Monthly Archives: May 2025

06 03 Jo 17, 1-11a Terça Feira  “Pai, glorifica o teu filho”

 

Carlos Lwanga e jovens mártires africanos com tochas nas mãos, rostos serenos, a olhar para o céu, com uma cruz ao fundo iluminada.
 Legenda: “Pai, glorifica o teu Filho… e neles sou glorificado.”

EVANGELHO Jo 17, 1-11a«Pai, glorifica o teu Filho»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste. É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo. Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar. E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com aquela glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu mos deste e eles guardam a tua palavra. Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti, porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste. É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu; e neles sou glorificado. Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para Ti».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

Evangelho de João 17, 1-11a & Memória de São Carlos Lwanga e Companheiros Mártires

Na oração sacerdotal de Jesus, que hoje começamos a escutar, encontramos a expressão mais profunda do Seu amor: oferece-Se ao Pai por todos os que Lhe foram confiados. Jesus está prestes a entrar na Sua paixão e, em vez de se fechar no medo ou na dor, entrega-Se totalmente em oblação, pedindo ao Pai que O glorifique — não para Si mesmo, mas para que a glória do Pai resplandeça no mundo por meio d’Ele. Esta entrega total é o modelo para todos os que desejam seguir verdadeiramente o Senhor.

Neste mesmo espírito de entrega se situam São Carlos Lwanga e os seus companheiros mártires, jovens cristãos de Uganda que, em 1886, preferiram a morte à negação da fé. Eram novos na fé, mas cheios do Espírito Santo. Perante a pressão de um rei tirano que queria afastá-los do caminho de Cristo, mantiveram-se fiéis, até ao martírio. A sua coragem recorda-nos que a glória de Deus se manifesta na fidelidade dos que O amam até ao fim. Como Jesus, também eles disseram “sim” até ao último sopro, glorificando o Pai com as suas vidas.

Aplicando este Evangelho e este testemunho à nossa vida, somos desafiados a viver com compromisso, a deixar que a Palavra nos transforme e nos torne fiéis, mesmo nas dificuldades. Ser cristão não é apenas acreditar, mas glorificar a Deus com a própria vida, tornando-nos reflexos da Sua presença no mundo. Na oração sacerdotal, Jesus intercede por nós: somos os que o Pai Lhe confiou. Cabe-nos agora viver à altura dessa confiança, como São Carlos Lwanga e os seus companheiros.

Oração
Senhor Jesus,
que Te entregaste ao Pai por amor de nós,
dá-nos a coragem de viver com fidelidade,
como São Carlos Lwanga e os seus companheiros.
Que a nossa vida glorifique o Pai
e testemunhe, com verdade,
a fé que recebemos.
Ámen.

06 02 Jo 16, 29-33 Segunda «Tende confiança: Eu venci o mundo»

 

 

**Cristo ressuscitado com as mãos erguidas, em gesto de bênção, com uma pomba a descer do céu sobre um grupo de fiéis que oram, rodeados por sombras mas iluminados por uma luz suave e celestial.**

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus: «De facto agora falas abertamente, sem enigmas. Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém Te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Agora acreditais? Vai chegar a hora – e já chegou – em que sereis dispersos, cada um para seu lado, e Me deixareis só; mas Eu não estou só, porque o Pai está comigo. Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz. No mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo».

Palavra da salvação.

Reflexão 

Neste trecho do Evangelho de São João (16, 29-33), Jesus prepara os discípulos para o tempo da ausência visível, já a antecipar o mistério da Ascensão e a proximidade do Pentecostes. É um momento de viragem: os discípulos fazem um acto de fé — “acreditamos que saíste de Deus” — e, paradoxalmente, Jesus anuncia-lhes que, apesar dessa fé, serão dispersos e abandoná-Lo-ão. Esta tensão entre fé e fragilidade humana é profundamente actual: quantas vezes também nós acreditamos, mas hesitamos diante da provação?
Jesus, no entanto, não os repreende duramente. Pelo contrário, revela-lhes um segredo essencial para a vida cristã: *”Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz.”* A paz cristã não é ausência de problemas, mas presença de Cristo no meio das tribulações. Ele não promete uma vida fácil, mas garante a Sua vitória: *”Tende confiança: Eu venci o mundo.”*

Ao aproximar-se o Pentecostes, somos convidados a abrir o coração ao Espírito Santo, que é o dom do Ressuscitado, a força que transforma discípulos dispersos em testemunhas corajosas. A vitória de Cristo sobre o mundo torna-se nossa quando, unidos a Ele, vencemos o medo, a indiferença e a tentação de desistir. Esta palavra de Jesus é chamada ao compromisso: no meio das lutas da vida — pessoais, familiares, sociais ou eclesiais — somos chamados a confiar n’Ele, a manter-nos fiéis e a ser construtores de paz.

