manifestações de alegria sejam expressadas de forma mais intensa no tempo que se segue, a Páscoa.
Tempo da Páscoa – período entre o Domingo de Páscoa e o Domingo de Pentecostes, são cinquenta dias. Com o Domingo de Ramos aproximamo-nos do intenso Tríduo Pascal. Na Quinta-feira Santa temos a Missa da Santa Ceia do Senhor, nela celebramos a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemoramos o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos. Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo, por isso acontece apenas uma Celebração da Palavra, com Adoração da Cruz e a Comunhão. Durante o dia de sábado, Sábado Santo, a Igreja não exerce a Santíssima Eucaristia, pois permanece em contemplação de Jesus morto e sepultado. Mas chegada a noite desse sábado, o tempo já pertence ao Domingo de Páscoa e acontece a tão esperada Vigília pascal, o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.
Tempo Comum – restam no ciclo anual 33 ou 34 semanas. É um período sem grandes acontecimentos, mas que nos mostra que Deus se faz presente também nas coisas mais simples.
Estes Tempos Liturgicos são só para a Missa? A liturgia ajuda-nos nos pequenos actos da igreja doméstica a caminhar rumo à santidade. É por isso muito aconselhável que as famílias transportem estes tempos litúrgicos, as festas, as vigílias, para o dia-a-dia em casa, criando ou desenvolvendo costumes piedosos relacionados com a liturgia. Tratam-se de devoções pessoais ou tradições pessoais (de enfeites da casa, culinária, orações, leituras, penitências, etc) que derivam das tradições da Igreja. Assim podemos viver melhor o ritmo cristão da nossa existência, andando no compasso do calendário da Igreja, e tornando a liturgia mais “nossa”. Desta forma é mais fácil participar da Missa já que nos associarmos ao que a Igreja Universal faz, e fazemos a nossa família realmente uma igreja doméstica. Na nossa cultura há uma série de costumes familiares, gastronómicos, devocionais, que estão intimamente relacionados com a liturgia, ao manter estas tradições piedosas em casa estamos a passar às gerações vindouras um conhecimento e um amor a Deus tão subtil quanto genuíno.
EVANGELHO Lc 9, 22-25 «Quem perder a vida por minha causa, salvá-la-á»
Desde o princípio da Quaresma nos é também proposto o Mistério Pascal de Cristo morto e ressuscitado, mistério que vamos celebrar no Tríduo Pascal. Mas o que a Igreja celebra na liturgia, ela o vive na vida de cada dia, seguindo o Senhor Jesus Cristo, o qual deu a vida por nós para nos levar à glória.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia». E, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, tem de perdê-la; mas quem perder a vida por minha causa salvá-la-á. Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou arruinar-se a si próprio?».
Palavra da salvação.
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– Reflexão
Nesta quinta-feira, entramos na dinâmica do seguimento de Jesus em direção ao Calvário. No trecho do evangelho de hoje, Jesus anuncia aos seus discípulos o preço a pagar pela salvação da humanidade: perseguição, rejeição, condenação à morte e ressurreição.
Como o discípulo não é mais do que o Mestre, Jesus fala das exigências do seguimento: um caminho tortuoso repleto de incompreensões, perseguições, e em alguns casos o martírio e a morte…
Perguntemos a nós próprios: Vale a pena aceitar um Mestre que não propõe um sucesso humano mas uma derrota?
Sim, se confiarmos na sua Palavra Divina e eficaz: Quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á (Mt 16,25)
Vale a pena apostar em Cristo! Começar e acabar todas as atividades n’Ele. Perder por Cristo implica confiança absoluta na recompensa e opção decisiva entre morte e vida. Feliz o homem que pôs a sua esperança no Senhor. (do salmo 1)
Assumir o sofrimento a exemplo de Cristo é dar um sabor novo à nossa vida. Fugir da Cruz, centrar-se no nosso egoísmo é acabar completamente estéril…
Neste início da quaresma levantemos o nosso olhar para a Cruz e celebremos o grande mistério da morte e ressurreição de Cristo. Vivamos por Cristo, com Cristo e em Cristo. Se deixarmos que Ele entre no nosso coração, sentiremos dentro de nós um fogo ardente a penetrar todo o nosso corpo: “A minh’alma tem sede de vós como a terra sedenta, ó meu Deus!” (Sl 62,2).
— Oração
Senhor Jesus, inflamai os nossos corações para sermos desapegados em favor do anúncio da Boa Nova, para que tenhamos sempre a consciência de que a vossa graça nos basta, para que sejamos impelidos a escolher sempre a melhor parte: a liberdade, o Céu.
03 04 Mt 9 14-15 Sexta Feira depois das Cinzas
EVANGELHO Mt 9, 14-15
«Quando o esposo lhes for tirado, jejuarão»
Os dias em que o esposo será tirado é uma alusão à morte de Jesus. Hoje, esses dias – os dois primeiros do Tríduo Pascal – serão os dias de jejum por excelência da comunidade cristã. Ora, a Quaresma prepara para a celebração do Tríduo Pascal. É neste espírito de participação na paixão do Senhor que jejuamos na Quaresma, na forma e na medida em que o acharmos oportuno e a generosidade do nosso coração o inspirar, para morrermos com Ele e com Ele ressuscitarmos.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, os discípulos de João Baptista foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» Jesus respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto, en¬quanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado e nessa altura hão-de jejuar».
Palavra da salvação.
— Reflexão
O tema de hoje em Mt 19,14-15 convida-nos a refletir no sentido e importância do jejum entre os Judeus. Compreende-se facilmente o confronto entre os dois grupos de discípulos: os de João Baptista e os de Jesus, os observantes do Jejum ritual e os não observantes.
Jesus responde que Ele é o “noivo da comunidade”, e enquanto está presente não há motivo para jejuar. No dia em que Ele for tirado da comunidade, haverá motivos para jejuar. O tempo da sua presença na vida terrena é uma festa de bodas, e não convém o jejum.
Assim Jesus não se manifesta contra o jejum feito em ocasiões especiais, quando queremos servir melhor a Deus, quando nos arrependemos dos nossos pecados quando queremos criar em nós uma verdadeira «caridade operosa», para nos libertar dos fermentos do pecado…
Tendo em linha de conta a advertência de S. Paulo; “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus(1 Cor 10,31)”. perguntemos a nós mesmos com sinceridade:
Meus jejuns são autênticos compromissos com Deus ou faço-os por protocolo? Meus jejuns surgem do fundo do meu coração, da minha vontade? Qual o meu real compromisso cada vez que escuto a palavra de Deus?
Mais do que preocuparmo-nos com o jejum ritual, é importante viver a dimensão festiva da presença do Senhor que nos leva a colaborar com entusiasmo no seu Reino de amor!…
— Oração —
Pela Vossa bondade, Senhor, mostrai-Vos favorável às nossas obras de penitência, a fim de podermos realizar com espírito sincero a observância quaresmal que nos impomos.
Pe. Abílio Nunes
03 05 Lc 5, 27-32 Sábado depois das Cinzas
EVANGELHO Lc 5, 27-32
«Eu não vim chamar os justos,
vim chamar os pecadores, para que se arrependam»
A história do chamamento de Levi lê-se no início da Quaresma para nos inculcar o sentido último deste tempo litúrgico e nos ajudar a descobrir a intenção profunda do apelo que o Senhor dirige neste tempo à sua Igreja, e, por ela, a todos os homens. O Senhor olha para nós hoje como olhou outrora para Levi, com olhar de misericórdia; e chama-nos como a ele o chamou. A Quaresma é tempo favorável para escutar o seu apelo. E a resposta de Levi é modelo para a nossa resposta.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus viu um publicano chamado Levi, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele, dei¬xando tudo, levantou-se e seguiu Jesus. Levi ofereceu-lhe um grande banquete em sua casa. Havia grande número de publicanos e de outras pessoas com eles à mesa. Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os publicanos e os pecadores?» Então Jesus, tomando a palavra, disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores, para que se arrependam».
Palavra da salvação.
Reflexão de S. Marcos
REFLEXÃO
«Não vim chamar os justos, mas os pecadores» Mc 2, 13-17
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus saiu de novo para a beira-mar. A multidão veio ao seu encontro, e Ele começou a ensinar a todos. Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Encontrando-Se Jesus à mesa em casa de Levi, muitos publicanos e pecadores estavam também a mesa com Jesus e os seus discípulos, pois eram muitos os que O seguiam. Os escribas do partido dos fariseus, ao verem-n’O comer com os pecadores e os publicanos, diziam aos discipulos: «Por que motivo é que Ele come com publicanos e pecadores?». Jesus ouviu e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».
Palavra da salvação.
Os líderes religiosos criticaram Jesus por se relacionar com pecadores e cobradores de impostos como Levi. Os ortodoxos judeus evitavam escrupulosamente sua companhia, recusavam-se a fazer negócios com eles, recusavam-se a dar ou receber qualquer coisa deles, e evitavam qualquer forma de entretenimento com eles, incluindo comunhão à mesa. A relação de Jesus com pecadores chocou a sensibilidade desses judeus… Ao chamar Levi, que também era chamado de Mateus (ver Mateus 9: 9) para ser um de seus discípulos, Jesus escolheu um dos homens mais suspeitos – um cobrador de impostos.
Quando os fariseus criticaram o seu comportamento pouco ortodoxo ao comer com pecadores públicos, a defesa de Jesus foi bastante simples: Um médico não precisa visitar pessoas saudáveis; em vez disso, ele vai visitar os que estão doentes.
Jesus declarou sua missão em termos inequívocos: Não vim chamar os justos, mas sim os pecadores. Ironicamente, os ortodoxos eram tão necessitados quanto aqueles que desprezavam. Todos pecaram e carecem da glória de Deus (Romanos 3:23).
Agradeçamos ao Senhor a grande bondade e misericórdia que ele tem demonstrado para connosco Assim como foi à casa de Mateus e comeu com os pecadores, seus amigos, Ele também se dispõe a entrar na nossa casa e quer salvar a nossa família, mesmo aqueles(as) a quem nós mesmos consideramos “perdidos”. Ele hoje quer entrar na nossa casa pelo nosso testemunho de vida, dos nossos gestos concretos de amor quando assumimos a Sua Palavra, vivenciando o perdão, a misericórdia, a compreensão, a concórdia, a paz e a união…
ORAÇÃO
Senhor Jesus, nosso Salvador, recorremos a Vós: Aquece nossos corações frios , purifica-os com o vosso sangue precioso. Fortalece o nosso coração com Espírito alegre. Preenche nossos corações vazios com vossa presença divina.
VIDEO DE MEDITAÇÃO
De cobrador de impostos a Apóstolo de Jesus
Jesus veio para os pecadores… Um médico não precisa visitar pessoas saudáveis; em vez disso, ele vai visitar os que estão doentes.
Nós também precisamos de cura…«Esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado»
03 06 Lc4, 1-13 Domingo depois das Cinzas
EVANGELHO Lc 4, 1-13
«Esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado»
A tentação no Deserto não foi um acontecimento isolado. Foi o começo duma luta contra o «príncipe deste mundo», que se prolongará por toda a vida, atingindo o auge com a Morte em Jerusalém.
Como a de Jesus, a vida do cristão conhece também a prova da tentação. O Baptismo, que nos faz filhos de Deus, não nos introduz num estado de segurança. É antes o começo de dura caminhada, no decorrer da qual a nossa fidelidade a Deus é, muitas vezes, posta à prova.
Em todas as circunstâncias, porém, o cristão poderá ser invencível. Cristo Ressuscitado, que venceu, definitivamente, o mal, ficou na Eucaristia, para nos comunicar esse poder.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou-Se das margens do Jordão. Durante quarenta dias, esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado pelo Diabo. Nesses dias não comeu nada e, passado esse tempo, sentiu fome. O Diabo disse-lhe: «Se és Filho de Deus, manda a esta pedra que se transforme em pão». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem’». O Diabo levou-O a um lugar alto e mostrou-Lhe num instante todos os reinos da terra e disse-Lhe: «Eu Te darei todo este poder e a glória destes reinos, porque me foram confiados e os dou a quem eu quiser. Se Te prostrares diante de mim, tudo será teu». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto’». Então o Diabo levou-O a Jerusalém, colocou-O sobre o pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, atira-Te daqui abaixo, porque está escrito: ‘Ele dará ordens aos seus Anjos a teu respeito, para que Te guardem’; e ainda: ‘Na palma das mãos te levarão, para que não tropeces em alguma pedra’». Jesus respondeu-lhe: «Está mandado: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’». Então o Diabo, tendo terminado toda a espécie de tentação, retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo.
Palavra da salvação.
Evangelho de S. Marcos
Domingo I da Quaresma
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 1, 12-15)
Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens e os Anjos serviam- n’O. Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».
— Reflexão
“O Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás.” Com o simbolismo das palavras quarenta – a vida da pessoa na sua totalidade e a palavra deserto – o mundo, lugar das forças inimigas (Satanás) (as autoridades, o povo e até os discípulos (Mt 16,23) o Evangelista mostra como Jesus superou todas as provas na fidelidade à sua Missão iniciada após o batismo no rio Jordão…
Como continuadores da missão de Cristo, recebemos no dia do nosso batismo a força do Espírito Santo para superar todas as provas a exemplo de Jesus que foi tentado em tudo como nós (Hb 4,15;2,18).
