02 02 Festa da Apresentação de Jesus

Introdução
Caros rmãos e irmãs, reunidos no amor de Cristo,
Hoje, aprofundamos nosso estudo sobre a verdadeira identidade de Jesus, aquele que é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Desde seu nascimento humilde em uma manjedoura, ele nos ensina que a grandeza divina se manifesta na simplicidade e na entrega. Revelando-se primeiramente aos pastores marginalizados e aos sábios do Oriente, Cristo deixa claro que sua mensagem de salvação e amor é para todos: pobres e humildes, judeus e gentios que o buscam com coração sincero. Hoje, ao refletirmos sobre sua apresentação no templo, somos convidados a reconhecer a presença de Jesus em nossas vidas, a receber sua luz e a comunicá-la ao mundo.

A Palavra
A celebração da apresentação de Jesus no Templo nos traz ricas leituras que iluminam aspectos fundamentais de nossa fé cristã: o cumprimento das profecias, a manifestação da luz divina e o sacerdócio eterno de Cristo.

Cristo, luz do mundo
A luz de Cristo se revela na história da Salvação e nos guia para a verdade e a vida plena. Na leitura do Evangelho segundo Lucas, Simeão, um homem justo e piedoso, reconhece em Jesus a “luz para iluminar as nações” (Lc 2,32). Esse encontro nos lembra que a luz de Cristo não é restrita a um grupo particular, mas se destina a todos os povos. Como Simeão, somos chamados a perceber essa luz em nossas vidas e a compartilhá-la com um mundo que muitas vezes permanece na escuridão da indiferença e da desesperança.

Profecias cumpridas
O profeta Malaquias anuncia a vinda de um Salvador que entrará no templo como um purificador (Ml 3,1-4). Essa profecia se cumpre com a entrada de Jesus no templo, ainda como uma criança, mas já identificado como o Messias esperado. Ele é aquele que purifica o mundo do pecado e nos convida à santidade. Esse momento nos desafia a abrir espaço para a presença de Cristo em nossas vidas, permitindo que sua graça nos transforme.

Entrada triunfal no templo
O Salmo responsorial celebra a entrada do Senhor no templo: “Levantai, ó portas, os vossos umbrais, elevai-vos, pórticos antigos, e entrará o Rei da glória” (Sl 23,7). Essa passagem nos convida a refletir sobre como recebemos Jesus em nossos corações. Assim como o templo se abre para a entrada do Senhor, também devemos abrir nossas vidas para acolher sua presença e deixar que Ele transforme nossa existência.

Sacerdote eterno
A carta aos Hebreus nos apresenta Jesus como o sumo sacerdote que oferece o sacrifício perfeito, não com ofertas rituais, mas com o próprio corpo, em obediência à vontade do Pai (Hb 2,14-18). Ele se fez semelhante a nós em tudo, exceto no pecado, para nos libertar da escravidão do mal. Esse sacerdócio eterno nos mostra que a redenção não é algo distante, mas uma realidade presente que podemos experimentar em cada Eucaristia e em cada ato de amor que realizamos.

Identidade divina e humana
O Evangelho destaca a identidade de Jesus como verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Ao ser apresentado no templo, ele se submete à Lei de Moisés, assumindo plenamente a condição humana para nos libertar do pecado. Essa realidade nos chama a contemplar a beleza do mistério da encarnação: Deus se fez um de nós para que pudéssemos participar de sua vida divina.

A luz de Cristo no dia a dia
Essa celebração também nos convida a refletir sobre como a luz de Cristo pode iluminar nossas vidas cotidianas. Assim como Simeão e Ana reconheceram a presença do Messias, somos chamados a perceber a ação divina em momentos simples: um gesto de solidariedade, uma palavra de conforto, uma oração sincera. No ambiente de trabalho, em nossas famílias e comunidades, podemos ser testemunhas dessa luz que não se apaga.

Conclusão
Neste dia, somos chamados a contemplar a humildade de Jesus, que se fez homem por amor a nós. Que a luz de Cristo ilumine nossos corações, transformando-nos em instrumentos vivos de seu amor e esperança. Assim, poderemos testemunhar com autenticidade que o Reino de Deus está presente entre nós. Amém.

 

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