07 05 Sábado da semana XIII

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-07-05

Sábado da semana XIII

Santa Maria no Sábado – MF
S. António Maria Zacarias, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Gn 27, 1-5. 15-29; Sl 134 (135), 1-2. 3-4. 5-6
Ev Mt 9, 14-17

Imagem sugerida
Uma mesa de casamento oriental, com o noivo (Jesus) sorridente ao centro, rodeado de convidados radiantes — mas com um cálice vazio em primeiro plano, símbolo da espera vigilante após a partida do Esposo.

EVANGELHO Mt 9, 14-17
«Podem os companheiros do esposo ficar de luto,
enquanto o esposo estiver com eles?»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, os discípulos de João Batistaforam ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?». Jesus respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado: nesses dias jejuarão. Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho, porque o remendo repuxa o vestido e o rasgão fica maior. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, os odres rebentam, derrama-se o vinho e perdem-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos e assim ambas as coisas se conservam».

Palavra da salvação.

Reflexão

Este Evangelho é uma revelação luminosa da identidade de Jesus: Ele é o Esposo, Aquele que veio desposar a humanidade com um amor total, fiel e irreversível. A imagem do Esposo vem do Antigo Testamento, onde Deus é apresentado como Aquele que ama o seu povo com zelo e paixão. Em Jesus, esse amor toma rosto e presença. Os discípulos não jejuam porque estão na festa do encontro com o Esposo — e na presença de Jesus, tudo se torna plenitude e alegria.

Mas Jesus também anuncia que virá o tempo da ausência, o tempo da dor e do silêncio — os dias em que o Esposo será tirado. É então que o jejum encontra sentido: não como um simples rito, mas como expressão da saudade, da espera e da preparação interior.

A segunda parte do Evangelho introduz duas imagens fortes: o remendo novo em pano velho e o vinho novo em odres velhos. Jesus está a alertar para a incompatibilidade entre a novidade do Reino e as estruturas antigas que já não suportam o novo dinamismo do amor de Deus. Ele não veio simplesmente aperfeiçoar o que existia — veio inaugurar algo radicalmente novo: uma nova relação com Deus baseada na intimidade, na misericórdia e na comunhão.

Esta Palavra convida-nos a discernir os tempos que vivemos. Estamos na presença do Esposo? Celebramos com alegria a Sua proximidade? Ou estamos no tempo da ausência, do jejum, da espera vigilante? E sobretudo: estamos a renovar os nossos “odres”, ou seja, os nossos corações, estruturas e atitudes para acolher o vinho novo do Evangelho?

Hoje é tempo de escolher: ou nos deixamos moldar por este amor novo que Jesus veio trazer, ou ficamos agarrados a formas antigas que já não contêm a alegria da fé.


Oração

Senhor Jesus, Esposo da minha alma,
Tu que vieste ao mundo para amar com um amor eterno,
ensina-me a saborear a Tua presença com alegria
e a viver a Tua ausência com esperança.
Faz de mim odre novo,
capaz de acolher o vinho novo da Tua Palavra e da Tua graça.
Que eu saiba jejuar com sentido e celebrar com fé,
esperando sempre o dia da Tua plenitude.
Ámen.


 

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *