Monthly Archives: July 2025

07 23 Jo 15, 1-8 Quarta «Quem permanece em Mim e Eu nele dá fruto abundante»

.EVANGELHO Jo 15, 1-8

.Imagem sugerida: Uma videira robusta ao centro, com ramos carregados de uvas maduras, iluminados por uma luz dourada que desce do céu. Num dos ramos, discretamente, a figura de Santa Brígida em oração, com um livro aberto (a Palavra), unida à videira por um brilho espiritual que simboliza a seiva da graça. Ao fundo, vê-se o contorno de um mapa da Europa esbatido, como terra regada pela fé.

«Quem permanece em Mim e Eu nele dá fruto abundante»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto
e limpa todo aquele que dá fruto,
para que dê ainda mais fruto.
Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei…

Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós.
Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo,
se não permanecer na videira,
assim também vós, se não permanecerdes em Mim.
Eu sou a videira, vós sois os ramos.
Se alguém permanece em Mim e Eu nele,
esse dá muito fruto,
porque sem Mim nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em Mim,
será lançado fora, como o ramo, e secará.
Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem.
Se permanecerdes em Mim
e as minhas palavras permanecerem em vós,
pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido.
A glória de meu Pai é que deis muito fruto.
Então vos tornareis meus discípulos».

Palavra da salvação…

REFLEXÃO .

.1. Lectio – O que diz o texto?

Jesus apresenta-Se como a videira verdadeira. O Pai é o agricultor que cuida, poda, limpa. Os discípulos são os ramos. Só há vida e fruto quando há união íntima com Cristo. Fora d’Ele, tudo seca. Permanecer em Jesus é condição para dar fruto. É também a chave para o verdadeiro discipulado: estar unido, deixar-se limpar pela Palavra, confiar na acção do Pai..

2. Meditatio – O que me diz a mim?

Santa Brígida da Suécia viveu enraizada nesta videira divina. Mística, esposa, mãe e fundadora, entregou-se totalmente a Cristo. A sua vida foi fecunda, não por obras humanas, mas porque permaneceu n’Ele. Brígida escutava a Palavra, meditava, deixava-se transformar. Os frutos do seu amor a Cristo alargaram-se à família, à vida monástica e à renovação espiritual da Europa. Também nós, no meio de tantas secas espirituais do nosso continente, somos chamados a esta união vital com Jesus. Permanecer não é um ato passivo: é viver Nele, escutá-Lo, deixar que Ele habite em nós..

3. Oratio – O que digo a Deus?

Senhor Jesus, videira da vida, faz de mim um ramo vivo em Ti. Purifica-me com a Tua dá-me a graça de viver unido ao Teu coração.  ,
Como Santa Brígida, quero escutar, acolher e dar fruto que permaneça. Faz da minha vida um cântico de louvor ao Pai. Amém..

4. Contemplatio – O que me transforma?

Contemplo o ramo que, unido à videira, floresce e dá fruto. Em Jesus, tudo é possível. Fora d’Ele, tudo murcha. Deixo-me conduzir pela seiva da sua graça, aceitando as podas do Pai que me tornam mais livre, mais fecundo, mais fiel..

Mensagem .

Caros irmãos ..

na festa de Santa Brígida, a Europa é convidada a recordar as suas raízes cristãs. Como racmos na videira, somos chamados a permanecer em Cristo, a escutar a sua Palavra, a deixar-nos renovar por Ele. Santa Brígida mostrou que é possível dar frutos abundantes mesmo em tempos difíceis, se estivermos unidos a Jesus. Hoje, sê também tu um ramo vivo. A tua fé pode regenerar a Europa, a tua oração pode reacender a esperança, a tua vida pode ser testemunho de amor fecundo. Permanece n’Ele e Ele permanecerá em ti.

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07 22 .João 20, 1.11-18 «Mulher, porque choras? A quem procuras?» (Jo 20,13.15)

Uma representação suave de Maria Madalena no jardim, com o rosto ainda húmido de lágrimas, virada para Jesus que a chama. Em fundo, o sepulcro vazio. Um raio de luz ilumina discretamente a cena, sinal da presença nova do Ressuscitado, que transforma o luto em missão.

Evangelho: João 20, 1.11-18
Versículo-chave: «Mulher, porque choras? A quem procuras?» (Jo 20,13.15)


1. Lectio – O que diz o texto?

No amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena dirige-se ao sepulcro. Encontra a pedra removida e entra em profunda tristeza. O seu coração está mergulhado no luto. Dois anjos perguntam-lhe: «Mulher, porque choras?». Pouco depois, é o próprio Jesus quem repete a pergunta: «Mulher, porque choras? A quem procuras?». Mas é só quando Ele a chama pelo nome – «Maria!» – que ela O reconhece: «Rabuni!», Mestre. Jesus confia-lhe então a missão de anunciar aos discípulos que Ele está vivo. Maria Madalena torna-se a apóstola dos apóstolos.


2. Meditatio – O que me diz a mim?

Também nós choramos, muitas vezes sem percebermos que o Senhor ressuscitado está mesmo ao nosso lado. Maria Madalena representa todos os que procuram Jesus com sinceridade, mesmo na dor, mesmo sem o ver. A pergunta de Jesus ecoa hoje em nós: «A quem procuras?» Procuramos um Deus ausente ou temos coragem de reconhecer o Ressuscitado nas situações inesperadas? A fé começa quando nos deixamos tocar pelo seu olhar e pela sua voz, quando O escutamos a chamar-nos pelo nome, como fez com Maria.


3. Oratio – O que digo a Deus?

Senhor Jesus,
procuro-Te tantas vezes no vazio, sem ver que estás tão perto.
Chama-me pelo nome, como fizeste com Maria.
Faz-me reconhecer-Te, mesmo quando Te escondes por detrás das lágrimas.
Dá-me a alegria de proclamar: “Vi o Senhor!”.
Amém.


