Daily Archives: August 15, 2023

08 25  Mt  22 34-40 Sexta Feira  “O segundo mandamento é semelhante ao primeiro: amarás o teu próximo como a ti mesmo”

Amarás o Senhor teu Deus e o próximo como a ti mesmo» (Mt 22, 34-40)

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, os fariseus, ouvindo dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus, reuniram-se em grupo, e um doutor da Lei perguntou a Jesus, para O experimentar: «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?». Jesus respondeu: «‘Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito’. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, porém, é semelhante a este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas».

REFLEXÃO

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Deus, criador do Céu e da terra, estabeleceu um plano de salvação para a humanidade. Enviou ao mundo o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

Os mais responsáveis pelo ensino da lei semearam no coração do povo o temor e terror religioso determinando que, para agradar a Deus, deviam cumprir 613 preceitos.

A chegada de Cristo, o Messias, com a sua Palavra de autoridade tocou o coração dos pobres e dos humildes e comoveu-os ao ouvirem dizer-lhes “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.(Mateus 11:28)”

Sentindo-se ameaçados no seu estatuto socio religioso decidiram enviar um doutor da Lei para lhe perguntar:

«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?». Jesus respondeu:

«’Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito’. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, porém, é semelhante a este:’ Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.

Com uma resposta simples Jesus calou todos os inimigos. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo une dois preceitos que se encontram em dois livros separados do Antigo Testamento (o amor de Deus e o amor do próximo, cf. DT 6,4-6 e Lv 19:18) e completa a resposta com o comentário: «Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas.» (v. 40)

Todos os nossos atos, toda a nossa regra de vida, toda a lei que vivemos seja inspirada por amar a Deus com todo o nosso coração, alma, mente e força e amar os irmãos.

Amar os irmãos passa por prestar atenção a cada homem ou mulher com quem nos cruzamos pelos caminhos da vida, sentir-se solidário com as alegrias e sofrimentos de cada pessoa…

ORAÇÃO

Pai Santo, defesa dos humildes e pobres, dá-nos a graça do discernimento para vivermos a vossa lei com um coração livre para vos servirmos e amarmos os irmãos e irmãs segundo o Espírito do vosso Filho, fazendo do mandamento novo a única lei da vida.

08 23 Mt 20 1-16  Quarta Feira  “Os últimos serão os primeiros …

«Serão maus os teus olhos porque eu sou bom?» Mt 20, 1-16ª

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário, que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha. Saiu a meia manhã, viu outros que estavam na praça ociosos e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo’. E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde, e fez o mesmo. Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’. Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’. Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros’. Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um. Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo: ‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o peso do dia e o calor’. Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não foi um denário que ajustaste comigo? Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como a ti. Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?

Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Hoje em Mt 20, 1-16 somos convidados a meditar sobre trabalhadores da vinha …Um proprietário contrata jornaleiros em diversas horas do dia e no final paga a todos o mesmo salário, atitude contestada pelos primeiros pois tinham trabalhado mais .Este, porém explica que não se considera injusto, mas generoso porque dá aos últimos o mesmo que aos primeiros.

Nesta parábola o patrão generoso representa Deus, os trabalhadores os homens e o trabalho na vinha o seu serviço. A intenção original da parábola na boca de Jesus é dirigida aos fariseus. Estes criticavam o mestre porque acolhia a escória religiosa: pecadores e publicanos. Jesus demonstra com a sua parábola o proceder bondoso de Deus, no qual Ele se apoia. “Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros os últimos”.

Os primeiros chamados ao reino de Deus eram os fariseus, assim como todo o povo judeu no seu conjunto, herdeiro das promessas de Deus. Os últimos, por seu lado, são os pecadores que Jesus veio procurar e que, convidados por ele, têm parte no Reino de salvação.

A parábola não vem justificar uma suposta injustiça ou uma indiferença religiosa, amparando-se na bondade divina. O que Jesus afirma é a gratuitidade do amor de Deus ao homem, um pai amoroso que sai ao encontro de todo o que o procura mediante uma sincera conversão.

Perante Deus não há monopólios exclusivistas nem tem cabimento a pretensão de manipular a sua liberdade de acordo com os nossos egoísmos pessoais.

Jesus revela-nos, nesta Parábola, a imagem de seu Pai, um Deus compassivo e misericordioso e contradiz a ideia de um Deus juiz implacável fiscal de condutas e bens…

Aceitemos este Deus nas nossas vidas para serenamente trabalharmos na sua vinha e entregarmo-nos à sua misericórdia

ORAÇÃO

Concedei-nos, Deus nosso Pai, a graça de trabalhar no vosso reino com a alegria de vos servir de todo o coração e de nos sentirmos felizes por aceitares todos os homens independentemente do dia em que entraram no vosso campo da evangelização

08 22  Mt 19, 23-30  Terça Feira  Os perigos da riqueza … Virgem Santa Maria rainha

É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que um rico entrar no reino de Deus» Mt 19, 23-30

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade vos digo: Um rico dificilmente entrará no reino dos Céus. É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que um rico entrar no reino de Deus». Ao ouvirem estas palavras, os discípulos ficaram muito admirados e disseram: «Quem poderá então salvar-se?». Jesus olhou para eles e respondeu: «Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível». Então Pedro tomou a palavra e disse-Lhe: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: No mundo renovado, quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me seguistes vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros».

REFLEXÃO

O evangelho de hoje continua o tema de ontem e tem duas partes: Reflexões de Jesus sobre os perigos da riqueza e a recompensa daquele que segue Cristo na pobreza.

Depois do jovem rico, prisioneiro da sua riqueza, ter rejeitado o convite a um seguimento radical de Deus. Jesus declara: “Dificilmente entrará um rico no Reino dos céus.”.

Os discípulos ficaram surpreendidos com a afirmação do mestre pois contrariava a tradição judaica, segundo a qual a riqueza era uma bênção de Deus.

“Então, quem pode salvar-se? Teremos então salvação? O que é impossível para os homens, é possível para Deus, que pode tudo, responde Jesus. O homem não pode salvar-se a si mesmo; Deus é o único que salva, tanto os ricos como os pobres. O reino de Deus não se ganha, como pensava o jovem, tal como os fariseus, com os próprios méritos e bens, antes recebe-se gratuitamente de Deus como a luz do dia em cada manhã. Ele dá o seu amor e o seu Reino a quem se abandona nas suas mãos e deixa tudo para seguir Cristo e o seu evangelho.

Seguir Jesus implica uma relação pessoal com Cristo ,responder no silêncio mais profundo do seu ser: Aqui estou, conta comigo, Senhor.

Assim procederam os profetas, os apóstolos e os voluntários da pobreza total, optando pelo estilo de Jesus e pela disponibilidade absoluta do “faça-se” de Maria, a mãe do Senhor.

ORAÇÃO

Dá-nos , Senhor , um coração de pobre, despojado de tudo para entrarmos no verdadeiro caminho alegre de libertação.

Vós que tornais possível o que ao homem é impossível, dá-nos o vosso Espírito para levar a cabo essa tarefa, ordenando a vida em função dos valores do Reino.