Monthly Archives: July 2025

07 12 Sábado da semana XIV

Liturgia diária

 

Agenda litúrgica

2025-07-12

Sábado da semana XIV

Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Gn 49, 29-33 – 50, 15-26a; Sl 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7
Ev Mt 10, 24-33

Sugestão de imagem Uma pequena ave pousada numa mão aberta, com o céu azul ao fundo — símbolo da confiança serena em Deus que cuida até dos mais pequeno

EVANGELHO Mt 10, 24-33
«Não temais os que matam o corpo»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «O discípulo não é superior ao mestre, nem o servo é superior ao seu senhor. Ao discípulo basta ser como o seu mestre e ao servo ser como o seu senhor. Se ao chefe da família chamaram Belzebu, quanto mais aos da sua casa? Não tenhais medo dos homens, pois nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nada há oculto que não venha a conhecer-se. O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia; e o que escutais ao ouvido proclamai-o sobre os telhados. Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei antes Aquele que pode lançar na geena a alma e o corpo. Não se vendem dois passarinhos por uma moeda? E nem um deles cairá por terra sem consentimento do vosso Pai. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais: valeis muito mais do que todos os passarinhos. A todo aquele que se tiver declarado por Mim diante dos homens também Eu Me declararei por ele diante do meu Pai que está nos Céus. Mas àquele que Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante do meu Pai que está nos Céus».
Palavra da salvação.

O teu texto está muito bem estruturado, claro e profundamente espiritual. Aqui vai uma ligeira revisão, apenas com pequenos ajustes de estilo e fluidez, mantendo integralmente o conteúdo e o espírito original:


Comentário ao Evangelho – Mt 10, 24-33 (350 palavras)

Neste Evangelho, Jesus prepara os seus discípulos para as dificuldades da missão. Fala-lhes com verdade e coragem: se Ele, o Mestre, foi perseguido e insultado, também os seus discípulos o serão. Mas repete por três vezes uma exortação central: «Não temais». É um apelo insistente à confiança, mesmo no meio da oposição e da perseguição.

Jesus não esconde a dureza do caminho, mas oferece uma perspetiva mais profunda: a verdadeira ameaça não é a morte do corpo, mas a perda da alma. O medo dos homens deve ser relativizado diante da confiança total em Deus. Ele conhece cada pormenor da nossa existência — até os cabelos da nossa cabeça estão contados. Esta imagem, ternamente concreta, revela a delicadeza com que Deus nos ama e vela por nós.

Os passarinhos, aparentemente tão insignificantes, não caem por terra sem que o Pai o permita. Quanto mais nós, seus filhos! Isto dá-nos coragem para proclamar a verdade, mesmo quando somos rejeitados ou incompreendidos. Jesus desafia-nos a viver com coerência e fidelidade, sem receio de testemunhar publicamente a nossa fé.

Num tempo em que se procura agradar aos homens, Jesus convida a uma fidelidade radical ao Evangelho. O verdadeiro discípulo não se esconde, nem se cala. O que é escutado ao ouvido, deve ser proclamado do alto dos telhados. A fé não é privada nem silenciosa, mas pública e transformadora.

Hoje somos desafiados a viver sem medo, com plena confiança no amor do Pai. E a recordar: cada ato de fidelidade aqui terá eco na eternidade. Quem se declarar por Cristo, será por Ele reconhecido diante do Pai. Esta é a promessa que sustenta os mártires, os justos e todos os que anunciam a verdade com o coração livre.


Oração breve
Senhor Jesus, fortalece o meu coração nas provações. Ensina-me a viver sem medo, fiel à Tua Palavra, confiante no amor do Pai que tudo vê e cuida. Que a minha vida Te proclame em cada gesto e palavra. Ámen.


 

E

07 11 Sexta-feira da semana XIV

Mt 19, 27-29
«É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha
do que um rico entrar no reino de Deus»

Sugestão de imagem: Uma ponte estreita entre dois penhascos: de um lado, uma casa confortável e apegos terrenos; do outro, um campo luminoso com doze tronos e uma figura de Cristo glorioso. No meio da ponte, uma pessoa caminha com passos decididos, de olhos fixos em Cristo.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
disse Pedro a Jesus:
«Nós deixámos tudo para Te seguir.
Que recompensa teremos?».
Jesus respondeu:
«Em verdade vos digo:
No mundo renovado,
quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória,
também vós que Me seguistes
vos sentareis em doze tronos
para julgar as doze tribos de Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas,
irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras,
por causa do meu nome,
receberá cem vezes mais
e terá como herança a vida eterna».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

O Evangelho de hoje nasce do impulso espontâneo de Pedro, que, depois de escutar Jesus falar das dificuldades de um rico entrar no Reino dos Céus, pergunta: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?» Esta pergunta é legítima e profundamente humana. Pedro, como nós, precisa de perceber o sentido do sacrifício, do deixar tudo. A resposta de Jesus é generosa e consoladora: promete não só a comunhão com Ele no Reino, mas também uma multiplicação dos bens deixados — cem vezes mais — e, sobretudo, a vida eterna.

Aqui, Jesus não valoriza apenas o deixar por deixar. Ele destaca a razão do abandono: “por causa do meu nome”. É essa entrega por amor e fidelidade ao Senhor que transforma uma renúncia numa semente fecunda de eternidade. A lógica evangélica subverte os critérios do mundo. Aquilo que parece perda é, aos olhos de Deus, um ganho incomensurável.

É importante notar que Jesus não nega a dificuldade da renúncia. Pelo contrário, reconhece o peso de deixar família, casa, terras. Mas, ao mesmo tempo, garante que ninguém perde verdadeiramente o que entrega por amor d’Ele. Tudo será restituído com abundância, ainda que de forma diferente — uma nova família, uma nova terra, um novo modo de viver, com o sabor da eternidade.

No fundo, este Evangelho convida-nos a examinar a nossa entrega. O que deixamos por Cristo? Que lugar ocupa o Seu nome nas nossas escolhas e prioridades? A promessa do Reino não é uma recompensa materialista, mas a plenitude de uma vida vivida com sentido, em comunhão com o Senhor. Pedro abriu caminho. Cabe-nos seguir com confiança.


Oração:

Senhor Jesus, ensina-me a deixar tudo por amor do teu nome.
Dá-me um coração desapegado, livre e confiante nas tuas promessas.
Que nunca tenha medo de perder, pois contigo tudo se ganha. Ámen.


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Warning.

S. Bento, Abade, Padroeiro da Europa – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Santos.

L 1 Pr 2, 1-9; Sl 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9. 10-11
Ev Mt 19, 27-29

07 10 Quinta-feira da semana XIV

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-07-10

Quinta-feira da semana XIV

L 1 Gn 44, 18-21. 23b-29 – 45, 1-5; Sl 104 (105), 16-17. 18-19. 20-21
Ev Mt 10, 7-15

Dois pés descalços sobre terra batida, com uma luz suave a iluminar o caminho — sinal de pobreza evangélica, confiança e missão itinerante.

EVANGELHO Mt 10, 7-15
«Recebestes de graça; dai de graça»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça. Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Jesus envia os seus Apóstolos numa missão urgente e libertadora: anunciar a proximidade do Reino dos Céus e confirmar essa mensagem com gestos concretos de cura e libertação. Esta missão não é reservada ao passado. É um apelo sempre atual para todo o cristão empenhado: proclamar com a vida que Deus está próximo, que o Seu Reino está ao nosso alcance, e que o amor é a linguagem que transforma.

A frase-chave — «Recebestes de graça; dai de graça» — é um grito contra o egoísmo e contra a tentação de comercializar o que é dom. O Evangelho não é um produto, é uma dádiva. A missão cristã não nasce da obrigação, mas da gratidão. Tudo o que temos, da fé à esperança, da saúde espiritual à salvação, recebemo-lo gratuitamente. Por isso, somos chamados a oferecer sem esperar trocas, aplausos ou vantagens.

Jesus também desafia os seus enviados a viver com leveza, desprendimento e confiança. Nada de acumular bens ou garantias. O missionário vive da fé e do essencial. A sua força não está nos meios, mas na Palavra e no poder de Deus.

Por fim, Jesus reconhece que haverá rejeição. Nem todos acolherão a mensagem. Mas o discípulo não deve desanimar: se não for recebido, deve seguir em frente com serenidade, sem ressentimentos. A fidelidade à missão vale mais do que o sucesso imediato.

Este Evangelho recorda-nos que o cristianismo verdadeiro é sempre dom partilhado, serviço gratuito e caminhada confiante. Só assim a nossa presença no mundo se tornará sinal credível do Reino que se aproxima.


Oração

Senhor, que me chamaste a anunciar o Teu Reino, faz de mim um mensageiro humilde e fiel. Que eu saiba dar com alegria o que recebi de graça. Liberta-me do apego às seguranças humanas e torna-me disponível para seguir o Teu caminho, com coragem e gratuidade. Ámen.


 

07 09 Quarta-feira da semana XIV

Liturgia diária.

Agenda litúrgica

2025-07-09.

Quarta-feira da semana XIV.

Sugestão de imagem Jesus a enviar os Doze, com cada um a partir em direcção diferente, olhando compassivamente para um rebanho disperso ao longe.

EVANGELHO Mt 10, 1-7
«Ide às ovelhas perdidas da casa de Israel»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus chamou a Si os seus Doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades. São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou. Jesus enviou estes Doze, dando-lhes as seguintes instruções: «Não sigais o caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO.

Jesus, ao chamar os Doze, não escolhe os mais sábios nem os mais influentes, mas homens simples, com falhas e fragilidades. Esta escolha revela o coração da missão cristã: Deus não chama os perfeitos, mas transforma os que chama. Ao conferir-lhes autoridade para expulsar espíritos impuros e curar enfermidades, Cristo confia-lhes a sua própria missão de libertar e restaurar. A lista dos apóstolos, com os seus nomes concretos, recorda-nos que cada um de nós é chamado pessoalmente, com a nossa história, para continuar a missão do Senhor.

A ordem de Jesus — «ide às ovelhas perdidas da casa de Israel» — exprime o cuidado pastoral e amoroso pelas almas que se afastaram. O foco inicial sobre Israel não é exclusão, mas um primeiro passo para a restauração da Aliança. Este mandato ecoa hoje como apelo à Igreja para cuidar, antes de mais, dos que se perderam dentro da própria casa: os baptizados afastados, os indiferentes, os desiludidos. São as “ovelhas perdidas” do nosso tempo, muitas vezes feridas, desiludidas ou esquecidas.

Na nossa vida quotidiana, este Evangelho convida-nos a assumir a vocação de discípulos missionários. Cada cristão é enviado com uma missão concreta: testemunhar, anunciar, curar, reconduzir. O Reino de Deus está próximo — não apenas no tempo, mas na presença de Cristo em cada gesto de amor, em cada reconciliação, em cada palavra que restaura a esperança.

Seguir Cristo é viver este dinamismo de envio. É deixar-se transformar por Ele para depois ser sinal visível da sua misericórdia no mundo.


Oração
Senhor Jesus, que chamaste os Doze pelo nome, chama-me também a mim.
Dá-me coragem para seguir-Te, humildade para servir, e amor para anunciar o Teu Reino aos que se perderam no caminho.
Faz de mim um instrumento da Tua paz. Ámen.


 

 

 

 

 

 

07 08 Terça-feira da semana XIV

Agenda litúrgica

2025-07-08

Uma seara dourada ao entardecer, com uma única silhueta de um trabalhador a caminhar entre os feixes, evocando a vastidão do campo e a urgência da missão.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 9, 32~38.)

Naquele tempo, apresentaram a Jesus um mudo possesso do demónio. Logo que o demónio foi expulso, o mudo falou. . multidão ficou admirada e dizia: «Nunca se viu coisa semelhante em Israel». Mas os fariseus diziam: «É pelo príncipe dos demónios que Ele expulsa os demónios». Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara».
Palavra da salvação..

REFLEXÃO

Jesus revela-se como aquele que vê, escuta, compreende e age. Diante do sofrimento físico e espiritual do homem mudo possesso, Jesus intervém com poder libertador. O milagre devolve-lhe a voz, expressão da sua dignidade e capacidade de comunicação com Deus e com os outros. Mas nem todos acolhem esta libertação com alegria: os fariseus, presos à rigidez e à inveja, preferem desacreditar o bem evidente, atribuindo-o ao mal.

A reacção de Jesus não é o confronto, mas o compromisso. Ele não se deixa desanimar pela oposição, antes continua a percorrer cidades e aldeias, movido pela compaixão. O seu olhar vê para além das aparências: reconhece nas multidões sinais de cansaço, de abandono, de desorientação. E é neste contexto que pronuncia palavras que permanecem tão actuais: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos».

A missão evangelizadora exige presença, ternura e coragem. Não se trata apenas de números, mas de corações disponíveis. A colheita que espera trabalhadores não é um campo de produção, mas um povo que clama por sentido, esperança e cura. Jesus convida-nos a rezar — não tanto para que outros sejam enviados — mas para que o nosso coração se torne também disponível e generoso.

O problema não é a falta de missão, mas a escassez de quem queira abraçá-la com amor. Quantas “vozes mudas” existem hoje no mundo, presas por forças que oprimem, isolam e ferem? Quem se dispõe a ser presença libertadora, como Cristo, que escuta e cura, que ensina e caminha com os pobres?

### Oração

Senhor Jesus, que Te compadeceste das multidões cansadas e sem pastor, faz de mim um operário da Tua seara. Dá-me um coração semelhante ao Teu, sensível ao sofrimento, atento às necessidades dos irmãos, disposto a servir sem medo. Envia-nos, Senhor, para anunciar o Teu Reino com palavras e gestos de misericórdia. Ámen.

 

 

 

07 07  Mt 9, 18-26  Segunda «A minha filha acaba de morrerMas vem impor-lhe a mão e ela viverá»

 

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-07-07.

Sugestão de imagem: Uma representação serena e luminosa de Jesus estendendo a mão para tocar uma jovem menina adormecida, enquanto uma mulher ajoelha-se ao fundo tocando discretamente o manto de Jesus — símbolo da cura e da ressurreição.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, estava Jesus a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d’Ele, dizendo: «A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e viverá». Jesus levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos. Entretanto, uma mulher que sofria um fluxo de sangue havia doze anos, aproximou-se por detrás d’Ele e tocou-Lhe na fímbria do manto, pensando consigo: «Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada». Mas Jesus voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe: «Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou». E a partir daquele momento a mulher ficou curada. Ao chegar a casa do chefe e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em grande alvoroço, Jesus disse-lhes: «Retirai-vos, porque a menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele. Mas quando mandou sair a multidão, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se. E a notícia divulgou-se por toda aquela terra.

Palavra da salvação.

Reflexão

Neste trecho do Evangelho, encontramos dois gestos poderosos de Jesus que nos revelam a profundidade da sua compaixão e o mistério da vida que Ele traz. Um chefe se aproxima com a dor da perda: sua filha acaba de morrer. Porém, na sua fé, ele acredita que Jesus pode reverter o impossível. Paralelamente, uma mulher que sofre há doze anos por uma doença crónica toca discretamente a orla do manto de Jesus, confiando que apenas esse gesto lhe trará cura. Ambos os milagres são sinais claros de que Jesus é a fonte da vida verdadeira, capaz de restaurar não só a saúde física, mas também vencer a própria morte.
Este Evangelho convida-nos a renovar a nossa confiança na força transformadora de Jesus. Ele não é apenas um curandeiro, mas Aquele que tem poder sobre a vida e a morte — uma promessa consoladora para quem enfrenta situações difíceis e aparentemente sem solução. A atitude da mulher demonstra que a fé não precisa ser ostentosa; o simples ato de acreditar já é suficiente para alcançar a graça divina.

Que esta passagem nos inspire a aproximar-nos de Jesus com coragem e humildade, confiando que Ele pode tocar as nossas feridas e trazer vida nova onde parece haver apenas desespero.

