Monthly Archives: March 2025

03 24 LEITURA I 2 Reis 5, 1-15ª Segunda Feira

LEITURA I 2 Reis 5, 1-15ª

«Havia muitos leprosos em Israel;contudo nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã»

Começa, nesta semana, a preparação mais diretamente orientada para o Batismo dos catecúmenos e para a renovação das promessas do Batismo dos já batizados, na Vigília Pascal. A saúde restituída a um leproso por meio de simples banho no rio é figura do Batismo, que, num gesto tão simples, é sacramento de uma graça espiritual tão grande, que nele, de simples homens naturais, nos tornamos filhos de Deus, participantes da vida e da glória de Cristo ressuscitado. E esta graça é oferecida a todos os homens: Naamã era estrangeiro e pagão, e foi curado.

Leitura do Segundo Livro dos Reis

Naqueles dias, Naamã, general dos exércitos do rei da Síria, era tido em grande consideração e estima pelo seu soberano, porque, por seu intermédio, o Senhor tinha dado a vitória à Síria. Mas este homem, valente guerreiro, estava leproso. Ora, numa incursão, os sírios tinham levado uma menina da terra de Israel, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Ela disse à sua senhora: «Se o meu senhor fosse ter com o profeta que vive na Samaria, ele decerto o livraria da lepra». Naamã foi contar ao soberano o que dissera a jovem da terra de Israel. O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu escreverei uma carta ao rei de Israel». Naamã pôs-se a caminho, levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa; e entregou ao rei de Israel a carta, que dizia: «Logo que esta carta te chegar às mãos, ficarás a saber que te envio o meu servo Naamã, para que o livres da sua lepra». Depois de ter lido a carta, o rei de Israel rasgou as vestes, exclamando: «Serei eu um deus que possa dar a morte e a vida, para este me mandar dizer que livre um homem da sua lepra? Reparai e vede como ele procura um pretexto contra mim». Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei de Israel tinha rasgado as vestes, mandou-lhe dizer: «Por que motivo rasgaste as tuas vestes? Esse homem venha ter comigo e saberá que existe um profeta em Israel». Naamã seguiu com os seus cavalos e o seu carro e parou à porta de Eliseu. Eliseu mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai banhar-te sete vezes no Jordão e o teu corpo ficará limpo». Naamã irritou-se e decidiu ir-se embora, dizendo: «Eu pensava que ele mesmo viria ao meu encontro, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, colocaria a mão sobre a parte doente e me livraria da lepra. Não valem os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, mais do que todas as águas de Israel? Não poderia eu banhar-me neles para ficar limpo?» Deu meia volta e partiu indignado. Mas os servos aproximaram-se dele e disseram: «Meu pai, se o profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais, se ele te diz apenas: ‘Vai banhar-te e ficarás limpo’?» Naamão desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, como lhe ordenara o homem de Deus. A sua carne tornou-se como a de uma criança e ficou limpo. Voltou de novo, com todo o seu séquito, à casa do homem de Deus, entrou e apresentou-se, dizendo: «Agora sei que não há Deus em toda a terra, senão em Israel».

Palavra do Senhor.

03 24 Segunda Feira da terceira semana da quaresma

Sintese do Evangelho

Para entender esta passagem, devemos ler os versículos anteriores, onde Jesus se declara Messias. Os seus conterrâneos rejeitam-no, pois viam a salvação como monopólio judeu. Hoje, somos chamados a testemunhar Cristo, comprometendo-nos com os pobres, guiados pelo Espírito, numa verdadeira conversão interior e missionária.

 

03 24 Lc 4, 24-30 Segunda Nenhum profeta é bem recebido na sua terra»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga, dizendo: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Digo-vos a verdade: Havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Os versículos  precedentes em que Jesus se intitula de Messias
Salvador “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu: Enviou-me para dar a
boa notícia aos pobres, para anunciar aos cativos a liberdade e aos cegos avista, para dar
liberdade aos oprimidos,   para anunciar o ano de garça do Senhor…
Furiosos com as suas palavras “Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até
ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo.
Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.”
Os conterrâneos de Jesus, e de igual ‘modo o resto dos judeus, estavam convencidos de que a
salvação de Deus era monopólio judeu; as nações pagãs ficavam excluídas. Não conseguiram
aceitar como o Messias o filho de Maria e de José o artesão.
Nós cristãos, fomos ungidos pelo Espírito no Baptismo e Confirmação para testemunhar e
continuar a missão libertadora de Cristo. O dom do Espírito não é também monopólio da
hierarquia eclesiástica, como o demonstram os textos paulinos sobre os carismas, entre os
quais o amor cristão ostenta a primazia (iCor 12–13).
Um mesmo e único Espírito é o que anima a vida da Igreja para dentro e para fora na sua
projecção missionária. Temos de comprometer-nos na luta pela libertação dos mais pobres e

débeis, mas com o espírito de conversão estruturas sociais sem estarmos nós mesmos
convertidos, com o amor e a força do Espírito de Deus que nos liberta interiormente.

ORAÇÃO

Senhor Jesus, vós sois a realização de todas as nossas esperanças e sonhos. Através do dom
do vosso Espírito Santo, recebemos a verdade, liberdade e vida abundante. Enchei-nos com a
alegria do Evangelho e inflamai o nosso coração com amor e zelo por vós e pelo seu reino de
paz e justiça.

 

4o

Liturgia diária
Agenda litúrgica
2025-03-24
Segunda-feira da semana III
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.

L 1 2Rs 5, 1-15a; Sl 41 (42), 2-3; 42, 3. 4
Ev Lc 4, 24-30

Nos dias feriais mais oportunos desta semana, em vez das leituras indicadas para esses dias, podem tomar-se as leituras dominicais do Ano A, para favorecer a catequese batismal na Quaresma.

* Dia dos Missionários Mártires.
* I Vésp. da Anunciação do Senhor – Compl. dep. I Vésp. dom.

Missa
Antífona de entrada Sl 83, 3
A minha alma suspira pelos átrios do Senhor,
o meu coração e a minha carne exultam no Deus vivo.

Oração coleta
Purificai, Senhor,
e protegei continuamente a vossa Igreja;
e, porque não pode salvar-se sem Vós,
governai-a com a vossa providência.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I 2 Reis 5, 1-15ª
«Havia muitos leprosos em Israel;
contudo nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã»

Começa, nesta semana, a preparação mais diretamente orientada para o Batismo dos catecúmenos e para a renovação das promessas do Batismo dos já batizados, na Vigília Pascal. A saúde restituída a um leproso por meio de simples banho no rio é figura do Batismo, que, num gesto tão simples, é sacramento de uma graça espiritual tão grande, que nele, de simples homens naturais, nos tornamos filhos de Deus, participantes da vida e da glória de Cristo ressuscitado. E esta graça é oferecida a todos os homens: Naamã era estrangeiro e pagão, e foi curado.

Leitura do Segundo Livro dos Reis
Naqueles dias, Naamã, general dos exércitos do rei da Síria, era tido em grande consideração e estima pelo seu soberano, porque, por seu intermédio, o Senhor tinha dado a vitória à Síria. Mas este homem, valente guerreiro, estava leproso. Ora, numa incursão, os sírios tinham levado uma menina da terra de Israel, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Ela disse à sua senhora: «Se o meu senhor fosse ter com o profeta que vive na Samaria, ele decerto o livraria da lepra». Naamã foi contar ao soberano o que dissera a jovem da terra de Israel. O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu escreverei uma carta ao rei de Israel». Naamã pôs-se a caminho, levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa; e entregou ao rei de Israel a carta, que dizia: «Logo que esta carta te chegar às mãos, ficarás a saber que te envio o meu servo Naamã, para que o livres da sua lepra». Depois de ter lido a carta, o rei de Israel rasgou as vestes, exclamando: «Serei eu um deus que possa dar a morte e a vida, para este me mandar dizer que livre um homem da sua lepra? Reparai e vede como ele procura um pretexto contra mim». Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei de Israel tinha rasgado as vestes, mandou-lhe dizer: «Por que motivo rasgaste as tuas vestes? Esse homem venha ter comigo e saberá que existe um profeta em Israel». Naamã seguiu com os seus cavalos e o seu carro e parou à porta de Eliseu. Eliseu mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai banhar-te sete vezes no Jordão e o teu corpo ficará limpo». Naamã irritou-se e decidiu ir-se embora, dizendo: «Eu pensava que ele mesmo viria ao meu encontro, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, colocaria a mão sobre a parte doente e me livraria da lepra. Não valem os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, mais do que todas as águas de Israel? Não poderia eu banhar-me neles para ficar limpo?» Deu meia volta e partiu indignado. Mas os servos aproximaram-se dele e disseram: «Meu pai, se o profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais, se ele te diz apenas: ‘Vai banhar-te e ficarás limpo’?» Naamão desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, como lhe ordenara o homem de Deus. A sua carne tornou-se como a de uma criança e ficou limpo. Voltou de novo, com todo o seu séquito, à casa do homem de Deus, entrou e apresentou-se, dizendo: «Agora sei que não há Deus em toda a terra, senão em Israel».
Palavra do Senhor.

*Entrevista com o General Naamã (2 Reis 5:1-15a)**

 

*Repórter:* General Naamã, como o senhor descreveria sua experiência de cura e o que ela significou para sua fé?

 

*Naamã:* Foi uma jornada humilhante, mas transformadora. Eu, um comandante do exército sírio, fui curado de uma doença terrível seguindo o conselho de uma simples serva e de um profeta de Israel. No início, resisti à ideia de me banhar no rio Jordão, mas, ao obedecer, fui curado. Isso me mostrou que a verdadeira fé não está em grandezas humanas, mas em confiar no poder de Deus, mesmo quando Suas instruções parecem simples ou insignificantes.

 

*Repórter:* E o que o senhor aprendeu sobre a fé cristã?

 

*Naamã:* Aprendi que a fé exige humildade e obediência. Não são nossos méritos ou posições que nos salvam, mas a confiança em Deus. Agora, reconheço que só Ele é o Senhor de toda a Terra. A fé verdadeira nos leva a agir, mesmo quando não entendemos completamente o plano divino.

