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DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM 08 de Setembro

 

 

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2019-09-08

DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM


L 1 Sab 9, 13-19 (gr. 13-18b); Sal 89 (90), 3-4. 5-6. 12-13. 14 e 17 
L 2 Flm 9b-10. 12-17 
Ev Lc 14, 25-33 

Ano C

Missa

 Leitura do Livro da Sabedoria 
Qual o homem que pode conhecer os desígnios de Deus? Quem pode sondar as intenções do Senhor? Os pensamentos dos mortais são mesquinhos e inseguras as nossas reflexões, porque o corpo corruptível deprime a alma e a morada terrestre oprime o espírito que pensa. Mal podemos compreender o que está sobre a terra e com dificuldade encontramos o que temos ao alcance da mão. Quem poderá então descobrir o que há nos céus? Quem poderá conhecer, Senhor, os vossos desígnios, se Vós não lhe dais a sabedoria e não lhe enviais o vosso espírito santo? Deste modo foi corrigido o procedimento dos que estão na terra, os homens aprenderam as coisas que Vos agradam e pela sabedoria foram salvos. 
Palavra do Senhor. 

COMENTÁRIO ECLESIA

LEITURA I Sab 9, 13-19 (gr. 13-18b) 
«Quem pode sondar as intenções do Senhor» 

Tudo é conduzido pela Sabedoria de Deus, sabedoria esta que se revela por todos os meios ao homem atento em a perscrutar e desejoso de conhecer os seus caminhos. Mas é a Sabedoria encarnada, Jesus Cristo, que é para nós a última Palavra sobre os desígnios de Deus

COMENTÁRIO DEONIANOS

23º DOMINGO DO TEMPO COMUMTema do 23º Domingo do Tempo Comum A  liturgia deste domingo convida-nos a tomar consciência de quanto é exigente o caminho do “Reino”. Optar pelo “Reino” não é escolher um caminho de facilidade, mas sim aceitar percorrer um caminho de renúncia e de dom da vida.
É, sobretudo, o Evangelho que traça as coordenadas do “caminho do discípulo”: é um caminho em que o “Reino” deve ter a primazia sobre as pessoas que amamos, sobre os nossos bens, sobre os nossos próprios interesses e esquemas pessoais. Quem tomar contacto com esta proposta tem de pensar seriamente se a quer acolher, se tem forças para a acolher… Jesus não admite meios-termos: ou se aceita o “Reino” e se embarca nessa aventura a tempo inteiro e “a fundo perdido”, ou não vale a pena começar algo que não vai levar a lado nenhum (porque não é um caminho que se percorra com hesitações e com “meias tintas”).
A primeira leitura lembra a todos aqueles que não conseguem decidir-se pelo “Reino” que só em Deus é possível encontrar a verdadeira felicidade e o sentido da vida. Há, portanto, aí, um encorajamento implícito a aderir ao “Reino”: embora exigente, é um caminho que leva à felicidade plena.
A segunda leitura recorda que o amor é o valor fundamental, para todos os que aceitam a dinâmica do “Reino”; só ele permite descobrir a igualdade de todos os homens, filhos do mesmo Pai e irmãos em Cristo. Aceitar viver na lógica do “Reino” é reconhecer em cada homem um irmão e agir em consequência.

AMBIENTE
O Livro da Sabedoria é um texto de carácter sapiencial (isto é, cujo objectivo é transmitir a “sabedoria”, identificada com a arte de bem viver, de ter êxito e de ser feliz). O autor apresenta-se como um “rei”, apaixonado pela “sabedoria” e que construiu um templo na “montanha santa” e um altar na “cidade da habitação de Deus” (Sab 9,6-8). Tudo indica, pois, que o autor quer apresentar-se como sendo o rei Salomão; mas trata-se de um livro escrito na primeira metade do séc. I a.C. (Salomão é da primeira metade do séc. X a.C.) por um judeu piedoso, provavelmente pertencente à comunidade judaica de Alexandria. O objectivo do autor é duplo: por um lado, dirige-se aos seus compatriotas, mergulhados no paganismo, na idolatria e na imoralidade, e mostra-lhes as vantagens de perseverar na fé e de viver na justiça; por outro lado, dirige-se aos pagãos e apresenta-lhes a superioridade da fé e dos valores israelitas. O autor exprime-se em termos e concepções do mundo helénico, esforçando-se por exprimir a sua fé e as suas convicções numa linguagem actualizada, erudita, bem ao gosto da cultura grega da época.
O texto que nos é apresentado é o final da segunda parte do livro (cf. Sab 6,1-9,18). Aí, o autor coloca na boca de um rei (Salomão, embora o nome nunca seja referido explicitamente) o elogio da “sabedoria”.

MENSAGEM

A questão fundamental para o autor do texto é esta: só essa sabedoria que é um dom de Deus permite ao homem compreender tudo, fazer o que agrada a Deus e ser salvo.
O autor parte da constatação da nossa finitude, das nossas limitações, das nossas dificuldades típicas de seres humanos, para concluir: por nós, não conseguimos compreender o alcance das coisas, não conseguimos descobrir o verdadeiro sentido da nossa vida, apercebermo-nos dos valores que nos levam, verdadeiramente, pelo caminho da vida e da felicidade. Como chegar, portanto, a “conhecer os desígnios de Deus”?
O autor só encontra uma resposta: o homem tem de acolher a “sabedoria”, dom de Deus para todos aqueles que estão interessados em dar um verdadeiro sentido à sua vida. Só a acção de Deus que derrama sobre os homens a “sabedoria” permite encontrar o sentido da vida e discernir o verdadeiro do falso, o importante do inútil.

ACTUALIZAÇÃO

A reflexão pode fazer-se a partir dos seguintes dados:

  • Face ao contínuo cruzamento de perspectivas, de desafios, de teorias, ficamos confusos e sem saber, tantas vezes, como escolher. Por outro lado, as nossas escolhas acabam, tantas vezes, por ser condicionadas pelos “media”, pelo politicamente correcto, pela ideologia dominante, pela moda, pelos valores que as telenovelas impõem, pelas ideias das pessoas que nos rodeiam, pela filosofia da empresa que nos paga ao fim do mês… Será que esses caminhos que nos são mais ou menos impostos nos conduzem no sentido da vida plena, da realização total, da felicidade?
  • Para os crentes, o critério que serve para julgar a validade ou a não validade dessas propostas é o Evangelho – embora, muitas vezes, ele se apresente em absoluta contradição com os valores que a sociedade propõe e impõe. Como é que eu me situo face a isto? O que é que vale mais, quando tenho de decidir: os valores do Evangelho, ou as propostas dessa máquina trituradora, impositiva, limitadora das escolhas individuais que é a opinião pública?


SALMO RESPONSORIAL Salmo 89 (90), 3-6.12-14.17 (R. 1) 
Refrão: Senhor, tendes sido o nosso refúgio 
através das gerações. Repete-se 

Vós reduzis o homem ao pó da terra 
e dizeis: «Voltai, filhos de Adão». 
Mil anos a vossos olhos 
são como o dia de ontem que passou 
e como uma vigília da noite. Refrão 

Vós os arrebatais como um sonho, 
como a erva que de manhã reverdece; 
de manhã floresce e viceja, 
à tarde ela murcha e seca. Refrão 

Ensinai-nos a contar os nossos dias, 
para chegarmos à sabedoria do coração. 
Voltai, Senhor! Até quando… 
Tende piedade dos vossos servos. Refrão 

Saciai-nos desde a manhã com a vossa bondade, 
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias. 
Desça sobre nós a graça do Senhor nosso Deus. 
Confirmai, Senhor, a obra das nossas mãos. Refrão 



Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo a Filémon 

Caríssimo: Eu, Paulo, prisioneiro por amor de Cristo Jesus, rogo-te por este meu filho, Onésimo, que eu gerei na prisão. Mando-o de volta para ti, como se fosse o meu próprio coração. Quisera conservá-lo junto de mim, para que me servisse, em teu lugar, enquanto estou preso por causa do Evangelho. Mas, sem o teu consentimento, nada quis fazer, para que a tua boa acção não parecesse forçada, mas feita de livre vontade. Talvez ele se tenha afastado de ti durante algum tempo, a fim de o recuperares para sempre, não já como escravo, mas muito melhor do que escravo: como irmão muito querido. É isto que ele é para mim e muito mais para ti, não só pela natureza, mas também aos olhos do Senhor. Se me consideras teu amigo, recebe-o como a mim próprio. 
Palavra do Senhor. 

COMENTARIO ECLESIA
LEITURA II Flm 9b-10.12-17 
Exemplo de “revolução social” trazida ao mundo por Cristo é esta atitude de ternura de S. Paulo em favor de um escravo que tinha fugido, e por quem ele intercede junto do seu senhor. É um pequeno escrito de ocasião, mas é nas mais simples ocasiões que se manifesta a caridade. 

COMENTÁRIO DEONIANOS

AMBIENTE

A Carta a Filémon é a mais breve e pessoal das cartas de Paulo. É endereçada a um tal Filémon, aparentemente um membro destacado da Igreja de Colossos.
A partir dos dados da carta, podemos reconstruir as circunstâncias em que o texto aparece. Onésimo, escravo de Filémon, fugiu de casa do seu senhor. Encontrou Paulo, ligou-se a ele e tornou-se cristão. Paulo, que nessa altura estava na prisão (em Éfeso? Em Roma?), fê-lo seu colaborador e manteve-o junto de si. No entanto, a situação podia tornar-se delicada se Filémon se ofendesse com Paulo; e, do ponto de vista legal, ao dar guarida a um escravo fugitivo, Paulo era cúmplice de uma grave infracção ao direito privado. Enfim, Onésimo corria o risco de ser preso, devolvido ao seu senhor e severamente castigado.
É neste contexto que Paulo resolve enviar Onésimo a Filémon. Onésimo leva consigo uma carta, em que Paulo explica a Filémon a situação e intercede pelo escravo fugitivo. Com extrema delicadeza, Paulo insinua a Filémon que, sendo possível, lhe devolva Onésimo, já que este lhe vem sendo de grande utilidade; no entanto, Paulo pede, sugere, mas sem impor nada e deixando a decisão nas mãos de Filémon.
É um texto belíssimo, carregado de sentimentos, “verdadeira obra-prima de tacto e de coração”.

MENSAGEM

O que está em causa neste texto é muito mais do que um problema privado, embora com alcance social; é, sobretudo, um problema eclesial (embora com implicações sociais), e que deve ser resolvido a partir desse valor supremo da ética cristã que é o amor.
Para Paulo, o amor deverá ser a suprema e insubstituível norma que dirige e condiciona as palavras, os comportamentos, as decisões dos crentes. Ora, o amor tem consequências bem práticas, que os membros da comunidade cristã não podem olvidar: implica o ver em cada homem um irmão – independentemente da sua raça, da sua cor, ou do seu estatuto social. Vistas as coisas nesta perspectiva, não é de estranhar que Paulo solicite a Filémon que receba Onésimo não como o que era antes (um escravo), mas sim como é agora – um irmão em Cristo. Se Filémon é, de facto, cristão, é essa a atitude que deve assumir para com Onésimo.
O problema da escravatura deve ter-se posto, desde muito cedo, à comunidade eclesial. Mas os cristãos cedo perceberam que a solução não estava na violência ou na revolta, mas no levar até às últimas consequências a fraternidade que une todos os homens e que resulta do facto de todos serem “filhos de Deus” e irmãos em Cristo. A violência, quando muito, serviria para substituir uns escravos por outros, sem alterar a situação; só o amor poderia mudar o coração dos homens, de forma a acabar com a exploração do homem pelo outro homem. A conversão ao amor – exigência fundamental para integrar a comunidade eclesial – exige o reconhecimento da igualdade fundamental de todos os homens (“sem distinção entre judeu ou grego, entre escravo ou homem livre, entre homem ou mulher, porque todos são um só em Cristo Jesus”, dirá Paulo – Gal 3,28). A partir do amor, o “dono” do escravo descobre a igualdade profunda de todos os homens, filhos do mesmo Deus e irmãos em Cristo; a partir do amor, o escravo descobre a afirmação clara da sua dignidade de homem. É esta a questão fundamental que o texto nos apresenta.

ACTUALIZAÇÃO

Para a reflexão, considerar as seguintes questões:

  • O amor – elemento que está no centro da experiência cristã – exige ao cristão o reconhecimento efectivo da igualdade de todos as pessoas, apesar das diferenças de cor da pele, de estatuto social, de sexo, de opções políticas. O meu comportamento para com aqueles que comigo se cruzam é sempre consequente com esta exigência? A cor da pele alguma vez me levou a discriminar alguém? O facto de uma pessoa ser pobre ou rica já alguma vez me levou a tratá-la com mais ou menos consideração? O facto de uma pessoa ser homem ou mulher já alguma vez me levou a dar-lhe mais ou menos importância ou dignidade?
  • O amor – elemento que está no centro da experiência cristã – exige que as nossas comunidades sejam espaços de comunhão, de fraternidade, de acolhimento, sejam quais forem os defeitos dos irmãos. As nossas comunidades têm facilidade em acolher? Como são tratados os “diferentes” ou, então, aqueles que se afastaram ou que cometeram alguma falta? Acolhemo-los com amor, ou marcamo-los toda a vida com o estigma da suspeita e da desconfiança?