4. Contemplatio – O que me transforma?

Contemplo o jardim da ressurreição. Um lugar de lágrimas que se torna lugar de encontro. Um sepulcro vazio que se transforma em santuário de vida. Uma mulher que, amando até ao fim, se torna testemunha do início de tudo. Deixo-me transformar por esta presença que me conhece e me chama pelo nome.


5. Actio – O que me compromete?

Hoje, quero procurar Jesus com o coração sincero, como Maria. Quero estar atento às Suas discretas presenças: na Eucaristia, nos irmãos, nos pequenos sinais do quotidiano. E, quando O encontrar, não O reter para mim, mas anunciá-Lo com alegria.


Mensagem 

Caros irmãos e irmãs,
no coração de cada um há perguntas que choram em silêncio. A pergunta de Jesus – «A quem procuras?» – é um convite ao encontro pessoal com o Ressuscitado. Como Maria Madalena, não te deixes prender pela dor ou pela ausência. O Senhor chama-te pelo nome, conhece o teu coração e envia-te como testemunha viva do Seu amor. Não tenhas medo de anunciar: “Vi o Senhor!”. Hoje, sê tu também um sinal da ressurreição no mundo.


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07 24 Mt 13, 10-17 “A vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus”

.Uma mão a abrir lentamente uma concha, revelando uma pérola escondida no interior. Esta imagem simboliza a revelação dos mistérios do Reino — preciosos, ocultos à vista superficial, mas revelados àqueles que se aproximam com fé e humildade.

Evangelho de Quinta-feira – “A vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus”.

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EVANGELHO Mt 13, 10-17  «A vós é dado conhecer os mistérios do reino dos Céus,mas a eles não»…

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Porque lhes falas em parábolas?». Jesus respondeu: «Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos Céus, mas a eles não. Pois àquele que tem dar-se-á e terá em abundância; mas àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado. É por isso que lhes falo em parábolas, porque veem sem ver e ouvem sem ouvir nem entender. Neles se cumpre a profecia de Isaías que diz: ‘Ouvindo ouvireis, mas sem compreender; olhando olhareis, mas sem ver. Porque o coração deste povo tornou-se duro: endureceram os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para não acontecer que, vendo com os olhos e ouvindo com os ouvidos e compreendendo com o coração, se convertam e Eu os cure’. Quanto a vós, felizes os vossos olhos porque veem e os vossos ouvidos porque ouvem! Em verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».

Palavra da salvação.

1. Lectio – O que diz o texto?

Jesus explica aos discípulos por que fala ao povo em parábolas. Afirma que a eles, os discípulos, é concedido conhecer os mistérios do Reino, enquanto a outros não. As parábolas escondem o mistério aos que têm o coração endurecido, os ouvidos surdos e os olhos fechados. Cita o profeta Isaías: o povo ouve, mas não compreende; vê, mas não entende. Jesus conclui elogiando os discípulos: “Felizes os vossos olhos porque veem, e os vossos ouvidos porque ouvem”.


2. Meditatio – O que me diz a mim?

Este texto convida-me a examinar o meu próprio modo de escutar. Tenho ouvido o Evangelho como quem escuta com o coração? Ou simplesmente ouço palavras, mas não deixo que penetrem na vida? Jesus revela que há um dom especial para quem se aproxima d’Ele com humildade e desejo de compreender. O mistério do Reino não se impõe com evidência, mas propõe-se a quem se abre com fé. Ser discípulo é graça e responsabilidade: ver, ouvir, compreender… e deixar-se transformar.


3. Oratio – O que digo a Deus?

Senhor Jesus,
Obrigado por me chamares a conhecer os mistérios do Teu Reino.
Abre os meus ouvidos à Tua Palavra,
purifica os meus olhos para ver a Tua presença no mundo
e amolece o meu coração para que compreenda e me converta.
Dá-me um espírito humilde e atento,
que saiba acolher com gratidão
aquilo que muitos desejaram ver e ouvir,
mas não puderam.
Ámen.


4. Contemplatio – O que me transforma?

Hoje, contemplo Jesus que fala ao coração.
Vejo os discípulos à volta d’Ele, não como curiosos,
mas como aprendizes atentos, sedentos da verdade.
Desejo estar ali, como um deles,
a escutar as parábolas e a pedir:
“Senhor, explica-nos o sentido”.


5. Actio – O que me compromete?

Hoje quero escutar Jesus com mais atenção.
Ler a Palavra com reverência,
como quem escuta um segredo precioso.
E acolher a graça de ver e ouvir
com os olhos e os ouvidos da fé.


Mensagem 

Caros amigos 
O Evangelho de hoje é um convite a valorizar a graça de conhecer os mistérios do Reino. Muitos no passado desejaram ver o que vemos e ouvir o que ouvimos, mas não lhes foi dado. A nós foi-nos confiado esse dom: escutar a Palavra, compreendê-la no coração e deixar que ela nos transforme.

Não é por mérito nosso, mas por graça que nos foi revelado o coração do Evangelho. Não endureçamos o ouvido, nem fechemos os olhos. Sejamos discípulos atentos, humildes e disponíveis. A Palavra de Deus quer fazer morada em nós. Que cada leitura da Escritura seja um momento de encontro com o Senhor que fala em parábolas para nos conduzir ao mistério..

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07 21 Mt 12, 38-42 Segunda – Jesus condena a incredulidade dos seus conterrâneos 

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Sugestão de imagem 📷 Uma cruz simples iluminada pela luz do amanhecer, meio escondida numa paisagem natural (ex: entre árvores ou numa encosta), simbolizando o sinal silencioso e profundo de Cristo ressuscitado.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, alguns escribas e fariseus disseram a Jesus: «Mestre, queremos ver um sinal da tua parte». Mas Jesus respondeu-lhes: «Esta geração perversa e infiel pretende um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas. Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no seio da terra. No dia do Juízo, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão de condená-la, porque fizeram penitência quando Jonas pregou; e aqui está quem é maior do que Jonas. No dia do Juízo, a rainha do Sul erguer-se-á com esta geração e há de condená-la, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão».