 

 

 

 

 

SALMO RESPONSORIAL Salmo 41 (42), 2.3; 42 (43), 3.4 (R. Salmo 41, 3)
Refrão: A minha alma tem sede do Deus vivo:
quando verei a face do Senhor? Repete-se

Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:
quando irei contemplar a face de Deus? Refrão

Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa
e ao vosso santuário. Refrão

E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei,
Senhor, meu Deus. Refrão

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 129 (130), 5.7
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
Eu confio no Senhor, confio na sua palavra,
porque no Senhor está a misericórdia e a redenção. Refrão

EVANGELHO Lc 4, 24-30
Como Elias e Eliseu, Jesus não é enviado somente aos judeus

A liturgia de hoje põe em relevo a universalidade da redenção. É a todo o género humano que se abre a fonte do Batismo; todos são chamados a acolherem, na fé, o reino de Deus e a entrarem na sua Igreja. Mas, por vezes, os que estão mais perto são os que têm mais dificuldade em o acolher, como aconteceu com os de Nazaré. E foi a esse propósito que Jesus Se referiu ao acontecimento narrado na leitura anterior.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga, dizendo: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Digo-vos a verdade: Havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.
Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Apresentamos, Senhor,
estes dons sobre o vosso altar
e humildemente Vos pedimos
que os transformeis para nós em sacramento de salvação.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio I-VI da Quaresma.

Antífona da comunhão Sl 116, 1-2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
porque é eterna a sua misericórdia.

Oração depois da comunhão
A comunhão deste sacramento nos purifique, Senhor,
e nos confirme na unidade.
Por Cristo nosso Senhor.

Oração sobre o povo (facultativa)
Defendei, Senhor, com a vossa mão poderosa
este povo em oração,
purificai-o de todo o mal
e ensinai-lhe os vossos caminhos,
de modo que, confortado com os bens da vida presente,
procure sempre os bens da vida futura.
Por Cristo nosso Senhor.

03 23 .3º Domingo da Quaresma – Ano C 

..

Introdução

Neste terceiro domingo da Quaresma, as leituras chamam-nos à conversão e à renovação interior. O encontro de Moisés com Deus na sarça ardente revela-nos um Deus que vê, escuta e intervém na vida do Seu povo. O Salmo exalta a misericórdia divina e a bondade do Senhor para com aqueles que O buscam. São Paulo, na carta aos Coríntios, adverte-nos sobre a necessidade de perseverar e não cair na autossuficiência espiritual. No Evangelho, Jesus convida-nos a interpretar os acontecimentos como sinais para a conversão, recordando-nos que o tempo para mudar de vida é agora.


1ª Leitura: Êxodo 3, 1-8a.13-15 – A sarça ardente e a missão de Moisés

Versículos:

  • 1 Moisés apascentava o rebanho do seu sogro Jetro, sacerdote de Madiã. Um dia levou o rebanho para além do deserto e chegou ao monte de Deus, Horeb.
  • 2 O anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama de fogo, do meio de uma sarça. Moisés olhou e viu que a sarça estava a arder, mas não se consumia.
  • 3 Disse Moisés: “Vou aproximar-me para ver esta coisa espantosa: porque será que a sarça não se consome?”
  • 4 O Senhor viu que ele se aproximava para observar e chamou-o do meio da sarça: “Moisés, Moisés!” Ele respondeu: “Aqui estou.”
  • 5 Deus disse: “Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é terra santa.”
  • 6 E acrescentou: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob.” Moisés cobriu o rosto, pois temia olhar para Deus.
  • 7 O Senhor disse: “Vi a aflição do meu povo no Egito e ouvi o seu clamor por causa dos seus opressores. Conheço os seus sofrimentos.
  • 8 Por isso desci para o libertar das mãos dos egípcios e fazê-lo subir para uma terra boa e espaçosa, terra onde corre leite e mel.
  • 13 Moisés disse a Deus: “Se eu for ter com os filhos de Israel e lhes disser: ‘O Deus dos vossos pais enviou-me a vós’, e me perguntarem: ‘Qual é o seu nome?’, que lhes hei de responder?”
  • 14 Deus disse a Moisés: “EU SOU AQUELE QUE SOU. Assim dirás aos filhos de Israel: ‘EU SOU enviou-me a vós’.”
  • 15 Deus acrescentou: “Assim dirás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, Deus dos vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob, enviou-me a vós’. Este é o meu nome para sempre, e assim será invocado de geração em geração.”

Comentário Específico da Leitura:

Deus revela-se a Moisés como o Deus que vê, escuta e age em favor do Seu povo. O nome “EU SOU” manifesta a Sua presença constante e eterna. Esta leitura convida-nos a confiar na fidelidade de Deus e a reconhecer a sacralidade da Sua presença na nossa vida. A Quaresma é um tempo para nos descalçarmos das distrações e superficialidades, reconhecendo que estamos diante de um Deus vivo que nos chama à conversão.


Salmo: Salmo 102 (103) – “O Senhor é clemente e cheio de compaixão.”

Versículos:

  • 1 Bendiz, ó minha alma, o Senhor, e todo o meu ser bendiga o Seu santo nome!
  • 2 Bendiz, ó minha alma, o Senhor, e não esqueças nenhum dos Seus benefícios.
  • 3 Ele perdoa todos os teus pecados e cura todas as tuas enfermidades.
  • 4 Ele salva a tua vida do abismo e enche-te de graça e misericórdia.
  • 5 O Senhor é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade.
  • 6 Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos castiga segundo as nossas culpas.

Comentário Específico da Leitura:

O Salmo 102 recorda-nos que Deus não se cansa de perdoar e é sempre compassivo para com os Seus filhos. Durante a Quaresma, somos chamados a confiar na misericórdia do Senhor e a acolher o Seu amor restaurador.


2ª Leitura: 1 Coríntios 10, 1-6.10-12 – O exemplo de Israel como advertência

Versículos:

  • 1 Irmãos, não quero que ignoreis que os nossos pais estiveram todos sob a nuvem, passaram todos pelo mar,
  • 2 foram todos batizados em Moisés, na nuvem e no mar,
  • 3 comeram todos do mesmo alimento espiritual
  • 4 e beberam todos da mesma bebida espiritual, porque bebiam de uma rocha espiritual que os seguia; e essa rocha era Cristo.
  • 5 Mas a maior parte deles desagradou a Deus e caíram no deserto.
  • 6 Estas coisas aconteceram como exemplo para nós, para não cobiçarmos o mal, como eles cobiçaram.
  • 10 Nem murmureis, como alguns deles murmuraram, e pereceram às mãos do exterminador.
  • 11 Estas coisas aconteceram-lhes como advertência e foram escritas para nossa instrução, para nós, que vivemos no fim dos tempos.
  • 12 Portanto, quem julga estar de pé tenha cuidado para não cair.

Comentário Específico da Leitura:

São Paulo adverte-nos contra a presunção espiritual. A história do povo de Israel ensina-nos que não basta recebermos a graça de Deus; é necessário perseverarmos na fidelidade. A Quaresma desafia-nos a fazer um exame de consciência e a abandonar os caminhos que nos afastam de Deus.


Evangelho: Lucas 13, 1-9 – O apelo à conversão

Versículos:

  • 1 Naquele tempo, vieram contar a Jesus o caso dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com o dos seus sacrifícios.
  • 2 Jesus respondeu: “Julgais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa?
  • 3 Não! Eu vos digo: se não vos converterdes, perecereis todos da mesma forma.
  • 4 E aqueles dezoito que morreram quando a torre de Siloé caiu sobre eles, julgais que eram mais culpados do que os outros habitantes de Jerusalém?
  • 5 Não! Eu vos digo: se não vos converterdes, perecereis todos de modo semelhante.”
  • 6 E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar fruto nela e não encontrou.
  • 7 Então disse ao agricultor: ‘Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não encontro. Corta-a! Para que está ela a ocupar inutilmente a terra?’
  • 8 Mas o agricultor respondeu: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano. Vou cavar em volta dela e deitar adubo.
  • 9 Talvez venha a dar fruto. Se não der, então cortá-la-ás.’”

Comentário Específico da Leitura:

Jesus recorda-nos que a conversão não pode ser adiada. A parábola da figueira é um apelo à paciência de Deus, mas também à nossa responsabilidade de dar frutos. A Quaresma é o tempo favorável para correspondermos à graça e renovarmos a nossa vida.


Conclusão: Deus convida-nos hoje a uma mudança de coração. Ele é misericordioso, mas espera a nossa resposta. A Quaresma é o momento de nos abrirmos à conversão verdadeira.

03 22 Sábado da 2 semana da Quaresma

.

Introdução

Neste sábado, as leituras oferecem-nos uma profunda reflexão sobre o perdão e a misericórdia de Deus. O profeta Miqueias fala sobre o perdão completo de Deus, que lança nossos pecados ao fundo do mar, enquanto o Salmo 102 canta a compaixão e a misericórdia de Deus. O Evangelho, com a parábola do filho pródigo, revela o amor imensurável do Pai que acolhe o filho arrependido, independentemente dos seus erros. A Quaresma é um tempo propício para o arrependimento e para nos voltarmos a Deus com um coração sincero.


1ª Leitura: Miqueias 7, 14-15.18-20 – “Deus lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados.”

Versículos:

  • 14 “Apascenta o teu povo com o teu cetro, o rebanho da tua herança, que habita isolado numa floresta, no meio de Carmelo; apascenta-os em Basã e em Gileade, como no tempo antigo.
  • 15 Como nos dias da tua saída do Egito, mostra-lhes maravilhas.
  • 18 Quem é como tu, que perdoas a iniquidade, e te esqueces da transgressão do resto da tua herança? Não manténs para sempre a tua ira, porque te deleitas na misericórdia.
  • 19 Tornar-te-ás a compadecer de nós, pisarás as nossas iniquidades, e lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar.
  • 20 Darás a Jacob a fidelidade, e a Abraão a misericórdia, como juraste aos nossos pais desde os tempos antigos.”

Comentário Específico da Leitura:

Miqueias descreve a grandeza do perdão de Deus, que é tão profundo e abrangente que lança os nossos pecados ao fundo do mar, sem nunca mais se recordar deles. Este versículo é um convite para confiarmos plenamente no perdão divino, especialmente durante a Quaresma, tempo de arrependimento e renovação. Deus não nos trata conforme os nossos pecados, mas segundo a Sua misericórdia infinita. Este é o verdadeiro rosto de um Deus que perdoa e acolhe de braços abertos.


Salmo: Salmo 102 (103) – “O Senhor é compassivo e cheio de misericórdia.”

