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12 05 sexta  Mt 9, 27-31 Dois cegos acreditam em Jesus e são curados

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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e seguiram-n’O dois cegos, gritando: «Filho de David, tem piedade de nós». Ao chegar a casa, os cegos aproximaram-se d’Ele. Jesus perguntou-lhes: «Acreditais que posso fazer o que pedis?» Eles responderam: «Acreditamos, Senhor». Então Jesus tocou-lhes nos olhos e disse: «Seja feito segundo a vossa fé». E abriram-se os seus olhos. Jesus advertiu-os, dizendo: «Tende cuidado, para que ninguém o saiba». Mas eles, quando saíram, divulgaram a fama de Jesus por toda aquela terra.

Palavra da salvação..

REFLEXÃO.

  1. Lectio (Leitura e Escuta)

A Palavra de Jesus ressoa no coração da nossa espera do Advento. O Evangelho apresenta-nos dois cegos que O seguem, insistentemente: «Filho de David, tem piedade de nós.» Este clamor, vindo da escuridão, é o reconhecimento mais puro de que Jesus é o Messias esperado, a descendência real. Eles não O veem, mas sentem-n’O e clamam o Seu título. Este é o nosso ponto de partida no Advento: reconhecer que somos, em alguma medida, cegos, envolvidos nas trevas da rotina, da falta de perspetiva ou da incredulidade. O nosso Advento começa com a oração mais honesta: “Mestre, que eu veja!” A fé é a primeira visão..

  1. Meditatio (Meditação e o Nascimento do Senhor)

Jesus, que caminha em direção ao mistério da Sua Encarnação, não realiza a cura na rua, mas numa casa, o que simboliza o espaço do coração e da intimidade. Ele confronta a nossa liberdade antes de conceder o milagre: «Acreditais que posso fazer o que pedis?» A cura não é um ato de magia, mas um encontro que exige a nossa adesão total. Os cegos respondem com uma fé simples e radical: «Acreditamos, Senhor.» O Natal, o nascimento do Messias, é o momento em que a Luz de Deus irrompe no mundo. A nossa cegueira é a incapacidade de ver esta Luz na fragilidade de um presépio, na simplicidade do Menino. A verdadeira visão que o Advento prepara não é apenas a vista dos olhos, mas a visão do coração que discerne Deus no pequeno. A fé é a única condição para a chegada do Emanuel. Se acreditarmos que Ele pode curar a nossa cegueira existencial, Ele fá-lo-á. A escuridão da noite de Belém é iluminada pela luz que emana da fé – a casa do nosso coração deve estar acesa..

  1. Oratio (Oração e Diálogo)

«Então Jesus tocou-lhes nos olhos e disse: ‘Seja feito segundo a vossa fé’. E abriram-se os seus olhos.» A fé destes homens tornou-se visível. O Advento convida-nos a ir além da fé teórica, a procurar o toque concreto de Jesus na Eucaristia, na caridade e na Palavra. O toque de Jesus é o toque do Verbo, da Palavra que se faz carne e que ilumina a nossa escuridão. O nosso Natal será luminoso na medida da nossa fé ativa e empenhada. Pedimos a Deus que toque os nossos olhos, a nossa mente e o nosso coração para que vejamos o que Ele quer que vejamos: a necessidade do irmão, o silêncio da Sua presença e o caminho da Sua Vontade..

  1. Contemplatio/Actio (Contemplação e Ação)

A ordem final de Jesus – «Tende cuidado, para que ninguém o saiba» – é desobedecida pela alegria da cura. A fé autêntica transborda, é contagiosa e não pode ser contida. O Advento e o Natal são tempos de alegria contida na espera e de anúncio explosivo no cumprimento. O fruto da nossa oração é o impulso para anunciar o que vimos e experimentámos. A verdadeira luz do Advento acesa em nós não pode ser escondida. O milagre de ver leva-nos ao milagre de anunciar, transformando a nossa vida numa testemunha da Vinda do Senhor.—-

-Oração.

Senhor Jesus Cristo, Filho de David e Luz do Mundo,.

Neste tempo de Advento, em que nos preparamos para o Teu Natal, reconhecemos que muitas vezes andamos cegos pela rotina, pelo medo e pela superficialidade.

Cegueira que nos impede de ver a Tua Vinda nos sinais simples do amor e da justiça.

Clamamos a Ti: “Tem piedade de nós!”

