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06 13 Sexta-feira da semana X – santo Antõnio de Lisboa

Agenda litúrgica

2025-06-13

Sexta-feira da semana X

S. António de Lisboa, presbítero e doutor da Igreja,
Padroeiro de Portugal – FESTA
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L 1 Sir 39, 8-14 (gr. 6-11); Sl 18 B (19B), 8. 9. 10. 11
Ev Mt 5, 13-19

Sugestão de imagem
Santo António com o Menino Jesus nos braços, segurando uma Bíblia aberta que irradia luz, diante de uma multidão reunida à sua volta, escutando

📖 Evangelho de Mateus 5, 13-19

13 Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal perder o sabor, com que se há-de salgar? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.
14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;
15 nem se acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candeeiro, e assim dá luz a todos os que estão em casa.
16 Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus.
17 Não penseis que vim abolir a Lei ou os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir.
18 Em verdade vos digo: enquanto o céu e a terra não passarem, nem uma só letra ou um só traço da Lei passará, sem que tudo se cumpra.
19 Portanto, aquele que infringir um só destes mandamentos, por mais pequeno que seja, e assim ensinar aos homens, será considerado o menor no Reino dos Céus; mas aquele que os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.


✨ REFLEXÃO

Jesus convida-nos a ser “sal da terra” e “luz do mundo” – sinais visíveis de autenticidade cristã. Não se trata apenas de cumprir rituais ou regras, mas de viver com coerência, temperando o mundo com a verdade do Evangelho e iluminando-o com o testemunho da fé.

Santo António de Lisboa (ou de Pádua) é um exemplo fulgurante desta vivência. O seu brilho não se apagou com a morte, pois viveu como sal e luz para o povo do seu tempo, e continua a sê-lo até hoje. Pregador ardente, homem de profunda oração, mestre da Palavra e defensor dos pobres, António foi luz que dissipou as trevas da ignorância e da injustiça.

Com o mesmo espírito de Jesus no monte, António não escondeu a sua luz nem silenciou o sabor da Palavra. Colocou os dons recebidos ao serviço da comunidade, não para sua glória, mas para glorificar o Pai que está nos Céus.

Quando Jesus diz que não veio abolir a Lei mas levá-la ao cumprimento, podemos ver em Santo António um intérprete fiel da Escritura, que a ensinou com profundidade e paixão, não como letra morta, mas como Palavra viva e libertadora.

A coerência entre o que António pregava e o que vivia tornou-o grande no Reino dos Céus. Era humilde, próximo do povo, atento ao sofrimento, e proclamava com firmeza o amor misericordioso de Deus. Assim, cumpriu o mandamento do amor em cada gesto.

Celebrar este Evangelho no dia ou na memória de Santo António é reconhecer que também nós somos chamados a dar sabor e luz ao mundo. Que a nossa fé não seja escondida, mas revelada em boas obras.


🙏 Oração

Senhor Jesus, que fizeste de Santo António sal da terra e luz do mundo, dá-nos a coragem de viver com sabor e brilho a nossa fé. Que as nossas palavras e obras conduzam outros ao Teu amor. Por intercessão de Santo António, faz de nós instrumentos da Tua luz. Ámen.


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06 12 Quinta-feira da semana X

2025-06-12

Quinta-feira da semana X

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 2Cor 3, 15 – 4, 1. 3-6; Sl 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14
Ev Mt 5, 20-26.

**"Duas mãos se encontrando sobre um arado quebrado"**.   - **Simbolismo**: O arado (ferramenta de trabalho) partido representa conflitos que paralisam a comunidade. As mãos que se unem para repará-lo ilustram a reconciliação como trabalho sagrado. Ao fundo, um altar com luz sugestiva, remetendo ao versículo 24.   - **Cores**: Tons terrosos (humildade) com raios de luz dourada (graça)

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### **Mateus 5,20-26**  

**20** “Porque eu vos digo: Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.  

**21** Ouvistes o que foi dito aos antigos: *Não matarás*; quem matar será réu de juízo.  

**22** Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se encoleriza contra seu irmão será réu de juízo; quem disser ao seu irmão: ‘Patife!’, será réu perante o Sinédrio; e quem lhe disser: ‘Louco!’, será réu do fogo do inferno.  

**23** Portanto, se estiveres para apresentar tua oferta no altar e ali te lembrares de que teu irmão tem algo contra ti,  

**24** deixa a tua oferta ali, diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; depois, vem apresentar a tua oferta.  

**25** Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho do tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz ao guarda, e serás lançado na prisão.  

**26** Em verdade te digo: dali não sairás, até que pagues o último centavo.”

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REFLEXÃO 

Jesus radicaliza a Lei ao exigir uma **justiça do coração**, não apenas de aparências. Os fariseus cumpriam ritos externos, mas Cristo aponta para a raiz do mal: a **ira não curada**, o **desprezo no olhar** e a **palavra que fere** (v. 22). A reconciliação torna-se prioridade absoluta – até mesmo sobre o culto no templo (v. 23-24). Deus não aceita ofertas de quem alimenta divisões.  .

Para o cristão, isso implica.

Autocrítica constante**: Identificar gestos de superioridade, julgamentos velados ou ressentimentos que nos afastam dos irmãos.  

Reconciliação urgente**: Não adiar o perdão. O “caminho para o tribunal” (v. 25) simboliza a vida terrena: tempo limitado para reparar laços.  