Viver como cristãos comprometidos é assumir esta tensão: entre a fraqueza humana e a força divina, entre o mundo que nos desafia e o Espírito que nos fortalece. A proximidade de Pentecostes renova a esperança: o Espírito vem para nos unir, animar e transformar.

### **Oração**

Senhor Jesus, que venceste o mundo,
dá-nos a graça de confiar em Ti mesmo na tribulação.
Envia o Teu Espírito sobre nós,
para que sejamos fiéis no amor, corajosos no testemunho,-
e perseverantes na esperança.
Ámen.

06 02 Jo 16, 29-33 Segunda «Tende confiança: Eu venci o mundo»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus: «De facto agora falas abertamente, sem enigmas. Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém Te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Agora acreditais? Vai chegar a hora – e já chegou – em que sereis dispersos, cada um para seu lado, e Me deixareis só; mas Eu não estou só, porque o Pai está comigo. Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz. No mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo».

Palavra da salvação.

Reflexão 

Neste trecho do Evangelho de São João (16, 29-33), Jesus prepara os discípulos para o tempo da ausência visível, já a antecipar o mistério da Ascensão e a proximidade do Pentecostes. É um momento de viragem: os discípulos fazem um acto de fé — “acreditamos que saíste de Deus” — e, paradoxalmente, Jesus anuncia-lhes que, apesar dessa fé, serão dispersos e abandoná-Lo-ão. Esta tensão entre fé e fragilidade humana é profundamente actual: quantas vezes também nós acreditamos, mas hesitamos diante da provação?
Jesus, no entanto, não os repreende duramente. Pelo contrário, revela-lhes um segredo essencial para a vida cristã: *”Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz.”* A paz cristã não é ausência de problemas, mas presença de Cristo no meio das tribulações. Ele não promete uma vida fácil, mas garante a Sua vitória: *”Tende confiança: Eu venci o mundo.”*

Ao aproximar-se o Pentecostes, somos convidados a abrir o coração ao Espírito Santo, que é o dom do Ressuscitado, a força que transforma discípulos dispersos em testemunhas corajosas. A vitória de Cristo sobre o mundo torna-se nossa quando, unidos a Ele, vencemos o medo, a indiferença e a tentação de desistir. Esta palavra de Jesus é chamada ao compromisso: no meio das lutas da vida — pessoais, familiares, sociais ou eclesiais — somos chamados a confiar n’Ele, a manter-nos fiéis e a ser construtores de paz.

Viver como cristãos comprometidos é assumir esta tensão: entre a fraqueza humana e a força divina, entre o mundo que nos desafia e o Espírito que nos fortalece. A proximidade de Pentecostes renova a esperança: o Espírito vem para nos unir, animar e transformar.

### **Oração**

Senhor Jesus, que venceste o mundo,
dá-nos a graça de confiar em Ti mesmo na tribulação.
Envia o Teu Espírito sobre nós,
para que sejamos fiéis no amor, corajosos no testemunho,
e perseverantes na esperança.
Ámen.

06 01 Lc 24, 46-53 Domingo «Enquanto os abençoava, foi elevado ao Céu»

..Sugestão de imagem Uma representação de Jesus elevado aos céus com os braços erguidos em bênção, enquanto os discípulos, ainda iluminados pela Sua presença, O contemplam com alegria. Ao fundo, Jerusalém e, acima, a luz celeste a acolher o Ressuscitado.

06 01 Lc 24, 46-53 Domingo «Enquanto os abençoava, foi elevado ao Céu».

Conclusão do santo Evangelho segundo São Lucas.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto». Depois Jesus levou os discípulos até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu. Eles prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus..

