Category Archives: Uncategorized

12 05 5ª feira 1ª semana do Advento –

Mateus 7,21.24-27
é como o homem  prudente que edificou a sua casa sobre a rocha

A esperança, este desejo intenso
de um futuro mais luminoso,
a convicção que os sonhos se poderão concretizar
é uma força interior muito poderosa
Ela mobiliza o melhor de ti mesmo.
Mas se não assentas a tua esperança
sobre uma base sólida
estás a construir castelos no ar
e casas en cuna de areia   

An inspiring and symbolic digital artwork illustrating the parable from Matthew 7:21, 24-27. The scene depicts a sturdy stone house built on a solid rock foundation, surrounded by a stormy environment with heavy rain and strong winds, emphasizing its stability. Nearby, a fragile wooden house collapses on shifting sand, washed away by rising waters. Above, the sky breaks into rays of light symbolizing hope and divine guidance. The atmosphere conveys resilience, trust, and the transformative power of faith and hope.

 

Fui aprendendo a escutar
e a confiar na tua Palavra, Deus fiel.
É na verdade libertadora da tua Palavra de amor
que ennontro razões para a esperança  e o  optimismo .
Uma esperança que mefaz superar os meus limites, 
uma esperança que abre caminha caminho,
Uma esperança que me faz superar os meus limites
Uma esperança que abre caminho,
onde tudo parecia bloqueado.
Uma esperança que me faz superar os medos.

 

 

 

 

N

12 05 Mt 7, 21.24-27 «Aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos Céus»

 

EVANGELHO Mt 7, 21.24-27

«Aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos Céus»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor,Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que estános Céus. Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como ohomem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estavafundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva,vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

Advento: Preparação Ativa e Construção na Rocha

Advento: Preparação Ativa e Construção na Rocha

O Advento é um tempo de espera ativa e de preparação para a vinda do Senhor. No Evangelho de hoje, Jesus ensina que o Reino dos Céus é alcançado por quem vive a vontade de Deus, não apenas pelas palavras, mas pela ação concreta. Ele nos convida a construir nossa vida sobre a “rocha” que é Cristo, fundamento sólido que resiste às tempestades da existência.
Edificar na rocha é viver segundo o Evangelho, enquanto construir na areia reflete uma fé superficial e vulnerável. Durante o Advento, somos chamados à coerência entre fé e vida, cultivando práticas como oração, caridade e vigilância, em oposição à distração e ao materialismo natalício.

Faz um quadro com os tres santos Santos Martinho de Dume, Frutuoso e Geraldo, bispos (na mesma imagem) apresentta a explicação tua ao lado

Os Santos Frutuoso, Martinho de Dume e Geraldo, bispos dedicados à edificação espiritual de suas comunidades, são exemplos vivos de quem construiu na rocha. Eles alicerçaram sua missão no amor a Deus e ao próximo, sendo pastores zelosos e promotores de unidade e caridade. Suas vidas recordam-nos que a fé se manifesta em obras concretas, em serviço ao Reino.

Além disso, o Evangelho desafia-nos a refletir sobre as crises políticas, sociais e ambientais que demonstram a fragilidade de sistemas sem alicerces éticos. Contudo, Cristo, a Rocha eterna, renova nossa esperança e nos chama a construir o Reino de Deus promovendo justiça, paz e solidariedade.

Pequenos gestos concretos, como ajudar quem sofre ou fortalecer a oração em família, solidificam nossa espiritualidade. Que o Advento nos inspire a viver com coerência e a proclamar com ações a presença transformadora de Jesus.

“Vem, Senhor Jesus, e transforma o nosso coração!”

Oração 

Senhor ajuda-nos a construir a nossa vida sobre a rocha do teu amor e da tua palavra. que saibamos viver com coerência colocando em prática os teus ensinamentos no nosso dia a dia. Nas tempestades da vida fortalece-nos com a tua presença fazendo nos prometores da justiça, da paz e da solidariedade humana 

12 S. Martinho S. Frutuoso e S. Geraldo

Celebramos  a memória dos Bispos  Martinho de Dume, Frutuoso e Geraldo, focando em seus nascimentos, mortes e lugares de atuação.

### Martinho de Dume
– **Nascimento**: Martinho de Dume nasceu no século VI, provavelmente em 515, na região da atual França.
– **Morte**: Faleceu em 580, em Dume, Portugal.
– **Lugares de Trabalho**: Martinho foi bispo de Dume, onde se destacou pela evangelização e pela fundação de mosteiros.nn

### Frutuoso
– **Nascimento**: Frutuoso nasceu no século VII, perto do ano 600, na região da atual Galícia, Espanha.
– **Morte**: Morreu em 665, em Braga, Portugal.
– **Lugares de Trabalho**: Frutuoso foi bispo de Braga e é conhecido por sua defesa da fé cristã durante a invasão muçulmana e por sua influência na organização da Igreja.

### Geraldo
– **Nascimento**: Geraldo nasceu em 1040, provavelmente na região da atual França.
– **Morte**: Faleceu em 1109, em Lisboa, Portugal.
– **Lugares de Trabalho**: Ele trabalhou como bispo de Lisboa e teve um papel importante na organização da diocese e na construção de igrejas.

### Semelhanças e Diferenças
Todos os três foram bispos importantes que desempenharam papéis cruciais na evangelização e na organização da Igreja em Portugal. Enquanto Martinho se destacou pela fundação monástica, Frutuoso focou na defesa da fé durante tempos turbulentos. Geraldo, por sua vez, contribuiu para o desenvolvimento urbano e religioso de Lisboa. A principal diferença reside nas épocas e contextos históricos em que atuaram.

12 04 4ª feira 1ª semana do Advento

 

Salmo 23

O Senhor é meu Pastor: Nada me falta…

Nestes dias de crescimento até ao Natal
O meu coração percebe melhor quem é Deus,
quem sou eu
e como pode ser a nossa relação.

Tu és o pastor da minha vida;
em ti se realizam os meus desejos mais profundos
e a tua amizade me faz sorrir em cada dia.
Em teus braços amorosos
aprendo a repousar.
Na tua companhia, descubro
que sou intensamente amado 

 

 

12 04 Mt 15, 29-37 Quarta Jesus cura muitos enfermos e multiplica os pães

12 04 Mt 15, 29-37 Quarta Jesus cura muitos enfermos e multiplica os pães

Leitura do Evangelho Segundo S. Mateus

Partindo dali, Jesus foi para junto do mar da Galileia, subiu a uma montanha e sentou-Se.
30 Vieram até Ele grandes multidões, trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros doentes. Colocaram-nos aos pés de Jesus, e Ele os curou.
31 A multidão ficou admirada ao ver que os mudos falavam, os aleijados estavam curados, os coxos andavam e os cegos viam. E glorificaram o Deus de Israel.
32 Então Jesus chamou os discípulos e disse: «Tenho compaixão desta multidão, porque já estão comigo há três dias e não têm o que comer. Não quero mandá-los embora com fome, para que não desfaleçam no caminho».
33 Os discípulos disseram-Lhe: «Onde poderemos encontrar, neste lugar deserto, pão suficiente para alimentar tão grande multidão?»
34 Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?» Responderam: «Sete, e alguns peixinhos».
35 Mandou a multidão sentar-se no chão.
36 Tomou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os e deu-os aos discípulos, e os discípulos distribuíram-nos pela multidão.
37 Todos comeram e ficaram saciados. E ainda recolheram sete cestos cheios de pedaços que sobraram.


REFLEXÃO

Este episódio do Evangelho de Mateus combina dois elementos fundamentais da missão de Jesus: a compaixão e o cuidado. Após realizar várias curas, Ele manifesta profunda sensibilidade ao perceber a necessidade física da multidão que O acompanha há dias. Este milagre, conhecido como a segunda multiplicação dos pães, destaca a providência divina e a abundância com que Deus responde às nossas carências.