Justiça restaurativa**: Pagar “até o último centavo” (v. 26) significa reparar danos concretos, não apenas pedir desculpas. .

Este texto desmonta espiritualidades alienadas: não adianta rezar longas horas se há pessoas magoadas por nossas ações. A verdadeira adoração acontece **no altar das relações humanas**. A “justiça maior” (v. 20) é a caridade que vence o ódio com gestos de humildade: buscar quem ofendemos, ouvir quem ignoramos, devolver dignidade a quem tratamos com desdém.  .

A Cruz ecoa aqui: Cristo, inocente, reconcilia a humanidade com Deus. Seguí-Lo é **ser pacificador mesmo quando a ofensa parte do outro**. A prisão (v. 25) não é apenas jurídica: é a cadeia da amargura que nos aprisiona quando nos recusamos a perdoar. .

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ORAÇÃO 

*Senhor Jesus, Mestre da justiça verdadeira,  .

tira do meu coração toda semente de ira e soberba.  

Ensina-me a ver nos meus irmãos tua face amada.  

Se feri alguém com palavras ou silêncios,  

dá-me a coragem de buscar reconciliação.  

Que eu nunca coloque ritos acima da misericórdia,  

nem permita que o sol se ponha sobre minha mágoa.  

Faze-me instrumento da tua paz:  

onde houver ressentimento, que eu leve o perdão;  

onde houver ofensa, que eu leve a reparação.  

Pois só assim minha vida será oferta agradável  

no altar do teu Reino. Amém.*  

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06 11 Mateus 10, 7-13 Quarta-feira da Semana X Memória de São Barnabé, Apóstolo

Sugestão de imagem: Uma pintura de São Barnabé a caminhar com São Paulo, com um bastão de peregrino, sem riquezas, de rosto alegre e sereno, rodeado por pessoas simples a escutar a Palavra. Ao fundo, o símbolo do Espírito Santo em forma de pomba.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus segundo  S, Mateus 10, 7-13

Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos:
«Ide e proclamai que está próximo o Reino dos Céus.
Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios.
Dai gratuitamente o que gratuitamente recebestes.
Não leveis ouro, nem prata, nem cobre nos vossos cintos,
nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado:
porque o operário merece o seu sustento.
Em qualquer cidade ou aldeia onde entrardes, procurai saber quem ali é digno e ficai com ele até partirdes.
Ao entrardes na casa, saudai-a.
Se a casa for digna, venha sobre ela a vossa paz; se não for, volte para vós».


REFLEXÁO

Neste Evangelho, Jesus envia os apóstolos em missão, pedindo-lhes que anunciem a proximidade do Reino dos Céus e que realizem gestos concretos de libertação: curar, purificar, ressuscitar, expulsar o mal. No centro desta missão está uma atitude essencial: a gratuidade. O apóstolo deve oferecer tudo o que recebeu sem pedir nada em troca, confiando na providência e acolhimento.

Este envio missionário encontra eco perfeito na vida de São Barnabé, cuja memória hoje celebramos. Barnabé, embora não fizesse parte do grupo dos Doze, é chamado apóstolo nos Atos dos Apóstolos (cf. At 14,14), por ter sido verdadeiramente enviado a proclamar o Evangelho. Natural de Chipre, era levita e, como relata Lucas, vendeu os seus bens e colocou tudo aos pés dos Apóstolos (cf. At 4,36-37), dando testemunho concreto de desapego e generosidade.

Barnabé foi também instrumento de reconciliação e abertura: foi ele quem acolheu Paulo quando os outros cristãos ainda o temiam, e mais tarde, foi seu companheiro de missão. A sua figura emerge como a de um homem cheio do Espírito Santo, de fé e de coragem, capaz de ver o bem onde outros ainda hesitam.

O envio dos discípulos no Evangelho, com simplicidade e confiança, reflecte o estilo de Barnabé: um apóstolo que partiu sem grandes seguranças, apenas com a força da fé e do amor a Cristo. Aprendemos com ele a ser discípulos disponíveis, generosos e promotores de comunhão.


Oração 
Senhor, que encheste Barnabé de fé e do Espírito Santo, torna-nos como ele: generosos no anúncio, firmes na esperança, corajosos na caridade. Que também nós saibamos dar gratuitamente o que de Ti recebemos. Ámen.


06 10 São Lucas 2, 8-14 SANTO ANJO DA GUARDA DE PORTUGAL.

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Uma imagem simbólica poderá ser: Um campo à noite, com pastores admirados sob a luz intensa de um Anjo que aparece no céu; ao fundo, uma pequena manjedoura iluminada. Em segundo plano, pode inserir-se discretamente a figura do Anjo de Portugal com as mãos juntas, em atitude de adoração.

 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 2, 8-14…….

Reflexão.

Anjo do Senhor e a missão do Anjo de Portugal

8 Havia naquela região uns pastores que viviam nos campos e guardavam durante a noite as vigílias do seu rebanho.
9 Um Anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor refulgiu em volta deles, e ficaram possuídos de grande temor.
10 Disse-lhes o Anjo: «Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo:
11 Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor.
12 Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.»
13 De repente, juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo:
14 «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele …

REFLEXÃO 

Neste Evangelho, contemplamos a manifestação gloriosa do Anjo do Senhor aos pastores, portador de uma mensagem decisiva: o nascimento do Salvador. Esta aparição angélica, envolta na luz da glória divina, transmite alegria, paz e esperança.

