04 16 Mt 26, 14-25 Quarta «O Filho do homem vai partir, como está escrito.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus

**14** Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes  

**15** e disse: «Que me dareis, se eu vo-Lo entregar?» Combinaram trinta moedas de prata.  

**16** E, a partir daquele momento, Judas procurava uma ocasião para O entregar.  .

**17** No primeiro dia dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?»  

**18** Jesus respondeu: «Ide à cidade, a casa de tal homem, e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; é em tua casa que vou celebrar a Páscoa com os meus discípulos’.»  

**19** Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa.  .

**20** Ao cair da tarde, Jesus Se pôs à mesa com os Doze.  

**21** Enquanto comiam, declarou: «Em verdade vos digo: Um de vós Me há de entregar.»  

**22** Profundamente entristecidos, começaram a perguntar-Lhe, um após outro: «Porventura serei eu, Senhor?»  

**23** Ele respondeu: «Aquele que mete comigo a mão no prato é que Me há de entregar.  

**24** O Filho do homem vai partir, como está escrito acerca d’Ele. Mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser entregue! Melhor seria para esse homem não ter nascido!»  

**25** Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: «Porventura serei eu, Mestre?» Jesus respondeu-lhe: «Tu o disseste.»  .

REFLEXÃO .

No Evangelho de hoje, vemos o momento crucial em que Jesus, sentado à mesa com os seus discípulos, revela que um deles O trairá. A figura de Judas Iscariotes, um dos Doze, que procura entregar o Mestre por trinta moedas de prata, destaca-se de forma dramática. O ato de Judas parece impensável, mas a profecia de Jesus cumpre-se: o Filho do homem vai partir como está escrito. Judas, no entanto, tem a liberdade de escolher o caminho da traição, e Jesus revela que é “melhor para esse homem não ter nascido”. Esta dura frase chama-nos a refletir sobre a gravidade da escolha de Judas e as consequências de afastar-se do amor de Deus.

A Páscoa é o ponto de encontro entre a salvação e a traição, entre a obediência ao plano divino e a escolha pessoal que nos distancia de Deus. Cada um dos discípulos, ao ouvir a declaração de Jesus, questiona-se, em profunda tristeza: “Porventura serei eu, Senhor?” Essa dúvida genuína manifesta a fragilidade humana diante das tentações e da incerteza.

A traição de Judas não é apenas um ato histórico, mas uma reflexão sobre como cada um de nós pode, em pequenos gestos diários, afastar-se de Cristo. A nossa missão é, ao contrário de Judas, buscar sempre a proximidade com o Senhor e não deixar que o nosso coração se endureça, afastando-nos da Sua vontade.

Convido-te, portanto, a refletir sobre a tua relação com Deus e a ser fiel, mesmo nas dificuldades. Que a nossa oração seja sincera e constante, buscando sempre a misericórdia e o perdão de Deus.

Oração:

Senhor Jesus,
Tu conheces os meus caminhos e o meu coração.
Perdoa-me pelas vezes que, como Judas, me afastei de Ti.
Dá-me a força para Te seguir com fidelidade,
para que a minha vida seja um reflexo do Teu amor e da Tua misericórdia.
Ajuda-me a discernir sempre a Tua vontade e a caminhar na verdade,
sem ceder às tentações que me afastam de Ti.
Que, como os Teus discípulos, eu possa perguntar com sinceridade:
“Porventura serei eu, Senhor?”
E que a minha resposta seja sempre “Sim” ao Teu chamado.
Amém.

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