Palavra da salvação..

1. Lectio – O que diz o texto?

Alguns escribas e fariseus pedem a Jesus um sinal. Mas Jesus recusa, afirmando que não será dado outro sinal além do do profeta Jonas. Jonas foi sinal para os ninivitas, assim como o Filho do Homem será sinal para esta geração. Jesus lembra que os ninivitas fizeram penitência e a rainha do Sul percorreu grande distância para ouvir a sabedoria de Salomão. Contudo, aqui está alguém maior que Jonas e Salomão.

2. Meditatio – O que me diz a mim?

Sou confrontado com uma pergunta: o que procuro quando me aproximo de Jesus? Sinais e garantias, ou uma verdadeira escuta da Sua Palavra? Os fariseus queriam algo espetacular; Jesus oferece-se como sinal escondido — na cruz e na ressurreição. O verdadeiro sinal é o próprio Jesus, que fala ao coração com verdade, não com espectáculo. A fé nasce da escuta, não da curiosidade.

3. Oratio – O que digo a Deus?

Senhor,
ensina-me a reconhecer-Te nos pequenos sinais da vida.
Livra-me da sede de milagres e faz crescer em mim
a confiança no Teu modo de agir,
tão discreto quanto poderoso.
Que eu saiba escutar-Te com coração sincero
e acolher-Te com a fé dos ninivitas
e a sabedoria da rainha do Sul.
Ámen.

4. Contemplatio – O que me transforma?

Permaneço diante de Jesus, sinal escondido e silencioso,
presente na Palavra, na Eucaristia, no próximo.
Contemplo-O como o verdadeiro sinal do Pai:
três dias no seio da terra,
ressuscitado por amor,
para me conduzir à conversão.

5. Actio – O que me compromete?

Hoje, quero confiar mais nos sinais discretos da presença de Deus:
um gesto de bondade, uma palavra de consolo,
um silêncio que escuta.
Não pedirei sinais extraordinários.
Pedirei olhos de fé.

Mensagem 

Caros amigos
O Evangelho de hoje interpela-nos: estamos atentos aos verdadeiros sinais de Deus ou deixamo-nos distrair por expectativas vazias? Jesus recorda-nos que o maior sinal já nos foi dado — Ele próprio, morto e ressuscitado.

A nossa missão cristã, feita de gestos simples e fiéis, é sinal vivo dessa presença. Como Jonas foi sinal para Nínive, também nós somos chamados a ser presença que convida à conversão e à esperança.

Que não falte em nós a fé que reconhece Jesus nos sinais escondidos da vida quotidiana, sobretudo nos mais pobres, frágeis e esquecidos.

Reflexão final

A fé não precisa de provas.
Precisa de escuta, humildade e coração aberto.
Jesus é o sinal: basta contemplá-Lo e seguir os seus passos.

07 20 Domingo São Lucas 10,38-42

.Marta ao fundo, entre panelas e pratos, a olhar inquieta. Um raio de luz incide sobre o rosto de Maria.

Evangelho segundo São Lucas 10,38-42

38 Jesus entrou numa aldeia, e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa.
39 Tinha esta uma irmã chamada Maria, que se sentou aos pés do Senhor e escutava a sua palavra.
40 Marta, porém, andava muito atarefada com os muitos serviços. Aproximou-se e disse:
“Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que me ajude.”
41 O Senhor respondeu-lhe:
“Marta, Marta, andas inquieta e agitada com muitas coisas,
42 quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.”

Lectio Divina – Lucas 10,38-42

Tema: “Uma só coisa é necessária”

Leitura (Lectio):
Neste breve e denso episódio, vemos Jesus a ser acolhido por Marta e Maria. Marta representa a preocupação activa e diligente; Maria, a escuta contemplativa e atenta. Jesus não critica o serviço de Marta, mas aponta o que é essencial: a escuta da Palavra. A casa torna-se espaço de hospitalidade e de revelação, mas também de escolha interior.

Meditação (Meditatio):
Quantas vezes somos Marta, preocupados com mil tarefas e compromissos, mesmo quando queremos agradar o Senhor. E quantas vezes esquecemos de ser Maria, que se senta, escuta, ama em silêncio. Jesus convida-nos hoje a abrandar, a silenciar o ruído da ansiedade, e a redescobrir o valor de estar com Ele. Não basta fazer coisas para Jesus; é preciso estar com Jesus. A escuta da Palavra transforma-nos e dá sentido ao nosso agir.

Oração (Oratio):
Senhor Jesus,
ensina-me a parar no meio da agitação,
a reconhecer a Tua presença,
a escolher a melhor parte —
a Tua Palavra, o Teu amor, a Tua paz.
Faz-me mais atento, mais disponível, mais Teu.
Ámen.

Contemplação (Contemplatio):
Fecha os olhos e imagina-te aos pés de Jesus. O murmúrio das tarefas silencia-se. Ele fala-te ao coração. Ele conhece o teu cansaço. Fica com Ele. Basta isso.

Acção (Actio):
Hoje, encontra um momento para te sentares com a Palavra de Deus. Mesmo que o dia esteja cheio, escolhe parar cinco minutos, como Maria, e escuta..


Texto-síntese com perguntas:

Jesus entra na nossa casa. Como O recebemos?
Estamos demasiado ocupados para O escutar?
Vivemos inquietos como Marta ou atentos como Maria?
Que lugar ocupa a Palavra de Deus no nosso quotidiano?


Palavra apelativa final:

ESCUTA.
Na escuta silenciosa da Palavra nasce o verdadeiro amor.

07 19 Mateus 12, 14-21 Sabado

.Jesus de perfil, em silêncio, com uma mão a erguer uma cana partida e a outra a proteger uma pequena chama quase a apagar-se. Ao fundo, multidões frágeis e curadas, num ambiente de serenidade e esperança.