A festa do Anjo de Portugal, celebrada neste dia 10 de Junho , convida-nos a recordar como também Portugal foi visitado por um enviado do Céu. O Anjo da Paz, como se apresentou aos três pastorinhos de Fátima, preparou-os com delicadeza e profundidade para a vinda da Virgem Maria. Tal como no Evangelho, a mensagem angélica em Fátima aponta para o essencial: adoração, reparação, humildade e confiança em Deus.

Assim como os pastores foram os primeiros a ouvir o anúncio do nascimento do Salvador, também os pequenos de coração – como Lúcia, Jacinta e Francisco – receberam mensagens celestes, convidando Portugal (e o mundo) à conversão e à paz. O Anjo de Portugal não trouxe apenas palavras, mas ensinou com o exemplo, prostrando-se em adoração, e com gestos, oferecendo o Corpo e Sangue de Cristo como reparação.


🙏 Oração

Anjo de Portugal,
mensageiro da paz e da glória de Deus,
ensina-nos a escutar com humildade
as palavras que vêm do Céu.
Ajuda-nos a acolher Cristo no coração,
a viver com verdade e simplicidade,
e a sermos instrumentos da paz de Deus
na nossa terra e no mundo.
Ámen.


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06 09 Santa Maria Mae da Igreja

EVANGELHO Jo 19, 25-34

 

 

«Eis o teu filho…Eis a tua Mãe»

 

 

* **Cena da Crucificação com foco em Maria e João:** Uma imagem clássica representando o momento descrito no Evangelho. Mostra Jesus na Cruz, com Maria e o Apóstolo João (o discípulo amado) aos seus pés. Jesus olha para eles, unindo-os com seu olhar ou gesto. Esta imagem captura diretamente o instante em que Maria é entregue como Mãe e o discípulo como filho.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
estavam junto à cruz de Jesus
sua Mãe, a irmã de sua Mãe,
Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Ao ver sua Mãe e o discípulo predileto,
Jesus disse a sua Mãe:
«Mulher, eis o teu filho».
Depois disse ao discípulo:
«Eis a tua Mãe».
E a partir daquela hora,
o discípulo recebeu-a em sua casa.
Sabendo que tudo estava consumado
e para que se cumprisse a Escritura,
Jesus disse:
«Tenho sede».
Estava ali um vaso cheio de vinagre.
Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre
e levaram-Lha à boca.
Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou:
«Tudo está consumado».
E, inclinando a cabeça, expirou.
Por ser a Preparação da Páscoa,
e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado
– era um grande dia aquele sábado –
os judeus pediram a Pilatos
que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro,
depois ao outro que tinha sido crucificado com ele.
Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto,
não Lhe quebraram as pernas,
mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança,
e logo saiu sangue e água.
Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

O Evangelho de João apresenta-nos um momento de profunda dor e imenso amor: a Mãe de Jesus, fiel até ao fim, está de pé junto à Cruz. Nas palavras finais de Jesus, “Mulher, eis o teu filho” e ao discípulo, “Eis a tua Mãe” (Jo 19:26-27), consuma-se um mistério central para os cristãos devotos de Maria.

Ao confiar sua Mãe ao “discípulo amado” (que representa todos os discípulos fiéis, a Igreja), e o discípulo a Ela, Jesus estabelece Maria como Mãe espiritual de todos os crentes. O discípulo “recebeu-a em sua casa” – não apenas física, mas sobretudo no seu coração e vida de fé. Maria torna-se assim a “Mãe da Igreja”.
 A presença de Maria no Calvário, compartilhando o sofrimento do Filho, é o auge da sua fé e obediência. Ela aceita esta nova missão materna, mesmo no meio da maior dor, tornando-se modelo de perseverança e aceitação da vontade de Deus.
* **A Nova Família de Deus:** A cena da Cruz é também o nascimento da nova família de Deus. Aos pés do Redentor que oferece a vida (“Tudo está consumado” – Jo 19:30), nasce a relação materno-filial entre Maria e cada cristão. O sangue e água que jorram do lado trespassado de Cristo (Jo 19:34), símbolos dos Sacramentos (Batismo e Eucaristia) que dão vida à Igreja, brotam no mesmo momento em que Maria é dada como Mãe a essa mesma Igreja.
 Este Evangelho é o fundamento bíblico da devoção a Nossa Senhora como nossa Mãe espiritual. Aceitar Maria como “Mãe”, como fez o discípulo, significa acolhê-la no coração, confiar na sua intercessão poderosa junto a Jesus, seu Filho, e procurar imitar as suas virtudes, especialmente a fé inabalável e a adesão total à vontade de Deus, mesmo nas provações. Ela é o modelo do discípulo que escuta e guarda a Palavra.

**Oração Curta:**

> “Ó Maria, Mãe da Igreja e minha Mãe querida,
> aos pés da Cruz foste dada a mim como dom precioso.
> Aceito-te com o amor do discípulo amado:
> guia-me, protege-me e ensina-me a seguir teu Filho.
> Rogai por mim, agora e sempre,
> para que, acolhido em vossa casa espiritual,
> alcance a graça da perseverança e da salvação.
> Amém.”

**Sugestão de Imagem:**

* **Cena da Crucificação com foco em Maria e João:** Uma imagem clássica representando o momento descrito no Evangelho. Mostra Jesus na Cruz, com Maria e o Apóstolo João (o discípulo amado) aos seus pés. Jesus olha para eles, unindo-os com seu olhar ou gesto. Esta imagem captura diretamente o instante em que Maria é entregue como Mãe e o discípulo como filho.
* **Por quê esta imagem?:** É a representação visual mais direta e poderosa do texto de João 19:25-27. Coloca o devoto no lugar do discípulo amado, convidando-o a contemplar o sofrimento redentor de Cristo e a acolher, ao lado de Maria, a maternidade espiritual que dali nasce para toda a Igreja. Evoca imediatamente o fundamento bíblico da devoção.

06 07 Sábado Jo 21,20-25 “Tu segue-me”

Sugestão de imagem: Uma estrada sinuosa em direcção a um horizonte iluminado por uma luz dourada do entardecer, com duas pegadas destacadas no caminho — sinal da caminhada pessoal com Cristo.

..Evangelho de Jesus Cristo  segundo S. João…..

Naquele tempo, 20 Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te vai entregar?” 21 Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: “Senhor, o que vai ser deste?” 22 Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa isso? Tu, segue-me!” 23 Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?” 24 Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25 Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos.

REFLEXÃO 

Na véspera de Pentecostes, a Igreja convida-nos a uma escuta interior mais atenta, a abrir o coração ao Espírito que vem. O Evangelho de hoje oferece-nos um diálogo final e íntimo entre Pedro e Jesus, com João discretamente presente. Pedro, preocupado com o futuro do “discípulo amado”, ouve de Jesus uma resposta firme e libertadora: “Tu, segue-me!”

Este apelo ecoa como um convite claro para nos concentrarmos na nossa própria vocação. O Espírito Santo não vem para satisfazer curiosidades sobre os caminhos dos outros, mas para nos tornar fiéis ao nosso próprio chamamento. Quantas vezes nos dispersamos, comparando-nos, julgando, distraindo-nos com o que não nos pertence? Hoje, Jesus desafia-nos: “E a ti, que te importa? Tu, segue-me!”. Cada discípulo tem um caminho único no corpo de Cristo, e é o Espírito quem o traça.

João, o discípulo amado, é aqui apresentado como aquele que dá testemunho com fidelidade. A sua presença discreta e amorosa ao longo do Evangelho culmina neste momento: ele é aquele que permanece, escreve e garante a veracidade da fé. O Espírito Santo, que amanhã celebraremos em plenitude, é o inspirador desta verdade viva que passa pela vida dos apóstolos e chega até nós.

Neste texto, há também um sabor de mistério e de humildade: “Jesus fez ainda muitas outras coisas…”. O Espírito não se deixa encerrar em palavras ou livros. Ele sopra onde quer. Por isso, aguardamos o Pentecostes com o coração aberto, conscientes de que há ainda muito a ser revelado a quem verdadeiramente O segue.


Oração:

Espírito Santo de Deus,
na véspera da Tua vinda,
faz de mim um discípulo atento ao chamado de Jesus.
Que eu não me distraia com o caminho dos outros,
mas siga com fidelidade o meu.
Vem, Espírito da Verdade,
dá-me coragem para testemunhar,
sabedoria para escutar,
e amor para permanecer em Cristo.
Amém.


 

 

 

 

 

06 08 Domingo de Pentecostes João 20,19-23

 

 

 

Escreve comentário de 350 palavras com incidência na valorização do espirito santo compõe uma oração  e sugere uma imagem  .EVANGELHO – João 20,19-23

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana,
estando fechadas as portas da casa
onde os discípulos se encontravam,
com medo dos judeus,
veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes:
«A paz esteja convosco».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado.
Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.
Jesus disse-lhes de novo:
«A paz esteja convosco.
Assim como o Pai Me enviou,
também Eu vos envio a vós».
Dito isto, soprou sobre eles e disse lhes:
«Recebei o Espírito Santo:
àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados;
e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».

REFLEXÃO

O Espírito Santo no Cristão.

O evangelho de João 20,19-23 apresenta-nos um dos momentos mais comoventes da vida dos discípulos: o encontro com o Ressuscitado. No meio do medo e da incerteza, com as portas fechadas e os corações fechados, Jesus vem ao encontro deles. A sua primeira palavra é de paz – não uma paz qualquer, mas a paz que nasce da Sua vitória sobre a morte, do Seu amor fiel até ao fim.

Mas este encontro não é apenas consolação: é envio. Assim como o Pai enviou o Filho, também o Filho envia os seus discípulos. E para essa missão, eles não vão sozinhos: recebem o dom maior – o Espírito Santo. Jesus sopra sobre eles, recordando o sopro criador de Deus no Génesis. Assim como o homem foi criado pelo sopro divino, agora a nova humanidade é recriada pelo sopro do Ressuscitado.

Receber o Espírito Santo é receber nova vida, força, coragem, discernimento e paz. Ele não é um dom apenas para os discípulos de outrora, mas para cada cristão baptizado. No dia do nosso Baptismo e da Confirmação, o Espírito foi-nos concedido. Vive em nós, anima-nos e transforma-nos à imagem de Cristo.

O Espírito Santo é Aquele que nos move à reconciliação, à comunhão, à paz. É Ele que nos faz vencer o medo e abrir portas e corações. A missão de perdoar, confiada aos discípulos, é hoje missão da Igreja e de cada um de nós. Ser cristão é ser canal da misericórdia de Deus para o mundo.

Neste Pentecostes, deixemo-nos encontrar pelo Senhor Ressuscitado. Deixemo-nos tocar pelo Seu sopro e renovar pelo Espírito. Que Ele nos liberte do medo, nos fortaleça na missão e nos transforme em testemunhas da paz de Cristo.

