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06 30 Segunda-feira da semana XIII

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-06-30

Segunda-feira da semana XIII

Primeiros Santos Mártires da Igreja de Roma – MF
Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória
(Semana I do Saltério).
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

An image of a person walking alone on a winding path through a misty forest or mountain trail — symbolising the uncertainty of the journey — with a faint light ahead representing Christ's presence and call.

L 1 Gn 18, 16-33; Sl 102 (103), 1-2. 3-4. 8-9. 10-11
Ev Mt 8, 18-22

**Segunda-feira da semana XIII do Tempo Comum**

**Leituras: Gn 18, 16-33; Sl 102 (103); Mt 8, 18-22**

**Introdução ao espírito da celebração
Iniciamos esta celebração com espírito de escuta e entrega. Deus vem ao nosso encontro como amigo próximo e interpelador. Abraão ensina-nos a interceder com ousadia; Jesus, a segui-Lo com decisão. Que o Senhor nos conceda coragem para renunciar ao comodismo e acolher o desafio de O seguir sem hesitações..

.**Palavra: mensagem e aplicação prática **

Abraão mostra um coração atento e compassivo, intercedendo por Sodoma com insistência humilde. O seu diálogo com Deus revela-nos a força da oração confiante e o valor da justiça.

O salmista recorda-nos a ternura de Deus, lento para a ira, rico em misericórdia.

No Evangelho, Jesus confronta os seus discípulos com as exigências radicais do seguimento. Não há lugar para meias medidas: segui-Lo é deixar tudo, inclusive o conforto e os laços mais próximos.

Hoje, somos convidados a colocar Cristo acima das nossas seguranças e prioridades. Seguir Jesus exige prontidão, desapego e total confiança na Sua presença..

. **Palavras apelativas finais .**

Segue Jesus com o coração livre. Não adies a tua entrega. Hoje é o tempo da decisão. Acolhe o desafio, confia no Mestre e deixa que Ele conduza a tua vida.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Mt 8, 18-22

 «Segue-Me»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra margem do lago. Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse: «Mestre, seguir-Te-ei para onde fores». Jesus respondeu-Lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Mas Jesus respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

“Segue-Me.” Com esta palavra simples e exigente, Jesus revela o coração da vocação cristã. Seguir Jesus não é uma adesão teórica a uma doutrina, mas um compromisso vital com a Sua pessoa. É uma decisão radical que implica deixar para trás as seguranças, os afectos e até as prioridades mais sagradas da vida.

Quando o escriba se aproxima e diz: “Mestre, seguir-Te-ei para onde fores”, Jesus não se deixa levar pelo entusiasmo das palavras. Ele responde com realismo: “O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.” Seguir Jesus é caminhar com Aquele que fez da pobreza e da entrega total o Seu caminho. Não há promessas de conforto ou estabilidade, mas a certeza de uma vida plena de sentido.

Ao segundo homem, que quer primeiro sepultar o pai, Jesus responde com uma frase que pode parecer dura: “Deixa que os mortos sepultem os seus mortos.” Mas aqui está em jogo algo mais profundo: Jesus pede prioridade absoluta. O seguimento não pode ficar para depois. Não se trata de desrespeito pelas obrigações familiares, mas da urgência do Reino. Jesus é o Senhor da vida, e quem O segue entra numa dinâmica nova, onde tudo é relativizado à luz do chamamento divino.

Este Evangelho provoca-nos. Com que facilidade colocamos condições ao seguimento de Cristo! “Sim, Senhor, mas primeiro…” Jesus não aceita meias medidas. A fé cristã é um “sim” inteiro, confiado, disponível. Ser discípulo é deixar-se conduzir por Ele, mesmo sem saber exactamente o caminho.

Hoje, somos convidados a escutar de novo o apelo: “Segue-Me.” Que resposta damos? Estamos dispostos a seguir Jesus mesmo quando não há certezas, quando isso nos custa?

Oração

Senhor Jesus,
chamas-me a seguir-Te com liberdade e confiança.
Dá-me coragem para deixar tudo o que me prende
e caminhar Contigo,
mesmo sem saber onde me levas.
Faz do meu coração um espaço aberto à Tua vontade.
Ámen.

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LEITURA I (anos ímpares) Gn 18, 16-33
«Irás destruir o justo com o pecador?»

A célebre visita de Deus a Abraão é acompanhada das maiores promessas e revelações da parte de Deus e das mais belas atitudes de coração da parte de Abraão. Deus revela-Se “amigo dos homens”, como, de maneira especial, gostam de Lhe chamar os cristãos da Igreja oriental, fiel à sua aliança, clemente e pronto a atender a súplica de quem O invoca, e a perdoar os pecados dos homens. Abraão continua a ser o homem cheio de fé, hospitaleiro, amigo dos pecadores, para quem implora o perdão de Deus.

Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, os homens que tinham estado com Abraão, junto do Carvalho de Mambré, levantaram-se e dirigiram o seu olhar para Sodoma. Abraão ia com eles, para se despedir. Disse o Senhor: «Deverei ocultar a Abraão o que tenciono fazer? Ele será, na verdade, a origem de uma nação grande e poderosa e nele serão abençoadas todas as nações da terra. Porque Eu o escolhi para ordenar a seus filhos e aos seus descendentes que sigam o caminho do Senhor, praticando a justiça e o direito. Assim realizará o Senhor tudo o que prometeu a Abraão». Disse então o Senhor: «O clamor contra Sodoma e Gomorra é tão forte, o seu pecado é tão grave que Eu vou descer para verificar se o clamor que chegou até Mim corresponde inteiramente às suas obras. Se sim ou não, hei de sabê-lo». Os homens que tinham vindo à residência de Abraão dirigiram-se então para Sodoma, enquanto o Senhor continuava junto de Abraão. Este aproximou-se e disse: «Ireis destruir o justo com o pecador? Talvez haja cinquenta justos na cidade. Matá-los-eis a todos? Não perdoareis a essa cidade, por causa dos cinquenta justos que nela residem? Longe de Vós fazer tal coisa: dar a morte ao justo e ao pecador, de modo que o justo e o pecador tenham a mesma sorte! Longe de Vós! O juiz de toda a terra não fará justiça?» O Senhor respondeu-lhe: «Se encontrar em Sodoma cinquenta justos, perdoarei a toda a cidade por causa deles». Abraão insistiu: «Atrevo-me a falar ao meu Senhor, eu que não passo de pó e cinza: talvez para cinquenta justos faltem cinco. Por causa de cinco, destruireis toda a cidade?» O Senhor respondeu: «Não a destruirei se lá encontrar quarenta e cinco justos». Abraão insistiu mais uma vez: «Talvez se encontrem nela só quarenta». O Senhor respondeu: «Não a destruirei em atenção a esses quarenta». Abraão disse ainda: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei mais uma vez: talvez haja lá somente trinta justos». O Senhor respondeu: «Não farei a destruição, se lá encontrar esses trinta». Abraão insistiu novamente: «Atrevo-me ainda a falar ao meu Senhor: talvez haja lá somente vinte justos». O Senhor respondeu: «Não destruirei a cidade em atenção a esses vinte». Abraão prosseguiu: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei ainda esta vez: talvez haja lá somente dez». O Senhor respondeu: «Em atenção a esses dez, não destruirei a cidade». Quando acabou de falar a Abraão, o Senhor retirou-Se; e Abraão voltou para a sua tenda.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 1-2.3-4.8-9.10-11 (R. 8a)
Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Refrão

Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades.
Salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia. Refrão

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
Não está sempre a repreender
nem guarda ressentimento. Refrão

Não nos tratou segundo os nossos pecados
nem nos castigou segundo as nossas culpas.
Como a distância da terra aos céus,
assim é grande a sua misericórdia
para os que O temem. Refrão

ALELUIA cf. Salmo 94 (95), 8ab
Refrão: Aleluia Repete-se

Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações. Refrão

EVANGELHO Mt 8, 18-22
«Segue-Me»

Os caminhos de Deus não se podem descobrir pela nossa imaginação ou pelos nossos caprichos, mais ou menos bem intencionados. Eles revelam-se nos caminhos da própria vida, trilhados com retidão. É por aí que o Senhor nos conduz e nos estimula a avançarmos. E, no fim de tudo, um só é o ideal do discípulo de Cristo: segui-l’O pois que Ele disse de Si mesmo: «Eu sou o Caminho».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra margem do lago. Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse: «Mestre, seguir-Te-ei para onde fores». Jesus respondeu-Lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Mas Jesus respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos».
Palavra da salvação.

