EVANGELHO Mt 21, 23-27 «Donde era o batismo de João?»
A incredulidade dos chefes do povo de Deus aparece aqui em contraste com a visão cheia de esperança do profeta pagão da leitura anterior. Jesus dá a entender que o orgulho e dureza de coração não deixam abrir os olhos, com fé, ao dom da presença de Deus no meio de nós. Já assim aconteceu em relação à pregação de João Batista, como virá igualmente a acontecer com a do próprio Senhor Jesus.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Naquele tempo, Jesus foi ao templo e, enquanto ensinava, aproximaram-se d’Ele os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, que Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes tudo isto? Quem Te deu tal direito?» Jesus respondeu-lhes: «Vou fazer-vos também uma pergunta e, se Me responderdes a ela, dir-vos-ei com que autoridade faço isto. Donde era o batismo de João? Do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a deliberar, dizendo entre si: «Se respondermos que é do Céu, vai dizer-nos: ‘Porque não lhe destes crédito?’ E se respondermos que é dos homens, ficamos com receio da multidão, pois todos consideram João como profeta». E responderam a Jesus: «Não sabemos». Ele por sua vez disse-lhes: «Então não vos digo com que autoridade faço isto».
Palavra da salvação..
Reflexão
Neste Evangelho, vemos Jesus questionado pelos chefes religiosos no templo acerca da autoridade com que realizava Suas obras. A pergunta de Jesus sobre a origem do batismo de João é profundamente desafiadora. Ela revela não apenas a incredulidade e o orgulho dos líderes, mas também a sua hipocrisia, já que não estavam dispostos a reconhecer a verdade por medo de perderem o poder ou a aprovação popular.
O Advento é um tempo de espera e preparação para o Natal, o nascimento de Jesus, a manifestação plena da autoridade divina na fragilidade humana. É também um convite à conversão e à humildade, qualidades que os chefes religiosos, neste episódio, não demonstram. A atitude deles contrasta com a missão de João Batista, que preparava o caminho do Senhor, conclamando o povo à mudança de coração e ao arrependimento.
Este Evangelho desafia-nos a refletir sobre a nossa própria abertura à verdade. Muitas vezes, tal como os príncipes dos sacerdotes e os anciãos, preferimos permanecer na nossa zona de conforto, evitando confrontar as exigências do Evangelho. O Advento chama-nos a romper com essa atitude de resistência. É tempo de reconhecer em Jesus a autoridade que vem do Céu, uma autoridade que não se impõe com violência, mas que nos convida ao seguimento livre e amoroso.. Nesta quadra natalícia, enquanto aguardamos o nascimento de Cristo, somos convidados a responder com humildade e fé à pergunta implícita de Jesus: “De onde vem a minha autoridade na tua vida?” A resposta depende de um coração disposto a acolhê-Lo como Senhor e Salvador. Assim como João Batista apontava para Cristo, também nós somos chamados a testemunhar, com a nossa vida, a autoridade de Jesus que transforma e salva.. O cenário deste Evangelho é o templo, o lugar da presença de Deus no meio do povo. No entanto, aqueles que deveriam reconhecer e acolher essa presença mostram-se cegos pelo orgulho. O Natal recorda-nos que Deus se fez próximo de todos, escolhendo uma humilde gruta como “templo” para Se manifestar. Somos chamados a tornar o nosso coração esse templo vivo, onde o Senhor possa habitar com a Sua autoridade de amor e paz…Neste Advento, o convite é claro: deixemos que Jesus reine nas nossas vidas. Não sejamos como os líderes do templo, presos ao medo ou ao orgulho, mas abramos os nossos corações à verdade que liberta. A pergunta de Jesus ecoa ainda hoje: estamos dispostos a acolher a Sua autoridade como algo que nos conduz à plenitude?
ORAÇÃO
Senhor Jesus, ajuda-nos a reconhecer a Tua presença e autoridade em nossas vidas. Que o nosso coração seja um templo humilde e acolhedor para o Teu amor. Dá-nos coragem para romper com o orgulho e o medo, e assim testemunhar, neste Natal, a alegria da Tua vinda. Amém.
Partilha.
Comentário 1: A Autoridade de Jesus e a nossa resistência
No Evangelho de hoje, Jesus questiona os chefes religiosos com sabedoria, revelando a falta de honestidade em seus corações. Eles evitam comprometer-se, pois temem as consequências de admitir a verdade. Muitas vezes, fazemos o mesmo: preferimos a zona de conforto, resistindo às mudanças que o Evangelho nos propõe. O Advento é o tempo de reconhecer a autoridade de Jesus, que não nos força, mas nos chama a um amor livre e sincero. Vamos abrir nossos corações e deixar que Cristo reine verdadeiramente em nossas vidas. (Comentário por Helena Santos, catequista dedicada e mãe de três filhos, Vila do Conde.)
Comentário 2: João Batista como ponte para Cristo
Os chefes do povo recusaram-se a aceitar o batismo de João e, consequentemente, não reconheceram a missão de Jesus. Neste Advento, somos convidados a revisitar o exemplo de João Batista, que apontava para Cristo como o verdadeiro Salvador. É preciso humildade para acolher a autoridade de Deus e deixar que Ele transforme nossos corações. Não sejamos como os líderes que recusaram a verdade por orgulho ou medo. Que nossas vidas apontem para Jesus, tal como João o fez. (Comentário por Artur Melo, antigo tradutor e cristão comprometido com a evangelização, Santa Catarina da Serra.)