📖 Evangelho – Mateus 12, 14-21

Naquele tempo, os fariseus reuniram-se para deliberar sobre a maneira de acabar com Jesus.
Mas Jesus, ao sabê-lo, retirou-Se dali. Muitos seguiram-n’O e Ele curou-os a todos,
advertindo-os para não O darem a conhecer.
Assim se cumpria o que fora anunciado pelo profeta Isaías:

«Eis o Meu servo, que Eu escolhi,
o Meu Amado, em quem pus a minha complacência.
Porei sobre Ele o meu espírito
e Ele anunciará a justiça aos pagãos.
Não disputará nem clamará,
ninguém ouvirá a sua voz nas praças.
Não quebrará a cana rachada
nem apagará a torcida que ainda fumega,
até fazer triunfar a justiça.
No seu nome esperarão os povos»…

Lectio Divina – Mateus 12, 14-21

Lectio (Leitura):
O evangelho apresenta-nos Jesus como o Servo humilde e misericordioso, anunciado por Isaías. Perante a ameaça dos fariseus, Jesus retira-Se. Não por medo, mas porque não é ainda a hora. Mesmo na retaguarda, continua a fazer o bem: cura todos os que O procuram e pede silêncio. A Sua missão não se faz com gritos nem com propaganda, mas com mansidão e coerência.

Meditatio (Meditação):
“Não quebrará a cana rachada.” Quantas vezes somos essa cana frágil, rachada pelo cansaço, pela dúvida ou pela dor! Jesus aproxima-Se de nós sem ruído, com ternura. Ele respeita o nosso ritmo, reacende o pavio quase apagado da fé e oferece-nos um novo sopro de vida. Neste mundo onde se grita tanto e se julga com dureza, Jesus é o contrário: é o silêncio que cura, o gesto que reconstrói, o servo que carrega sem condenar.

Oratio (Oração):
Senhor Jesus,
servo humilde do Pai,
cura em mim o que está rachado,
reacende o que em mim ainda fumega.
Dá-me o dom da tua mansidão
para que eu saiba servir e amar sem alarde,
confiando que no teu nome todos os povos encontrarão esperança.
Ámen.

Contemplatio (Contemplação):
Deixa que esta imagem de Jesus silencioso e curador fique em ti. Imagina-O a caminhar entre os fracos, os esquecidos, os partidos. Imagina-O a tocar-te com amor. Que parte de ti precisa desse toque?


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Texto-síntese com perguntas

Jesus, servo do Pai, cura-nos no silêncio, fortalece os frágeis e reacende a esperança.

  • Que parte de mim está rachada ou prestes a apagar-se?
  • Tenho vivido com mansidão ou com agitação e barulho?
  • Reconheço o poder do silêncio de Jesus que transforma?

Palavra apelativa final:

“Deixa Jesus tocar-te com a força do seu silêncio.”

07 18 Mateus 12, 1-8 Sexta-feira da semana XV

Imagem sugerida:Jesus no campo com os discípulos, em movimento, com espigas nas mãos, e fariseus ao fundo com ar reprovador. A luz sobre Jesus destaca a serenidade face ao conflito.

📖 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S.  – Mateus 12, 1-8

Naquele tempo, Jesus passou pelas searas num dia de sábado. Os discípulos, com fome, começaram a arrancar espigas e a comer.
Vendo isto, os fariseus disseram-Lhe:
«Repara! Os teus discípulos estão a fazer o que não é permitido ao sábado!»
Jesus respondeu-lhes:
«Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros tiveram fome?
Entrou na casa de Deus e comeram os pães da proposição, que não lhes era permitido comer, mas apenas aos sacerdotes.
Ou não lestes na Lei que, ao sábado, os sacerdotes violam o repouso do sábado no templo e ficam sem culpa?
Ora Eu digo-vos:
Aqui está quem é maior do que o templo.
Se compreendêsseis o que significa: “Prefiro a misericórdia ao sacrifício”, não condenaríeis os inocentes.
Porque o Filho do Homem é Senhor do sábado»..


📖 Lectio Divina – Mateus 12, 1-8

«Prefiro a misericórdia ao sacrifício»

1. Lectio – Leitura da Palavra

Jesus e os seus discípulos atravessam campos de trigo. Têm fome. É sábado. Os discípulos colhem espigas e comem. Os fariseus indignam-se: a Lei está a ser violada!
Jesus responde com sabedoria: lembra o exemplo de David, lembra a prática dos sacerdotes ao sábado. E revela: “Aqui está quem é maior do que o templo”. Mais do que a letra da lei, conta o espírito de misericórdia.

2. Meditatio – Meditação pessoal

Quantas vezes vivemos agarrados às regras, esquecendo o coração? A fome dos discípulos não é um capricho, é uma necessidade. Jesus defende-os com autoridade: o bem da pessoa está acima do formalismo religioso.
A verdadeira religião não é uma lista de obrigações, mas um caminho de compaixão. A misericórdia é o centro do Evangelho. Quando a Lei se torna pretexto para condenar, afasta-se de Deus.
Jesus é o Senhor do sábado. Ele é o verdadeiro descanso, o alimento e a liberdade interior. Em vez de julgar, somos chamados a acolher.

3. Oratio – Oração breve

Senhor Jesus,
livra-me do orgulho de quem julga.
Dá-me um coração misericordioso como o Teu.
Ensina-me a escutar a dor dos outros
e a fazer da Tua Palavra um refúgio de paz.
Tu és o meu sábado, o meu descanso, a minha liberdade.
Ámen.

4. Contemplatio – Permanecer na Palavra

Repete:
«Prefiro a misericórdia ao sacrifício»
Deixa que estas palavras se inscrevam no teu coração..


✍️ Texto-síntese com perguntas

Este Evangelho interpela o nosso modo de viver a fé:
É mais importante obedecer a Deus do que agradar aos homens. A compaixão supera o legalismo.

