Verde – Ofício da féria. Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 2Cor 3, 15 – 4, 1. 3-6; Sl 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14 Ev Mt 5, 20-26
Aqui estão os versículos de **Mateus 5,20-26** (tradução CNBB), seguidos de um comentário aplicado à vida cristã (350 palavras), uma oração e uma sugestão de imagem:
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### **Mateus 5,20-26**
**20** “Porque eu vos digo: Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.
**21** Ouvistes o que foi dito aos antigos: *Não matarás*; quem matar será réu de juízo.
**22** Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se encoleriza contra seu irmão será réu de juízo; quem disser ao seu irmão: ‘Patife!’, será réu perante o Sinédrio; e quem lhe disser: ‘Louco!’, será réu do fogo do inferno.
**23** Portanto, se estiveres para apresentar tua oferta no altar e ali te lembrares de que teu irmão tem algo contra ti,
**24** deixa a tua oferta ali, diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; depois, vem apresentar a tua oferta.
**25** Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho do tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz ao guarda, e serás lançado na prisão.
**26** Em verdade te digo: dali não sairás, até que pagues o último centavo.”
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### **Comentário (350 palavras):**
Jesus radicaliza a Lei ao exigir uma **justiça do coração**, não apenas de aparências. Os fariseus cumpriam ritos externos, mas Cristo aponta para a raiz do mal: a **ira não curada**, o **desprezo no olhar** e a **palavra que fere** (v. 22). A reconciliação torna-se prioridade absoluta – até mesmo sobre o culto no templo (v. 23-24). Deus não aceita ofertas de quem alimenta divisões.
Para o cristão, isso implica:
**Autocrítica constante**: Identificar gestos de superioridade, julgamentos velados ou ressentimentos que nos afastam dos irmãos.
**Reconciliação urgente**: Não adiar o perdão. O “caminho para o tribunal” (v. 25) simboliza a vida terrena: tempo limitado para reparar laços.
**Justiça restaurativa**: Pagar “até o último centavo” (v. 26) significa reparar danos concretos, não apenas pedir desculpas.
Este texto desmonta espiritualidades alienadas: não adianta rezar longas horas se há pessoas magoadas por nossas ações. A verdadeira adoração acontece **no altar das relações humanas**. A “justiça maior” (v. 20) é a caridade que vence o ódio com gestos de humildade: buscar quem ofendemos, ouvir quem ignoramos, devolver dignidade a quem tratamos com desdém.
A Cruz ecoa aqui: Cristo, inocente, reconcilia a humanidade com Deus. Seguí-Lo é **ser pacificador mesmo quando a ofensa parte do outro**. A prisão (v. 25) não é apenas jurídica: é a cadeia da amargura que nos aprisiona quando nos recusamos a perdoar.
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### **Oração:**
*Senhor Jesus, Mestre da justiça verdadeira,
tira do meu coração toda semente de ira e soberba.
Ensina-me a ver nos meus irmãos tua face amada.
Se feri alguém com palavras ou silêncios,
dá-me a coragem de buscar reconciliação.
Que eu nunca coloque ritos acima da misericórdia,
nem permita que o sol se ponha sobre minha mágoa.
Faze-me instrumento da tua paz:
onde houver ressentimento, que eu leve o perdão;
onde houver ofensa, que eu leve a reparação.
Pois só assim minha vida será oferta agradável
no altar do teu Reino. Amém.*
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### **Sugestão de imagem:**
**”Duas mãos se encontrando sobre um arado quebrado”**.
– **Simbolismo**: O arado (ferramenta de trabalho) partido representa conflitos que paralisam a comunidade. As mãos que se unem para repará-lo ilustram a reconciliação como trabalho sagrado. Ao fundo, um altar com luz sugestiva, remetendo ao versículo 24.
– **Cores**: Tons terrosos (humildade) com raios de luz dourada (graça) iluminando as mãos.
– **Estilo**: Realismo simbólico, inspirado em arte sacra contemporânea.
> Esta composição integra Escritura, teologia prática e espiritualidade, convidando à conversão das relações humanas como caminho para o Reino.
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