ALELUIA Salmo 118 (119), 135 
Refrão: Aleluia. Repete-se 
Fazei brilhar sobre mim, Senhor, 
a luz do vosso rosto 
e ensinai-me os vossos mandamentos. Refrão 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 
Naquele tempo, seguia Jesus uma grande multidão. Jesus voltou-Se e disse-lhes: «Se alguém vem ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo. Quem de vós, desejando construir uma torre, não se senta primeiro a calcular a despesa, para ver se tem com que terminá-la? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, se mostre incapaz de a concluir e todos os que olharem comecem a fazer troça, dizendo: ‘Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de concluir’. E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro a considerar se é capaz de se opor, com dez mil soldados, àquele que vem contra ele com vinte mil? Aliás, enquanto o outro ainda está longe, manda-lhe uma delegação a pedir as condições de paz. Assim, quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo». 
Palavra da salvação. 

COMENTÁRIO ECLESIA
EVANGELHO Lc 14, 25-33 
«Quem não renunciar a todos os seus bens
não pode ser meu discípulo» 
O conhecimento dos desígnios de Deus há-de levar à compreensão da palavra de Jesus, hoje tão exigente. Quem conhece o Senhor, reconhece também que é Ele quem revela os verdadeiros critérios para avaliar todos os valores da vida, critérios orientados pelo Espírito de Deus, e tão diferentes dos critérios do mundo. A renúncia que Jesus apresenta é, no fim de contas, o meio de ganhar, de ganhar as riquezas do reino de Deus. 

COMENTÁRIO DEONIANOS

AMBIENTE

Estamos, ainda, no “caminho para Jerusalém”. Desta vez, o ensinamento de Jesus dirige-se “às multidões”, quer dizer, a todos os discípulos presentes e futuros de Jesus.
A parábola anterior (cf. Lc 14,15-24) havia sugerido que o “banquete do Reino” estava aberto a todos os que aceitassem o convite de Jesus, inclusive aos pobres, estropiados, cegos e coxos… Agora, Lucas vai apresentar algumas exigências que devem cumprir todos aqueles que entram no “banquete do Reino”. A “instrução” reúne diversos ensinamentos de Jesus sobre a condição dos discípulos, predominando o tema da renúncia.

MENSAGEM

Quais são então, na perspectiva de Jesus, as exigências fundamentais para quem quer seguir o “caminho do discípulo” e chegar a sentar-se à mesa do “Reino”? Jesus põe três exigências, todas elas subordinadas ao tema da renúncia.
A primeira exige o preferir Jesus à própria família (vers. 26). A este propósito, Lucas põe na boca de Jesus uma expressão muito forte. Literalmente, podemos traduzir o verbo “misséô” aqui utilizado como “odiar” (“quem não odeia o pai, a mãe… não pode ser meu discípulo”). Para ser discípulo, é preciso odiar alguém? Não. Segundo a maneira oriental de falar, “odiar” significa “pôr em segundo lugar algo porque, entretanto, apareceu na vida da pessoa um valor que ainda é mais importante”. É evidente que Jesus não está a pedir o ódio a ninguém, muito menos a esses a quem nos ligam laços de amor… Está, sim, a exigir que as relações familiares não nos impeçam de aderir ao “Reino”. Se for necessário escolher, a prioridade deve ser do “Reino”.
A segunda exige a renúncia à própria vida (vers. 27). O discípulo de Jesus não pode viver a fazer opções egoístas, colocando em primeiro lugar os seus interesses, os seus esquemas, aquilo que é melhor para ele; mas tem de colocar a sua vida ao serviço do “Reino” e fazer da sua vida um dom de amor aos irmãos, se necessário até à morte. Foi esse, de facto, o caminho de Jesus; e o discípulo é convidado a imitar o mestre.
A terceira exige a renúncia aos bens (vers. 33). Jesus sabe que os bens podem facilmente transformar-se em deuses, tornando-se uma prioridade, escravizando o homem e levando-o a viver em função deles; assim sendo, que espaço fica para o “Reino”? Por outro lado, dar prioridade aos bens significa viver de forma egoísta, esquecendo as necessidades dos irmãos; ora, viver na dinâmica do “Reino” implica viver no amor e deixar que a vida seja dirigida por uma lógica de amor e de partilha… Pode, então, viver-se no “Reino” sem renunciar aos bens?
Com este rol de exigências, fica claro que a opção pelo “Reino” não é um caminho de facilidade e, por isso, talvez não seja um caminho que todos aceitem seguir. É por isso que Jesus recomenda o pesar bem as implicações e as consequências da opção pelo “Reino”. A parábola do homem que, antes de construir uma torre, pensa se tem com que terminá-la (vers. 28-30) e a parábola do rei que, antes de partir para a guerra, pensa se pode opor-se a outro rei com forças superiores (vers. 31-32) convidam os candidatos a discípulos tomar consciência da sua força, da sua vontade, da sua decisão em corresponder aos desafios do Evangelho e em assumir, com radicalidade, as exigências do “Reino”.

ACTUALIZAÇÃO

Para reflectir e partilhar, considerar as seguintes questões:

  • Jesus não é um demagogo que faz promessas fáceis e cuja preocupação é juntar adeptos ou atrair multidões a qualquer preço. Ele é o Deus que veio ao nosso encontro com uma proposta de salvação, de vida plena; no entanto, essa proposta implica uma adesão séria, exigente, radical, sem “paninhos quentes” ou “meias tintas”. O caminho que Jesus propõe não é um caminho de “massas”, mas um caminho de “discípulos”: implica uma adesão incondicional ao “Reino”, à sua dinâmica, à sua lógica; e isso não é para todos, mas apenas para os discípulos que fazem séria e conscientemente essa opção. Como é que eu me situo face a isto? O projecto de Jesus é, para mim, uma opção radical, que eu abracei com convicção e a tempo inteiro ou um projecto em que eu vou estando, sem grande esforço ou compromisso, por inércia, por comodismo, por tradição?
  • A forma exigente como Jesus põe a questão da adesão ao “Reino” e à sua dinâmica faz-nos pensar na nossa pastoral – vocacionada para ser uma pastoral de massas – e na tentação que sentem os agentes da pastoral no sentido de facilitar as coisas, de não serem exigentes… Às vezes, interessa mais que as estatísticas da paróquia apresentem um grande número de baptizados, de casamentos, de crismas, de comunhões, do que propor, com exigência, a radicalidade do Evangelho e dos valores de Jesus… O caminho cristão é um caminho de facilidade, onde cabe tudo, ou é um caminho verdadeiramente exigente, onde só cabem aqueles que aceitam a radicalidade de Jesus? A nossa pastoral deve facilitar tudo, ou ir pelo caminho da exigência?
  • Às vezes, as pessoas procuram a comunidade cristã por tradição, por influências do meio social ou familiar, porque “a cerimónia religiosa fica bonita nas fotografias”… Sem recusarmos nada, devemos, contudo, fazê-las perceber que a opção pelo baptismo ou pelo casamento religioso é uma opção séria e exigente, que só faz sentido no quadro de um compromisso com o “Reino” e com a proposta de Jesus.
  • Dentro do quadro de exigências que Jesus apresenta aos discípulos, sobressai a exigência de preferir Jesus à própria família. Isso não significa, evidentemente, que devamos rejeitar os laços que nos unem àqueles que amamos… No entanto, significa que os laços afectivos, por mais sagrados que sejam, não devem afastar-nos dos valores do “Reino”. As pessoas têm mais importância para mim do que o “Reino”? Já me aconteceu renunciar aos valores do “Reino” por causa de alguém?
  • Outra exigência que Jesus faz aos discípulos é a renúncia à própria vida e o tomar a cruz do amor, do serviço, do dom da vida. O que é mais importante para mim: os meus interesses, os meus valores egoístas, ou o serviço d
    os irmãos e o dom da vida?
  • Uma terceira exigência de Jesus pede aos candidatos a discípulos a renúncia aos bens. Os bens, a procura da riqueza são, para mim, uma prioridade fundamental? O que é mais importante: a partilha, a solidariedade, a fraternidade, o amor aos outros, ou o ter mais, o juntar mais?

ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O 23º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)

  1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
    Ao longo dos dias da semana anterior ao 23º Domingo do Tempo Comum, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
  2. CONVIDAR A CONTEMPLAR A CRUZ.
    Se houver uma cruz bem situada, pode-se enfeitá-la com flores ou iluminá-la com um projector… No momento penitencial, o presidente da assembleia pode convidar os fiéis a olhar para a cruz… Pode ainda aproveitar todo esse simbolismo durante a homilia.
  3. ORAÇÃO NA LECTIO DIVINA.
    Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das leituras com a oração.

No final da primeira leitura:
“Pai do céu, quem pode descobrir as tuas intenções e descobrir a tua vontade? Mas nós podemos bendizer-Te por Jesus, por quem comunicaste a tua Sabedoria, e pelo Espírito Santo, que Tu nos deste.
Nós Te pedimos pelos pais e educadores, catequistas e pregadores. Que o teu Espírito seja a sua Sabedoria, que Ele os sustente e os guie”.

No final da segunda leitura:
“Deus nosso Pai, nós Te damos graças pelo baptismo, que é um novo nascimento. Por ele deste-nos a vida no teu Filho Jesus.
Nós Te pedimos pelos mediadores e conciliadores, que se dedicam a restaurar o diálogo nos conflitos profissionais e noutros conflitos. Pelo teu Espírito, orienta os nossos pensamentos e os nossos esforços na procura da conciliação”.

No final do Evangelho:
“Deus nosso Pai, como bom empreendedor Tu construíste pacientemente a nova torre que nos liga a Ti e une o céu e a terra. Colocaste as fundações e pelo teu Espírito acabas em nós a obra começada.
Nós Te pedimos por todos nós, teu povo, que chamas a seguir-Te. Confiamos-Te todos aqueles que levam cruzes pesadas”.

  1. BILHETE DE EVANGELHO.
    O que Jesus critica nos dois heróis das parábolas é o facto de não terem tomado tempo para se sentar. Ora, Ele propõe estas duas parábolas no momento em que convida os seus discípulos a segui-l’O sem condições, e mesmo a levar a sua cruz, isto é, a aceitar as provas que seguirão ao seu compromisso. Quer dizer que, antes de seguir Jesus, é preciso reservar tempo para a reflexão. Jesus não esconde as exigências, mas é preciso perguntar porque O seguimos, até onde O podemos seguir. É a maneira de Jesus respeitar a liberdade do homem. Ele não quer discípulos que decidem segui-l’O sem mais nem menos. Ele não pede a mesma coisa a toda a gente, mas a cada um Ele pede para segui-l’O em função dos seus carismas. Mais uma razão para nos sentarmos e perguntar: quais são os meus carismas que quero pôr ao serviço do Reino?
  2. À ESCUTA DA PALAVRA.
    Podemos ainda comentar esta página do Evangelho? Jesus, decididamente, é demasiado duro, as suas exigências demasiado radicais: “Se alguém vem ter comigo, sem Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo… Quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo». Sem contar com este convite ao sofrimento: “Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo”. Parece que Jesus quer desencorajar quem quer ser seu discípulo. Como compreender? Primeiro, é preciso compreender que Lucas escreve o seu Evangelho num contexto de perseguições. Alguns cristãos preferiam morrer a renegar a sua fé. Outros, talvez os mais numerosos, escolhiam colocar, pelo menos momentaneamente, a sua fé entre parêntesis para salvar os seus bens, a sua família e a sua própria vida. São Lucas quis, não tanto condenar estas fraquezas na fé, mas sobretudo dar um forte encorajamento àqueles que se mantinham firmes na fé, até à morte. Eram esses, os mártires, que tinham razão em seguir Jesus até no mistério da sua morte na cruz. O que nos podem estas palavras dizer hoje? O nosso mundo é duro em tantos domínios. Por exemplo, talvez não se possa dizer que o sentido do casamento e da família, o valor da palavra dada para ser fiel ao seu marido, à sua esposa, sejam referências maiores da nossa cultura. Querer, neste mundo, ter em conta estes valores não somente “espirituais”, mas propriamente cristãos, fazer referência ao Evangelho, afirmar-se como crente em Jesus, numa sociedade “descristianizada”, não é evidente hoje. A maior parte tomou as suas distâncias em relação a Deus, à fé cristã. Então, a palavra de hoje é-nos dada para nos despertar e, ao mesmo tempo, para nos encorajar. Aqueles que, apesar de tudo e contra tudo, continuam a dar um lugar importante na sua vida a Jesus, têm razão. O Evangelho de hoje é um convite urgente a mantermo-nos na nossa fé, por mais que isso custe!
  3. ORAÇÃO EUCARÍSTICA.
    Pode-se escolher a Oração Eucarística III que evoca, particularmente, a oblação de Cristo.
  4. PALAVRA PARA O CAMINHO…
    Como O seguimos? No caminho, grandes multidões à procura de Jesus, com interesses muito variados! Era ontem! E nós, hoje, como o seguimos? Como um líder político? Uma estrela da canção? Um ídolo do futebol? “Jesus voltou-Se”, indicando claramente os desafios. Tornar-se seu discípulo é uma questão de preferência absoluta, num caminho que passa pela cruz.

