Daily Archives: December 16, 2024

12 22 L 1 Mq 5, 1-4a; Sl 79 (80), 2ac e 3b. 15-16. 18-19 L 2 Heb 10, 5-10 Ev Lc 1, 39-45

2024-12-22

DOMINGO IV DO ADVENTO

Roxo – Ofício próprio (Semana IV do Saltério). Te Deum.
† Missa própria, Credo, pf. II do Advento.

L 1 Mq 5, 1-4a; Sl 79 (80), 2ac e 3b. 15-16. 18-19
L 2 Heb 10, 5-10
Ev Lc 1, 39-45

Comentário sobre as Leituras e o Evangelho do Dia

Primeira Leitura – Miqueias 5, 1-4a

O profeta Miqueias anuncia a vinda de um pastor-rei que surgirá de Belém, uma cidade pequena e aparentemente insignificante. Esse governante, cuja origem está nos tempos antigos, trará paz e segurança ao povo, conduzindo-o como um pastor cuida de seu rebanho. Este texto é uma clara profecia do nascimento de Jesus, o Messias esperado, que vem humilde e poderoso para salvar Seu povo.

Salmo Responsorial – Salmo 79 (80)

O salmo é uma súplica ao Senhor para que restaure e proteja Seu povo. O salmista clama: “Iluminai o Vosso rosto e seremos salvos,” pedindo que Deus renove a aliança e fortaleça aqueles que confiam em Sua graça. Este clamor reflete a espera vigilante pela salvação que vem de Deus.

Segunda Leitura – Hebreus 10, 5-10

A carta aos Hebreus explica que Jesus é o cumprimento perfeito da vontade de Deus. Ele se oferece em sacrifício, não com ofertas antigas de animais, mas com Sua própria vida. Este ato de amor perfeito inaugura uma nova aliança, eliminando a necessidade dos antigos ritos e oferecendo salvação para todos.

Evangelho – Lucas 1, 39-45

No encontro entre Maria e Isabel, vemos a alegria e a plenitude do Espírito Santo. Maria, grávida de Jesus, vai ao encontro de Isabel, que também espera um filho, João Batista. Isabel, cheia do Espírito, proclama Maria como “bendita entre as mulheres” e exalta sua fé no cumprimento das promessas de Deus. Este momento celebra a proximidade da salvação e a alegria gerada pela presença de Jesus.

Reflexão Geral

As leituras convergem na expectativa e realização da salvação trazida por Cristo. A profecia de Miqueias e o cumprimento em Jesus destacam que Deus escolhe os humildes para realizar grandes coisas. Maria, como modelo de fé, mostra que confiar no Senhor permite que Sua vontade se cumpra em nós. Isabel, por sua vez, testemunha a presença de Deus que transforma e enche de alegria os que O acolhem.

Oração Final

Senhor, como Maria e Isabel, que possamos reconhecer a Tua presença em nossas vidas e nos alegrar com as maravilhas do Teu amor. Dá-nos um coração humilde e disponível para realizar a Tua vontade, sendo instrumentos da Tua paz no mundo. Amém.

12 21 L 1 Ct 2, 8-14 ou Sf 3, 14-18a; Sl 32 (33), 2-3. 11-12. 20-21 Ev Lc 1, 39-45

Agenda litúrgica

2024-12-21

SÁBADO da semana III

Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. II do Advento.

L 1 Ct 2, 8-14 ou Sf 3, 14-18a; Sl 32 (33), 2-3. 11-12. 20-21
Ev Lc 1, 39-45

Comentário sobre as Leituras e o Evangelho do Dia

Primeira Leitura – Cântico dos Cânticos 2, 8-14

O texto descreve a alegria do encontro amoroso entre o amado e a amada, uma metáfora do amor de Deus por Seu povo. O amado convida a amada a sair e contemplar a beleza da criação, símbolo de renovação e vida nova. Este poema expressa a proximidade e ternura de Deus, que chama cada um a um relacionamento íntimo com Ele.

