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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a podridão. Assim sois vós também: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e maldade. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas e ornamentais os túmulos dos justos; e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos pais, não teríamos sido cúmplices na morte dos profetas’. Assim dais testemunho contra vós mesmos, confessando que sois os filhos daqueles que mataram os profetas. Completai então a obra dos vossos pais»..
Palavra da salvação.
Lectio divina sobre o Evangelho (Mt 23, 27-32)
1. Lectio – O que diz a Palavra?
Jesus denuncia a hipocrisia dos escribas e fariseus: aparentam justiça por fora, mas o interior está corrompido. A imagem dos sepulcros caiados é forte: por fora beleza, por dentro morte. A palavra é um apelo à autenticidade, a não viver de fachada, mas com coerência entre interior e exterior.
2. Meditatio – O que me diz a mim?
Também nós, tantas vezes, corremos o risco de nos preocupar mais com as aparências do que com a verdade do coração. O Evangelho convida-me a purificar o interior, a não me contentar com gestos exteriores de fé, mas a deixar Cristo transformar a minha vida desde dentro.
3. Oratio – O que digo a Deus?
Aqui brota o pedido: “Senhor, lava o meu coração da hipocrisia, dá-me a graça de viver na verdade e na humildade. Não quero ser sepulcro caiado, mas templo vivo do teu Espírito.”
4. Contemplatio – O que o texto me faz saborear em silêncio?
No silêncio, sinto o apelo de Cristo à transparência: Ele vê o coração, não a aparência. A paz brota quando vivo na simplicidade e na sinceridade diante de Deus.
Relação com a vida de Santa Mónica
Santa Mónica é um exemplo de vida interior autêntica. Enquanto muitos viviam na superficialidade, ela permaneceu fiel na oração e nas lágrimas, suplicando a conversão do filho Agostinho. A sua santidade não estava na aparência, mas na profundidade da fé, na perseverança silenciosa, no coração ardente que confiava em Deus. Ao contrário dos “sepulcros caiados”, Mónica foi “coração vivo”, cheio de dor e esperança, que transmitiu verdade e autenticidade até ao fim.
Oração
Senhor Jesus,
Tu que conheces o segredo dos corações,
purifica em mim tudo o que é aparência vazia.
Dá-me a humildade de viver na verdade,
a força de testemunhar a fé com coerência,
e a perseverança de Santa Mónica,
que, com lágrimas e esperança, alcançou a conversão do seu filho.
Faz do meu coração templo vivo do teu Espírito.
Ámen.
Mensagem
“De nada vale parecer justo, se o coração está distante de Deus. A santidade nasce da autenticidade interior, como em Santa Mónica, que rezou com lágrimas e viveu de fé verdadeira.”