DAILY SCRIPTURE READINGS AND MEDITATIONS

Daily Reading & Meditation

Sunday (September 8): The true cost of discipleship

Scripture: Luke 14:25-33

25 Now great multitudes accompanied him; and he turned and said to them, 26 “If any one comes to me and does not hate his own father and mother and wife and children and brothers and sisters, yes, and even his own life, he cannot be my disciple. 27 Whoever does not bear his own cross and come after me, cannot be my disciple. 28 For which of you, desiring to build a tower, does not first sit down and count the cost, whether he has enough to complete it? 29 Otherwise, when he has laid a foundation, and is not able to finish, all who see it begin to mock him, saying, `This man began to build, and was not able to finish.’ 31 Or what king, going to encounter another king in war, will not sit down first and take counsel whether he is able with ten thousand to meet him who comes against him with twenty thousand? 32 And if not, while the other is yet a great way off, he sends an embassy and asks terms of peace. 33 So therefore, whoever of you does not renounce all that he has cannot be my disciple.

Meditation: Why does the Lord Jesus say we must ‘hate’ our families and even ourselves (Luke 14:26)? In Biblical times the expression ‘to hate’ often meant to ‘prefer less’. Jesus used strong language to make clear that nothing should take precedence or first place over God. God our heavenly Father created us in his image and likeness to be his beloved sons and daughters. He has put us first in his love and concern for our well-being and happiness. Our love for him is a response to his exceeding love and kindness towards us. True love is costly because it holds nothing back from the beloved – it is ready to give all and sacrifice all for the beloved. God the Father gave us his only begotten Son, the Lord Jesus Christ, who freely offered up his life for us on the cross as the atoning sacrifice for our sins. His sacrificial death brought us pardon and healing, new life in the Spirit and peace with God.

The cost of following Jesus as his disciples
Jesus willingly embraced the cross, not only out of obedience to his Father’s will, but out of a merciful love for each one of us in order to set us free from slavery to sin, Satan, and everything that would keep us from his love, truth, and goodness. Jesus knew that the cross was the Father’s way for him to achieve victory over sin and death – and glory for our sake as well. He counted the cost and said ‘yes’ to his Father’s will. If we want to share in his glory and victory, then we, too, must ‘count the cost’ and say ‘yes” to his call to “take up our cross and follow him” as our Lord and Savior. 

What is the ‘way of the cross’ for you and me? It means that when my will crosses with God’s will, then his will must be done. The way of the cross involves sacrifice, the sacrifice of laying down my life each and every day for Jesus’ sake. What makes such sacrifice possible and “sweet” for us is the love of God poured out for us in the blood of Christ who cleanses us and makes us a new creation in him. Paul the Apostle tells us that “God’s love has been poured into our hearts through the Holy Spirit who has been given to us” (Romans 5:5). We can never outmatch God in his merciful love and kindness towards us. He always gives us more than we can expect or imagine. Do you allow the Holy Spirit to fill your heart and transform your life with the overflowing love and mercy of God?

The wise plan ahead to avert failure and shame
What do the twin parables of the tower builder and a ruler on a war campaign have in common (Luke 14:28-32)? Both the tower builder and the ruler risked serious loss if they did not carefully plan ahead to to make sure they could finish what they had begun. In a shame and honor culture people want at all costs to avoid being mocked by their community for failing to complete a task which they had begun in earnest. This double set of parables echoes the instruction given in the Old Testament Book of Proverbs: “By wisdom a house is built” and “by wise guidance you can wage a war” to ensure victory (Proverbs 24:3-6).

In Jesus’ time every landowner who could afford it built a wall around his orchard or vineyard as a protection from intruders who might steal or destroy his produce. A tower was usually built in a corner of the wall and a guard posted especially during harvest time when thieves would likely try to make off with the goods. Starting a building-project, like a watchtower, and leaving it unfinished because of poor planning or insufficient funds would invite the scorn of the whole village. Likewise a king who decided to wage a war against an opponent who was much stronger, would be considered foolish if he did not come up with a plan that had a decent chance of success. Counting the cost and investing wisely are necessary conditions for securing a good return on the investment.

The great exchange
If you prize something of great value and want to possess it, it’s natural to ask what it will cost you before you make a commitment to invest in it. Jesus was utterly honest and spared no words to tell his disciples that it would cost them dearly to be his disciples – it would cost them their whole lives and all they possessed in exchange for the new life and treasure of God’s kingdom. The Lord Jesus leaves no room for compromise or concession. We either give our lives over to him entirely or we keep them for ourselves. Paul the Apostle reminds us, “We are not our own. We were bought with a price” ( 1 Corinthians 6:19b,20). We were once slaves to sin and a kingdom of darkness and oppression, but we have now been purchased with the precious blood of Jesus Christ who has ransomed us from a life of darkness and destruction so we could enter his kingdom of light and truth. Christ has set us free to choose whom we will serve in this present life as well as in the age to come – God’s kingdom of light, truth, and goodness or Satan’s kingdom of darkness, lies, and deception. There are no neutral parties – we are either for God’s kingdom or against it.

Who do you love first – above all else?
The love of God compels us to choose who or what will be first in our lives. To place any relationship or any possession above God is a form of idolatry – worshiping the creature in place of the Creator and Ruler over all he has made. Jesus challenges his disciples to examine who and what they love first and foremost. We can be ruled and mastered by many different things – money, drugs, success, power or fame. Only one Master, the Lord Jesus Christ, can truly set us free from the power of sin, greed, and destruction. The choice is ours – who will we serve and follow – the path and destiny the Lord Jesus offers us or the path we choose in opposition to God’s will and purpose for our lives. It boils down to choosing between life and death, truth and falsehood, goodness and evil. If we choose for the Lord Jesus and put our trust in him, he will show us the path that leads to true joy and happiness with our Father in heaven.

“Lord Jesus, your are my Treasure, my Life, and my All. There is nothing in this life that can outweigh the joy of knowing, loving, and serving you all the days of my life. Take my life and all that I have and make it yours for your glory now and forever.”

 

 

                                                                                                                     

Sexta Feria /2019-09-06

                                                          

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Liturgia diária

Ag enda litúrgica

2019-09-06

L 1 Col 1, 15-20; Sal 99 (100), 2. 3. 4. 5 
Ev Lc 5, 33-39 

 
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses 
Cristo é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criatura; Porque n’Ele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, visíveis e invisíveis, Tronos e Dominações, Principados e: por Ele e para Ele tudo foi criado. Ele é anterior a todas as coisas e n’Ele tudo subsiste. Ele é a cabeça da Igreja, que é o seu corpo. Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos; em tudo Ele tem o primeiro lugar. Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude e por Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo sangue da sua cruz, com todas as criaturas na terra e nos céus. 
Palavra do Senhor. 


COMENTÁRIO ECLESIA


LEITURA I (anos ímpares) Col 1, 15-20 
«Por Ele e para Ele tudo foi criado» 

Esta leitura faz parte de um hino em louvor de Cristo, “Primogénito de toda a criatura” e “Primogénito de entre os mortos”. Cristo é o primeiro, tanto na ordem da Criação – “por Ele todas as coisas foram feitas” –, como na ordem de re-criação, realizada pela sua morte e ressurreição. Esta passagem é um dos hinos mais belos em louvor de Cristo. 

 

 

 

COMENTÁRIO DEONIANOS

Epafras não conseguiu apresentar aos habitantes de Colossos toda a grandiosidade do Evangelho. Por isso, Paulo procura dar um quadro maduro e reflectido de Cristo Salvador, devidamente situado no contexto cósmico e na história da criação. Para isso, o Apóstolo serve-se de um hino da liturgia dessa comunidade. Procura, assim, mostrar que a “gnose cristã” é uma sabedoria que se fundamenta no evento da cruz (v. 20), isto é, numa intervenção livre e gratuita de Deus na história: «aprouve a Deus» (v. 19).
O hino cristológico consta de duas partes: na primeira, Cristo é celebrado de acordo com o modelo da Sabedoria-arquitecto de Pr 8, 22-31. Uma vez que precede toda a criação, o Logos contém de modo particular a imagem do Criador: é o rosto sobre o qual se reflecte a sabedoria criadora do Todo-Poderoso; na segunda parte, Cristo é celebrado como único mediador da redenção, descrita em termos de reconciliação, de pacificação, o que implica a ideia do pecado como rotura. A paz entre o céu e a terra não se resolve no âmbito celeste, como nos mitos antigos, mas por meio do acontecimento histórico de Jesus de Nazaré. Aqui, Paulo afasta-se completamente das perspectivas gnósticas e veterotestamentárias.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 99 (100), 2.3.4.5 (R. 2c) 
Refrão: Vinde à presença do Senhor 
com cânticos de alegria. Repete-se 

Aclamai o Senhor, terra inteira, 
servi o Senhor com alegria, 
vinde a Ele com cânticos de júbilo. Refrão 

Sabei que o Senhor é Deus, 
Ele nos fez, a Ele pertencemos, 
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho. Refrão 

Entrai pelas suas portas, dando graças, 
penetrai em seus átrios com hinos de louvor, 
glorificai-O, bendizei o seu nome. Refrão 

Porque o Senhor é bom, 
eterna é a sua misericórdia, 
a sua fidelidade estende-se de geração em geração. Refrão 


ALELUIA Jo 8, 12 
Refrão: Aleluia Repete-se 
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor; 
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão 



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 
Naquele tempo, os fariseus e os escribas disseram a Jesus: «Os discípulos de João Baptista e os fariseus jejuam muitas vezes e recitam orações. Mas os teus discípulos comem e bebem». Jesus respondeu-lhes: «Quereis vós obrigar a jejuar os companheiros do noivo, enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão». Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém corta um remendo de um vestido novo, para o deitar num vestido velho, porque não só rasga o vestido novo, como também o remendo não se ajustará ao velho. E ninguém deita vinho novo em odres velhos, porque o vinho novo acaba por romper os odres, derramar-se-á e os odres ficarão perdidos. Mas deve deitar-se vinho novo em odres novos. Quem beber do vinho velho não quer do novo, pois diz: ‘O velho é que é bom’». 
Palavra da salvação. 

COMENTÁRIO ECLESIA
EVANGELHO Lc 5, 33-39 
«Dias virão em que o noivo lhes será tirado… 
Nesses dias jejuarão» 

Jesus tenta fazer compreender aos fariseus e escribas, pessoas que passavam por ser das mais religiosas do Antigo Testamento, o espírito novo que Ele lhes vinha comunicar. Jesus é o noivo presente no meio dos seus, estes não podem tomar atitudes menos festivas; um dia, quando Ele lhes for tirado, na hora da paixão, então eles jejuarão, como a Igreja depois começou a fazer, e ainda faz, no “jejum pascal”, na Sexta-feita Santa e no Sábado Santo (cf. Concílio, SC 110). 

 

COMENTÁRIO DEONIANOS

A partir de hoje, a liturgia apresenta-nos três polémicas de Jesus com os discípulos de João Baptista: uma sobre a prática do jejum e duas sobre a observância do sábado.
A esmola, a oração e o jejum são três compromissos indeclináveis para os discípulos de Cristo (cf. Mt 6, 1-18). Mas o que preocupa a Jesus é o modo como os seus discípulos praticam a esmola, a oração e o jejum. Esta página realça o espírito com que deve ser praticado o jejum. A alegoria esponsal leva-nos a considerar Jesus como “o esposo”, cuja presença é motivo de alegria e cuja ausência será motivo de tristeza. A espiritualidade cristã não pode deixar de dar atenção a estas expressões muito pessoais que podem configurar uma relação, não só de filhos com o pai, mas também da esposa com o esposo. O Antigo Testamento desenvolve muito esta alegoria esponsal para iluminar as relações de Israel com o seu Senhor e a relação de cada crente com Deus.
Este texto distingue também os tempos de Jesus dos tempos da Igreja. A Igreja é representada pelos convidados que participam da alegria do esposo; mas algumas vezes é apresentada na imagem da esposa, ou do amigo do esposo que lhe está próximo e a escuta (cf. Jo 25, 30).