OU

Primeira Leitura – Sofonias 3, 14-18a

O profeta Sofonias exorta o povo a alegrar-se porque o Senhor está no meio deles como Salvador. Ele remove o castigo, protege contra os inimigos e exulta por seu povo com amor. Este texto reflete a esperança messiânica, apontando para a vinda de Jesus, o Emanuel, Deus conosco.

Salmo Responsorial – Salmo 32 (33)

O salmo louva a fidelidade e o amor de Deus, cuja palavra realiza Suas promessas. Ele celebra a alegria de um povo que confia no Senhor como sua força e esperança. A fé no Senhor nos dá segurança e paz, mesmo em meio às dificuldades.

Evangelho – Lucas 1, 39-45

O Evangelho relata a Visitação de Maria a Isabel. Maria, grávida de Jesus, visita sua prima Isabel, grávida de João Batista. Ao ouvir a saudação de Maria, Isabel sente o bebê saltar em seu ventre e, cheia do Espírito Santo, proclama Maria como bendita entre as mulheres, pois ela acreditou no cumprimento da palavra do Senhor. Este encontro é marcado pela alegria e pelo reconhecimento do mistério da salvação que se aproxima.

Reflexão Geral

As leituras de hoje celebram a alegria do encontro com Deus e a certeza de Sua presença salvadora. Maria e Isabel, cheias de fé, reconhecem as maravilhas realizadas por Deus em suas vidas e nos convidam a confiar na Sua promessa de salvação. Assim como João Batista saltou no ventre de Isabel, somos chamados a nos alegrar e testemunhar a proximidade de Jesus.

Oração Final

Senhor, dá-nos um coração que se alegre com a Tua presença e confie na Tua fidelidade. Que, como Maria e Isabel, possamos reconhecer as Tuas maravilhas e proclamar com fé o Teu amor no mundo. Amém.

12 20 L 1 Is 7, 10-14; Sl 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6 Ev Lc 1, 26-38

Agenda litúrgica

2024-12-20

SEXTA-FEIRA da semana III

Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. II do Advento.

L 1 Is 7, 10-14; Sl 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6
Ev Lc 1, 26-38

Comentário sobre as Leituras e o Evangelho do Dia

Primeira Leitura – Isaías 7, 10-14

O profeta Isaías transmite a mensagem de Deus ao rei Acaz, convidando-o a pedir um sinal do Senhor. Apesar da recusa de Acaz, Deus promete um sinal extraordinário: “A virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel” (Deus conosco). Esta profecia aponta diretamente para o nascimento de Jesus, o Salvador que se faz presente no meio da humanidade, trazendo a plenitude da esperança.

Salmo Responsorial – Salmo 23 (24)

O salmo celebra o Senhor como o Criador e soberano do mundo. Ele questiona: “Quem subirá até o monte do Senhor?” e responde: “Aquele que tem mãos inocentes e coração puro.” Esta passagem reflete a preparação necessária para acolher o Senhor: uma vida justa, aberta à presença de Deus, com confiança na Sua graça e fidelidade.

Evangelho – Lucas 1, 26-38

O Evangelho narra a Anunciação: o anjo Gabriel visita Maria e anuncia que ela será a mãe de Jesus, o Filho de Deus. Maria, uma jovem humilde, acolhe o chamado divino com fé e obediência, dizendo: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.” Este momento marca o início da encarnação do Verbo e da realização do plano de salvação.

Reflexão Geral

As leituras convergem na certeza de que Deus está conosco. A profecia de Isaías se concretiza na resposta generosa de Maria, que acolhe o Emmanuel em seu ventre. Sua fé e disponibilidade são modelo para cada um de nós, desafiados a responder com confiança e entrega ao chamado divino em nossas vidas. Maria nos ensina que Deus age nos corações abertos à Sua vontade.

Oração Final

Senhor, ajuda-nos a acolher Teu plano de amor com fé e disponibilidade, como Maria. Que possamos dizer sempre “sim” à Tua vontade e ser instrumentos da Tua presença no mundo. Amém.

