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Quarta Feira da XX semana do tempo comum

Quarta FEIRA DA XX SEMANA   19  DE AGOSTO

Índice

Quarta Feira da XX semana do tempo comum 1

PRIMEIRA LEITURA ………………………………. Ez 34,1-11 1

SALMO RESPONSORIAL……………………………….. Sl 22,1-6 1

EVANGELHO…………………………………….. Mt 20,l-16a 2

Ler a Palavra 2

Compreender a Palavra 2

DA PALAVRA PARA A VIDA 3

Oração 3

3

Apontadores 3

PRIMEIRA LEITURA (anos pares)     Ez      34,1-11

Salvarei as minhas ovelhas da sua boca e elas deixarão de ser uma presa para eles.

Leitura da Profecia de Ezequiel.

1A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2“Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel! Profetiza, dizendo-lhes: Assim fala o Senhor Deus aos pastores: Ai dos pastores de Israel, que se apascentam a si mesmos! Não são os pastores que devem apascentar as ovelhas? 3Vós vos alimentais com o seu leite, vestis a sua lã e matais os animais gordos, mas não apascentais as ovelhas. 4Não fortalecestes a ovelha fraca, não curastes a ovelha doente, nem enfaixastes a ovelha ferida. Não trouxestes de volta a ovelha extraviada, não procurastes a ovelha perdida; ao contrário, dominastes sobre elas com dureza e brutalidade.5As ovelhas dispersaram-se por falta de pastor, tornando-se presa de todos os animais selvagens. 6Minhas ovelhas vaguearam sem rumo por todos os montes e colinas elevadas. Dispersaram-se minhas ovelhas por toda a extensão do país, e ninguém perguntou por elas, nem as procurou. 7Por isso, ó pastores, escutai a palavra do Senhor: 8Eu juro por minha vida – oráculo do Senhor Deus – já que minhas ovelhas foram entregues à pilhagem e se tornaram presa de todos os animais selvagens, por falta de pastor; e porque os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas, mas apascentaram-se a si mesmos e não as ovelhas, 9por isso, ó pastores, escutai a palavra do Senhor!10Assim diz o Senhor Deus: Aqui estou para enfrentar os pastores e reclamar deles as minhas ovelhas. Vou tirar-lhes o ofício de pastor, e eles não mais poderão apascentar-se a si mesmos. Vou libertar da boca deles as minhas ovelhas, para não mais lhes servirem de alimento. 11Assim diz o Senhor Deus: Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas.

 

Ler a Palavra

Depois de ter recebido a notícia da queda de Jerusalém em 587 a. C., Ezequiel muda de tom na sua pregação. O povo podia sucumbir no desespero: esperava regressar depressa e jamais po­deria imaginar, pelo contrário, ver chegar outros irmãos de Jeru­salém a engrossar o número de deportados. O profeta então co­meça a falar de um novo futuro. Mas diz a verdade mesmo sobre o passado de Israel. A leitura de hoje é uma duríssima invectiva contra aqueles que deveriam ter tomado conta do povo e não o fizeram.

Compreender a Palavra

Na opinião de Ezequiel, Israel fora conduzido à ruína actual por uma série de maus pastores (reis e falsos profetas), que não pensaram no bem do povo. Serviram-se, pelo contrário, do povo, para conseguir o seu próprio proveito. Depois da segunda depor­tação, no ano de 587 a. C., a situação dos que tinham ficado na terra era ainda pior, abandonados ao poder de ladrões e lobos furiosos.

A boa notícia que Ezequiel dá é esta: «O Senhor vai cuidar pes­soalmente do seu povo.» (v. 11) É Ele o verdadeiro rei de Israel. Alguns salmos, provavelmente compostos naquele período – os chamados salmos de jhwh rei – dizem que o Senhor é rei ainda antes de David, melhor, ainda antes de Moisés. É Ele o Criador, capaz de formar agora um povo novo.

SALMO RESPONSORIAL          Sl 22,1-6

O salmo de hoje apresenta-nos a imagem do pastor que cui­da do seu rebanho. O orante pode abandonar-se a Deus, porque Ele é um pastor que fornece alimento, água e abrigo, mas é tam bém um hospedeiro que o convida para a Sua mesa como amigo, prometendo-lhe uma vida sem fim.

 (Sl 22)

— O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.

— O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.

— O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha e restaura as minhas forças.

— Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!

— Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.

— Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.

EVANGELHO    Mt       20,l-16a

Serão maus os teus olhos porque eu sou bom?