Dá-nos a fé simples e total dos cegos do Evangelho, a fé que se entrega, para que, ao tocares os nossos olhos, a Tua luz dissipe toda a escuridão.

Que a nossa fé se torne a nossa visão, e que o nosso coração, agora iluminado, seja a casa humilde onde Tu possas nascer.

Que a alegria de Te acolhermos nos impulsione a ser, com a nossa vida, o Teu anúncio de salvação…

.12 05 sexta  Mt 9, 27-31 Dois cegos acreditam em Jesus e são curados

12 05 sexta  Mt 9, 27-31 Dois cegos acreditam em Jesus e são curados

 

12 04 quinta Mt 7, 21. 24-27  «Aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos Céus»…

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus. Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína»..

Palavra da salvação..

REFLEXÃO .

  1. Lectio (Leitura e Escuta)

A Palavra de Jesus ressoa em nós: «Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.» Neste tempo de Advento, que nos encaminha para a Natividade, esta passagem não é uma mera lição de ética, mas um profundo ensinamento sobre a nossa capacidade de acolher o Emanuel, o Deus connosco. O Evangelho de hoje convida-nos a inspecionar o nosso coração para saber que tipo de “hospedaria” estamos a preparar para o Menino Jesus..

  1. Meditatio (Meditação e o Nascimento do Senhor)

A “rocha” de que Jesus fala é, em última análise, Ele próprio, o Messias esperado. É na sua Palavra e na prática da Vontade do Pai que encontramos a estabilidade para a nossa vida. O nosso Advento e Natal não se limitam a enfeites exteriores; são, sobretudo, um exercício de arquitetura espiritual..

O homem prudente não é aquele que constrói a casa mais vistosa ou que mais vezes repete “Senhor, Senhor” em voz alta. O Evangelho alerta para a futilidade de uma religiosidade de fachada. A prudência está na discrição da obediência, na paciência de cavar fundo até assentar o alicerce na Rocha. O Natal convida-nos a ser prudentes, a reconhecer que a verdadeira morada do Senhor não é um palácio faustoso (a “casa na areia”), mas a casa humilde do coração que se esvazia de si para fazer a Vontade de Deus (a “casa na rocha”)..

As “chuvas, torrentes e ventos” não são apenas os desafios da vida, mas as crises que se abatem sobre a fé: a tentação do desânimo, a dúvida, a dureza do coração. Se a nossa “casa” (a nossa vida, a nossa família, o nosso projeto) não estiver alicerçada na prática da Palavra, na caridade concreta e na oração perseverante, ela ruirá. O presépio, com a sua fragilidade e simplicidade, torna-se a imagem suprema da casa construída sobre a Rocha da Humildade e da Obediência de Maria e José..

  1. Oratio e Contemplatio.

Ao olharmos para Belém, vemos que a Rocha não é apenas uma fundação, mas um refúgio. O Deus que vem é o nosso abrigo. A nossa preparação para o Natal deve ser a de um artesão que, em silêncio, trabalha para que a sua vida se torne um pequeno e seguro estábulo. O verdadeiro fruto é encontrar a alegria e a paz na coerência de vida: ouvir a Palavra e, simplesmente, pô-la em prática, fazendo a Vontade do Pai.-.


Oração..

Senhor Jesus Cristo, Rocha Eterna.
Teu Evangelho exige fé ativa.
Desperta-nos para praticar Tua Palavra, além do mero falar.
Dá-nos a humildade de edificar a vida sobre Tua presença firme, abandonando a superficialidade.
Que Teu nascimento encontre nossa alma simples e inabalável, preparada como a Rocha que Tu és.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Ámen.—–Sugestão de Imagem (Imagem)

 

Título: “O Presépio Ancorado na Rocha”

 

Descrição:

Uma imagem que não mostre o presépio sobre a palha ou areia, mas sim num nicho ou gruta escavada na pedra. O foco visual deve estar na rocha escura e firme que serve de base ao estábulo humilde.

  • Elementos: O Menino Jesus, Nossa Senhora e São José estão no centro, mas as suas figuras são emolduradas pela solidez da pedra em volta.

Significado: A rocha simboliza a fidelidade de Deus e a solidez da fé baseada na obediência (a casa que não cai). O Menino repousa na firmeza da Vontade do Pai, manifestada na humildade do presépio. A imagem sugere que a fragilidade do Natal (o bebé) assenta na maior das seguranças (a Rocha Eterna).