 

12 19 L 1 Jz 13, 2-7. 24-25a; Sl 70 (71), 3-4a. 5-6ab. 16-17 Ev Lc 1, 5-25

Agenda litúrgica

2024-12-19

QUINTA-FEIRA da semana III

Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. II do Advento.

L 1 Jz 13, 2-7. 24-25a; Sl 70 (71), 3-4a. 5-6ab. 16-17
Ev Lc 1, 5-25

 

Comentário sobre as Leituras e o Evangelho do Dia

Primeira Leitura – Juízes 13, 2-7. 24-25a

A leitura apresenta o anúncio do nascimento de Sansão, um libertador escolhido por Deus. O anjo do Senhor aparece à esposa de Manoá, uma mulher estéril, e revela que ela conceberá um filho que será consagrado a Deus desde o ventre. Sansão seria nazireu, dedicado ao Senhor para cumprir uma missão especial: iniciar a libertação de Israel da opressão dos filisteus. Este relato sublinha a ação de Deus, que escolhe instrumentos humanos para realizar Sua obra de salvação.

Salmo Responsorial – Salmo 70 (71)

O salmista louva a Deus como sua rocha e refúgio, confiando plenamente no Senhor desde o ventre materno. Ele reconhece que a força e a proteção divinas o acompanham ao longo de toda a vida. Este salmo ecoa a confiança daqueles que percebem a presença amorosa de Deus em cada etapa de sua existência.

Evangelho – Lucas 1, 5-25

O Evangelho narra o anúncio do nascimento de João Batista a Zacarias, enquanto ele servia no templo. O anjo Gabriel aparece e revela que sua esposa Isabel, estéril e avançada em idade, conceberá um filho, que será grande aos olhos de Deus e terá a missão de preparar o povo para o Senhor. Por duvidar da mensagem, Zacarias fica mudo até o nascimento da criança. João será o precursor de Jesus, guiando as pessoas à conversão e anunciando a chegada do Messias.

Reflexão Geral

As leituras de hoje destacam a ação divina que intervém em situações humanas impossíveis, trazendo vida e esperança onde antes havia esterilidade e desespero. Tanto Sansão quanto João Batista são sinais de que Deus age para salvar Seu povo. A esterilidade das mulheres e a incredulidade de Zacarias lembram-nos que Deus opera além das limitações humanas. Somos chamados a confiar em Seu plano, mesmo quando não o compreendemos completamente.

Oração Final

Senhor, dá-nos um coração que confie em Teus desígnios, mesmo diante das nossas limitações. Que, como João Batista, sejamos fiéis à nossa missão de preparar o caminho para a Tua presença em nosso meio. Amém.

12 18 L 1 Jr 23, 5-8; Sl 71 (72), 2. 12-13. 18-19 Ev Mt 1, 18-25

QUARTA-FEIRA da semana III

Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. II do Advento.

L 1 Jr 23, 5-8; Sl 71 (72), 2. 12-13. 18-19
Ev Mt 1, 18-25

Comentário sobre as Leituras e o Evangelho do Dia

Primeira Leitura – Jeremias 23, 5-8

O profeta Jeremias anuncia a vinda de um descendente justo de Davi, que governará com sabedoria, justiça e retidão. Ele será chamado “Senhor, nossa justiça” e trará segurança ao povo de Israel e Judá. Essa profecia aponta diretamente para Jesus Cristo, o Rei Messias, que vem instaurar o Reino de Deus e resgatar Seu povo, não apenas de uma opressão política, mas do pecado.

Salmo Responsorial – Salmo 71 (72)

O salmista celebra o rei messiânico que defende os pobres e necessitados, trazendo justiça e libertação. Ele louva a Deus por Suas obras e pede que Seu nome seja glorificado por toda a terra. Este salmo reforça a imagem de um Messias compassivo, que governa com amor e poder divinos.