Palavra da salvação..

REFLEXÃO .

Celebramos hoje a solenidade da Ascensão do Senhor, mistério glorioso que marca a conclusão da missão visível de Jesus na terra e o início da missão da Igreja. Cristo, depois da sua ressurreição, aparece aos discípulos, fortalece-lhes a fé e prepara-os para o envio do Espírito Santo. A Ascensão não é uma despedida melancólica, mas um passo necessário na glorificação de Jesus e na inauguração de uma nova presença: Ele sobe ao Céu para estar connosco de forma mais plena, por meio do Espírito.

O Evangelho de Lucas mostra-nos um gesto de bênção contínua: “Enquanto os abençoava, foi elevado ao Céu”. Jesus parte abençoando, ou seja, deixando-nos a certeza da Sua paz, da Sua protecção e da Sua missão. Os discípulos, longe de se entristecerem, regressam a Jerusalém “com grande alegria”. A Ascensão não os afasta de Jesus, mas aproxima-os d’Ele de forma espiritual e missionária..

Esta festa é um apelo à esperança activa. Vivemos no “já e ainda não”: já participamos na vitória de Cristo, mas ainda aguardamos a sua plena realização. Somos chamados a ser testemunhas da Ressurreição, vivendo com os olhos voltados para o Alto, mas os pés firmes no chão, na construção do Reino. O mandato de Cristo — “ser testemunhas do perdão” — é urgente no nosso mundo ferido, necessitado de misericórdia, reconciliação e paz.

Oração.

Senhor Jesus, elevado à glória do Pai, mantém-nos firmes na fé, alegres na esperança e activos na caridade. Que a Tua bênção nos fortaleça e o Teu Espírito nos conduza na missão que nos confiaste. Ámen.

05 30 Sexta .Jo 16, 20-23a «Ninguém vos poderá tirar a vossa alegria»João (16,20-23a)

….

Sugestão de imagem para este Evangelho de João 16, 20-23a: Uma composição simbólica com dois planos: No plano inferior, uma mulher em trabalho de parto, envolta em sombras suaves, com expressão de dor mas também de esperança. Ao lado, um pequeno grupo de discípulos com rostos tristes, representando o momento de ausência de Jesus. No plano superior, uma cena luminosa: a mesma mulher a segurar o seu filho recém-nascido com um sorriso de alívio e alegria, e os discípulos a con

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João….

    Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria. A mulher, quando está para ser mãe, sente angústia, porque chegou a sua hora. Mas depois que deu à luz um filho, já não se lembra do sofrimento, pela alegria de ter dado um homem ao mundo. Também vós agora estais tristes; mas Eu hei de ver-vos de novo e o vosso coração se alegrará e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. Nesse dia, não Me fareis nenhuma pergunta»..
Palavra da  salvação

Reflexão……….

No Evangelho de João (16,20-23a), Jesus antecipa aos discípulos um paradoxo da fé: a dor temporária e a alegria eterna. Ele compara a experiência deles ao parto: “A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, mas, depois que a criança nasce, já não se lembra da aflição, por causa da alegria” (Jo 16,21). Assim como a dor precede a vida nova, os sofrimentos humanos são passageiros, mas a alegria em Cristo é permanente.  

Para cada cristão, este texto é um convite a confiar no propósito divino mesmo nas provações. Seja em uma doença, uma perda ou um fracasso, a fé nos ensina a enxergar além do sofrimento. Como diz São Paulo: *“Considero que os sofrimentos do tempo presente não têm proporção com a glória que deve ser revelada em nós”* (Romanos 8,18). A oração diária, a leitura da Bíblia e a gratidão são práticas que mantêm viva essa alegria.  .

Santa Teresa de Calcutá viveu décadas de escuridão espiritual, mas sua alegria em servir aos pobres nunca se apagou. Ela dizia: *“A alegria é uma rede de amor para capturar almas”*. Além disso, a exortação *Gaudete et Exsultate* do Papa Francisco recorda: *“O Senhor nos chama a uma alegria que brota de saber que Ele está conosco”*. Nas comunidades, vemos testemunhos de irmãos que, mesmo em luto, encontram consolo na Eucaristia, provando que a alegria cristã é inquebrável.  