A compaixão de Jesus transcende o espiritual e alcança o concreto. Ele não ignora a fome, mas a transforma numa oportunidade de demonstrar o poder de Deus. A participação dos discípulos na distribuição dos alimentos ensina-nos a importância de colaborarmos com Cristo em sua missão de cuidar dos outros.

No Advento, este texto assume um significado especial. Jesus, que se compadece das nossas fraquezas, é Aquele que esperamos no Natal. A multiplicação dos pães antecipa o banquete do Reino dos Céus, onde toda fome — física e espiritual — será saciada. É um convite a confiar na providência divina e a partilhar os dons que recebemos, especialmente neste tempo de preparação para a vinda do Salvador.


Durante o Advento, sigamos o exemplo de Jesus: olhemos para as necessidades ao nosso redor com compaixão e partilhemos o que temos. Acolhamos Cristo como o Pão que desce do Céu e vivamos em comunhão com os irmãos.


. Oração

Senhor, compadece-Te de nós em nossa fome de amor, justiça e paz. Ensina-nos a partilhar o que temos, para que outros experimentem o Teu cuidado. Que o Advento nos prepare para o banquete do Teu Reino. Amém.

12 05 QUINTA-FEIRA da semana I – Celebração

*

Celebração para 5 de Dezembro 

QUINTA-FEIRA da semana I

Santos Frutuoso, Martinho de Dume e Geraldo, bispos – MO

L 1 Is 26, 1-6; Sl 117 (118), 1 e 8-9. 19-21. 25-27a  Ev Mt 7, 21. 24-27

As leituras que celebram os santos Frutuoso, Martinho de Dume e Geraldo, bispos, abordam a temática da confiança em Deus e da construção de uma vida sólida na fé. Isaías 26, 1-6 destaca a segurança e a salvação que vêm do Senhor, enquanto o Salmo 117 exalta a gratidão pela misericórdia divina. O Evangelho de Mateus 7, 21. 24-27 enfatiza a importância de praticar a Palavra de Deus, comparando-a à construção sobre rocha firme. Juntas, essas passagens convidam à reflexão sobre a liderança espiritual e o compromisso com a justiça e a verdade na vida cristã dos fiéis.

https://liturgia.pt/liturgiadiaria/dia.php?data=2024-12-5

LEITURA I Is 26, 1-6 «Entrará um povo justo, que pratica a fidelidade»

A dura experiência do exílio do povo de Deus em Babilónia e depois a experiência do regresso à sua terra de Judá fez sentir a esse povo que o seu grande defensor é o Senhor, que pode n’Ele confiar, que Ele é o seu rochedo inabalável.O exílio na Babilónia foi uma prova dolorosa para o povo de Deus, marcada pela perda da terra prometida, do templo e da liberdade. Contudo, foi também um tempo de renovação espiritual e de redescoberta da fidelidade divina. O regresso a Judá simbolizou a concretização da esperança e da promessa divina, reforçando a confiança em Deus como o rochedo inabalável. Ele mostrou ser o único capaz de sustentar e proteger o seu povo, mesmo nos momentos mais sombrios. Essa experiência fortaleceu a fé e a convicção de que o Senhor é sempre fiel às Suas promessas.

 O Advento, que anuncia e celebra a vinda do Senhor ao encontro dos homens para os salvar, quer fazer brotar em nosso coração a confiança e a fidelidade, porque elas são atitudes fundamentais de um povo justo.O Advento é um tempo de esperança e preparação, no qual somos convidados a abrir o coração para acolher a vinda do Senhor, que traz salvação e luz. Ele nos chama a viver a confiança em Deus, reconhecendo Sua fidelidade em cumprir Suas promessas. A fidelidade, por sua vez, nos impulsiona a permanecer firmes na fé e no compromisso com o bem. Essas atitudes são a marca de um povo justo, que caminha com alegria e perseverança ao encontro de Cristo, o Salvador, preparando-se para recebê-Lo com amor e humildade.

EVANGELHO Mt 7, 21.24-27
«Aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos Céus»

A fidelidade na esperança e a coragem de se manter vigilante na expectativa da vinda do Senhor são por Ele mesmo comparadas à firmeza da casa construída sobre a rocha. A imagem da rocha, para significar a fidelidade de Deus e a confiança que n’Ele se pode ter, é frequente na Sagrada Escritura. Sobre a rocha está construída a Igreja, e sobre o rochedo, a que a leitura anterior comparava o próprio Senhor, se há de apoiar a construção da vida de cada cristão, para que, ao chegar o Natal, o Senhor possa encontrar para Si uma casa, e não apenas uma gruta, e, na sua última vinda, sejamos acolhidos, com Ele, na casa do Pai.

 

 

 

Santo Martinho de Dume, bispo do século VI, é conhecido por sua vida de oração e pela evangelização na Galícia, onde fundou mosteiros e promoveu a fé cristã. São Frutuoso, bispo de Tarragona, destacou-se pela sua firmeza na defesa da fé durante perseguições e foi martirizado em 259. Já São Geraldo, bispo de Cavaillon, no século VII, é lembrado por sua dedicação pastoral e por realizar milagres, especialmente em favor dos pobres e necessitados. Todos esses santos exemplificam a liderança espiritual e o compromisso com a evangelização e a justiça social em suas comunidades.

 

da vida de cada cristão, para que, ao chegar o Natal, o Senhor possa encontrar para Si uma casa, e não apenas uma gruta, e, na sua última vinda, sejamos acolhidos, com Ele, na casa do Pai.

Santos Martinho de Dume, Frutuoso e Geraldo, bispos

 

São Francisco Xavier, presbítero

 

 

12 03 TERÇA-FEIRA da semana I – Memória de S. Francisco Xavier

TERÇA-FEIRA da semana I  S. Francisco Xavier, presbítero, Padroeiro das Missões – MO

Lucas 10, 21-24 e a memória de s Francisco Xavier

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas

21. Naquele momento, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: “Eu Te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do Teu agrado.
22. Tudo Me foi entregue por Meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai, nem quem é o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.”
23. Voltando-se depois para os discípulos, disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes!
24. Pois Eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais a ver e não viram, e ouvir o que estais a ouvir e não ouviram.”

Reflexão sobre o Evangelho, o Advento e São Francisco Xavier

O Evangelho de Lucas 10, 21-24 destaca a alegria de Jesus no Espírito Santo, ao louvar o Pai por revelar os mistérios do Reino aos pequeninos e humildes. Essa passagem evoca a essência do Advento, um tempo de preparação para a vinda do Salvador, marcado pela simplicidade, esperança e confiança. O espírito de abertura e humildade dos “pequeninos” deve inspirar-nos a acolher o Reino de Deus com o coração sincero e disponível.

São Francisco Xavier, cuja memória celebramos, é um exemplo eloquente de entrega ao serviço do Reino. Nascido em 1506, em Navarra, abandonou a busca de glórias mundanas para dedicar-se à missão de evangelizar. Como companheiro de Santo Inácio de Loyola, fundou a Companhia de Jesus e foi enviado como missionário ao Oriente, onde proclamou o Evangelho na Índia, Japão e outras regiões da Ásia. Sua vida foi um testemunho de fé, sacrifício e dedicação total à obra de Deus.

Assim como o Evangelho nos ensina a valorizar os humildes, Fra ncisco Xavier encontrou grandeza espiritual ao colocar-se a serviço dos mais necessitados. No espírito do Advento, a sua história lembra-nos que a ale gria de Cristo se manifesta quando nos colocamos ao serviço dos outros, especialmente dos pequenos e excluídos.


Oração
Senhor, Pai bondoso, agradecemos por revelares os mistérios do Teu Reino aos pequeninos e humildes. Ajuda-nos a viver este Advento com o coração aberto, como São Francisco Xavier, para acolhermos o Teu Filho com amor e alegria. Conduz-nos no caminho da simplicidade, da confiança e do serviço ao próximo. Amém.