“vivia entre as feras e os anjos serviam- nO” Evangelista alude simbolicamente ao renascimento de uma nova lei, nova aliança, com a sua vinda. Com o pecado de Adão os animais revoltaram-se contra ele e os Anjos expulsaram-nos do Paraíso; Com o novo Adão (Jesus Cristo) surge o homem novo construtor da Paz universal. Se a desobediência do primeiro homem originou sofrimento, escravidão e morte, a obediência de Jesus deu início a um novo paraíso.
“«Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».” Estes versículos constituem a síntese da pregação de Jesus. Um convite a todo o crente no início da Quaresma: Passar do “homo homini lupus” (o homem lobo para outro homem” ou do “homo homini socius “ o homem companheiro para o outro homem) para o “homo homini frater” (homem irmão para outro irmão)…
— Oração —
Deus paciente e misericordioso, disponde os nossos corações à escuta da vossa Palavra, para que neste tempo que nos ofereceis se cumpra em nós a verdadeira conversão.
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 17, 19-20 O Senhor veio em meu auxílio, livrou-me da angústia e pôs-me em liberdade. Levou-me para lugar seguro, salvou-me pelo seu amor.
ORAÇÃO COLECTA Fazei, Senhor, que os acontecimentos do mundo decorram para nós segundo os vossos desígnios de paz e a Igreja Vos possa servir na tranquilidade e na alegria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Sir 27, 5-8 (gr. 4-7) «Não elogies ninguém antes de ele falar»
Esta primeira leitura prepara a terceira, e ambas têm carácter acentuadamente sapiencial; é assim que esta primeira leitura serve para ilustrar a última pequena parábola das três que o Evangelho nos apresenta. A palavra revela o que há de mais profundo no homem, os seus defeitos e as suas qualidades. Com três rápidas comparações, tiradas da experiência atentamente observada, esta breve leitura nos ensina os caminhos da sabedoria.
Leitura do Livro de Ben-Sirá Quando agitamos o crivo, só ficam impurezas: assim os defeitos do homem aparecem nas suas palavras. O forno prova os vasos do oleiro e o homem é posto à prova pelos seus pensamentos. O fruto da árvore manifesta a qualidade do campo: assim as palavras do homem revelam os seus sentimentos. Não elogies ninguém antes de ele falar, porque é assim que se experimentam os homens. Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 91 (92), 2-3.13-14.15-16 (R.cf. 2a) Refrão: É bom louvar o Senhor. Repete-se Ou: É bom louvar-Vos, Senhor, e cantar salmos ao vosso nome. Repete-se
É bom louvar o Senhor e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo, proclamar pela manhã a vossa bondade e durante a noite a vossa fidelidade. Refrão
O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro do Líbano: plantado na casa do Senhor, florescerá nos átrios do nosso Deus. Refrão
Mesmo na velhice dará o seu fruto, cheio de seiva e de vigor, para proclamar que o Senhor é justo: n’Ele, que é o meu refúgio, não há iniquidade. Refrão
LEITURA II 1 Cor 15, 54-58 «Deu-nos a vitória por Jesus Cristo»
A terminar um longo capítulo sobre o mistério da ressurreição dos mortos, o Apóstolo entoa um hino de triunfo e acção de graças a Deus pela vitória pascal de Cristo e a nossa participação na mesma. Cristo, com a sua oblação na Cruz, venceu a morte para sempre, e deu-nos a graça de participarmos, nós mortais, nessa sua vitória pascal.
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios Irmãos: Quando este nosso corpo corruptível se tornar incorruptível e este nosso corpo mortal se tornar imortal, então se realizará a palavra da Escritura: «A morte foi absorvida na vitória. Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão?». O aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a Lei. Mas dêmos graças a Deus, que nos dá a vitória por Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, caríssimos irmãos, permanecei firmes e inabaláveis, cada vez mais diligentes na obra do Senhor, sabendo que o vosso esforço não é inútil no Senhor. Palavra do Senhor.
ALELUIA Filip 2, 15d.16a Refrão: Aleluia. Repete-se Vós brilhais como estrelas no mundo, ostentando a palavra da vida. Refrão.