 

 

Oração Final**  ..

Senhor Jesus, fonte da verdadeira alegria, ensina-nos a confiar no Teu amor mesmo nas noites mais escuras. Que a Tua ressurreição seja nossa certeza e que, como farol na tempestade, Tua luz guie nossos passos. Amém.* 

 

 

 

05 31 EVANGELHO Lc 1, 39-56 «Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?» visitação de Maria

 

 

 

Sugestão de imagem
Maria a subir uma estrada entre montes, com expressão serena e determinada, levando Jesus no coração. Ao fundo, Isabel à porta de casa, iluminada pela alegria do encontro.

EVANGELHO Lc 1, 39-56
«Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naqueles dias,
Maria pôs-se a caminho
e dirigiu-se apressadamente para a montanha,
em direcção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria,
o menino exultou-lhe no seio.
Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz:
«Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado
que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos
a voz da tua saudação,
o menino exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou
no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito
da parte do Senhor».
Maria disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas,
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraão e à sua descendência para sempre».
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses
e depois regressou a sua casa.

Palavra da salvação.

 

Festa da Visitação de Nossa Senhora – 31 de Maio
Evangelho: Lucas 1, 39-56

Ao terminar o mês de Maio, voltamos os olhos para Maria, celebrando a sua visita a Isabel como sinal de amor em movimento. O Evangelho leva-nos a contemplar a jovem de Nazaré que, depois de receber o anúncio do Anjo, parte “apressadamente” ao encontro da sua prima. Maria não se detém em glórias pessoais nem se deixa paralisar pelo medo. Move-se pela caridade e pela fé.

A saudação de Maria faz exultar de alegria o menino no seio de Isabel. Aquilo que parecia um simples encontro familiar transforma-se numa teofania: o Espírito Santo inunda Isabel, que reconhece em Maria a Mãe do seu Senhor. O louvor brota dos lábios da humilde serva de Deus no cântico do Magnificat, onde se revela a acção misericordiosa de Deus que exalta os humildes e derruba os poderosos.

Este Evangelho interpela-nos profundamente na nossa vida pessoal. Também nós somos chamados a sair de nós mesmos, a pôr-nos a caminho, a levar Jesus aos outros com pressa e alegria. Maria ensina-nos que a fé não é estática, mas dinâmica. A verdadeira espiritualidade cristã leva-nos a encontrar os outros, a servir, a escutar, a louvar. E como Maria, podemos ser presença consoladora, portadores de Cristo e do Espírito Santo onde quer que vamos.

Na nossa peregrinação neste mundo, Maria visita-nos com a sua ternura materna. Ela não nos deixa sós. Como o fez com Isabel, permanece connosco nos momentos de necessidade, de espera, de fragilidade. Que saibamos acolhê-la, como Isabel, e deixar que a sua presença transforme as nossas casas em lugares de bênção.


Oração breve
Maria, Mãe da visitação, ensina-nos a caminhar com prontidão, a servir com humildade e a louvar com confiança. Que a tua presença nos ajude a reconhecer Jesus nas alegrias e nas dificuldades da vida. Ámen.


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05 30 Jo 16, 20-23a «Ninguém vos poderá tirar a vossa alegria»

EVANGELHO Jo 16, 20-23a
«Ninguém vos poderá tirar a vossa alegria»

Os discípulos irão sentir, prolongada em si, a Paixão do Mestre. Mas a Ressurreição será para eles fonte de alegria eterna, que ninguém lhes poderá roubar. Esta alegria será fruto do conhecimento que eles terão de Cristo ressuscitado. Eles já não terão que interrogar Jesus; se necessitassem de o fazer, isso suporia, da parte deles, falta de compreensão; mas, à luz da Ressurreição, tudo será luminoso: foi o Dia eterno do Senhor que despontou e que não mais terá ocaso.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria. A mulher, quando está para ser mãe, sente angústia, porque chegou a sua hora. Mas depois que deu à luz um filho, já não se lembra do sofrimento, pela alegria de ter dado um homem ao mundo. Também vós agora estais tristes; mas Eu hei de ver-vos de novo e o vosso coração se alegrará e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. Nesse dia, não Me fareis nenhuma pergunta».
Palavra da salvação.EVANGELHO Jo 16, 20-23a