Comentário 3: O templo do coração
No templo, lugar da presença divina, os líderes religiosos não reconheceram o próprio Deus encarnado. Este Evangelho recorda-nos que o Natal é a celebração de um Deus que escolheu a simplicidade de uma gruta para manifestar a Sua autoridade. Somos chamados a fazer de nosso coração um templo vivo, onde Jesus possa reinar. O orgulho e o medo não podem ser barreiras. Neste Advento, deixemos que o Senhor nos guie com a Sua autoridade de amor. (Comentário por Padre João Dias , sacerdote e comunicador dedicado, empenhado em transmitir a Palavra de Deus com simplicidade e profundidade.)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas
Naquele tempo,
o Anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia chamada Nazaré,
a uma Virgem desposada com um homem chamado José,
que era descendente de David.
O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo:
«Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras
e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o Anjo:
«Não temas, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus.
Conceberás e darás à luz um Filho,
a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo.
O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David;
reinará eternamente sobre a casa de Jacob
e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao Anjo:
«Como será isto, se eu não conheço homem?».
O Anjo respondeu-lhe:
«O Espírito Santo virá sobre ti
e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra.
Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice
e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril;
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então:
«Eis a escrava do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra».
Palavra da salvação.
Reflexão
O Evangelho de Lucas 1, 26-38 apresenta nos um dos momentos mais sublimes da história da salvação: a Anunciação. Este episódio é central na celebração da Solenidade da Imaculada Conceição, pois nos recorda que Maria, escolhida por Deus desde toda a eternidade, foi preservada do pecado original e preparada para ser a Mãe do Salvador.
A saudação do Anjo Gabriel – “Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo” – revela o privilégio singular de Maria. “Cheia de graça” significa que Maria foi agraciada por Deus de modo único, desde a sua concepção, vivendo plenamente em comunhão com a vontade divina. Este mistério da Imaculada Conceição foi proclamado dogma pela Igreja em 1854, mas desde os primeiros séculos já era profundamente venerado pelos cristãos, especialmente em Portugal.
Maria é o modelo de confiança e disponibilidade. Quando o Anjo anuncia que ela será a Mãe do Salvador, Maria, mesmo sem compreender totalmente, responde com fé: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. Sua resposta marca o início da encarnação do Verbo e demonstra a força do “sim” de uma vida entregue a Deus.,
No contexto do Advento, a celebração da Imaculada Conceição convida nos a preparar nossos corações para acolher Jesus, tal como Maria O acolheu. O Advento é um tempo de espera ativa e esperança, e Maria, na sua pureza e fidelidade, é a Estrela da Manhã que nos guia até Cristo. Assim como Deus preparou Maria, nós também somos chamados a preparar o nosso interior para o nascimento de Jesus.
Maria é sinal da nova criação. Nela, o pecado é vencido desde o princípio, antecipando o triunfo de Cristo sobre o mal. Durante o Advento, somos convidados a contemplar Maria como a “Nova Eva”, cuja obediência contrasta com o pecado original. Seu “sim” à vontade de Deus é o exemplo que devemos seguir no caminho de conversão.,
,
Portugal tem uma devoção especial a Nossa Senhora, especialmente sob o título da Imaculada Conceição, que foi proclamada Padroeira do país em 1646 pelo rei D. João IV. Este ato de confiança na proteção de Maria é parte integrante da identidade nacional e religiosa portuguesa. A devoção à Mãe Imaculada está profundamente enraizada no povo, expressa em procissões, festas e na recitação do terço.
O Santuário de Fátima é um exemplo eloquente desta devoção. Ali, Maria apareceu com uma mensagem de paz e conversão, confirmando a sua proximidade com o povo português e com toda a humanidade. A mensagem de Fátima é também um apelo à oração e à confiança no poder de Deus, que pode transformar o mundo através do coração puro e humilde de Maria.
Maria no Contexto da Igreja
A Imaculada Conceição é um sinal do amor de Deus pela humanidade. Na Igreja, Maria é Mãe e intercessora. Assim como Ela disse “sim” para acolher Jesus, somos convidados a acolher Cristo em nossas vidas. A Imaculada Conceição nos recorda que Deus age de modo especial nas pessoas simples e disponíveis, e que a santidade é um chamado para todos.
Maria é modelo de vida cristã: a sua obediência à vontade de Deus, a sua humildade e o seu silêncio são lições para os nossos dias. No Advento, Maria nos ensina a esperar e a confiar. Ela nos lembra que a preparação para o Natal não é apenas externa, mas principalmente interior.
Oração à Imaculada Conceição
Ó Maria Imaculada, Mãe cheia de graça,
padroeira de Portugal e modelo de fé,
ajuda-nos a dizer “sim” à vontade de Deus
e a preparar nossos corações para a vinda de Jesus.
Conduze-nos pela luz do Advento
até o mistério do Natal.
Intercede por nós, Mãe querida,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.
Testemunhos
Criança (8 anos):
“Gostei muito de ouvir esta história de Maria e do anjo. Fiquei feliz porque Maria disse ‘sim’ a Deus. Acho que ela é muito corajosa porque deve ser difícil ouvir algo tão diferente e confiar. Quero aprender a confiar em Deus como ela.”
Jovem (22 anos):
“Este Evangelho me fez pensar sobre as escolhas que fazemos na vida. Maria não tinha todas as respostas, mas confiou e seguiu em frente. Isso me inspira a dizer ‘sim’ para os desafios que Deus coloca no meu caminho, mesmo quando não entendo tudo. É um exemplo forte de fé e coragem.”