Meditatio

A glória de Cristo manifesta-se plenamente no seu mistério pascal. Na paixão, Jesus revela-se Filho de Deus, porque cumpre, com perfeito amor filial, todo o projecto salvífico do Pai. Glorificou o Pai e foi glorificado por Ele, como pediu na oração sacerdotal (Jo 17, 1). A glória divina é amar. Jesus, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim, isto é, até à extrema possibilidade. De facto, não há maior amor do que dar a vida pelos amigos (cf. Jo 15, 13).
Depois de se manifestar na paixão, a glória divina manifestou-se na ressurreição de Cristo, isto é, na sua vitória sobre a morte e sobre o mal. Foi assim que os Apóstolos receberam a plenitude da revelação. Mas não conseguiram compreender imediatamente todas as suas riquezas. Uma experiência de vida nova, inédita, não se consegue expressar imediatamente, de modo satisfatório. Faltam as palavras. Só pouco a pouco se adaptam as palavras à realidade experimentada.
O Novo Testamento mostra-nos os esforços e o progresso feitos pelos Apóstolos para testemunharem, cada vez melhor, a glória filial de Cristo. No princípio, a catequese apostólica apenas dispunha de breves fórmulas: «Jesus é Senhor» (1 Cor 12, 3), «Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo» (Mt 16, 16). O conteúdo destas fórmulas é depois explicitado no exórdio da carta aos Hebreus, no prólogo do evangelho segundo S. João, e no belo texto da carta aos Colossenses, que hoje escutamos. Neste texto, Paulo afirma, em primeiro lugar, a preexistência e a superioridade de Cristo sobre toda a criação, incluindo as criaturas cuja beleza fascinava as mentes de muitos dos seus contemporâneos, os seres celestes, designados com nomes impressionantes: Tronos, Dominações, Poderes e Autoridades. Depois, proclama o primado de Cristo na ordem da redenção e da reconciliação: Cristo é o primeiro ressuscitado, é Cabeça do Corpo, que é a Igreja. O Apóstolo usa expressões muito fortes: «Todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele» (v. 16). Cristo está no princípio e no fim de tudo: «Ele é anterior a todas as coisas e todas elas subsistem nele» (v. 17).
O nosso texto termina afirmando que o primado de Cristo sobre todas coisas foi obtido pela sua paixão: «aprouve a Deus fazer habitar toda a plenitude e, por Ele e para Ele, reconciliar todas as coisas, pacificando pelo sangue da sua cruz, tanto as que estão na terra como as que estão no céu» (v. 19s.).
O belo texto de Paulo ajuda-nos a contemplar com alegria a glória de Cristo, nosso Senhor, nossa Cabeça, nosso Irmão. Ajuda-nos a
louvar a Deus pela glória do seu Filho. Ajuda-nos a confirmar a nossa fé e a nossa esperança.

Oratio

Senhor Jesus, Tu és para nós o Primeiro e o Último, Aquele que vive. Em Ti, foi criado o homem novo, à imagem de Deus, na justiça e na santidade verdadeiras. Tu fazes-nos acreditar que, apesar do pecado, dos fracassos e da injustiça, a redenção é possível, oferecida e já está presente. O teu Caminho é o nosso caminho. Com todos os nossos irmãos cristãos, queremos seguir os teus passos, para alcançar a santidade. Para isso fomos chamados: Tu próprio sofreste por nós e nos deixaste o exemplo para seguirmos os teus passos. Ajuda-nos a caminhar Contigo. Passaremos pelo Calvário. Mas a meta é a Glória. Amen.

Contemplatio

O primeiro fruto da contemplação da glória de Cristo é o crescimento da fé. Os apóstolos testemunham-nos que viram a glória do Salvador. «Não são fábulas que vos contamos, diz S. Pedro (2Pd 1, 16), fomos testemunhas do poder e da glória do Redentor. Ouvimos a voz do céu sobre a montanha gritando-nos no meio dos esplendores da transfiguração: É o meu Filho muito amado, escutai-o». S. Paulo encoraja a nossa esperança recordando a lembrança da glória do salvador manifestada na transfiguração e na ascensão: «Veremos a glória face a face, diz, e seremos transfigurados à sua semelhança» (2Cor 3, 18). – Esperamos o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo terrestre e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso» (Fl 3, 21). Mas este mistério é sobretudo próprio para aumentar o nosso amor por Jesus. Nosso Senhor manifestou-nos naquele dia toda a sua beleza. O seu rosto era resplandecente como o sol. Os apóstolos, testemunhas da transfiguração, estavam totalmente inebriados de amor e de alegria. «Que bom é estar aqui», dizia S. Pedro: «Façamos aqui a nossa tenda». A beleza de Cristo transfigurado, contemplada pelo pintor Rafael, inspirou-lhe a obra-prima da arte cristã. Nosso Senhor falava então da sua Paixão com Moisés e Elias: nova lição de amor por nós. O Coração de Jesus, mesmo na sua glória, não pensa senão em nós e nos sacrifícios que quer fazer por nós. (Leão Dehon, OSP 4, pp. 132s.).

Actio

Repete frequentemente e vive hoje a Palavra:
«Jesus é Senhor» (1 Cor 12, 3)

Daily Reading & Meditation

 Friday (September 6): The unity of the new and the old

Scripture: Luke 5:33-39  

33 And they said to him, “The disciples of John fast often and offer prayers, and so do the disciples of the Pharisees, but yours eat and drink.” 34 And Jesus said to them, “Can you make wedding guests fast while the bridegroom is with them? 35 The days will come, when the bridegroom is taken away from them, and then they will fast in those days.” 36 He told them a parable also: “No one tears a piece from a new garment and puts it upon an old garment; if he does, he will tear the new, and the piece from the new will not match the old. 37 And no one puts new wine into old wineskins; if he does, the new wine will burst the skins and it will be spilled, and the skins will be destroyed. 38 But new wine must be put into fresh wineskins. 39 And no one after drinking old wine desires new; for he says, `The old is good.'”

Meditation: Which comes first, fasting or feasting? The disciples of John the Baptist were upset with Jesus’ disciples because they did not fast. Fasting was one of the three most important religious duties, along with prayer and almsgiving. Jesus gave a simple explanation. There’s a time for fasting and a time for feasting (or celebrating). 

A time to weep and fast – a time to rejoice and celebrate
To walk as a disciple with Jesus is to experience a whole new joy of relationship akin to the joy of the wedding party in celebrating with the groom and bride their wedding bliss. But there also comes a time when the Lord’s disciples must bear the cross of affliction and purification. For the disciple there is both a time for rejoicing in the Lord’s presence and celebrating his goodness and a time for seeking the Lord with humility and fasting and for mourning over sin. Do you take joy in the Lord’s presence with you and do you express sorrow and contrition for your sins?

A mind closed to God’s wisdom
Jesus goes on to warn his disciples about the problem of the “closed mind” that refuses to learn new things. Jesus used an image familiar to his audience – new and old wine skins. In Jesus’ times, wine was stored in wine skins, not bottles. New wine poured into skins was still fermenting. The gases exerted gave pressure. New wine skins were elastic enough to take the pressure, but old wine skins easily burst because they became hard as they aged. What did Jesus mean by this comparison?

The Old Testament points to the New – the New Testament fulfills the Old
Are we to reject the old in place of the new? Just as there is a right place and a right time for fasting and for feasting, so there is a right place for the old as well as the new.  Jesus says the kingdom of heaven is like a householder who brings out of his treasure what is new and what is old (Matthew 13:52). 

A very common expression, dating back to the early beginnings of the Christian church, states that the New Testament lies hidden in the Old and the Old Testament is unveiled in the New – the two shed light on each other. The New Testament does not replace the Old – rather it unveils and brings into full light the hidden meaning and signs which foreshadow and point to God’s plan of redemption which he would accomplish through his Son, Jesus Christ. How impoverished we would be if we only had the Old Testament or the New Testament, rather than both.

New “wine” of the Holy Spirit
The Lord Jesus gives us wisdom so we can make the best use of both the old and the new. He doesn’t want us to hold rigidly to the past and to be resistant to the new action of his Holy Spirit in our lives. He wants our minds and hearts to be like the new wine skins – open and ready to receive the new wine of the Holy Spirit. Are you eager to grow in the knowledge and understanding of God’s word and plan for your life?

 

“Lord Jesus, fill me with your Holy Spirit, that I may grow in the knowledge of your great love and truth. Help me to seek you earnestly in prayer and fasting that I may turn away from sin and wilfulness and conform my life more fully to your will. May I always find joy in knowing, loving, and serving 

 

 

 

 

 

 

QUINTA-FEIRA da semana XXII 05 de Setembro

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2019-09-05                         

QUINTA-FEIRA da semana XXII

Verde – Ofício da féria. 
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18). 

L 1 Col 1, 9b-14; Sal 97 (98), 2-3ab. 3cd-4. 5-6 
Ev Lc 5, 1-11 

Missa

 ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 3.5 
Tende compaixão de mim, Senhor, 
que a Vós clamo o dia inteiro. 
Vós, Senhor, sois bom e indulgente, 
cheio de misericórdia para àqueles que Vos invocam. 


ORAÇÃO COLECTA 
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito, 
infundi em nossos corações o amor do vosso nome 
e, estreitando a nossa união convosco, 
dai vida ao que em nós é bom 
e protegei com solicitude esta vida nova. 
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, 
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses 
Irmãos: Não cessamos de orar por vós e de pedir que chegueis ao pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e inteligência espiritual. Assim vivereis de maneira digna do Senhor, agradando-Lhe em tudo, realizando toda a espécie de boas obras e progredindo no conhecimento de Deus. Sereis fortalecidos com o seu poder glorioso, para que se confirme a vossa constância e longanimidade a toda a prova e, cheios de alegria, deis graças a Deus Pai, que nos fez dignos de tomar parte na herança dos santos, na luz divina. Ele nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, o perdão dos pecados. 
Palavra do Senhor. 

 

 

 

COMENTÁRIO ECLESIA


LEITURA I Col 1, 9b-14 
«Libertou-nos do poder das trevas 
e transferiu-nos para o reino do seu Filho muito amado» 

Depois da direcção da carta e da saudação inicial, vem um momento de oração pelo progresso espiritual dos cristãos, ao mesmo tempo que um convite à acção de graças a Deus que os libertou e os fez passar para o Reino de seu Filho, “no qual temos a redenção, o perdão dos pecados”. 

COMENTÁRIO DEONIANOS

Paulo dirige-se aos Colossenses num tom de oração que irá desembocar no hino cristológico (vv. 15-20. Por agora, pede para a comunidade o dom de um profundo conhecimento da vontade de Deus. A linguagem, à primeira vista, pode fazer lembrar a dos gnósticos, mas, depois, Paulo especifica melhor de que conhecimento se trata, caracterizando-o definitivamente em sentido cristão: caminhar de modo digno do Senhor, agradar-lhe em tudo, dar frutos de boas obras, ser fortes e pacientes. Trata-se de um caminho de conversão, que exige adesão da vontade do homem e compromisso em perseverar no bem, realizando as obras agradáveis a Deus, as obras do Evangelho.
O cristão não é chamado apenas a um saber, mas a entrar num novo êxodo que estabelece a pertença ao povo de Deus: a «tomar parte na herança dos santos na luz» (v. 12), a luz que é Cristo ressuscitado, libertador do pecado e da morte.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 97 (98), 2-3ab.3cd-4.5-6 (R. 2a) 
Refrão: O Senhor revelou a sua salvação. Repete-se 

O Senhor deu a conhecer a salvação, 
revelou aos olhos das nações a sua justiça. 
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade 
em favor da casa de Israel. Refrão 

Os confins da terra puderam ver 
a salvação do nosso Deus. 
Aclamai o Senhor, terra inteira, 
exultai de alegria e cantai. Refrão 

Cantai ao Senhor ao som da cítara, 
ao som da cítara e da lira; 
ao som da tuba e da trombeta, 
aclamai o Senhor, nosso Rei. Refrão 


ALELUIA Mt 4, 19 
Refrão: Aleluia. Repete-se 
Vinde comigo, diz o Senhor, 
e farei de vós pescadores de homens. Refrão 




Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 
Naquele tempo, estava a multidão aglomerada em volta de Jesus, para ouvir a palavra de Deus. Ele encontrava-Se na margem do lago de Genesaré e viu dois barcos estacionados no lago. Os pescadores tinham deixado os barcos e estavam a lavar as redes. Jesus subiu para um barco, que era de Simão, e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. Depois sentou-Se e do barco pôs-Se a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo e lançai as redes para a pesca». Respondeu-Lhe Simão: «Mestre, andámos na faina toda a noite e não apanhámos nada. Mas, já que o dizes, lançarei as redes». Eles assim fizeram e apanharam tão grande quantidade de peixes que as redes começavam a romper-se. Fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco para os virem ajudar; eles vieram e encheram ambos os barcos de tal modo que quase se afundavam. Ao ver o sucedido, Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus e disse-Lhe: «Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador». Na verdade, o temor tinha-se apoderado dele e de todos os seus companheiros, por causa da pesca realizada. Isto mesmo sucedeu a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não temas. Daqui em diante serás pescador de homens». Tendo conduzido os barcos para terra, eles deixaram tudo e seguiram Jesus. 
Palavra da salvação. 