EVANGELHO Lc 6, 39-45 «A boca fala do que transborda do coração»
Em três breves parábolas o Senhor ensina-nos o caminho da sabedoria: o cego a guiar outro cego, o argueiro e a trave na vista e a árvore que se pode reconhecer pelo fruto. Todas elas conduzem ao que um salmo chama a “sabedoria do coração” (Sl 89), e esta irá revelar-se nas palavras que são na boca o eco do que vai no coração do homem.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos a seguinte parábola: «Poderá um cego guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma cova? O discípulo não é superior ao mestre, mas todo o discípulo perfeito deverá ser como o seu mestre. Porque vês o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua? Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’, se tu não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão. Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto: não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas das sarças. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, da sua maldade tira o mal; pois a boca fala do que transborda do coração». Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Senhor, que nos concedeis estes dons que Vos oferecemos e nos atribuís o mérito do oferecimento, nós Vos suplicamos: o que nos dais como fonte de mérito nos obtenha o prémio da felicidade eterna. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 12, 6 Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez, exaltarei o nome do Senhor, cantarei hinos ao Altíssimo.
Ou Mt 28, 20 Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Senhor, que nos saciais com os vossos dons sagrados, concedei-nos, por este sacramento com que nos alimentais na vida presente, a comunhão convosco na vida eterna. Por Nosso Senhor.
LEI TURA I 1 Reis 12, 26-32; 13, 33-34 «Jeroboão mandou fazer dois bezerros de ouro»
Leitura do Primeiro Livro dos Reis Quando Jeroboão se tornou rei das dez tribos de Israel, pensou consigo: «A realeza pode voltar para a casa de David. Se o povo continuar a subir a Jerusalém, para oferecer sacrifícios no templo do Senhor, o seu coração voltará para o seu soberano, Roboão, rei de Judá, e acabarão por matar-me». Depois de ter tomado conselho, Jeroboão mandou fazer dois bezerros de ouro e disse ao povo: «Não subireis mais a Jerusalém. Israel, aqui estão os teus deuses, que te fizeram sair da terra do Egipto». Colocou um bezerro em Betel e outro em Dan, o que constituiu uma ocasião de pecado para Israel, porque o povo ia a Dan, para adorar o bezerro. Jeroboão construiu santuários nos lugares altos e estabeleceu como sacerdotes homens do povo que não eram descendentes de Levi. Instituiu também uma festa no dia quinze do oitavo mês, semelhante à festa celebrada em Judá, e ele próprio subiu ao altar que fizera em Betel, para oferecer sacrifícios aos bezerros feitos por ele. E estabeleceu em Betel sacerdotes para os lugares altos que tinha construído. Jeroboão nunca se converteu do seu mau caminho e continuou a nomear como sacerdotes homens do povo. Dava a investidura a quem o quisesse, para se tornar sacerdote nos lugares altos. Semelhante procedimento fez pecar a casa de Jeroboão, causou a sua ruína e o seu extermínio da face da terra. Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 105 (106), 6-7a.19-20.21-22 (R. 4a) Refrão: Lembrai-Vos de nós, Senhor, por amor do vosso povo. Repete-se
Pecámos como os nossos pais, fizemos o mal e praticámos a impiedade. No Egipto não entenderam os vossos prodígios, não compreenderam a imensidade dos vossos favores.Refrão
Fizeram um bezerro no Horeb e adoraram um ídolo de metal fundido. Trocaram a sua glória pela figura de um boi que come feno. Refrão
Esqueceram a Deus que os salvara, que realizara prodígios no Egipto, maravilhas na terra de Cam, feitos gloriosos no Mar Vermelho. Refrão
ALELUIA Mt 4, 4b Refrão: Aleluia Repete-se Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão
EVANGELHO Mc 8, 1-10 «Comeram e ficaram saciados»
A situação do homem sobre a terra, labutando pelo pão de cada dia, mergulhado na dor desde o nascimento, muitas vezes errante e perdido no deserto sem atinar com os caminhos, sobretudo os do espírito, o homem pecador, filho de Adão e Eva, os expulsos do paraíso em consequência do pecado, atraiu sempre o olhar compassivo de Deus. Mas foi em Jesus Cristo, seu Filho, que esta compaixão se revelou sem limites, como o testemunha esta leitura.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos Naqueles dias, juntou-se novamente uma grande multidão e, como não tinham que comer, Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Tenho pena desta multidão; há já três dias que estão comigo e não têm que comer. Se os despedir sem alimento para suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns vieram de longe». Responderam-Lhe os discípulos: «Como se poderia saciá-los de pão, aqui num deserto?». Mas Jesus perguntou: «Quantos pães tendes?». Eles responderam: «Temos sete». Então Jesus ordenou à multidão que se sentasse no chão. Depois tomou os sete pães e, dando graças, partiu-os e deu-os aos discípulos, para que os distribuíssem, e eles distribuíram-nos à multidão. Tinham também alguns pequenos peixes. Jesus pronunciou sobre eles a bênção e disse que os distri¬buíssem também. Comeram e ficaram saciados. Dos bocados que sobraram encheram sete cestos. Eram cerca de quatro mil pessoas. Então Jesus despediu-os e, subindo para o barco com os discípulos, dirigiu-se para a região de Dalmanutá. Palavra da salvação.