Idoso (70 anos):
“Este texto sempre me emociona. Vejo em Maria uma simplicidade e uma entrega que nos falta tantas vezes. A coragem dela em aceitar a vontade de Deus me faz refletir sobre como devo enfrentar as dificuldades da vida. Ela é um modelo de fé, e sua resposta nos ensina a confiar em Deus em qualquer situação.”
Perspetiva de Cristina
Esmiuçando EVANGELHO, Lucas (1: 26-38) (II)
26 E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. 28 E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. ( Muitos perguntam-se: como pode Maria ter sido concebida sem pecado, se é Jesus que nos resgata e Ele ainda não era nascido? A Deus nada é impossível! Mas aconteceu, tendo em vista os méritos de Jesus na Cruz, ou seja, por antecipação, Ela nasce redimida. O Anjo Gabriel quando A viu, reconhece-A imediatamente, como a Imaculada – Alegra-Te, Cheia da Graça! Uma vez mais, a Graça de não ser possuída pelo pecado – vem-nos por Cristo; assim, Ela o é, antecipadamente, pela concepção de Jesus em Seu ventre. Debrucemo-nos sobre a leitura de Gén. Cap. 15- “porei INIMIZADE entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Ela te esmagará a cabeça e tu a atingirás no calcanhar” – Deus profetiza a Salvação! Sendo o demónio aqui representado pela cobra, que mulher é essa, sua inimiga mortal de Quem foge, e que tem poder sobre ele? – Maria! – Acerca da Sua descendência , a IGREJA, e sob a protecção de Maria, os filhos da Luz vencerão os filhos das trevas. Eva estava inoculada com o veneno da serpente , gerando a sua descendência para as trevas do pecado. Maria, de modo antecipado, possuindo a Graça e a Salvação, tem como descendência a Luz – Jesus – que nos redime de toda a treva. Apesar disso, Ela é criatura de Deus e, como nós, precisa de corresponder ao Senhor. No “eis aqui a Serva do Senhor” doou-Se inteiramente ao Pai, mudando o rumo da história da Humanidade e do pecado, a que estava sujeita) 29 E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. 30 Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, 31 E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. 32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, 33 e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim. 34 E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. 36 E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril. 37 Porque para Deus nada é impossível. 38 Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela. (A vida com Deus é um movimento, uma dinâmica – FAÇA-SE EM MIM, SEGUNDO A SUA PALAVRA – a mais perfeita forma de oração, para chegarmos à Santidade. O projecto que Deus tem para cada um de nós, é para se ir construindo com o tempo, amadurecendo, para um resultado, o mais ajustado possível à Sua vontade, e acharmos graça diante de Deus, tal como a Nossa Mãe do Céu. Eva visitada pelo demónio, caiu pelo pecado no NÃO que deu a Deus, arrastando com ela, toda a sua descendência. Ao contrário, quando visitada pelo Anjo, Maria disse SIM, trazendo à Sua descendência, nós pelo baptismo em Jesus Cristo, o perdão e a salvação. A serpente, mordisca o nosso calcanhar, mas por intercepção da Nossa Mãe, igualmente, lhe esmagaremos a cabeça.)
Esmiuçando EVANGELHO, Lucas (1: 26-38) (II)
26 E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. 28 E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. ( Muitos perguntam-se: como pode Maria ter sido concebida sem pecado, se é Jesus que nos resgata e Ele ainda não era nascido? A Deus nada é impossível! Mas aconteceu, tendo em vista os méritos de Jesus na Cruz, ou seja, por antecipação, Ela nasce redimida. O Anjo Gabriel quando A viu, reconhece-A imediatamente, como a Imaculada – Alegra-Te, Cheia da Graça! Uma vez mais, a Graça de não ser possuída pelo pecado – vem-nos por Cristo; assim, Ela o é, antecipadamente, pela concepção de Jesus em Seu ventre. Debrucemo-nos sobre a leitura de Gén. Cap. 15- “porei INIMIZADE entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Ela te esmagará a cabeça e tu a atingirás no calcanhar” – Deus profetiza a Salvação! Sendo o demónio aqui representado pela cobra, que mulher é essa, sua inimiga mortal de Quem foge, e que tem poder sobre ele? – Maria! – Acerca da Sua descendência , a IGREJA, e sob a protecção de Maria, os filhos da Luz vencerão os filhos das trevas. Eva estava inoculada com o veneno da serpente , gerando a sua descendência para as trevas do pecado. Maria, de modo antecipado, possuindo a Graça e a Salvação, tem como descendência a Luz – Jesus – que nos redime de toda a treva. Apesar disso, Ela é criatura de Deus e, como nós, precisa de corresponder ao Senhor. No “eis aqui a Serva do Senhor” doou-Se inteiramente ao Pai, mudando o rumo da história da Humanidade e do pecado, a que estava sujeita) 29 E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. 30 Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, 31 E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. 32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, 33 e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim. 34 E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. 36 E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril. 37 Porque para Deus nada é impossível. 38 Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela. (A vida com Deus é um movimento, uma dinâmica – FAÇA-SE EM MIM, SEGUNDO A SUA PALAVRA – a mais perfeita forma de oração, para chegarmos à Santidade. O projecto que Deus tem para cada um de nós, é para se ir construindo com o tempo, amadurecendo, para um resultado, o mais ajustado possível à Sua vontade, e acharmos graça diante de Deus, tal como a Nossa Mãe do Céu. Eva visitada pelo demónio, caiu pelo pecado no NÃO que deu a Deus, arrastando com ela, toda a sua descendência. Ao contrário, quando visitada pelo Anjo, Maria disse SIM, trazendo à Sua descendência, nós pelo baptismo em Jesus Cristo, o perdão e a salvação. A serpente, mordisca o nosso calcanhar, mas por intercepção da Nossa Mãe, igualmente, lhe esmagaremos a cabeça.)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas,
pregando o Eva
ngelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao ver as
multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como
ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os
trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua
seara». Depois chamou a Si os seus Doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os
espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades. Jesus deu-lhes também
as seguintes instruções: «Ide às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho,
proclamai que está perto o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos,
sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça».