Perguntas:

  • Tenho usado a fé para julgar ou para compreender?
  • Respeito mais a norma do que a pessoa?
  • Que “espigas” estou hoje chamado a colher com liberdade interior?.

🕯 Palavra apelativa final:

Deixa que a misericórdia seja a tua lei, e o amor o teu sábado.


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18 Julho (Sex.) Mateus 12, 1-8 A misericórdia acima da lei: o Senhor do sábado

07 17 Mateus 11, 28-30 «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.

Cristo com os braços abertos numa paisagem de montes suaves, acolhendo pessoas cansadas e sobrecarregadas, que se aproximam com confiança. Ao fundo, uma luz cálida indica descanso e paz.

📖 Evangelho – Mateus 11, 28-30

Naquele tempo, Jesus tomou a palavra e disse:

«Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.

Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim,
porque sou manso e humilde de coração,
e encontrareis descanso para as vossas almas….

Porque o Meu jugo é suave e a Minha carga é leve».**..


📖 Lectio Divina – Mateus 11, 28-30

«Vinde a Mim, e Eu vos aliviarei»

1. Lectio – Leitura da Palavra

Jesus fala com ternura a todos os que estão cansados, sobrecarregados, aflitos. Ele convida: «Vinde a Mim». Não impõe, não exige, apenas chama com mansidão. O jugo que propõe não é opressão, mas partilha e alívio. Ele não quer escravizar, mas libertar. O Seu coração é manso e humilde, e nele há descanso verdadeiro.

2. Meditatio – Meditação pessoal

Vivemos tempos de fadiga: peso de decisões, dores interiores, exigências da vida. Este convite de Jesus é bálsamo: “Vinde a Mim”. Ele não promete uma vida sem dificuldades, mas uma vida partilhada com Ele. O “jugo” de Jesus é a união a Ele. Quando O seguimos, o peso da vida transforma-se em caminho de sentido.
Jesus ensina a mansidão, a humildade, o abandono confiado. O mundo valoriza o forte e o autónomo; Jesus acolhe o frágil que se entrega com fé.

3. Oratio – Oração simples.

Senhor Jesus,
tu conheces o meu cansaço e a minha alma oprimida.
Recebe-me nos teus braços de misericórdia.
Dá-me o teu jugo, ensina-me a mansidão e humildade.
Contigo, quero caminhar com leveza e confiança.
Ámen.

4. Contemplatio – Permanecer na Palavra

Repete interiormente:
«Vinde a Mim… e encontrareis descanso»
Faz silêncio. Deixa-te repousar neste convite….

Perguntas:

  • Tenho levado os meus fardos a Jesus ou carrego tudo sozinho?
  • Confio na ternura do seu coração ou temo a sua exigência?
  • Preciso aprender a ser manso e humilde como Ele?

🕯 Palavra apelativa final:

Descansa no coração de Cristo — Ele carrega contigo o peso da vida.

07 16 “Revelaste estas verdades aos pequeninos”

Imagem sugerida Maria, envolta em manto carmelita, no cimo de um monte, com os braços abertos ao céu e o Menino nos braços, irradiando luz sobre monges e pessoas humildes a rezar aos seus pés.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus.

Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar».
Palavra da salvação.

REFLEXÃO….

«Revelaste estas verdades aos pequeninos»

1. Lectio – Leitura atenta da Palavra

Jesus louva o Pai por ter escondido as verdades aos “sábios” e revelado aos “pequeninos”. Estas palavras não condenam o saber, mas mostram que o verdadeiro entendimento das coisas de Deus não se alcança pela inteligência humana, mas por um coração humilde e disponível.

2. Meditatio – Meditação no coração

A sabedoria de Deus manifesta-se aos simples, aos que se abrem como crianças. A Virgem Santa Maria, humilde serva, é o modelo perfeito dessa pequenez: não era douta nem poderosa, mas a sua alma engrandeceu o Senhor.
Celebrando hoje Nossa Senhora do Carmo, lembramos a sua presença silenciosa e fiel, Mãe dos que procuram a santidade no coração do mundo. Os carmelitas vivem dessa escola da escuta e do abandono confiado, no espírito dos pequeninos.
Jesus revela-se a quem, como Maria, diz: “Eis a serva do Senhor”. O Carmelo aponta para essa interioridade profunda, onde Deus fala ao coração.

3. Oratio – Oração pessoal

Virgem do Carmo,
ensina-me a ser pequeno,
a escutar como tu escutaste,
a acolher Jesus com simplicidade.
Livra-me da arrogância
e torna o meu coração pobre e confiante,
para que o Pai me revele o Filho
e o Filho me leve ao Pai.
Ámen.

4. Contemplatio – Permanecer na Palavra

Repete interiormente:
“Revelaste estas verdades aos pequeninos”
e deixa ecoar em ti o convite à humildade e à confiança.

✍️ Texto-síntese com perguntas de discernimento

A revelação de Deus não se impõe aos grandes do mundo, mas oferece-se aos humildes. Maria, modelo de escuta e simplicidade, é caminho seguro para acolher o mistério do Reino.

Perguntas:

  • Procuro Deus com humildade ou com vaidade espiritual?.
  • Tenho sede de aprender d’Ele como um pequenino?
  • Em que momentos me deixo ensinar por Maria?.

🕯 Palavra apelativa final:

Sê pequeno diante de Deus… e Ele tornar-te-á grande na fé.


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07 15 Ev Mt 11, 20-24Terça «O dia do Juízo será mais tolerável para Tiro e Sidónia do que para vós»

....Uma cidade em sombras ao fundo, e no céu um feixe de luz que toca o telhado de uma igreja, simbolizando a graça ignorada mas presente.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Mateus.

Naquele tempo, começou Jesus a censurar duramente as cidades em que se tinha realizado a maior parte dos seus milagres, por não se terem arrependido: «Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado os milagres que em vós se realizaram, há muito teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza. Mas Eu vos digo que no dia do Juízo haverá mais tolerância para Tiro e Sidónia do que para vós. E tu, Cafarnaum, serás exaltada até ao céu? Até ao inferno é que descerás. Porque se em Sodoma se tivessem realizado os milagres que em ti se realizaram, ela teria permanecido até hoje. Mas Eu vos digo que no dia do Juízo haverá mais tolerância para a terra de Sodoma do que para ti».

