Monthly Archives: August 2025

08 14 Jo 15, 12-16 Quinta «Ninguém tem maior amor» S Maximiliano Kolbe

 

EVANGELHO Jo 15, 12-16

«Ninguém tem maior amor»

«Ninguém tem maior amor» – Lectio divina à luz de São Maximiliano Kolbe


1 – Leitura (Lectio)

Evangelho de João 15,12-16
Jesus fala do amor supremo, aquele que se traduz no dom da vida pelos amigos. Chama os discípulos de amigos, não servos, revelando-lhes o que escutou do Pai. E diz-lhes que foram escolhidos e enviados para dar fruto que permaneça…


2 – Meditação (Meditatio)

À luz de São Maximiliano Kolbe, este Evangelho ganha um brilho particular. Ele viveu até às últimas consequências estas palavras de Jesus, oferecendo voluntariamente a sua vida no campo de concentração de Auschwitz por um pai de família condenado à morte. O amor de Kolbe não foi um sentimento abstrato, mas um acto concreto, radical, semelhante ao de Cristo.

Quando Jesus diz: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos”, Kolbe torna-se ícone vivo deste amor cristão. Ele não morreu por alguém que conhecia bem, mas reconheceu naquele homem um irmão. Fez-se resposta total ao mandamento do amor. Assim, mostra-nos que seguir Cristo é ser dom, mesmo em ambientes de trevas, ódio e morte.


3 – Oração (Oratio)

Senhor Jesus,
ensinaste-nos que o verdadeiro amor se revela no dom total de si mesmo.
Dá-nos a coragem de amar como Tu amaste,
com gestos concretos de entrega, de perdão, de misericórdia.
Pela intercessão de São Maximiliano Kolbe,
ajuda-nos a ser instrumentos do teu amor,
sobretudo onde houver sofrimento, abandono ou solidão.
Faz de nós teus amigos, não apenas servos,
para que vivamos com alegria o mandamento do amor.
Ámen.


4 – Contemplação (Contemplatio)

Silencia o coração.
Imagina Jesus a olhar-te e a dizer: “Chamo-te amigo… escolhi-te para dares fruto…”
Sente essa escolha pessoal, esse amor que se entrega por ti.
Repete em silêncio:
“Senhor, faz de mim um reflexo do teu amor sem medida.”


5 – Mensagem

O maior amor é aquele que se dá.
O mundo não será transformado por ideias, mas por vidas entregues como a de Maximiliano Kolbe. O Evangelho desafia-te hoje a deixar de ser espectador e a tornares-te dom: nos gestos simples, no perdão que ofereces, na escuta atenta, na solidariedade concreta. A amizade com Jesus não é passiva – é missionária e frutífera.


6 – Objetivo de comando (Propósito de vida)

Neste dia, sê um reflexo do amor de Cristo:

  • Faz um acto concreto de entrega ou sacrifício por alguém;
  • Reza por aqueles que sofrem por amor;
  • Agradece o dom da amizade verdadeira e sê tu também amigo fiel como Jesus.

 


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08 13 Mt 18, 15-20 «Se te escutar, terás ganho o teu irmão»

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Sugestão de imagem Um grupo de pessoas reunidas em oração, em um ambiente calmo, com as mãos estendidas em símbolo de união e oração. No fundo, uma luz suave que representa a presença de Cristo entre eles, destacando a convivência na fé e na busca pela reconciliação.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus…

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se o teu irmão te ofender, vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te escutar, terás ganho o teu irmão. Se não te escutar, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas. Mas se ele não lhes der ouvidos, comunica o caso à Igreja; e se também não der ouvidos à Igreja, considera-o como um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na terra será ligado no Céu; e tudo o que desligardes na terra será desligado no Céu. Digo-vos ainda: Se dois de vós se unirem na terra para pedirem qualquer coisa, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos Céus. Na verdade, onde estão dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles».

Palavra da salvação..

