Liturgia diária
Agenda litúrgica
2025-07-03
Quinta-feira da semana XII li
S. Tomé, apóstolo – FESTA
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos apóstolos.
L 1 Ef 2, 19-22; Sl 116 (117), 1. 2
Ev Jo 20, 24-29
EVANGELHO Jo 20, 24-29
«Meu Senhor e meu Deus!»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo,
não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe os outros discípulos:
«Vimos o Senhor».
Mas ele respondeu-lhes:
«Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado,
não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa
e Tomé com eles.
Veio Jesus, estando as portas fechadas,
apresentou-Se no meio deles e disse:
«A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé:
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado;
e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!».
Disse-lhe Jesus:
«Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto».
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
O Evangelho de João 20, 24-29 apresenta-nos um momento profundamente humano e revelador na vida dos discípulos: a incredulidade de Tomé. Conhecido como Dídimo, que significa “gêmeo”, Tomé não estava presente quando Jesus ressuscitado apareceu aos outros discípulos. Quando estes lhe anunciam o encontro com o Senhor vivo, Tomé expressa uma dúvida firme: só acreditará se puder tocar as marcas dos cravos nas mãos e o ferimento no lado de Jesus.
Este episódio é fundamental para compreendermos a natureza da fé e da dúvida na experiência cristã. Tomé representa a atitude natural de muitos de nós diante do mistério divino: a necessidade de provas tangíveis para crer. Contudo, Jesus não rejeita esta dúvida; pelo contrário, Ele acolhe Tomé com paciência e compaixão, convidando-o a tocar suas feridas. Este gesto é um convite à intimidade e à confiança. Quando Tomé finalmente reconhece Jesus como “Meu Senhor e meu Deus!”, ele expressa uma fé plena e pessoal.
A resposta de Jesus a Tomé – “Felizes os que acreditam sem terem visto” – é uma mensagem que ecoa até hoje para todos nós. Vivemos num mundo onde muitas vezes se exige evidência concreta para acreditar em algo transcendente. Porém, a fé cristã convida-nos a acreditar no invisível, a confiar na Palavra de Deus mesmo quando não podemos ver diretamente.
Na nossa vida cristã, este Evangelho desafia-nos a reconhecer as nossas próprias dúvidas sem medo, sabendo que Jesus nos acompanha pacientemente. Ele nos chama a uma fé madura, que não depende apenas da certeza física, mas da confiança profunda no seu amor e presença constante.
**Oração:**
Senhor Jesus, Tu que acolheste a dúvida de Tomé com amor e paciência, ajuda-me a confiar em Ti mesmo quando não vejo claramente o caminho. Fortalece minha fé para que eu possa reconhecer-Te em todos os momentos da minha vida e proclamar com coragem: “Meu Senhor e meu Deus!”. Que eu seja capaz de acreditar sem ter visto, sustentado pela certeza do Teu amor eterno. Amém.