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11 30   Mt 4 18 22 Sabado Vinde e segui me e farei de vós pescador de homens

11 30   Mt 4 18 22 Sabado Vinde e segui me e farei de vós pescador de homens

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EVANGELHO Mt 4, 18-22
«Eles deixaram logo as redes e seguiram Jesus»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Caminhando Jesus ao longo do mar da Galileia,
viu dois irmãos:
Simão, chamado Pedro, e seu irmão André,
que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores.
Disse-lhes Jesus:
«Vinde e segui-Me
e farei de vós pescadores de homens».
Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O.
Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos:
Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João,
que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu,
a consertar as redes.
Jesus chamou-os
e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-n’O. 

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

No Evangelho de hoje, contemplamos o chamamento  dos primeiros discípulos. Jesus, ao caminhar pelo mar da Galileia, dirige um convite direto e transformador: “Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens.” Pedro, André, Tiago e João deixam tudo imediatamente — suas redes, barcos e até mesmo o pai — para seguir o Mestre.  

Este relato convida nos  a refletir sobre nossa própria resposta ao chamamento  de Cristo. Ele continua a chamar nos, em diferentes circunstâncias e momentos da vida, para sermos discípulos e colaboradores na construção do Reino de Deus. Essa vocação não é apenas um privilégio, mas também um desafio: deixar para trás as “redes” que nos prendem e assumir a missão de levar a Boa Nova a outros.  

Os discípulos, homens simples e ocupados com seus afazeres diários, mostram que Deus chama pessoas comuns para realizar coisas extraordinárias. Assim, somos convidados a confiar na graça divina, que transforma nossas limitações em instrumentos para a Sua obra.  

Seguir Jesus é uma decisão que exige coragem e entrega, mas que nos conduz a uma vida de sentido e plenitude. Como os apóstolos, somos chamados a abandonar nossas seguranças e a lançar-nos na aventura da fé, confiando que o Senhor nos fará “pescadores de homens.”  

### Oração  

**Senhor Jesus, ajuda-nos a escutar o Teu chamamento  em nossa vida quotidiana.  Dá-nos coragem para deixar tudo o que nos impede de Te seguir e faz de nós instrumentos do Teu amor e da Tua paz. Ensina-nos a ser pescadores de homens, trazendo outros para a luz do Teu Reino. Amém.** 

11 28 A folhinha

 A folhinha

É outono. E à semelhança de todos os outonos, as folhas despedem-se em espirito de agradecimento da estrutura que lhes permitiu ser.

Numa queda singular, uma folhinha despega-se em simbiose a outros elementos.

Olha para o vento de outra forma, para o tronco com nostalgia, para a tempestade com medo e para a gravidade com apreensão. Sob apenas um Olhar, a folhinha vê-se no chão.

Com o coração despedaçado, a sua fragilidade fica a nu e toda a sua estrutura seca. 

O verde esperança não é mais senão uma memória que procura, em que era parte integrante das melodias da natureza. Unidade da copa que proporcionava frescas sombras. Recolhimento de inúmeras gotas de orvalho que nela se deleitavam, sendo portanto ponte no caminho destas para o seu destino. Não por relevância ou merecimento, mas por graça. Tudo é graça.

Agora amarelada, ressequida e enrolada sobre si mesma, esquece-se do Olhar que sempre procurou e chora a deformação, os danos, o stresse ambiental que a impede de voltar a ser pouso de um rouxinol e parte integrante de um ramo. Dói.

Olha para o lado, e vê que, com ela, outras folhinhas caíram, assim como ramitos que o vento esgalhou. Esquecida, chora a dor, porque a desfolhagem dói e é certo que tem de morrer para renascer. Há sempre uma batalha para cada alma e tendemos a agir como se fossemos unidades autónomas no controle das nossas vidas.

Vêm ao seu encontro passaritos que se apresentam com um canto desconhecido. Fechada em si mesma, procura o conhecido e tenta negar a beleza, a fonte e o Olhar. Outros amiguitos a cercam. Aranhitos, formiguitas, flores secas que a convidam a sair da perspetiva horizontal e docilmente a encaminham a uma posição vertical que lhe oferece uma perspetiva mais ampla e elevada. Da fonte. Do Olhar. Sob esta misteriosa Visão, começa a renascer da imersão e, no pano de fundo, vislumbra a confiança na Luz e a dizer fiat a este pão. 

Thalita

Por mais que silenciemos as nossas dores, há sempre um Olhar que nos conduz á eternidade.  

PARTILHA

Este texto, A folhinha, é uma bela metáfora sobre a fragilidade humana, as transformações inevitáveis da vida e a força que vem da graça divina. A autora, Thalita, constrói uma narrativa poética que transborda delicadeza e espiritualidade, convidando o leitor a refletir sobre a condição da existência, a dor da mudança e a esperança do renascimento.