Palavra da salvação..

REFLEXÃO ..

📖 Lectio Divina – Mt 11, 20-24

“O dia do Juízo será mais tolerável para Tiro e Sidónia do que para vós”

1. Lectio – Escuta atenta da Palavra

Jesus censura Corazim, Betsaida e Cafarnaum por não se terem arrependido, apesar dos muitos sinais e milagres realizados nelas. A dureza das palavras de Cristo é um grito de dor: a indiferença diante da graça é mais grave do que a ignorância.

2. Meditatio – Meditação no coração

Quantas vezes o Senhor nos visita, fala-nos, toca-nos… e nós ficamos imóveis, insensíveis? O Evangelho de hoje é uma chamamento à conversão profunda, à renovação sincera. Não basta presenciar milagres ou escutar palavras bonitas. É preciso responder com o coração.
São Bartolomeu dos Mártires, grande reformador da Igreja portuguesa no século XVI, viveu esta urgência da conversão. No Concílio de Trento e como arcebispo de Braga, não hesitou em chamar todos, com firmeza e amor, à fidelidade a Cristo. Foi um sinal claro num tempo de tibieza.

3. Oratio – Oração pessoal

Senhor Jesus,
desperta-me da minha indiferença.
Dá-me um coração dócil e arrependido,
capaz de reconhecer os teus sinais.
Que eu não endureça diante da Tua graça.
Faz-me profeta de conversão,
como São Bartolomeu dos Mártires,
testemunha da tua verdade.
Ámen.

4. Contemplatio – Permanecer na Palavra

Permanece na Palavra:
“Se em ti se tivessem realizado aqueles milagres…”
Saboreia esta pergunta: E se fosse eu a cidade advertida?.

✍️ Texto-síntese com perguntas para discernimento:

Jesus caminha connosco, faz milagres no silêncio da nossa vida… mas será que vemos? Este Evangelho é um apelo urgente ao arrependimento. A presença de Cristo entre nós é sempre um tempo de decisão.

Perguntas para discernimento:

  • Estou a reconhecer os sinais de Deus no meu dia-a-dia?
  • Há alguma área da minha vida onde estou a resistir à conversão?
  • Como posso, hoje, responder com generosidade à graça de Deus?
  • Tenho coragem de advertir, com caridade, os irmãos que se afastam?

🕯 Palavra final apelativa:

Desperta!
A graça de Deus não espera eternamente. Cada dia é oportunidade de recomeço.

 

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07 14 Mt 10, 34 __ 11, 1 Segunda «Não vim trazer a paz, mas a espada».

Sugestão de i Imagem sugerida: Uma espada luminosa cravada no coração da terra, com raízes que dela nascem em direcção ao magem Uma antiga biblioteca monástica com uma janela aberta por onde entra a luz suave do amanhecer. Sobre a mesa, uma cruz, um livro aberto com as iniciais “S.B.”, uma pena de escrita e um punhado de cinzas em pequeno recipiente de barro. A luz toca o livro e as cinzas — símbolo da união entre a sabedoria de Boaventura e o apelo de Jesus à conversão. .

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Não penseis que Eu vim trazer a paz à terra. Não vim trazer a paz, mas a espada. De facto, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora da sua sogra, de maneira que os inimigos do homem são os de sua casa. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim. Quem encontrar a sua vida há de perdê-la; e quem perder a sua vida por minha causa, há de encontrá-la. Quem vos recebe, a Mim recebe; e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou. Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá a recompensa de profeta; e quem recebe um justo por ele ser justo, receberá a recompensa de justo. E se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fresca, a um destes pequeninos, por ele ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa». Depois de ter dado estas instruções aos seus doze discípulos, Jesus partiu dali, para ir ensinar e pregar nas cidades daquela gente..

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

Lectio Divina – Mt 10, 34 – 11, 1
«Não vim trazer a paz, mas a espada»

  1. Lectio – Escuta da Palavra

    Jesus dirige-se aos seus discípulos com palavras fortes: não veio trazer paz, mas espada. Não se trata de incitar à violência, mas de alertar para a divisão que a fidelidade a Ele provoca, até nos laços mais íntimos. A escolha por Cristo não é neutra, mas exigente. O amor por Ele deve estar acima de tudo, até dos afectos familiares. E seguir Jesus implica carregar a cruz — aceitar a entrega, a renúncia, a entrega total.
  2. Meditatio – Meditação no coração

    Estas palavras inquietam. Jesus desinstala-nos. A espada que Ele traz é a da verdade, que corta tudo o que é ilusão, apego desordenado, tibieza espiritual. Sou capaz de O colocar em primeiro lugar? Aceito que a fidelidade a Cristo possa gerar incompreensão, até entre os meus? Ele convida-me a perder a vida por Ele — isso não é morrer, mas viver de outro modo, com liberdade interior e confiança em Deus.

      Cada gesto de amor conta. Um simples copo de água fresca dado por causa de Cristo           tem valor eterno. Que beleza há nesta lógica divina, onde os pequenos gestos são                 sinais do Reino.

  1. Oratio – Resposta em oração

    Senhor Jesus,
    dá-me um coração inteiro para Te seguir.
    Que eu não tema as divisões que a Tua verdade pode provocar.
    Ajuda-me a amar-Te acima de tudo,
    a carregar a minha cruz com fé
    e a encontrar a vida verdadeira
    na entrega generosa por Ti. Ámen..
  2. Contemplatio – Permanecer em Deus

    Permanece na Palavra: “Quem perder a sua vida por minha causa, há de encontrá-la”.
    Saboreia o paradoxo do Evangelho.
    Contempla a beleza de uma vida vivida por amor de Cristo..