Compreender a Palavra
Jesus nos ensina um caminho de reconciliação e comunhão: a importância de dialogar com o irmão que nos ofende, buscando a cura das feridas por meio do diálogo sincero e humilde. A autoridade do céu está ligada à nossa disposição de perdoar e de buscar a paz entre os irmãos, refletindo o amor de Deus que deseja restaurar a harmonia entre todos.

Meditar a Palavra
Devemos refletir sobre nossas atitudes diante dos conflitos: somos capazes de confrontar com amor e verdade? Temos coragem de buscar a reconciliação, mesmo quando seja difícil? O texto nos desafia a confiar na presença de Cristo, especialmente na comunidade, ao nos reunir em Seu nome para pedir auxílio, reafirmando que onde há união, há força e presença de Jesus.

Rezar a Palavra
Senhor Jesus, ensina-nos a agir com coragem e misericórdia diante das ofensas. Dá-nos a sabedoria para dialogar com amor, a coragem de buscar a reconciliação e a fé na tua presença entre nossos irmãos. Que aprendamos a perdoar e a ser perdoados, vivendo na paz que vem de ti, unida em oração e amor fraterno.

Compromisso com a Palavra
Hoje, comprometo-me a ser um instrumento de reconciliação na minha comunidade. Quero praticar o diálogo sincero, perdoar aqueles que me ofenderem e procurar restaurar relações feridas. Tenho consciência de que, ao agir assim, estou seguindo o exemplo de Jesus e colaborando para a construção do Seu Reino de amor e paz.

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08 12 Mt 18, 1-5.10.12-14 Terça «Vede bem: não desprezeis um só destes pequeninos»

 

**Sugestão de imagem**
Uma criança no centro de um círculo de discípulos, com Jesus a indicar a criança; ao fundo, o Bom Pastor com a ovelha aos ombros, sugerindo a mesma cena num só quadro.

Mt 18, 1-5.10.12-14

«Vede bem: não desprezeis um só destes pequeninos»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe: «Quem é o maior no reino dos Céus?». Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, não entrareis no reino dos Céus. Quem for humilde como esta criança, esse será o maior no reino dos Céus. E quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim. Vede bem. Não desprezeis um só destes pequeninos. Eu vos digo que os seus Anjos veem constantemente o rosto de meu Pai que está nos Céus. Jesus disse ainda: «Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se tresmalhar, não deixará as noventa e nove nos montes para ir procurar a que anda tresmalhada? E se chegar a encontrá-la, em verdade vos digo que se alegra mais por causa dela do que pelas noventa e nove que não se tresmalharam. Assim também, não é da vontade de meu Pai que está nos Céus que se perca um só destes pequeninos».

Palavra da salvação.

**1) Lectio – O que diz o texto?**

Os discípulos perguntam a Jesus quem é o maior no Reino. Jesus responde com um gesto: coloca uma criança no centro. Ensina que a entrada no Reino passa pela conversão a uma humildade filial: “Quem for humilde como esta criança, esse será o maior”. Acrescenta uma promessa de presença: acolher uma criança em seu nome é acolhê-Lo a Ele. Reforça a dignidade dos “pequeninos” com a referência aos anjos que contemplam o rosto do Pai. Por fim, a parábola da ovelha tresmalhada revela a vontade misericordiosa do Pai: não quer que se perca nenhum dos pequenos.

**2) Meditatio – O que me diz a mim, hoje?**

O meu coração, tantas vezes sedento de reconhecimento, é chamado a deslocar o centro: do “ser maior” ao “ser pequeno”. A criança não é perfeita; é dependente, confiante, disponível para aprender e recomeçar. É este dinamismo que Jesus propõe. Os “pequeninos” são os frágeis, os ignorados, os que não contam: neles Cristo se deixa acolher. Pergunto-me: a quem tenho descurado por estar ocupado com as “noventa e nove” seguranças? Vejo também a ternura do Pai que não desiste de mim quando me tresmalho; Ele procura-me até me encontrar, e a alegria divina supera a minha culpa.