Versículos:

  • 1 “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim, bendiga o seu santo nome.
  • 2 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios.
  • 3 Ele perdoa todas as tuas iniquidades, cura todas as tuas enfermidades,
  • 4 resgata a tua vida da cova, e te coroa de graça e misericórdia.
  • 5 Ele sacia de bens a tua velhice, e a tua juventude se renova como a águia.
  • 6 O Senhor faz justiça e defende todos os oprimidos.
  • 7 Fez notório os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos aos filhos de Israel.
  • 8 O Senhor é compassivo e misericordioso, tardio em irar-se e grande em misericórdia.”

Comentário Específico da Leitura:

O Salmo 102 exalta a misericórdia e a compaixão de Deus. Ele perdoa nossas iniquidades e nos cura das nossas enfermidades, oferecendo-nos uma renovação constante. A Quaresma é tempo para recordar e experimentar essa misericórdia de Deus, reconhecendo que, em Cristo, somos continuamente renovados. Este Salmo nos convida a bendizer e louvar a Deus por Suas bênçãos, particularmente o perdão que Ele nos oferece com generosidade.


Evangelho: Lucas 15, 1-3.11-32 – A parábola do filho pródigo.

Versículos:

  • 1 “Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir,
  • 2 e os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: ‘Este recebe os pecadores e come com eles.’
  • 3 Então ele lhes propôs esta parábola:
  • 11 Disse-lhe ainda: ‘Um homem tinha dois filhos;
  • 12 o mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca.’ E ele repartiu por eles os bens.
  • 13 Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
  • 14 E, depois de ter consumido tudo, houve uma grande fome naquela terra, e ele começou a passar necessidade.
  • 15 Então foi pedir trabalho a um dos cidadãos daquela terra, que o mandou para os seus campos a apascentar os porcos.
  • 16 E desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
  • 17 Caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui morro de fome!
  • 18 Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e direi-lhe: ‘Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
  • 19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como a um dos teus trabalhadores.’
  • 20 E levantou-se e foi ter com seu pai. Estando ele ainda longe, viu-o seu pai, e, movido de íntima compaixão, correu, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
  • 21 O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.’
  • 22 Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica, e vestí-lhe-a; ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés;
  • 23 trazei o novilho cevado e matai-o; comamos e alegremo-nos,
  • 24 porque este meu filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi encontrado.’ E começaram a fazer festa.
  • 25 O filho mais velho estava no campo; e, quando voltou, chegou perto de casa e ouviu a música e as danças.
  • 26 Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
  • 27 Ele lhe disse: ‘Veio teu irmão, e teu pai matou o novilho cevado, porque o recebeu são e salvo.’
  • 28 Então ele se indignou e não queria entrar. Saiu, porém, o pai, e instou com ele.
  • 29 Mas ele respondeu ao pai: ‘Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir um mandamento teu, e nunca me deste um cabrito para eu fazer festa com os meus amigos;
  • 30 mas, vindo este teu filho, que consumiu os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o novilho cevado.’
  • 31 Mas ele lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.
  • 32 Mas era justo que fizéssemos festa e nos alegremos, porque este teu irmão estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi encontrado.'”

Comentário Específico da Leitura:

A parábola do filho pródigo revela a imensa misericórdia de Deus, que acolhe o filho arrependido, independentemente dos seus erros. O pai, ao ver o filho distante, corre ao seu encontro e o abraça, simbolizando o amor incondicional de Deus por nós. A Quaresma é tempo para regressarmos ao Pai com um coração sincero, reconhecendo os nossos pecados e confiando na Sua misericórdia. A parábola também nos desafia a refletir sobre como tratamos os outros e a sermos generosos no perdão, assim como Deus o é conosco.


Comentário Geral Aplicado a Todas as Leituras

As leituras de hoje destacam a misericórdia e o perdão divinos. Miqueias e o Salmo nos lembram que Deus é compassivo e lança nossos pecados no fundo do mar. O Evangelho da parábola do filho pródigo revela a imensidão do amor do Pai, que acolhe sempre os Seus filhos, mesmo após a queda. A Quaresma é o tempo de nos voltarmos para Deus com um coração contrito e sincero, pois Ele está sempre disposto a nos perdoar. Que possamos, com coragem e confiança, regressar ao Pai, reconhecendo os nossos erros e acolhendo o Seu perdão generoso.

03 21 Sexta Feira segunda semana da Quaresma

Introdução

Hoje, as leituras convidam-nos a refletir sobre a fidelidade de Deus e o nosso compromisso com a Sua vontade. A história de José, vendido pelos seus irmãos, mostra-nos como a inveja e o pecado podem levar à separação, mas também aponta para a providência de Deus, que age nas nossas vidas, mesmo quando parece que tudo está perdido. O Salmo 104 lembra-nos da misericórdia de Deus, que está sempre presente, e o Evangelho desafia-nos a reconhecer Cristo como a pedra angular da nossa vida, para que possamos dar frutos de justiça e amor. A Quaresma é o tempo de conversão que nos chama a mudar de mentalidade e de atitudes.


1.ª Leitura: Génesis 37, 3-4.12-13a.17b-28 – José vendido pelos irmãos.

Versículos:

  • 3 “Israel amava mais a José do que a todos os seus filhos, porque ele nasceu-lhe na sua velhice, e fez-lhe uma túnica talar.
  • 4 Os irmãos, vendo que o pai o amava mais do que a todos eles, odiaram-no, e não podiam falar-lhe com paz.
  • 12 Quando os seus irmãos se foram apascentar o rebanho de seu pai, perto de Siquém,
  • 13 disse Israel a José: ‘Os teus irmãos estão a pastorear o rebanho perto de Siquém; vem, eu te envio até eles.’ Ele respondeu: ‘Aqui estou.’
  • 17b “José partiu para os seus irmãos, e encontrou-os em Dotã.
  • 18 Quando eles o viram de longe, antes que chegasse perto deles, conspiraram contra ele para o matar.
  • 19 Diziam uns aos outros: ‘Eis o sonhador que vem!
  • 20 Vamos matá-lo e lançá-lo numa destas cisternas, e diremos que uma fera o devorou. E veremos o que será dos seus sonhos.’
  • 21 Rúben, ouvindo isto, livrou-o das suas mãos, dizendo: ‘Não lhe tiremos a vida.’
  • 22 E disse-lhes: ‘Não derrameis sangue; lançai-o nesta cisterna que está no deserto, mas não ponhais a mão sobre ele.’ Ele dizia isto, para o livrar das suas mãos e entregá-lo ao pai.
  • 23 Quando José chegou aos seus irmãos, eles despiram-lhe a túnica talar que tinha,
  • 24 pegaram nele e lançaram-no na cisterna; mas a cisterna estava vazia, não havia água nela.
  • 25 Sentaram-se para comer, e, levantando os olhos, viram uma caravana de ismaelitas que vinha de Gileade, com camelos carregados de bálsamo, de mirra e de resina, para os levar ao Egito.
  • 26 Então, Judá disse aos seus irmãos: ‘Que vantagem temos em matar o nosso irmão e esconder o seu sangue?
  • 27 Vamos vendê-lo aos ismaelitas, e não ponhamos a mão sobre ele, pois ele é nosso irmão, nossa carne.’ E os seus irmãos concordaram.
  • 28 Quando os mercadores midianitas passaram, tiraram José da cisterna e o venderam a vinte peças de prata aos ismaelitas, que o levaram ao Egito.”

Comentário Específico da Leitura:

A história de José, que é vendido pelos seus irmãos, é um relato de inveja, traição e desprezo. Contudo, o plano de Deus se revela mesmo no meio da maldade humana, pois a venda de José acabaria por se transformar em um instrumento de salvação para o povo de Israel. Este episódio nos ensina sobre as complexas dinâmicas do mal, mas também nos lembra que Deus sempre tem um plano maior, que não pode ser frustrado. A Quaresma é um tempo para refletirmos sobre as nossas atitudes e pedirmos a graça de confiar nos planos de Deus, mesmo nas adversidades.


Salmo: Salmo 104 (105) – “Lembrai-vos, Senhor, das vossas misericórdias.”

Versículos:

  • 1 “Louvai ao Senhor, invocai o seu nome, fazei conhecidos os seus feitos entre os povos.
  • 2 Cantai-lhe, entoai-lhe salmos, falai de todas as suas maravilhas.
  • 3 Gloriado no seu nome santo, exulte o coração dos que buscam o Senhor.
  • 4 Procurai o Senhor e a sua força, buscai a sua face constantemente.
  • 5 Lembrai-vos das maravilhas que ele fez, dos seus prodígios e das sentenças dos seus lábios,
  • 6 vós, descendentes de Abraão, seu servo, filhos de Jacó, seus eleitos.
  • 7 Ele é o Senhor, nosso Deus, cujos juízos estão em toda a terra.
  • 8 Ele se recorda eternamente da sua aliança, da palavra dada a mil gerações,
  • 9 da aliança que fez com Abraão, e do juramento que fez a Isaque.
  • 10 A sua aliança ele a estabeleceu com Jacó por decreto eterno,
  • 11 dizendo: ‘A ti darei a terra de Canaã, por herança tua.'”

Comentário Específico da Leitura:

Este salmo é um cântico de louvor à fidelidade de Deus. Lembra-nos da aliança que Deus fez com os patriarcas, e como Ele permanece fiel às Suas promessas. A Quaresma é uma oportunidade para renovar a nossa confiança em Deus, que nunca abandona os Seus. Mesmo quando enfrentamos dificuldades, devemos recordar as maravilhas que Ele fez em nossa vida e nas nossas famílias, para nos fortalecer na fé e na esperança.


Evangelho: Mateus 21, 33-43.45-46 – A parábola dos vinhateiros homicidas.

Versículos:

  • 33 “Escutai outra parábola: Havia um homem que plantou uma vinha, cercou-a de um muro, cavou nela um lagar e construiu uma torre. Depois, arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para outra terra.
  • 34 Quando chegou o tempo da colheita, mandou os seus servos aos vinhateiros para receberem os frutos.
  • 35 Mas os vinhateiros apoderaram-se dos servos, espancaram a um, mataram a outro e apedrejaram a outro.
  • 36 Mandou ainda outros servos, mais do que os primeiros, e fizeram-lhes o mesmo.
  • 37 Por fim, mandou-lhes o seu filho, dizendo: ‘Respeitarão o meu filho.’
  • 38 Mas os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro; vamos matá-lo e apoderarmo-nos da sua herança.’
  • 39 E, apoderando-se dele, lançaram-no para fora da vinha e mataram-no.
  • 40 Quando o senhor da vinha voltar, o que fará a esses vinhateiros?’
  • 41 Dizem-lhe: ‘A esses malvados ele fará perecer de maneira cruel, e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no devido tempo.’
  • 42 Jesus disse-lhes: ‘Nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; isto foi feito pelo Senhor, e é maravilhoso aos nossos olhos?’
  • 43 Por isso, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será dado a um povo que produzirá os seus frutos.’
  • 45 Quando os príncipes dos sacerdotes e os fariseus ouviram as suas parábolas, perceberam que se referia a eles,
  • 46 e procuravam prendê-lo, mas temiam as multidões, porque o consideravam um profeta.”