Evangelho – Mateus 1, 18-25

Este trecho narra o anúncio do nascimento de Jesus. José, ao descobrir que Maria está grávida, decide deixá-la em segredo, mas o anjo do Senhor aparece em sonho e o encoraja a tomar Maria como esposa, pois a concepção é obra do Espírito Santo. O anjo revela que o menino será chamado Jesus, porque Ele salvará Seu povo dos pecados, cumprindo a profecia: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, que será chamado Emanuel, Deus conosco.”

Reflexão Geral

As leituras e o Evangelho de hoje convergem na figura de Jesus como o cumprimento das promessas messiânicas. Ele é o descendente de Davi, o Rei justo e compassivo que traz salvação e reconciliação ao mundo. O papel de José destaca a importância da confiança em Deus e da obediência à Sua vontade, mesmo quando não entendemos completamente os Seus caminhos. José, um homem justo, é exemplo de fé silenciosa e ação concreta no plano divino.

Oração Final

Senhor, que saibamos confiar em Ti como José, acolhendo com fé e coragem Teus desígnios em nossas vidas. Que Jesus, nosso Salvador e Emanuel, ilumine nosso caminho e nos conduza à plenitude do Teu Reino de amor e justiça. Amém.

12 17 L 1 Gn 49, 2. 8-10; Sl 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8. 17 Ev Mt 1, 1-17

L 1 Gn 49, 2. 8-10; Sl 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8. 17
Ev Mt 1, 1-17

Comentário sobre as Leituras e o Evangelho do Dia

Primeira Leitura – Gênesis 49, 2. 8-10

Nesta passagem, Jacó abençoa seus filhos e dirige palavras proféticas a Judá. Ele destaca a preeminência de Judá entre seus irmãos, prevendo que dele surgirá um cetro, símbolo de poder e realeza. Essa profecia é uma antecipação da vinda do Messias, que será da linhagem de Judá e governará com justiça e paz. Jesus é o cumprimento dessa promessa, o Rei que traz salvação a todas as nações.

Salmo Responsorial – Salmo 71 (72)

O salmo exalta o rei justo que governa com equidade, defendendo os pobres e oprimidos. Esse rei messiânico traz abundância e paz, e seu reino se estenderá por toda a terra. As palavras do salmo refletem a esperança de Israel no governo do Messias, que realizará plenamente a justiça divina.

Evangelho – Mateus 1, 1-17

O Evangelho apresenta a genealogia de Jesus, desde Abraão até José, esposo de Maria. Essa longa lista de nomes revela que Jesus é o cumprimento das promessas feitas a Abraão e Davi. Ele é o Messias esperado, inserido na história humana e divina, mostrando que Deus age no tempo e na realidade concreta. A inclusão de mulheres na genealogia, algumas delas com histórias inesperadas, destaca a universalidade e a misericórdia do plano de Deus.

Reflexão Geral

As leituras de hoje convidam-nos a contemplar a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas. Jesus, da descendência de Judá e Davi, é o Rei prometido que veio para estabelecer um reino de justiça, paz e salvação. A genealogia mostra que Deus usa pessoas imperfeitas para realizar Seu plano perfeito, lembrando-nos de que também somos chamados a participar desse projeto de amor.

Oração Final

Senhor, que reconheçamos em Jesus o cumprimento das promessas de salvação. Dá-nos um coração aberto para acolher Teu plano em nossas vidas, confiando que também somos parte de Tua história de amor. Amém.

Observações 

Além disso, a tribo de Judá desempenhou um papel central na história de Israel. Foi dela que vieram reis importantes como Davi e Salomão, que unificaram e governaram Israel em sua época de maior glória. Judá também permaneceu fiel à aliança com Deus por mais tempo, mesmo após a divisão do reino, o que fortaleceu seu papel como tribo de referência espiritual e política.

O Salmo 71 (72), que hoje recitamos, é um hino messiânico que louva a realeza de Deus através de seu ungido. Ele clama por um rei justo que defenda os pobres, traga paz e estenda seu domínio de mar a mar. Em Jesus, o Messias de Judá, encontramos o cumprimento pleno dessas promessas.