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
O Evangelho apresenta-nos Jesus percorrendo cidades e aldeias, ensinando, curando e
mostrando compaixão pelas multidões fatigadas. Essa passagem evoca de forma
poderosa o espírito do Advento, tempo de espera pela vinda de Jesus, o Pastor que
cuida de suas ovelhas.
Advento: Um tempo de compaixão e missão
O Advento é, por excelência, um tempo de esperança e renovação. Neste período, a
Igreja chama nos a refletir sobre o amor compassivo de Deus, revelado em Jesus. A
compaixão de Cristo pelas multidões “fatigadas e abatidas” reflete o olhar
misericordioso de Deus sobre a humanidade, especialmente os mais vulneráveis.
Hoje, como no tempo de Jesus, muitas pessoas vivem sem direção, “como ovelhas sem
pastor”. O consumismo, a indiferença espiritual e a solidão marcam a vida de muitos.
Este Evangelho desafia nos a sermos instrumentos de Deus para aliviar essas
realidades, especialmente neste tempo do Advento, quando somos chamados a preparar
nossos corações e o mundo para receber o Salvador.
A Igreja como continuadora da missão de Jesus
A compaixão de Jesus não se limita ao olhar; ela o leva à ação. Ele envia os Doze
discípulos em missão, capacitando-os a curar, libertar e anunciar o Reino dos Céus. Esta
missão confiada aos discípulos é hoje continuada pela Igreja.
No contexto de Portugal, a Igreja enfrenta desafios específicos: a secularização, o
distanciamento das novas gerações e a falta de vocações. No entanto, este Evangelho é
uma chamada à esperança e ao compromisso. A “seara é grande” e há muitas
oportunidades para levar Cristo aos que ainda não o conhecem ou que se afastaram. É
urgente “pedir ao Senhor da seara que mande trabalhadores”, mas também reconhecer
que todos os batizados têm a missão de ser testemunhas da fé.
No contexto global, as desigualdades sociais, os conflitos e as crises ecológicas
evidenciam a necessidade de uma Igreja que seja sinal de compaixão e justiça. O Papa
Francisco tem insistido numa Igreja em saída, próxima dos pobres e comprometida
com o cuidado da criação. Este Evangelho nos convida a participar ativamente desta
missão, especialmente no Advento, tempo de preparação para a chegada de Jesus, o
Príncipe da Paz.
Recebestes de graça, dai de graça
Jesus recorda aos discípulos que tudo o que receberam é dom gratuito de Deus. No
Advento, somos convidados a refletir sobre a gratuidade do amor de Deus, manifestado
no mistério da Encarnação. Assim como Jesus nos amou gratuitamente, somos
chamados a compartilhar esse amor com os outros, especialmente os mais
necessitados.
A gratuidade é uma mensagem relevante em um mundo marcado pela busca incessante
por vantagens e recompensas. No Advento, somos desafiados a viver a generosidade,
traduzida em gestos concretos de solidariedade. Como Igreja, isso significa intensificar
as ações de evangelização e caridade, levando a esperança e a luz de Cristo às “ovelhas
perdidas”.
Reflexão prática para o Advento
Cultivar a compaixão: Inspirados por Jesus, devemos olhar para os outros com o mesmo amor compassivo. Quem são as “ovelhas sem pastor” no nosso contexto? Como podemos ser sinais desperança para elas? Viver a missão: O Advento é um tempo para refletirmos sobre o nosso papel como discípulos
missionários. Somos chamados a ser luz em meio às trevas, proclamando o Reino com
nossas palavras e ações.Partilhar os dons: Assim como Jesus nos ensinou, devemos
dar de graça aquilo que recebemos. A partilha do tempo, dos recursos e da fé é uma
forma concreta de vivermos o Advento.
Oração
Senhor Jesus, Pastor compassivo, olha para nós, que tantas vezes nos sentimos
fatigados e perdidos. Dá-nos um coração cheio de compaixão, capaz de enxergar as
necessidades dos outros e de agir com generosidade. No Advento, ensina-nos a
preparar o nosso coração para a Tua vinda e a sermos sinais do Teu Reino no mundo.
Envia trabalhadores para a Tua seara e faz de nós instrumentos da Tua paz e do Teu
Vinde a Mim, Todos os que andais cansados e oprimidos
Há pessoas a quem tudo corre bem e há outras que nem por isso Há pessoas otimistas e outras que vêm tudo pelo lado negativo Mas uns e outros vamos descobrindo que só no encontro com Deus a vida encontra esperança e redenção
Nos dias de fraqueza e na hora da derrota é só na tua força, Jesus que ouso recomeçar Quando já não consigo manter a máscara de boa disposição sei que posso contar com o teu ombro amigo Quando a desilusão me desgasta o coração sei que os teus braços estão abertos para me acolher Na fragilidade e na necessidade a tua voz ajuda-me a ficar inteiro de novo.