06 17 Peregrino Pilgrim Terça feira

Palavra de Deus

Agenda litúrgica

2025-06-17

Terça-feira da semana XI

Verde – Ofício da féria.

Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

 

L 1 2Cor 8, 1-9; Sl 145 (146), 1-2. 5-6ab. 6c-8ab. 8c-9ab

Ev Mt 5, 43-48

 

06 17 Mt 5, 43-48 Terca feira

Um sol nascendo sobre uma paisagem dividida (ex.: campo devastado ao lado de um jardim florido), simbolizando que a graça divina não faz distinções. Luz dourada unificando os opostos, reforçando Mt 5, 45. 

Mt 5, 43-48: O Amor Radical no Nosso Tempo**  

EVANGELHO Mt 5, 43-48

«Amai os vossos inimigos»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

O cerne deste trecho do Sermão da Montanha é a revolução do amor proposta por Jesus: **”Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem”** (v. 44). Num mundo marcado por polarizações (políticas, sociais, religiosas), guerras e discursos de ódio nas redes, este mandamento soa como um desafio urgente. Jesus desmonta a lógica do “nós contra eles”, revelando que o amor condicional (“amar só quem nos ama”) é insuficiente e comum a todos. O critério divino é outro: **”Para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos”** (v. 45).  

A perfeição divina (v. 48) não é impecabilidade, mas amor *incondicional*, como recorda o Papa Francisco: *”A medida do amor é amar sem medida”*. A Igreja insiste que este amor aos inimigos é “o ápice da caridade cristã” (CIC 1933), antídoto contra a cultura do descarte. Hoje, “inimigos” podem ser os que pensam diferente, os que nos feriram, ou grupos estigmatizados. Orar por eles não é concordar com o mal, mas recusar-se a desumanizá-los, reconhecendo que também eles são alvos da graça divina.  

ORAÇÃO 

*Pai misericordioso, que fizeste brilhar o sol sobre todos, ensina-nos a romper as barreiras do ódio. Dá-nos coragem para amar os que nos ferem e orar por quem nos persegue, para que, vivendo como verdadeiros filhos teus, sejamos testemunhas da tua perfeição que acolhe e transforma. Amém.*  

 

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06 16 Message to the world

🟩 English 

Jesus challenges us to overcome the logic of revenge with mercy. In today’s Gospel, He invites us to respond to evil with goodness, and aggression with love. This way of living is not weakness, but the true strength of one who loves like Christ, guided by the Holy Spirit.

 

🖼️ Portuguese

Jesus desafia-nos a superar a lógica da vingança com o poder da misericórdia. No Evangelho de hoje, convida-nos a responder ao mal com o bem, à agressão com amor. Esta atitude, longe de ser fraqueza, revela a força interior de quem ama como Cristo, guiado pelo Espírito Santo.

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06 17 Mt 5, 43-48 Terca feira

Um sol nascendo sobre uma paisagem dividida (ex.: campo devastado ao lado de um jardim florido), simbolizando que a graça divina não faz distinções. Luz dourada unificando os opostos, reforçando Mt 5, 45. 

Mt 5, 43-48: O Amor Radical no Nosso Tempo**  

EVANGELHO Mt 5, 43-48

«Amai os vossos inimigos»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

O cerne deste trecho do Sermão da Montanha é a revolução do amor proposta por Jesus: **”Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem”** (v. 44). Num mundo marcado por polarizações (políticas, sociais, religiosas), guerras e discursos de ódio nas redes, este mandamento soa como um desafio urgente. Jesus desmonta a lógica do “nós contra eles”, revelando que o amor condicional (“amar só quem nos ama”) é insuficiente e comum a todos. O critério divino é outro: **”Para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos”** (v. 45).  

A perfeição divina (v. 48) não é impecabilidade, mas amor *incondicional*, como recorda o Papa Francisco: *”A medida do amor é amar sem medida”*. A Igreja insiste que este amor aos inimigos é “o ápice da caridade cristã” (CIC 1933), antídoto contra a cultura do descarte. Hoje, “inimigos” podem ser os que pensam diferente, os que nos feriram, ou grupos estigmatizados. Orar por eles não é concordar com o mal, mas recusar-se a desumanizá-los, reconhecendo que também eles são alvos da graça divina.  

ORAÇÃO 

*Pai misericordioso, que fizeste brilhar o sol sobre todos, ensina-nos a romper as barreiras do ódio. Dá-nos coragem para amar os que nos ferem e orar por quem nos persegue, para que, vivendo como verdadeiros filhos teus, sejamos testemunhas da tua perfeição que acolhe e transforma. Amém.*  

 

.04 19 Lc 24, 1-12 Sábado  «Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?» .

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. EVANGELHO Lc 24, 1-12
«Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?»

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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


No primeiro dia da semana, ao romper da manhã,
as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia
foram ao sepulcro, levando os perfumes que tinham preparado.
Encontraram a pedra do sepulcro removida
e, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
Estando elas perplexas com o sucedido,
apareceram-lhes dois homens com vestes resplandecentes.
Ficaram amedrontadas e inclinaram o rosto para o chão,
enquanto eles lhes diziam:
«Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?
Não está aqui: ressuscitou.
Lembrai-vos como Ele vos falou,
quando ainda estava na Galileia:
‘O Filho do homem tem de ser entregue às mãos dos pecadores,
tem de ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’».
Elas lembraram-se então das palavras de Jesus.
Voltando do sepulcro,
foram contar tudo isto aos Onze, bem como a todos os outros.
Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago.
Também as outras mulheres que estavam com elas
diziam isto aos Apóstolos.
Mas tais palavras pareciam-lhes um desvario,
e não acreditaram nelas.
Entretanto, Pedro pôs-se a caminho e correu ao sepulcro.
Debruçando-se, viu apenas as ligaduras
e voltou para casa admirado com o que tinha sucedido.
Palavra da salvação.

 

REFLEXÃO .

O silêncio do sábado pascal, que parecia selar o fim de tudo, é surpreendido por uma nova alvorada: a do sepulcro vazio. As mulheres, fiéis na sua dor, vão ao túmulo levando perfumes – sinal de amor e respeito – mas o que encontram é uma ausência, um vazio que lhes enche o coração de perplexidade e medo. Não encontram o corpo, encontram uma pergunta: «Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?»

Esta pergunta rasga o véu da lógica humana e introduz-nos no mistério da fé. Elas não tinham compreendido que o amor é mais forte do que a morte. Mas é nesse momento, no meio do espanto e da dúvida, que a memória da Palavra de Jesus acende uma nova luz: “Lembrai-vos do que Ele vos disse…” A fé nasce assim: não de provas físicas, mas da escuta da Palavra, do recordar com o coração aquilo que Jesus ensinou.

Pedro corre ao sepulcro. Também ele precisa de ver, mas só encontra as ligaduras. O túmulo está vazio. É o vazio que fala: já não está aqui, ressuscitou. Pedro volta admirado, não por ter visto Jesus, mas por começar a pressentir que algo totalmente novo começou. A Ressurreição não é uma ideia reconfortante, mas um facto real que nos obriga a rever toda a nossa vida.

A pergunta dos anjos permanece atual. Procuramos tantas vezes entre os “mortos” — nas seguranças humanas, nos caminhos de rotina, nas memórias do passado — esquecendo que o Ressuscitado nos precede sempre, vivo, no hoje da nossa existência.

Oração

Senhor Jesus, Ressuscitado e Vivo, abre os olhos do nosso coração para Te reconhecermos onde estás: no amor partilhado, na esperança renovada, na luz que dissipa os nossos medos. Que não Te procuremos no passado morto, mas na vida nova que nos ofereces. Ámen.

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04 18  Jo 18, 1 – 19, 42   Sexta  Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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Evangelho segundo São João 18, 1 – 19, 42.

  1. Tendo Jesus dito estas palavras, saiu com os seus discípulos para o outro lado da torrente do Cedron, onde havia um jardim, no qual entrou com eles.
  2. Judas, o traidor, conhecia também o lugar, porque Jesus se reunia ali muitas vezes com os seus discípulos.
  3. Judas, então, levando a coorte e alguns guardas dos sumos sacerdotes e dos fariseus, veio ali com lanternas, archotes e armas.
  4. Jesus, sabendo tudo o que havia de lhe acontecer, adiantou-se e perguntou-lhes: «A quem procurais?»
  5. Responderam-lhe: «A Jesus de Nazaré.» Disse-lhes Jesus: «Sou eu!» Estava com eles Judas, o traidor.
  6. Logo que Jesus lhes disse: «Sou eu!», recuaram e caíram por terra.
  7. Perguntou-lhes de novo: «A quem procurais?» Disseram: «A Jesus de Nazaré.»
  8. Jesus respondeu: «Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, deixai ir estes.»
  9. Assim se cumpria a palavra que dissera: «Não perdi nenhum dos que me deste.»
  10. Simão Pedro, que tinha uma espada, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O servo chamava-se Malco.
  11. Mas Jesus disse a Pedro: «Mete a tua espada na bainha. Não hei de beber o cálice que o Pai me deu?»
  12. Então a coorte, o tribuno e os guardas dos judeus prenderam Jesus, manietaram-no
  13. e levaram-no primeiro a Anás, pois era sogro de Caifás, que naquele ano era o sumo sacerdote.
  14. Caifás era o que tinha aconselhado aos judeus: «Convém que morra um só homem pelo povo.»
  15. Simão Pedro seguia Jesus, assim como outro discípulo. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote,
  16. enquanto Pedro ficou fora, à porta. O outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, falou à porteira e introduziu Pedro.
  17. Disse então a porteira a Pedro: «Tu não és também dos discípulos desse homem?» Ele respondeu: «Não sou.»
  18. Estavam ali os servos e os guardas, que tinham feito uma fogueira, porque fazia frio, e aqueciam-se. Pedro estava com eles e aquecia-se também.
  19. Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
  20. Jesus respondeu-lhe: «Falei abertamente ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em segredo.
  21. Porque me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que lhes falei. Esses sabem o que eu disse.»
  22. A estas palavras, um dos guardas que ali estava deu uma bofetada a Jesus, dizendo: «É assim que respondes ao sumo sacerdote?»
  23. Jesus respondeu-lhe: «Se falei mal, mostra em que; mas se falei bem, porque me bates?»
  24. Então Anás mandou Jesus, manietado, a Caifás, o sumo sacerdote.
  25. Simão Pedro estava ali a aquecer-se, e disseram-lhe: «Tu não és também dos discípulos dele?» Ele negou, dizendo: «Não sou.»
  26. Disse-lhe um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha: «Não te vi eu no jardim com ele?»
  27. Pedro negou de novo, e logo o galo cantou.
  28. Levaram então Jesus da casa de Caifás para o pretório. Era de manhã cedo. Eles não entraram no pretório, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa.
  29. Pilatos saiu para fora, ao encontro deles, e disse: «Que acusação trazeis contra este homem?»
  30. Responderam-lhe: «Se não fosse malfeitor, não to entregaríamos.»
  31. Pilatos disse-lhes: «Tomai-o vós e julgai-o segundo a vossa lei.» Os judeus responderam: «A nós não nos é permitido dar a morte a ninguém.»
  32. Assim se cumpria o que Jesus tinha dito, ao indicar de que morte havia de morrer.
  33. Pilatos entrou de novo no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: «Tu és o Rei dos judeus?»
  34. Jesus respondeu: «Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?»
  35. Pilatos replicou: «Sou porventura judeu? A tua gente e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?»
  36. Jesus respondeu: «O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus servos teriam combatido para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui.»
  37. Pilatos disse-lhe: «Então tu és rei?» Jesus respondeu: «Tu o dizes: eu sou rei. Para isso nasci e vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz.»
  38. Disse-lhe Pilatos: «O que é a verdade?»
    Tendo dito isto, saiu de novo ao encontro dos judeus e declarou-lhes: «Não encontro nele culpa alguma.
  39. Mas há entre vós o costume de que eu vos solte um na Páscoa. Quereis, pois, que vos solte o Rei dos judeus?»
  40. Eles gritaram de novo: «Esse não, mas Barrabás!» Ora Barrabás era um salteador.

Capítulo 19

  1. Então Pilatos mandou prender Jesus e mandou açoitá-lo.
  2. Os soldados teceram uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e vestiram-lhe um manto de púrpura.
  3. Depois aproximavam-se dele e diziam: «Salve, Rei dos judeus!» E davam-lhe bofetadas.
  4. Pilatos saiu outra vez e disse-lhes: «Eu vo-lo trago fora, para que saibais que não encontro nele culpa alguma.»
  5. Jesus saiu, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse-lhes: «Eis o homem!»
  6. Ao vê-lo, os sumos sacerdotes e os guardas gritaram: «Crucifica-o! Crucifica-o!» Pilatos respondeu-lhes: «Tomai-o vós e crucificai-o, pois eu não encontro culpa nele.»
  7. Os judeus replicaram: «Temos uma lei, e segundo essa lei ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus.»
  8. Ao ouvir estas palavras, Pilatos teve mais medo.
  9. Entrou de novo no pretório e disse a Jesus: «De onde és tu?» Mas Jesus não lhe deu resposta.
  10. Disse-lhe então Pilatos: «Não me falas? Não sabes que tenho poder para te soltar e poder para te crucificar?»
  11. Jesus respondeu-lhe: «Não terias poder algum sobre mim, se não te fosse dado do alto. Por isso, quem me entregou a ti tem maior pecado.»
  12. A partir daí, Pilatos procurava soltá-lo. Mas os judeus gritavam: «Se o soltas, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César.»
  13. Ao ouvir estas palavras, Pilatos mandou trazer Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Litóstrotos, em hebraico Gábata.
  14. Era a Preparação da Páscoa, por volta da hora sexta. Pilatos disse aos judeus: «Eis o vosso rei!»
  15. Mas eles clamavam: «Fora! Fora! Crucifica-o!» Pilatos perguntou-lhes: «Hei de crucificar o vosso rei?» Os sumos sacerdotes responderam: «Não temos outro rei senão César!»
  16. Então entregou-o para ser crucificado. Levaram então Jesus.
  17. Levando a cruz às costas, saiu para o lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota,
  18. onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
  19. Pilatos redigiu também um letreiro e fê-lo colocar sobre a cruz; nele estava escrito: «Jesus Nazareno, Rei dos judeus.»
  20. Muitos judeus leram este letreiro, pois o lugar onde Jesus foi crucificado era perto da cidade; e estava escrito em hebraico, latim e grego.
  21. Os sumos sacerdotes disseram então a Pilatos: «Não escrevas: ‘Rei dos judeus’, mas sim: ‘Ele disse: Eu sou o rei dos judeus.’»
  22. Pilatos respondeu: «O que escrevi, escrevi.»
  23. Quando os soldados crucificaram Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram quatro partes, uma para cada soldado, e a túnica. A túnica era sem costura, tecida de alto a baixo.
  24. Disseram uns aos outros: «Não a rasguemos; vamos lançar sortes para ver a quem tocará.» Assim se cumpria a Escritura: «Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sortes sobre a minha túnica.» Foi isto que fizeram os soldados.
  25. Junto à cruz de Jesus estavam sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
  26. Vendo a sua Mãe e o discípulo predileto, que estava com ela, Jesus disse à Mãe: «Mulher, eis o teu filho.»
  27. Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe.» E desde aquela hora o discípulo acolheu-a em sua casa.
  28. Depois disso, sabendo Jesus que tudo estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: «Tenho sede.»
  29. Estava ali um vaso cheio de vinagre. Puseram uma esponja embebida em vinagre num ramo de hissopo e levaram-lha à boca.
  30. Quando Jesus tomou o vinagre, disse: «Tudo está consumado.» E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