✍️ Síntese com perguntas para discernimento.

  • A quem pertenço verdadeiramente: a Cristo ou às minhas seguranças?
  • A minha fé provoca rupturas ou acomodações?
  • Que cruz recuso tomar e porquê?
  • Onde posso hoje oferecer “um copo de água fresca” em nome de Jesus?

🕯 Palavra final apelativa:

Escolha.

A vida cristã não é neutra. É tempo de escolher, com verdade e coragem..

07 12 Sábado da semana XIV

Liturgia diária

 

Agenda litúrgica

2025-07-12

Sábado da semana XIV

Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Gn 49, 29-33 – 50, 15-26a; Sl 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7
Ev Mt 10, 24-33

Sugestão de imagem Uma pequena ave pousada numa mão aberta, com o céu azul ao fundo — símbolo da confiança serena em Deus que cuida até dos mais pequeno

EVANGELHO Mt 10, 24-33
«Não temais os que matam o corpo»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «O discípulo não é superior ao mestre, nem o servo é superior ao seu senhor. Ao discípulo basta ser como o seu mestre e ao servo ser como o seu senhor. Se ao chefe da família chamaram Belzebu, quanto mais aos da sua casa? Não tenhais medo dos homens, pois nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nada há oculto que não venha a conhecer-se. O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia; e o que escutais ao ouvido proclamai-o sobre os telhados. Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei antes Aquele que pode lançar na geena a alma e o corpo. Não se vendem dois passarinhos por uma moeda? E nem um deles cairá por terra sem consentimento do vosso Pai. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais: valeis muito mais do que todos os passarinhos. A todo aquele que se tiver declarado por Mim diante dos homens também Eu Me declararei por ele diante do meu Pai que está nos Céus. Mas àquele que Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante do meu Pai que está nos Céus».
Palavra da salvação.

O teu texto está muito bem estruturado, claro e profundamente espiritual. Aqui vai uma ligeira revisão, apenas com pequenos ajustes de estilo e fluidez, mantendo integralmente o conteúdo e o espírito original:


Comentário ao Evangelho – Mt 10, 24-33 (350 palavras)

Neste Evangelho, Jesus prepara os seus discípulos para as dificuldades da missão. Fala-lhes com verdade e coragem: se Ele, o Mestre, foi perseguido e insultado, também os seus discípulos o serão. Mas repete por três vezes uma exortação central: «Não temais». É um apelo insistente à confiança, mesmo no meio da oposição e da perseguição.

Jesus não esconde a dureza do caminho, mas oferece uma perspetiva mais profunda: a verdadeira ameaça não é a morte do corpo, mas a perda da alma. O medo dos homens deve ser relativizado diante da confiança total em Deus. Ele conhece cada pormenor da nossa existência — até os cabelos da nossa cabeça estão contados. Esta imagem, ternamente concreta, revela a delicadeza com que Deus nos ama e vela por nós.

Os passarinhos, aparentemente tão insignificantes, não caem por terra sem que o Pai o permita. Quanto mais nós, seus filhos! Isto dá-nos coragem para proclamar a verdade, mesmo quando somos rejeitados ou incompreendidos. Jesus desafia-nos a viver com coerência e fidelidade, sem receio de testemunhar publicamente a nossa fé.

Num tempo em que se procura agradar aos homens, Jesus convida a uma fidelidade radical ao Evangelho. O verdadeiro discípulo não se esconde, nem se cala. O que é escutado ao ouvido, deve ser proclamado do alto dos telhados. A fé não é privada nem silenciosa, mas pública e transformadora.

Hoje somos desafiados a viver sem medo, com plena confiança no amor do Pai. E a recordar: cada ato de fidelidade aqui terá eco na eternidade. Quem se declarar por Cristo, será por Ele reconhecido diante do Pai. Esta é a promessa que sustenta os mártires, os justos e todos os que anunciam a verdade com o coração livre.


Oração breve
Senhor Jesus, fortalece o meu coração nas provações. Ensina-me a viver sem medo, fiel à Tua Palavra, confiante no amor do Pai que tudo vê e cuida. Que a minha vida Te proclame em cada gesto e palavra. Ámen.


 

E

07 11 Sexta-feira da semana XIV

Mt 19, 27-29
«É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha
do que um rico entrar no reino de Deus»

Sugestão de imagem: Uma ponte estreita entre dois penhascos: de um lado, uma casa confortável e apegos terrenos; do outro, um campo luminoso com doze tronos e uma figura de Cristo glorioso. No meio da ponte, uma pessoa caminha com passos decididos, de olhos fixos em Cristo.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
disse Pedro a Jesus:
«Nós deixámos tudo para Te seguir.
Que recompensa teremos?».
Jesus respondeu:
«Em verdade vos digo:
No mundo renovado,
quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória,
também vós que Me seguistes
vos sentareis em doze tronos
para julgar as doze tribos de Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas,
irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras,
por causa do meu nome,
receberá cem vezes mais
e terá como herança a vida eterna».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

O Evangelho de hoje nasce do impulso espontâneo de Pedro, que, depois de escutar Jesus falar das dificuldades de um rico entrar no Reino dos Céus, pergunta: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?» Esta pergunta é legítima e profundamente humana. Pedro, como nós, precisa de perceber o sentido do sacrifício, do deixar tudo. A resposta de Jesus é generosa e consoladora: promete não só a comunhão com Ele no Reino, mas também uma multiplicação dos bens deixados — cem vezes mais — e, sobretudo, a vida eterna.

Aqui, Jesus não valoriza apenas o deixar por deixar. Ele destaca a razão do abandono: “por causa do meu nome”. É essa entrega por amor e fidelidade ao Senhor que transforma uma renúncia numa semente fecunda de eternidade. A lógica evangélica subverte os critérios do mundo. Aquilo que parece perda é, aos olhos de Deus, um ganho incomensurável.