**3) Oratio – O que digo a Deus?**
Senhor Jesus, converte-me da ambição à confiança, da dureza à mansidão. Dá-me olhos para reconhecer-Te nos pequenos e coragem para ir atrás de quem se perdeu, começando pelas minhas zonas perdidas. Faz-me humilde como a criança que puseste no meio: livre de vaidades, dependente do Pai, disponível para aprender o caminho do Reino.

**4) Contemplatio – Como contemplo?**
Contemplo Jesus a ajoelhar interiormente diante da pequena vida que colocou no centro. Sinto a respiração serena do Céu onde os anjos dos pequenos contemplam o Pai. Vejo o Pastor a atravessar vales sombrios, sozinho, até ouvir o balido frágil; toma a ovelha aos ombros, e o peso torna-se júbilo.

**5) Actio – O que faço?**
Hoje escolho um gesto concreto de cuidado por um “pequenino”: telefonar, visitar, escutar, defender discretamente alguém esquecido. Na comunidade, ponho no centro quem costuma ficar na periferia. E, na oração, apresento ao Pai a “ovelha” que conheço e que está longe.

**Mensagem**
A grandeza evangélica é a humildade que acolhe Cristo nos pequenos e participa da alegria do Pai que não desiste de ninguém.

 

 

08 11 Mt 17, 22-27 Segunda «Hão-de matá-l’O, mas ressuscitará.

Um ícone de Santa Clara com o ostensório nas mãos, iluminada pela luz de Cristo, diante de um fundo simples, simbolizando a pobreza e a humildade que libertam o coração.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, estando ainda Jesus e os discípulos na Galileia, disse-lhes Jesus: «O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens, que hão de matá-l’O; mas Ele ao terceiro dia ressuscitará». Os discípulos ficaram profundamente consternados. Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores das didracmas aproximaram-se de Pedro e perguntaram-lhe: «O vosso Mestre não paga a didracma?». Pedro respondeu-lhes: «Paga, sim». Quando chegou a casa, Jesus antecipou-Se e disse-lhe: «Simão, que te parece? De quem recebem os reis da terra impostos ou tributos? Dos filhos ou dos estranhos?». E como ele respondesse que era dos estranhos, Jesus disse-lhe: «Então os filhos estão isentos. Mas para não os escandalizarmos, vai ao mar e deita o anzol. Apanha o primeiro peixe que morder a isca, abre-lhe a boca e encontrarás um estáter. Pega nele e paga-lhes o imposto por Mim e por ti».
Palavra da salvação.


1. Lectio – O que diz o texto em si?

Jesus anuncia a Sua Paixão e Ressurreição, revelando aos discípulos que o caminho da salvação passa pela cruz, mas termina na vitória da vida. No episódio do imposto para o templo, afirma a Sua identidade como Filho de Deus, Senhor do templo, e, no entanto, assume livremente pagar para não causar escândalo. É um gesto de liberdade e humildade: não por obrigação, mas por amor e para abrir caminho à compreensão do Reino.

2. Meditatio – O que me diz o texto a mim, hoje?

Este Evangelho fala-me da liberdade que nasce do amor. Jesus não age por imposição, mas por compaixão, evitando conflitos desnecessários. Santa Clara viveu o mesmo espírito: livre de bens, prestígio ou imposições mundanas, abraçou a pobreza evangélica com alegria, não como fardo, mas como caminho de amor. A sua vida no mosteiro de São Damião foi marcada pela humildade de se colocar no último lugar, servindo as irmãs e vivendo na simplicidade, para que nada obscurecesse a presença de Cristo.


3. Oratio – O que digo eu a Deus em resposta?

Senhor Jesus, ensina-me a viver a liberdade dos filhos de Deus, a não me deixar prender pelo orgulho, pelo medo ou pela busca de reconhecimento. Que eu saiba, como Tu e como Santa Clara, escolher a humildade e a simplicidade, não para agradar aos homens, mas para que o Teu amor brilhe sem obstáculos na minha vida.


4. Contemplatio – Contemplar o texto

Vejo Jesus a falar com Pedro, sereno, seguro da Sua missão, mas atento ao coração dos outros para não os ferir. Vejo Santa Clara no silêncio do claustro, irradiando paz e leveza, mesmo na pobreza extrema, porque tudo encontra sentido em Cristo. O olhar de ambos é livre, limpo e desprendido.