COMENTÁRIO ECLESIA


EVANGELHO Lc 5, 1-11 
«Deixaram tudo e seguiram Jesus» 

Jesus continua nas margens do lago junto dos pescadores. Através da experiência da sua vida de trabalho, Jesus leva-os a compreender, particularmente a Simão Pedro, que o seu futuro será outro. A cena da pesca miraculosa tem uma significação mais larga do que a simples abundância do peixe que foi apanhado na rede: Pedro, a barca, a rede, a pesca, o acto de fé de Pedro e dos colegas, o chamamento e a resposta dos futuros Apóstolos, traduzem o mistério da Igreja e o dos Apóstolos no meio da Igreja: doravante eles serão pescadores de homens. E eles compreenderam a lição: deixaram as redes e seguiram Jesus. 

COMENTÁRIO DEONIANOS 

Lucas realça o modo como a multidão escutava «a palavra de Deus». Deste modo, remete-nos para a comunidade eclesial que vive a sua fé colocando no centro de si mesma «a palavra de Deus» e, ao mesmo tempo, Jesus como Palavra da revelação e a pregação apostólica. Lucas também realça que Jesus, «sentando se, dali se pôs a ensinar a multidão». Também este pormenor nos leva a considerar a narração evangélica como intimamente ligada à vida da primitiva comunidade cristã, em que a passagem da evangelização à catequese era normal e permanente.
«Porque Tu o dizes, lançarei as redes»: Lucas sublinha a autoridade da palavra de Jesus. Sabemos que toda a palavra que saía da boca de Jesus, para os Apóstolos ou para a multidão, estava carregada de especial autoridade: «Que palavra é esta? Ordena com autoridade e poder aos espíritos malignos, e eles saem!» (4, 36).
«Depois de terem reconduzido as barcas para terra, dei¬xaram tudo e seguiram no». Esta expressão alerta para o radicalismo evangélico. Lucas quer indicar que o seguimento de Jesus implica, não só uma opção pessoal, mas também a decisão de se desapegar de tudo aquilo que, de algum modo, possa enfraquecer a adesão a Jesus.

Meditatio

Pedro já se tinha encontrado com Jesus. Mas o episódio da pesca milagrosa marca um novo começo, um novo tipo de relação com o Senhor: «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens» (v. 10). Quando o homem vacila nas suas convicções mais firmes, fica criada a ocasião para a conversão. No espaço deixado livre pelo homem, no calar a própria experiência, sempre limitada, Deus pode agir, o seu poder pode manifestar-se. E tudo muda, inclusivamente dentro de nós e na nossa relação com Ele. Na extraordinária pesca, depois de uma noite de trabalho inútil, Pedro reconheceu os seus limites, e reconheceu, sobretudo, o poder divino de Jesus. Por isso, se rendeu e ajoelhou diante de Deus: «Ao ver isto, Simão caiu aos pés de Jesus» (v. 8). Tendo dado espaço ao Senhor, Ele invadiu a sua vida: «de futuro, serás pescador de homens» (v. 10b). E Pedro viveu uma verdadeira conversão, realizou um pequeno êxodo, que encheu de significado as suas acções habituais. «Serás pescador de homens»: Pedro e os companheiros são chamados a partir exactamente da situação onde se encontravam, da sua experiência de homens do mar, que, de futuro, olharão com olhos novos, com olhos iluminados pela fé no Senhor Jesus. A noite de trabalho inútil, transformou-se no dia da abundância de Deus, em que podem saborear os bens que Ele nos preparou desde toda a eternidade. Permanecer pescadores, por outro lado, quer dizer continuar a própria experiência no espaço e no tempo, na cultura e na sociedade a que pertencemos, incarnando nela a Palavra que salva.
Para o cristão, cada dia há-de ser um novo começo, a partir da Palavra do Senhor, acolhida num coração disponível. Por isso, não há monotonia, não há repetição. Há sempre a novidade da Palavra de Deus, que nos oferece uma pequena luz para cada dia, que nos dá força e coragem para recomeçar. Apoiados nela, o nosso dia será frutuoso para nós e, misteriosamente, para todo o mundo. Os Apóstolos, à palavra de Jesus, lançaram as redes, «e apanharam uma grande quantidade de peixe» (v. 6).
Vivamos cada dia com esta atitude, e o nosso trabalho será tornado fecundo pelo poder da Palavra do Senhor.

 

Oratio

Obrigado, Pai, pelo teu Filho Jesus, revelação da tua sabedoria, manifestação da tua vida divina. A sua Palavra chama-nos à conversão, ao êxodo da nossa sabedoria para a tua sabedoria. A sua Palavra é luz que nos tira das trevas das nossas certezas, que nos permite ir mais além do fracasso da nossa experiência. A sua Palavra é estímulo a fazer-nos ao largo, a não nos fecharmos no nosso pequeno mundo, a irmos além da nossa experiência, para aceitarmos uma s&oacute
; evidência, a da sua Palavra. Obrigado, Pai, pelo teu Filho, a Palavra feita carne. Amen.

Contemplatio

O Coração de Maria era o próprio Coração de Jesus durante este período (da gravidez de Maria). Daí a sua grande santidade, daí a necessidade da Imaculada Conceição. Este coração que devia ser o de Jesus, não podia ter pertencido ao demónio. Daí o grande poder de intercessão de Maria. Como é que Nosso Senhor lhe recusaria dispor do seu sangue e do preço deste sangue, ela que o pôs nas veias e aí o fez circular, ela que imprimiu ao seu Coração os seus primeiros batimentos. Recorramos, portanto, a Maria com uma inteira confiança. Peçamos e havemos de receber. E Jesus, que fazia no seio de Maria? Era o Verbo divino tornado mudo. O seu discípulo bem amado, João, disse a dupla geração do Verbo: No princípio era o Verbo e o Verbo era Deus. O Verbo era Deus como o Pai celeste, que o gerou desde toda a eternidade. Por este Verbo todas as coisas foram feitas; este Verbo era vida e o princípio da vida; era a luz de todos os homens. Enfim, este Verbo fez-se carne por amor para com os homens. Quis ser gerado no seio de uma virgem pela operação do Espírito Santo. Santificava a sua mãe, como quis santificar-nos habitando espiritualmente em nós. (Leão Dehon, OSP 4, p. 565)

Actio

Repete frequentemente e vive hoje a Palavra:
«E o Verbo fez-se homem» (Jo 1, 14).

Daily Reading & Meditation

 Thursday (September 5): “You will catch people for the kingdom of God”

Scripture: Luke 5:1-11

1 While the people pressed upon him to hear the word of God, he was standing by the lake of Gennesaret. 2 And he saw two boats by the lake; but the fishermen had gone out of them and were washing their nets. 3 Getting into one of the boats, which was Simon’s, he asked him to put out a little from the land. And he sat down and taught the people from the boat. 4 And when he had ceased speaking, he said to Simon, “Put out into the deep and let down your nets for a catch.” 5 And Simon answered, “Master, we toiled all night and took nothing! But at your word I will let down the nets.” 6 And when they had done this, they enclosed a great shoal of fish; and as their nets were breaking, 7 they beckoned to their partners in the other boat to come and help them. And they came and filled both the boats, so that they began to sink. 8 But when Simon Peter saw it, he fell down at Jesus’ knees, saying, “Depart from me, for I am a sinful man, O Lord.” 9 For he was astonished, and all that were with him, at the catch of fish which they had taken; 10 and so also were James and John, sons of Zebedee, who were partners with Simon. And Jesus said to Simon, “Do not be afraid; henceforth you will be catching men.” 11 And when they had brought their boats to land, they left everything and followed him.

Meditation: Why did Jesus perform the miracle of the great catch of fish? No doubt the great crowd of people who had pressed upon Jesus had something to do with this miracle. They were very hungry for God and were eager to hear his word. Jesus wanted to use this occasion to teach his disciples an important lesson. Although Simon was wearied from a night of fruitless toil, he nonetheless did what the Lord Jesus told him to do: At your word I will let down the nets. When you meet disappointment and failure, do you press upon the Lord, like Simon, to hear his word and to receive his command?

God expects greater things than we can do by ourselves
This incident tells us an important truth about how God works in and through each of us for his glory. God expects of us greater things than we can do by ourselves. When we cooperate in his works, we accomplish far beyond what we can do on our own. Therese of Lisieux, a Carmelite nun who died of tuberculosis at the age of twenty-four, wrote to a friend: “Jesus has so incomprehensible a love for us that he wills that we have a share with him in the salvation of souls. He wills to do nothing without us. The Creator of the universe awaits the prayer of a poor little soul to save other souls redeemed like it at the price of all his Blood.” 

When God’s word is spoken his kingdom is revealed and his power is released. When people respond to God’s word with faith and obedience they are changed and made “a new creation” in Jesus Christ (2 Corinthians 5:17).

Witness the joy of the Gospel
God chooses ordinary people, like you and me, as his ambassadors and he uses the ordinary circumstances of our daily lives and work situations to draw others into his kingdom. Jesus speaks the same message to us today: we will “catch people” for the kingdom of God if we allow the light of Jesus Christ to shine through us. God wants others to see the light of Christ in us in the way we live, speak, and witness the joy of the Gospel. Paul the Apostle says, “But thanks be to God, who in Christ Jesus always leads us in triumph, and through us spreads the fragrance of the knowledge of him everywhere. For we are the aroma of Christ to God among those who are being saved and among those who are perishing” (2 Corinthians 2:15). 

Do you witness to those around you the joy of the Gospel and do you pray for your neighbors, co-workers, and relatives that they may come to know the Lord Jesus Christ and grow in the knowledge of his love and truth?

“Lord Jesus, fill my heart with love and compassion for those who do not know you or follow you. May I be a good witness of your truth and salvation to my family, friends, and co-workers.”


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS 
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos 
e realizai em nós, com o poder da vossa graça, 
a redenção que celebramos nestes mistérios. 
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, 
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 20 
Como é grande, Senhor, 
a vossa bondade para aqueles que Vos servem! 

Ou Mt 5, 9-10 
Bem-aventurados os pacíficos, 
porque serão chamados filhos de Deus. 
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça, 
porque deles é o reino dos céus. 
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO 
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste, 
fazei que esta fonte de caridade 
fortaleça os nossos corações 
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos. Por Nosso Senhor.oral

QUARTA-FEIRA da semana XXII 04 de Setembro

 

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2019-09-04

QUARTA-FEIRA da semana XXII

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Col 1, 1-8; Sal 51 (52), 10. 11ab. 11cd
Ev Lc 4, 38-44

Missa

 ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 3.5
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para àqueles que Vos invocam.

ORAÇÃO COLECTA
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito,
infundi em nossos corações o amor do vosso nome
e, estreitando a nossa união convosco,
dai vida ao que em nós é bom
e protegei com solicitude esta vida nova.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, aos cristãos de Colossos, irmãos fiéis em Cristo: A graça e a paz de Deus nosso Pai estejam convosco. Damos graças a Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, e oramos continuamente por vós. De facto, temos ouvido falar da vossa fé em Cristo Jesus e da caridade que tendes para com todos os cristãos, por causa da esperança que vos está reservada nos Céus. Esta esperança foi-vos anunciada pela palavra da verdade, o Evangelho, que chegou até vós. Assim como frutifica e se desenvolve no mundo inteiro, o mesmo sucede entre vós, desde o dia em que ouvistes falar da graça de Deus e tivestes dela conhecimento verdadeiro. Nela fostes instruídos por Epafras, nosso querido companheiro de serviço, que está, em vez de nós, como fiel ministro de Cristo e nos deu a conhecer a vossa caridade segundo o Espírito.
Palavra do Senhor.


 COMENTÁRIO – ECLESIA

LEITURA I (anos ímpares) Col 1, 1-8
« A palavra da verdade chegou até vós e ao mundo inteiro»

Começamos hoje a leitura da Epístola aos Colossenses. Colossos era uma cidade da actual Turquia, onde havia uma comunidade cristã, que acabava de ser perturbada com ideias novas, perturbadoras da fé dos discípulos. Paulo, prisioneiro em Roma, escreve-lhes esta carta admirável em que apresenta Cristo, o Senhor Ressuscitado, como Cabeça de toda a Igreja, por meio do qual todos os homens são chamados à unidade e à salvação.


