06 03 Jo 17, 1-11a Terça Feira  “Pai, glorifica o teu filho”

 

Carlos Lwanga e jovens mártires africanos com tochas nas mãos, rostos serenos, a olhar para o céu, com uma cruz ao fundo iluminada.
 Legenda: “Pai, glorifica o teu Filho… e neles sou glorificado.”

EVANGELHO Jo 17, 1-11a«Pai, glorifica o teu Filho»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste. É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo. Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar. E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com aquela glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu mos deste e eles guardam a tua palavra. Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti, porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste. É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu; e neles sou glorificado. Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para Ti».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

Evangelho de João 17, 1-11a & Memória de São Carlos Lwanga e Companheiros Mártires

Na oração sacerdotal de Jesus, que hoje começamos a escutar, encontramos a expressão mais profunda do Seu amor: oferece-Se ao Pai por todos os que Lhe foram confiados. Jesus está prestes a entrar na Sua paixão e, em vez de se fechar no medo ou na dor, entrega-Se totalmente em oblação, pedindo ao Pai que O glorifique — não para Si mesmo, mas para que a glória do Pai resplandeça no mundo por meio d’Ele. Esta entrega total é o modelo para todos os que desejam seguir verdadeiramente o Senhor.

Neste mesmo espírito de entrega se situam São Carlos Lwanga e os seus companheiros mártires, jovens cristãos de Uganda que, em 1886, preferiram a morte à negação da fé. Eram novos na fé, mas cheios do Espírito Santo. Perante a pressão de um rei tirano que queria afastá-los do caminho de Cristo, mantiveram-se fiéis, até ao martírio. A sua coragem recorda-nos que a glória de Deus se manifesta na fidelidade dos que O amam até ao fim. Como Jesus, também eles disseram “sim” até ao último sopro, glorificando o Pai com as suas vidas.

Aplicando este Evangelho e este testemunho à nossa vida, somos desafiados a viver com compromisso, a deixar que a Palavra nos transforme e nos torne fiéis, mesmo nas dificuldades. Ser cristão não é apenas acreditar, mas glorificar a Deus com a própria vida, tornando-nos reflexos da Sua presença no mundo. Na oração sacerdotal, Jesus intercede por nós: somos os que o Pai Lhe confiou. Cabe-nos agora viver à altura dessa confiança, como São Carlos Lwanga e os seus companheiros.

Oração
Senhor Jesus,
que Te entregaste ao Pai por amor de nós,
dá-nos a coragem de viver com fidelidade,
como São Carlos Lwanga e os seus companheiros.
Que a nossa vida glorifique o Pai
e testemunhe, com verdade,
a fé que recebemos.
Ámen.

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