Daily Archives: December 3, 2024

12 04 4ª feira 1ª semana do Advento

 

Salmo 23

O Senhor é meu Pastor: Nada me falta…

Nestes dias de crescimento até ao Natal
O meu coração percebe melhor quem é Deus,
quem sou eu
e como pode ser a nossa relação.

Tu és o pastor da minha vida;
em ti se realizam os meus desejos mais profundos
e a tua amizade me faz sorrir em cada dia.
Em teus braços amorosos
aprendo a repousar.
Na tua companhia, descubro
que sou intensamente amado 

 

 

12 04 Mt 15, 29-37 Quarta Jesus cura muitos enfermos e multiplica os pães

12 04 Mt 15, 29-37 Quarta Jesus cura muitos enfermos e multiplica os pães

Leitura do Evangelho Segundo S. Mateus

Partindo dali, Jesus foi para junto do mar da Galileia, subiu a uma montanha e sentou-Se.
30 Vieram até Ele grandes multidões, trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros doentes. Colocaram-nos aos pés de Jesus, e Ele os curou.
31 A multidão ficou admirada ao ver que os mudos falavam, os aleijados estavam curados, os coxos andavam e os cegos viam. E glorificaram o Deus de Israel.
32 Então Jesus chamou os discípulos e disse: «Tenho compaixão desta multidão, porque já estão comigo há três dias e não têm o que comer. Não quero mandá-los embora com fome, para que não desfaleçam no caminho».
33 Os discípulos disseram-Lhe: «Onde poderemos encontrar, neste lugar deserto, pão suficiente para alimentar tão grande multidão?»
34 Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?» Responderam: «Sete, e alguns peixinhos».
35 Mandou a multidão sentar-se no chão.
36 Tomou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os e deu-os aos discípulos, e os discípulos distribuíram-nos pela multidão.
37 Todos comeram e ficaram saciados. E ainda recolheram sete cestos cheios de pedaços que sobraram.


REFLEXÃO

Este episódio do Evangelho de Mateus combina dois elementos fundamentais da missão de Jesus: a compaixão e o cuidado. Após realizar várias curas, Ele manifesta profunda sensibilidade ao perceber a necessidade física da multidão que O acompanha há dias. Este milagre, conhecido como a segunda multiplicação dos pães, destaca a providência divina e a abundância com que Deus responde às nossas carências.

A compaixão de Jesus transcende o espiritual e alcança o concreto. Ele não ignora a fome, mas a transforma numa oportunidade de demonstrar o poder de Deus. A participação dos discípulos na distribuição dos alimentos ensina-nos a importância de colaborarmos com Cristo em sua missão de cuidar dos outros.

No Advento, este texto assume um significado especial. Jesus, que se compadece das nossas fraquezas, é Aquele que esperamos no Natal. A multiplicação dos pães antecipa o banquete do Reino dos Céus, onde toda fome — física e espiritual — será saciada. É um convite a confiar na providência divina e a partilhar os dons que recebemos, especialmente neste tempo de preparação para a vinda do Salvador.


Durante o Advento, sigamos o exemplo de Jesus: olhemos para as necessidades ao nosso redor com compaixão e partilhemos o que temos. Acolhamos Cristo como o Pão que desce do Céu e vivamos em comunhão com os irmãos.


. Oração

Senhor, compadece-Te de nós em nossa fome de amor, justiça e paz. Ensina-nos a partilhar o que temos, para que outros experimentem o Teu cuidado. Que o Advento nos prepare para o banquete do Teu Reino. Amém.

12 05 QUINTA-FEIRA da semana I – Celebração

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Celebração para 5 de Dezembro 

QUINTA-FEIRA da semana I

Santos Frutuoso, Martinho de Dume e Geraldo, bispos – MO

L 1 Is 26, 1-6; Sl 117 (118), 1 e 8-9. 19-21. 25-27a  Ev Mt 7, 21. 24-27

As leituras que celebram os santos Frutuoso, Martinho de Dume e Geraldo, bispos, abordam a temática da confiança em Deus e da construção de uma vida sólida na fé. Isaías 26, 1-6 destaca a segurança e a salvação que vêm do Senhor, enquanto o Salmo 117 exalta a gratidão pela misericórdia divina. O Evangelho de Mateus 7, 21. 24-27 enfatiza a importância de praticar a Palavra de Deus, comparando-a à construção sobre rocha firme. Juntas, essas passagens convidam à reflexão sobre a liderança espiritual e o compromisso com a justiça e a verdade na vida cristã dos fiéis.

https://liturgia.pt/liturgiadiaria/dia.php?data=2024-12-5

LEITURA I Is 26, 1-6 «Entrará um povo justo, que pratica a fidelidade»

A dura experiência do exílio do povo de Deus em Babilónia e depois a experiência do regresso à sua terra de Judá fez sentir a esse povo que o seu grande defensor é o Senhor, que pode n’Ele confiar, que Ele é o seu rochedo inabalável.O exílio na Babilónia foi uma prova dolorosa para o povo de Deus, marcada pela perda da terra prometida, do templo e da liberdade. Contudo, foi também um tempo de renovação espiritual e de redescoberta da fidelidade divina. O regresso a Judá simbolizou a concretização da esperança e da promessa divina, reforçando a confiança em Deus como o rochedo inabalável. Ele mostrou ser o único capaz de sustentar e proteger o seu povo, mesmo nos momentos mais sombrios. Essa experiência fortaleceu a fé e a convicção de que o Senhor é sempre fiel às Suas promessas.

 O Advento, que anuncia e celebra a vinda do Senhor ao encontro dos homens para os salvar, quer fazer brotar em nosso coração a confiança e a fidelidade, porque elas são atitudes fundamentais de um povo justo.O Advento é um tempo de esperança e preparação, no qual somos convidados a abrir o coração para acolher a vinda do Senhor, que traz salvação e luz. Ele nos chama a viver a confiança em Deus, reconhecendo Sua fidelidade em cumprir Suas promessas. A fidelidade, por sua vez, nos impulsiona a permanecer firmes na fé e no compromisso com o bem. Essas atitudes são a marca de um povo justo, que caminha com alegria e perseverança ao encontro de Cristo, o Salvador, preparando-se para recebê-Lo com amor e humildade.

EVANGELHO Mt 7, 21.24-27
«Aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos Céus»

A fidelidade na esperança e a coragem de se manter vigilante na expectativa da vinda do Senhor são por Ele mesmo comparadas à firmeza da casa construída sobre a rocha. A imagem da rocha, para significar a fidelidade de Deus e a confiança que n’Ele se pode ter, é frequente na Sagrada Escritura. Sobre a rocha está construída a Igreja, e sobre o rochedo, a que a leitura anterior comparava o próprio Senhor, se há de apoiar a construção da vida de cada cristão, para que, ao chegar o Natal, o Senhor possa encontrar para Si uma casa, e não apenas uma gruta, e, na sua última vinda, sejamos acolhidos, com Ele, na casa do Pai.

 

 

 

Santo Martinho de Dume, bispo do século VI, é conhecido por sua vida de oração e pela evangelização na Galícia, onde fundou mosteiros e promoveu a fé cristã. São Frutuoso, bispo de Tarragona, destacou-se pela sua firmeza na defesa da fé durante perseguições e foi martirizado em 259. Já São Geraldo, bispo de Cavaillon, no século VII, é lembrado por sua dedicação pastoral e por realizar milagres, especialmente em favor dos pobres e necessitados. Todos esses santos exemplificam a liderança espiritual e o compromisso com a evangelização e a justiça social em suas comunidades.

 

da vida de cada cristão, para que, ao chegar o Natal, o Senhor possa encontrar para Si uma casa, e não apenas uma gruta, e, na sua última vinda, sejamos acolhidos, com Ele, na casa do Pai.

Santos Martinho de Dume, Frutuoso e Geraldo, bispos

 

São Francisco Xavier, presbítero