[Aqui faz-se uma pausa em silêncio.]

  1. Como era a Preparação, e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado – era um grande dia aquele sábado –, os judeus pediram a Pilatos que se quebrassem as pernas dos crucificados e fossem retirados.
  2. Vieram os soldados e quebraram as pernas ao primeiro e depois ao outro que com ele tinham sido crucificados.
  3. Chegando a Jesus, vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas,
  4. mas um dos soldados trespassou-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
  5. Aquele que viu dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro; ele sabe que diz a verdade, para que vós também acrediteis.
  6. Isto aconteceu para se cumprir a Escritura: «Não lhe quebrarão nenhum osso.»
  7. E diz ainda outra passagem da Escritura: «Hão de olhar para aquele que trespassaram.»
  8. Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas ocultamente por medo dos judeus, pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu. Veio então e retirou o corpo.
  9. Veio também Nicodemos – aquele que em tempos tinha ido de noite ter com Jesus – trazendo cerca de cem libras de uma mistura de mirra e aloés.
  10. Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em ligaduras com os aromas, segundo o costume dos judeus na preparação dos mortos.
  11. No lugar onde Jesus fora crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, onde ainda ninguém tinha sido depositado.
  12. Foi ali que puseram Jesus, por causa da Preparação dos judeus, como o sepulcro estava perto.

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REFLEXÃO

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Neste longo e comovente relato da Paixão segundo São João, somos convidados a contemplar o mistério da entrega total de Jesus, que vai ao encontro da morte com dignidade, lucidez e soberania. João não acentua tanto os sofrimentos físicos, mas a realeza e liberdade interior de Cristo. Ele é o verdadeiro Rei, que dá a vida pelos seus, que não se defende, que não recua, que enfrenta a injustiça com firmeza, mas sem violência.

Desde o início, no jardim onde Judas o entrega, Jesus não se esconde. Ele toma a iniciativa: “Sou Eu!”. Esta palavra poderosa faz os soldados recuarem e caírem por terra. É o “Eu sou” divino, o mesmo de Deus no Êxodo. Aqui não há vítima fraca, mas o Cordeiro que voluntariamente se oferece.

A figura de Pedro, com as suas negações, representa a nossa fraqueza. Contrasta com Jesus, que permanece fiel, mesmo quando abandonado. No diálogo com Pilatos, Jesus proclama que o seu Reino não é deste mundo e que veio para dar testemunho da verdade. É a verdade do amor que não se impõe pela força, mas que se revela na entrega.

No Calvário, Jesus reina do alto da cruz. Mesmo ali, cuida da Mãe e do discípulo amado, criando uma nova família: a Igreja. As suas últimas palavras — “Tenho sede” e “Tudo está consumado” — revelam o cumprimento total da missão: Jesus entregou-Se por amor até ao fim.

Do seu lado trespassado jorram sangue e água, sinais da vida nova, dos sacramentos, da Igreja que nasce do seu coração aberto. O silêncio que se segue é sagrado. Contemplamos o Mistério. A Cruz é trono, é altar, é fonte.

Hoje, não há missa. Há adoração. Silêncio. Gratidão. Veneramos a Cruz, não como sinal de derrota, mas como árvore da vida, onde Cristo venceu a morte.

Oração

Senhor Jesus, Rei humilde e fiel, no silêncio da Tua paixão, revelaste o amor mais profundo. Ensina-me a confiar como Tu, a entregar como Tu, a viver com o coração voltado para o Pai. Que a Tua cruz seja a minha esperança. Ámen.

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12 17 Novena de Natal – Esquema Geral –

A Novena de Natal é uma bela tradição da Igreja Católica, preparada para nos ajudar a celebrar com mais profundidade o mistério do nascimento de Jesus. Durante nove dias, somos convidados a meditar sobre a Palavra de Deus, renovar a esperança e abrir nossos corações para acolher o Salvador. Aqui está um modelo básico para cada dia da novena:

Estrutura da Novena de Natal

  • Sinal da Cruz
  • “Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.”
  • Oração Inicial
  • “Ó Deus, Pai de bondade, ao celebrarmos esta novena de Natal, preparai os nossos corações para acolher com alegria o vosso Filho Jesus. Que Ele, ao nascer em nós, renove nossa fé, esperança e amor. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.”
  • Hino ou Cântico de Natal
  • Ex.: “Vinde, ó Deus Menino” ou “Noite Feliz”.
  • Leitura Bíblica
  • Escolher um texto que destaque a preparação para a vinda de Jesus. Sugestões:
  • 1º Dia: Isaías 9, 1-6 – O povo que andava nas trevas viu uma grande luz.
  • 2º Dia: Isaías 11, 1-10 – A profecia sobre o Messias.
  • 3º Dia: Lucas 1, 26-38 – A Anunciação.
  • 4º Dia: Lucas 1, 39-45 – A visita de Maria a Isabel.
  • 5º Dia: Lucas 1, 46-56 – O Magnificat.
  • 6º Dia: Mateus 1, 18-24 – O anúncio a José.
  • 7º Dia: Lucas 2, 1-7 – O nascimento de Jesus.
  • 8º Dia: Lucas 2, 8-14 – Os pastores e os anjos.
  • 9º Dia: João 1, 1-14 – O Verbo se fez carne.
  • Meditação e Reflexão
  • Breve comentário sobre o texto lido, conectando-o à vivência cristã e ao espírito do Natal.
  • Preces
  • Rezar pelas necessidades da comunidade, pela família e pela paz no mundo.
  • Resposta após cada prece: “Vinde, Senhor Jesus!”
  • Pai-Nosso e Ave-Maria
  • Oração Final
  • “Senhor Jesus, ao prepararmos nossos corações nesta novena de Natal, fazei-nos viver em espírito de conversão, acolhendo com alegria a vossa presença em nossas vidas. Que sejamos vossos discípulos, irradiando a paz e a luz do vosso amor. Vós que sois Deus com o Pai e o Espírito Santo. Amém.”
  • Bênção Final
  • “Abençoe-nos o Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.”

Sugestões práticas:

  • Decore um pequeno altar com a imagem do Menino Jesus, velas e símbolos natalinos.
  • Convide a família e amigos para participar.
  • Escolha um tema especial para cada dia, como “esperança”, “alegria” ou “paz”.