Comentário Específico da Leitura:

A parábola dos vinhateiros homicidas é um forte alerta para aqueles que rejeitam a palavra de Deus e, por fim, o próprio Filho. Jesus, como a pedra angular, é o centro da nossa fé e da nossa vida. Esta parábola desafia-nos a refletir sobre a nossa postura diante de Cristo. Estamos a produzir os frutos que Ele espera de nós? Estamos a acolher o Seu amor e a partilhar com os outros? A Quaresma é tempo de avaliação e conversão, para que possamos ser fiéis ao Senhor e viver de acordo com a Sua vontade.


Comentário Geral Aplicado a Todas as Leituras

As leituras de hoje chamam-nos a refletir sobre a fidelidade a Deus e a nossa responsabilidade diante d’Ele. José, vendido pelos irmãos, é uma figura que, apesar de ser rejeitada, acaba por ser instrumento de salvação. O salmo lembra-nos da fidelidade eterna de Deus, e o Evangelho desafia-nos a acolher Cristo como a pedra angular das nossas vidas. A Quaresma é tempo de conversão, em que somos convidados a avaliar a nossa fidelidade a Deus e a dar frutos de justiça e amor. Que possamos, neste tempo de reflexão e arrependimento, renovar o nosso compromisso com Cristo, a pedra angular das nossas vidas.

03 20 Quinta-feira, 20 de março

📖 Quinta-feira, 20 de março

Introdução

No dia de hoje, a Palavra de Deus nos desafia a refletir sobre a nossa postura diante dos outros, especialmente dos mais necessitados. O Senhor, através do profeta Jeremias, lamenta a insensibilidade do povo que se afasta da Sua voz. No Evangelho, Jesus apresenta a parábola do rico e do pobre Lázaro, um forte apelo à compaixão e à partilha, recordando-nos que a indiferença ao sofrimento humano tem consequências eternas. A Quaresma, tempo de conversão, nos chama a uma mudança de coração, para que sejamos mais solidários e atentos às necessidades dos outros.


1.ª Leitura: Jeremias 7, 23-28 – “O Senhor falou ao povo, mas eles não ouviram.”

Versículos:

  • 23 “Mas o que vos ordenei foi isto: ‘Escutai a minha voz, e serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo. Andai por todos os caminhos que vos mandei, para o vosso bem.’
  • 24 Mas não ouviram nem prestaram atenção, antes seguiram os seus próprios pensamentos, a dureza do seu coração e andaram atrás de outros deuses, para os servirem e se prostrarem diante deles.
  • 25 Desde o dia em que os vossos pais saíram da terra do Egito até hoje, eu vos enviei todos os meus servos, os profetas, de manhã cedo, enviando-os, mas não me ouvistes nem prestastes ouvidos; antes, endurecestes o vosso pescoço e fizestes pior do que os vossos pais.
  • 26 Quando lhes falaste, não ouviram, e fizeram o que era mau aos meus olhos, para me provocarem à ira com a obra das suas mãos.
  • 27 E, como diz o Senhor, a palavra que anunciaste não será ouvida por eles.
  • 28 Não te assustes com a tua mensagem, pois tu não serás ouvido.”

Comentário Específico da Leitura:

O Senhor lamenta a obstinação do povo, que não ouviu a Sua voz através dos profetas. O chamado à conversão foi repetido, mas a dureza de coração impediu o povo de responder. Este aviso serve também para nós, que muitas vezes nos tornamos surdos às exortações de Deus. A Quaresma é o momento oportuno para nos abrirmos à voz de Deus e à Sua palavra de salvação, permitindo que ela transforme as nossas vidas e corações.


Salmo: Salmo 1 – “É feliz quem espera no Senhor.”

Versículos:

  • 1 “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
  • 2 Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor e nela medita, dia e noite.
  • 3 Ele será como a árvore plantada junto a correntes de águas, que dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; tudo o que fizer prosperará.
  • 4 Não é assim com os ímpios, que são como a palha que o vento espalha.
  • 5 Por isso, os ímpios não prevalecerão no juízo, nem os pecadores na assembleia dos justos.
  • 6 Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá.”

Comentário Específico da Leitura:

Este salmo nos apresenta dois caminhos: o do justo, que segue a palavra de Deus e prospera, e o do ímpio, que acaba se dispersando como a palha ao vento. Ele nos convida a refletir sobre as escolhas que fazemos. Na Quaresma, somos chamados a trilhar o caminho do justo, a ouvir a voz de Deus e a buscar a Sua vontade em todos os nossos atos. A verdadeira felicidade e prosperidade vêm da nossa fidelidade ao Senhor.


Evangelho: Lucas 16, 19-31 – A parábola do rico e do pobre Lázaro.

Versículos:

  • 19 “Havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho finíssimo, e vivia todos os dias com esbanjamento.
  • 20 E havia um pobre chamado Lázaro, que estava cheio de feridas, à porta daquele homem,
  • 21 desejando alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; mas, além disso, até os cães vinham lamber-lhe as feridas.
  • 22 Morreu o pobre, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.
  • 23 Estando no Hades, no tormento, levantou os olhos e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
  • 24 E, gritando, disse: ‘Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para que molhe a ponta do seu dedo em água e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.’
  • 25 Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em vida, e Lázaro, da mesma forma, os males. Agora, ele está consolado aqui, e tu estás atormentado.
  • 26 E além disso, entre nós e vós está um grande abismo, de modo que os que quisessem passar daqui para vós não podem, nem os de lá passar para cá.’
  • 27 Então, disse: ‘Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,
  • 28 porque tenho cinco irmãos, para que os advirta, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.’
  • 29 Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os profetas; que os ouçam.’
  • 30 E ele disse: ‘Não, pai Abraão; mas se alguém dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.’
  • 31 Abraão respondeu: ‘Se não ouvem a Moisés e aos profetas, também não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos.’”

Comentário Específico da Leitura:

Esta parábola de Jesus é um alerta sobre a nossa indiferença aos outros, especialmente aos mais necessitados. O rico viveu uma vida de excessos, sem se preocupar com a miséria de Lázaro, e isso teve consequências eternas. A mensagem é clara: nossa responsabilidade com os outros, especialmente com os pobres e marginalizados, é um reflexo de nossa verdadeira fé. A Quaresma é um tempo para corrigirmos a nossa atitude, para que possamos ser mais sensíveis e solidários, praticando a caridade e a justiça.


Comentário Geral Aplicado a Todas as Leituras

As leituras de hoje nos convidam à conversão, especialmente no que diz respeito à nossa relação com os outros. Jeremias nos mostra o povo que se recusa a ouvir a voz de Deus, enquanto o salmo nos lembra da importância de meditar na Palavra de Deus para viver de forma justa. O Evangelho, por sua vez, apresenta-nos a parábola do rico e de Lázaro, desafiando-nos a refletir sobre a nossa atitude face ao sofrimento do próximo. A Quaresma é um tempo propício para corrigirmos nossa postura diante dos outros, buscando viver com mais caridade, solidariedade e humildade. Que possamos, neste tempo de conversão, abrir os nossos corações para ouvir a voz de Deus e atender ao sofrimento daqueles que mais necessitam.

03 19 Quarta Festividade de S. Jos~e

📖 Quarta-feira, 19 de março – Solenidade de São José, esposo da Virgem Maria

Introdução

Hoje, celebramos a Solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus. São José é um modelo de justiça, obediência e confiança na providência divina. A sua vida de fé, mesmo diante das dificuldades e incertezas, é um exemplo para todos nós. As leituras de hoje nos recordam a importância de confiar nos planos de Deus, mesmo sem compreendê-los completamente, e de viver com fidelidade e coragem a missão que Ele nos confia.


1ª Leitura: 2 Samuel 7, 4-5a.12-14a.16 – A promessa de Deus a David

Versículos:

  • 4 Mas a palavra do Senhor veio a Natã, dizendo:
  • 5a Vai e fala a meu servo David: Assim diz o Senhor:
  • 12 Quando se completarem os teus dias e descansares com os teus pais, farei levantar depois de ti a tua descendência, que sairá de teus rins, e estabelecerei o seu reino.
  • 13 Ele edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino.
  • 14a Eu serei para ele um pai, e ele será para mim um filho.
  • 16 A tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de mim; o teu trono será estabelecido para sempre.”

Comentário Específico da Leitura:

Nesta leitura, Deus faz uma promessa a Davi, assegurando-lhe que a sua descendência reinará para sempre. Esta promessa se cumpre em Jesus, que é da linhagem de Davi. A fidelidade de Deus a Davi é um sinal de que Ele cumpre Suas promessas. A leitura também nos prepara para entender o papel de São José como guardião da promessa de Deus. Assim como Deus fez com Davi, Ele confiou a São José a missão de cuidar do Messias, e José, com sua obediência e justiça, acolheu esta missão com fé.


Salmo: Salmo 88 (89) – “A sua descendência será eterna.”

Versículos:

  • 2 Eu cantarei eternamente as misericórdias do Senhor, com a minha boca proclamarei a tua fidelidade.
  • 3 Pois disse: “A minha misericórdia será edificada para sempre, e a minha fidelidade será firme como os céus.”
  • 4 Fiz uma aliança com o meu escolhido, jurando a Davi, meu servo:
  • 5 “Estabelecerei a tua descendência para sempre, e edificarei o teu trono para todas as gerações.”
  • 27 Ele me invocará: “Tu és o meu Pai, o meu Deus, e a rocha da minha salvação.”

Comentário Específico da Leitura:

O salmo celebra a fidelidade de Deus à Sua aliança com Davi. A promessa de que sua descendência será eterna é um reflexo da confiança que o povo pode ter nas promessas de Deus. Este salmo é particularmente significativo na Solenidade de São José, pois lembra a continuidade da linhagem de Davi, da qual São José faz parte. Ele é, portanto, o guardião dessa promessa divina, e sua fidelidade à missão dada por Deus reflete a fidelidade do Senhor à Sua aliança com o povo.