Isaias 40, 1-11 Consolai o meu povo, diz o vosso Deus
O Deus em quem acreditamos, Aquele que dá sentido e sabor à nossa vida, é um Deus ambulante. Em todos os momentos da história. consola-nos com palavras de perdão e oferece uma alternativa de vida nova e feliz
Deus de misericórdia e perdão, junto de Ti me sinto feliz, mesmo que me doa o coração. Com confiança Te peço: consola este teu povo! consola os que dizem vergados pelo peso do desespero. Fala-nos da paz abundante que nos espera, da ternura que curará as nossas almas feridas.
Estes dias de Advento são um exercício de desabituação Estamos habituados à miséria dos povos à fragilidade dos amores, à mesquinhez dos poderosos, ao peso da desilusão – Mas a Palavra de Deus desafia-nos as coisas podem ser diferentes Melhores! Deus convida-te a colaborares com Ele na transformação destse mundo
Tu desafiaste os israelitas à esperança e cumpristes a tua promessa. Tu convidaste a esperar a vinda do teu Filho e Ele tornou – Se luz para o mundo. Com confiança , eu te peço o dom da esperança. Só a esperançaem Ti me sustenta contra o desespero. Só o teu dom mantém o meu entusiasmo e o meu compromisso de fazer a diferença . jk v
Maria disse, então: “Eis a serva do Senhor:faça-se em mim segundo a tua palavra”
Tu moras em muitas histórias: na tua família, no trabalho, na politica. Numas, és o protagonista E noutras és a vítia Nalgumas serás espetador neutral E em outras podes ser o vilão Mas moras também na históri de Deus Estás nesta história com Maria de Nazaré e com tantos homens e mulheres que puseram a sua esperança em Deus. E que nesta entrega encontraram a sua alegria
Bendita tu, Maria, filha dos pobres que te tornastes Mãe do Senhor dos reis Bendito o teu peito Qu O alimentou com amor, a tua boca que O beijou e os teus baços que O aconchegaram (Sto Efré sírio século IV)
Ao ver as multidões (Jeus) encheu-se de compaixão porque andavam fatigadas e abatidas .
Como as multidões do tempo de Jesus andamos desnorteados , apáticos, cansados. Perdemos a capacidade de sonhar. Amarramo-nos a desejos pequeninos que trarão alegria medíocre . Perdemos o Nortte e a vontade de caminhar. Mas hoje, como há 2000 anos Jesus olha para nós com compaixão e desafia-nos.
“corações ao alto
Espero e confio em Ti, Jesus Apesar da minha fé hesitante, espero. Ainda que me deixe cair no desânimo, espero. “O nosso coraçção está em Deus” E por isso, recomeço
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, as multidões perguntavam a João Batista: «Que devemos fazer?». Ele respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma; e quem tiver mantimentos faça o mesmo». Vieram também alguns publicanos para serem batizados e disseram: «Mestre, que devemos fazer?». João respondeu-lhes: «Não exijais nada além do que vos foi prescrito». Perguntavam-lhe também os soldados: «E nós, que devemos fazer?». Ele respondeu-lhes: «Não pratiqueis violência com ninguém nem denuncieis injustamente; e contentai-vos com o vosso soldo». Como o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias, ele tomou a palavra e disse a todos: «Eu baptizo-vos com água, mas está a chegar quem é mais forte do que eu, e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias. Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo. Tem na mão a pá para limpar a sua eira e recolherá o trigo no seu celeiro; a palha, porém, queimá-la-á num fogo que não se apaga». Assim, com estas e muitas outras exortações, João anunciava ao povo a Boa Nova».
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
No tempo de João Batista, a expectativa pela vinda do Messias era intensa. O povo de Israel vivia sob a ocupação romana, e muitos esperavam um libertador político. João, inserido na tradição profética, aparece no deserto pregando a conversão e o arrependimento. Ele não se limita a anunciar a vinda de Cristo, mas exorta todos a se prepararem por meio de uma vida justa e solidária.
João responde a perguntas de diferentes grupos sociais – multidões, publicanos, soldados – indicando ações concretas de justiça e partilha. Para ele, a conversão não é apenas um ato espiritual, mas um compromisso prático com o próximo. Ele destaca que o Messias virá para transformar profundamente a humanidade, batizando com o Espírito Santo e com o fogo.
A mensagem de João Batista permanece atual, pois as perguntas ecoam em nossos dias: “Que devemos fazer?” Em um mundo marcado por desigualdades e injustiças, a resposta de João nos convida à solidariedade e à integridade.
Hoje, a partilha de bens, a honestidade nas profissões e o respeito pelo próximo são atitudes que ainda refletem a preparação para o encontro com Cristo. A chamada à conversão é um convite a renovar nossas atitudes, vivendo o amor ao próximo e combatendo o egoísmo.
Para o cristão, o apelo de João Batista é uma exortação à coerência de vida. A fé não pode ser apenas declarada, mas deve manifestar-se em gestos concretos. Assim como João pregou a justiça e a partilha, o cristão é chamado a testemunhar o Evangelho através de suas ações, contribuindo para um mundo mais humano e solidário.
Além disso, a mensagem de João sobre o batismo com o Espírito Santo nos lembra que a conversão não depende apenas de nossos esforços, mas é fruto da graça divina que age em nós. Ao abrir o coração à ação do Espírito, o cristão encontra força para superar suas falhas e viver de forma renovada.