Que esta novena seja um momento de renovação espiritual e de preparação para a chegada de Cristo em nossos corações e em nossas vidas!

12 08 Lc 1, 26-38 Domingo

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas
Naquele tempo,
o Anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia chamada Nazaré,
a uma Virgem desposada com um homem chamado José,
que era descendente de David.
O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo:
«Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras
e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o Anjo:
«Não temas, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus.
Conceberás e darás à luz um Filho,
a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo.
O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David;
reinará eternamente sobre a casa de Jacob
e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao Anjo:
«Como será isto, se eu não conheço homem?».
O Anjo respondeu-lhe:
«O Espírito Santo virá sobre ti
e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra.
Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice
e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril;
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então:
«Eis a escrava do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra».
Palavra da salvação.
Reflexão
O Evangelho de Lucas 1, 26-38 apresenta nos um dos momentos mais sublimes da história da salvação: a Anunciação. Este episódio é central na celebração da Solenidade da Imaculada Conceição, pois nos recorda que Maria, escolhida por Deus desde toda a eternidade, foi preservada do pecado original e preparada para ser a Mãe do Salvador.
A saudação do Anjo Gabriel – “Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo” – revela o privilégio singular de Maria. “Cheia de graça” significa que Maria foi agraciada por Deus de modo único, desde a sua concepção, vivendo plenamente em comunhão com a vontade divina. Este mistério da Imaculada Conceição foi proclamado dogma pela Igreja em 1854, mas desde os primeiros séculos já era profundamente venerado pelos cristãos, especialmente em Portugal.
Maria é o modelo de confiança e disponibilidade. Quando o Anjo anuncia que ela será a Mãe do Salvador, Maria, mesmo sem compreender totalmente, responde com fé: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. Sua resposta marca o início da encarnação do Verbo e demonstra a força do “sim” de uma vida entregue a Deus.,
No contexto do Advento, a celebração da Imaculada Conceição convida nos a preparar nossos corações para acolher Jesus, tal como Maria O acolheu. O Advento é um tempo de espera ativa e esperança, e Maria, na sua pureza e fidelidade, é a Estrela da Manhã que nos guia até Cristo. Assim como Deus preparou Maria, nós também somos chamados a preparar o nosso interior para o nascimento de Jesus.
Maria é sinal da nova criação. Nela, o pecado é vencido desde o princípio, antecipando o triunfo de Cristo sobre o mal. Durante o Advento, somos convidados a contemplar Maria como a “Nova Eva”, cuja obediência contrasta com o pecado original. Seu “sim” à vontade de Deus é o exemplo que devemos seguir no caminho de conversão.,
,
Portugal tem uma devoção especial a Nossa Senhora, especialmente sob o título da Imaculada Conceição, que foi proclamada Padroeira do país em 1646 pelo rei D. João IV. Este ato de confiança na proteção de Maria é parte integrante da identidade nacional e religiosa portuguesa. A devoção à Mãe Imaculada está profundamente enraizada no povo, expressa em procissões, festas e na recitação do terço.
O Santuário de Fátima é um exemplo eloquente desta devoção. Ali, Maria apareceu com uma mensagem de paz e conversão, confirmando a sua proximidade com o povo português e com toda a humanidade. A mensagem de Fátima é também um apelo à oração e à confiança no poder de Deus, que pode transformar o mundo através do coração puro e humilde de Maria.
Maria no Contexto da Igreja
A Imaculada Conceição é um sinal do amor de Deus pela humanidade. Na Igreja, Maria é Mãe e intercessora. Assim como Ela disse “sim” para acolher Jesus, somos convidados a acolher Cristo em nossas vidas. A Imaculada Conceição nos recorda que Deus age de modo especial nas pessoas simples e disponíveis, e que a santidade é um chamado para todos.
Maria é modelo de vida cristã: a sua obediência à vontade de Deus, a sua humildade e o seu silêncio são lições para os nossos dias. No Advento, Maria nos ensina a esperar e a confiar. Ela nos lembra que a preparação para o Natal não é apenas externa, mas principalmente interior.
 Oração à Imaculada Conceição
Ó Maria Imaculada, Mãe cheia de graça,
padroeira de Portugal e modelo de fé,
ajuda-nos a dizer “sim” à vontade de Deus
e a preparar nossos corações para a vinda de Jesus.
Conduze-nos pela luz do Advento
até o mistério do Natal.
Intercede por nós, Mãe querida,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

Testemunhos

Criança (8 anos):
“Gostei muito de ouvir esta história de Maria e do anjo. Fiquei feliz porque Maria disse ‘sim’ a Deus. Acho que ela é muito corajosa porque deve ser difícil ouvir algo tão diferente e confiar. Quero aprender a confiar em Deus como ela.”

Jovem (22 anos):
“Este Evangelho me fez pensar sobre as escolhas que fazemos na vida. Maria não tinha todas as respostas, mas confiou e seguiu em frente. Isso me inspira a dizer ‘sim’ para os desafios que Deus coloca no meu caminho, mesmo quando não entendo tudo. É um exemplo forte de fé e coragem.”

Idoso (70 anos):
“Este texto sempre me emociona. Vejo em Maria uma simplicidade e uma entrega que nos falta tantas vezes. A coragem dela em aceitar a vontade de Deus me faz refletir sobre como devo enfrentar as dificuldades da vida. Ela é um modelo de fé, e sua resposta nos ensina a confiar em Deus em qualquer situação.”

Perspetiva de Cristina

Esmiuçando EVANGELHO, Lucas (1: 26-38) (II)
26 E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. 28 E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. ( Muitos perguntam-se: como pode Maria ter sido concebida sem pecado, se é Jesus que nos resgata e Ele ainda não era nascido? A Deus nada é impossível! Mas aconteceu, tendo em vista os méritos de Jesus na Cruz, ou seja, por antecipação, Ela nasce redimida. O Anjo Gabriel quando A viu, reconhece-A imediatamente, como a Imaculada – Alegra-Te, Cheia da Graça! Uma vez mais, a Graça de não ser possuída pelo pecado – vem-nos por Cristo; assim, Ela o é, antecipadamente, pela concepção de Jesus em Seu ventre. Debrucemo-nos sobre a leitura de Gén. Cap. 15- “porei INIMIZADE entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Ela te esmagará a cabeça e tu a atingirás no calcanhar” – Deus profetiza a Salvação! Sendo o demónio aqui representado pela cobra, que mulher é essa, sua inimiga mortal de Quem foge, e que tem poder sobre ele? – Maria! – Acerca da Sua descendência , a IGREJA, e sob a protecção de Maria, os filhos da Luz vencerão os filhos das trevas. Eva estava inoculada com o veneno da serpente , gerando a sua descendência para as trevas do pecado. Maria, de modo antecipado, possuindo a Graça e a Salvação, tem como descendência a Luz – Jesus – que nos redime de toda a treva. Apesar disso, Ela é criatura de Deus e, como nós, precisa de corresponder ao Senhor. No “eis aqui a Serva do Senhor” doou-Se inteiramente ao Pai, mudando o rumo da história da Humanidade e do pecado, a que estava sujeita) 29 E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. 30 Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, 31 E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. 32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, 33 e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim. 34 E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. 36 E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril. 37 Porque para Deus nada é impossível. 38 Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela. (A vida com Deus é um movimento, uma dinâmica – FAÇA-SE EM MIM, SEGUNDO A SUA PALAVRA – a mais perfeita forma de oração, para chegarmos à Santidade. O projecto que Deus tem para cada um de nós, é para se ir construindo com o tempo, amadurecendo, para um resultado, o mais ajustado possível à Sua vontade, e acharmos graça diante de Deus, tal como a Nossa Mãe do Céu. Eva visitada pelo demónio, caiu pelo pecado no NÃO que deu a Deus, arrastando com ela, toda a sua descendência. Ao contrário, quando visitada pelo Anjo, Maria disse SIM, trazendo à Sua descendência, nós pelo baptismo em Jesus Cristo, o perdão e a salvação. A serpente, mordisca o nosso calcanhar, mas por intercepção da Nossa Mãe, igualmente, lhe esmagaremos a cabeça.)