Oração:

Senhor Jesus, fortalece a minha fé para que eu possa tocar o teu manto com confiança e experimentar o teu poder de cura e vida. Ensina-me a acreditar em Ti mesmo nos momentos mais difíceis. Amém.

 

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07 13 DOMINGO XV DO TEMPO COMUM

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2025-07-13

DOMINGO XV DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana III do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Dt 30, 10-14; Sl 68 (69), 14 e 17. 30-31. 33-34. 36ab-37 ou Sl 18 B (19), 8.9.10. 11
L 2 Cl 1, 15-20
Ev Lc 10, 25-37

EVANGELHO Lc 10, 25-37
«Quem é o meu próximo?».

.Sugestão de imagem Um homem ferido no chão da estrada e outro (o samaritano) ajoelhado junto dele, a cuidar das suas feridas com ternura. Ao fundo, vêem-se ao longe dois homens indifereSugestão de imagem Um homem ferido no chão da estrada e outro (o samaritano) ajoelhado junto dele, a cuidar das suas feridas com ternura. Ao fundo, vêem-se ao longe dois homens indiferentes a continuar o seu caminho. A estrada poeirenta lembra o caminho da vida, cheio de encontros e escolhas.

EVANGELHO Lc 10, 25-37
«Quem é o meu próximo?».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Lc 10, 25-37

Naquele tempo, levantou-se um doutor da lei e perguntou a Jesus para O experimentar: «Mestre, que hei de fazer para receber como herança a vida eterna?». Jesus disse-lhe: «Que está escrito na Lei? Como lês tu?». Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e ao próximo como a ti mesmo». Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem. Faz isso e viverás». Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: «E quem é o meu próximo?». Jesus, tomando a palavra, disse: «Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o que levava, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o meio- morto. Por coincidência, descia pelo mesmo caminho um sacerdote; viu-o e passou adiante. Do mesmo modo, um levita que vinha por aquele lugar, viu-o e passou também adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata bem dele; e o que gastares a mais eu to pagarei quando voltar’. Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?». O doutor da lei respondeu: «O que teve compaixão dele». Disse-lhe Jesus: Então vai e faz o mesmo».

Palavra da salvação

REFLEXÃO .

«Quem é o meu próximo?»

A pergunta do doutor da Lei, aparentemente teórica, toca o coração da fé cristã: quem é o meu próximo? Jesus responde com uma parábola que quebra fronteiras culturais e religiosas. O sacerdote e o levita, homens considerados “religiosos”, ignoram o homem ferido. Já o samaritano — alguém considerado estrangeiro e impuro — é quem revela o verdadeiro rosto de Deus: compaixão activa.

Neste gesto concreto de misericórdia, Jesus mostra que o amor ao próximo não se limita a laços de sangue, cultura ou religião. O próximo não é quem se parece comigo, mas quem precisa de mim — e a quem eu me torno próximo quando me deixo tocar pela dor do outro. A compaixão não é um sentimento, é uma decisão de agir. O samaritano não só vê, como se aproxima, trata, carrega, cuida, paga e compromete-se a voltar. Amar é isso: assumir a fragilidade do outro como se fosse minha.

Na vida cristã, esta parábola é um espelho. Quantas vezes passamos ao lado de pessoas feridas: um vizinho isolado, um idoso esquecido, alguém em sofrimento emocional ou espiritual? Jesus interpela-nos a ver, parar e cuidar. A verdadeira fé é aquela que se traduz em misericórdia encarnada, que transforma a estrada da vida num espaço de salvação e comunhão.

A resposta à pergunta “que devo fazer para herdar a vida eterna?” é clara: amar a Deus e amar concretamente o próximo. Jesus diz-nos: «Então vai, e faz o mesmo». Não basta saber, é preciso fazer. O amor cristão é sempre activo, visível, comprometido.


🙏 Oração

Senhor Jesus,
Tu que te fizeste próximo de cada um de nós,
ensina-me a ver com os Teus olhos,
a parar como o bom samaritano,
a cuidar sem medo de perder tempo ou conforto.
Dá-me um coração sensível à dor dos outros
e mãos prontas para servir.
Que o amor ao próximo seja o caminho para Te encontrar.
Ámen.


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.alte quando encontrar um buraco.

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