2ª Leitura: Romanos 4, 13.16-18.22 – Abraão, pai na fé

Versículos:

  • 13 Pois a promessa de que ele seria herdeiro do mundo não foi feita a Abraão ou à sua descendência, pela lei, mas pela justiça da fé.
  • 16 Por isso, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja garantida a toda a descendência, não apenas àquela que está sob a lei, mas também àquela que é da fé de Abraão, que é o pai de todos nós,
  • 17 como está escrito: “Eu te fiz pai de muitas nações.” Ele é nosso pai diante de Deus, em quem creu, o Deus que dá vida aos mortos e chama à existência as coisas que não existem.
  • 18 Contra toda a esperança, Abraão, com esperança, creu, e assim se tornou pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: “Assim será a tua descendência.”
  • 22 Por isso, isso lhe foi creditado como justiça.

Comentário Específico da Leitura:

São Paulo apresenta Abraão como modelo da fé que justifica. Abraão creu na promessa de Deus, mesmo quando tudo parecia impossível. Ele acreditou que Deus poderia realizar o que prometeu. Este é o tipo de fé que São José também demonstrou, ao confiar nos planos de Deus, mesmo quando não compreendia totalmente a situação. São José, como Abraão, foi um homem de fé, disposto a aceitar a vontade de Deus, com humildade e confiança.


Evangelho: Mateus 1, 16.18-21.24a ou Lucas 2, 41-51a – A missão de São José

Versículos (Mateus):

  • 16 Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
  • 18 A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José; antes de se unirem, ela se encontrou grávida, pelo Espírito Santo.
  • 19 José, seu marido, sendo justo e não querendo difamá-la, resolveu deixá-la secretamente.
  • 20 Enquanto pensava nisso, eis que lhe apareceu em sonho um anjo do Senhor, dizendo: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo.
  • 21 Ela dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.”
  • 24a Quando acordou do sonho, José fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua esposa.

Comentário Específico da Leitura:

Neste Evangelho, vemos a atitude de fé e obediência de São José. Quando ele se vê diante de uma situação difícil e aparentemente incompreensível, ele confia na palavra de Deus, que lhe é revelada em sonho, e toma a decisão de acolher Maria e o Filho que ela concebeu. São José, como homem justo, não agiu movido por interesses pessoais, mas pela obediência e fidelidade aos planos de Deus. Ele nos ensina a confiança total em Deus, mesmo quando a Sua vontade não é totalmente compreendida.


Comentário Geral Aplicado a Todas as Leituras

Hoje, na Solenidade de São José, refletimos sobre a vida de um homem justo e fiel, que confiou plenamente nos planos de Deus. Nas leituras de hoje, vemos a promessa de Deus a Davi, a fidelidade de Abraão e a obediência de São José, que, apesar das dificuldades e incertezas, aceitou a missão que lhe foi confiada. Deus escolheu São José para ser o guardião do Salvador, e ele cumpriu essa missão com humildade e confiança. O exemplo de São José é um convite para nós vivermos com a mesma fé e obediência, confiando plenamente em Deus, mesmo quando não compreendemos completamente os Seus planos.

03 18 Terça Feira da segunda semana da Quaresma

📖 Terça-feira, 18 de março

Introdução

A liturgia de hoje nos convida a refletir sobre a necessidade de purificação interior e conversão sincera. As leituras nos desafiam a abandonar a hipocrisia e a exaltar a humildade como caminho de verdadeiro seguimento de Deus. A Quaresma é o tempo oportuno para uma mudança de coração, onde somos chamados a viver com autenticidade e a buscar a verdadeira justiça que só pode ser encontrada em Deus.


1ª Leitura: Isaías 1, 10.16-20 – “Lavai-vos, purificai-vos.”

Versículos:

  • 10 Ouvi a palavra do Senhor, vós, príncipes de Sodoma! Prestai ouvidos à lei de nosso Deus, vós, povo de Gomorra!
  • 16 Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos, cessai de fazer o mal;
  • 17 aprendam a fazer o bem, busquem a justiça, corrigam o opressor, façam justiça ao órfão, defendam a viúva.
  • 18 Vinde então, e arrumemos as contas, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, tornar-se-ão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como a lã.
  • 19 Se estiverdes dispostos e obedientes, comereis os melhores frutos da terra.
  • 20 Mas se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados pela espada; porque a boca do Senhor o disse.

Comentário Específico da Leitura:

Isaías faz um forte apelo à conversão e à purificação. O povo de Israel é repreendido por seus pecados, mas também é chamado à ação concreta: lavar-se, purificar-se e fazer o bem. A purificação interior está intimamente ligada à prática da justiça e à defesa dos mais vulneráveis, como os órfãos e as viúvas. Deus oferece perdão e restauração, mas a resposta do povo deve ser a obediência e a mudança de atitude. Esta leitura é um convite para refletirmos sobre as nossas próprias falhas e a necessidade de transformação interior.


Salmo: Salmo 49 (50) – “A quem segue o caminho reto darei a salvação de Deus.”

Versículos:

  • 1 O Senhor, o Deus dos deuses, fala e convoca a terra, desde o nascer até o pôr-do-sol.
  • 2 De Sião, perfeição de formosura, Deus resplandece.
  • 3 Nosso Deus vem e não se cala, fogo consome diante dele, e ao redor dele impõe forte tormenta.
  • 4 Convoca os céus lá em cima e a terra, para julgar o seu povo:
  • 5 “Reuni os meus fiéis, que fizeram aliança comigo com sacrifícios.”
  • 6 E os céus proclamam a sua justiça, porque Deus é o juiz.
  • 7 “Escuta, meu povo, e falarei; ó Israel, e darei testemunho contra ti: Eu sou Deus, teu Deus!
  • 8 Não te acuso por causa dos teus sacrifícios, nem pelos teus holocaustos que estão continuamente diante de mim.
  • 9 Não aceitarei bezerros de tua casa, nem bodes dos teus apriscos.
  • 10 Porque meu é o animal da floresta, os rebanhos nos montes, milharal, e todos os animais dos campos.
  • 11 Sei todas as aves dos montes, e tudo o que se move no campo é meu.
  • 12 Se eu tivesse fome, não te diria, porque meu é o mundo e a sua plenitude.
  • 13 Acaso como eu carneiros ou bodes?
  • 14 Oferece a Deus um sacrifício de louvor, e cumpre os teus votos para com o Altíssimo.
  • 15 E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.”

Comentário Específico da Leitura:

Neste salmo, Deus recorda ao Seu povo que, embora os sacrifícios sejam importantes, o que Ele verdadeiramente deseja é um coração sincero e uma vida de justiça e fidelidade. Deus não necessita de sacrifícios materiais, pois Ele é o Senhor de toda a criação. O salmo chama-nos a oferecer a Deus o sacrifício de louvor, a viver com sinceridade diante d’Ele e a confiar na Sua misericórdia. O verdadeiro culto a Deus não está nas nossas ações externas, mas na nossa disposição interior de seguir o Seu caminho.


Evangelho: Mateus 23, 1-12 – “Quem se exaltar será humilhado.”

Versículos:

  • 1 Então Jesus falou à multidão e aos seus discípulos, dizendo:
  • 2 “Na cadeira de Moisés, sentaram-se os escribas e fariseus;
  • 3 fazei e observai tudo o que eles vos disserem, mas não façais segundo as suas obras, porque dizem e não fazem.
  • 4 Pois atam fardos pesados e difíceis de carregar, e põem-nos sobre os ombros dos homens, mas eles nem com o dedo querem movê-los.
  • 5 Antes fazem todas as suas obras para serem vistos pelos homens; pois alargam as suas filactérias e aumentam as franjas das suas vestes;
  • 6 e amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
  • 7 e as saudações nas praças, e ser chamados pelos homens ‘Rabi’.
  • 8 Mas vós, não vos deixeis chamar ‘Rabi’, porque um só é o vosso Mestre, e vós todos sois irmãos.
  • 9 E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus.
  • 10 Nem vos deixeis chamar guias, porque um só é o vosso Guia, Cristo.
  • 11 O maior entre vós será vosso servo.
  • 12 Quem a si mesmo se exaltar será humilhado, e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.”

Comentário Específico da Leitura:

Neste Evangelho, Jesus denuncia a hipocrisia dos fariseus e dos mestres da lei, que procuram a aprovação dos homens, mas não praticam o que pregam. Ele ensina que, para os Seus discípulos, a verdadeira grandeza não está na exaltação pessoal, mas no serviço aos outros com humildade. A conversão quaresmal exige uma mudança de atitude, de uma vida voltada para o reconhecimento e prestígio humanos para uma vida de serviço e humildade. Jesus chama-nos a adotar uma postura de humildade, reconhecendo que a verdadeira autoridade e grandeza vêm de Deus.


Comentário Geral Aplicado a Todas as Leituras

As leituras de hoje convidam-nos a uma purificação verdadeira, que vai além das aparências externas. Isaías apela a uma mudança de coração, pedindo-nos para abandonar a maldade e buscar a justiça. O salmo nos lembra que Deus não se agrada de sacrifícios vazios, mas do coração sincero e de um culto autêntico. No Evangelho, Jesus desafia-nos a abandonar a hipocrisia e a buscar a verdadeira grandeza no serviço e na humildade. A Quaresma é o tempo propício para renovarmos nosso compromisso com Deus, não através de rituais vazios, mas com um coração transformado e voltado para o bem do próximo.

03 17 Segunda Feira da segunda semana da Quaresma

📖 Segunda-feira, 17 de março

Introdução

A liturgia de hoje nos convida a refletir sobre o arrependimento, a misericórdia e o perdão. As leituras destacam o convite de Deus à conversão e à prática de misericórdia. A Quaresma é um tempo de purificação e de reconciliação com Deus e com o próximo. Através da oração, do arrependimento e do perdão, somos chamados a transformar o nosso coração.


1ª Leitura: Daniel 9, 4b-10 – “Pecámos e procedemos mal.”