Esmiuçando EVANGELHO, Lucas (1: 26-38) (II)

26 E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. 28 E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. ( Muitos perguntam-se: como pode Maria ter sido concebida sem pecado, se é Jesus que nos resgata e Ele ainda não era nascido? A Deus nada é impossível! Mas aconteceu, tendo em vista os méritos de Jesus na Cruz, ou seja, por antecipação, Ela nasce redimida. O Anjo Gabriel quando A viu, reconhece-A imediatamente, como a Imaculada – Alegra-Te, Cheia da Graça! Uma vez mais, a Graça de não ser possuída pelo pecado – vem-nos por Cristo; assim, Ela o é, antecipadamente, pela concepção de Jesus em Seu ventre. Debrucemo-nos sobre a leitura de Gén. Cap. 15- “porei INIMIZADE entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Ela te esmagará a cabeça e tu a atingirás no calcanhar” – Deus profetiza a Salvação! Sendo o demónio aqui representado pela cobra, que mulher é essa, sua inimiga mortal de Quem foge, e que tem poder sobre ele? – Maria! – Acerca da Sua descendência , a IGREJA, e sob a protecção de Maria, os filhos da Luz vencerão os filhos das trevas. Eva estava inoculada com o veneno da serpente , gerando a sua descendência para as trevas do pecado. Maria, de modo antecipado, possuindo a Graça e a Salvação, tem como descendência a Luz – Jesus – que nos redime de toda a treva. Apesar disso, Ela é criatura de Deus e, como nós, precisa de corresponder ao Senhor. No “eis aqui a Serva do Senhor” doou-Se inteiramente ao Pai, mudando o rumo da história da Humanidade e do pecado, a que estava sujeita) 29 E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. 30 Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, 31 E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. 32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, 33 e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim. 34 E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. 36 E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril. 37 Porque para Deus nada é impossível. 38 Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela. (A vida com Deus é um movimento, uma dinâmica – FAÇA-SE EM MIM, SEGUNDO A SUA PALAVRA – a mais perfeita forma de oração, para chegarmos à Santidade. O projecto que Deus tem para cada um de nós, é para se ir construindo com o tempo, amadurecendo, para um resultado, o mais ajustado possível à Sua vontade, e acharmos graça diante de Deus, tal como a Nossa Mãe do Céu. Eva visitada pelo demónio, caiu pelo pecado no NÃO que deu a Deus, arrastando com ela, toda a sua descendência. Ao contrário, quando visitada pelo Anjo, Maria disse SIM, trazendo à Sua descendência, nós pelo baptismo em Jesus Cristo, o perdão e a salvação. A serpente, mordisca o nosso calcanhar, mas por intercepção da Nossa Mãe, igualmente, lhe esmagaremos a cabeça.)

12 06 6ª feira 1ª semana do Advento

Isaias 29, 17-24
O tirano deixará de existir

Preparar o coração para receber Jesus no Natal
é afinar o coração pela melodiade Deus
E Deus sonha com um mundo mais justo
mais livre
mais solidário
Para todos
Em todos os lugares

À esquerda, uma paisagem árida e desolada que se transforma gradualmente em um bosque verdejante e cheio de vida à direita. Isso simboliza a promessa de Deus de renovação e justiça.

 

Em ti espero, Deus da justiça e da bondade
Traz a tua bênção às familias desavindas.
Ilumiba as igrejas divididas
pela incompreensão e pelo orgulho.
Guia os corações rancorosos
que ainda não tiveram a coragem da misericórdia
liberta das insnegurança a todos os prepotentes
Só em Ti espero,
pois só em Ti acontecerá mudança verdadeira 

S

 

 

 

 

N

12 S. Martinho S. Frutuoso e S. Geraldo

Celebramos  a memória dos Bispos  Martinho de Dume, Frutuoso e Geraldo, focando em seus nascimentos, mortes e lugares de atuação.

### Martinho de Dume
– **Nascimento**: Martinho de Dume nasceu no século VI, provavelmente em 515, na região da atual França.
– **Morte**: Faleceu em 580, em Dume, Portugal.
– **Lugares de Trabalho**: Martinho foi bispo de Dume, onde se destacou pela evangelização e pela fundação de mosteiros.nn

### Frutuoso
– **Nascimento**: Frutuoso nasceu no século VII, perto do ano 600, na região da atual Galícia, Espanha.
– **Morte**: Morreu em 665, em Braga, Portugal.
– **Lugares de Trabalho**: Frutuoso foi bispo de Braga e é conhecido por sua defesa da fé cristã durante a invasão muçulmana e por sua influência na organização da Igreja.

### Geraldo
– **Nascimento**: Geraldo nasceu em 1040, provavelmente na região da atual França.
– **Morte**: Faleceu em 1109, em Lisboa, Portugal.
– **Lugares de Trabalho**: Ele trabalhou como bispo de Lisboa e teve um papel importante na organização da diocese e na construção de igrejas.

### Semelhanças e Diferenças
Todos os três foram bispos importantes que desempenharam papéis cruciais na evangelização e na organização da Igreja em Portugal. Enquanto Martinho se destacou pela fundação monástica, Frutuoso focou na defesa da fé durante tempos turbulentos. Geraldo, por sua vez, contribuiu para o desenvolvimento urbano e religioso de Lisboa. A principal diferença reside nas épocas e contextos históricos em que atuaram.

11 08 SEXTA-FEIRA da semana XXXI

A mensagem das leituras

L 1 Flp 3, 17 – 4, 1; Sl 121 (122), 1-2. 3-4a. 4b-5, Ev Lc 16, 1-8

“Sejamos firmes no seguimento de Cristo, como São Paulo nos ensina em sua carta, e celebremos a alegria de caminhar em unidade, como no Salmo 121. Que, ao ouvir o Evangelho, renovemos nossa sabedoria para viver com integridade e justiça, usando nossos dons para o bem.”

11 08  Lc 16 1-8  Sexta Os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz 

EVANGELHO Lc 16, 1-8
«Os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz,
no trato com os seus semelhantes»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens. Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar’. O administrador disse consigo: ‘Que hei de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho forças, de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei de fazer, para que, ao ser despedido da administração, alguém me receba em sua casa’. Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’. Ele respondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe: ‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’. A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e escreve oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes».
Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Em Lucas 16, 1-8, Jesus conta a parábola do administrador infiel, que ao ser informado de que perderia o emprego, age astutamente para garantir seu futuro, reduzindo as dívidas de seus devedores. Jesus conclui a parábola dizendo que “os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz no trato com os seus semelhantes”, levando-nos a refletir sobre a inteligência e a diligência com que enfrentamos nossas responsabilidades.

Jesus não aprova o comportamento desonesto do administrador, mas destaca a habilidade dele em planejar o futuro com prudência e rapidez. Muitas vezes, os cristãos são chamados a viver com prudência e sabedoria no serviço ao próximo e na administração dos dons recebidos, mas esquecem-se de aplicar a mesma dedicação e criatividade para o bem do Reino de Deus. Assim como o administrador usou sua astúcia para assegurar sua situação, somos convidados a colocar nossa inteligência, talentos e recursos a serviço de algo maior e mais duradouro: o Reino dos Céus.