COMENTÁRIO – DEONIANOS

cidade de Colossos ficava situada na Frígia, 200 quilómetros a leste de Éfeso. Parece certo que Paulo nunca passou por essa cidade. Era uma comunidade predominantemente formada por cristãos de origem pagã. Mas também havia cristãos provenientes da diáspora judaica. O Apóstolo escreve-lhes de Roma, onde se encontrava em prisão domiciliária, por volta da Primavera do ano 63. A carta é motivada pela ameaça de sincretismo, com elementos de origem paga e de origem judaica, que pendia sobre aquela fervorosa comunidade. Havia quem queria impor uma espécie de gnose baseada em elementos do mundo (2, 8.20) e sobre as potências cósmicas (2, 8.10.15), bem como sobre a observância minuciosa de práticas judaicas referentes à circuncisão e ao uso de alimentos.

Como Colossos não era uma comunidade fundada por Paulo, o Apóstolo serve-se de intermediários, a começar por Epafras, apóstolo da região e fundador da comunidade (v. 7). Apesar disso, o Apóstolo dirige-se aos Colossenses com um tom de solicitude e de afecto. Nos vv. 3-8, encontramos a mais longa acção de graças de todo o Novo Testamento, que resume toda a economia da salvação, que tem origem na vontade do Pai, se realiza na pessoa do Senhor Jesus, e se comunica através da obra evangelizadora, conduzindo os crentes à graça e à verdade, que, com as virtudes teologais, são reflexo do rosto de Deus e presença do seu Espírito.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 51 (52), 10.11ab.11cd (R. 10b)
Refrão: Confio na misericórdia de Deus para sempre. Repete-se

Eu sou como oliveira viçosa na casa do meu Deus;
confio para sempre na sua misericórdia. Refrão

Hei-de louvar-Vos eternamente
pelo bem que me fizestes. Refrão

Na presença dos vossos fiéis proclamarei
como é bom o vosso nome. Refrão


ALELUIA Lc 4, 18
Refrão: Aleluia Repete-se
O Senhor enviou-Me para anunciar a boa nova aos pobres
e proclamar aos cativos a redenção. Refrão


EVANGELHO Lc 4, 38-44
«Tenho de ir também às outras cidades
anunciar a boa nova do reino de Deus»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e entrou em casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre muito alta e pediram a Jesus que fizesse alguma coisa por ela. Jesus, aproximando-Se da sua cabeceira, falou imperiosamente à febre, e a febre deixou-a. Ela levantou-se e começou logo a servi-los. Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes com diversas enfermidades traziam-nos a Jesus e Jesus, impondo as mãos sobre cada um deles, curava-os. De muitos deles saíam demónios, que diziam em altos gritos: «Tu és o Filho de Deus». Mas Jesus, em tom severo, impedia-os de falar, porque sabiam que Ele era o Messias. Ao romper do dia, Jesus dirigiu-Se a um lugar deserto. A multidão foi à procura d’Ele e, tendo-O encontrado, queria retê-l’O, para que não os deixasse. Mas Jesus disse-lhes: «Tenho de ir também às outras cidades anunciar a boa nova do reino de Deus, porque para isto fui enviado». E pregava pelas sinagogas da Judeia.
Palavra da salvação.


COMENTÁRIO ECLESIA

EVANGELHO Lc 4, 38-44
«Tenho de ir também às outras cidades
anunciar a boa nova do reino de Deus»

Rejeitado em Nazaré, Jesus desce a Cafarnaum onde é acolhido pela fé daquela gente, a ponto de Cafarnaum vir a ser chamada “a sua cidade”. Este dia de Cafarnaum foi para Jesus um dia cheio: saindo da sinagoga, Jesus entra em casa de Simão e cura a sogra dele que estava doente. Depois, ao pôr-do-sol, é uma multidão de doentes que é curada pela imposição das suas mãos. Assim cativada pelos seus favores, a multidão não O quer deixar partir; mas o Enviado de Deus tem de ir também “às outras cidades”.

COMENTÁRI0 DEONIANOS  

EVANGELHO Lc 4, 38-44
«Tenho de ir também às outras cidades
anunciar a boa nova do reino de Deus»

Notamos, nesta página, dois momentos distintos: a cura da sogra de Simão; as palavras sobre a consciência que Jesus tinha da sua missão evangelizadora (v. 43). O primeiro momento revela-nos que a cura habilita ao serviço. Também nos diz que as curas dos doentes se tornam ocasião de verdadeiras profissões de fé em Cristo, mesmo que elas saíam da boca dos demónios…
Na segunda parte de texto, Lucas faz-se intérprete de dois eventos fundamentais: do facto de que a evangelização seja uma característica essencial do cristianismo e da consciência messiânica de Jesus que explode sobretudo na necessidade que lhe incumbe de anunciar o reino de Deus. Trata-se de uma necessidade providencial, porque está inscrita no projecto salvífico de Deus. Jesus não pode eximir-se a esse preciso dever, até porque qualifica a sua missão: «Para isso fui enviado» (4, 8; cf. também Lc 10, 16).

 

 

 

Meditatio

No começo desta semana, vimos como Jesus resistiu à tendência possessiva dos seus conterrâneos, obrigando-os a aceitar que não eram destinatários privilegiados do seu ministério e dos seus milagres. Quem quiser apoderar-se de Jesus, de modo egoísta, não O recebe, porque a união com Ele só é possível no amor generoso, na abertura do coração. O evangelho de hoje confirma essa orientação. Depois de Nazaré, Jesus dirige-se a Cafarnaúm, e entra em casa de Simão Pedro: «A sogra de Simão estava com muita febre, e intercederam junto dele em seu favor» (v. 38), com grande confiança na sua palavra. «Jesus, inclinando-se sobre ela, ordenou à febre e esta deixou-a» (v. 39). Ao ver o sucedido, «todos quantos tinham doentes, com diversas enfermidades, levavam-lhos» (v. 40). Jesus atendia a todos com grande bondade e, «impondo as mãos a cada um deles, curava-os» (v. 40). A atenção de Jesus dirige-se a cada pessoa, a cada um dos seus discípulos. Por isso, mais tarde, poderá dizer: «Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me» (Jo 10, 14).
É certamente cansativo ocupar-se de cada pessoa, quando são muitas. Jesus fá-lo com serenidade e calma. Fá-lo generosamente. Assim se compreende como, no dia seguinte, ao verem que já não estava ali, o tenham procurado: «As multidões procuravam-no e, ao chegarem junto dele, tentavam retê-lo, para que não se afastasse delas» (v. 42). Jesus tinha suscitado gratidão, estima, admiração. O seu ministério alcançara total sucesso. O mais natural era que Jesus cedesse ao desejo das pessoas e permanecesse junto delas. Mas o Senhor decide partir: «Tenho de anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado» (v. 43). Corre o risco de desiludir as pessoas. Mas sabe que tem uma missão mais ampla, que não veio procurar sucesso pessoal, mas fazer a vontade do Pai, que O mandou à procura das ovelhas tresmalhadas, onde quer que se encontrem.
Uma óptima lição para os cristãos, particularmente para os religiosos e sacerdotes, tantas vezes apegados àqueles lugares e ofícios onde tiverem sucesso, e com tanta dificuldade em obedecer aos seus superiores, que decidiram enviá-los a outras aldeias e cidades, a outras missões. Jesus não se detém a colher louros do seu trabalho. O seu amor não tem limites, procura salvar a todos, vai ao encontro dos próprios inimigos, para propor a reconciliação e a paz. É essa a vontade do Pai em relação a Ele.

 

 

Oratio

Obrigado, Pai, por Te teres inclinado sobre as nossas chagas de homens pecadores: a doença, a idade avançada, a opressão do espírito enfraqueceram a human
idade desde o começo, assinalando-a com a vitória do mal, até ao dia em que nos enviaste o teu Filho Jesus, Salvador. Ele, bom samaritano da humanidade, fez-se nosso próximo, e derramou sobre as nossas feridas o vinho purificador e o azeite consolador. Pobre entre os pobres, fez-nos contemplar o teu rosto amoroso, no resplendor da sua luz. Faz-nos, também a nós, bons samaritanos e próximos da humanidade de hoje, para que, pela tua graça, lhe curemos as graves doenças da solidão, da indiferença, do egoísmo, do desespero. Amen.

Contemplatio

Não esqueçamos o poder do nome de Jesus, do qual o conselho da augusta Trindade concebeu o projecto, e que a história do povo de Deus simbolizou pela condução por Josué para a entrada na terra prometida. Os profetas anunciaram-no, os anjos trouxeram-no do céu, os apóstolos publicaram-no por toda a terra, os mártires glorificaram-no pela efusão do seu sangue. Acalmou as tempestades, deteve os incêndios, curou os doentes, expulsou os demónios, ressuscitou os mortos. Alegra o céu e faz tremer o inferno, sustém os fortes, reanima os fracos e inspira os heróis da religião. Estai, portanto, junto de mim, ó meu Salvador, ao longo deste ano e até à hora da minha morte. Apresentai ao vosso Pai celeste o sangue redentor do qual as primeiras gotas foram derramadas pelo vosso Coração de Menino. Invocarei muitas vezes com amor e confiança o vosso belo nome de Jesus. (Leão Dehon, OSP 3, p. 19).

Actio

Repete frequentemente e vive hoje a Palavra:
«Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas
e elas conhecem-me» (Jo 10, 14).


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos
e realizai em nós, com o poder da vossa graça,
a redenção que celebramos nestes mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 20
Como é grande, Senhor,
a vossa bondade para aqueles que Vos servem!

Ou Mt 5, 9-10
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos céus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste,
fazei que esta fonte de caridade
fortaleça os nossos corações
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos.
Por Nosso Senhor.

Daily Reading & Meditation

Wednesday (September 4): “He laid his hands on every one and healed them”

Scripture: Luke 4:38-44

38 And he arose and left the synagogue, and entered Simon’s house. Now Simon’s mother-in-law was ill with a high fever, and they asked him about her. 39 And he stood over her and rebuked the fever, and it left her; and immediately she rose and served them. 40 Now when the sun was setting, all those who had any that were sick with various diseases brought them to him; and he laid his hands on  every one of them and healed them. 41 And demons also came out of many, crying, “You are the Son of God!” But he rebuked them, and would not allow them to speak, because they knew  that he was the Christ. 42 And when it was day he departed and went into a lonely place. And the people sought him and came to him, and would have kept him from leaving  them; 43 but he said to them, “I must preach the good news of the kingdom of God to the other cities also; for I was sent for this purpose.” 44 And he was preaching in the synagogues of Judea.

Meditation: Who do you take your troubles to? Jesus’ disciples freely brought their troubles to him because they found him ready and able to deal with any difficulty, affliction, or sickness which they encountered. When Simon Peter brought Jesus to his home for the Sabbath meal (right after Jesus preached in the synagogue in Capernaum), his mother-in-law was instantly healed because Jesus heard Simon’s prayer. Jesus could not avoid drawing a crowd wherever he went. 

Jesus wants to set us free today
No one who asked Jesus for help was left disappointed. Jesus’ numerous healings and exorcisms demonstrated the power and authority of his word, the “good news of the kingdom of God.” When he rebuked the fever, it immediately left. When he rebuked the demons, they left as well. Why did the demons shudder at Jesus’ presence? They recognized that he was the Christ, the Son of God and that he had power to destroy their kingdom by releasing those bound by it. Jesus came to set us free from bondage to sin and evil. Do you seek freedom in Christ and trust in his power to set you free?

When Jesus and the disciples sought a lonely place to regroup and rest, they found instead a crowd waiting for them! Did they resent this intrusion on their hard-earned need for privacy and refreshment? Jesus certainly didn’t but welcomed them with open-arms. Jesus put human need ahead of everything else. His compassion showed the depths of God’s love and concern for all who are truly needy. Jesus gave the people the word of God and he healed them physically as well as spiritually.

Jesus never tires of hearing and answering our pleas
We can never intrude upon God nor exhaust his generosity and kindness. He is ever ready to give to those who earnestly seek him out. Do you allow Jesus to be the Lord and Healer in your personal life, family, and community? Approach him with expectant faith. God’s healing power restores us not only to health but to active service and care of others. There is no trouble he does not want to help us with and there is no bondage he can’t set us free from. Do you take your troubles to him with expectant faith that he will help you?

“Lord Jesus Christ, you have all power to heal and to deliver. There is no trouble nor bondage you cannot overcome. Set me free to serve you joyfully and to love and serve others generously. May nothing hinder me from giving myself wholly to you and to your service.”