Oração
Senhor, dá-nos um coração aberto à Tua palavra e disposto a mudar. Ajuda-nos a viver na partilha, na justiça e no amor ao próximo, preparando o caminho para a Tua vinda. Que o Teu Espírito nos transforme e nos faça sinais do Teu Reino no mundo. Amém.
EVANGELHO Mt 17, 10-13
«Elias já veio e não o reconheceram»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Ao descerem do monte, os discípulos perguntaram a Jesus: «Porque dizem os escribas que Elias tem de vir primeiro?» Jesus respondeu-lhes: «Certamente Elias há de vir para restaurar todas as coisas. Eu vos digo, porém, que Elias já veio; mas, em vez de o reconhecerem, fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem será maltratado por eles». Então os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Batista.
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
O Evangelho de Mateus 17, 10-13 convida nos a refletir sobre o reconhecimento dos sinais de Deus e a abertura do coração para acolher a Sua vontade. Jesus revela aos discípulos que Elias, figura profética aguardada pelos judeus como precursor do Messias, já veio na pessoa de João Batista. No entanto, ele foi rejeitado, incompreendido e maltratado, como o próprio Jesus seria.
Essa passagem carrega uma mensagem profunda sobre o risco de ignorarmos os sinais divinos por estarmos presos a preconceitos, expectativas humanas ou distrações. Os escribas e o povo aguardavam Elias em sua forma gloriosa, mas não reconheceram sua manifestação humilde e austera em João Batista. Essa atitude reflete nossa tendência de idealizar como Deus deveria agir em nossas vidas, negligenciando o modo simples e, por vezes, desconcertante com que Ele opera.
Aplicando aos crentes, este Evangelho nos desafia a manter uma atitude de vigilância e discernimento. Quantas vezes esperamos que Deus se revele em grandes eventos, mas Ele fala através do cotidiano, das palavras de um amigo, de uma homilia, ou mesmo do sofrimento? João Batista, com sua mensagem de conversão, apontava para Cristo, mas foi rejeitado por aqueles que não estavam dispostos a mudar. O mesmo pode acontecer conosco: Deus nos convida à transformação, mas podemos resistir por comodismo ou medo.
Além disso, o Evangelho alerta para a perseguição enfrentada por aqueles que se mantêm fiéis à missão de Deus. João Batista e Jesus são exemplos de quem viveu a verdade até as últimas consequências, enfrentando incompreensão e sofrimento. Também somos chamados a ser testemunhas da verdade, mesmo diante de desafios. Ser discípulo é muitas vezes nadar contra a corrente, sendo sinais de esperança e amor num mundo que nem sempre compreende o Evangelho.
Aplicação prática
Como podemos reconhecer os “Joões Batistas” de nosso tempo? Eles podem ser aqueles que nos chamam à conversão, que nos desafiam a viver uma vida mais autêntica e cristã. Peçamos a graça de discernir as vozes que Deus envia ao nosso coração e, sobretudo, de abrir-nos à ação transformadora de Sua Palavra.
E, como João Batista e Jesus, tenhamos coragem de ser instrumentos de Deus, mesmo quando nossa missão encontrar resistências. Que a nossa vida, em sua simplicidade e entrega, também aponte para Cristo.
Oração
Senhor Deus, que enviaste João Batista como precursor de Cristo, dá-nos olhos para reconhecer os sinais do Teu amor em nossas vidas e ouvidos atentos à Tua voz, que ecoa em tantos mensageiros de hoje. Concede-nos um coração humilde para acolher o Teu convite à conversão e coragem para testemunhar a Tua verdade, mesmo diante das dificuldades. Que nossa vida seja sempre um reflexo do Teu amor e um caminho para o Teu Filho Jesus. Amém.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus
16 “A quem hei de comparar esta geração? É semelhante a crianças sentadas nas praças, que gritam umas às outras:
17 ‘Tocamos flauta para vós, e não dançastes; entoamos lamentações, e não batestes no peito!’
18 Pois veio João, que não comia nem bebia, e disseram: ‘Está possuído por um demônio.’
19 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores.’ Mas a sabedoria foi reconhecida com base em suas obras.”
REFLEXÃO
No Evangelho de hoje, Jesus utiliza uma metáfora para descrever a atitude das pessoas de sua geração. Ele compara os líderes e muitos do povo a crianças insatisfeitas, que criticam tanto João Batista quanto o próprio Jesus por motivos opostos. João era austero e foi acusado de estar possuído; Jesus era acolhedor e foi chamado de glutão e amigo de pecadores.
Essa passagem revela a dureza de coração e a resistência de muitos em aceitar os diferentes modos como Deus se revela. Tanto João quanto Jesus cumpriram missões divinas, mas suas mensagens foram rejeitadas por preconceitos e expectativas humanas equivocadas. O versículo final, “A sabedoria foi reconhecida com base em suas obras,” é uma afirmação de que os frutos das ações divinas — conversões, curas e vidas transformadas — confirmam a autenticidade das missões de João e de Jesus. A verdadeira sabedoria divina supera as críticas e permanece evidente na prática do amor, da justiça e da compaixão.