Versículos:

  • 4b Senhor, o grande e terrível Deus, que guarda a aliança e a misericórdia para com os que o amam e guardam os seus mandamentos,
  • 5 pecámos, praticámos a iniquidade, fizemos o mal, fomos rebeldes e nos afastámos dos teus mandamentos e dos teus juízos.
  • 6 Não obedecemos aos teus servos, os profetas, que falaram em teu nome aos nossos reis, aos nossos príncipes e aos nossos pais, e a todo o povo da terra.
  • 7 A ti, Senhor, pertence a justiça, mas a nós pertence a confusão de rosto, como sucede neste dia aos homens de Judá, aos habitantes de Jerusalém e a todo o Israel, aos que estão perto e aos que estão longe, em todas as terras para onde os lançaste por causa das suas infidelidades com que se rebelaram contra ti.
  • 8 Senhor, a confusão de rosto é nossa, a nós, nossos reis, nossos príncipes e nossos pais, porque pecámos contra ti.
  • 9 Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão, pois nos rebelámos contra ele.
  • 10 Não ouvimos a voz do Senhor, nosso Deus, para andarmos nas suas leis que nos deu por intermédio dos seus servos, os profetas.

Comentário Específico da Leitura:

Daniel, em sua oração de arrependimento, reconhece o pecado do povo de Israel e faz um apelo à misericórdia de Deus. A leitura sublinha o contraste entre a justiça de Deus e a rebeldia humana. Daniel, em nome do povo, confessa os pecados cometidos e implora pelo perdão de Deus. A misericórdia de Deus é destacada, pois Ele está sempre disposto a perdoar aqueles que se arrependem sinceramente.


Salmo: Salmo 78 (79) – “Não nos trateis, Senhor, segundo os nossos pecados.”

Versículos:

  • 1 Ó Deus, as nações entraram na tua herança, profanaram o teu santo templo, tornaram Jerusalém em montão de ruínas.
  • 2 Deitaram os cadáveres dos teus servos como pasto às aves do céu, e as carnes dos teus santos às feras da terra.
  • 3 Derramaram o seu sangue como água em redor de Jerusalém, e não havia quem os sepultasse.
  • 4 Tornámo-nos opróbrio para os nossos vizinhos, zombaria e escárnio para os que estão em redor de nós.
  • 5 Até quando, Senhor, te indignarás para sempre? Arderá como fogo a tua ira?
  • 6 Derrama a tua ira sobre as nações que não te conhecem e sobre os reinos que não invocam o teu nome.
  • 7 Pois devoraram a Jacó e destruíram a sua morada.
  • 8 Não te lembres contra nós as iniquidades dos nossos pais, apressa-te em encontrar-nos com a tua misericórdia, pois estamos muito abatidos.
  • 9 Ajuda-nos, ó Deus, nosso Salvador, pela glória do teu nome, livra-nos e perdoa os nossos pecados, por causa do teu nome.

Comentário Específico da Leitura:

O salmo é um lamento que expressa a dor e o arrependimento do povo de Israel, que reconhece a sua culpa e apela à misericórdia divina. A confissão dos pecados é acompanhada de um pedido de perdão e intervenção divina. A súplica de misericórdia é central nesta oração, pois o povo pede que Deus não leve em conta as falhas do passado, mas olhe para o sofrimento presente e perdoe as suas iniquidades.


Evangelho: Lucas 6, 36-38 – “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.”

Versículos:

  • 36 Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso.
  • 37 Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados.
  • 38 Dai, e ser-vos-á dado: boa medida, calcada, sacudida e a transbordar, vos deitarão no regaço. Porque com a medida com que medirdes também vos hão de medir.

Comentário Específico da Leitura:

Jesus ensina que a misericórdia de Deus deve ser o padrão para a nossa própria atitude em relação aos outros. Ele exorta os seus discípulos a não julgarem, a perdoarem e a darem generosamente, refletindo assim a bondade do Pai. A medida do perdão e da generosidade que praticamos é a mesma medida com que seremos tratados. O Evangelho sublinha a importância de viver em conformidade com o amor e a misericórdia de Deus.


Comentário Geral Aplicado a Todas as Leituras

As leituras de hoje estão centradas no tema da misericórdia. Daniel e o salmo expressam o arrependimento do povo e o pedido de perdão por seus pecados, enquanto o Evangelho de Lucas nos ensina a viver com misericórdia e perdão, assim como Deus o faz conosco. A Quaresma é um tempo de reflexão sobre as nossas falhas e de purificação, convidando-nos a imitar o perdão e a generosidade de Deus. A misericórdia divina é ilimitada, e somos chamados a estender essa misericórdia aos outros, praticando o perdão e a generosidade em nosso quotidiano.

03 16 2º domingo da quaresma ano C

1.ª Leitura: Gênesis 15, 5-12.17-18

Versículos:

  • 5 Então o Senhor o levou para fora e disse: “Olha para o céu e conta as estrelas, se é que o podes contar.” E acrescentou: “Assim será a tua descendência.”
  • 6 Abraão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça.
  • 7 O Senhor lhe disse: “Eu sou o Senhor que te tirou de Ur, na Caldéia, para te dar esta terra em posse.”
  • 8 Abraão perguntou: “Ó Senhor Deus, como saberei que hei de possuí-la?”
  • 9 O Senhor lhe respondeu: “Traz-me uma novilha de três anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, uma turturinha e um pombo.”
  • 10 Abraão trouxe-lhe todos esses animais, cortou-os pelo meio e pôs as metades uma de frente para a outra; mas não cortou as aves.
  • 11 As aves de rapina desciam sobre os cadáveres, mas Abraão as enxotava.
  • 12 Ao pôr do sol, caiu um sono profundo sobre Abraão, e eis que um terror grande e tenebroso o envolveu.
  • 17 Quando o sol se pôs e a escuridão tomou conta, apareceu um fogo fumegante e uma tocha de fogo que passaram entre aqueles pedaços.
  • 18 Naquele dia o Senhor fez com Abraão uma aliança, dizendo: “À tua descendência dou esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio, o Eufrates.”

Comentário

Deus faz com Abraão uma aliança sagrada, prometendo-lhe uma grande descendência e a posse de uma vasta terra. A aliança é simbolizada pelo sacrifício dos animais, um gesto de compromisso e fidelidade. Deus, ao passar entre as metades dos animais, se compromete solenemente com Abraão. O sono de Abraão, seguido pela visão da tocha de fogo, simboliza a presença divina que garante a realização da promessa. A leitura nos ensina a confiar na fidelidade de Deus e a esperar o cumprimento das Suas promessas, mesmo quando o caminho parece incerto.

Pensamento da Igreja

A aliança com Abraão é um marco no plano de salvação, e, através dela, Deus nos revela o Seu compromisso irrevogável com a humanidade. Esta leitura é central para compreendermos o conceito de aliança no Antigo Testamento e a sua continuidade na Nova Aliança, estabelecida por Cristo. A Igreja, ao recordar esta aliança, convida-nos a viver também a nossa relação com Deus, fundamentada na confiança e na obediência às Suas promessas.


Salmo Responsorial: Salmo 26 (27), 1.7-8.9abc.13-14

Versículos:

  • 1 O Senhor é a minha luz e a minha salvação: a quem temerei? O Senhor é o protector da minha vida: de quem terei medo?
  • 7 Ouvi, Senhor, a minha voz, quando a minha voz clama por ti. Tem piedade de mim e responde-me.
  • 8 O meu coração diz de ti: ‘Procurai a minha face.’ A tua face, Senhor, eu buscarei.
  • 9abc Não escondas de mim a tua face, não rejeites com ira o teu servo. Tu foste o meu auxílio, não me deixes nem me desampares, ó Deus da minha salvação!
  • 13 Se eu não acreditasse que veria a bondade do Senhor na terra dos viventes, esperaria o Senhor, tem coragem, e ele fortalecerá o teu coração. Espera, pois, no Senhor.

Comentário

Este salmo expressa uma confiança profunda em Deus, especialmente no contexto da oração em tempos de dificuldade. O salmista não teme as adversidades, pois sabe que Deus é a sua luz e salvação. A busca pela face de Deus é um desejo profundo de estar em comunhão com Ele. Ao invocar o auxílio de Deus, o salmista se lembra de que a verdadeira confiança vem da certeza de que Deus sempre responde àqueles que O buscam com sinceridade. O convite a esperar com coragem é um chamado a não perder a esperança, mesmo nos momentos difíceis.

Pensamento da Igreja

O salmo é uma expressão de confiança na providência divina. A Igreja, ao rezar este salmo, lembra-nos que, mesmo diante das provações, Deus é a nossa luz e força. A oração de confiança é um caminho que nos aproxima de Deus, especialmente quando enfrentamos tribulações, e é através dessa confiança que podemos viver plenamente a experiência da paz que vem de Deus.


2.ª Leitura: Filipenses 3, 17-4, 1

Versículos:

  • 3, 17 Irmãos, sede meus imitadores, e observai os que andam segundo o exemplo que tendes em nós.
  • 3, 18 Porque muitos, dos quais já vos falei muitas vezes e agora até vos digo, chorando, andam como inimigos da cruz de Cristo.
  • 3, 19 O seu fim é a perdição, o seu deus é o ventre, e a sua glória está na sua vergonha; eles só pensam nas coisas da terra.
  • 3, 20 Mas a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
  • 3, 21 que transformará o nosso corpo humilde, tornando-o conforme o seu corpo glorioso, segundo a eficácia que ele tem de até sujeitar a si todas as coisas.
  • 4, 1 Assim, meus irmãos amados e muito desejados, minha alegria e minha coroa, permanecei assim firmes no Senhor, amados.

Comentário

São Paulo exorta os filipenses a seguirem o seu exemplo e a se afastarem daqueles que vivem apenas em função das coisas terrenas, sem olhar para a vida eterna. Ele ressalta que nossa verdadeira pátria é o céu, e que devemos viver em constante expectativa pela vinda de Cristo, que nos transformará à Sua imagem. A firmeza na fé é essencial, e São Paulo chama os cristãos a permanecerem firmes no Senhor, confiantes de que Ele completará a obra iniciada em nós. A leitura nos desafia a focar nossa vida no que é eterno e a viver com esperança na promessa da ressurreição.

Pensamento da Igreja

São Paulo nos ensina que a vida cristã deve ser marcada pela espera pelo Senhor e pela transformação que Ele nos promete. A Igreja, ao refletir sobre esta passagem, convida-nos a focar não nas coisas passageiras, mas no que está por vir, ou seja, na glória eterna que Deus tem preparada para nós. A espera ativa e a firmeza na fé são fundamentais para vivermos a verdadeira vocação cristã.