Oração final:
Espírito Santo, doce hóspede da alma, vem renovar o meu coração.
Sopra sobre mim, como em Pentecostes, e enche-me com a Tua paz.
Faz de mim testemunha do Ressuscitado, instrumento de perdão e mensageiro da alegria.
Liberta-me dos meus medos e conduz-me com a Tua luz.
Amém.

 

06 06 Sexta Jo 21, 15-19 «Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas»

Uma pintura ou ícone de Jesus ressuscitado junto ao mar, a olhar com ternura para Pedro, com um rebanho ao fundo — símbolo do cuidado, da confiança e do amor restaurado.

EVANGELHO Jo 21, 15-19
«Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João.

Quando Jesus Se manifestou aos seus discípulos junto ao mar de Tiberíades, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, amas-Me tu mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros». Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas». Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres». Jesus disse isto para indicar o género de morte com que Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO .

Neste epílogo do Evangelho de João, contemplamos uma cena de extraordinária ternura e exigência. Jesus, ressuscitado, aproxima-Se de Pedro, não para o acusar da negação, mas para o restaurar através do amor. Três vezes pergunta: “Amas-Me?”, e por três vezes confia-lhe o cuidado do rebanho: “Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas.”

Este diálogo revela o coração do discipulado cristão: não se trata apenas de fé ou de obediência, mas de amor. A missão nasce do amor a Cristo, e a autenticidade do amor manifesta-se no serviço aos irmãos. Pedro é chamado a tornar-se pastor não por mérito próprio, mas por amor — um amor frágil, mas verdadeiro, purificado pela dor e reerguido pela graça.

Às portas do Pentecostes, este texto é profundamente actual. O Espírito Santo que recebemos no Baptismo e na Confirmação torna-nos participantes da missão de Cristo. Cada cristão comprometido é chamado a ser “pastor” à sua medida: cuidar dos que lhe estão confiados, servir com humildade, conduzir pela palavra e pelo exemplo, sempre movido por um amor sincero e renovado.

Jesus conhece as nossas quedas, mas não nos descarta. Como fez com Pedro, restaura-nos e volta a confiar-nos tarefas de amor. A pergunta que Jesus dirige a Pedro ecoa também no nosso coração: “Amas-Me?” E a resposta não pode ser apenas teórica, mas visível na vida concreta, no serviço à Igreja, na atenção aos pobres, na construção da unidade.

Neste tempo que nos prepara para o Pentecostes, renovemos o nosso amor a Cristo e deixemo-nos guiar pelo Espírito, para sermos testemunhas do Ressuscitado, pastores do quotidiano, mensageiros de esperança.


Oração
Senhor Jesus,
Tu que sondas o coração e conheces o meu amor frágil,
renova-me com o Teu Espírito.
Ensina-me a servir como Pedro: sem medo, sem medida,
com fidelidade e compaixão.
Faz de mim um pastor segundo o Teu coração,
onde quer que me chames a viver e a amar.
Ámen.


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06 05 Quinta Jo 17, 20-26 «Sejam consumados na unidade»..

**Sugestão de imagem**

Uma pomba branca a descer sobre um grupo de cristãos de diferentes povos de mãos dadas, com São Bonifácio ao fundo segurando o Evangelho.

EVANGELHO Jo 17, 20-26 «Sejam consumados na unidade»..

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço somente por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim por meio da sua palavra, para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste, para que sejam um, como Nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que sejam consumados na unidade e o mundo reconheça que Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim. Pai, quero que onde Eu estou, também estejam comigo os que Me deste, para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres amado antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes reconheceram que Tu Me enviaste. Dei-lhes a conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer, para que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu esteja neles».

Palavra da salvação..

REFLEXÃO .

À medida que nos aproximamos da grande Solenidade do Pentecostes, este Evangelho de João coloca-nos no coração da oração de Jesus: a súplica pela unidade. É uma unidade que brota do próprio seio da Trindade — “como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti”. A Igreja nasce desta comunhão divina e é chamada a vivê-la e a testemunhá-la no mundo. A vinda do Espírito Santo no Pentecostes é a força que torna possível esta comunhão entre os crentes e com Deus..

A oração de Jesus revela um anseio profundo: que sejamos um só, para que o mundo creia. A missão da Igreja está intimamente ligada à sua unidade. A divisão enfraquece o testemunho; a comunhão, pelo contrário, manifesta ao mundo o amor de Deus. Por isso, o Pentecostes não é apenas uma festa do passado, mas uma realidade permanente: somos chamados hoje, como Igreja, a viver de modo sinodal, a escutar juntos o Espírito e a permanecer unidos em Cristo..

Neste contexto celebrativo, faz-se memória de São Bonifácio, o “Apóstolo da Germânia”, mártir da unidade e da evangelização. Enviado por Roma, trabalhou com coragem para unir povos divididos e para integrar os cristãos na comunhão da Igreja universal. A sua fidelidade até à morte é sinal de uma vida enraizada em Cristo e movida pelo Espírito. Bonifácio soube ser ponte entre culturas, fiel à verdade e promotor de comunhão..

Também nós, cristãos comprometidos, somos desafiados a ser construtores de unidade: no nosso lar, nas nossas comunidades, nos ambientes onde trabalhamos ou servimos. A unidade não se impõe — constrói-se com paciência, humildade, escuta e perdão. A oração de Jesus deve tornar-se nossa: «que todos sejam um»..