5. Actio – Agir segundo o texto

Hoje quero viver com simplicidade e sem ostentação, evitando discussões inúteis e pequenos conflitos. Quero procurar o que edifica e aproxima, não o que afasta e divide. Tal como Santa Clara, desejo que a minha vida seja transparente para que Cristo seja visto.

Mensagem

A verdadeira liberdade não está em fazer apenas o que quero, mas em escolher, por amor, o que mais constrói a paz e revela Cristo.


 


 

 

 

 

 

Santa Ckara Virgem

08 09 Mt 25 1-13 Sábado Santa Teresa Benedita da Cruz

 

6. Sugestão de imagem

Santa Teresa Benedita da Cruz de hábito carmelita, de pé com uma lâmpada acesa nas mãos, diante de uma porta entreaberta onde brilha uma luz nupcial, simbolizando o encontro com o Esposo. Ao fundo, a cruz e a estrela de David, unindo fé, sofrimento e plenitude.

 

EVANGELHO Mt 25, 1-13
«Aí vem o Esposo: ide ao seu encontro»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola:
«O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens,
que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas,
não levaram azeite consigo,
enquanto as prudentes,
com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava,
começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado:
‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’.
Então, as virgens levantaram-se todas
e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes:
‘Dai-nos do vosso azeite,
que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’.
Mas as prudentes responderam:
‘Talvez não chegue para nós e para vós.
Ide antes comprá-lo aos vendedores’.
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo:
as que estavam preparadas
entraram com ele para o banquete nupcial;
e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram:
‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’.
Mas ele respondeu:
‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’.
Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».

Palavra da salvação.

Comentário ao Evangelho Mt 25, 1-13 
Relacionado com a vida e missão de Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), padroeira da Europa


1. Lectio – O que diz o texto em si?

Jesus conta a parábola das dez virgens para ilustrar como será o Reino dos Céus. Cinco delas são prudentes e levam azeite extra para manter as suas lâmpadas acesas. As outras cinco, insensatas, não levam reserva e ficam desprevenidas. Quando chega o esposo, só as prudentes entram com ele no banquete nupcial. As insensatas chegam tarde e ouvem uma resposta dura: “Não vos conheço”. Jesus conclui com o apelo à vigilância: “Vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora.”


2. Meditatio – O que me diz o texto a mim, hoje?

Este Evangelho fala da importância da vigilância interior, da preparação constante e da fidelidade perseverante. O azeite representa a fé viva, a caridade, o compromisso profundo com Cristo. Não basta parecer estar pronto; é preciso estar verdadeiramente preparado, com uma vida alimentada por oração, entrega e amor.

Santa Teresa Benedita da Cruz viveu esta vigilância. Filósofa judia, converteu-se à fé cristã pela busca incansável da verdade. Entrou no Carmelo, onde viveu em união com Cristo crucificado. O “azeite” da sua vida foi o amor total que ofereceu, inclusive até ao martírio em Auschwitz. Não esperou pela última hora: preparou-se com lucidez e profundidade, com a lâmpada acesa pela fé e pelo sacrifício.


3. Oratio – O que digo eu a Deus em resposta?

Senhor Jesus, dá-me o azeite da Tua graça, para que a minha lâmpada nunca se apague. Ensina-me a vigiar com amor, como Santa Teresa Benedita, a não adormecer nas comodidades do mundo. Faz-me prudente e disponível para Te reconhecer quando vieres. Que eu não Te ouça dizer: “Não te conheço”.


4. Contemplatio – Contemplar o texto

Fica em silêncio interior e imagina o momento em que o Esposo chega. Sente a alegria das que estavam prontas. Sente também o vazio daquelas que ficaram de fora. Deixa que a luz da lâmpada de Teresa Benedita ilumine o teu coração. Saboreia a beleza da fidelidade que espera no escuro com esperança.