É importante notar que Jesus não nega a dificuldade da renúncia. Pelo contrário, reconhece o peso de deixar família, casa, terras. Mas, ao mesmo tempo, garante que ninguém perde verdadeiramente o que entrega por amor d’Ele. Tudo será restituído com abundância, ainda que de forma diferente — uma nova família, uma nova terra, um novo modo de viver, com o sabor da eternidade.

No fundo, este Evangelho convida-nos a examinar a nossa entrega. O que deixamos por Cristo? Que lugar ocupa o Seu nome nas nossas escolhas e prioridades? A promessa do Reino não é uma recompensa materialista, mas a plenitude de uma vida vivida com sentido, em comunhão com o Senhor. Pedro abriu caminho. Cabe-nos seguir com confiança.


Oração:

Senhor Jesus, ensina-me a deixar tudo por amor do teu nome.
Dá-me um coração desapegado, livre e confiante nas tuas promessas.
Que nunca tenha medo de perder, pois contigo tudo se ganha. Ámen.


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S. Bento, Abade, Padroeiro da Europa – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Santos.

L 1 Pr 2, 1-9; Sl 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9. 10-11
Ev Mt 19, 27-29

07 10 Quinta-feira da semana XIV

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-07-10

Quinta-feira da semana XIV

L 1 Gn 44, 18-21. 23b-29 – 45, 1-5; Sl 104 (105), 16-17. 18-19. 20-21
Ev Mt 10, 7-15

Dois pés descalços sobre terra batida, com uma luz suave a iluminar o caminho — sinal de pobreza evangélica, confiança e missão itinerante.

EVANGELHO Mt 10, 7-15
«Recebestes de graça; dai de graça»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça. Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Jesus envia os seus Apóstolos numa missão urgente e libertadora: anunciar a proximidade do Reino dos Céus e confirmar essa mensagem com gestos concretos de cura e libertação. Esta missão não é reservada ao passado. É um apelo sempre atual para todo o cristão empenhado: proclamar com a vida que Deus está próximo, que o Seu Reino está ao nosso alcance, e que o amor é a linguagem que transforma.

A frase-chave — «Recebestes de graça; dai de graça» — é um grito contra o egoísmo e contra a tentação de comercializar o que é dom. O Evangelho não é um produto, é uma dádiva. A missão cristã não nasce da obrigação, mas da gratidão. Tudo o que temos, da fé à esperança, da saúde espiritual à salvação, recebemo-lo gratuitamente. Por isso, somos chamados a oferecer sem esperar trocas, aplausos ou vantagens.

Jesus também desafia os seus enviados a viver com leveza, desprendimento e confiança. Nada de acumular bens ou garantias. O missionário vive da fé e do essencial. A sua força não está nos meios, mas na Palavra e no poder de Deus.

Por fim, Jesus reconhece que haverá rejeição. Nem todos acolherão a mensagem. Mas o discípulo não deve desanimar: se não for recebido, deve seguir em frente com serenidade, sem ressentimentos. A fidelidade à missão vale mais do que o sucesso imediato.

Este Evangelho recorda-nos que o cristianismo verdadeiro é sempre dom partilhado, serviço gratuito e caminhada confiante. Só assim a nossa presença no mundo se tornará sinal credível do Reino que se aproxima.


Oração

Senhor, que me chamaste a anunciar o Teu Reino, faz de mim um mensageiro humilde e fiel. Que eu saiba dar com alegria o que recebi de graça. Liberta-me do apego às seguranças humanas e torna-me disponível para seguir o Teu caminho, com coragem e gratuidade. Ámen.


 

07 09 Quarta-feira da semana XIV

Liturgia diária.

Agenda litúrgica

2025-07-09.

Quarta-feira da semana XIV.

Sugestão de imagem Jesus a enviar os Doze, com cada um a partir em direcção diferente, olhando compassivamente para um rebanho disperso ao longe.

EVANGELHO Mt 10, 1-7
«Ide às ovelhas perdidas da casa de Israel»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus chamou a Si os seus Doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades. São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou. Jesus enviou estes Doze, dando-lhes as seguintes instruções: «Não sigais o caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO.

Jesus, ao chamar os Doze, não escolhe os mais sábios nem os mais influentes, mas homens simples, com falhas e fragilidades. Esta escolha revela o coração da missão cristã: Deus não chama os perfeitos, mas transforma os que chama. Ao conferir-lhes autoridade para expulsar espíritos impuros e curar enfermidades, Cristo confia-lhes a sua própria missão de libertar e restaurar. A lista dos apóstolos, com os seus nomes concretos, recorda-nos que cada um de nós é chamado pessoalmente, com a nossa história, para continuar a missão do Senhor.

A ordem de Jesus — «ide às ovelhas perdidas da casa de Israel» — exprime o cuidado pastoral e amoroso pelas almas que se afastaram. O foco inicial sobre Israel não é exclusão, mas um primeiro passo para a restauração da Aliança. Este mandato ecoa hoje como apelo à Igreja para cuidar, antes de mais, dos que se perderam dentro da própria casa: os baptizados afastados, os indiferentes, os desiludidos. São as “ovelhas perdidas” do nosso tempo, muitas vezes feridas, desiludidas ou esquecidas.

Na nossa vida quotidiana, este Evangelho convida-nos a assumir a vocação de discípulos missionários. Cada cristão é enviado com uma missão concreta: testemunhar, anunciar, curar, reconduzir. O Reino de Deus está próximo — não apenas no tempo, mas na presença de Cristo em cada gesto de amor, em cada reconciliação, em cada palavra que restaura a esperança.

Seguir Cristo é viver este dinamismo de envio. É deixar-se transformar por Ele para depois ser sinal visível da sua misericórdia no mundo.


Oração
Senhor Jesus, que chamaste os Doze pelo nome, chama-me também a mim.
Dá-me coragem para seguir-Te, humildade para servir, e amor para anunciar o Teu Reino aos que se perderam no caminho.
Faz de mim um instrumento da Tua paz. Ámen.