 

TERÇA-FEIRA da semana XXII 03 de Setembro

 

Agenda litúrgica

2019-09-03

TERÇA-FEIRA da semana XXII

  1. Gregório Magno, papa e doutor da Igreja – MO 

S. GREGÓRIO MAGNO, papa e doutor da Igreja

 Nota Histórica

Nasceu em Roma por volta do ano 540. Tendo tomado a carreira política, chegou a ser nomeado prefeito da Urbe. Abraçou depois a vida monástica, foi ordenado diácono e desempenhou o cargo de legado pontifício em Constantinopla. No dia 3 de Setembro do ano 590 foi elevado à Cátedra de Pedro, cargo que exerceu como verdadeiro bom pastor no governo da Igreja, no cuidado dos pobres, na propagação e consolidação da fé. Escreveu muitas obras de Moral e Teologia. Morreu a 12 de Março do ano 604.



L 1 1 Tes 5, 1-6. 9-11; Sal 26 (27), 1. 4. 13. 14 
Ev Lc 4, 31-37 .

 Missa

 ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 3.5 
Tende compaixão de mim, Senhor, 
que a Vós clamo o dia inteiro. 
Vós, Senhor, sois bom e indulgente, 
cheio de misericórdia para àqueles que Vos invocam. 


ORAÇÃO COLECTA 
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito, 
infundi em nossos corações o amor do vosso nome 
e, estreitando a nossa união convosco, 
dai vida ao que em nós é bom 
e protegei com solicitude esta vida nova. 
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, 
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo 
aos Tessalonicenses 
Irmãos: Sobre o tempo e a ocasião da vinda do Senhor, não precisais que vos escreva, pois vós próprios sabeis perfeitamente que o dia do Senhor vem como um ladrão nocturno. 
E quando disserem: «Paz e segurança», é então que subitamente cairá sobre eles a ruína, como as dores da mulher que está para ser mãe, e não poderão escapar. Mas vós, irmãos, não andais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão, porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia: nós não somos da noite nem das trevas. Por isso, não durmamos como os outros, mas permaneçamos vigilantes e sóbrios. Deus não nos destinou para sofrermos a sua ira, mas para alcançarmos a salvação por Nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, a fim de que, velando ou dormindo, vivamos em união com Ele. Por isso, animai-vos mutuamente e edificai-vos uns aos outros, como já fazeis. 
Palavra do Senhor. 


COMENTÁRIO ECLESIA

LEITURA I (anos ímpares) 1 Tes 5, 1-6.9-11 
«Para que o dia do Senhor não vos surpreenda como um ladrão» 

A vinda do Senhor é certa, embora seja incerta a sua hora. Assim, esta há-de ser aguardada na vigilância, como em vigília de oração, na esperança e na alegria, como por quem espera a hora da salvação. 

COMENTÁRIO DEONIANOS  

Ao concluir a sua carta, Paulo retoma os temas desenvolvidos e faz uma última e decisiva exortação: «vigiemos» (v. 6). O Dia do Senhor é imprevisível. Chegará como um ladrão. A fé na parusia relativiza a atitude do cristão perante as grandes realizações históricas: «Quando disserem: «Paz e segurança», então se abaterá repentinamente sobre eles a ruína» (v. 3). Embora alegrando-se com as vitórias humanas sobre as suas múltiplas alienações, os cristãos nunca considerarão definitiva nenhuma época histórica, mas adoptarão, em relação a ela, uma atitude crítica e de espera. Não era isso que acontecia, pelo menos com alguns cristãos de Tessalónica, que se entretinham nos prazeres de um mundo vão, se abandonavam ao ócio, aos boatos, aos vícios da vida nocturna. Mais pareciam pagãos do que cristãos, porque não tinham em conta o dia do Juízo, absolutamente inelutável. São filhos das trevas. Os verdadeiros cristãos, pelo contrário, são filhos da luz, pessoas que conhecem o sentido e o fim deste mundo.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 1.4.13-14 (R. cf. 13) 
Refrão: Espero contemplar a bondade do Senhor 
na terra dos vivos. Repete-se 

O Senhor é minha luz e salvação: 
a quem hei-de temer? 
O Senhor é a defesa da minha vida: 
de quem hei-de ter medo? Refrão 

Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio: 
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, 
para gozar da suavidade do Senhor 
e visitar o seu santuário. Refrão 

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor 
na terra dos vivos. 
Confia no Senhor, sê forte. 
Tem confiança e confia no Senhor. Refrão 


ALELUIA Lc 7, 16 
Refrão: Aleluia Repete-se 
Apareceu no meio de nós um grande profeta: 
Deus visitou o seu povo. Refrão 


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 
Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados. Todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque falava com autoridade. Encontrava-se então na sinagoga um homem que tinha um espírito de demónio impuro, que bradou com voz forte: «Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus». Disse-lhe Jesus em tom severo: «Cala-te e sai desse homem». O demónio, depois de o ter arremessado para o meio dos presentes, saiu dele sem lhe fazer mal nenhum. Todos se encheram de assombro e diziam entre si: «Que palavra esta! Ordena com autoridade e poder aos espíritos impuros e eles saem!». E a fama de Jesus espalhava-se por todos os lugares da região. 
Palavra da salvação. 
COMENTÁRIO ECLESIA   


EVANGELHO      Lc 4, 31-37

«Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus»

 

De Nazaré, Jesus desce até Cafarnaum, na beira do lago. Mais tarde será aí a sua cidade habitual. Ao sábado, lá está na celebração da Palavra na sinagoga e ensina o povo, que se encanta com as suas palavras e o seu poder revelado na cura do possesso. Palavras e acções, tudo são palavras da Palavra, que é o Verbo, o Filho de Deus, que o Pai envia ao mundo.

Evangelho: Lucas 4, 31-37

Naquele tempo, Jesus 31desceu a Cafarnaúm, cidade da Galileia, e a todos ensinava ao sábado. 32E estavam maravilhados com o seu ensino, porque falava com autoridade. 33Encontrava-se na sinagoga um homem que tinha um espírito demoníaco, o qual se pôs a bradar em alta voz: 34«Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus!» 35Jesus ordenou-lhe: «Cala-te e sai desse homem!» O demónio, arremessando o homem para o meio da assistência, saiu dele sem lhe fazer mal algum. 36Dominados pelo espanto, diziam uns aos outros: «Que palavra é esta? Ordena com autoridade e poder aos espíritos malignos, e eles saem!» 37A sua fama espalhou-se por todos os lugares daquela região.

COMENTÁRIO DEONIANOS

A distância entre Nazaré e Cafarnaúm é relativamente curta. Jesus percorre-a para a anunciar o evangelho e curar os enfermos. Assim, para Lucas, mostra a autoridade de que está revestido. A palavra de Jesus é eficaz: realiza o que significa. Os gestos terapêuticos de Jesus levam conforto e vida a todos os que deles precisam.

Palavras e gestos são os elementos que ligam todo o Evangelho (cf. Lc 24, 19 onde se fala de «Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo»; Act 1,1: «No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei as obras e os ensinamentos de Jesus, desde o princípio»). Esta página, que se refere ao início do ministério público de Jesus, confirma-o. Jesus quer se escutado e acolhido por todos e cada um dos homens: por isso lhes fala ao coração e lhes cura o corpo. É uma intervenção libertadora que revela a eficácia da palavra de Jesus. O texto de hoje apresenta-nos um pobre doente que é libertado de um espírito maligno. Começa o choque frontal entre Jesus e o demónio. Esse choque é preciso para que Jesus se revele como salvador, isto é, como aquele que redime os que estão sob o domínio de Satanás e resgata para Deus e para o seu reino.

A intervenção de Jesus tem dois efeitos colaterais: suscita espanto em alguns e faz com que a sua fama se espalhe na região.

Meditatio

  1. Paulo, na primeira leitura, diz: «irmãos, não estais nas trevas… todos vós sois filhos da luz e filhos do dia» (v. 4-5). Somos filhos da luz, graças à palavra de Jesus. Somos filhos do dia, graças à eficácia dessa palavra. A palavra de Cristo chega até nós nos sacramentos da Igreja. Chega aos nossos ouvidos, mas chega, sobretudo, aos nossos corações, às nossas consciências. Essa palavra purifica-nos intimamente, torna-nos filhos da luz. Assim, ficamos em segurança, e não corremos o risco de ser surpreendidos. Venham as tribulações que vierem, estamos preparados para as transformar em ocasiões de progresso, de vitória. Quem se apega aos bens terrenos está sempre inseguro. Quem, pelo contrário, segue a Cristo e acolhe a sua palavra, tem em si a força tranquila que lhe permite ultrapassar todos os obstáculos. «Deus – diz-nos Paulo – não nos destinou à ira mas à posse da salvação por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo que morreu por nós» (vv. 4-5). A sua morte deu à sua palavra toda a eficácia, todo o poder. Doravante, podemos estar sempre com Ele, e encontrar a paz, que nada nem ninguém podem perturbar.

O evangelho mostra-nos a eficácia e o poder dessa palavra. Jesus fala «com autoridade» (v. 32). Era uma novidade absoluta em Israel. Até Jesus, os mestres falavam apoiando-se sempre na autoridade dos antigos, da tradição. Jesus fala sem precisar desses apoios: tinha uma autoridade pessoal que era suficiente. Os milagres, e concretamente, a capacidade de expulsar demónios, mostram-nos a eficácia da sua palavra. Intima o demónio a calar-se, a deixar a pessoa de quem tinha tomado posse, e o espírito demoníaco nada mais pode fazer do que obedecer: «O demónio… saiu dele sem lhe fazer mal algum» (v. 35). E todos foram «dominados pelo espanto», o espanto que invade o homem quando se vê perante uma manifestação divina. «E diziam uns aos outros: «Que palavra é esta? Ordena com autoridade e poder aos espíritos malignos, e eles saem!» (v. 36).

Mas a palavra de Jesus, eficaz e poderosa para nos libertar dos nossos males, é igualmente eficaz e poderosa para realizar a nossa união a Cristo e ao seu amor oblativo ao Pai pelos homens: «Escutamos com frequência a Palavra de Deus. Contemplamos o amor de Cristo nos mistérios da sua vida e na vida dos homens; sustentados pela nossa adesão a Ele, unimo-nos à sua oblação pela salvação do mundo.» (Cst 77).

Oratio

Senhor, Tu vieste para nos salvar. Mas vieste com a espada de dois gumes, que é a tua Palavra. Essa espada, que nos penetra até ao mais íntimo de nós mesmos, não nos

deixa indiferentes. Diante dela, ou gritamos escandalizados, rejeitando-a, ou gritamos espantados com as maravilhas que realiza em nós e à nossa volta. Quem não é por Ti, é contra Ti! Quem perde a vida para Te servir, quem se entrega à tua Palavra, vive da tua própria vida. Como juiz divino, ensinaste-nos a ver para além das aparências, a não temer a morte, para vivermos, desde já, na alegria da vida Contigo. Bendito sejas para sempre! Amen.

Contemplatio

Os apóstolos estavam inquietos, perturbados, angustiados, porque Nosso Senhor se ia embora. É sempre a nossa tentação. É mais forte, quando a nossa fé baixa. Temos necessidade de Nosso Senhor. Se está presente, ao menos pela fé, a nossa alma está em paz, na calma. Como a perturbação é frequente em mim! «Os meus dias são maus, cheios de dores e de contrariedades, diz a Imitação; estou sujo por uma infinidade de pecados, envolvido por um grande número de paixões, apertado por diversos temores, dividido por múltiplos cuidados, distraído pela curiosidade, embaraçado pela vaidade, afligido pela tentação, amolecido pelas delícias, atormentado pelos meus desejos». As inquietações devoram-me, a actividade arrasta-me, a febre agita-me, as tristezas abatem-me. Falta-me uma fé viva. O porto de salvação, o asilo da segurança está lá, é o Coração de Jesus, mas não sei entrar nele nem manter-me ao abrigo de todas as perturbações. Senhor, com a vossa palavra eficaz as ondas agitadas que agitam a minha alma. Repeti a palavra pacificadora que dissestes aos apóstolos: «Que o vosso coração não se perturbe», e o meu coração se acalmará. (Leão Dehon, OSP 3, p. 427).

Actio

Repete frequentemente e vive hoje a Palavra:«Deus destinou-nos à posse da salvaçãopor meio de Nosso Senhor Jesus Cristo » (1 Ts 5, 9).

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS 
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos 
e realizai em nós, com o poder da vossa graça, 
a redenção que celebramos nestes mistérios. 
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, 
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 20 
Como é grande, Senhor, 
a vossa bondade para aqueles que Vos servem! 

Ou Mt 5, 9-10 
Bem-aventurados os pacíficos, 
porque serão chamados filhos de Deus. 
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça, 
porque deles é o reino dos céus. 


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO 
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste, 
fazei que esta fonte de caridade 
fortaleça os nossos corações 
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos. 
Por Nosso Senhor.