5. Actio – Agir segundo o texto

Hoje, renovo o meu compromisso de manter viva a fé com gestos concretos: oração fiel, serviço generoso, estudo da Palavra. Como Santa Teresa Benedita, buscarei a verdade com coragem, mesmo quando ela me leva à cruz. Levo o meu “azeite” comigo: oração, sacrifício e entrega.


6. Sugestão de imagem

Santa Teresa Benedita da Cruz de hábito carmelita, de pé com uma lâmpada acesa nas mãos, diante de uma porta entreaberta onde brilha uma luz nupcial, simbolizando o encontro com o Esposo. Ao fundo, a cruz e a estrela de David, unindo fé, sofrimento e plenitude.

 

08 08 Mt 16,24-28 Sexta Quem quiser salvar a própria há de perdê-la

Imagem sugerida São Domingos com o crucifixo nas mãos, iluminado pela luz da Palavra, pregando a Cristo Crucificado numa encruzilhada do mundo.

EVANGELHO Mt 16, 24-28
«Que poderá dar o homem em troca da sua vida?»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida há de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, há de encontrá-la. Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Que poderá dar o homem em troca da sua vida? O Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus Anjos, e então dará a cada um segundo as suas obras. Em verdade vos digo: Alguns dos que estão aqui presentes não morrerão, antes de verem chegar o Filho do homem na glória do seu reino».

Palavra da salvação.

Leitura do texto 
Neste trecho do Evangelho segundo São Mateus (Mt 16, 24-28), Jesus revela o caminho do verdadeiro discipulo : seguir Cristo exige renúncia de si mesmo, aceitação da cruz e entrega da vida por amor. Ele questiona o valor das coisas do mundo perante a vida eterna: “Que poderá dar o homem em troca da sua vida?” Este é um apelo à decisão radical por Deus.

Meditação 
Jesus dirige-se aos discípulos com uma proposta clara: segui-l’O implica não colocar o próprio interesse acima da vontade do Pai. A cruz é o sinal visível da entrega total. Não se trata de buscar sofrimento, mas de estar disposto a entregar a própria vida por uma causa maior — a do Reino. Ao dizer que “quem perder a vida por minha causa, há de encontrá-la”, Jesus inverte a lógica humana, mostrando que a verdadeira vida está na doação. A glória final e a recompensa eterna estão reservadas para quem vive segundo as obras de amor e fidelidade.

Relação das leituras com São Domingos de Gusmão (Memória)

S. Domingos de Gusmão, presbítero e fundador da Ordem dos Pregadores, viveu este Evangelho com intensidade. Renunciou a tudo para se consagrar à pregação da Palavra. Tomou a cruz do combate espiritual contra a heresia com caridade e verdade, entregando-se totalmente à salvação das almas. A sua vida foi uma contínua peregrinação ao serviço do Reino, na pobreza, no zelo evangélico e na oração perseverante. Perdeu a sua vida por Cristo, e por isso, encontrou-a plenamente.

Orar o texto
Senhor, dá-me a coragem de renunciar ao que me afasta de Ti. Ensina-me a tomar a minha cruz com amor e a seguir-Te sem reservas, como fez São Domingos. Que eu possa perder a vida por Ti, e assim encontrá-la para a eternidade.

Contemplar
Contempla Cristo a caminhar com a cruz, e Domingos a segui-l’O com os olhos fixos na Verdade. Deixa que o silêncio fale: o verdadeiro ganho está na entrega.

Mensagem 
Seguir Jesus é uma escolha exigente, mas libertadora. Como S. Domingos, sê sinal de esperança para o mundo, anunciando com a vida e a palavra que a cruz é caminho de vida.

Oração final
Senhor Jesus, que chamaste Domingos a ser luz na escuridão e voz da Verdade, faz de mim um discípulo disponível. Que eu saiba perder a vida em Ti para a reencontrar no amor eterno. Ámen.