**Oração**.

Senhor Jesus, que rezaste para que fôssemos um só em Ti, envia sobre nós o teu Espírito de unidade. Que o exemplo de São Bonifácio nos inspire a viver com coragem a comunhão e o amor. Faz de nós sinais vivos da Tua presença no mundo. Ámen.

06 04 Quarta Jo 17, 11b-19«Para que sejam um como Nós»

Uma chama única a dividir-se em várias línguas de fogo, pousando sobre diferentes pessoas de todas as idades e culturas, reunidas em oração.

EVANGELHO Jo 17, 11b-19
«Para que sejam um como Nós».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

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Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e orou deste modo: «Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que Me deste, para que sejam um, como Nós. Quando Eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que Me deste. Guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição; e assim se cumpriu a Escritura. Mas agora vou para Ti; e digo isto no mundo, para que eles tenham em si mesmos a plenitude da minha alegria. Dei-lhes a tua palavra e o mundo odiou-os, por não serem do mundo, como Eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Eles não são do mundo, como Eu não sou do mundo. Consagra-os na verdade. A tua palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo. Eu consagro-Me por eles, para que também eles sejam consagrados na verdade»..

Palavra da salvação.

 

Evangelho de Jo 17, 11b-19 – Meditação 
“Para que sejam um como Nós”

Às portas do Pentecostes, este trecho do evangelho de João revela-nos a oração íntima de Jesus antes da Sua entrega. Ele não se esquece dos discípulos, nem de nós: reza por unidade, fidelidade e verdade. Jesus suplica ao Pai que nos guarde no Seu nome, que nos consagre na verdade e que nos livre do mal. Esta oração revela o coração de Cristo, cheio de amor e zelo por aqueles que o Pai Lhe confiou.

Jesus sabe que os Seus discípulos, e cada um de nós, permanecem no mundo, sujeitos à tentação, ao sofrimento e à oposição do espírito mundano. Mas Ele não pede uma fuga. Antes, envia-nos ao mundo, tal como Ele foi enviado. A missão do cristão é esta: viver no mundo, mas sem ser do mundo. Ser testemunha de um amor maior, ser sinal de unidade, fermento de paz, centelha de luz.

Neste tempo em que nos preparamos para acolher o Espírito Santo no Pentecostes, Jesus aponta-nos o caminho: a Palavra de Deus como verdade, a comunhão como testemunho, a consagração como entrega. Ser consagrado na verdade é viver uma vida transparente, alicerçada na Palavra, capaz de resistir ao engano e à superficialidade.

Hoje, como discípulos em missão, somos convidados a rezar com Jesus, a confiar no Pai e a deixar-nos moldar pela Palavra. A alegria de Cristo, aquela plenitude interior que Ele nos quer dar, brota precisamente desta comunhão profunda com Deus e com os irmãos.

A Igreja de Pentecostes nasce desta oração: uma Igreja una, fiel, enviada e consagrada na verdade. Que o Espírito Santo nos torne cada vez mais discípulos semelhantes a Cristo, enviados com coragem e humildade ao coração do mundo.


Oração
Senhor Jesus, que oraste por nós antes de partir, guarda-nos no teu amor, consagra-nos na tua verdade e faz-nos instrumentos de unidade. Envia o teu Espírito, para que sejamos fiéis à missão que nos confiaste. Ámen.


..

 

06 03 Jo 17, 1-11a Terça Feira  “Pai, glorifica o teu filho”

 

Carlos Lwanga e jovens mártires africanos com tochas nas mãos, rostos serenos, a olhar para o céu, com uma cruz ao fundo iluminada.
 Legenda: “Pai, glorifica o teu Filho… e neles sou glorificado.”

EVANGELHO Jo 17, 1-11a«Pai, glorifica o teu Filho»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste. É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo. Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar. E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com aquela glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu mos deste e eles guardam a tua palavra. Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti, porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste. É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu; e neles sou glorificado. Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para Ti».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

Evangelho de João 17, 1-11a & Memória de São Carlos Lwanga e Companheiros Mártires

Na oração sacerdotal de Jesus, que hoje começamos a escutar, encontramos a expressão mais profunda do Seu amor: oferece-Se ao Pai por todos os que Lhe foram confiados. Jesus está prestes a entrar na Sua paixão e, em vez de se fechar no medo ou na dor, entrega-Se totalmente em oblação, pedindo ao Pai que O glorifique — não para Si mesmo, mas para que a glória do Pai resplandeça no mundo por meio d’Ele. Esta entrega total é o modelo para todos os que desejam seguir verdadeiramente o Senhor.

Neste mesmo espírito de entrega se situam São Carlos Lwanga e os seus companheiros mártires, jovens cristãos de Uganda que, em 1886, preferiram a morte à negação da fé. Eram novos na fé, mas cheios do Espírito Santo. Perante a pressão de um rei tirano que queria afastá-los do caminho de Cristo, mantiveram-se fiéis, até ao martírio. A sua coragem recorda-nos que a glória de Deus se manifesta na fidelidade dos que O amam até ao fim. Como Jesus, também eles disseram “sim” até ao último sopro, glorificando o Pai com as suas vidas.