******************************************************************************Meditation: What kind of harvest does the Lord want us to reap today for his kingdom? When Jesus commissioned seventy of his disciples to go on mission, he gave them a vision of a vast field that is ready to be harvested for the kingdom of God. Jesus frequently used the image of a harvest to convey the coming of God’s reign on earth. The harvest is the fruition of much labor and growth – beginning with the sowing of seeds, then growth to maturity, and finally the reaping of fruit for the harvest.

God’s word grows like a seed within us
In like manner, the word of God is sown in the hearts of receptive men and women who hear his word, accept it with trust and obedience, and then share the abundant fruit of God’s word in their life with others. The harvest Jesus had in mind was not only the gathering in of the people of Israel, but all the peoples (and nations) of the world. John the Evangelist tells us that  “God so loved the world that he gave his one and only Son, that whoever believes in him shall not perish but have eternal life” (John 3:16).

Be a sower of God’s word of peace and mercy
What does Jesus mean when he says his disciples must be “lambs in the midst of wolves”? The prophet Isaiah foretold a time when wolves and lambs will dwell in peace (Isaiah 11:6 and 65:25). This certainly refers to the second coming of the Lord Jesus when all will be united under the Lordship of Jesus after he has put down his enemies and established the reign of God over the heavens and the earth. In the meantime, the disciples must expect opposition and persecution from those who would oppose the Gospel. Jesus came to lay down his life for us, as our sacrificial lamb, to atone for our sins and the sins of the world. We, in turn, must be willing to offer our lives with gratitude and humble service for our Savior, the Lord Jesus Christ.

We are called to speak and witness in God’s name
What is the significance of Jesus appointing seventy disciples to the ministry of the word? Seventy was a significant number in biblical times. Moses chose seventy elders to help him in the task of leading the people through the wilderness. The Jewish Sanhedrin, the governing council for the nation of Israel, was composed of seventy members. In Jesus’ times seventy was held to be the number of nations throughout the world. Jesus commissioned the seventy to a two-fold task – to speak in his name and to act with his power.

.”Lord Jesus, may the joy and truth of the Gospel transform my life that I may witness it to those around me. Grant that I may spread your truth and merciful love wherever I go.

SEGUNDA-FEIRA da semana XXII2019-09-02 

  Agenda litúrgica

2019-09-02   

SEGUNDA-FEIRA da semana XXII

Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18). 

L 1 1 Tes 4, 13-18; Sal 95 (96), 1 e 3. 4-5. 11-12. 13 
Ev Lc 4, 16-30 

Missa

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 3.5 
Tende compaixão de mim, Senhor, 
que a Vós clamo o dia inteiro. 
Vós, Senhor, sois bom e indulgente, 
cheio de misericórdia para àqueles que Vos invocam. 


ORAÇÃO COLECTA 
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito, 
infundi em nossos corações o amor do vosso nome 
e, estreitando a nossa união convosco, 
dai vida ao que em nós é bom 
e protegei com solicitude esta vida nova. 
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, 
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 

Comentário Eclesia


LEITURA I (anos ímpares) 1 Tes 4, 13-18 
«Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido» 

Os cristãos de Tessalónica estavam muito sensibilizados com o que se referia à sorte dos seus defuntos. Era ainda muito viva a ideia da próxima vinda do Senhor, mas, como ela ia tardando, temiam pela sorte dos seus que já tinham falecido. Paulo tranquiliza-os com a afirmação fundamental da fé cristã: Cristo morreu e ressuscitou, todos os que pertencem a Cristo ressuscitarão com Ele, estejam eles vivos ou tenham já morrido quando Ele vier.

 

Comentário Deonianos

 Com uma linguagem simples e cheia de imagens, Paulo entra na questão escatológica, para a qual tende toda a carta. O Apóstolo tinha anunciado insistentemente a parusia de Cristo, e os Tessalonicenses julgavam que se tratava de algo iminente, um acontecimento em que já não tomariam parte os membros da comunidade falecidos depois de Paulo ter ido embora. Mas o Apóstolo não podia garantir se se tratava de um acontecimento iminente ou longínquo: «Irmãos, quanto aos tempos e aos momentos, não precisais que vos escreva. Com efeito, vós próprios sabeis perfeitamente que o Dia do Senhor chega de noite como um ladrão.» (5, 1-2). Conscientes da incerteza do momento, há que estar sempre vigilantes, unidos a Cristo na fé, na esperança e na caridade. Assim estão preparados para receber a salvação que Jesus lhes alcançou pela sua morte e ressurreição (cf. 5, 1-11).

Paulo recorre à linguagem apocalíptica para dizer que o tempo da vinda de Cristo é um tempo fixado, um kairòs, que intervirá na história segundo um preciso desígnio. Esse desígnio pode ser entrevisto por inspiração divina, mas, em última análise, permanece escondido nas profundidades de Deus: «o próprio Senhor» (v. 16), Jesus, deverá esperar pelo sinal celeste para iniciar o seu regresso ao meio dos homens.


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo 
aos Tessalonicenses 
Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos defuntos, para não vos contristardes como os outros, que não têm esperança. Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido. Eis o que temos para vos dizer, segundo a palavra do Senhor: Nós, os vivos, os que ficarmos para a vinda do Senhor, não precederemos os que tiverem morrido. Ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina, o próprio Senhor descerá do Céu e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Em seguida, nós, os vivos, os que tivermos ficado, seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens, para irmos ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Consolai-vos uns aos outros com estas palavras. 
Palavra do Senhor. 



SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), l e 3.4-5.11-12.13 (R. 13b) 
Refrão: O Senhor vem julgar a terra. Repete-se 

Cantai ao Senhor um cântico novo, 
cantai ao Senhor, terra inteira. 
Publicai entre as nações a sua glória, 
em todos os povos as suas maravilhas. Refrão 

O Senhor é grande e digno de louvor, 
mais temível que todos os deuses. 
Os deuses dos gentios não passam de ídolos, 
foi o Senhor quem fez os céus. Refrão 

Alegrem-se os céus, exulte a terra, 
ressoe o mar e tudo o que ele contém, 
exultem os campos e quanto neles existe, 
alegrem-se as árvores dos bosques. Refrão 

Diante do Senhor que vem, 
que vem para julgar a terra. 
Julgará o mundo com justiça 
e os povos com fidelidade. Refrão 

ALELUIA cf. Lc 4, 18 
Refrão: Aleluia Repete-se 
O Espírito do Senhor está sobre Mim: 
Ele me enviou a anunciar a boa nova aos pobres. Refrão 

Comentário Eclesia

EVANGELHO Lc 4, 16-30 
«Ele enviou-Me para anunciar a boa nova aos pobres… 
Nenhum profeta é bem recebido na sua terra» 

Começamos hoje a ler, de maneira continua, o Evangelho de S. Lucas. O Senhor começa a pregação na sua terra, Nazaré, e numa celebração litúrgica do sábado. Podemos verificar aqui os elementos fundamentais dessa celebração, em uso já na Sinagoga: Leitura da Lei, depois dos Profetas, depois a homilia. Jesus apresenta-Se como Aquele que Deus ungiu com o seu Espírito e enviou a anunciar a boa nova. Infelizmente os seus conterrâneos não O souberam compreender! 

 

Comentário Deonianos


A pregação de Jesus começa com um rito na sinagoga: levanta-se, vai ler, é-Lhe dado o rolo, abre-o… É um momento solene que Lucas sublinha. Jesus proclama a página profética e interpreta-a: «Cum¬priu se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.» Jesus é o profeta prometido. O tempo presente é o kairós – o tempo providencial – que é preciso acolher. Os ouvintes reagem manifestando espanto pelas palavras de Jesus e pelo modo como as pronuncia: palavras repletas de graça. Alguns reagem negativamente, de modo crítico e mesmo agressivo contra Jesus. A proposta da salvação provoca reacções diferentes e, por vezes, opostas.

Meditatio

O tempo de Deus foi anunciado pelos Profetas como tempo de salvação, especialmente para os oprimidos e para os que andam longe da graça do Senhor. A vinda de Cristo inaugurou esse tempo, o kairòs, que dá início à realização das promessas, ao último acto da história da salvação. Quem acolher o anúncio de Jesus de Nazaré, quem reconhecer na sua pessoa a aproximação do reino de Deus, toma parte, desde já, na graça prometida na antiga aliança, no Jubileu da história, que se realiza uma vez por todas. Para quem não rejeitar a humilde revelação do filho do carpinteiro, a libertação acontece hoje, no dia da salvação, que Cristo fez raiar. Desde o advento do Senhor, os homens vivem no único dia, que tem por aurora o seu nascimento na gruta de Belém, e, por pôr-do-sol, a Parusia, a sua vinda gloriosa. Este é o hoje da fé. Quando o Senhor voltar, e formos levados com Ele, o hoje da fé dará lugar ao para sempre da visão beatífica, em que Ele será Emanuel, Deus connosco.

Se quisermos estar com Jesus, precisamos de escutar a lição do evangelho: abrir o coração com disponibilidade e gratuidade. Isto significa não amar, nem sequer a Jesus, de modo possessivo, pedindo-lhe as suas graças, os seus favores, só para nós, pedindo-lhe privilégios. Se quisermos estar com Ele, temos de O acompanhar quando se dirige a outra gente e, portanto, acolher as grandes intenções missionárias da Igreja. Somente assim estaremos unidos ao seu Coração, ao Coração de Jesus, sem estarmos presos pelo egoísmo espiritual, que, por muito espiritual que seja, é contrário à caridade de Cristo.

Escreve S. Paulo: “Conheceis a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo: que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer pela sua pobreza” (2 Cor 8,9). Esta convicção conforta e sustenta atitudes fundamentais para nós, como é a disponibilidade, o abandono, o amor oblativo na nossa relação com Deus e na «nossa vida comunitária» (Cst 63).

Oratio

Louvado sejas, Senhor, por tudo quanto realizaste e realizas em nosso favor. Louvado sejas por, tantas

vezes, nos teres libertado da nossa pobreza de filhos do bem-estar, das nossas prisões de vítimas dos sistemas que nós mesmos criámos, da cegueira da nossa incapacidade para Te reconhecermos como Senhor da história, da opressão de vivermos curvados, sem ver a morada onde nos esperas.

Pai santo e bom, faz-nos, mais uma vez, ouvir o anúncio da salvação, faz-nos ouvir as palavras do teu Filho: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura», para que, ponde de parte as nossas fracas seguranças humanas, e libertados de todo o peso, possamos ir ao teu encontro, no teu eterno hoje. Amen.

Contemplatio

A consolação começa na terra. É inspirada pela fé. É uma consolação nas nossas mágoas, nos nossos sofrimentos, nas nossas provações, pensar que a nossa paciência apaga as nossas faltas e nos prepara graças e uma recompensa sempre crescente. A paciência é sempre encorajada pela esperança, diz S. Paulo: um ligeiro sofrimento prepara uma grande recompensa (2Cor 4, 17). – Se sofremos, se morremos com Jesus, diz-nos muitas vezes, havemos de ressuscitar e seremos glorificados com Ele (Rm 8, 17). Esta santa esperança dá uma verdadeira alegria, um começo de beatitude celeste às almas generosas no sofrimento: «Bendito seja o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação, diz S. Paulo; consola-nos em todas as nossas tribulações, a fim de que também nós possamos consolar aqueles que estão nas angústias, pelos mesmos motivos de encorajamento que Deus nos dá; porque à medida em que os sofrimentos de Cristo abundam em nós, Cristo faz abundar em nós a consolação» (2Cor 1, 3). Mas a consolação definitiva será no céu: «Deus, diz S. João, enxugará todas as lágrimas dos seus eleitos» (Ap 7, 17). Já não haverá incomodidades da terra, da fome, da sede e das intempéries; mas o Cordeiro que reina lá provirá a tudo e abrirá a todos as fontes da vida e da alegria (Ap 7; Is 49). (Leão Dehon, OSP 3, p. 40s.).

Actio

Repete frequentemente e vive hoje a Palavra:

«Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!»

(Lc 7, 16).Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 
Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levan¬¬tou-Se para fazer a leitura. Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor». Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir». Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam das palavras cheias de graça que saíam da sua boca. E perguntavam: «Não é este o filho de José?». Jesus disse- lhes: «Por certo Me citareis o ditado: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum». E acrescentou: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Em verdade vos digo que havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho. 


Palavra da salvação. 



ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS 
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos 
e realizai em nós, com o poder da vossa graça, 
a redenção que celebramos nestes mistérios. 
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, 
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 20 
Como é grande, Senhor, 
a vossa bondade para aqueles que Vos servem! 

AÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO 
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste, 
fazei que esta fonte de caridade 
fortaleça os nossos corações 
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos. 
Por Nosso Senhor.

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