Evangelho: Lucas 9, 28b-36

Versículos:

  • 28b Jesus tomou consigo Pedro, João e Tiago e subiu ao monte para orar.
  • 29 E, enquanto orava, o seu rosto alterou-se, e a sua roupa tornou-se resplandecente e branca.
  • 30 E eis que dois homens conversavam com ele, os quais eram Moisés e Elias;
  • 31 e apareceram em glória e falavam da sua morte, que ele estava para realizar em Jerusalém.
  • 32 Pedro e os que estavam com ele, dominados pelo sono, acordaram e viram a sua glória e os dois homens que estavam com ele.
  • 33 E, quando estes se separaram dele, disse Pedro a Jesus: “Mestre, é bom estarmos aqui; façamos três tendas, uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias.” Ele não sabia o que dizia.
  • 34 Enquanto ele ainda falava, uma nuvem os cobriu, e, ficando eles com medo, entraram na nuvem.
  • 35 E uma voz saiu da nuvem, dizendo: “Este é o meu Filho, o escolhido; ouvi-o!”
  • 36 E, depois da voz, Jesus foi encontrado sozinho. E eles calaram-se, e naqueles dias a ninguém contaram nada do que tinham visto.

Comentário

A Transfiguração é uma revelação da glória de Jesus, antecipando a Sua ressurreição. A presença de Moisés e Elias representa a Lei e os Profetas, mostrando que Jesus é o cumprimento das promessas de Deus. A voz do Pai confirma a identidade divina de Jesus, e o mandamento de “ouvi-Lo” é um convite à obediência. Este episódio prepara os discípulos para a paixão de Cristo, mostrando-lhes Sua verdadeira natureza e a vitória final sobre a morte. A Transfiguração é um momento de luz que ilumina o caminho da cruz.

Pensamento da Igreja

A Transfiguração é um momento de confirmação da missão de Jesus e uma antecipação da Sua glória após a cruz. A Igreja vê neste evento um chamado a viver a fé com confiança, sabendo que, embora o caminho de Cristo passe pela cruz, ele conduz à vida e à glória. O convite para “ouvir Jesus” é um convite à obediência e à confiança plena na Sua palavra, que é fonte de vida eterna.


03 16 a 03 23 Peregrino da Palavra

 

Domingo, 16 de março de 2025 – 2.º Domingo da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Gênesis 15, 5-12.17-18
  • Salmo Responsorial: Salmo 26 (27), 1.7-8.9abc.13-14
  • 2.ª Leitura: Filipenses 3, 17-4, 1
  • Evangelho: Lucas 9, 28b-36

Segunda-feira, 17 de março de 2025 – 2.ª Semana da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Daniel 9, 4b-10
  • Salmo Responsorial: Salmo 78 (79), 8.9.11 e 13
  • Evangelho: Lucas 6, 36-38

Terça-feira, 18 de março de 2025 – 2.ª Semana da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Isaías 1, 10.16-20
  • Salmo Responsorial: Salmo 50 (51), 3-4.5-6ab.16-17
  • Evangelho: Mateus 23, 1-12

Quarta-feira, 19 de março de 2025 – Solenidade de São José

  • 1.ª Leitura: 2 Samuel 7, 4-5a.12-14a.16
  • Salmo Responsorial: Salmo 88 (89), 2-3.4-5.27 e 29
  • 2.ª Leitura: Romanos 4, 13.16-18.22
  • Evangelho: Mateus 1, 16.18-21.24a

Quinta-feira, 20 de março de 2025 – 2.ª Semana da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Jeremias 7, 23-28
  • Salmo Responsorial: Salmo 94 (95), 1-2.6-9
  • Evangelho: Lucas 11, 14-23

Sexta-feira, 21 de março de 2025 – 2.ª Semana da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Oséias 14, 2-10
  • Salmo Responsorial: Salmo 80 (81), 6c-11b.14 e 17
  • Evangelho: Marcos 12, 28b-34

Sábado, 22 de março de 2025 – 2.ª Semana da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Oséias 6, 1-6
  • Salmo Responsorial: Salmo 51 (50), 3-4.18-21ab
  • Evangelho: Lucas 18, 9-14

Domingo, 23 de março de 2025 – 3.º Domingo da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Êxodo 3, 1-8a.13-15
  • Salmo Responsorial: Salmo 102 (103)
  • 2.ª Leitura: 1 Coríntios 10, 1-6.10-12
  • Evangelho: Lucas 13, 1-9

Aqui está a lista das leituras de 16 a 23 de março de 2025 (Ano C), com um breve comentário para cada uma delas e um comentário geral no final:


Domingo, 16 de março de 2025 – 2.º Domingo da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Gênesis 15, 5-12.17-18
    Comentário: Deus faz uma aliança com Abraão, prometendo-lhe uma descendência tão numerosa quanto as estrelas do céu. O ritual de aliança que segue envolve um sacrifício, sinalizando que, para que a promessa divina se cumpra, será necessário um compromisso profundo e sacrificial.
  • Salmo Responsorial: Salmo 26 (27), 1.7-8.9abc.13-14
    Comentário: O salmista expressa uma confiança inabalável em Deus, mesmo diante da adversidade. Ele pede pela presença de Deus, reconhecendo que o Senhor é a sua luz e salvação, e clama por ajuda para caminhar com fé e esperança.
  • 2.ª Leitura: Filipenses 3, 17-4, 1
    Comentário: São Paulo convida os cristãos a seguirem seu exemplo de viver em Cristo, como cidadãos do céu. Ele os adverte contra os inimigos da cruz de Cristo e reforça a importância de manter a fé e a esperança no Senhor, aguardando a transformação de nosso corpo para a glória.
  • Evangelho: Lucas 9, 28b-36
    Comentário: A Transfiguração de Jesus no monte revela a sua glória divina aos discípulos. Jesus, em diálogo com Moisés e Elias, antecipa sua morte e ressurreição. Este momento de revelação visa fortalecer a fé dos discípulos e prepará-los para os desafios que viriam.

Comentário Geral:
As leituras deste domingo nos chamam a uma renovação da nossa fé e confiança em Deus. A aliança de Deus com Abraão (1.ª Leitura) é um símbolo do relacionamento que Ele deseja ter conosco, cheio de promessas e fidelidade. O Salmo expressa essa confiança incondicional, e São Paulo, na 2.ª Leitura, reforça a importância de viver a nossa fé com firmeza. A Transfiguração de Jesus no Evangelho é um convite a reconhecer a sua glória e a seguir seu exemplo, mesmo diante dos desafios.


Segunda-feira, 17 de março de 2025 – 2.ª Semana da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Daniel 9, 4b-10
    Comentário: Daniel, reconhecendo os pecados do povo de Israel, faz uma oração de arrependimento e pedido de misericórdia, apelando para a fidelidade de Deus e para o Seu perdão.
  • Salmo Responsorial: Salmo 78 (79), 8.9.11 e 13
    Comentário: O salmista implora pelo perdão de Deus, lembrando das misericórdias passadas e pedindo Sua intervenção para salvar o povo da opressão.
  • Evangelho: Lucas 6, 36-38
    Comentário: Jesus ensina sobre a misericórdia, exortando os discípulos a serem misericordiosos, como o Pai celeste, e a praticarem a generosidade sem medidas.

Comentário Geral:
Hoje, a ênfase está na misericórdia e no arrependimento. A oração de Daniel é um exemplo de humildade e contrição, enquanto o salmo lembra as misericórdias de Deus. O Evangelho desafia-nos a ser misericordiosos uns com os outros, como reflexo do amor de Deus por nós.


Terça-feira, 18 de março de 2025 – 2.ª Semana da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Isaías 1, 10.16-20
    Comentário: Deus exorta o povo de Israel a abandonar a hipocrisia de seus rituais e a praticar a justiça. Ele os convoca à conversão, afirmando que, embora seus pecados sejam grandes, Ele está disposto a perdoá-los se se arrependerem sinceramente.
  • Salmo Responsorial: Salmo 50 (51), 3-4.5-6ab.16-17
    Comentário: Este salmo de arrependimento expressa o desejo de purificação do salmista. Ele clama pela misericórdia de Deus, pedindo um coração puro e um espírito renovado.
  • Evangelho: Mateus 23, 1-12
    Comentário: Jesus critica os fariseus e doutores da lei pela sua hipocrisia. Embora eles ensinassem corretamente, suas ações não condiziam com as suas palavras. Jesus convida à humildade e ao serviço, destacando que a verdadeira grandeza vem do serviço aos outros.

Comentário Geral:
Neste dia, a Quaresma nos convoca a refletir sobre nossa sinceridade na fé. A leitura de Isaías chama-nos a abandonar os rituais vazios e a viver a justiça. O Salmo de arrependimento e o Evangelho de Jesus desafiam-nos a viver a conversão e a humildade, abandonando a hipocrisia.


Quarta-feira, 19 de março de 2025 – Solenidade de São José

  • 1.ª Leitura: 2 Samuel 7, 4-5a.12-14a.16
    Comentário: Deus promete a Davi uma descendência eterna, que será realizada através de Jesus, o Filho de Davi. Esta promessa estabelece a base para o nascimento de Cristo, que será o Rei eterno.
  • Salmo Responsorial: Salmo 88 (89), 2-3.4-5.27 e 29
    Comentário: Este salmo celebra a fidelidade de Deus à aliança feita com Davi, proclamando que a sua descendência será abençoada para sempre.
  • 2.ª Leitura: Romanos 4, 13.16-18.22
    Comentário: São Paulo fala da fé de Abraão, que acreditou na promessa de Deus, mesmo quando as circunstâncias pareciam impossíveis. Essa fé é a base para a justificação pela graça.
  • Evangelho: Mateus 1, 16.18-21.24a
    Comentário: O Evangelho relata o papel de São José na história da salvação. José, homem justo e obediente, aceita a missão de cuidar de Maria e de Jesus, cumprindo o plano de Deus para a redenção.

Comentário Geral:
A Solenidade de São José exalta a figura do homem justo que confiou plenamente no plano de Deus, apesar das dificuldades. A leitura de Samuel estabelece o contexto para o nascimento de Jesus, e o Salmo celebra a fidelidade da promessa de Deus. O Evangelho mostra a importância de São José como guardião da Sagrada Família.


