12 13 Mt 11, 16-19 Sexta feira “A quem hei de comparar esta geração”

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus

16 “A quem hei de comparar esta geração? É semelhante a crianças sentadas nas praças, que gritam umas às outras:
17 ‘Tocamos flauta para vós, e não dançastes; entoamos lamentações, e não batestes no peito!’
18 Pois veio João, que não comia nem bebia, e disseram: ‘Está possuído por um demônio.’
19 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores.’ Mas a sabedoria foi reconhecida com base em suas obras.”

REFLEXÃO

No Evangelho de hoje, Jesus utiliza uma metáfora para descrever a atitude das pessoas de sua geração. Ele compara os líderes e muitos do povo a crianças insatisfeitas, que criticam tanto João Batista quanto o próprio Jesus por motivos opostos. João era austero e foi acusado de estar possuído; Jesus era acolhedor e foi chamado de glutão e amigo de pecadores.

Essa passagem revela a dureza de coração e a resistência de muitos em aceitar os diferentes modos como Deus se revela. Tanto João quanto Jesus cumpriram missões divinas, mas suas mensagens foram rejeitadas por preconceitos e expectativas humanas equivocadas. O versículo final, “A sabedoria foi reconhecida com base em suas obras,” é uma afirmação de que os frutos das ações divinas — conversões, curas e vidas transformadas — confirmam a autenticidade das missões de João e de Jesus. A verdadeira sabedoria divina supera as críticas e permanece evidente na prática do amor, da justiça e da compaixão.

Neste contexto, hoje também celebramos a memória de Santa Luzia, virgem e mártir. Luzia, cuja nome significa “luz”, é uma figura exemplar de fé e coragem. Ela viveu em um período de grande perseguição aos cristãos, e, apesar das ameaças, permaneceu fiel a Cristo até o martírio. Sua vida resplandeceu como uma luz no mundo, iluminando o caminho da verdade, da pureza e do compromisso com Deus, mesmo diante do sofrimento. Santa Luzia é especialmente lembrada por sua dedicação à ajuda dos pobres e necessitados, e por sua pureza de coração. Ela nos ensina que a verdadeira sabedoria não se encontra nas aparências ou nas críticas humanas, mas na ação firme e na luz da fé verdadeira, que transforma vidas.

Papa Francisco frequentemente fala sobre a tendência humana de criticar e julgar. Ele destaca a necessidade de abertura ao Espírito Santo, que age de formas inesperadas. O Papa nos lembra que Jesus se identifica com os marginalizados e nos convida a acolher a diversidade de dons e carismas dentro da Igreja, sem preconceitos ou divisões. Essa mensagem é especialmente relevante no mundo de hoje, onde há muitas opiniões e julgamentos superficiais. O chamado de Jesus nos convida a discernir os sinais de Deus nas pessoas e nos acontecimentos, reconhecendo os frutos de amor e verdade em vez de focar nas aparências ou críticas.

Santa Luzia, com sua luz de fé e pureza, é um exemplo de como devemos viver essa sabedoria divina: firmes nas obras de misericórdia e na verdade do Evangelho, independentemente das críticas ou dos preconceitos. Que, como ela, possamos ser luz no mundo e, em todas as nossas ações, refletir o amor e a compaixão de Cristo.

Que este Evangelho e a memória de Santa Luzia nos inspirem a ser fiéis à sabedoria divina e a viver a luz de Cristo em nossas vidas, sem nos deixarmos abalar pelas críticas ou julgamentos que o mundo possa fazer.

Oração

Senhor, ensina-nos a reconhecer os Teus caminhos em meio às nossas dúvidas e preconceitos. Dá-nos um coração aberto e humilde, capaz de acolher a Tua sabedoria e confiar nas Tuas obras. Que aprendamos a viver com amor, justiça e compaixão, seguindo o exemplo de João Batista e de Jesus. Amém.

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