Ao louvarmos no Salmo 71, reconhecemos que a glória da tribo de Judá culmina em Cristo, o Rei dos reis, que reina com justiça e amor eterno. Por isso, seguimos proclamando: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que realiza maravilhas!” (Salmo 71, 18).

Exatamente! A genealogia de Cristo inclui Judá, destacando ainda mais a importância dessa tribo na história da salvação. Como registrado em Mateus 1, 1-16, a linhagem de Jesus é traçada a partir de Abraão, passando por Judá e seus descendentes, até chegar ao próprio Messias.

Judá foi escolhido entre os doze filhos de Jacó para desempenhar um papel especial, como anunciado na bênção de Jacó:
“O cetro não se afastará de Judá, nem o bastão de comando de entre seus pés, até que venha aquele a quem pertence, e a ele obedecerão os povos” (Gênesis 49, 10).

Essa profecia aponta para Jesus Cristo, o verdadeiro Rei que viria estabelecer um reino eterno, de justiça e paz.

No contexto da genealogia, Judá também está ligado ao plano de Deus, apesar das falhas humanas em sua história. Por exemplo, a união de Judá com Tamar, de onde nasceram Perez e Zerá (Mateus 1, 3), mostra como Deus escreve Sua história de salvação mesmo em situações complicadas.

Assim, a genealogia de Jesus não apenas conecta Judá ao Messias, mas revela a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas. A tribo de Judá tornou-se o canal através do qual Deus trouxe ao mundo o Salvador, que é “Deus conosco” e “a esperança de todas as nações.”

No Salmo 71 (72), podemos contemplar esse cumprimento profético: o rei que vem de Judá governa com justiça, defende os pobres e traz a verdadeira paz. E em Cristo, louvamos o Deus que realiza tudo isso: “O Seu nome seja bendito para sempre, e todas as nações proclamem a Sua felicidade!” (Salmo 71, 17).

A união de Judá com Tamar, mencionada em Gênesis 38, é um episódio significativo na genealogia de Jesus. Tamar, nora de Judá, ficou viúva dos dois primeiros filhos dele, Er e Onã, sem ter descendentes. Pela lei do levirato, Judá deveria garantir que outro filho gerasse descendência para ela, mas isso não aconteceu. Tamar, então, disfarçou-se e, por meio de um ato ousado, conseguiu gerar descendência de Judá. Dessa união nasceram Perez e Zerá, que fazem parte da linhagem messiânica (Mateus 1, 3).

Este episódio, embora polêmico e marcado por falhas humanas, revela algo profundo sobre o plano de Deus: Ele utiliza até situações imperfeitas para realizar Sua vontade e levar adiante a história da salvação. A presença de Tamar na genealogia de Jesus é também um sinal de inclusão, mostrando que Deus acolhe pessoas de diferentes origens e circunstâncias para colaborar em Sua obra.

Perez, filho de Tamar e Judá, tornou-se um antepassado importante, de cuja linhagem vieram Boaz (marido de Rute), Davi e, finalmente, Jesus. Assim, Judá e Tamar são parte de uma cadeia de eventos que culminam na chegada do Messias.

Essa história nos ensina que Deus age na história humana com misericórdia e sabedoria, transformando até situações de erro e sofrimento em passos rumo à redenção. Como proclamamos no Salmo 71, a linhagem de Judá é coroada com a vinda de Cristo, o Rei justo e Salvador de todos: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que só Ele realiza maravilhas!” (Salmo 71, 18).

4o

Tamar era a nora de Judá, um dos doze filhos de Jacó (Israel), e sua história está registrada em Gênesis 38. Ela era filha de um cananeu e se casou com Er, o filho primogênito de Judá. No entanto, Er morreu de maneira prematura, e segundo a lei do levirato, a prática judaica que exigia que o irmão do falecido se casasse com a viúva para gerar descendência em nome do irmão falecido, Onã, irmão de Er, deveria casar-se com Tamar. Porém, Onã também não cumpriu sua obrigação, e Deus o fez morrer.

Diante disso, Judá prometeu a Tamar que ela se casaria com seu filho mais novo, Shelá, quando ele fosse adulto. No entanto, Judá não cumpriu sua promessa, e Tamar, percebendo que não teria outra oportunidade de gerar filhos, decidiu agir de maneira ousada.

Ela se disfarçou de prostituta e se posicionou ao longo do caminho por onde Judá passaria. Judá, sem reconhecer quem ela era, a abordou e, como pagamento por seus serviços, deixou seu selo, cordão e bastão como garantia de que lhe pagaria posteriormente. Depois disso, Tamar ficou grávida de gêmeos, Perez e Zerá, e, ao revelar sua identidade a Judá, ele reconheceu sua falha em cumprir a promessa e declarou que Tamar foi mais justa do que ele.

A história de Tamar, embora controversa, tem um papel importante na genealogia de Jesus. Ela gerou Perez, e de sua linhagem veio o rei Davi, e, por fim, Jesus Cristo. O fato de Tamar estar na genealogia de Cristo é significativo, pois demonstra que Deus usa até situações humanas complexas e imperfeitas para cumprir Seus planos de salvação.

A história de Tamar também é um exemplo de coragem e determinação em buscar justiça, e mostra como Deus pode operar através de pessoas em circunstâncias difíceis.

4o mini

12 16 L 1 Nm 24, 2-7. 15-17a; Sl 24 (25), 4bc-5ab. 6-7bc. 8-9 Ev Mt 21, 23-27

Agenda litúrgica

SEGUNDA-FEIRA da semana III

L 1 Nm 24, 2-7. 15-17a; Sl 24 (25), 4bc-5ab. 6-7bc. 8-9
Ev Mt 21, 23-27

L 1 Nm 24, 2-7. 15-17a; Sl 24 (25), 4bc-5ab. 6-7bc. 8-9
Ev Mt 21, 23-27

Eis um comentário breve sobre as leituras e o Evangelho do dia:

Primeira Leitura – Números 24, 2-7. 15-17a

Na profecia de Balaão, Deus revela Sua bênção sobre Israel e anuncia um futuro glorioso: “Uma estrela avança de Jacó, e um cetro se levanta de Israel.” Essa estrela é uma antecipação da vinda do Messias, que guiará o povo com justiça e poder. Balaão, mesmo sendo um estrangeiro, reconhece o plano de Deus e proclama palavras de esperança e salvação.

Salmo Responsorial – Salmo 24 (25)

O salmista expressa um coração que confia no Senhor, pedindo que Deus o ensine os Seus caminhos e o guie na verdade. Este salmo ecoa o desejo de estar na presença de Deus e ser guiado por Ele com misericórdia e fidelidade.

Evangelho – Mateus 21, 23-27

Jesus é questionado pelas autoridades sobre a origem de Sua autoridade. Em resposta, Ele faz uma pergunta sobre o batismo de João. Esse diálogo revela a hipocrisia dos líderes religiosos, que temem comprometer sua posição diante do povo ou desobedecer a Deus. Jesus, com sabedoria, não cede à provocação, mas ensina que a verdadeira autoridade vem de Deus e se manifesta em obras de amor e verdade.

Reflexão Geral

A Palavra de hoje nos convida a discernir os caminhos de Deus e a reconhecer a autoridade divina em nossas vidas. Assim como a estrela prometida em Números aponta para o Messias, somos chamados a deixar que Cristo seja a luz que guia nossos passos. O Evangelho nos alerta a não sermos como os líderes que duvidam ou resistem à ação divina, mas a confiarmos no Senhor com humildade e fé.

Oração Final:
Senhor, ensina-nos a caminhar pelos Teus caminhos e a reconhecer Tua autoridade em nossa vida. Faz-nos atentos às Tuas promessas e fiéis ao Teu amor. Amém.