12 17 L 1 Gn 49, 2. 8-10; Sl 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8. 17 Ev Mt 1, 1-17

L 1 Gn 49, 2. 8-10; Sl 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8. 17
Ev Mt 1, 1-17

Comentário sobre as Leituras e o Evangelho do Dia

Primeira Leitura – Gênesis 49, 2. 8-10

Nesta passagem, Jacó abençoa seus filhos e dirige palavras proféticas a Judá. Ele destaca a preeminência de Judá entre seus irmãos, prevendo que dele surgirá um cetro, símbolo de poder e realeza. Essa profecia é uma antecipação da vinda do Messias, que será da linhagem de Judá e governará com justiça e paz. Jesus é o cumprimento dessa promessa, o Rei que traz salvação a todas as nações.

Salmo Responsorial – Salmo 71 (72)

O salmo exalta o rei justo que governa com equidade, defendendo os pobres e oprimidos. Esse rei messiânico traz abundância e paz, e seu reino se estenderá por toda a terra. As palavras do salmo refletem a esperança de Israel no governo do Messias, que realizará plenamente a justiça divina.

Evangelho – Mateus 1, 1-17

O Evangelho apresenta a genealogia de Jesus, desde Abraão até José, esposo de Maria. Essa longa lista de nomes revela que Jesus é o cumprimento das promessas feitas a Abraão e Davi. Ele é o Messias esperado, inserido na história humana e divina, mostrando que Deus age no tempo e na realidade concreta. A inclusão de mulheres na genealogia, algumas delas com histórias inesperadas, destaca a universalidade e a misericórdia do plano de Deus.

Reflexão Geral

As leituras de hoje convidam-nos a contemplar a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas. Jesus, da descendência de Judá e Davi, é o Rei prometido que veio para estabelecer um reino de justiça, paz e salvação. A genealogia mostra que Deus usa pessoas imperfeitas para realizar Seu plano perfeito, lembrando-nos de que também somos chamados a participar desse projeto de amor.

Oração Final

Senhor, que reconheçamos em Jesus o cumprimento das promessas de salvação. Dá-nos um coração aberto para acolher Teu plano em nossas vidas, confiando que também somos parte de Tua história de amor. Amém.

Observações 

Além disso, a tribo de Judá desempenhou um papel central na história de Israel. Foi dela que vieram reis importantes como Davi e Salomão, que unificaram e governaram Israel em sua época de maior glória. Judá também permaneceu fiel à aliança com Deus por mais tempo, mesmo após a divisão do reino, o que fortaleceu seu papel como tribo de referência espiritual e política.

O Salmo 71 (72), que hoje recitamos, é um hino messiânico que louva a realeza de Deus através de seu ungido. Ele clama por um rei justo que defenda os pobres, traga paz e estenda seu domínio de mar a mar. Em Jesus, o Messias de Judá, encontramos o cumprimento pleno dessas promessas.

Ao louvarmos no Salmo 71, reconhecemos que a glória da tribo de Judá culmina em Cristo, o Rei dos reis, que reina com justiça e amor eterno. Por isso, seguimos proclamando: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que realiza maravilhas!” (Salmo 71, 18).

Exatamente! A genealogia de Cristo inclui Judá, destacando ainda mais a importância dessa tribo na história da salvação. Como registrado em Mateus 1, 1-16, a linhagem de Jesus é traçada a partir de Abraão, passando por Judá e seus descendentes, até chegar ao próprio Messias.

Judá foi escolhido entre os doze filhos de Jacó para desempenhar um papel especial, como anunciado na bênção de Jacó:
“O cetro não se afastará de Judá, nem o bastão de comando de entre seus pés, até que venha aquele a quem pertence, e a ele obedecerão os povos” (Gênesis 49, 10).

Essa profecia aponta para Jesus Cristo, o verdadeiro Rei que viria estabelecer um reino eterno, de justiça e paz.

No contexto da genealogia, Judá também está ligado ao plano de Deus, apesar das falhas humanas em sua história. Por exemplo, a união de Judá com Tamar, de onde nasceram Perez e Zerá (Mateus 1, 3), mostra como Deus escreve Sua história de salvação mesmo em situações complicadas.

Assim, a genealogia de Jesus não apenas conecta Judá ao Messias, mas revela a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas. A tribo de Judá tornou-se o canal através do qual Deus trouxe ao mundo o Salvador, que é “Deus conosco” e “a esperança de todas as nações.”

No Salmo 71 (72), podemos contemplar esse cumprimento profético: o rei que vem de Judá governa com justiça, defende os pobres e traz a verdadeira paz. E em Cristo, louvamos o Deus que realiza tudo isso: “O Seu nome seja bendito para sempre, e todas as nações proclamem a Sua felicidade!” (Salmo 71, 17).

A união de Judá com Tamar, mencionada em Gênesis 38, é um episódio significativo na genealogia de Jesus. Tamar, nora de Judá, ficou viúva dos dois primeiros filhos dele, Er e Onã, sem ter descendentes. Pela lei do levirato, Judá deveria garantir que outro filho gerasse descendência para ela, mas isso não aconteceu. Tamar, então, disfarçou-se e, por meio de um ato ousado, conseguiu gerar descendência de Judá. Dessa união nasceram Perez e Zerá, que fazem parte da linhagem messiânica (Mateus 1, 3).

Este episódio, embora polêmico e marcado por falhas humanas, revela algo profundo sobre o plano de Deus: Ele utiliza até situações imperfeitas para realizar Sua vontade e levar adiante a história da salvação. A presença de Tamar na genealogia de Jesus é também um sinal de inclusão, mostrando que Deus acolhe pessoas de diferentes origens e circunstâncias para colaborar em Sua obra.

Perez, filho de Tamar e Judá, tornou-se um antepassado importante, de cuja linhagem vieram Boaz (marido de Rute), Davi e, finalmente, Jesus. Assim, Judá e Tamar são parte de uma cadeia de eventos que culminam na chegada do Messias.

Essa história nos ensina que Deus age na história humana com misericórdia e sabedoria, transformando até situações de erro e sofrimento em passos rumo à redenção. Como proclamamos no Salmo 71, a linhagem de Judá é coroada com a vinda de Cristo, o Rei justo e Salvador de todos: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que só Ele realiza maravilhas!” (Salmo 71, 18).

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Tamar era a nora de Judá, um dos doze filhos de Jacó (Israel), e sua história está registrada em Gênesis 38. Ela era filha de um cananeu e se casou com Er, o filho primogênito de Judá. No entanto, Er morreu de maneira prematura, e segundo a lei do levirato, a prática judaica que exigia que o irmão do falecido se casasse com a viúva para gerar descendência em nome do irmão falecido, Onã, irmão de Er, deveria casar-se com Tamar. Porém, Onã também não cumpriu sua obrigação, e Deus o fez morrer.

Diante disso, Judá prometeu a Tamar que ela se casaria com seu filho mais novo, Shelá, quando ele fosse adulto. No entanto, Judá não cumpriu sua promessa, e Tamar, percebendo que não teria outra oportunidade de gerar filhos, decidiu agir de maneira ousada.

Ela se disfarçou de prostituta e se posicionou ao longo do caminho por onde Judá passaria. Judá, sem reconhecer quem ela era, a abordou e, como pagamento por seus serviços, deixou seu selo, cordão e bastão como garantia de que lhe pagaria posteriormente. Depois disso, Tamar ficou grávida de gêmeos, Perez e Zerá, e, ao revelar sua identidade a Judá, ele reconheceu sua falha em cumprir a promessa e declarou que Tamar foi mais justa do que ele.

A história de Tamar, embora controversa, tem um papel importante na genealogia de Jesus. Ela gerou Perez, e de sua linhagem veio o rei Davi, e, por fim, Jesus Cristo. O fato de Tamar estar na genealogia de Cristo é significativo, pois demonstra que Deus usa até situações humanas complexas e imperfeitas para cumprir Seus planos de salvação.

A história de Tamar também é um exemplo de coragem e determinação em buscar justiça, e mostra como Deus pode operar através de pessoas em circunstâncias difíceis.

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