Neste contexto, hoje também celebramos a memória de Santa Luzia, virgem e mártir. Luzia, cuja nome significa “luz”, é uma figura exemplar de fé e coragem. Ela viveu em um período de grande perseguição aos cristãos, e, apesar das ameaças, permaneceu fiel a Cristo até o martírio. Sua vida resplandeceu como uma luz no mundo, iluminando o caminho da verdade, da pureza e do compromisso com Deus, mesmo diante do sofrimento. Santa Luzia é especialmente lembrada por sua dedicação à ajuda dos pobres e necessitados, e por sua pureza de coração. Ela nos ensina que a verdadeira sabedoria não se encontra nas aparências ou nas críticas humanas, mas na ação firme e na luz da fé verdadeira, que transforma vidas.
Papa Francisco frequentemente fala sobre a tendência humana de criticar e julgar. Ele destaca a necessidade de abertura ao Espírito Santo, que age de formas inesperadas. O Papa nos lembra que Jesus se identifica com os marginalizados e nos convida a acolher a diversidade de dons e carismas dentro da Igreja, sem preconceitos ou divisões. Essa mensagem é especialmente relevante no mundo de hoje, onde há muitas opiniões e julgamentos superficiais. O chamado de Jesus nos convida a discernir os sinais de Deus nas pessoas e nos acontecimentos, reconhecendo os frutos de amor e verdade em vez de focar nas aparências ou críticas.
Santa Luzia, com sua luz de fé e pureza, é um exemplo de como devemos viver essa sabedoria divina: firmes nas obras de misericórdia e na verdade do Evangelho, independentemente das críticas ou dos preconceitos. Que, como ela, possamos ser luz no mundo e, em todas as nossas ações, refletir o amor e a compaixão de Cristo.
Que este Evangelho e a memória de Santa Luzia nos inspirem a ser fiéis à sabedoria divina e a viver a luz de Cristo em nossas vidas, sem nos deixarmos abalar pelas críticas ou julgamentos que o mundo possa fazer.
Oração
Senhor, ensina-nos a reconhecer os Teus caminhos em meio às nossas dúvidas e preconceitos. Dá-nos um coração aberto e humilde, capaz de acolher a Tua sabedoria e confiar nas Tuas obras. Que aprendamos a viver com amor, justiça e compaixão, seguindo o exemplo de João Batista e de Jesus. Amém.
28 “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas.
30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”
REFLEXÃO
Este convite de Jesus é um dos textos mais consoladores do Evangelho. Ele fala diretamente ao coração humano, especialmente nos momentos de cansaço e tribulação. Jesus não promete eliminar as dificuldades da vida, mas oferece algo muito maior: alívio e descanso em meio aos desafios.
A primeira parte do texto é um chamamento universal: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos.” Jesus acolhe a todos, sem exceção. Ele reconhece nossas fadigas — sejam elas físicas, emocionais ou espirituais — e nos convida a confiar n’Ele. Esse alívio não é passageiro; é a promessa de uma paz profunda e duradoura.
Depois, Jesus fala do Seu “jugo”. Essa palavra pode soar pesada, mas Ele a redefine. Em contraste com os jugos impostos pelo mundo, cheios de exigências e pesos insuportáveis, o jugo de Jesus é suave porque é carregado junto com Ele. Ele caminha ao nosso lado, ajudando-nos a suportar os fardos da vida.
Por fim, Jesus nos convida a aprender com Ele, destacando duas virtudes: mansidão e humildade. Ele nos ensina que o verdadeiro descanso vem de um coração que confia em Deus e se abre ao amor e à simplicidade. Sua humildade não é fraqueza, mas força que liberta e transforma.
Papa Francisco frequentemente menciona este texto para destacar a compaixão e a proximidade de Jesus. Em suas homilias, ele lembra que o cristianismo não é um conjunto de normas pesadas, mas uma relação viva com Jesus, que nos ama e nos acompanha em cada momento. Francisco convida a Igreja a ser um lugar onde os cansados possam encontrar refúgio e cura.
No mundo atual, este Evangelho tem muito valor . Vivemos em tempos de pressões, ansiedades e fadigas. Jesus nos oferece um caminho diferente: confiar n’Ele e viver em Sua paz. Ele nos desafia a sermos também instrumentos de descanso e alívio para os outros.
Oração
Senhor Jesus, ensina-nos a descansar em Ti quando as dificuldades da vida nos sobrecarregam. Ajuda-nos a confiar no Teu amor e a encontrar em Ti a paz que o mundo não pode dar. Faz-nos mansos e humildes como Tu, para que sejamos sinais de esperança para os que sofrem. Amém.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus
12 “Que vos parece? Se alguém tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove no monte para ir à procura da que se perdeu?
13 E se consegue encontrá-la, em verdade vos digo, fica mais feliz com ela do que com as noventa e nove que não se perderam.
14 Assim também, o vosso Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum destes pequeninos.”
REFLEXÃO
Este curto mas poderoso trecho do Evangelho é uma expressão do amor misericordioso de Deus por cada um de nós. A parábola da ovelha perdida demonstra que, para Deus, ninguém é insignificante ou descartável. Ele não se conforma em perder sequer uma alma, e Sua alegria é imensa quando um pecador volta ao Seu abraço amoroso.
A imagem do pastor que abandona as noventa e nove para buscar a ovelha perdida pode parecer irracional aos olhos humanos. Contudo, ela revela a lógica divina, que é movida pelo amor. O pastor não ignora as noventa e nove; elas estão seguras no monte. Ele se arrisca pela que está em perigo, mostrando que Deus valoriza profundamente cada pessoa.
Jesus nos desafia a imitar este amor em nossas vidas. Somos chamados a sair de nossas zonas de conforto para buscar os marginalizados, os afastados e os perdidos. Muitas vezes, isso exige esforço, paciência e compreensão, mas o exemplo do pastor nos inspira a não desistir de ninguém.
Papa Francisco tem destacado frequentemente essa imagem do pastor que vai ao encontro da ovelha perdida. Em várias ocasiões, ele nos lembra que a Igreja deve ser “um hospital de campanha”, pronta para acolher os feridos e buscar os que estão longe. Para Francisco, a parábola simboliza uma Igreja em saída, que não espera que as pessoas voltem por conta própria, mas vai ao encontro delas com compaixão e alegria.
No contexto atual, este Evangelho é um chamamento à inclusão e à misericórdia. Vivemos em tempos em que muitos se sentem isolados, julgados ou abandonados. Jesus nos convida a sermos instrumentos do Seu amor, restaurando a dignidade daqueles que se perderam.
Oração
Senhor, bom Pastor, ensina-nos a amar como Tu amas. Que nossos corações se movam com compaixão por aqueles que estão perdidos e que nossas ações reflitam Tua misericórdia infinita. Conduze-nos a buscar os que estão distantes, para que todos conheçam a alegria de estar no Teu abraço amoroso. Amém
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas
17 Um dia, Jesus estava ensinando, e alguns fariseus e doutores da Lei estavam sentados ali, vindos de todas as aldeias da Galileia, da Judeia e de Jerusalém. O poder do Senhor estava com Ele para realizar curas. 18 Vieram algumas pessoas trazendo um paralítico deitado numamaca. Tentaram introduzi-lo na casa e colocá-lo diante de Jesus,
19 mas, não encontrando por onde fazê-lo entrar, por causa da multidão, subiram ao telhado e o desceram com a maca, por entre as telhas, no meio da assembleia, diante de Jesus.
20 Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse: “Homem, os teus pecados estão perdoados.”+
21 Os doutores da Lei e os fariseus começaram a pensar: “Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?”
22 Jesus, porém, conhecendo seus pensamentos, respondeu-lhes: “Que estais pensando em vossos corações?
23 Que é mais fácil dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou: ‘Levanta-te e anda’?
24 Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder de perdoar pecados” – disse Ele ao paralítico: “Eu te ordeno: levanta-te, pega a tua maca e vai para casa.”
25 No mesmo instante, ele se levantou diante deles, pegou a maca em que estava deitado e foi para casa glorificando a Deus.
26 Todos ficaram muito admirados e glorificavam a Deus; cheios de temor, diziam: “Hoje vimos coisas extraordinárias!”
Reflexão
Este episódio é um poderoso testemunho da compaixão e autoridade de Jesus, revelando a unidade entre cura física e espiritual. Os amigos do paralítico demonstram uma fé exemplar, superando obstáculos para levar o doente até Jesus. Esse gesto destaca a importância da amizade e da solidariedade, mostrando que somos chamados a levar os outros a Cristo, especialmente aqueles que não podem fazê-lo por si mesmos.
A fé daqueles homens é tão impressionante que Jesus a reconhece publicamente. Antes de curar o corpo, Ele cura a alma, perdoando os pecados do paralítico. Esse gesto escandaliza os doutores da Lei e fariseus, pois eles não reconhecem em Jesus a autoridade divina. Essa reação nos lembra como a falta de abertura espiritual pode nos cegar para a verdadeira identidade de Cristo.
Jesus responde às críticas com uma declaração clara de sua missão: Ele é o Filho do Homem, com autoridade para perdoar pecados. Esse título, retirado das visões proféticas de Daniel, revela tanto sua humanidade quanto sua divindade. Ao ordenar ao paralítico que se levante e ande, Jesus demonstra que a salvação é integral. Ele cura o corpo como sinal visível da cura espiritual.
O final do texto é uma explosão de louvor e admiração. A multidão, testemunha do milagre, glorifica a Deus. Esse ato de louvor é um convite para todos nós: diante da ação de Deus em nossas vidas, somos chamados a reconhecer Sua bondade e anunciar Suas maravilhas.
No contexto do Advento, este Evangelho nos chama a preparar nosso coração para acolher o Salvador, que vem curar nossas feridas mais profundas. Ele nos convida a uma fé ativa, que ultrapassa barreiras e nos aproxima Dele, confiando que Ele deseja restaurar nossas vidas por completo.
Oração
Senhor Jesus, reconhecemos em Ti o poder de curar nossas feridas e restaurar nossa alma. Aumenta nossa fé, para que possamos superar os obstáculos que nos afastam de Ti. Ensina-nos a levar outros à Tua presença e a confiar na Tua
“A fé daqueles homens que levaram o paralítico a Jesus . fez me pensar na força que precisamos ter para ajudar os outros a encontrar o caminho de Deus.” (Maria da Vinha)
“Cada dia é uma oportunidade para ver as maravilhas do Senhor em nossa vida. Este milagre mostra que nunca é tarde para glorificar a Deus.” (António Marcelino)
“Aprendi que a verdadeira amizade é aquela que não mede esforços para nos levar até Jesus, mesmo quando tudo parece difícil.” (Maria do Carmo)
“Ver a multidão glorificando a Deus fez meu coração arder de esperança. Quero testemunhar mais essas maravilhas na minha vida.” (João Pedro)
“Este Evangelho me inspirou a pensar em como posso ser instrumento de cura e consolo para aqueles que Deus coloca no meu caminho.” (Helena Sofia)
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