 

 

08 07 Mc 16 13-23 Quinta Confissão e primado de Pedro

 

Pedro de joelhos diante de Jesus, recebendo as chaves, com a sombra da cruz ao fundo.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus». Então, Jesus ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Messias. E começou a explicar aos seus discípulos que tinha de ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas; que tinha de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia. Pedro, tomando-O à parte, começou a contestá-l’O, dizendo: «Deus Te livre de tal, Senhor! Isso não há de acontecer!» Jesus voltou-Se para Pedro e disse-lhe: «Vai-te daqui, Satanás. Tu és para mim uma ocasião de escândalo, pois não tens em vista as coisas de Deus, mas dos homens».
Palavra da salvação.

Lectio Divina – Mt 16, 13-23
«Tu és Pedro e dar-te-ei as chaves do reino dos Céus»

Ler o texto

Neste diálogo intenso entre Jesus e os seus discípulos, vemos o momento em que Simão Pedro professa a fé: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”. É uma revelação central na caminhada dos discípulos. Jesus confirma-lhe que essa confissão não veio da sua inteligência humana, mas do Pai celeste. Em resposta, dá-lhe uma missão: ser pedra da Igreja e portador das chaves do Reino. No entanto, logo a seguir, Pedro revela a sua incompreensão do mistério da cruz e é repreendido com dureza por Jesus.

Comentar o texto – Meditar

Pedro é exemplo de fé autêntica e, ao mesmo tempo, de fragilidade humana. Por um lado, é o primeiro a reconhecer publicamente Jesus como o Cristo. Por outro, recusa a ideia de um Messias sofredor. A sua fé, embora iluminada, precisa de amadurecer. Jesus entrega-lhe a responsabilidade da Igreja, mas mostra-lhe também que ser discípulo é acolher o mistério da cruz. Este texto mostra-nos que a verdadeira fé não é só saber quem é Jesus, mas aceitar segui-l’O no caminho da entrega e do sofrimento redentor.

Orar o texto

Senhor Jesus, dá-nos a graça de Te reconhecer como o Messias, Filho do Deus vivo. Ilumina o nosso coração para que a nossa fé seja enraizada no dom do Pai e não nos nossos próprios sentimentos. Ensina-nos a seguir-Te, mesmo quando o caminho nos leva à cruz.

Contemplar

Contemplo a figura de Pedro: impulsivo, sincero, mas frágil. E vejo-me nele. Também eu alterno entre a fé luminosa e os receios humanos. No silêncio, deixo-me moldar por Jesus, pedra a pedra.

Mensagem aos leitores

A fé verdadeira é dom e caminho. É preciso acolhê-la, professá-la e deixá-la crescer na escuta e na humildade. Deus pode construir a Sua Igreja sobre a nossa fraqueza se formos dóceis à Sua Palavra.

Oração final

Senhor, faz doe nós pedras vivas da Tua Igreja. Que a nossa fé seja firme e humilde. Ensina-nos a seguir-Te no amr, mesmo quando o caminho é difícil. Ámen.

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08 06 Mt 17, 1-9 Quarta **«Enquanto orava, alterou-se o aspecto do seu rosto»**

### **Imagem sugerida** Uma representação de Jesus transfigurado num cimo de monte, rodeado de luz intensa, com Moisés e Elias a Seu lado, e os três discípulos prostrados, maravilhados e temerosos sob uma nuvem luminosa.

**«Enquanto orava, alterou-se o aspecto do seu rosto»**

### 📖 **Ler o texto**

Jesus sobe ao monte com três discípulos. Durante a oração, o Seu rosto transfigura-se, revelando a glória divina. Moisés e Elias aparecem a conversar com Ele sobre a Sua morte em Jerusalém. Pedro, deslumbrado, quer permanecer ali. Mas a nuvem envolve-os e uma voz divina afirma: «Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O».

### 🙏 **Orar o texto**

Senhor Jesus, Tu sobes ao monte para orar. Mostras-nos que a oração transforma. No silêncio da montanha, revelas o Teu rosto glorioso, antecipando a vitória sobre a cruz. Fala comigo, Senhor, no monte da minha oração. Ensina-me a escutar-Te e a reconhecer-Te nas luzes e nas sombras da vida.