LEITURA I 1 Sam 26, 2.7-9.12-13.22-23 «O Senhor entregou-te nas minhas mãos,mas eu não quis atentar contra ti»
Leitura do Primeiro Livro de Samuel
Depois de ter escutado e interiorizado esta leitura se achar bem resuma e envie-nos um comentário de cerca de cem palavras . Pode ser gravado e escrito. Contribuirá para a vivência da Eucaristia do próximo domingo
Naqueles dias, Saul, rei de Israel, pôs-se a caminho e desceu ao deserto de Zif com três mil homens escolhidos de Israel, para irem em busca de David no deserto. David e Abisaí penetraram de noite no meio das tropas: Saul estava deitado a dormir no acampamento, com a lança cravada na terra à sua cabeceira; Abner e a sua gente dormia à volta dele. Então Abisaí disse a David: «Deus entregou-te hoje nas mãos o teu inimigo. Deixa que de um só golpe eu o crave na terra com a sua lança e não terei de o atingir segunda vez». Mas David respondeu a Abisaí: «Não o mates. Quem poderia estender a mão contra o ungido do Senhor e ficar impune?». David levou da cabeceira de Saul a lança e o cantil e os dois foram-se embora. Ninguém viu, ninguém soube, ninguém acordou. Todos dormiam, por causa do sono profundo que o Senhor tinha feito cair sobre eles. David passou ao lado oposto e ficou ao longe, no cimo do monte, de sorte que uma grande distância os separava. Então David exclamou: «Aqui está a lança do rei. Um dos servos venha buscá-la. O Senhor retribuirá a cada um segundo a sua justiça e fidelidade. Ele entregou-te hoje nas minhas mãos e eu não quis atentar contra o ungido do Senhor».
Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se
Bendiz, ó minha alma, o Senhor /e todo o meu ser bendiga o seu nome santo. Bendiz, ó minha alma, o Senhor/e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Refrão
Ele perdoa todos os teus pecados /e cura as tuas enfermidades; salva da morte a tua vida /e coroa-te de graça e misericórdia. Refrão
O Senhor é clemente e compassivo,/paciente e cheio de bondade;não nos tratou segundo os nossos pecados,/nem nos castigou segundo as nossas culpas. Refrão
Como o Oriente dista do Ocidente,/assim Ele afasta de nós os nossos pecados; como um pai se compadece dos seus filhos,/assim o Senhor Se compadece dos que O temem. Refrão
LEITURA II 1 Cor 15, 45-49 «Assim como trazemos em nós a imagem do homem terreno,procuremos também trazer em nós a imagem do homem celeste»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: O primeiro homem, Adão, foi criado como um ser vivo; o último Adão tornou-se um espírito que dá vida. O primeiro não foi o espiritual, mas o natural; depois é que veio o espiritual. O primeiro homem, tirado da terra, é terreno; o segundo homem veio do Céu. O homem que veio da terra é o modelo dos homens terrenos; o homem que veio do Céu é o modelo dos homens celestes. E assim como trouxemos em nós a imagem do homem terreno, traremos também em nós a imagem do homem celeste.
EVANGELHO Lc 6, 27-38 «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus falou aos seus discípulos, dizendo: «Digo-vos a vós que Me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos injuriam. A quem te bater numa face, apresenta-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, deixa-lhe também a túnica. Dá a todo aquele que te pedir e ao que levar o que é teu, não o reclames. Como quereis que os outros vos façam, fazei-lho vós também. Se amais aqueles que vos amam, que agradecimento mereceis? Também os pecadores amam aqueles que os amam. Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecim ento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto. Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então será grande a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom até para os ingratos e os maus. Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
O Evangelho convida-nos a quebrar a espiral do ódio e da vingança imitando Cristo: Calou-se quando o insultavam e lhe batiam, e finalmente morreu perdoando aos que tramaram a sua morte.
Somos autênticos cristãos, sinal do amor de Deus no mundo se imitarmos o amor gratuito e universal Jesus , frente ao amor interesseiro e limitado; se ultrapassarmos o espaço natural e limitado da família e nos abrirmos ao amor universal a todo o homem, incluindo o adversário e o inimigo.
Jesus diz-nos: “Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, orai pelos que vos injuriam… Pois se amais só os que vos amam e fazeis bem só aos que vos fazem bem, que mérito tendes?…
S. Paulo dirigindo-se aos fieis de Colossas, na Ásia Menor dizia “Como povo eleito de Deus, povo santo e amado, seja o vosso uniforme a misericórdia, a bondade, a humildade, a mansidão, a compreensão. Suportai-vos mutuamente e perdoai-vos quando alguém tenha queixas contra outro. O Senhor perdoou-vos; fazei vós o mesmo. Mas acima de tudo isto, o amor, que é o vínculo da unidade consumada”
“A medida do amor é amar sem medida” (S. Bernardo). Optando por este estilo de vida somos convertidos ao reino de Deus, que em união com Cristo é capaz de realizar este programa com a ajuda do alto, com a força do Espírito.
ORAÇÃO
Senhor, faz de mim um instrumento da tua paz.Onde háódio, que eu ponha amor.Onde há ofensas, que eu ponha perdão.Onde há discórdia, que eu ponha união.Onde há erro, que eu ponha verdade.Onde há dúvida, que eu ponha fé.Onde há desespero, que eu ponha esperança.Onde há trevas, que eu ponha luz.Onde há tristeza, que eu ponha alegria.Faz que eu não procure tanto o ser consolado como o consolar,o ser compreendido como o compreender, o ser amado como o amar.Porque dando é como se recebe,esquecendo-se de si mesmo é como alguém se encontra a si mesmo,perdoando é como se obtém perdão,morrendo é como se ressuscita para a vida eterna.
EVANGELHO Mc 9, 2-13 «Transfigurou-Se diante deles»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavandeiro sobre a terra as poderia assim branquear. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles. Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos. Eles guardaram a recomendação, mas discutiam entre si o que seria ressuscitar dos mortos. E perguntaram a Jesus: «Porque dizem os escribas que primeiro tem de vir Elias?» Jesus respondeu-lhes: «É certo que Elias vem primeiro para restaurar todas as coisas. Mas então como é que está escrito, a respeito do Filho do homem, que tem de sofrer muito e ser desprezado? Pois bem. Eu vos digo que Elias já veio; e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como está escrito a respeito dele».
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
Jesus provou com os seus ensinamentos, a sua vida, a sua morte e ressurreição a fidelidade a seu Pai Resistiu radicalmente às tentações de glória propostas por Satanás no deserto e no Monte Tabor ao recusar as proposta por Pedro: abandonar a cruz para refugiar-se na comodidade da tenda“ Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias” Mateus 17:4
Este acontecimento mostra a verdadeira identidade de Jesus Cristo. Não é um dos profetas, nem mesmo um dos mais importantes (Elias), pois este aparece agora como um personagem distinto de Jesus.
Jesus, vestido com vestes mais brancas que “nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar” é o Cristo glorioso ressuscitado, a Palavra do Pai em relação com a Antiga Lei representada por Elias e Profetas e rejeitada pelos sacerdotes e escribas mas credenciado pelo Pai : “Ouvi-o” Pedro demorará muito tempo a compreender realmente a identidade de Cristo e entender a verdadeira identidade de Cristo sofredor: “Era necessário que o Filho do Homem sofresse muito, e fosse rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, e fosse morto e, depois de três dias, ressuscitasse” (8,31).
Somos chamados diariamente a proclamar a sua ressurreição de Jesus Se desejarmos participar da vitória do Ressuscitado não temos outro caminho se não o da cruz aceitando os dias de revelação ou de ocultação.
Precisamos de “voltar” a descer, ao desafio de encontrar Deus onde tudo parece normal.
ORAÇÃO
Ó Deus, que na gloriosa Transfiguração de vosso Filho confirmastes os mistérios da fé pelo testemunho de Moisés e Elias, e manifestastes de modo admirável a nossa glória de filhos adotivos, concedei aos vossos servos e servas ouvir a voz do vosso Filho amado, e compartilhar da sua herança.
CANTO DE MEDITAÇÃO
Subiremos montanhas sagradas colunas suaves do amor Cristão
EVANGELHO Mc 8, 34 – 9, 1 «Quem perder a vida, por causa de Mim e do Evangelho, salvá-la-á»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus chamou a multidão com os seus discípulos e disse-lhes: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a vida, por causa de Mim e do Evangelho, salvá-la-á. Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Que daria o homem em troca da sua vida? Portanto, se alguém se envergonhar de Mim e das minhas palavras no meio desta geração infiel e pecadora, também o Filho do homem Se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos Anjos». Jesus declarou-lhes ainda: «Em verdade vos digo: Alguns dos que estão aqui presentes não morrerão, sem terem visto chegar o reino de Deus com o seu poder».
