Sexta Feria /2019-09-06

                                                          

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Liturgia diária

Ag enda litúrgica

2019-09-06

L 1 Col 1, 15-20; Sal 99 (100), 2. 3. 4. 5 
Ev Lc 5, 33-39 

 
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses 
Cristo é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criatura; Porque n’Ele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, visíveis e invisíveis, Tronos e Dominações, Principados e: por Ele e para Ele tudo foi criado. Ele é anterior a todas as coisas e n’Ele tudo subsiste. Ele é a cabeça da Igreja, que é o seu corpo. Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos; em tudo Ele tem o primeiro lugar. Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude e por Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo sangue da sua cruz, com todas as criaturas na terra e nos céus. 
Palavra do Senhor. 


COMENTÁRIO ECLESIA


LEITURA I (anos ímpares) Col 1, 15-20 
«Por Ele e para Ele tudo foi criado» 

Esta leitura faz parte de um hino em louvor de Cristo, “Primogénito de toda a criatura” e “Primogénito de entre os mortos”. Cristo é o primeiro, tanto na ordem da Criação – “por Ele todas as coisas foram feitas” –, como na ordem de re-criação, realizada pela sua morte e ressurreição. Esta passagem é um dos hinos mais belos em louvor de Cristo. 

 

 

 

COMENTÁRIO DEONIANOS

Epafras não conseguiu apresentar aos habitantes de Colossos toda a grandiosidade do Evangelho. Por isso, Paulo procura dar um quadro maduro e reflectido de Cristo Salvador, devidamente situado no contexto cósmico e na história da criação. Para isso, o Apóstolo serve-se de um hino da liturgia dessa comunidade. Procura, assim, mostrar que a “gnose cristã” é uma sabedoria que se fundamenta no evento da cruz (v. 20), isto é, numa intervenção livre e gratuita de Deus na história: «aprouve a Deus» (v. 19).
O hino cristológico consta de duas partes: na primeira, Cristo é celebrado de acordo com o modelo da Sabedoria-arquitecto de Pr 8, 22-31. Uma vez que precede toda a criação, o Logos contém de modo particular a imagem do Criador: é o rosto sobre o qual se reflecte a sabedoria criadora do Todo-Poderoso; na segunda parte, Cristo é celebrado como único mediador da redenção, descrita em termos de reconciliação, de pacificação, o que implica a ideia do pecado como rotura. A paz entre o céu e a terra não se resolve no âmbito celeste, como nos mitos antigos, mas por meio do acontecimento histórico de Jesus de Nazaré. Aqui, Paulo afasta-se completamente das perspectivas gnósticas e veterotestamentárias.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 99 (100), 2.3.4.5 (R. 2c) 
Refrão: Vinde à presença do Senhor 
com cânticos de alegria. Repete-se 

Aclamai o Senhor, terra inteira, 
servi o Senhor com alegria, 
vinde a Ele com cânticos de júbilo. Refrão 

Sabei que o Senhor é Deus, 
Ele nos fez, a Ele pertencemos, 
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho. Refrão 

Entrai pelas suas portas, dando graças, 
penetrai em seus átrios com hinos de louvor, 
glorificai-O, bendizei o seu nome. Refrão 

Porque o Senhor é bom, 
eterna é a sua misericórdia, 
a sua fidelidade estende-se de geração em geração. Refrão 


ALELUIA Jo 8, 12 
Refrão: Aleluia Repete-se 
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor; 
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão 



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 
Naquele tempo, os fariseus e os escribas disseram a Jesus: «Os discípulos de João Baptista e os fariseus jejuam muitas vezes e recitam orações. Mas os teus discípulos comem e bebem». Jesus respondeu-lhes: «Quereis vós obrigar a jejuar os companheiros do noivo, enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão». Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém corta um remendo de um vestido novo, para o deitar num vestido velho, porque não só rasga o vestido novo, como também o remendo não se ajustará ao velho. E ninguém deita vinho novo em odres velhos, porque o vinho novo acaba por romper os odres, derramar-se-á e os odres ficarão perdidos. Mas deve deitar-se vinho novo em odres novos. Quem beber do vinho velho não quer do novo, pois diz: ‘O velho é que é bom’». 
Palavra da salvação. 

COMENTÁRIO ECLESIA
EVANGELHO Lc 5, 33-39 
«Dias virão em que o noivo lhes será tirado… 
Nesses dias jejuarão» 

Jesus tenta fazer compreender aos fariseus e escribas, pessoas que passavam por ser das mais religiosas do Antigo Testamento, o espírito novo que Ele lhes vinha comunicar. Jesus é o noivo presente no meio dos seus, estes não podem tomar atitudes menos festivas; um dia, quando Ele lhes for tirado, na hora da paixão, então eles jejuarão, como a Igreja depois começou a fazer, e ainda faz, no “jejum pascal”, na Sexta-feita Santa e no Sábado Santo (cf. Concílio, SC 110). 

 

COMENTÁRIO DEONIANOS

A partir de hoje, a liturgia apresenta-nos três polémicas de Jesus com os discípulos de João Baptista: uma sobre a prática do jejum e duas sobre a observância do sábado.
A esmola, a oração e o jejum são três compromissos indeclináveis para os discípulos de Cristo (cf. Mt 6, 1-18). Mas o que preocupa a Jesus é o modo como os seus discípulos praticam a esmola, a oração e o jejum. Esta página realça o espírito com que deve ser praticado o jejum. A alegoria esponsal leva-nos a considerar Jesus como “o esposo”, cuja presença é motivo de alegria e cuja ausência será motivo de tristeza. A espiritualidade cristã não pode deixar de dar atenção a estas expressões muito pessoais que podem configurar uma relação, não só de filhos com o pai, mas também da esposa com o esposo. O Antigo Testamento desenvolve muito esta alegoria esponsal para iluminar as relações de Israel com o seu Senhor e a relação de cada crente com Deus.
Este texto distingue também os tempos de Jesus dos tempos da Igreja. A Igreja é representada pelos convidados que participam da alegria do esposo; mas algumas vezes é apresentada na imagem da esposa, ou do amigo do esposo que lhe está próximo e a escuta (cf. Jo 25, 30).

Meditatio

A glória de Cristo manifesta-se plenamente no seu mistério pascal. Na paixão, Jesus revela-se Filho de Deus, porque cumpre, com perfeito amor filial, todo o projecto salvífico do Pai. Glorificou o Pai e foi glorificado por Ele, como pediu na oração sacerdotal (Jo 17, 1). A glória divina é amar. Jesus, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim, isto é, até à extrema possibilidade. De facto, não há maior amor do que dar a vida pelos amigos (cf. Jo 15, 13).
Depois de se manifestar na paixão, a glória divina manifestou-se na ressurreição de Cristo, isto é, na sua vitória sobre a morte e sobre o mal. Foi assim que os Apóstolos receberam a plenitude da revelação. Mas não conseguiram compreender imediatamente todas as suas riquezas. Uma experiência de vida nova, inédita, não se consegue expressar imediatamente, de modo satisfatório. Faltam as palavras. Só pouco a pouco se adaptam as palavras à realidade experimentada.
O Novo Testamento mostra-nos os esforços e o progresso feitos pelos Apóstolos para testemunharem, cada vez melhor, a glória filial de Cristo. No princípio, a catequese apostólica apenas dispunha de breves fórmulas: «Jesus é Senhor» (1 Cor 12, 3), «Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo» (Mt 16, 16). O conteúdo destas fórmulas é depois explicitado no exórdio da carta aos Hebreus, no prólogo do evangelho segundo S. João, e no belo texto da carta aos Colossenses, que hoje escutamos. Neste texto, Paulo afirma, em primeiro lugar, a preexistência e a superioridade de Cristo sobre toda a criação, incluindo as criaturas cuja beleza fascinava as mentes de muitos dos seus contemporâneos, os seres celestes, designados com nomes impressionantes: Tronos, Dominações, Poderes e Autoridades. Depois, proclama o primado de Cristo na ordem da redenção e da reconciliação: Cristo é o primeiro ressuscitado, é Cabeça do Corpo, que é a Igreja. O Apóstolo usa expressões muito fortes: «Todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele» (v. 16). Cristo está no princípio e no fim de tudo: «Ele é anterior a todas as coisas e todas elas subsistem nele» (v. 17).
O nosso texto termina afirmando que o primado de Cristo sobre todas coisas foi obtido pela sua paixão: «aprouve a Deus fazer habitar toda a plenitude e, por Ele e para Ele, reconciliar todas as coisas, pacificando pelo sangue da sua cruz, tanto as que estão na terra como as que estão no céu» (v. 19s.).
O belo texto de Paulo ajuda-nos a contemplar com alegria a glória de Cristo, nosso Senhor, nossa Cabeça, nosso Irmão. Ajuda-nos a
louvar a Deus pela glória do seu Filho. Ajuda-nos a confirmar a nossa fé e a nossa esperança.

Oratio

Senhor Jesus, Tu és para nós o Primeiro e o Último, Aquele que vive. Em Ti, foi criado o homem novo, à imagem de Deus, na justiça e na santidade verdadeiras. Tu fazes-nos acreditar que, apesar do pecado, dos fracassos e da injustiça, a redenção é possível, oferecida e já está presente. O teu Caminho é o nosso caminho. Com todos os nossos irmãos cristãos, queremos seguir os teus passos, para alcançar a santidade. Para isso fomos chamados: Tu próprio sofreste por nós e nos deixaste o exemplo para seguirmos os teus passos. Ajuda-nos a caminhar Contigo. Passaremos pelo Calvário. Mas a meta é a Glória. Amen.

Contemplatio

O primeiro fruto da contemplação da glória de Cristo é o crescimento da fé. Os apóstolos testemunham-nos que viram a glória do Salvador. «Não são fábulas que vos contamos, diz S. Pedro (2Pd 1, 16), fomos testemunhas do poder e da glória do Redentor. Ouvimos a voz do céu sobre a montanha gritando-nos no meio dos esplendores da transfiguração: É o meu Filho muito amado, escutai-o». S. Paulo encoraja a nossa esperança recordando a lembrança da glória do salvador manifestada na transfiguração e na ascensão: «Veremos a glória face a face, diz, e seremos transfigurados à sua semelhança» (2Cor 3, 18). – Esperamos o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo terrestre e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso» (Fl 3, 21). Mas este mistério é sobretudo próprio para aumentar o nosso amor por Jesus. Nosso Senhor manifestou-nos naquele dia toda a sua beleza. O seu rosto era resplandecente como o sol. Os apóstolos, testemunhas da transfiguração, estavam totalmente inebriados de amor e de alegria. «Que bom é estar aqui», dizia S. Pedro: «Façamos aqui a nossa tenda». A beleza de Cristo transfigurado, contemplada pelo pintor Rafael, inspirou-lhe a obra-prima da arte cristã. Nosso Senhor falava então da sua Paixão com Moisés e Elias: nova lição de amor por nós. O Coração de Jesus, mesmo na sua glória, não pensa senão em nós e nos sacrifícios que quer fazer por nós. (Leão Dehon, OSP 4, pp. 132s.).

Actio

Repete frequentemente e vive hoje a Palavra:
«Jesus é Senhor» (1 Cor 12, 3)

Daily Reading & Meditation

 Friday (September 6): The unity of the new and the old

Scripture: Luke 5:33-39  

33 And they said to him, “The disciples of John fast often and offer prayers, and so do the disciples of the Pharisees, but yours eat and drink.” 34 And Jesus said to them, “Can you make wedding guests fast while the bridegroom is with them? 35 The days will come, when the bridegroom is taken away from them, and then they will fast in those days.” 36 He told them a parable also: “No one tears a piece from a new garment and puts it upon an old garment; if he does, he will tear the new, and the piece from the new will not match the old. 37 And no one puts new wine into old wineskins; if he does, the new wine will burst the skins and it will be spilled, and the skins will be destroyed. 38 But new wine must be put into fresh wineskins. 39 And no one after drinking old wine desires new; for he says, `The old is good.'”

Meditation: Which comes first, fasting or feasting? The disciples of John the Baptist were upset with Jesus’ disciples because they did not fast. Fasting was one of the three most important religious duties, along with prayer and almsgiving. Jesus gave a simple explanation. There’s a time for fasting and a time for feasting (or celebrating). 

A time to weep and fast – a time to rejoice and celebrate
To walk as a disciple with Jesus is to experience a whole new joy of relationship akin to the joy of the wedding party in celebrating with the groom and bride their wedding bliss. But there also comes a time when the Lord’s disciples must bear the cross of affliction and purification. For the disciple there is both a time for rejoicing in the Lord’s presence and celebrating his goodness and a time for seeking the Lord with humility and fasting and for mourning over sin. Do you take joy in the Lord’s presence with you and do you express sorrow and contrition for your sins?

A mind closed to God’s wisdom
Jesus goes on to warn his disciples about the problem of the “closed mind” that refuses to learn new things. Jesus used an image familiar to his audience – new and old wine skins. In Jesus’ times, wine was stored in wine skins, not bottles. New wine poured into skins was still fermenting. The gases exerted gave pressure. New wine skins were elastic enough to take the pressure, but old wine skins easily burst because they became hard as they aged. What did Jesus mean by this comparison?

The Old Testament points to the New – the New Testament fulfills the Old
Are we to reject the old in place of the new? Just as there is a right place and a right time for fasting and for feasting, so there is a right place for the old as well as the new.  Jesus says the kingdom of heaven is like a householder who brings out of his treasure what is new and what is old (Matthew 13:52). 

A very common expression, dating back to the early beginnings of the Christian church, states that the New Testament lies hidden in the Old and the Old Testament is unveiled in the New – the two shed light on each other. The New Testament does not replace the Old – rather it unveils and brings into full light the hidden meaning and signs which foreshadow and point to God’s plan of redemption which he would accomplish through his Son, Jesus Christ. How impoverished we would be if we only had the Old Testament or the New Testament, rather than both.

New “wine” of the Holy Spirit
The Lord Jesus gives us wisdom so we can make the best use of both the old and the new. He doesn’t want us to hold rigidly to the past and to be resistant to the new action of his Holy Spirit in our lives. He wants our minds and hearts to be like the new wine skins – open and ready to receive the new wine of the Holy Spirit. Are you eager to grow in the knowledge and understanding of God’s word and plan for your life?

 

“Lord Jesus, fill me with your Holy Spirit, that I may grow in the knowledge of your great love and truth. Help me to seek you earnestly in prayer and fasting that I may turn away from sin and wilfulness and conform my life more fully to your will. May I always find joy in knowing, loving, and serving 

 

 

 

 

 

 

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