Pontos Fortes:

  1. Uso da Metáfora da Natureza: A folha em sua jornada de queda e renascimento é uma representação rica da experiência humana. A conexão com o ciclo natural do outono reflete a transitoriedade da vida e a inevitabilidade de enfrentar perdas e transformações.
  2. Tonalidade Poética e Espiritual: O texto é impregnado de um lirismo que envolve o leitor em imagens suaves e significativas. A ideia de que “Tudo é graça” é uma lembrança   espiritual poderosa, que ecoa a teologia da gratuidade do amor divino.
  3. Desenvolvimento Narrativo: O contraste entre a queda da folha e o reencontro com uma nova perspectiva simboliza a redenção. A transformação de um estado de dor e isolamento para uma abertura à luz e ao “Olhar” é uma narrativa universal e cativante.
  4. Simbologia Profunda: Elementos como os passarinhos, os insetos e o “fiat” final tecem uma história de esperança e confiança na Providência, levando o leitor a identificar-se com a trajetória espiritual da folhinha.

Reflexão Final:

A folhinha é uma obra tocante que convida à contemplação. Ela comunica que, mesmo nas dores mais profundas, há um convite ao renascimento, à entrega e à confiança na Luz divina. A frase final, “Por mais que silenciemos as nossas dores, há sempre um Olhar que nos conduz à eternidade”, é um fecho perfeito que ecoa a esperança cristã e deixa o leitor inspirado.

11 28 Lc 21, 20-28: Jerusalém e os Pagãos

 

 

 

Lc 21, 20-28: Jerusalém e os Pagãos

 Em tempos de incerteza, palavras antigas podem oferecer uma clareza profunda.

Juntem-se a mim na exploração de Lucas 21-20-28.

Em Lucas 21-20-28, Jesus fala da queda de Jerusalém,

uma cidade destinada a ser pisada pelos gentios.

Esta passagem não é apenas um relato histórico; é uma visão profética.

Mostra-nos que mesmo em momentos de grande turbulência, há um plano maior em ação.

Jesus avisa sobre sinais no sol, na lua e nas estrelas,

angústia entre as nações e mares agitados.

Pensem nas cheias repentinas em Lisboa, ou nos incêndios no Alentejo,

momentos que nos lembram que a mudança é inevitável,

mas também que a redenção está próxima.

A passagem conclui com um apelo para nos mantermos firmes e esperançosos.

“Quando estas coisas começarem a acontecer, levantem-se e ergam as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.”

Tal como os nossos antepassados que resistiram a invasões e ditaduras, com fé inabalável,

também nós devemos manter a esperança.

Assim, em tempos de caos e incerteza, lembrem-se- há sempre esperança.

Mantenham a vossa fé forte e o vosso olhar elevado.

Como diz o provérbio, “Depois da tempestade vem a bonança”.

A hora dos gentios passará, e um novo amanhecer virá. Mantenham-se esperançosos, mantenham-se fiéis.

PARTILHA 

1. Manuel, o ancião sábio

  • Descrição: Um homem idoso, residente em Lisboa, que já viu muitas mudanças ao longo da sua vida. Tem um conhecimento profundo da história de Portugal e das Escrituras, e gosta de refletir sobre a ligação entre acontecimentos contemporâneos e as palavras de Jesus.
  • Perspetiva sobre o texto: Manuel vê a profecia de Jesus como um aviso sobre a transitoriedade da vida e a necessidade de confiar no plano divino. Ele associa as cheias em Lisboa aos sinais mencionados por Jesus e encoraja os mais jovens a manterem a esperança.
  • Frase marcante: “Já vi revoluções e terramotos, mas sempre voltei à Igreja, onde encontro a paz. Levantem a cabeça, pois Deus nunca nos abandona.”

2. Clara, a professora de história

  • Descrição: Uma mulher de 40 anos, dedicada à educação, que vive no Alentejo. Clara é uma crente que adora partilhar a sua paixão pela história e pela fé, ajudando os seus alunos a conectar os ensinamentos bíblicos com o mundo moderno.
  • Perspetiva sobre o texto: Clara interpreta a passagem como um convite a aprender com o passado e a olhar para os sinais dos tempos como oportunidades para crescer em fé. Ela compara a resistência do Alentejo aos incêndios com a perseverança necessária nos tempos de provação.
  • Frase marcante: “A história ensina-nos que as crises são ciclos, mas é a fé que nos dá força para superá-las.”

3. Tiago, o jovem agricultor

  • Descrição: Um rapaz de 25 anos, trabalhador e resiliente, que vive numa aldeia no interior de Portugal. Apesar das dificuldades económicas e das adversidades naturais, Tiago encontra na sua fé a energia para continuar.
  • Perspetiva sobre o texto: Tiago relaciona-se com a ideia de levantar a cabeça e permanecer firme. Ele acredita que, tal como a terra renasce após os incêndios, também o ser humano pode encontrar redenção em tempos difíceis.
  • Frase marcante: “Quando vejo o campo verdejar novamente após um incêndio, lembro-me das palavras de Jesus: ‘A vossa redenção está próxima.’ Nunca perco a esperança.”