Esta passagem nos lembra que a fé não deve ser vivida de forma passiva, mas com responsabilidade, discernimento e compromisso. Ser “filhos da luz” implica uma ação concreta e estratégica para fazer o bem, construindo um mundo mais justo e solidário.

 

**Oração**  

Senhor Jesus, dá-nos sabedoria e discernimento para usarmos nossos dons em prol do Teu Reino. Que possamos ser prudentes e diligentes no serviço aos nossos irmãos. Amém.

PARTILHA 

  1. **Qual é o tema central da parábola do administrador desonesto?**
  2. **Por que Jesus elogia a esperteza do administrador, se ele agiu de forma desonesta?**
  3. **Quem são “os filhos deste mundo” e “os filhos da luz” mencionados por Jesus?**
  4. **O que esta parábola ensina sobre a administração dos dons e recursos que recebemos?**
  5. **Como os cristãos podem aplicar a mensagem desta parábola na vida cotidiana?**

11 06 Ev Lc 14, 25-33 Quarta S. Nuno de Santa Maria, religioso

EVANGELHO Lc 14, 25-33
«Quem não renunciar a todos os seus bens
não pode ser meu discípulo»

O amor de Cristo não é para o Cristão, um amor ao lado dos outros amores; é o coração de todos os seus amores. Por isso, todos os seus amores devem caber dentro do amor ao Senhor. Se não couberem, não são amor verdadeiro. Seguir a Cristo supõe a determinação de purificar todos os sentimentos do coração no amor a Jesus Cristo. Exigência forte, mas a única onde cabe o amor total!

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, seguia Jesus uma grande multidão. Jesus voltou-Se e disse-lhes: «Se alguém vem ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo. Quem de vós, desejando construir uma torre, não se senta primeiro a calcular a despesa, para ver se tem com que terminá-la? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, se mostre incapaz de a concluir e todos os que olharem comecem a fazer troça, dizendo: ‘Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de concluir’. E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro a considerar se é capaz de se opor, com dez mil soldados, àquele que vem contra ele com vinte mil? Aliás, enquanto o outro ainda está longe, manda-lhe uma delegação a pedir as condições de paz. Assim, quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo».

Palavra da salvação.

Hoje celebramos a memória de s. Nuno de Santa Maria ( redige cerca de 50 palavras sobre o homem o militar o soldado e o homem de Deus) Deus o centro da sua vida

Escutemos o valor de Cristo na nossa vida e na do S. Nuno de Santa Maria

Link

INTRODUÇÃO AO ESPIRITO DA CELEBRAÇÃO 

Santa Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja

Nota Histórica
Teresa de Jesus nasceu em Ávila, na Espanha, no ano 1515. Tendo entrado na Ordem das Carmelitas, fez grandes progressos no caminho da perfeição e teve revelações místicas. Ao empreender a reforma da sua Ordem teve de sofrer muitas tribulações, mas tudo suportou com coragem invencível. A doutrina profunda que escreveu nos seus livros é fruto das suas experiências místicas. Morreu em Alba de Tormes, perto de Salamanca, no ano 1582.

A  heroicidade da sua vida

As dificuldades enfrentadas por Santa Teresa de Ávila durante a reforma da Ordem do Carmo foram muitas e de diversas naturezas. Aqui estão as principais:

  1. Resistência interna dentro da Ordem: Muitos membros da própria Ordem do Carmo opuseram-se fortemente às reformas propostas por Santa Teresa. Ela queria retornar à austeridade original da Regra, com uma vida de mais oração, penitência, simplicidade e isolamento do mundo. No entanto, muitos religiosos estavam acomodados a uma vida mais confortável e se opuseram à ideia de renúncias tão rigorosas.
  2. Perseguições e críticas: Santa Teresa foi acusada de ser rebelde e de ultrapassar os limites da sua condição de mulher. Naquela época, havia uma forte resistência contra a participação ativa das mulheres em questões religiosas. Ela foi criticada por autoridades eclesiásticas e por membros da sociedade que viam suas reformas como ameaçadoras e desnecessárias.
  3. Conflitos com autoridades eclesiásticas: Em alguns momentos, a própria Igreja foi um obstáculo. Bispos e outros líderes eclesiásticos viam as reformas de Teresa como radicais ou impraticáveis. Houve casos em que suas fundações de conventos reformados foram questionadas, suspensas ou dificultadas por decisões de clérigos locais.
  4. Problemas financeiros: A fundação dos conventos reformados exigia recursos financeiros, e Teresa muitas vezes se viu sem os meios necessários para continuar suas obras. Ela confiava na providência divina, mas também precisou recorrer à ajuda de benfeitores e enfrentar dificuldades financeiras.
  5. Problemas de saúde: Teresa sofria de várias doenças ao longo de sua vida, o que tornava o seu trabalho ainda mais desafiador. Mesmo com essas limitações físicas, ela continuou sua missão incansavelmente, confiando em Deus para lhe dar forças.
  6. Incompreensão e isolamento: Teresa muitas vezes se sentiu isolada, mesmo entre aqueles que deveriam estar mais próximos dela. As suas visões místicas e experiências espirituais profundas eram frequentemente mal interpretadas, o que gerou desconfiança em torno dela.

Apesar de todas essas tribulações, Santa Teresa manteve uma coragem invencível, baseada em sua vida de oração e confiança em Deus. Ela acreditava firmemente que estava fazendo a vontade divina e que, independentemente das dificuldades, Deus guiaria seus passos.

 

Meditação dos textos do dia em relação com a memória de Santa Teresa de Jesus

4o

MEDITAÇÃO NOS TEXTOS DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA 

### **1ª Leitura: Gálatas 5, 1-6**
São Paulo fala sobre a liberdade que Cristo nos trouxe. Ele adverte que, se os gálatas insistirem em práticas exteriores como a circuncisão para alcançar a justificação, estarão se afastando da graça de Cristo. O apóstolo insiste que o que realmente conta é a fé que age através da caridade, e não a observância de preceitos exteriores da Lei. A verdadeira liberdade consiste em viver essa fé em Cristo, libertos de escravidões e amarras.

### **Salmo 118 (119)**
O salmo é um louvor à Lei do Senhor, expressando o desejo de viver conforme os Seus mandamentos. O salmista implora pela misericórdia de Deus e reafirma a sua fidelidade às Suas palavras. Ele celebra a liberdade que vem de seguir os preceitos divinos e a alegria que brota de meditar na Lei do Senhor.

### **Evangelho: Lucas 11, 37-41**
Neste trecho, Jesus é convidado por um fariseu para uma refeição, mas o fariseu espanta SE porque Jesus não segue os rituais de purificação antes de comer. Jesus responde criticando a hipocrisia de dar atenção apenas à aparência exterior (as práticas rituais) e negligenciar a pureza interior. Ele ensina que o mais importante é a pureza do coração e a prática da caridade. A verdadeira pureza diante de Deus vem de um coração generoso e não de rituais exteriores.

### **Relação com o exemplo e obra de Santa Teresa de Ávila**

Santa Teresa de Ávila, como São Paulo, foi uma defensora ardente da liberdade interior que vem da união com Deus através da oração e do desapego das coisas do mundo. A reforma que ela empreendeu no Carmelo foi, em essência, um chamado a abandonar os excessos e distrações exteriores para focar no essencial: a intimidade com Deus e a vida de oração. Teresa desafiou as convenções da sua época, que muitas vezes davam mais importância às aparências externas, à riqueza e ao status social, tanto dentro como fora dos conventos.