Ler a Palavra

O motivo que justificou inserir, neste lugar do Evangelho, a parábola dos operários da vinha, que é narrada somente por Ma­teus, parece ser a frase final, «Os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos» (v. 16), que retoma o último versícu­lo do capítulo precedente (19,30). No texto de hoje são pagos em primeiro lugar os últimos trabalhadores convidados pelo patrão a trabalhar na vinha. Enquanto escreve, Mateus tem ainda em mente o trecho da sequela que escutámos na liturgia de ontem (Mt 19,23-30): a recompensa prometida não é um direito adqui­rido, mas uma dádiva da bondade divina.

Compreender a Palavra

Para compreendermos a parábola devemos colocar entre pa­rêntesis a última frase do versículo 16. A parábola é a continua­ção do discurso precedente acerca da recompensa reservada aos discípulos. A narração prepara para o encontro dos trabalhadores com o proprietário da vinha ao anoitecer. Este entrega ao capa­taz a tarefa de pagar aos trabalhadores, a começar pelos últimos, para que os primeiros vejam como os últimos são pagos. Estes re­cebem o mesmo pagamento combinado com os primeiros, «um denário», isto é, o pagamento pelo trabalho de um dia. É com­preensível que surja a murmuração. Os que vêm depois esperam receber mais. O proprietário responde às críticas. Em primeiro lugar, não se trata de injustiça. Os primeiros receberam o que fora combinado, e a atitude do proprietário para com os últimos não os prejudicou. A murmuração nasce portanto da inveja, não de terem recebido uma injustiça. O proprietário é movido apenas pela bondade de coração. Ele não quis subestimar alguns, para fazer bem aos outros. É o pensamento não de um proprietário terreno, mas o de Deus Pai. O Seu pagamento não o dá somen­te por justiça, mas por graça. Não se pode ganhar a vida eterna, porque é um livre dom. Para Deus valem outras regras, Ele pensa de forma diferente dos homens. Uma só coisa devemos saber: Ele age apenas por bondade.

Mt       20,l-16a

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1“O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. 3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’.5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. 6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. 8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata. 11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.

13Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ 16aAssim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.

DA PALAVRA PARA A VIDA

No fundo, aquilo que justamente esperam os trabalhadores da primeira hora é que os últimos recebam menos do que eles.

É a atitude do irmão mais velho que não quer entrar na festa pelo regresso do irmão perdido (cf. Lc 15). É sempre muito difícil para nós passar de uma lógica capitalista, comercial, baseada – na melhor das hipóteses – sobre a justiça, para uma lógica de gratuidade, de dádiva, baseada no facto de que a única necessidade, para Deus, é a do amor.

Como os maus pastores de Israel (primeira leitura, anos pares) e como o rei que reinará, a pedido deles mesmos, sobre os is­raelitas (primeira leitura, anos ímpares), muitas vezes também nós procuramos tirar das situações o maior proveito pessoal possível. Isto é o que nós exigimos também de Deus, como se também pudéssemos pretender o que nos cabe. Não importa se se tratam de bens materiais ou de bens espirituais.

O Evangelho é um convite a experimentarmos a bondade de coração de Deus. Na relação com Ele o importante não é acu­mular e ter muito (como o jovem rico), mas reconhecer que

não se tem nada, que não podemos reclamar direitos e aco­lher tudo da Sua bondade, felizes de que Ele seja generoso não apenas connosco, mas também com os nossos irmãos, que a todos dê aquilo de que precisam para viver. Parece um para­doxo, mas é isto que nos parece difícil. Se alguém nos diz que para conquistar o amor de Deus temos de suportar provas terríveis, fazer esforços enormes, abandonar o pecado, rezar continuamente… parece-nos normal e obrigatório. Mas, se alguém nos anuncia que Deus é amor gratuito, misericórdia que ama o pecador, Pai que quer o bem dos Seus filhos e lhes enche as mãos para que as levantem para Ele, isto não nos convence. Muitas vezes não sabemos sequer aceitar um café de um amigo, sem pensar imediatamente que o temos de re­tribuir! E no entanto os bens fundamentais, a partir da vida, não podemos ganhá-los, mas só acolhê-los da mão generosa de Deus.

É necessária uma mudança radical de perspetiva. Tudo o que podemos fazer é pedir a Deus um coração capaz de deixar correr e de maravilhar-se de ser amado.

Oração

Ó Deus,
que não abandonastes o vosso Povo nas mãos de maus pastores,

mas o guiastes para as verdes pastagens e para a água viva e o reunis no vosso redil,olhai hoje com bondade para a vossa Igreja e concedei a todos nós a possibilidade de entrar na vida eterna.

