08 04 Mt 14, 13-21 Segunda  «Ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção .S. João Maria Vianney, presbítero, da III Ordem – MO

 

### **6. Imagem sugerida**

Uma representação de Jesus a erguer os olhos ao Céu, com os pães e os peixes nas mãos, rodeado pela multidão sentada na relva, simbolizando a abundância que nasce da partilha e da fé.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, quando Jesus ouviu dizer que João Batistatinha sido morto, retirou-Se num barco para um local deserto e afastado. Mas logo que as multidões o souberam, deixando as suas cidades, seguiram-n’O por terra. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de compaixão, curou os seus doentes. Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Este local é deserto e a hora avançada. Manda embora toda esta gente, para que vá às aldeias comprar alimento». Mas Jesus respondeu-lhes: «Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer». Disseram-Lhe eles: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes». Disse Jesus: «Trazei-mos cá». Ordenou então à multidão que se sentasse na relva. Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção. Depois partiu os pães e deu-os aos discípulos e os discípulos deram-nos à multidão. Todos comeram e ficaram saciados. E, dos pedaços que sobraram, encheram doze cestos. Ora, os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

Palavra da salvação.

**Lectio Divina sobre Mt 14,13-21 na Festa de S. João Maria Vianney**

  1. Leitura: “Ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção”

Neste trecho do Evangelho, Jesus, mesmo em luto pela morte de João Batista, não se fecha na dor. Ao ver a multidão, é movido pela compaixão e cura os doentes. Quando os discípulos sugerem despedir a multidão por falta de alimento, Jesus desafia-os: “Dai-lhes vós de comer”. Com apenas cinco pães e dois peixes, alimenta milhares, e ainda sobram doze cestos.### **

  1. Meditação: A compaixão que se transforma em acção

Jesus não ignora a necessidade física das pessoas. A sua compaixão é activa, concreta. Ele envolve os discípulos no milagre, ensinando-lhes que a generosidade começa com o pouco que se tem. Este gesto de partir o pão e partilhá-lo antecipa a Eucaristia, onde Cristo continua a alimentar-nos com o seu Corpo.

### **3. Contemplação: A mesa onde todos cabem**

Imaginemos aquela relva onde todos se sentam, doentes, pobres, crianças, mulheres e homens. Não há exclusões. Jesus parte o pão com um gesto que une o Céu e a terra. A bênção que Ele pronuncia transforma a escassez em abundância. É o milagre da partilha, da confiança, da entrega total.

### **4. Mensagem **

Neste dia em que celebramos S. João Maria Vianney, o Cura d’Ars, recordamos um homem que, com humildade e zelo pastoral, alimentou espiritualmente o seu povo. Tal como Jesus, ele viu a multidão e teve compaixão. Que este Evangelho nos inspire a sermos instrumentos de partilha e de esperança, mesmo quando os recursos parecem escassos. Deus multiplica o pouco quando é oferecido com amor.

### **5. Oração final**

Senhor Jesus,
Tu que viste a multidão e sentiste compaixão,
ensina-nos a ver com o coração e a agir com generosidade.
Que, à semelhança de S. João Maria Vianney,
sejamos pastores atentos às necessidades do Teu povo.
Multiplica em nós a fé, a esperança e o amor,
para que possamos ser pão repartido para os outros.

 

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