4o

 

12 03 Refletir sobre o Advento

Isaias  11, 1-10 O lobo viverá com o cordeiro
Isaias  11, 1-10 O lobo viverá com o cordeiro 

Idiota
Impossivel
Inviável

Podem dizer tudo àcerca das promessas de Deus E, conteudo, Deus continua em açãono nosso mundo e nos corações semeando uma alternativa de harmonia e reconciliação

Com esperança, Te rezo, ó Deus da paz,  Pelos povos desavindos,  Pelas mulheres abusadas,  Pelas crianças que têm de fugir,  Por todos os inocentes injustiçados... E por todos os que se entusiasmam  com a tua esperança  e se comprometem com a tua causa 

Com esperança, Te rezo, ó Deus da paz, 

Pelos povos desavindos, 

Pelas mulheres abusadas, 

Pelas crianças que têm de fugir, 

Por todos os inocentes injustiçados…

E por todos os que se entusiasmam 

com a tua esperança 

e se comprometem com a tua causa 

12 02 Reflexão sobre o Advento

 

REFLEXÃO SOBRE O ADVENTO (2º dia  do Advento 

Neste segundo dia do Advento, vemos a humildade, a fé e a confiança que comove e move Jesus. De facto a humildade faz-nos entender o nada que somos e o quanto necessitamos de Deus. A fé, dom de Deus, quando cultivada, tratada , amada faz-nos ter atitudes e atenção aos pequenos (grandes) pormenores do agir do nosso Bom Deus. Em cada momento da nossa vida conseguimos ver essa Mão que nos protege, acaricia e guia. Depois destes dois passos e através da Graça de Deus, Ele concede

Martin (Leigo comprometido )

Neste segundo dia do Advento, vemos a humildade, a fé e a confiança que comove e move Jesus.
De facto a humildade faz-nos entender o nada que somos e o quanto necessitamos de Deus.
A fé, dom de Deus, quando cultivada, tratada , amada faz-nos ter atitudes e atenção aos pequenos (grandes) pormenores do agir do nosso Bom Deus. Em cada momento da nossa vida conseguimos ver essa Mão que nos protege, acaricia e guia.
Depois destes dois passos e através da Graça de Deus, Ele concede-nos e vai-nos concedendo a Graça maior que é a completa certeza e Confiança que de facto Ele é o nosso Pastor e nada nos falta nem faltará.
Esta relação íntima, diária, faz-nos poder dizer com toda a força como um Santo dizia ” o nosso passado à Vossa Misericórdia, o nosso presente ao Vosso Amor, o nosso futuro à Vossa Providência” e ainda ” Quero Senhor o que Tu queiras, como queiras e quando queiras”.

Maria João, 38 anos, é uma mulher simples, de fé profunda e vida tranquila, residente numa pequena aldeia. Ela sempre se sentiu tocada pelas palavras que ecoam a humildade e confiança em Deus, como se fossem uma verdade que orienta sua vida. Quando leu este texto, seus olhos brilharam de reconhecimento. "Sim, é isso!" pensou. Ela vive sua rotina de modo sereno, confiante de que, mesmo nos momentos mais difíceis, a graça de Deus nunca a abandona. Maria João é uma pessoa que, s

Maria João  (resposta partilhada )

Maria João, 38 anos, é uma mulher simples, de fé profunda e vida tranquila, residente numa pequena aldeia. Ela sempre se sentiu tocada pelas palavras que ecoam a humildade e confiança em Deus, como se fossem uma verdade que orienta sua vida. Quando leu este texto, seus olhos brilharam de reconhecimento. “Sim, é isso!” pensou. Ela vive sua rotina de modo sereno, confiante de que, mesmo nos momentos mais difíceis, a graça de Deus nunca a abandona. Maria João é uma pessoa que, sem grandes palavras ou feitos extraordinários, reflete a beleza de uma vida vivida em constante oração e ação de graças. Ela cuida dos outros, sempre atenta aos pormenores do agir de Deus em sua vida, e mantém firme sua fé, sabendo que, como o Santo, seu passado, presente e futuro estão nas mãos de Deus.

Talitha ( Leiga comprometida com Cristo  redentor)

Advento “Tenho sede”. As palavras de Jesus na Sua Cruz. A água e o pão são os alimentos essenciais para viver. Nestes elementos materiais, residem a procura humana pela sua sobrevivência. A água, tal como o pão, são o clamor silencioso que a alma expressa quando se depara com a ausência do essencial para viver. Jesus morreu com esta sede silenciosa que deu voz á Sua Alma num suspiro carente como se de órfão se tratasse. Na verdade, não de Pai mas da Sua face distanciada em c

“Tenho sede”. As palavras de Jesus na Sua Cruz.

A água e o pão são os alimentos essenciais para viver. Nestes elementos materiais, residem a procura humana pela sua sobrevivência. A água, tal como o pão, são o clamor silencioso que a alma expressa quando se depara com a ausência do essencial para viver.

Jesus morreu com esta sede silenciosa que deu voz á Sua Alma num suspiro carente como se de órfão se tratasse. Na verdade, não de Pai mas da Sua face distanciada em cada um de nós.Muito haverá que meditar sobre este suspiro ao qual talvez ninguém tenha respondido senãoa Alma Santa aos pés da Cruz. A maternidade que acolheu a Chama Viva muito antes de tersentido o seu Rosto mas há muito absorvida pelo seu Amor.

Pedimos a Maria, ponte para este Amor, que nos ajude a manter a Chama da vida Acesa. Que nos ajude a nutrir Este Pão da forma que nos pede. Quem sabe um sorriso em retorno a uma saudação? Sim, no ordinário de cada um pode estar o convite á comunhão com este Amor, ao amor que vai além de si mesmo, trazendo para perto o distante e materializando o pão.

Thalita
*******************************************************************************
José Maria ( Sacristão da Igreja de Boa Nova )

O texto apresentado pode ser relacionado com o Advento, mas requer um ajuste para alinhar melhor com o espírito litúrgico e a mensagem desse tempo. O Advento é um período de preparação para a vinda de Cristo, marcado pela esperança, conversão e vigilância. No entanto, o texto, com sua ênfase na Cruz e nas palavras de Jesus “Tenho sede”, remete mais à Paixão e ao sacrifício de Cristo, que são temáticas próprias da Quaresma e da Semana Santa.

Para aproximar o texto do Advento, pode-se destacar a sede de Jesus como símbolo da espera da humanidade pela Redenção e pelo cumprimento das promessas divinas, além de ressaltar a figura de Maria como aquela que, com humildade e fé, se tornou ponte para o Amor que veio ao mundo no Natal.

Por exemplo, a “sede” pode ser interpretada como o anseio de Deus por estar mais próximo da humanidade, algo que se concretiza na Encarnação. A ideia de Maria como ponte é também adequada, já que o Advento é tempo de olhar para ela como modelo de confiança e aceitação da vontade divina.

Portanto, o texto não é totalmente descabido, mas precisa ser adaptado para melhor refletir o contexto do Advento, ressaltando a espera e a esperança da chegada do Salvador.

12 02 Mateus 8, 5-11   muitos virão do Oriente e do Ocidente para se assentar à mesa no Reino dos Céu

12 02 Mateus 8, 5-11   muitos virão do Oriente e do Ocidente para se assentar à mesa no Reino dos Céu

 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se d’Ele um centurião, que Lhe suplicou, dizendo: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente». Disse-lhe­ Jesus: «Eu irei curá-lo». Mas o centurião res­­pon­­­­deu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado. Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens: digo a um ‘Vai’ e ele vai; a outro ‘Vem’ e ele vem; e ao meu servo ‘Faz isto’ e ele faz». Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé. Por isso vos digo: Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus».
Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

O Evangelho de Mateus 8, 5-11 traz uma poderosa lição sobre a fé e a humildade. A história do centurião romano que busca a cura de seu servo ilustra a profundidade da fé que pode existir fora do círculo dos israelitas. O centurião, um homem de autoridade, demonstra um entendimento impressionante sobre o poder de Jesus. Ele não apenas reconhece a incapacidade de Jesus de entrar em sua casa, devido à sua condição de gentio, mas também expressa uma confiança inabalável na palavra de Cristo. Sua declaração de que basta uma ordem para que seu servo seja curado revela uma fé que transcende os limites da tradição e da cultura.

Jesus, ao ouvir as palavras do centurião, fica admirado e declara que não encontrou tanta fé em Israel. Essa afirmação não só exalta a fé do centurião, mas também serve como um convite à reflexão sobre como muitas vezes podemos subestimar o poder da fé genuína que vem de corações humildes e abertos. A promessa de que muitos virão do Oriente e do Ocidente para se assentar à mesa no Reino dos Céus nos lembra da universalidade da mensagem cristã e da inclusão que ela oferece.

Oração:

“Senhor Jesus, agradecemos pela Sua palavra poderosa que cura e transforma vidas. Que possamos ter a fé do centurião, confiando plenamente em Sua autoridade e amor. Ajuda-nos a reconhecer o valor da humildade e a abrir nossos corações para todos os que buscam a verdade em Ti. Amém.”

 

12 02 2a Feira  1ª semama do Advento Rezar no Advento

Mateus 8, 5-11 :
Disse-lhe Jesus: “Eu irei curá-lo”
  Mateus 8, 5-11 :   Disse-lhe Jesus: "Eu irei curá-lo"
Por estes dias , a esperança faz mais comichão. Recordamos com entusiasmo como Jesus entra, de mão abertos na vida das pessoas . E as suas mãos trazem cura, vida nova. Vida melhor. 
Alegro-me porque posso confiar em Ti,
Deus da vida abundante e feliz.
Vem curar este planeta 
que tomou gosto à guerra e à violência. 
Vem às nossas familias 
e conserta os corações  magoados 
Vem à minha vida 
e liberta -me de tudo o que me afasta de Ti.

11 28 Preparando a primeira semana do Advento (de 1 a 08 de Dezembro)

1 2 3 4 5 6 7
8

Agenda litúrgica

2024-12-01

DOMINGO I DO ADVENTO

PROMESSA     CAMINHO   SANTIDADE    VIGILÂNCIA 

L 1 Jr 33, 14, 16; Sl 24 (25), 4bc-5ab. 8-9. 10 e 14
L 2 1Ts 3, 12 – 4, 2
Ev Lc 21, 25-28. 34-36

12 01 Lc 21 25 28 34 36 Domingo I Advento A vossa libertação está próxima

 

EVANGELHO Lc 21, 25-28.34-36

«A vossa libertação está próxima»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

O Evangelho deste primeiro domingo do Advento coloca diante de um cenário de transformação. Os sinais no céu e na terra, a angústia e o abalo das forças cósmicas indicam que algo grandioso está prestes a acontecer. Porém, em meio a essas imagens impactantes, Jesus nos dá uma mensagem clara: “Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.” 

Este tempo de Advento é um chamado à esperança ativa. Não é um período de medo, mas de preparação. Somos convidados a abrir os olhos e os corações para perceber os sinais da presença de Deus no mundo, mesmo em meio às tribulações. Ele é o Senhor da história e conduz tudo para a realização de Seu plano de salvação. 

Vigiar e orar são os conselhos de Jesus para este tempo. Isso significa viver com atenção e sobriedade, evitando as distrações que nos afastam da essência de nossa fé. A embriaguez e as preocupações exageradas são sintomas de corações que não confiam plenamente no Senhor. 

Neste Advento, somos chamados a renovar nossa confiança na promessa de Cristo. A vinda do Filho do Homem é um momento de libertação e redenção. Levantemos a cabeça e preparemos nossos corações, vivendo na certeza de que o Senhor está próximo. 

 Oração 

Senhor, que este Advento nos ajude a viver com corações vigilantes e cheios de esperança. Ensina-nos a confiar em Ti, mesmo em meio às dificuldades, e a reconhecer a Tua presença em cada momento de nossa vida. Prepara-nos para acolher a Tua libertação com alegria e fé. Àmen

 

12 02 Mateus 8, 5-11   muitos virão do Oriente e do Ocidente para se assentar à mesa no Reino dos Céu

 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se d’Ele um centurião, que Lhe suplicou, dizendo: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente». Disse-lhe­ Jesus: «Eu irei curá-lo». Mas o centurião res­­pon­­­­deu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado. Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens: digo a um ‘Vai’ e ele vai; a outro ‘Vem’ e ele vem; e ao meu servo ‘Faz isto’ e ele faz». Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé. Por isso vos digo: Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus».
Palavra da salvação.

O Evangelho de Mateus 8, 5-11 traz uma poderosa lição sobre a fé e a humildade. A história do centurião romano que busca a cura de seu servo ilustra a profundidade da fé que pode existir fora do círculo dos israelitas. O centurião, um homem de autoridade, demonstra um entendimento impressionante sobre o poder de Jesus. Ele não apenas reconhece a incapacidade de Jesus de entrar em sua casa, devido à sua condição de gentio, mas também expressa uma confiança inabalável na palavra de Cristo. Sua declaração de que basta uma ordem para que seu servo seja curado revela uma fé que transcende os limites da tradição e da cultura.

Jesus, ao ouvir as palavras do centurião, fica admirado e declara que não encontrou tanta fé em Israel. Essa afirmação não só exalta a fé do centurião, mas também serve como um convite à reflexão sobre como muitas vezes podemos subestimar o poder da fé genuína que vem de corações humildes e abertos. A promessa de que muitos virão do Oriente e do Ocidente para se assentar à mesa no Reino dos Céus nos lembra da universalidade da mensagem cristã e da inclusão que ela oferece.

Oração:

“Senhor Jesus, agradecemos pela Sua palavra poderosa que cura e transforma vidas. Que possamos ter a fé do centurião, confiando plenamente em Sua autoridade e amor. Ajuda-nos a reconhecer o valor da humildade e a abrir nossos corações para todos os que buscam a verdade em Ti. Amém.”

 

12 03 Ev Mc 12, 28b-34Terça «Amarás o Senhor teu Deus. Amarás o teu próximo»

 

Leitura do Evangelho Segundo S. Marcos 12, 28b-34

28b Um dos escribas aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?»
29 Jesus respondeu: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor.
30 Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com toda a tua força’.
31 O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há outro mandamento maior que estes».
32 Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! É verdade o que disseste: Ele é único, e não há outro além d’Ele.
33 E amá-Lo com todo o coração, com todo o entendimento e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios».
34 Vendo que ele tinha respondido com inteligência, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a fazer-Lhe perguntas.


Reflexão

Este diálogo entre Jesus e o escriba destaca a centralidade do amor na fé cristã. Quando questionado sobre o maior mandamento, Jesus une duas passagens da Escritura: o Shema Israel (Dt 6, 4-5), que exalta o amor exclusivo a Deus, e Lv 19, 18, que ordena o amor ao próximo. Ao fazer isso, Jesus mostra que o amor a Deus e ao próximo são inseparáveis e formam o coração da lei divina.

O escriba, reconhecendo a sabedoria de Jesus, vai além dos rituais externos e afirma que este duplo amor é superior aos holocaustos e sacrifícios. Sua resposta demonstra entendimento espiritual, o que leva Jesus a elogiá-lo: “Não estás longe do reino de Deus”. A profundidade da mensagem está na relação viva e autêntica com Deus e no compromisso concreto com os outros.