Quinta-feira, 20 de março de 2025 – 2.ª Semana da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Jeremias 7, 23-28
    Comentário: Deus chama o povo de Israel a obedecer aos Seus mandamentos. Ele adverte contra a falsa confiança nos rituais e promete justiça para aqueles que persistirem em sua infidelidade.
  • Salmo Responsorial: Salmo 94 (95), 1-2.6-9
    Comentário: O salmo exorta o povo a ouvir a voz de Deus e a não endurecer o coração, lembrando das consequências da desobediência dos antigos israelitas.
  • Evangelho: Lucas 11, 14-23
    Comentário: Jesus enfrenta as acusações de expulsar demônios pelo poder de Belzebu. Ele defende Seu poder como vindo de Deus e adverte sobre a divisão que pode surgir quando não se está unido em Sua missão.

Comentário Geral:
Hoje, a ênfase está na obediência a Deus e no discernimento dos sinais divinos. Jeremias e o Salmo chamam o povo à escuta da Palavra de Deus, enquanto o Evangelho destaca a autoridade de Jesus e a necessidade de unidade em Sua missão.


Sexta-feira, 21 de março de 2025 – 2.ª Semana da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Oséias 14, 2-10
    Comentário: Deus promete restaurar Israel se o povo se converter. A leitura destaca a misericórdia de Deus e o retorno à fidelidade, comparando a cura espiritual de Israel com a restauração da natureza.
  • Salmo Responsorial: Salmo 80 (81), 6c-11b.14 e 17
    Comentário: O salmo recorda as intervenções de Deus no passado e apela ao povo para que ouça Sua voz e se volte para Ele, que os salvará.
  • Evangelho: Marcos 12, 28b-34
    Comentário: Jesus responde ao mandamento mais importante, que é amar a Deus de todo o coração, alma e mente, e amar o próximo como a si mesmo. Ele ensina que o amor é o fundamento da lei e dos profetas.

Comentário Geral:
A conversão e o retorno a Deus são temas centrais. Deus promete restaurar aqueles que se voltarem para Ele, e o Evangelho reforça o mandamento do amor como o princípio central da vida cristã.


Sábado, 22 de março de 2025 – 2.ª Semana da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Oséias 6, 1-6
    Comentário: O profeta chama o povo ao arrependimento, destacando que Deus deseja misericórdia mais do que sacrifícios. O verdadeiro arrependimento resulta em um retorno ao amor de Deus.
  • Salmo Responsorial: Salmo 51 (50), 3-4.18-21ab
    Comentário: Este salmo de arrependimento clama por purificação e perdão. O salmista pede um coração novo e um espírito renovado para que possa viver plenamente segundo a vontade de Deus.
  • Evangelho: Lucas 18, 9-14
    Comentário: Jesus conta a parábola do fariseu e do publicano, ensinando que o arrependimento e a humildade são mais agradáveis a Deus do que a autossuficiência e o orgulho.

Comentário Geral:
Hoje, a ênfase está na necessidade de um arrependimento genuíno. Oséias e o Salmo nos chamam a buscar a misericórdia de Deus, e o Evangelho de Lucas destaca que a humildade e a sinceridade de coração são o que Deus realmente deseja.


Domingo, 23 de março de 2025 – 3.º Domingo da Quaresma

  • 1.ª Leitura: Êxodo 3, 1-8a.13-15
    Comentário: Moisés encontra Deus na sarça ardente e recebe a missão de libertar os israelitas da escravidão no Egito. Deus revela Seu nome, “Eu Sou”, e Se apresenta como aquele que está sempre presente para salvar.
  • Salmo Responsorial: Salmo 102 (103)
    Comentário: O salmo celebra as misericórdias de Deus, que perdoa os pecados e cura as enfermidades. Ele exorta o povo a louvar a Deus pela Sua bondade e fidelidade.
  • 2.ª Leitura: 1 Coríntios 10, 1-6.10-12
    Comentário: São Paulo adverte os cristãos a aprenderem com os erros do passado, lembrando-os das tentações do deserto e das consequências de não permanecerem fiéis a Deus.
  • Evangelho: Lucas 13, 1-9
    Comentário: Jesus fala sobre a necessidade de conversão, usando a parábola da figueira estéril. Ele enfatiza que devemos dar frutos de arrependimento, ou corremos o risco de ser “cortados”.

Comentário Geral:
Neste domingo, somos chamados à conversão e à fidelidade a Deus. A revelação de Deus a Moisés mostra Sua proximidade e desejo de libertação. O Salmo nos lembra da misericórdia de Deus, enquanto São Paulo e o Evangelho nos alertam para a necessidade de vivermos a conversão com frutos concretos de mudança.


 

 

4o mini

03 16 a 23 Leituras da liturgia da Palavra

Domingo, 16 de março – 2º Domingo da Quaresma (Ano B)

  • 1ª Leitura: Génesis 22, 1-2.9a.10-13.15-18 – Deus põe Abraão à prova e confirma a Sua aliança.
  • Salmo: Salmo 115 (116) – “Caminharei na terra dos vivos na presença do Senhor.”
  • 2ª Leitura: Romanos 8, 31b-34 – “Se Deus está por nós, quem estará contra nós?”
  • Evangelho: Marcos 9, 2-10 – A Transfiguração de Jesus.
    🟢 Comentário: A Transfiguração fortalece os discípulos antes da Paixão, revelando a glória de Cristo. Somos convidados a subir espiritualmente o monte e a escutar a voz do Pai.

📖 Segunda-feira, 17 de março

  • 1ª Leitura: Daniel 9, 4b-10 – “Pecámos e procedemos mal.”
  • Salmo: Salmo 78 (79) – “Não nos trateis, Senhor, segundo os nossos pecados.”
  • Evangelho: Lucas 6, 36-38 – “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.”
    🟢 Comentário: A Quaresma é um tempo de arrependimento e perdão. Deus é rico em misericórdia e convida-nos a praticar o perdão generoso.

📖 Terça-feira, 18 de março

  • 1ª Leitura: Isaías 1, 10.16-20 – “Lavai-vos, purificai-vos.”
  • Salmo: Salmo 49 (50) – “A quem segue o caminho reto darei a salvação de Deus.”
  • Evangelho: Mateus 23, 1-12 – “Quem se exaltar será humilhado.”
    🟢 Comentário: Jesus condena a hipocrisia e convida-nos à humildade. A conversão quaresmal passa por uma mudança sincera do coração.

📖 Quarta-feira, 19 de março – Solenidade de São José, esposo da Virgem Maria

  • 1ª Leitura: 2 Samuel 7, 4-5a.12-14a.16 – A promessa de Deus a David.
  • Salmo: Salmo 88 (89) – “A sua descendência será eterna.”
  • 2ª Leitura: Romanos 4, 13.16-18.22 – Abraão, pai na fé.
  • Evangelho: Mateus 1, 16.18-21.24a ou Lucas 2, 41-51a – A missão de São José.
    🟢 Comentário: São José, homem justo e fiel, ensina-nos a confiar nos planos de Deus, mesmo sem os compreender totalmente.

📖 Quinta-feira, 20 de março

  • 1ª Leitura: Jeremias 17, 5-10 – “Maldito quem confia no homem; bendito quem confia no Senhor.”
  • Salmo: Salmo 1 – “É feliz quem espera no Senhor.”
  • Evangelho: Lucas 16, 19-31 – A parábola do rico e do pobre Lázaro.
    🟢 Comentário: Jesus alerta-nos para o perigo da indiferença face ao sofrimento dos outros. A Quaresma é tempo de caridade e partilha.

📖 Sexta-feira, 21 de março

  • 1ª Leitura: Génesis 37, 3-4.12-13a.17b-28 – José vendido pelos irmãos.
  • Salmo: Salmo 104 (105) – “Lembrai-vos, Senhor, das vossas misericórdias.”
  • Evangelho: Mateus 21, 33-43.45-46 – A parábola dos vinhateiros homicidas.
    🟢 Comentário: Deus espera frutos de justiça e amor do Seu povo. Devemos reconhecer Cristo como a pedra angular das nossas vidas.

📖 Sábado, 22 de março

  • 1ª Leitura: Miqueias 7, 14-15.18-20 – “Deus lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados.”
  • Salmo: Salmo 102 (103) – “O Senhor é compassivo e cheio de misericórdia.”
  • Evangelho: Lucas 15, 1-3.11-32 – A parábola do filho pródigo.
    🟢 Comentário: O amor do Pai é sempre maior do que os nossos pecados. A Quaresma convida-nos a regressar a Ele de coração sincero.

📖 Domingo, 23 de março – 3º Domingo da Quaresma (Ano B)

  • 1ª Leitura: Êxodo 20, 1-17 – Os Dez Mandamentos.
  • Salmo: Salmo 18 (19) – “Senhor, tendes palavras de vida eterna.”
  • 2ª Leitura: 1 Coríntios 1, 22-25 – “Nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para uns, sabedoria para outros.”

Evangelho: João 2, 13-25 – Jesus expulsa os vendilhões do Templo.
🟢 Comentário: Jesus purifica o Templo, chamando-nos a uma fé autêntica. A Quaresma é um tempo para renovar o nosso coração, tornando-o verdadeiramente casa de Deus.

03 13 A Oração – Outrora e Agora

O Poder Atemporal da Oração

A oração é um fio que une os tempos, atravessa gerações e transforma corações.

No tempo da rainha Ester, vemos uma mulher que, diante da ameaça ao seu povo, se refugia em Deus. No silêncio do seu quarto real, veste-se de humildade e clama com confiança: “Senhor, vem em meu auxílio!”. A sua oração não fica sem resposta – Deus age na história e concede-lhe a graça da salvação para o seu povo.

No tempo do salmista, a oração é um cântico de gratidão. Quem já experimentou a ajuda divina reconhece a fidelidade do Senhor. “No dia em que clamei, atendeste-me”, proclama o Salmo 137. A oração não é apenas súplica, mas também louvor, pois quem mo confia no Senhor vê a Sua mão a guiar cada momento da vida.

No tempo de Jesus, o convite é claro: “Pedi e dar-se-vos-á; 8 e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á.” Deus não é um soberano distante, mas um Pai atento, que responde ao clamor dos filhos. A promessa de Cristo atravessa os séculos, garantindo-nos que a oração sincera abre as portas da graça.

No nosso tempo, também somos chamados a viver esta confiançai. Tal como Ester, podemos suplicar. Como o salmista, devemos louvar. E, com Jesus, aprendemos a perseverar na fé. A oração é atemporal porque Deus é eterno e fiel. Seja qual for o momento da nossa vida, Ele escuta, responde e caminha connosco.

Leia e aprofunde a mensagem em

https://liturgia.pt/liturgiadiaria/dia.php?data=2025-3-13