Aplicando este Evangelho e este testemunho à nossa vida, somos desafiados a viver com compromisso, a deixar que a Palavra nos transforme e nos torne fiéis, mesmo nas dificuldades. Ser cristão não é apenas acreditar, mas glorificar a Deus com a própria vida, tornando-nos reflexos da Sua presença no mundo. Na oração sacerdotal, Jesus intercede por nós: somos os que o Pai Lhe confiou. Cabe-nos agora viver à altura dessa confiança, como São Carlos Lwanga e os seus companheiros.

Oração
Senhor Jesus,
que Te entregaste ao Pai por amor de nós,
dá-nos a coragem de viver com fidelidade,
como São Carlos Lwanga e os seus companheiros.
Que a nossa vida glorifique o Pai
e testemunhe, com verdade,
a fé que recebemos.
Ámen.

06 02 Jo 16, 29-33 Segunda «Tende confiança: Eu venci o mundo»

 

 

**Cristo ressuscitado com as mãos erguidas, em gesto de bênção, com uma pomba a descer do céu sobre um grupo de fiéis que oram, rodeados por sombras mas iluminados por uma luz suave e celestial.**

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus: «De facto agora falas abertamente, sem enigmas. Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém Te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Agora acreditais? Vai chegar a hora – e já chegou – em que sereis dispersos, cada um para seu lado, e Me deixareis só; mas Eu não estou só, porque o Pai está comigo. Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz. No mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo».

Palavra da salvação.

Reflexão 

Neste trecho do Evangelho de São João (16, 29-33), Jesus prepara os discípulos para o tempo da ausência visível, já a antecipar o mistério da Ascensão e a proximidade do Pentecostes. É um momento de viragem: os discípulos fazem um acto de fé — “acreditamos que saíste de Deus” — e, paradoxalmente, Jesus anuncia-lhes que, apesar dessa fé, serão dispersos e abandoná-Lo-ão. Esta tensão entre fé e fragilidade humana é profundamente actual: quantas vezes também nós acreditamos, mas hesitamos diante da provação?
Jesus, no entanto, não os repreende duramente. Pelo contrário, revela-lhes um segredo essencial para a vida cristã: *”Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz.”* A paz cristã não é ausência de problemas, mas presença de Cristo no meio das tribulações. Ele não promete uma vida fácil, mas garante a Sua vitória: *”Tende confiança: Eu venci o mundo.”*

Ao aproximar-se o Pentecostes, somos convidados a abrir o coração ao Espírito Santo, que é o dom do Ressuscitado, a força que transforma discípulos dispersos em testemunhas corajosas. A vitória de Cristo sobre o mundo torna-se nossa quando, unidos a Ele, vencemos o medo, a indiferença e a tentação de desistir. Esta palavra de Jesus é chamada ao compromisso: no meio das lutas da vida — pessoais, familiares, sociais ou eclesiais — somos chamados a confiar n’Ele, a manter-nos fiéis e a ser construtores de paz.

Viver como cristãos comprometidos é assumir esta tensão: entre a fraqueza humana e a força divina, entre o mundo que nos desafia e o Espírito que nos fortalece. A proximidade de Pentecostes renova a esperança: o Espírito vem para nos unir, animar e transformar.

### **Oração**

Senhor Jesus, que venceste o mundo,
dá-nos a graça de confiar em Ti mesmo na tribulação.
Envia o Teu Espírito sobre nós,
para que sejamos fiéis no amor, corajosos no testemunho,-
e perseverantes na esperança.
Ámen.

06 02 Jo 16, 29-33 Segunda «Tende confiança: Eu venci o mundo»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus: «De facto agora falas abertamente, sem enigmas. Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém Te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Agora acreditais? Vai chegar a hora – e já chegou – em que sereis dispersos, cada um para seu lado, e Me deixareis só; mas Eu não estou só, porque o Pai está comigo. Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz. No mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo».

Palavra da salvação.

Reflexão 

Neste trecho do Evangelho de São João (16, 29-33), Jesus prepara os discípulos para o tempo da ausência visível, já a antecipar o mistério da Ascensão e a proximidade do Pentecostes. É um momento de viragem: os discípulos fazem um acto de fé — “acreditamos que saíste de Deus” — e, paradoxalmente, Jesus anuncia-lhes que, apesar dessa fé, serão dispersos e abandoná-Lo-ão. Esta tensão entre fé e fragilidade humana é profundamente actual: quantas vezes também nós acreditamos, mas hesitamos diante da provação?
Jesus, no entanto, não os repreende duramente. Pelo contrário, revela-lhes um segredo essencial para a vida cristã: *”Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz.”* A paz cristã não é ausência de problemas, mas presença de Cristo no meio das tribulações. Ele não promete uma vida fácil, mas garante a Sua vitória: *”Tende confiança: Eu venci o mundo.”*

Ao aproximar-se o Pentecostes, somos convidados a abrir o coração ao Espírito Santo, que é o dom do Ressuscitado, a força que transforma discípulos dispersos em testemunhas corajosas. A vitória de Cristo sobre o mundo torna-se nossa quando, unidos a Ele, vencemos o medo, a indiferença e a tentação de desistir. Esta palavra de Jesus é chamada ao compromisso: no meio das lutas da vida — pessoais, familiares, sociais ou eclesiais — somos chamados a confiar n’Ele, a manter-nos fiéis e a ser construtores de paz.

Viver como cristãos comprometidos é assumir esta tensão: entre a fraqueza humana e a força divina, entre o mundo que nos desafia e o Espírito que nos fortalece. A proximidade de Pentecostes renova a esperança: o Espírito vem para nos unir, animar e transformar.

