Is 1, 10.16-20 «Aprendei a fazer o bem, respeitai o direito»
Salmo 49 (50), 8-9.16bc-17.21.23 (R. 23b)Refrão: A quem segue o caminho recto darei a salvação de Deus. Repete-se
EVANGELHO Mt 23, 1-12«Dizem e não fazem» O senhor salva-nos se seguirmos o caminho reto com uma verdadeira coerência. (fazer o bem pelo caminho reto e com coerência de VIDA) na coerência e na autêntica consciência do nosso papel na Igreja. Cidadão do Infinito
Hoje escutamos um ensinamento profético contra o ritualismo, no quadro de uma demanda judicial (w. 10.19s.). A referência a Sodoma e Gomorra estabelece a ligação ao oráculo sobre a infidelidade dos chefes de Judá e de Jerusalém (w. 4-9), e de todo o povo de Israel, que atrai um castigo semelhante ao das duas cidades tristemente célebres (cf. Gen 19; Dt 29, 22; 32,32).
Sem fidelidade à Lei divina, a oração é ineficaz e o culto é inútil, e mesmo perverso. Mas, apesar da sua infidelidade, Israel continua a ser o destinatário da Palavra de vida, e dons de Deus são irrevogáveis. Por isso, o profeta insiste na necessidade de mudança, para acolher o perdão oferecido por Deus. Ainda é possível escolher entre a bênção e a maldição (w. 19.20).
A conclusão não pode ser deixar de escutar a Palavra proclamada por chefes incoerentes, mas usar o discernimento para fazer o que eles dizem, e não fazer o que fazem. Acima de tudo, há que ter o olhar bem fixo em Jesus, o verdadeiro Mestre, o fiel intérprete do Pai.
Desmascara-lhes a incoerência (vv. 2- 4), a ostentação e vanglória (vv. 5-7), e dirige-lhes os sete «Ai de vós» (vv. 13-36) que desembocarão no sentido lamento sobre Jerusalém (vv. 37-39). Por outro lado, põe de sobreaviso os discípulos contra o vício da ambição (vv. 8-10), gangrena da comunidade já nos tempos em que foram redigidos os evangelhos. O formalismo, a busca de prestígio pessoal, profanam a religião e tornam-na idolátrica.