No Advento, esta leitura desafia nos a viver a espera do Senhor com um coração cheio de amor. Amar a Deus com todo o coração implica colocá-Lo no centro da vida, em atitudes de oração, louvor e confiança. Amar o próximo, por sua vez, exige gestos concretos de solidariedade, perdão e atenção aos necessitados. É uma preparação prática e espiritual para o Natal, que celebra o amor divino feito carne.


No Advento, renovemos o amor a Deus e ao próximo. Que nossa espera por Cristo seja marcada por uma fé viva e atos de caridade. Assim, estaremos mais próximos do Reino de Deus.


12 04 Mt 15, 29-37 Quarta Jesus cura muitos enfermos e multiplica os pães

Leitura do Evangelho Segundo S. Mateus

 

Partindo dali, Jesus foi para junto do mar da Galileia, subiu a uma montanha e sentou-Se.
30 Vieram até Ele grandes multidões, trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros doentes. Colocaram-nos aos pés de Jesus, e Ele os curou.
31 A multidão ficou admirada ao ver que os mudos falavam, os aleijados estavam curados, os coxos andavam e os cegos viam. E glorificaram o Deus de Israel.
32 Então Jesus chamou os discípulos e disse: «Tenho compaixão desta multidão, porque já estão comigo há três dias e não têm o que comer. Não quero mandá-los embora com fome, para que não desfaleçam no caminho».
33 Os discípulos disseram-Lhe: «Onde poderemos encontrar, neste lugar deserto, pão suficiente para alimentar tão grande multidão?»
34 Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?» Responderam: «Sete, e alguns peixinhos».
35 Mandou a multidão sentar-se no chão.
36 Tomou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os e deu-os aos discípulos, e os discípulos distribuíram-nos pela multidão.
37 Todos comeram e ficaram saciados. E ainda recolheram sete cestos cheios de pedaços que sobraram.


REFLEXÃO

Este episódio do Evangelho de Mateus combina dois elementos fundamentais da missão de Jesus: a compaixão e o cuidado. Após realizar várias curas, Ele manifesta profunda sensibilidade ao perceber a necessidade física da multidão que O acompanha há dias. Este milagre, conhecido como a segunda multiplicação dos pães, destaca a providência divina e a abundância com que Deus responde às nossas carências.

A compaixão de Jesus transcende o espiritual e alcança o concreto. Ele não ignora a fome, mas a transforma numa oportunidade de demonstrar o poder de Deus. A participação dos discípulos na distribuição dos alimentos ensina-nos a importância de colaborarmos com Cristo em sua missão de cuidar dos outros.

No Advento, este texto assume um significado especial. Jesus, que se compadece das nossas fraquezas, é Aquele que esperamos no Natal. A multiplicação dos pães antecipa o banquete do Reino dos Céus, onde toda fome — física e espiritual — será saciada. É um convite a confiar na providência divina e a partilhar os dons que recebemos, especialmente neste tempo de preparação para a vinda do Salvador.


Durante o Advento, sigamos o exemplo de Jesus: olhemos para as necessidades ao nosso redor com compaixão e partilhemos o que temos. Acolhamos Cristo como o Pão que desce do Céu e vivamos em comunhão com os irmãos.


. Oração

Senhor, compadece-Te de nós em nossa fome de amor, justiça e paz. Ensina-nos a partilhar o que temos, para que outros experimentem o Teu cuidado. Que o Advento nos prepare para o banquete do Teu Reino. Amém.

 

12 05 Mt 7, 21.24-27 Quinta «Aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos céus

EVANGELHO Mt 7, 21.24-27
«Aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos Céus»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus. Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína».


Palavra da salvação.

Reflexão

O Advento é tempo de espera ativa, de preparação para a vinda do Senhor. No Evangelho de hoje, Jesus ensina que o Reino dos Céus não é alcançado apenas pelas palavras ou pelas intenções aparentes, mas pela ação concreta de quem faz a vontade de Deus. Este é um chamamento à coerência entre fé e vida, à construção sólida de nossa existência sobre a “rocha” que é Cristo.

Construir na rocha: a verdadeira esperança no Advento

Na quadra do Advento, somos convidados a refletir sobre os fundamentos da nossa vida. O exemplo da casa construída sobre a rocha remete-nos à necessidade de um alicerce sólido, capaz de resistir às tempestades da vida. Edificar sobre a rocha significa viver segundo a palavra de Deus, moldar nossas escolhas diárias segundo o Evangelho, e não apenas proclamá-lo com os lábios.

Por outro lado, a casa sobre a areia simboliza uma fé superficial, fundamentada em aparências ou comodismos. No Advento, este alerta é oportuno. Estamos construindo nossa espera no Senhor com práticas consistentes, como a oração, a caridade e a vigilância? Ou estamos deixando que a agitação e o materialismo das festas natalícias enfraqueçam os fundamentos da nossa espiritualidade?

Um olhar para a conjuntura nacional e internacional:A mensagem de Jesus neste Evangelho também desafia a nossa realidade. Vivemos num mundo onde as “casas sobre a areia” são visíveis nas crises políticas, econômicas e sociais. A falta de valores éticos sólidos na gestão pública e nos relacionamentos interpessoais resulta em sistemas frágeis, incapazes de resistir às “tempestades” das desigualdades, das guerras e das mudanças climáticas.

No contexto nacional, vemos muitas vezes promessas vazias de líderes que, como na imagem da casa sobre a areia, não têm alicerces na justiça e no bem comum. Internacionalmente, as guerras, os conflitos entre nações e a crise ambiental são exemplos de uma humanidade que, em grande parte, negligencia a vontade de Deus, optando por caminhos egoístas.

Mas o Advento renova em nós a esperança. Ele recorda-nos que Cristo, a Rocha eterna, veio para estabelecer um Reino que não desmorona, mesmo em meio às provações. É nosso dever, como cristãos, sermos instrumentos de construção deste Reino na sociedade, promovendo a justiça, a paz e a solidariedade.

Este Evangelho desafia-nos a colocar em prática o que ouvimos nas Escrituras. Não basta a aparência da religiosidade ou palavras que soem bonitas; é preciso que a fé seja vivida no quotidiano. O homem prudente do Evangelho é aquele que ouve e age, que não deixa que as adversidades derrubem sua casa porque confia na força de Deus.

No Advento, pequenas ações concretas podem ajudar-nos a viver esta mensagem: visitar alguém que está sozinho, apoiar quem enfrenta dificuldades, dedicar mais tempo à oração em família ou à reconciliação com os outros. Estas práticas são como pedras que fortalecem a construção de uma casa sólida na fé.

Oração

Senhor, ajuda-nos a construir nossa vida sobre a rocha firme do Teu amor e da Tua palavra. Que saibamos viver com coerência, colocando em prática os Teus ensinamentos no nosso dia a dia. Nas tempestades da vida, fortalece-nos com a Tua presença. Faze-nos promotores de justiça, paz e solidariedade no mundo. Vem, Senhor Jesus, e transforma o nosso coração para que possamos ser verdadeiros discípulos, firmes na fé e perseverantes no amor. Amém.

12 06 Mt 9, 27-31 Sexta Dois cegos acreditam em Jesus e são curados


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e seguiram-n’O dois cegos, gritando: «Filho de David, tem piedade de nós». Ao chegar a casa, os cegos aproximaram-se d’Ele. Jesus perguntou-lhes: «Acreditais que posso fazer o que pedis?» Eles responderam: «Acreditamos, Senhor». Então Jesus tocou-lhes nos olhos e disse: «Seja feito segundo a vossa fé». E abriram-se os seus olhos. Jesus advertiu-os, dizendo: «Tende cuidado, para que ninguém o saiba». Mas eles, quando saíram, divulgaram a fama de Jesus por toda aquela terra

.
Palavra da salvação.

Comentário ao Evangelho de Mt 9, 27-31

No Evangelho de hoje, Jesus encontra dois cegos que, confiando na sua misericórdia, clamam por cura. O Senhor responde ao seu grito, mas antes de realizar o milagre, questiona-os: “Acreditais que posso fazer o que pedis?”. Esta pergunta revela a essência do relacionamento com Deus no Advento: uma espera ativa e cheia de fé, que reconhece Jesus como o Salvador.

Advento: um tempo de clamor e fé ativa

Este episódio ressoa profundamente na quadra do Advento, período de preparação para a vinda de Jesus. Assim como os cegos clamaram ao “Filho de David”, somos convidados a invocá-Lo como o Messias esperado. O Advento não é apenas uma espera passiva, mas um tempo de busca pela luz de Cristo para que Ele cure nossas cegueiras espirituais, como fez com os dois homens.

Os cegos são modelos de fé e esperança. Eles não apenas reconhecem em Jesus o Messias, mas colocam n’Ele toda a confiança, mesmo antes de verem o milagre realizado. Esta atitude é um chamamento para examinarmos nossa própria fé neste Advento: acreditamos que Jesus pode curar as feridas do nosso coração, restaurar nossa esperança e renovar a luz que muitas vezes é obscurecida pelas dificuldades da vida?

O contexto sócio-religioso em Portugal e na Igreja

Em Portugal, muitas pessoas vivem como que “cegas” para a luz de Cristo, envoltas numa cultura marcada pelo secularismo crescente e por uma religiosidade muitas vezes superficial. Apesar de sermos um país de tradição cristã, nota-se uma dificuldade em transmitir a fé às novas gerações e em vivê-la de forma coerente no dia a dia.

Na Igreja, este Evangelho recorda-nos a importância de sermos testemunhas de fé autêntica. Assim como os cegos não puderam conter a alegria e espalharam a fama de Jesus, os cristãos são chamados a partilhar com os outros a luz que receberam. No entanto, muitas vezes deixamo nos acomodar pela rotina ou pelas pressões sociais, escondendo a nossa fé.

A nível internacional, a Igreja enfrenta o desafio de manter a fé viva em contextos de perseguição, relativismo moral e desafios éticos. Este Evangelho é um convite a olhar para Cristo como fonte de luz em meio à escuridão. Só Ele pode abrir os olhos de uma humanidade que, frequentemente, prefere ignorar os valores do Evangelho.

“Seja feito segundo a vossa fé”: um chamamento ao compromisso

Jesus cura os cegos em resposta à fé que demonstram. Esta cura é um sinal da ação de Deus em resposta à nossa abertura e confiança. Assim, o Advento é também um tempo de renovação do compromisso com Cristo. Não basta esperar passivamente pela sua vinda; é preciso aproximar-nos d’Ele, clamar por sua misericórdia e permitir que Ele nos toque, como fez com os cegos.

Lições práticas para o Advento

O Evangelho ensina nos que a fé deve ser ativa e perseverante. Os cegos seguiram Jesus e não desistiram até serem curados. No Advento, somos convidados a seguir este exemplo: buscar mais intensamente a oração, a participação nos sacramentos e o exercício da caridade. Também é tempo de identificar as “cegueiras” que nos afastam de Deus – como o egoísmo, a pressa ou a indiferença – e pedir que Ele nos ilumine.

Além disso, como Igreja, precisamos sair das “nossas casas” para anunciar Cristo aos que ainda não O conhecem. Assim como os cegos testemunharam a ação de Jesus, somos chamados a ser instrumentos de evangelização, levando a luz de Cristo aos outros.

Oração

Senhor Jesus, Filho de David, tem piedade de nós e cura as nossas cegueiras espirituais. Que a luz da Tua presença ilumine os caminhos escuros da nossa vida. Dá-nos uma fé viva e perseverante, que nos leve a seguir-Te mesmo nos momentos de dificuldade. Que o Advento seja para nós um tempo de esperança renovada, para que possamos ser, como os cegos curados, testemunhas do Teu amor diante do mundo. Amém.

12 07 Mt 9, 35 – 10, 1.6-8 Sábado «Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão»

An artistic depiction of Jesus Christ walking through a countryside filled with small villages and towns, teaching and healing people. The scene should show Jesus surrounded by a diverse group of followers, including children, the sick, and the weary, symbolizing compassion and care. The background features lush green fields, simple homes, and a bright, hopeful sky, evoking a sense of peace and anticipation. This scene reflects the Advent season, emphasizing Jesus as the caring shepherd of His people.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus


Naquele tempo, Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara». Depois chamou a Si os seus Doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades. Jesus deu-lhes também as seguintes instruções: «Ide às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça».


Palavra da salvação.

Comentário ao Evangelho de Mt 9, 35 – 10, 1.6-8

O Evangelho apresenta-nos Jesus percorrendo cidades e aldeias, ensinando, curando e mostrando compaixão pelas multidões fatigadas. Essa passagem evoca de forma poderosa o espírito do Advento, tempo de espera pela vinda de Jesus, o Pastor que cuida de suas ovelhas.

Advento: Um tempo de compaixão e missão

O Advento é, por excelência, um tempo de esperança e renovação. Neste período, a Igreja nos chama a refletir sobre o amor compassivo de Deus, revelado em Jesus. A compaixão de Cristo pelas multidões “fatigadas e abatidas” reflete o olhar misericordioso de Deus sobre a humanidade, especialmente os mais vulneráveis.

Hoje, como no tempo de Jesus, muitas pessoas vivem sem direção, “como ovelhas sem pastor”. O consumismo, a indiferença espiritual e a solidão marcam a vida de muitos. Este Evangelho nos desafia a sermos instrumentos de Deus para aliviar essas realidades, especialmente neste tempo do Advento, quando somos chamados a preparar nossos corações e o mundo para receber o Salvador.

A Igreja como continuadora da missão de Jesus

A compaixão de Jesus não se limita ao olhar; ela o leva à ação. Ele envia os Doze discípulos em missão, capacitando-os a curar, libertar e anunciar o Reino dos Céus. Esta missão confiada aos discípulos é hoje continuada pela Igreja.

No contexto de Portugal, a Igreja enfrenta desafios específicos: a secularização, o distanciamento das novas gerações e a falta de vocações. No entanto, este Evangelho é uma chamada à esperança e ao compromisso. A “seara é grande” e há muitas oportunidades para levar Cristo aos que ainda não o conhecem ou que se afastaram. É urgente “pedir ao Senhor da seara que mande trabalhadores”, mas também reconhecer que todos os batizados têm a missão de ser testemunhas da fé.

No contexto global, as desigualdades sociais, os conflitos e as crises ecológicas evidenciam a necessidade de uma Igreja que seja sinal de compaixão e justiça. O Papa Francisco tem insistido em uma Igreja em saída, próxima dos pobres e comprometida com o cuidado da criação. Este Evangelho nos convida a participar ativamente desta missão, especialmente no Advento, tempo de preparação para a chegada de Jesus, o Príncipe da Paz.

Recebestes de graça, dai de graça

Jesus recorda aos discípulos que tudo o que receberam é dom gratuito de Deus. No Advento, somos convidados a refletir sobre a gratuidade do amor de Deus, manifestado no mistério da Encarnação. Assim como Jesus nos amou gratuitamente, somos chamados a compartilhar esse amor com os outros, especialmente os mais necessitados.

A gratuidade é uma mensagem relevante em um mundo marcado pela busca incessante por vantagens e recompensas. No Advento, somos desafiados a viver a generosidade, traduzida em gestos concretos de solidariedade. Como Igreja, isso significa intensificar as ações de evangelização e caridade, levando a esperança e a luz de Cristo às “ovelhas perdidas”.

Reflexão prática para o AdventoCultivar a compaixão: Inspirados por Jesus, devemos olhar para os outros com o mesmo amor compassivo. Quem são as “ovelhas sem pastor” no nosso contexto? Como podemos ser sinais desperança para elas?Viver a missão: O Advento é um tempo para refletirmos sobre o nosso papel como discípulos missionários. Somos chamados a ser luz em meio às trevas, proclamando o Reino com nossas palavras e ações.Partilhar os dons: Assim como Jesus nos ensinou, devemos dar de graça aquilo que recebemos. A partilha do tempo, dos recursos e da fé é uma forma concreta de vivermos o Advento.

Oração

Senhor Jesus, Pastor compassivo, olha para nós, que tantas vezes nos sentimos fatigados e perdidos. Dá-nos um coração cheio de compaixão, capaz de enxergar as necessidades dos outros e de agir com generosidade. No Advento, ensina-nos a preparar o nosso coração para a Tua vinda e a sermos sinais do Teu Reino no mundo. Envia trabalhadores para a Tua seara e faz de nós instrumentos da Tua paz e do Teu amor. Amém.

12 08 Lc 1, 26-38 Domingo
«Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo»

A serene and holy depiction of the Annunciation as described in Luke 1:26-38. The scene shows the Angel Gabriel appearing to the Virgin Mary in a modest room in Nazareth. Gabriel is portrayed as radiant and celestial, holding a lily, symbolizing purity. Mary, depicted as humble and serene, is seated or kneeling with an expression of wonder and faith, wearing a modest blue and white garment. The background is simple, highlighting the divine light shining on Mary, symbolizing the presence of God. The atmosphere evokes the sacred moment of the Incarnation, filled with peace and reverence.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo,
o Anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia chamada Nazaré,
a uma Virgem desposada com um homem chamado José,
que era descendente de David.
O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo:
«Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras
e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o Anjo:
«Não temas, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus.
Conceberás e darás à luz um Filho,
a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo.
O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David;
reinará eternamente sobre a casa de Jacob
e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao Anjo:
«Como será isto, se eu não conheço homem?».
O Anjo respondeu-lhe:
«O Espírito Santo virá sobre ti
e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra.
Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice
e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril;
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então:
«Eis a escrava do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra».


Palavra da salvação.

Comentário ao Evangelho: “Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 26-38)

O Evangelho de Lucas 1, 26-38 nos apresenta um dos momentos mais sublimes da história da salvação: a Anunciação. Este episódio é central na celebração da Solenidade da Imaculada Conceição, pois nos recorda que Maria, escolhida por Deus desde toda a eternidade, foi preservada do pecado original e preparada para ser a Mãe do Salvador.

Maria na História da Salvação

A saudação do Anjo Gabriel – “Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo” – revela o privilégio singular de Maria. “Cheia de graça” significa que Maria foi agraciada por Deus de modo único, desde a sua concepção, vivendo plenamente em comunhão com a vontade divina. Este mistério da Imaculada Conceição foi proclamado dogma pela Igreja em 1854, mas desde os primeiros séculos já era profundamente venerado pelos cristãos, especialmente em Portugal.

Maria é o modelo de confiança e disponibilidade. Quando o Anjo anuncia que ela será a Mãe do Salvador, Maria, mesmo sem compreender totalmente, responde com fé: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. Sua resposta marca o início da encarnação do Verbo e demonstra a força do “sim” de uma vida entregue a Deus.

A Imaculada Conceição no Advento

No contexto do Advento, a celebração da Imaculada Conceição nos convida a preparar nossos corações para acolher Jesus, tal como Maria O acolheu. O Advento é um tempo de espera ativa e esperança, e Maria, na sua pureza e fidelidade, é a Estrela da Manhã que nos guia até Cristo. Assim como Deus preparou Maria, nós também somos chamados a preparar o nosso interior para o nascimento de Jesus.

Maria é sinal da nova criação. Nela, o pecado é vencido desde o princípio, antecipando o triunfo de Cristo sobre o mal. Durante o Advento, somos convidados a contemplar Maria como a “Nova Eva”, cuja obediência contrasta com o pecado original. Seu “sim” à vontade de Deus é o exemplo que devemos seguir no caminho de conversão.

A Devoção a Nossa Senhora em Portugal

Portugal tem uma devoção especial a Nossa Senhora, especialmente sob o título da Imaculada Conceição, que foi proclamada Padroeira do país em 1646 pelo rei D. João IV. Este ato de confiança na proteção de Maria é parte integrante da identidade nacional e religiosa portuguesa. A devoção à Mãe Imaculada está profundamente enraizada no povo, expressa em procissões, festas e na recitação do terço.

O Santuário de Fátima é um exemplo eloquente desta devoção. Ali, Maria apareceu com uma mensagem de paz e conversão, confirmando a sua proximidade com o povo português e com toda a humanidade. A mensagem de Fátima é também um apelo à oração e à confiança no poder de Deus, que pode transformar o mundo através do coração puro e humilde de Maria.

Maria no Contexto da Igreja

A Imaculada Conceição é um sinal do amor de Deus pela humanidade. Na Igreja, Maria é Mãe e intercessora. Assim como Ela disse “sim” para acolher Jesus, somos convidados a acolher Cristo em nossas vidas. A Imaculada Conceição nos recorda que Deus age de modo especial nas pessoas simples e disponíveis, e que a santidade é um chamado para todos.

Maria é modelo de vida cristã: a sua obediência à vontade de Deus, a sua humildade e o seu silêncio são lições para os nossos dias. No Advento, Maria nos ensina a esperar e a confiar. Ela nos lembra que a preparação para o Natal não é apenas externa, mas principalmente interior.

 Oração à Imaculada Conceição

Ó Maria Imaculada, Mãe cheia de graça,
padroeira de Portugal e modelo de fé,
ajuda-nos a dizer “sim” à vontade de Deus
e a preparar nossos corações para a vinda de Jesus.
Conduze-nos pela luz do Advento
até o mistério do Natal.
Intercede por nós, Mãe querida,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

11 28 Rezar no Advento

1 Dezembro 1º Domingo do Advento

Marcos 13, 33-37

…Erguei-vos e levantai a cabeça , porque a vossa libertação está próxima

2025 anos depois do nascimento de Jesus …a esperança reanima-se .
Cresce o desejo de uma vida mais plenas,
mais saborosa .

Mais resistente ao desânimo

Neste Advento, tempo de crescer

na esperança em Ti, Jesus ,

aqui estou para Te encontrar.

Ouso a esperança , sabendo

que a tua luz brilhará na noite .

Desejo a tua paz,

acreditando que um dia

ela encherá o mundo

Deixa-me abraçar

pela ternura que derramas

e comprometo-me

a partilhá-la com os outros.

De é , atento e alegre, espero por Ti.

Vem depressa

e enche-me com a tua vida

11 29 Caminhos do Advento

O Advento é um tempo de preparação e vigilância, onde somos chamados a refletir sobre nossa necessidade de Deus, comparando-a com a necessidade de um médico. Tanto a relação com o médico quanto a com Deus envolvem elementos fundamentais que se complementam e se diferenciam:

Semelhanças:

  1. Reconhecimento da necessidade:

    Assim como procuramos o médico ao percebermos a fragilidade de nossa saúde, buscamos Deus ao reconhecermos nossa fragilidade espiritual e a necessidade de Sua graça.

  2. Confiança no tratamento:

    Assim como confiamos que o médico sabe o que é melhor para nossa cura, confiamos nas promessas de Deus que nos conduzem à salvação, conforme Ele anunciou em Jeremias 33,14: “Cumprirei a promessa de felicidade que fiz à casa de Israel.”

  3. Compromisso com a orientação:

    O médico nos dá direções para a saúde física, e Deus, como no Salmo 24,4, nos guia espiritualmente: “Mostra-me, Senhor, os Teus caminhos e ensina-me as Tuas veredas.” É preciso seguir as orientações de ambos para alcançar a cura plena.

  4. Vigilância e prevenção:

    Tal como cuidamos do corpo para evitar doenças, Jesus nos convida à vigilância e oração para nos prepararmos para a vida eterna, como em Lucas 21,36: “Vigiai, pois, em todo o tempo, orando para terdes força.”


Diferenças:

  1. Alcance do cuidado:

    O médico cuida de nossa saúde física e mental, limitada ao tempo e espaço terrenos. Deus, porém, cuida de nossa alma, oferecendo vida eterna e plenitude espiritual.

  2. Natureza do remédio:

    Enquanto o médico usa tratamentos materiais e medicamentos, Deus nos oferece o remédio da graça, da Palavra e dos sacramentos, especialmente a Eucaristia, fonte de força e comunhão.

  3. Disponibilidade ilimitada:

    Um médico humano tem limites de tempo, lugar e recursos. Deus, ao contrário, está sempre presente e acessível a qualquer momento, sem restrições, pronto para nos ouvir e acolher.

  4. Relação pessoal e amorosa:

    Embora um médico possa ser atencioso, a relação com Deus é profundamente amorosa e transformadora. Ele nos chama a crescer no amor e na santidade, como exorta São Paulo em 1 Tessalonicenses 3,12-13: “Que o Senhor vos faça crescer e abundar no amor… para que vos apresenteis irrepreensíveis em santidade.”


Conclusão:

O médico nos ajuda a cuidar do corpo, mas Deus é o Médico da alma, oferecendo-nos cura definitiva e salvação. Neste Advento, assim como nos preparamos fisicamente para viver bem, somos convidados a buscar a graça de Deus, que nos guia ao encontro de Sua plenitude.

O Médido e Deus 

 Aspecto                 | Cura Médica                               | Cura Espiritual                             |

|————————|——————————————|——————————————–|

| *Necessidade*        | Busca de tratamento para doenças         | Busca de conexão e cura espiritual         |

| *Fonte de ajuda*     | Médico                                   | Deus                                       |

| *Atitude*            | Confiança no tratamento                  | Confiança nas promessas de Deus           |

| *Orientação*         | Receber conselhos e diagnósticos        | Receber direção através da oração e Escritura |

| *Crescimento*        | Seguir orientações para melhorar a saúde| Crescer em amor e santidade                |

| *Vigilância*         | Monitorar saúde e sintomas               | Manter vigilância sobre a vida espiritual  |

*Semelhanças:*

– Ambas as experiências requerem confiança na fonte de ajuda.

– Tanto na cura médica quanto na espiritual, há uma busca ativa por orientação.

– O crescimento é essencial em ambos os casos para alcançar o bem-estar.

*Diferenças:*

– A cura médica é focada em aspectos físicos, enquanto a cura espiritual abrange o emocional e o espiritual.

– A orientação médica é muitas vezes baseada em ciência, enquanto a espiritual é fundamentada na fé e nas escrituras.

PARTILHA 

Personagens de diversos contextos refletiram sobre o texto e ofereceram suas perspectivas únicas sobre a comparação entre a necessidade de um médico e a de Deus:

  1. Ana, uma jovem estudante de medicina:

    • Comentário: “Achei fascinante como o texto relaciona o papel do médico e de Deus. Isso me lembra que, enquanto estudo para curar corpos, Deus é quem cuida das almas, oferecendo um tipo de cura que nós, médicos, nunca poderemos alcançar.”

  2. Padre Miguel, um sacerdote veterano:

    • Comentário: “O texto é um convite profundo à confiança em Deus, que vai além das limitações humanas. É emocionante ver como o cuidado divino é apresentado como constante, pleno e cheio de amor.”

  3. Lucas, um poeta introspectivo:

    • Comentário: “A metáfora entre Deus e o médico é rica e poética. Especialmente tocante é a ideia de que Deus nos oferece o ‘remédio da graça’. Imagino este remédio como uma luz que cura a escuridão interior.”

  4. Sara, uma mãe preocupada com a saúde do filho:

    • Comentário: “Consegui me identificar de forma pessoal. Sempre confiei nos médicos para ajudar meu filho, mas é a oração que me sustenta nos momentos de maior angústia. Deus é meu médico constante.”

  5. Leonardo, um jovem gamer:

    • Comentário: “Para mim, o texto parece um jogo com dois níveis: o físico e o espiritual. O médico cuida do primeiro, mas Deus é como o ‘chefe final’, aquele que resolve o que nenhum outro personagem consegue.”

  6. Madalena, uma idosa sábia:

    • Comentário: “Vivi muito e sei o valor de um bom médico, mas também aprendi que somente Deus pode curar as feridas mais profundas da alma. A confiança em Deus é como um bálsamo para os dias difíceis.”

  7. Samuel, um aventureiro de fantasia:

    • Comentário: “Vejo Deus como o guia em minha jornada, assim como o médico seria o curandeiro em uma missão. Ele está sempre lá, pronto para ajudar, mesmo quando eu não consigo ver a solução.”

  8. Helena, uma filósofa contemporânea:

    • Comentário: “A comparação é interessante. Enquanto o médico simboliza o racional e o científico, Deus transcende para o metafísico, oferecendo sentido à existência. Ambos se complementam, mas Deus é infinitamente mais abrangente.”

Cada personagem trouxe sua perspectiva, mostrando como a mensagem do texto ressoa em diferentes vidas e contextos, tornando clara a profundidade da relação entre a necessidade do cuidado humano e o divino.

11 30   Mt 4 18 22 Sabado Vinde e segui me e farei de vós pescador de homens

11 30   Mt 4 18 22 Sabado Vinde e segui me e farei de vós pescador de homens

d

EVANGELHO Mt 4, 18-22
«Eles deixaram logo as redes e seguiram Jesus»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Caminhando Jesus ao longo do mar da Galileia,
viu dois irmãos:
Simão, chamado Pedro, e seu irmão André,
que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores.
Disse-lhes Jesus:
«Vinde e segui-Me
e farei de vós pescadores de homens».
Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O.
Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos:
Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João,
que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu,
a consertar as redes.
Jesus chamou-os
e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-n’O. 

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

No Evangelho de hoje, contemplamos o chamamento  dos primeiros discípulos. Jesus, ao caminhar pelo mar da Galileia, dirige um convite direto e transformador: “Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens.” Pedro, André, Tiago e João deixam tudo imediatamente — suas redes, barcos e até mesmo o pai — para seguir o Mestre.  

Este relato convida nos  a refletir sobre nossa própria resposta ao chamamento  de Cristo. Ele continua a chamar nos, em diferentes circunstâncias e momentos da vida, para sermos discípulos e colaboradores na construção do Reino de Deus. Essa vocação não é apenas um privilégio, mas também um desafio: deixar para trás as “redes” que nos prendem e assumir a missão de levar a Boa Nova a outros.  

Os discípulos, homens simples e ocupados com seus afazeres diários, mostram que Deus chama pessoas comuns para realizar coisas extraordinárias. Assim, somos convidados a confiar na graça divina, que transforma nossas limitações em instrumentos para a Sua obra.  

Seguir Jesus é uma decisão que exige coragem e entrega, mas que nos conduz a uma vida de sentido e plenitude. Como os apóstolos, somos chamados a abandonar nossas seguranças e a lançar-nos na aventura da fé, confiando que o Senhor nos fará “pescadores de homens.”  

### Oração  

**Senhor Jesus, ajuda-nos a escutar o Teu chamamento  em nossa vida quotidiana.  Dá-nos coragem para deixar tudo o que nos impede de Te seguir e faz de nós instrumentos do Teu amor e da Tua paz. Ensina-nos a ser pescadores de homens, trazendo outros para a luz do Teu Reino. Amém.**