### **Oração**

Senhor Jesus, que venceste o mundo,
dá-nos a graça de confiar em Ti mesmo na tribulação.
Envia o Teu Espírito sobre nós,
para que sejamos fiéis no amor, corajosos no testemunho,
e perseverantes na esperança.
Ámen.

06 01 Lc 24, 46-53 Domingo «Enquanto os abençoava, foi elevado ao Céu»

..Sugestão de imagem Uma representação de Jesus elevado aos céus com os braços erguidos em bênção, enquanto os discípulos, ainda iluminados pela Sua presença, O contemplam com alegria. Ao fundo, Jerusalém e, acima, a luz celeste a acolher o Ressuscitado.

06 01 Lc 24, 46-53 Domingo «Enquanto os abençoava, foi elevado ao Céu».

Conclusão do santo Evangelho segundo São Lucas.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto». Depois Jesus levou os discípulos até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu. Eles prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus..

Palavra da salvação..

REFLEXÃO .

Celebramos hoje a solenidade da Ascensão do Senhor, mistério glorioso que marca a conclusão da missão visível de Jesus na terra e o início da missão da Igreja. Cristo, depois da sua ressurreição, aparece aos discípulos, fortalece-lhes a fé e prepara-os para o envio do Espírito Santo. A Ascensão não é uma despedida melancólica, mas um passo necessário na glorificação de Jesus e na inauguração de uma nova presença: Ele sobe ao Céu para estar connosco de forma mais plena, por meio do Espírito.

O Evangelho de Lucas mostra-nos um gesto de bênção contínua: “Enquanto os abençoava, foi elevado ao Céu”. Jesus parte abençoando, ou seja, deixando-nos a certeza da Sua paz, da Sua protecção e da Sua missão. Os discípulos, longe de se entristecerem, regressam a Jerusalém “com grande alegria”. A Ascensão não os afasta de Jesus, mas aproxima-os d’Ele de forma espiritual e missionária..

Esta festa é um apelo à esperança activa. Vivemos no “já e ainda não”: já participamos na vitória de Cristo, mas ainda aguardamos a sua plena realização. Somos chamados a ser testemunhas da Ressurreição, vivendo com os olhos voltados para o Alto, mas os pés firmes no chão, na construção do Reino. O mandato de Cristo — “ser testemunhas do perdão” — é urgente no nosso mundo ferido, necessitado de misericórdia, reconciliação e paz.

Oração.

Senhor Jesus, elevado à glória do Pai, mantém-nos firmes na fé, alegres na esperança e activos na caridade. Que a Tua bênção nos fortaleça e o Teu Espírito nos conduza na missão que nos confiaste. Ámen.

05 30 Sexta .Jo 16, 20-23a «Ninguém vos poderá tirar a vossa alegria»João (16,20-23a)

….

Sugestão de imagem para este Evangelho de João 16, 20-23a: Uma composição simbólica com dois planos: No plano inferior, uma mulher em trabalho de parto, envolta em sombras suaves, com expressão de dor mas também de esperança. Ao lado, um pequeno grupo de discípulos com rostos tristes, representando o momento de ausência de Jesus. No plano superior, uma cena luminosa: a mesma mulher a segurar o seu filho recém-nascido com um sorriso de alívio e alegria, e os discípulos a con

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João….

    Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria. A mulher, quando está para ser mãe, sente angústia, porque chegou a sua hora. Mas depois que deu à luz um filho, já não se lembra do sofrimento, pela alegria de ter dado um homem ao mundo. Também vós agora estais tristes; mas Eu hei de ver-vos de novo e o vosso coração se alegrará e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. Nesse dia, não Me fareis nenhuma pergunta»..
Palavra da  salvação

Reflexão……….

No Evangelho de João (16,20-23a), Jesus antecipa aos discípulos um paradoxo da fé: a dor temporária e a alegria eterna. Ele compara a experiência deles ao parto: “A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, mas, depois que a criança nasce, já não se lembra da aflição, por causa da alegria” (Jo 16,21). Assim como a dor precede a vida nova, os sofrimentos humanos são passageiros, mas a alegria em Cristo é permanente.  

Para cada cristão, este texto é um convite a confiar no propósito divino mesmo nas provações. Seja em uma doença, uma perda ou um fracasso, a fé nos ensina a enxergar além do sofrimento. Como diz São Paulo: *“Considero que os sofrimentos do tempo presente não têm proporção com a glória que deve ser revelada em nós”* (Romanos 8,18). A oração diária, a leitura da Bíblia e a gratidão são práticas que mantêm viva essa alegria.  .

Santa Teresa de Calcutá viveu décadas de escuridão espiritual, mas sua alegria em servir aos pobres nunca se apagou. Ela dizia: *“A alegria é uma rede de amor para capturar almas”*. Além disso, a exortação *Gaudete et Exsultate* do Papa Francisco recorda: *“O Senhor nos chama a uma alegria que brota de saber que Ele está conosco”*. Nas comunidades, vemos testemunhos de irmãos que, mesmo em luto, encontram consolo na Eucaristia, provando que a alegria cristã é inquebrável.  

 

 

Oração Final**  ..

Senhor Jesus, fonte da verdadeira alegria, ensina-nos a confiar no Teu amor mesmo nas noites mais escuras. Que a Tua ressurreição seja nossa certeza e que, como farol na tempestade, Tua luz guie nossos passos. Amém.*