### 👁 **Contemplar**

A transfiguração é o vislumbre da glória futura. Contemplo Jesus resplandecente, centro entre a Lei (Moisés) e os Profetas (Elias). O rosto de Jesus revela a beleza de Deus. A oração não muda apenas o que pedimos — muda-nos por dentro. Como Pedro, sinto o impulso de “ficar ali”, mas o Senhor convida a descer com Ele, para viver o caminho da cruz à luz da ressurreição.

### 💬 **Mensagem aos leitores**

Irmão, irmã, também tu és chamado a subir ao monte da oração. Aí, longe do ruído, Jesus mostra-Te a Sua glória e a direcção da tua vida. Não te detenhas no medo nem na sonolência da rotina. Escuta-O! A Sua voz vem na nuvem que cobre os teus dias difíceis. Escutar Jesus é o segredo da verdadeira transformação.

### 🕊️ **Oração final**

Senhor Jesus, leva-me contigo ao monte da oração. Que eu Te veja com olhos de fé, mesmo quando tudo em mim vacila. Transfigura o meu coração com a luz da Tua presença. Que eu escute sempre a Tua voz e, contigo, desça ao vale da missão, com coragem e amor. Ámen.

08 05 Mt 14 22-36 Terça Feira “Manda-me ir ter contigo sobre as águas”

Jesus a segurar a mão de Pedro a meio das águas agitadas, com os restantes discípulos no barco, entre espanto e adoração, e ao fundo, a calma a nascer no horizonte.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a subir para o barco e a esperá-l’O na outra margem, enquanto Ele despedia a multidão. Logo que a despediu, subiu a um monte, para orar a sós. Ao cair da tarde, estava ali sozinho. O barco ia já no meio do mar, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário. Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. Os discípulos, vendo-O a caminhar sobre o mar, assustaram-se, pensando que fosse um fantasma. E gritaram cheios de medo. Mas logo Jesus lhes dirigiu a palavra, dizendo: «Tende confiança. Sou Eu. Não temais». Respondeu-Lhe Pedro: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas». «Vem!» – disse Jesus. Então, Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas, para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!». Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?». Logo que subiram para o barco, o vento amainou. Então, os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus e disseram-Lhe: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus». Depois fizeram a travessia e vieram para terra em Genesaré. Os homens do lugar reconheceram Jesus e mandaram avisar toda aquela região. Trouxeram-Lhe todos os doentes e pediam que os deixasse tocar ao menos na orla do seu manto. E quantos lhe tocaram foram completamente curados.

Palavra da salvação.

**Lectio Divina – Mt 14, 22-36**

**Ler o texto**

Jesus, depois de saciar a multidão, retira-Se para orar a sós. No silêncio da noite, caminha sobre as águas em direcção aos discípulos, assustados pela tempestade. Pedro ousa pedir para ir até Ele, mas vacila no meio do medo e do vento. Jesus salva-o, revela-Se como Filho de Deus e acalma o mar.

**Orar o texto**

Senhor, Tu que rezas em silêncio e vens ao nosso encontro no meio da tempestade, ensina-me a confiar mais em Ti. Como Pedro, desejo ir ter contigo, mas o medo e as dúvidas tantas vezes arrastam-me para o fundo. Salva-me, Senhor! Estende a Tua mão, firme o meu olhar em Ti e aumenta a minha fé.

**Contemplar o texto**

Vejo Jesus, solitário na montanha, em oração profunda. Ouço o vento forte no lago e o pânico dos discípulos. Sinto a ousadia de Pedro, o medo, o afundar, a mão firme de Jesus. No meio da agitação da vida, Ele vem, caminha sobre as águas da minha inquietação e convida-me a sair do barco da segurança. Só o olhar fixo em Jesus permite caminhar.

**Mensagem**

Este Evangelho fala das tempestades da nossa vida: momentos em que tudo parece incerto e o medo toma conta do coração. Jesus não está ausente: Ele ora por nós, vem ao nosso encontro e estende-nos a mão. O barco representa a Igreja: nela encontramos segurança, mas também o chamamento a ir mais longe. Pedro, com a sua ousadia e fragilidade, somos nós. A dúvida afunda-nos; a fé salva-nos. Fixemos o olhar em Cristo: mesmo quando vacilamos, Ele não nos deixa cair.