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
O próprio Jesus esclarece -nos que renunciar a nós mesmos e tomar a nossa Cruz é uma condição para que possamos verdadeiramente segui-Lo. Quando ouvimos estas palavras de Jesus sentimos um pouco de frustração, pois não temos conseguido viver uma vida de renúncia e de desapego. No entanto, se conseguirmos parar um pouco para meditar, iremos constatar que nesta passagem nós encontramos uma promessa de salvação incontestável. Jesus assegura-nos o fim de toda a nossa luta pessoal para nos salvar: basta apenas que nos ponhamos a segui-Lo sem querer tomar para nós, a responsabilidade, de sozinhos, conquistar a felicidade eterna.
Para isso, precisamos compreender que renunciar a nós mesmos é abdicar da nossa vontade própria, das nossas opiniões, planos, autoridade, mentalidade e comodismo.
Tomar a nossa cruz é assumir o nosso dia a dia, com os seus sofrimentos, alegrias com a disposição de construir o reino de Deus. É deixar nos conduzir com segurança, é também ganhar a vida, é libertarmo-nos de nós mesmo. Quem não quer sofrer pouco, acaba sofrendo muito e toda pessoa que quer se livrar de qualquer maneira dos seus percalços está procurando salvar a sua própria vida.
Quando queremos ganhar o mundo inteiro nós estamos querendo realizar a nossa própria redenção. Só pensamos em nós mesmos, não nos comprometemos com os outros, desejamos uma vida refestelada e sem dificuldade.
No entanto, quando perdemos a nossa vida por causa do Evangelho e nos entregamos ao Rei, compartilhando alegrias e dificuldades com os outros, então, o reino de Deus acontece com poder e tudo o mais nos virá por acréscimo. Estejamos certos, nós somos privilegiados, porque o reino de Deus já está acontecendo.
EVANGELHO Mc 8, 27-33 «Tu és o Messias… O Filho do homem tem de sofrer muito»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus partiu com os seus discípulos para as povoações de Cesareia de Filipe. No caminho, fez-lhes esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem João Baptista; outros, Elias; e outros, um dos profetas». Jesus então perguntou-lhes: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «Tu és o Messias». Ordenou-lhes então severamente que não falassem d’Ele a ninguém. Depois, começou a ensinar-lhes que o Filho do homem tinha de sofrer muito, de ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois. E Jesus dizia-lhes claramente estas coisas. Então, Pedro tomou-O à parte e começou a contestá-l’O. Mas Jesus, voltando-Se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo: «Vai-te, Satanás, porque não compreendes as coisas de Deus, mas só as dos homens».
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
A profissão de fé do apóstolo Pedro tem três momentos: Sondagem de Jesus sobre a opinião à cerca da sua identidade, a Profissão de fé messiânica de Pedro: Tu és o Messias de Deus, e a correção de Jesus à cerca da sua identidade : Não é um glorioso restaurador político mas sim o salvador de toda a humanidade através da total doação de si morrendo na Cruz…
Hoje Jesus faz-me a mesma pergunta que fez a Pedro: Quem sou eu para ti? Para responder a tal pergunta de Cristo são precisas duas condições: conhecê-lo intimamente, isto é, com a experiência da fé, e além disso amá-lo.
Ele vive hoje como ontem vive em cada época da história, em cada homem e no mundo; vive pelo seu Espírito na comunidade eclesial, em cada crente, em mim mesmo. Por isso a pergunta de Jesus não perde nunca atualidade. Quem sou eu para ti neste momento da tua vida?
A resposta a esta pergunta está condicionada pela nossa própria fé, pela nossa prática religiosa , pelas diversas etapas da evolução pessoal: infância, juventude e idade adulta.
A resposta do cristão diante da pergunta de Jesus sobre a sua identidade, não pode ser a resposta da opinião corrente. Ao cristão Jesus pergunta diretamente: “E tu, quem dizes que eu sou”? A fé em Cristo cresce e se consolida, se aprofunda e amadurece na medida em que cresce a intimidade com Ele. Uma relação que exige uma renovação constante conforme vai avançando no seguimento.
Oração
Senhor Jesus, Acreditamos que sois o Filho de Deus e salvador do homem. Queremos seguir-te pois só vós tendes Palavras de vida eterna
Concedei-nos conhecer-vos afundo pela fé e pela amizade; e fazei que, amando os irmãos, nos entreguemos à fascinante tarefa de vos amar apaixonadamente
ORAÇÃO A JESUS LIBERTADOR
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