«Ninguém vos poderá tirar a vossa alegria»

Os discípulos irão sentir, prolongada em si, a Paixão do Mestre. Mas a Ressurreição será para eles fonte de alegria eterna, que ninguém lhes poderá roubar. Esta alegria será fruto do conhecimento que eles terão de Cristo ressuscitado. Eles já não terão que interrogar Jesus; se necessitassem de o fazer, isso suporia, da parte deles, falta de compreensão; mas, à luz da Ressurreição, tudo será luminoso: foi o Dia eterno do Senhor que despontou e que não mais terá ocaso.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria. A mulher, quando está para ser mãe, sente angústia, porque chegou a sua hora. Mas depois que deu à luz um filho, já não se lembra do sofrimento, pela alegria de ter dado um homem ao mundo. Também vós agora estais tristes; mas Eu hei de ver-vos de novo e o vosso coração se alegrará e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. Nesse dia, não Me fareis nenhuma pergunta».
Palavra da salvação.

05 29 Quinta «Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria»

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Uma cruz ao pôr do sol, com uma luz intensa a surgir no horizonte — símbolo da tristeza que dá lugar à alegria da ressurreição.

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EVANGELHO Jo 16, 16-20.
«Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me». Alguns discípulos disseram entre si: «Que significa isto que nos diz: ‘Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me’, e ainda: ‘Eu vou para o Pai’?». E perguntavam: «Que é esse pouco tempo de que Ele fala? Não sabemos o que está a dizer». Jesus percebeu que O queriam interrogar e disse-lhes: «Procurais entre vós compreender as minhas palavras: ‘Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me’. Em verdade, em verdade vos digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria».
Palavra da salvação

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REFLEXÃO 

Neste excerto do Evangelho de João (16,16-20), Jesus antecipa a inquietação dos discípulos face ao mistério da sua morte e ressurreição. As palavras “daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me” são enigmáticas à primeira vista, mas revelam a profundidade do mistério pascal: a ausência dolorosa da cruz será seguida pela presença gloriosa da ressurreição.

Jesus não ignora a tristeza dos seus, mas assegura: “A vossa tristeza converter-se-á em alegria” (Jo 16,20). Esta promessa não é uma negação do sofrimento, mas a certeza de que a dor, unida a Cristo, tem um fim redentor. Como afirma o Papa Francisco: “A alegria cristã nasce sempre da cruz” (Evangelii Gaudium, 5). O cristão não foge da dor, mas atravessa-a com a esperança viva de que o Senhor ressuscitado está presente.

Este mistério é central para a fé de todos os cristãos comprometidos: a nossa caminhada inclui lágrimas e provações, mas a certeza da vitória de Cristo sustenta-nos. O sofrimento não é a última palavra. “O choro dura uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30,6).

O Concílio Vaticano II recorda que, mesmo nas provações, os discípulos de Cristo “não andam errantes, mas são chamados à esperança” (Lumen Gentium, 9). Esta esperança enraíza-se no facto de que Cristo venceu a morte. A presença do Ressuscitado ilumina a escuridão dos dias difíceis, mostrando-nos que a tristeza pode ser um terreno fértil para a transformação interior e para a manifestação da glória de Deus.

Na vida da Igreja, esta experiência é constante: os tempos de prova precedem muitas vezes os frutos do Espírito. Também a nossa missão exige fé na promessa de que, após cada cruz, há uma manhã nova.

Oração

Senhor Jesus, que conheces as nossas lágrimas e não nos deixas sós na tristeza, fortalece a nossa esperança na tua ressurreição. Transforma as nossas dores em fonte de vida nova, e faz brilhar em nós a alegria que vem de Ti. Ámen.

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05 28 Quarta Jo 16, 12-15 «Tudo o que o Pai tem é meu. O Espírito receberá do que é meu, para vo-lo anunciar»

.Imagem sugerida

Um caminho iluminado por uma luz suave descendo do céu sobre um grupo de pessoas em escuta orante — símbolo do Espírito que guia a comunidade para a verdade.

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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis compreender agora. Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vos há de anun¬ciá-lo. Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo»..

Palavra da salvação.

REFLEXÃO .

Este trecho do Evangelho de João (16,12-15) revela a delicadeza pedagógica de Jesus no processo de formação dos seus discípulos. Ele reconhece os limites da sua compreensão no momento presente e anuncia a vinda do Espírito da verdade, que continuará a sua missão, conduzindo-os à plena verdade. Este Espírito Santo, enviado pelo Pai e pelo Filho, não fala por iniciativa própria, mas transmite fielmente o que escuta e glorifica Cristo, tornando presente a sua palavra, a sua vida, e a sua missão em todos os tempos.

Para todos os cristãos comprometidos, este anúncio é uma promessa e uma missão. A promessa de que nunca estaremos sós no caminho da fé — o Espírito acompanha, inspira, esclarece, corrige e fortalece. A missão de escutar, discernir e viver segundo essa verdade plena que é Cristo. Como ensina o Catecismo da Igreja Católica, “o Espírito Santo prepara os homens, prevenindo-os com a sua graça, para atrair-lhes para Cristo” (CIC, 737).

A verdade à qual o Espírito nos conduz não é apenas doutrinária, mas vivencial: é a verdade do amor, da fidelidade ao Evangelho, da transformação interior. Como afirma São Paulo: “Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm 8,14). Viver no Espírito é viver como filhos, confiando na herança do Pai, acolhendo a verdade como dom progressivo, e deixando que a nossa vida glorifique Cristo.

Hoje, mais do que nunca, os cristãos são chamados a discernir o que o Espírito diz à Igreja (cf. Ap 2,7), especialmente num mundo confuso, fragmentado e sedento de sentido. Não somos donos da verdade, mas servos dela. E a verdade não é uma teoria, mas uma Pessoa: Jesus Cristo, o Senhor.

Oração

Espírito Santo, guia-nos à verdade plena. Abre os nossos ouvidos à tua voz, purifica o nosso coração e dá-nos a coragem de viver segundo a Palavra de Cristo. Que a nossa vida glorifique o Filho e, n’Ele, o Pai. Ámen.

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05 27 EVANGELHO Jo 16, 5-11 «Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós»

 

.Uma pomba branca a descer sobre um coração em chamas, representando o Espírito Santo que transforma, ilumina e guia o crente. Ao fundo, uma cruz vazia e luminosa, sinal da partida de Cristo e da vinda do Espírito.

EVANGELHO Jo 16, 5-11

«Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Agora vou para Aquele que Me enviou e nenhum de vós Me pergunta: ‘Para onde vais?’. Mas por Eu vos ter dito estas coisas, o vosso coração encheu-se de tristeza. No entanto, Eu digo-vos a verdade: É do vosso interesse que Eu vá. Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se Eu for, Eu vo-l’O enviarei. Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do julgamento: do pecado, porque não acreditam em Mim; da justiça, porque vou para o Pai e não Me vereis mais; do julgamento, porque o príncipe deste mundo já está condenado».

Palavra da salvação.

Reflexão 

Jesus prepara os discípulos para a sua partida. A tristeza abate-os, mas Ele revela uma verdade profunda: “É do vosso interesse que Eu vá”. Estas palavras, à primeira vista paradoxais, revelam o dinamismo do plano divino: a ausência física de Cristo não é abandono, mas abertura a uma nova forma de presença – a do Espírito Santo, o Paráclito, o Defensor, que conduz os crentes à verdade plena (cf. Jo 16,13).

Jesus fala-nos de uma presença interior, que ilumina a consciência, convence do pecado, revela a justiça divina e pronuncia o julgamento sobre o mal. É uma promessa transformadora: não ficamos órfãos (cf. Jo 14,18). Na nossa vida pessoal, esta passagem convida-nos a uma escuta mais atenta do Espírito Santo, que age silenciosamente no coração de cada baptizado. Quantas vezes resistimos à sua voz, preferindo a segurança da rotina à ousadia da fé?..

O Catecismo da Igreja Católica afirma que “conhecer o Espírito é conhecer Cristo, que o envia e nos revela” (CIC, 687). O Paráclito não nos afasta de Jesus, mas aprofunda a nossa comunhão com Ele. Na vida quotidiana, isso traduz-se em discernimento, coragem para a verdade, compaixão activa e fidelidade ao Evangelho.