**Oração final**

Senhor Jesus,

Tu que vens ao meu encontro quando mais me afundo,

não deixes que o medo vença a fé.

Quando o vento da dúvida me agitar,

faz-me escutar a Tua voz: «Sou Eu. Não temais».

Dá-me a coragem de Pedro,

e a humildade de gritar: «Salva-me, Senhor!»

Faz-me reconhecer-Te como o verdadeiro Filho de Deus

e seguir-Te, confiando sempre na Tua presença. Ámen.

08 04 Mt 14, 13-21 Segunda  «Ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção .S. João Maria Vianney, presbítero, da III Ordem – MO

 

### **6. Imagem sugerida**

Uma representação de Jesus a erguer os olhos ao Céu, com os pães e os peixes nas mãos, rodeado pela multidão sentada na relva, simbolizando a abundância que nasce da partilha e da fé.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, quando Jesus ouviu dizer que João Batistatinha sido morto, retirou-Se num barco para um local deserto e afastado. Mas logo que as multidões o souberam, deixando as suas cidades, seguiram-n’O por terra. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de compaixão, curou os seus doentes. Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Este local é deserto e a hora avançada. Manda embora toda esta gente, para que vá às aldeias comprar alimento». Mas Jesus respondeu-lhes: «Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer». Disseram-Lhe eles: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes». Disse Jesus: «Trazei-mos cá». Ordenou então à multidão que se sentasse na relva. Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção. Depois partiu os pães e deu-os aos discípulos e os discípulos deram-nos à multidão. Todos comeram e ficaram saciados. E, dos pedaços que sobraram, encheram doze cestos. Ora, os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

Palavra da salvação.

**Lectio Divina sobre Mt 14,13-21 na Festa de S. João Maria Vianney**

  1. Leitura: “Ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção”

Neste trecho do Evangelho, Jesus, mesmo em luto pela morte de João Batista, não se fecha na dor. Ao ver a multidão, é movido pela compaixão e cura os doentes. Quando os discípulos sugerem despedir a multidão por falta de alimento, Jesus desafia-os: “Dai-lhes vós de comer”. Com apenas cinco pães e dois peixes, alimenta milhares, e ainda sobram doze cestos.### **

  1. Meditação: A compaixão que se transforma em acção

Jesus não ignora a necessidade física das pessoas. A sua compaixão é activa, concreta. Ele envolve os discípulos no milagre, ensinando-lhes que a generosidade começa com o pouco que se tem. Este gesto de partir o pão e partilhá-lo antecipa a Eucaristia, onde Cristo continua a alimentar-nos com o seu Corpo.

### **3. Contemplação: A mesa onde todos cabem**

Imaginemos aquela relva onde todos se sentam, doentes, pobres, crianças, mulheres e homens. Não há exclusões. Jesus parte o pão com um gesto que une o Céu e a terra. A bênção que Ele pronuncia transforma a escassez em abundância. É o milagre da partilha, da confiança, da entrega total.

### **4. Mensagem **

Neste dia em que celebramos S. João Maria Vianney, o Cura d’Ars, recordamos um homem que, com humildade e zelo pastoral, alimentou espiritualmente o seu povo. Tal como Jesus, ele viu a multidão e teve compaixão. Que este Evangelho nos inspire a sermos instrumentos de partilha e de esperança, mesmo quando os recursos parecem escassos. Deus multiplica o pouco quando é oferecido com amor.

### **5. Oração final**

Senhor Jesus,
Tu que viste a multidão e sentiste compaixão,
ensina-nos a ver com o coração e a agir com generosidade.
Que, à semelhança de S. João Maria Vianney,
sejamos pastores atentos às necessidades do Teu povo.
Multiplica em nós a fé, a esperança e o amor,
para que possamos ser pão repartido para os outros.