Apontadores

Canção Nova   Leituras do dia 18 ; Leituras do dia 19
 
Eclesia Liturgia   Comentários dia 19

Deonianos    comentários dia 18  comentários para o dia 19

Eelmohdictof   comentários dia 19     https://wp.me/pb68SM-Gv

O jovem Rico  (18 de Agosto)

https://www.youtube.com/watch?v=1ZRDcE39IYA

 Feedback       

Trabalhadores da Vinha

https://youtu.be/yj8-mjLvWnU?list=PLMOePoRsDwRAeDbRxVKxLBhybl3MvRwqA

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Terça Feira da XX Semana do tempo comum(18/08/2020)

LectioDivinaLight

 

TERÇA FEIRA DA XX SEMANA   18 DE AGOSTO

Índice

PRIMEIRA LEITURA (anos pares)                             Ez 28,1-10. 1

Ler a Palavra. 1

Compreender a Palavra. 1

SALMO RESPONSORLAL                          DT 32,26 28.30.35-36. 1

EVANGELHO                  MT 19,23-30. 1

Compreender a Palavra. 2

DA PALAVRA PARA A VIDA.. 2

Oração. 2

Apontadores. 2

Feedback. 2

                            

PRIMEIRA LEITURA (anos pares)      Ez 28,1-10

Tu que és um homem e não Deus, pretendes ter um coração semelhante ao coração de Deus!

Leitura da Profecia de Ezequiel.

1A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2“Filho do homem, dize ao príncipe da cidade de Tiro: Assim fala o Senhor Deus: Porque o teu coração se tornou orgulhoso, tu disseste: ‘Eu sou um deus e ocupo o trono divino no coração dos mares’. Tu, porém, és um homem e não um deus, mas pensaste ter a mente igual à de um deus. 3Sim, tu és mais sábio do que Daniel! Segredo algum te é obscuro. 4Com talento e habilidade adquiriste uma fortuna, acumulaste ouro e prata em teus tesouros. 5Com grande tino comercial aumentaste tua fortuna, e com ela teu coração se tornou soberbo. 6Por isso, assim diz o Senhor Deus: Por teres igualado tua mente à de um deus, 7vou trazer contra ti os povos mais violentos dos estrangeiros. Eles puxarão suas espadas contra a tua bela sabedoria e profanarão o teu esplendor. 8Eles te farão baixar à cova, e morrerás de morte violenta no coração dos mares. 9Porventura, ousarás dizer: ‘Sou um deus!’ na presença de teus algozes, tu que és um homem e não deus, nas mãos dos que te apunhalam? 10Morrerás da morte dos incircuncisos, pela mão de estrangeiros, pois fui eu que falei — oráculo do Senhor Deus

Ler a Palavra

Estamos na parte do Livro de Ezequiel que contém, e é um elemento constante na literatura profética, alguns oráculos contra os povos pagãos. A tentação mais perigosa para cada pessoa é a de se julgar Deus, como a serpente tinha sugerido aos primeiros homens: «Sereis como deuses.» (Cf. GN 3,4) Também o rei de Tiro julgava ser Deus, ser omnipotente, mas a dura palavra do profeta vem sacudi-lo desta ilusão/tentação.

Compreender a Palavra

A serpente tinha dito aos nossos primeiros pais: «Podeis decidir vós da vossa vida: aquilo que é bem e aquilo que é mal para vós.» Mas foi um engano. Adão e Eva, ao excluírem o Senhor das suas vidas, verificaram imediatamente que eram apenas criaturas, despojadas de amor, egoístas, aterrorizadas perante a morte. Como o primeiro homem, também o rei de Tiro tinha comido da árvore do conhecimento do bem e do mal. Julgava-se sábio. Com a sua argúcia e inteligência conseguira ter o domínio dos mares, criando um império mercantil. Tinha acreditado também ele, como Adão, nas palavras da serpente: «Serás como Deus!» Todos deviam estar submetidos aos seus pés. É a atitude daquele que não quer conhecer a sua situação. Também para o rei de Tiro a realidade era bem diversa: ele não passava de um simples homem e irá experimentá-lo bem depressa, quando – não obstante a sua astúcia e inteligência – não conseguir opor-se à espada do rei de Babilónia e morrer como todos os outros homens.

SALMO RESPONSORLAL            DT           32,26 28.30.35-36

O Senhor serviu-se dos povos pagãos para punir e corrigir Israel, e agora castiga o orgulho estulto dessas nações, que atribuem a si mesmas os sucessos militares, conseguidos contra o povo eleito. Não reconhecer a ação de Deus que lhes «entregou» Israel nas suas mãos é sinal de insipiência e de estultícia.

Salmo Responsorial (Dt 32,26-36)

— Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver!
— Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver!

— Pensei: “Vou espalhá-los pela terra, farei cessar sua memória inteiramente”. Mas receava a reação dos inimigos, a má interpretação dos adversários.

— Eles diriam: Nossa mão prevaleceu, não foi o Senhor Deus que isto fez. Porque meu povo é gente sem juízo, é gente que não tem discernimento.

— Como pode um homem só perseguir mil, como dois podem fazer fugir dez mil? Não é porque sua Rocha os vendeu, não é porque o Senhor os entregou?

— Já vem o dia em que serão arruinados e o seu destino se apressa em chegar. Porque o Senhor fará justiça ao seu povo e salvará todos aqueles que o servem.

EVANGELHO    MT          19,23-30

É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que um rico entrar no reino de Deus.

Ler a Palavra

Depois do encontro com o «jovem rico», Jesus continua a tratar o tema da riqueza com uma advertência sobre o perigo que ela comporta (w. 23-26), e o anúncio da recompensa preparada para quem abandona os seus bens por causa do seu Nome (w. 27-30). A questão não é de possuir muitos bens, nem o facto de nem sempre os ter adquirido com justiça, nem mesmo por avareza. O «rico», protagonista dos ensinamentos do Mestre, é aquele que coloca nos bens a segurança da sua vida.

MT          19,23-30

Naquele tempo, 23Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. 24E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. 25Ouvindo isso, os discípulos ficaram muito espantados, e perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?” 26Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível”. 27Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?” 28Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. 29E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. 30Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos. E muitos que agora são os últimos, serão os primeiros.

Compreender a Palavra

Para Jesus, a riqueza não é algo neutro. Ela tem a força de subjugar os homens. A «Mamona» está em concorrência com o próprio Deus (cf. MT 6,24). Ninguém pode libertar-se do seu abraço, senão abandonando-se completamente a Deus. Di-lo Jesus com uma imagem drástica: certamente um camelo não pode passar pelo fundo duma agulha. Então, todos os ricos estão excluídos da vida eterna? Jesus disse que é difícil salvar-se, mas que não é impossível. Ele quer provocar. O jovem tinha falhado, não obstante estivesse sinceramente disposto a tal, porque o seu coração não estava livre da sedução dos bens. Com estas palavras os discípulos assustam-se. A resposta do Mestre não é consolatória, e no entanto liberta os homens do medo. Devemos confiar em Deus. Só nas Suas mãos está o destino de salvação. Ele é um Pai, não um tiranoÀ pergunta de Pedro, Jesus dá duas respostas: quem abandonou, encontrará (cf. v. 29); quem O seguir na humildade, participará na Sua glória (cf. v. 28).

DA PALAVRA PARA A VIDA

Todos nós precisamos de certezas para viver. Temos absoluta necessidade de algo seguro para nos apoiarmos. Possuirmos muitos bens, sentirmo-nos protegidos de eventuais imprevistos, podermos – através do dinheiro – obter tudo aquilo que queremos, dá-nos um sentido de segurança e, por vezes, até de que nada nos poderá atacar. A riqueza é símbolo de poder, de estima, de afeto. Uma vez que o seu abraço nos estreitou, dificilmente conseguimos libertar-nos dela só com as nossas forças. Torna-se algo que nos devora, um ídolo que, em vez de nos dar a vida, no-la pede: para termos mais dinheiro, uma casa maior, um automóvel mais potente, a quantas realidades da vida por vezes temos de renunciar! As relações familiares, fazer companhia aos filhos, dar a nós mesmos o justo e necessário repouso e lazer, dedicarmo-nos a cultivar a nossa relação com Deus… tudo passa para segundo plano. O homem seduzido pela riqueza perde o dom do discernimento: já não sabe o que de verdade tem valor na vida, o que é que resta quando tudo desaba, como sempre pode acontecer de um momento para o outro. Este julga-se Deus, como fez Adão, o primeiro homem, e como o rei de Tiro (primeira leitura, anos pares). Nesta posição já não pede ajuda a ninguém, senão às suas próprias forças. Mas ele não possui senão as forças de uma simples criatura, incapaz de dar a vida a si mesma.

Então, quais são as possibilidades que o rico tem de se salvar? Tudo esta nas mãos de Deus, o qual, mediante uma intervenção gratuita, através de uma palavra que sacode (como fez Ezequiel com o príncipe de Tiro) ou com uma intervenção na sua história pessoal (como aconteceu com Gedeão), pode encaminhá-lo para a humildade, o único caminho que conduz o homem para a proteção celeste. O primeiro passo é parar e interrogar-se: em que é que eu hoje coloco a minha esperança?

Oração

Ó Deus,
que abateis os ricos e os poderosos
e volveis o Vosso olhar para os pobres e os humildes,
dai-nos a sabedoria do coração
para sabermos avaliar a fragilidade
dos bens que passam e procurar os bens eternos.

 

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Apontadores

Canção Nova   Leituras do dia 18
 
Eclesia Liturgia   Leituras e comentários para o dia 18  

Deonianos    comentários dia 18

Eelmohdictof  

O jovem Rico
https://www.youtube.com/watch?v=1ZRDcE39IYA

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