Que saibamos escutar o Espírito que nos convence e reconduz à verdade, mesmo quando ela nos fere. O mundo relativiza o pecado e confunde a justiça; o Espírito, porém, dá-nos luz e liberdade interior. E tu, estás disposto a deixar-te conduzir por Ele?


Oração

Espírito Santo, Paráclito eterno,
vem habitar no meu coração.
Faz-me ouvir a tua voz no silêncio,
convencer-me do que é pecado,
amar a justiça que vem de Deus
e caminhar na luz do julgamento que liberta.
Não me deixes cair na tibieza ou no medo,
mas infunde em mim a ousadia dos santos.
Ámen.


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05 26 Jo 15, 26 – 16, 4a  Segunda «O Espírito da verdade dará testemunho de Mim»

 

Uma representação de São Filipe de Néry sorridente, com uma pomba (símbolo do Espírito Santo) sobre o ombro, rodeado de jovens ou pobres, simbolizando o seu testemunho alegre e próximo.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando vier o Paráclito, que Eu vos enviarei de junto do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim. E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio. Disse-vos estas palavras para não sucumbirdes. Hão de expulsar-vos das sinagogas; e mais ainda, aproxima-se a hora em que todo aquele que vos matar julgará que presta culto a Deus. Procederão assim por não terem conhecido o Pai, nem Me terem conhecido a Mim. Mas Eu disse-vos isto, para que, ao chegar a hora, vos lembreis de que vo-lo tinha dito».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

Jesus prepara os discípulos para os tempos difíceis que se avizinham. Fala-lhes da vinda do Paráclito, o Espírito da verdade, que dará testemunho d’Ele e sustentará a fé dos que O seguirem. Não promete uma vida fácil, mas uma vida com sentido: marcada pelo amor, pela verdade e pela fidelidade. O Espírito não vem apenas consolar, mas capacitar, esclarecer e fortalecer no testemunho.

A perseguição descrita por Jesus não é um acidente, mas consequência inevitável da fidelidade à verdade. Quem dá testemunho do Evangelho entra em conflito com o mundo que rejeita Deus. Mas Jesus garante que o Espírito estará presente, atuando não apenas nas palavras, mas na coragem e coerência de vida dos cristãos.

São Filipe de Néry, cuja memória hoje celebramos, é um exemplo luminoso deste testemunho alegre e corajoso. Dotado de uma profunda intimidade com o Espírito Santo, evangelizou Roma com humor, ternura e alegria. Sabia que a santidade não está no rigor frio, mas no fogo do Espírito que aquece os corações. Mesmo enfrentando incompreensões, nunca perdeu o ânimo, nem o amor pelas almas.

A sua vida convida-nos a viver o Evangelho com alegria contagiante, como verdadeiros testemunhos do Ressuscitado. Ser cristão não é apenas seguir regras, mas deixar-se conduzir pelo Espírito da verdade, tornando visível no mundo a presença viva de Cristo. Em tempos de indiferença ou até hostilidade à fé, somos chamados a dar testemunho: não com dureza, mas com o brilho da caridade.

### Oração

Senhor Jesus, que prometeste o Espírito da verdade, envia-O também hoje sobre nós. Que Ele nos fortaleça no testemunho, nos ilumine na dúvida, nos console na provação. Como São Filipe de Néry, dá-nos um coração simples, fervoroso e alegre, capaz de Te anunciar com palavras e gestos. Ámen.

 

05 22 .Jo 15, 9-11 Quinta «Permanecei no meu amor, para que a vossa alegria seja completa»

05 22 .Jo 15, 9-11 Quinta «Permanecei no meu amor, para que a vossa alegria seja completa»

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.EVANGELHO Jo 15, 9-11

«Permanecei no meu amor, para que a vossa alegria seja completa»..

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa».

Palavra da salvação.

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REFLEXÃO .

Jesus fala do amor como um dom que nasce da Trindade. Ele foi amado pelo Pai e, desse amor divino, brota o Seu amor por nós. Não se trata de um amor teórico, mas de um amor vivido, obediente, sacrificado. Jesus guardou os mandamentos do Pai e permaneceu no Seu amor; agora convida-nos a fazer o mesmo: guardar os Seus mandamentos, para permanecermos no Seu amor..

«Permanecei» é a palavra-chave. Não é apenas amar de vez em quando, por impulso, ou em momentos fáceis, mas manter-nos firmes no amor em todas as circunstâncias. Esse amor fiel e perseverante é o que nos conduz à alegria completa..

E que alegria é esta? Não é a euforia passageira do mundo, mas a alegria de Cristo que entra no nosso coração quando vivemos unidos a Ele, na confiança, na escuta da Palavra e na prática do bem. Uma alegria que não depende das circunstâncias externas, mas da comunhão com Deus..

### 🙏 Oração.

Senhor Jesus, ensinai-me a permanecer no Vosso amor, mesmo nas horas difíceis. Que o meu coração se molde pelos Vossos mandamentos e encontre neles a liberdade e a alegria verdadeiras. Que a Tua alegria esteja em mim, e que eu seja sinal de alegria para os outros. Ámen.

05 22 .Jo 15, 9-11 Quinta «Permanecei no meu amor, para que a vossa alegria seja completa»

05 22 .Jo 15, 9-11 Quinta «Permanecei no meu amor, para que a vossa alegria seja completa»

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.EVANGELHO Jo 15, 9-11 «Permanecei no meu amor, para que a vossa alegria seja completa»..

«Permanecei no meu amor, para que a vossa alegria seja completa»..

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa».

Palavra da salvação.

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REFLEXÃO ..

Jesus fala do amor como um dom que nasce da Trindade. Ele foi amado pelo Pai e, desse amor divino, brota o Seu amor por nós. Não se trata de um amor teórico, mas de um amor vivido, obediente, sacrificado. Jesus guardou os mandamentos do Pai e permaneceu no Seu amor; agora convida-nos a fazer o mesmo: guardar os Seus mandamentos, para permanecermos no Seu amor..

«Permanecei» é a palavra-chave. Não é apenas amar de vez em quando, por impulso, ou em momentos fáceis, mas manter-nos firmes no amor em todas as circunstâncias. Esse amor fiel e perseverante é o que nos conduz à alegria completa..

E que alegria é esta? Não é a euforia passageira do mundo, mas a alegria de Cristo que entra no nosso coração quando vivemos unidos a Ele, na confiança, na escuta da Palavra e na prática do bem. Uma alegria que não depende das circunstâncias externas, mas da comunhão com Deus..

### 🙏 Oração.

Senhor Jesus, ensinai-me a permanecer no Vosso amor, mesmo nas horas difíceis. Que o meu coração se molde pelos Vossos mandamentos e encontre neles a liberdade e a alegria verdadeiras. Que a Tua alegria esteja em mim, e que eu seja sinal de alegria para os outros. Ámen.

05 21 Alegria da comunhão

sem legendas A alegria da comunhão manifesta-se na liturgia: “Que alegria, quando me disseram: ‘Vamos para a casa do Senhor’” (Sl 121,1)

A alegria da comunhão manifesta-se na liturgia: “Que alegria, quando me disseram: ‘Vamos para a casa do Senhor’” (Sl 121,1).

A profunda alegria da comunhão encontra a sua mais vívida expressão na liturgia, ecoando o salmo que exclama: “Que alegria, quando me disseram: ‘Vamos para a casa do Senhor’” (Sl 121,1). Esta exclamação não é apenas um vago sentimento, mas sim uma resposta visceral e jubilosa ao chamamento  para a assembleia dos fiéis, para o encontro com o sagrado, para a participação no mistério pascal que nos une a Cristo e uns aos outros. A liturgia, portanto, transcende a mera formalidade de ritos e orações; ela é o espaço privilegiado onde a comunidade crente experimenta, celebra e fortalece os laços que a unem em Cristo. É no seio da liturgia que a diversidade dos dons e carismas se harmoniza em louvor e ação de graças, manifestando a beleza e a riqueza do Corpo de Cristo, que é a Igreja. A participação ativa e consciente nos ritos litúrgicos nutre a nossa fé, alimenta a nossa esperança e inflama a nossa caridade, tornando presente no aqui e agora a realidade da Igreja peregrina a caminho da Jerusalém celeste. A liturgia é, assim, fonte e ápice da vida cristã, o lugar onde a alegria da comunhão se torna palpável e transformadora.