A leitura do Evangelho, em que Jesus critica a preocupação dos fariseus com rituais exteriores, reflete bem a missão de Teresa. Assim como Jesus valorizou a pureza do coração acima das práticas formais, Teresa insistiu que a verdadeira vida espiritual não está em cerimônias ou ostentações, mas na autenticidade da oração e no amor prático a Deus e ao próximo.

Teresa também experimentou a liberdade de viver na graça, como mencionado em Gálatas. Ela confiava na força da fé e na caridade como caminho de santificação, mais do que nas meras observâncias legais. Tal como Paulo ensinou que a fé atua pela caridade, Teresa viveu essa realidade ao dedicar-se totalmente à renovação da vida espiritual, levando seus irmãos e irmãs à busca de uma verdadeira conversão interior e entrega a Deus.

Resumidamente, as leituras de hoje, com sua ênfase na liberdade, na fé autêntica e na pureza de coração, refletem a vida e o legado de Santa Teresa de Ávila, que nos ensinou a buscar a Deus com sinceridade e coragem, rejeitando a superficialidade e abraçando o amor divino.

 

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, depois de Jesus ter falado, um fariseu convidou-O para comer em sua casa. Jesus entrou e tomou lugar à mesa. O fariseu admirou-se, ao ver que Ele não tinha feito as abluções antes de comer. Disse-lhe o Senhor: «Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade. Insensatos! Quem fez o interior não fez também o exterior? Dai antes de esmola o que está dentro, e tudo para vós ficará limpo».
Palavra da Salvação.

REFLEXÃO

Neste episódio, Jesus repreende os fariseus por sua hipocrisia, ao ser convidado para uma refeição na casa de um deles. Sem realizar as abluções rituais antes de comer, Jesus provoca a admiração e o escândalo do anfitrião. A sua resposta revela a essência da verdadeira pureza: “Vós, os fariseus, limpais por fora o copo e o prato, mas por dentro transbordais de roubos e maldade.”

Jesus desafia as tradições rabínicas que se concentram em práticas externas, como a lavagem das mãos, para expor a necessidade de uma conversão interior. Ele ensina que o que purifica o ser humano é o amor expressado pela esmola, não a água que se lança sobre as mãos. Para Jesus, o verdadeiro valor da religião está na pureza de coração e na prática do amor, não em rituais externos vazios de caridade.

Assim como os fariseus da época, também o cristão que se prende a esquemas legalistas corre o risco de perder a liberdade que Cristo trouxe aos filhos de Deus. A vida cristã deve ser vivida na liberdade do Espírito Santo, com uma resposta moral fundamentada no amor de Deus, e não em normas exteriores impessoais.

Neste dia, ao celebrar Santa Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja, recordamos o seu profundo amor a Deus e a sua ardente busca pela pureza de coração. Teresa viveu esta liberdade interior que Jesus propõe, sendo um exemplo de vida fundamentada no amor e na intimidade com o Senhor. Como ela, somos chamados a transformar nossas vidas em oração e caridade.

ORAÇÃO

Senhor Deus, nosso Pai,
Queremos viver na alegria da liberdade que Cristo conquistou para os filhos de Deus.
Ajuda-nos a lutar pela verdadeira liberdade cristã, vivendo segundo o Espírito e as Suas inspirações.
Que a nossa resposta moral seja sempre fundada no vosso amor, e não em regras impessoais, para que, como Santa Teresa, sejamos testemunhas da vossa presença em nossas vidas.
Amém.

Agenda litúrgica

2024-10-15

TERÇA-FEIRA da semana XXVIII

S. Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Gl 5, 1-6; Sl 118 (119), 41 e 43. 44-45. 47-48
Ev Lc 11, 37-41

* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja – FESTA e SOLENIDADE
* Na Diocese de Angra (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* Na Congregação das Filhas de São Camilo – I Vésp. de S. Josefina Vannini.

 

Missa

 

Antífona de entrada Sl 129, 3-4
Se tiverdes em conta as nossas faltas, Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão, Senhor Deus de Israel.

Oração coleta
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a vossa graça preceda e acompanhe sempre as nossas ações
e nos torne cada vez mais atentos
à prática das boas obras.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I (anos pares) Gal 5, 1-6
«A circuncisão não tem qualquer valor,
mas só a fé, que actua pela caridade»

Continuando os pontos de vista já ontem apresentados, São Paulo insiste em que o que torna, hoje, os cristãos justos aos olhos de Deus é a sua fé em Jesus Cristo, e não, como no seu tempo ainda alguns pensavam, a prática da antiga lei de Moisés. Esses tempos passaram; hoje Deus fala-nos por seu Filho. A circuncisão era, para os Judeus, o sinal de pertencer ao seu povo; mas, depois que veio Jesus Cristo, o sinal de pertença ao povo de Deus, que é a Igreja, é a fé, que se celebra no Batismo e nos outros sacramentos, e se manifesta na vida de caridade.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Irmãos: Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permanecei firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão. Sou eu, Paulo, que vos digo: Se vos fizerdes circuncidar, Cristo de nada vos servirá. De novo asseguro a todo o homem que se faz circuncidar: fica obrigado a cumprir toda a Lei de Moisés. Vós os que procurais a justificação por essa Lei, separastes-vos de Cristo e perdestes a graça de Deus. Nós, porém, é pelo Espírito Santo, em virtude da fé, que esperamos alcançar a justificação. Porque em Jesus Cristo, nem a circuncisão nem a incircuncisão tem qualquer valor, mas só a fé, que actua pela caridade.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 41 e 43.44-45.47-48 (R. 41a)
Refrão: Desça sobre mim, Senhor, a vossa bondade. Repete-se

Desça sobre mim a vossa bondade,
salvai-me segundo a vossa promessa.
Não me tireis da boca a palavra da verdade,
porque eu espero nos vossos juízos. Refrão

Quero cumprir fielmente a vossa lei,
agora e para sempre.
Andarei seguro no meu caminho,
porque busquei os vossos preceitos. Refrão

Ponho as minhas delícias nos vossos mandamentos,
porque muito os amo.
Estendo as mãos para os vossos mandamentos
e medito nos vossos decretos. Refrão

ALELUIA Hebr 4, 12
Refrão: Aleluia. Repete-se
A palavra de Deus é viva e eficaz,
conhece os pensamentos e intenções do coração. Refrão

EVANGELHO Lc 11, 37-41
«Dai esmola e tudo para vós ficará limpo»

Jesus chama a atenção do fariseu que O tinha convidado para almoçar e fizera reparo por Ele não lavar as mãos, dizendo-lhe que o que purifica é o amor, que se manifesta na esmola, e não a água, que só se lança sobre as mãos. É, no fundo, uma lição sobre o sentido espiritual da religião, sem com isso pretender negar as suas expressões externas e as regras gerais da higiene.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, depois de Jesus ter falado, um fariseu convidou-O para comer em sua casa. Jesus entrou e tomou lugar à mesa. O fariseu admirou-se, ao ver que Ele não tinha feito as abluções antes de comer. Disse-lhe o Senhor: «Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade. Insensatos! Quem fez o interior não fez também o exterior? Dai antes de esmola o que está dentro e tudo para vós ficará limpo».
Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Aceitai, Senhor,
as orações e as ofertas dos vossos fiéis
e fazei que esta celebração sagrada
nos encaminhe para a glória do céu.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Cf. Sl 33, 11
Os ricos empobrecem e passam fome;
mas nada falta aos que procuram o Senhor.

Ou: Cf. 1Jo 3, 2
Quando o Senhor Se manifestar,
seremos semelhantes a Ele,
porque O veremos na sua glória.

Oração depois da comunhão
Deus de infinita bondade,
que nos alimentais com o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
tornai-nos também participantes da sua natureza divina.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

 

Santo

Santa Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja