Monthly Archives: December 2024

12 17 Novena de Natal – Esquema Geral –

A Novena de Natal é uma bela tradição da Igreja Católica, preparada para nos ajudar a celebrar com mais profundidade o mistério do nascimento de Jesus. Durante nove dias, somos convidados a meditar sobre a Palavra de Deus, renovar a esperança e abrir nossos corações para acolher o Salvador. Aqui está um modelo básico para cada dia da novena:

Estrutura da Novena de Natal

  • Sinal da Cruz
  • “Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.”
  • Oração Inicial
  • “Ó Deus, Pai de bondade, ao celebrarmos esta novena de Natal, preparai os nossos corações para acolher com alegria o vosso Filho Jesus. Que Ele, ao nascer em nós, renove nossa fé, esperança e amor. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.”
  • Hino ou Cântico de Natal
  • Ex.: “Vinde, ó Deus Menino” ou “Noite Feliz”.
  • Leitura Bíblica
  • Escolher um texto que destaque a preparação para a vinda de Jesus. Sugestões:
  • 1º Dia: Isaías 9, 1-6 – O povo que andava nas trevas viu uma grande luz.
  • 2º Dia: Isaías 11, 1-10 – A profecia sobre o Messias.
  • 3º Dia: Lucas 1, 26-38 – A Anunciação.
  • 4º Dia: Lucas 1, 39-45 – A visita de Maria a Isabel.
  • 5º Dia: Lucas 1, 46-56 – O Magnificat.
  • 6º Dia: Mateus 1, 18-24 – O anúncio a José.
  • 7º Dia: Lucas 2, 1-7 – O nascimento de Jesus.
  • 8º Dia: Lucas 2, 8-14 – Os pastores e os anjos.
  • 9º Dia: João 1, 1-14 – O Verbo se fez carne.
  • Meditação e Reflexão
  • Breve comentário sobre o texto lido, conectando-o à vivência cristã e ao espírito do Natal.
  • Preces
  • Rezar pelas necessidades da comunidade, pela família e pela paz no mundo.
  • Resposta após cada prece: “Vinde, Senhor Jesus!”
  • Pai-Nosso e Ave-Maria
  • Oração Final
  • “Senhor Jesus, ao prepararmos nossos corações nesta novena de Natal, fazei-nos viver em espírito de conversão, acolhendo com alegria a vossa presença em nossas vidas. Que sejamos vossos discípulos, irradiando a paz e a luz do vosso amor. Vós que sois Deus com o Pai e o Espírito Santo. Amém.”
  • Bênção Final
  • “Abençoe-nos o Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.”

Sugestões práticas:

  • Decore um pequeno altar com a imagem do Menino Jesus, velas e símbolos natalinos.
  • Convide a família e amigos para participar.
  • Escolha um tema especial para cada dia, como “esperança”, “alegria” ou “paz”.

Que esta novena seja um momento de renovação espiritual e de preparação para a chegada de Cristo em nossos corações e em nossas vidas!

12 19 Lc 1, 5-25 Quinta «Eu sou Gabriel, que assisto na presença de Deus e fui enviado para te anunciar esta boa nova

EVANGELHO Lc 1, 5-25

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias, cuja esposa era descendente de Aarão e se chamava Isabel. Eram ambos justos aos olhos de Deus e cumpriam irrepreensivelmente todos os mandamentos e leis do Senhor. Não tinham filhos, porque Isabel era estéril e os dois eram de idade avançada. Quando Zacarias exercia as funções sacerdotais diante de Deus, no turno da sua classe, coube-lhe em sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no Santuário do Senhor para oferecer o incenso. Toda a assembleia do povo, durante a oblação do incenso, estava cá fora em oração. Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor. Mas o Anjo disse lhe: «Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi atendida. Isabel, tua esposa, dar-te-á um filho, ao qual porás o nome de João. Será para ti motivo de grande alegria e muitos hão de alegrar-se com o seu nascimento, porque será grande aos olhos do Senhor. Não beberá vinho nem bebida alcoólica; será cheio do Espírito Santo desde o seio materno e reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. Irá à frente do Senhor, com o espírito e o poder de Elias, para fazer voltar os corações dos pais a seus filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, a fim de preparar um povo para o Senhor». Zacarias disse ao Anjo: «Como hei de saber que é assim, se eu estou velho e a minha esposa de idade avançada?». O Anjo respondeu-lhe: «Eu sou Gabriel, que assisto na presença de Deus e fui enviado para te anunciar esta boa nova. Mas tu vais guardar silêncio, sem poder falar, até ao dia em que tudo isto aconteça, por não teres acreditado nas minhas palavras, que se cumprirão a seu tempo. Entretanto, o povo esperava por Zacarias e admirava-se por ele se demorar no Santuário. Quando ele saiu, não lhes podia falar e então compreenderam que tinha tido uma visão no Santuário. Ele fazia-lhes sinais e continuava mudo. Ao terminarem os seus dias de serviço, Zacarias voltou para casa. Algum tempo depois, Isabel, sua esposa, concebeu e permaneceu oculta durante cinco meses, dizendo: «Assim procedeu o Senhor para comigo nos dias em que Se dignou livrar-me desta desonra diante dos homens».

Palavra da salvação.

Este trecho do Evangelho de Lucas situa-nos na aurora do Novo Testamento, revelando os planos misericordiosos de Deus. Zacarias e Isabel, um casal justo, viviam com o peso da esterilidade, uma condição que, na cultura judaica, era vista como um sinal de desonra. Contudo, Deus transforma sua aparente impossibilidade em um anúncio de esperança.

O nascimento de João Batista, o Precursor, é um marco que aponta para a proximidade da vinda do Messias. O anjo Gabriel anuncia que João será cheio do Espírito Santo desde o ventre materno, cumprindo sua missão de preparar o povo para o Senhor. No entanto, a dúvida de Zacarias diante da mensagem celestial destaca a luta humana com a fé quando confrontada com o extraordinário. Como consequência, Zacarias fica mudo, um sinal de reflexão e um convite à escuta silenciosa de Deus.

Neste tempo do Advento, quando nos aproximamos do Natal, este Evangelho convida-nos a refletir sobre nossa capacidade de acolher os planos de Deus com fé. Somos chamados a abrir o coração, como Isabel, que acolheu o dom da vida e testemunhou a ação divina.

Oração

“Senhor, Deus de infinita misericórdia, prepara o nosso coração para acolher o Teu Filho com fé e alegria. Que o exemplo de Isabel e Zacarias nos inspire a confiar em Teus desígnios, mesmo nas situações difíceis. Renova em nós a esperança e torna-nos mensageiros da Tua presença no mundo. Amém.”

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APROFUNDAR A NOSSA REFLEXÃO

Sobre a ação de Deus em transformar a esterilidade em bênção:

  • Santo Agostinho: “Deus, que criou tudo do nada, também pode transformar a esterilidade em fecundidade, para que se manifeste que Ele é o Senhor da vida.” (Confissões, Livro XIII).
  • Santo Ambrósio: “A concepção de João, em sua natureza extraordinária, aponta para a plenitude do mistério da salvação, que se cumpre em Cristo.” (Exposição do Evangelho segundo São Lucas).

Sobre a missão de João Batista:

  • São Cirilo de Jerusalém: “João foi enviado como a voz que clama no deserto, para preparar um povo digno de receber o Senhor. Sua vida ascética já era um testemunho da luz que haveria de vir.” (Catequeses).
  • São Beda, o Venerável: “João recebeu o Espírito Santo desde o ventre, para que, antes mesmo de nascer, ele já fosse santificado e preparasse o caminho do Salvador.” (Homilias sobre os Evangelhos).

Sobre o silêncio de Zacarias:

  • São Gregório Magno: “O silêncio imposto a Zacarias foi a escola do Espírito. É no silêncio que se aprende a escutar as palavras eternas.” (Homilias sobre os Evangelhos).
  • São João Crisóstomo: “A dúvida de Zacarias não foi uma rejeição, mas uma fraqueza da fé. Deus, em sua misericórdia, o conduziu ao entendimento pelo sinal do silêncio.” (Homilias).

Reflexão espiritual:

  • Santa Teresa de Ávila: “Quando Deus nos conduz por caminhos que não compreendemos, devemos permanecer como Isabel: confiantes e esperançosos, sabendo que Ele sempre age para o nosso bem.” (O Castelo Interior).

 

12 15 Liturgia dominical – Preparação

https://liturgia.pt/liturgiadiaria/dia.php?data=2024-12-15

DOMINGO III DO ADVENTO

LEITURA I – Sof 3, 14-18a
Tema: O Senhor exulta contigo

O profeta Sofonias proclama a alegria de Jerusalém pela presença libertadora de Deus. Ele exulta com o povo e promete renovação e paz. Esta leitura convida-nos a confiar no amor do Senhor, que remove o medo e faz da nossa vida motivo de festa.


SALMO RESPONSORIAL – Is 12, 2-3. 4bcd. 5-6
Tema: A alegria de confiar em Deus
O salmista exulta em Deus, fonte de salvação e confiança. Ele convida todos a cantar e proclamar as maravilhas divinas. O refrão, “Exultai de alegria,” reforça o clima jubiloso, encorajando-nos a celebrar a presença viva de Deus que nos fortalece.


LEITURA II – Flp 4, 4-7

Tema: A paz em Cristo
Paulo exorta a comunidade a viver na alegria e na serenidade que vêm da confiança em Cristo. Ele lembra que a oração é o caminho para experimentar a paz de Deus, que ultrapassa todo entendimento. Este convite ressoa como uma preparação para acolher o Senhor.

EVANGELHO – Lc 3, 10-18
Tema: A conversão concreta

João Batista responde à pergunta “Que devemos fazer?” com orientações práticas: partilhar, agir com justiça e evitar abusos. Ele prepara o povo para a vinda de Jesus, destacando a urgência da conversão. Sua mensagem convida-nos a transformar a fé em gestos concretos de amor e solidariedade.

 

 

 

 

 

12 19 Mateus 1:18-25 Quarta

 

Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus

“Mas o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de coabitarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então, José, seu marido, como era justo e não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo. E ela dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por intermédio do profeta, dizendo: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emmanuel, que traduzido é: Deus conosco. E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua mulher. E não a conheceu até que ela deu à luz a seu filho; e pôs-lhe o nome de Jesus.”.

Reflexão.

Este trecho de Mateus nos apresenta um momento crucial na história do nascimento de Jesus. A narrativa começa com a revelação da gravidez de Maria pelo Espírito Santo e a reação inicial de José. A forma como José lida com essa situação complexa é digna de nota. Ele é descrito como “justo”, o que indica sua integridade e desejo de fazer o que é certo. Ao invés de expor Maria ao escândalo público — uma reação comum na época — ele opta por uma abordagem mais compassiva ao planejar deixá-la secretamente..

A intervenção divina ocorre através do sonho em que um anjo aparece a José. Essa mensagem celestial não apenas tranquiliza José sobre a situação, mas também revela o propósito divino por trás da concepção de Jesus. O anjo assegura a José que Maria não cometeu adultério; ao contrário, ela está cumprindo uma profecia antiga sobre o Messias..

O nome “Jesus”, que significa “O Senhor salva”, destaca a missão fundamental de Cristo: salvar Seu povo dos pecados. Esse é um ponto central da mensagem cristã — a redenção. Além disso, a citação da profecia sobre Emmanuel enfatiza a presença ativa de Deus entre nós. O fato de Deus estar conosco é uma fonte imensa de conforto e esperança..

A resposta imediata de José ao despertar é admirável. Ele não hesita em obedecer ao comando do anjo. Sua prontidão para aceitar Maria e seu papel no plano divino demonstra uma fé profunda e um compromisso com Deus..

Esse texto nos convida a refletir sobre como reagimos diante das adversidades e das situações inesperadas em nossas vidas. Assim como José, somos chamados a confiar em Deus mesmo quando as circunstâncias parecem confusas ou desafiadoras. A obediência à vontade divina pode nos levar a caminhos inesperados e gloriosos..

**Oração:**

“Senhor Deus, agradecemos por Tua presença constante em nossas vidas. Assim como José teve coragem para seguir Teus planos, dá-nos também a força para confiar em Ti nas incertezas da vida. Que possamos ser obedientes à Tua vontade e viver segundo Teus propósitos. Em nome de Jesus, Amém.”.

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*Comentários:**.

  1. *Lucas (18 anos)*: “A atitude de José me inspira! É difícil manter a calma quando as coisas não saem como planejado. Quero aprender a confiar mais em Deus nas minhas decisões.”…

  1. *Mariana (36 anos)*: “Ver como José acolheu Maria me faz pensar na importância da compaixão nas relações humanas. Às vezes precisamos ser mais compreensivos com os outros.”.

  1. *Antônio (62 anos)*: “Esse texto me lembra que Deus sempre tem um plano maior para nós. Mesmo quando enfrentamos desafios difíceis, Sua presença nos conforta e guia.”

12 17 Mt 1, 1-17 Terça feira Geneologia de Jesus

Leitura do Evangelho segundo S. Mateus .

Genealogia de Jesus Cristo
1 Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
2 Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos;
3 Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram;
4 Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon;
5 Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé;
6 Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou, da mulher de Urias, Salomão;
7 Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa;
8 Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Ozias;
9 Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias;
10 Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amom; Amom gerou Josias;
11 Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio da Babilônia.
12 Depois do exílio da Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel;
13 Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor;
14 Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud;
15 Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó;
16 Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
17 Assim, todas as gerações, de Abraão até Davi, foram catorze; de Davi até o exílio da Babilônia, catorze; e do exílio da Babilônia até Cristo, catorze.


Reflexão

A genealogia de Jesus não é apenas uma lista de nomes, mas um retrato da história da salvação, mostrando como Deus age através das gerações para cumprir suas promessas. Abraão e Davi são figuras centrais nesta lista, representando a aliança e a realeza, respectivamente. A inclusão de mulheres como Tamar, Raab e Rute ressalta a ação divina em contextos inesperados e destaca que o plano de Deus ultrapassa as normas humanas.

O exílio da Babilônia marca um momento de aparente interrupção da promessa divina, mas Mateus demonstra que Deus nunca abandona o seu povo. Cada nome na genealogia carrega uma história, muitas vezes de fraqueza, pecado ou exclusão, mas tudo culmina em Jesus, o Salvador. Ele não é apenas descendente de Davi e Abraão, mas também o cumprimento das promessas feitas a eles: a bênção para todas as nações e o rei eterno.

Essa passagem nos ensina que Deus trabalha através de pessoas comuns e circunstâncias complicadas para realizar o extraordinário. A genealogia aponta para Jesus como a realização do plano divino de reconciliação e redenção. Como cristãos, somos chamados a reconhecer que, mesmo em momentos de dúvida ou dificuldade, Deus está conduzindo a história da nossa vida para um propósito maior.


Oração

Senhor Deus, Pai de infinita misericórdia,
agradecemos porque não desististe do Teu povo,
mas enviaste Teu Filho, Jesus, para cumprir as promessas feitas a Abraão e Davi.
Ajuda-nos a confiar no Teu plano, mesmo quando não o entendemos.
Que a nossa vida, com suas falhas e desafios,
também possa ser parte da história da Tua salvação.
Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.


 


Comentários de Três Pessoas

  1. (Ana, 16 anos, estudante)
    “Eu achei incrível ver que Jesus veio de uma família com pessoas imperfeitas. Isso me ajuda a entender que Deus pode usar qualquer pessoa, mesmo com erros, para realizar algo maravilhoso. Faz-me pensar que eu também posso fazer parte do plano de Deus.”
  2. (Carlos, 42 anos, comerciante)
    “Para mim, a genealogia de Jesus mostra como Deus é fiel às suas promessas, mesmo que leve gerações para cumpri-las. Isso me dá esperança para confiar em Deus, mesmo quando as coisas parecem difíceis ou sem solução.”
  3. (Dona Teresa, 75 anos, aposentada)
    “Ler essa passagem me emociona. Vejo como Deus conduz tudo com paciência e sabedoria. Cada nome na genealogia me lembra que Deus trabalha no tempo d’Ele, e isso me dá paz para esperar por Suas bênçãos na minha vida e na dos meus netos.”

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12 16 Mt 21, 23-27 «Donde era o batismo de João?»

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EVANGELHO Mt 21, 23-27
«Donde era o batismo de João?»

A incredulidade dos chefes do povo de Deus aparece aqui em contraste com a visão cheia de esperança do profeta pagão da leitura anterior. Jesus dá a entender que o orgulho e dureza de coração não deixam abrir os olhos, com fé, ao dom da presença de Deus no meio de nós. Já assim aconteceu em relação à pregação de João Batista, como virá igualmente a acontecer com a do próprio Senhor Jesus.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus foi ao templo e, enquanto ensinava, aproximaram-se d’Ele os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, que Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes tudo isto? Quem Te deu tal direito?» Jesus respondeu-lhes: «Vou fazer-vos também uma pergunta e, se Me responderdes a ela, dir-vos-ei com que autoridade faço isto. Donde era o batismo de João? Do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a deliberar, dizendo entre si: «Se respondermos que é do Céu, vai dizer-nos: ‘Porque não lhe destes crédito?’ E se respondermos que é dos homens, ficamos com receio da multidão, pois todos consideram João como profeta». E responderam a Jesus: «Não sabemos». Ele por sua vez disse-lhes: «Então não vos digo com que autoridade faço isto».

Palavra da salvação..

Reflexão

Neste Evangelho, vemos Jesus questionado pelos chefes religiosos no templo acerca da autoridade com que realizava Suas obras. A pergunta de Jesus sobre a origem do batismo de João é profundamente desafiadora. Ela revela não apenas a incredulidade e o orgulho dos líderes, mas também a sua hipocrisia, já que não estavam dispostos a reconhecer a verdade por medo de perderem o poder ou a aprovação popular.

O Advento é um tempo de espera e preparação para o Natal, o nascimento de Jesus, a manifestação plena da autoridade divina na fragilidade humana. É também um convite à conversão e à humildade, qualidades que os chefes religiosos, neste episódio, não demonstram. A atitude deles contrasta com a missão de João Batista, que preparava o caminho do Senhor, conclamando o povo à mudança de coração e ao arrependimento.

Este Evangelho desafia-nos a refletir sobre a nossa própria abertura à verdade. Muitas vezes, tal como os príncipes dos sacerdotes e os anciãos, preferimos permanecer na nossa zona de conforto, evitando confrontar as exigências do Evangelho. O Advento chama-nos a romper com essa atitude de resistência. É tempo de reconhecer em Jesus a autoridade que vem do Céu, uma autoridade que não se impõe com violência, mas que nos convida ao seguimento livre e amoroso..
Nesta quadra natalícia, enquanto aguardamos o nascimento de Cristo, somos convidados a responder com humildade e fé à pergunta implícita de Jesus: “De onde vem a minha autoridade na tua vida?” A resposta depende de um coração disposto a acolhê-Lo como Senhor e Salvador. Assim como João Batista apontava para Cristo, também nós somos chamados a testemunhar, com a nossa vida, a autoridade de Jesus que transforma e salva..
O cenário deste Evangelho é o templo, o lugar da presença de Deus no meio do povo. No entanto, aqueles que deveriam reconhecer e acolher essa presença mostram-se cegos pelo orgulho. O Natal recorda-nos que Deus se fez próximo de todos, escolhendo uma humilde gruta como “templo” para Se manifestar. Somos chamados a tornar o nosso coração esse templo vivo, onde o Senhor possa habitar com a Sua autoridade de amor e paz…Neste Advento, o convite é claro: deixemos que Jesus reine nas nossas vidas. Não sejamos como os líderes do templo, presos ao medo ou ao orgulho, mas abramos os nossos corações à verdade que liberta. A pergunta de Jesus ecoa ainda hoje: estamos dispostos a acolher a Sua autoridade como algo que nos conduz à plenitude?

ORAÇÃO 

Senhor Jesus, ajuda-nos a reconhecer a Tua presença e autoridade em nossas vidas. Que o nosso coração seja um templo humilde e acolhedor para o Teu amor. Dá-nos coragem para romper com o orgulho e o medo, e assim testemunhar, neste Natal, a alegria da Tua vinda. Amém.


Partilha.

Comentário 1: A Autoridade de Jesus e a nossa resistência

No Evangelho de hoje, Jesus questiona os chefes religiosos com sabedoria, revelando a falta de honestidade em seus corações. Eles evitam comprometer-se, pois temem as consequências de admitir a verdade. Muitas vezes, fazemos o mesmo: preferimos a zona de conforto, resistindo às mudanças que o Evangelho nos propõe. O Advento é o tempo de reconhecer a autoridade de Jesus, que não nos força, mas nos chama a um amor livre e sincero. Vamos abrir nossos corações e deixar que Cristo reine verdadeiramente em nossas vidas.
(Comentário por Helena Santos, catequista dedicada e mãe de três filhos, Vila do Conde.)


Comentário 2: João Batista como ponte para Cristo

Os chefes do povo recusaram-se a aceitar o batismo de João e, consequentemente, não reconheceram a missão de Jesus. Neste Advento, somos convidados a revisitar o exemplo de João Batista, que apontava para Cristo como o verdadeiro Salvador. É preciso humildade para acolher a autoridade de Deus e deixar que Ele transforme nossos corações. Não sejamos como os líderes que recusaram a verdade por orgulho ou medo. Que nossas vidas apontem para Jesus, tal como João o fez.
(Comentário por Artur Melo, antigo tradutor e cristão comprometido com a evangelização, Santa Catarina da Serra.)


Comentário 3: O templo do coração

No templo, lugar da presença divina, os líderes religiosos não reconheceram o próprio Deus encarnado. Este Evangelho recorda-nos que o Natal é a celebração de um Deus que escolheu a simplicidade de uma gruta para manifestar a Sua autoridade. Somos chamados a fazer de nosso coração um templo vivo, onde Jesus possa reinar. O orgulho e o medo não podem ser barreiras. Neste Advento, deixemos que o Senhor nos guie com a Sua autoridade de amor.
(Comentário por Padre João Dias , sacerdote e comunicador dedicado, empenhado em transmitir a Palavra de Deus com simplicidade e profundidade.)

12 08 Lc 1, 26-38 Domingo

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas
Naquele tempo,
o Anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia chamada Nazaré,
a uma Virgem desposada com um homem chamado José,
que era descendente de David.
O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo:
«Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras
e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o Anjo:
«Não temas, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus.
Conceberás e darás à luz um Filho,
a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo.
O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David;
reinará eternamente sobre a casa de Jacob
e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao Anjo:
«Como será isto, se eu não conheço homem?».
O Anjo respondeu-lhe:
«O Espírito Santo virá sobre ti
e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra.
Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice
e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril;
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então:
«Eis a escrava do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra».
Palavra da salvação.
Reflexão
O Evangelho de Lucas 1, 26-38 apresenta nos um dos momentos mais sublimes da história da salvação: a Anunciação. Este episódio é central na celebração da Solenidade da Imaculada Conceição, pois nos recorda que Maria, escolhida por Deus desde toda a eternidade, foi preservada do pecado original e preparada para ser a Mãe do Salvador.
A saudação do Anjo Gabriel – “Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo” – revela o privilégio singular de Maria. “Cheia de graça” significa que Maria foi agraciada por Deus de modo único, desde a sua concepção, vivendo plenamente em comunhão com a vontade divina. Este mistério da Imaculada Conceição foi proclamado dogma pela Igreja em 1854, mas desde os primeiros séculos já era profundamente venerado pelos cristãos, especialmente em Portugal.
Maria é o modelo de confiança e disponibilidade. Quando o Anjo anuncia que ela será a Mãe do Salvador, Maria, mesmo sem compreender totalmente, responde com fé: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. Sua resposta marca o início da encarnação do Verbo e demonstra a força do “sim” de uma vida entregue a Deus.,
No contexto do Advento, a celebração da Imaculada Conceição convida nos a preparar nossos corações para acolher Jesus, tal como Maria O acolheu. O Advento é um tempo de espera ativa e esperança, e Maria, na sua pureza e fidelidade, é a Estrela da Manhã que nos guia até Cristo. Assim como Deus preparou Maria, nós também somos chamados a preparar o nosso interior para o nascimento de Jesus.
Maria é sinal da nova criação. Nela, o pecado é vencido desde o princípio, antecipando o triunfo de Cristo sobre o mal. Durante o Advento, somos convidados a contemplar Maria como a “Nova Eva”, cuja obediência contrasta com o pecado original. Seu “sim” à vontade de Deus é o exemplo que devemos seguir no caminho de conversão.,
,
Portugal tem uma devoção especial a Nossa Senhora, especialmente sob o título da Imaculada Conceição, que foi proclamada Padroeira do país em 1646 pelo rei D. João IV. Este ato de confiança na proteção de Maria é parte integrante da identidade nacional e religiosa portuguesa. A devoção à Mãe Imaculada está profundamente enraizada no povo, expressa em procissões, festas e na recitação do terço.
O Santuário de Fátima é um exemplo eloquente desta devoção. Ali, Maria apareceu com uma mensagem de paz e conversão, confirmando a sua proximidade com o povo português e com toda a humanidade. A mensagem de Fátima é também um apelo à oração e à confiança no poder de Deus, que pode transformar o mundo através do coração puro e humilde de Maria.
Maria no Contexto da Igreja
A Imaculada Conceição é um sinal do amor de Deus pela humanidade. Na Igreja, Maria é Mãe e intercessora. Assim como Ela disse “sim” para acolher Jesus, somos convidados a acolher Cristo em nossas vidas. A Imaculada Conceição nos recorda que Deus age de modo especial nas pessoas simples e disponíveis, e que a santidade é um chamado para todos.
Maria é modelo de vida cristã: a sua obediência à vontade de Deus, a sua humildade e o seu silêncio são lições para os nossos dias. No Advento, Maria nos ensina a esperar e a confiar. Ela nos lembra que a preparação para o Natal não é apenas externa, mas principalmente interior.
 Oração à Imaculada Conceição
Ó Maria Imaculada, Mãe cheia de graça,
padroeira de Portugal e modelo de fé,
ajuda-nos a dizer “sim” à vontade de Deus
e a preparar nossos corações para a vinda de Jesus.
Conduze-nos pela luz do Advento
até o mistério do Natal.
Intercede por nós, Mãe querida,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

Testemunhos

Criança (8 anos):
“Gostei muito de ouvir esta história de Maria e do anjo. Fiquei feliz porque Maria disse ‘sim’ a Deus. Acho que ela é muito corajosa porque deve ser difícil ouvir algo tão diferente e confiar. Quero aprender a confiar em Deus como ela.”

Jovem (22 anos):
“Este Evangelho me fez pensar sobre as escolhas que fazemos na vida. Maria não tinha todas as respostas, mas confiou e seguiu em frente. Isso me inspira a dizer ‘sim’ para os desafios que Deus coloca no meu caminho, mesmo quando não entendo tudo. É um exemplo forte de fé e coragem.”

Idoso (70 anos):
“Este texto sempre me emociona. Vejo em Maria uma simplicidade e uma entrega que nos falta tantas vezes. A coragem dela em aceitar a vontade de Deus me faz refletir sobre como devo enfrentar as dificuldades da vida. Ela é um modelo de fé, e sua resposta nos ensina a confiar em Deus em qualquer situação.”

Perspetiva de Cristina

Esmiuçando EVANGELHO, Lucas (1: 26-38) (II)
26 E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. 28 E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. ( Muitos perguntam-se: como pode Maria ter sido concebida sem pecado, se é Jesus que nos resgata e Ele ainda não era nascido? A Deus nada é impossível! Mas aconteceu, tendo em vista os méritos de Jesus na Cruz, ou seja, por antecipação, Ela nasce redimida. O Anjo Gabriel quando A viu, reconhece-A imediatamente, como a Imaculada – Alegra-Te, Cheia da Graça! Uma vez mais, a Graça de não ser possuída pelo pecado – vem-nos por Cristo; assim, Ela o é, antecipadamente, pela concepção de Jesus em Seu ventre. Debrucemo-nos sobre a leitura de Gén. Cap. 15- “porei INIMIZADE entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Ela te esmagará a cabeça e tu a atingirás no calcanhar” – Deus profetiza a Salvação! Sendo o demónio aqui representado pela cobra, que mulher é essa, sua inimiga mortal de Quem foge, e que tem poder sobre ele? – Maria! – Acerca da Sua descendência , a IGREJA, e sob a protecção de Maria, os filhos da Luz vencerão os filhos das trevas. Eva estava inoculada com o veneno da serpente , gerando a sua descendência para as trevas do pecado. Maria, de modo antecipado, possuindo a Graça e a Salvação, tem como descendência a Luz – Jesus – que nos redime de toda a treva. Apesar disso, Ela é criatura de Deus e, como nós, precisa de corresponder ao Senhor. No “eis aqui a Serva do Senhor” doou-Se inteiramente ao Pai, mudando o rumo da história da Humanidade e do pecado, a que estava sujeita) 29 E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. 30 Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, 31 E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. 32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, 33 e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim. 34 E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. 36 E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril. 37 Porque para Deus nada é impossível. 38 Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela. (A vida com Deus é um movimento, uma dinâmica – FAÇA-SE EM MIM, SEGUNDO A SUA PALAVRA – a mais perfeita forma de oração, para chegarmos à Santidade. O projecto que Deus tem para cada um de nós, é para se ir construindo com o tempo, amadurecendo, para um resultado, o mais ajustado possível à Sua vontade, e acharmos graça diante de Deus, tal como a Nossa Mãe do Céu. Eva visitada pelo demónio, caiu pelo pecado no NÃO que deu a Deus, arrastando com ela, toda a sua descendência. Ao contrário, quando visitada pelo Anjo, Maria disse SIM, trazendo à Sua descendência, nós pelo baptismo em Jesus Cristo, o perdão e a salvação. A serpente, mordisca o nosso calcanhar, mas por intercepção da Nossa Mãe, igualmente, lhe esmagaremos a cabeça.)

Esmiuçando EVANGELHO, Lucas (1: 26-38) (II)

26 E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. 28 E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. ( Muitos perguntam-se: como pode Maria ter sido concebida sem pecado, se é Jesus que nos resgata e Ele ainda não era nascido? A Deus nada é impossível! Mas aconteceu, tendo em vista os méritos de Jesus na Cruz, ou seja, por antecipação, Ela nasce redimida. O Anjo Gabriel quando A viu, reconhece-A imediatamente, como a Imaculada – Alegra-Te, Cheia da Graça! Uma vez mais, a Graça de não ser possuída pelo pecado – vem-nos por Cristo; assim, Ela o é, antecipadamente, pela concepção de Jesus em Seu ventre. Debrucemo-nos sobre a leitura de Gén. Cap. 15- “porei INIMIZADE entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Ela te esmagará a cabeça e tu a atingirás no calcanhar” – Deus profetiza a Salvação! Sendo o demónio aqui representado pela cobra, que mulher é essa, sua inimiga mortal de Quem foge, e que tem poder sobre ele? – Maria! – Acerca da Sua descendência , a IGREJA, e sob a protecção de Maria, os filhos da Luz vencerão os filhos das trevas. Eva estava inoculada com o veneno da serpente , gerando a sua descendência para as trevas do pecado. Maria, de modo antecipado, possuindo a Graça e a Salvação, tem como descendência a Luz – Jesus – que nos redime de toda a treva. Apesar disso, Ela é criatura de Deus e, como nós, precisa de corresponder ao Senhor. No “eis aqui a Serva do Senhor” doou-Se inteiramente ao Pai, mudando o rumo da história da Humanidade e do pecado, a que estava sujeita) 29 E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. 30 Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, 31 E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. 32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, 33 e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim. 34 E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. 36 E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril. 37 Porque para Deus nada é impossível. 38 Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela. (A vida com Deus é um movimento, uma dinâmica – FAÇA-SE EM MIM, SEGUNDO A SUA PALAVRA – a mais perfeita forma de oração, para chegarmos à Santidade. O projecto que Deus tem para cada um de nós, é para se ir construindo com o tempo, amadurecendo, para um resultado, o mais ajustado possível à Sua vontade, e acharmos graça diante de Deus, tal como a Nossa Mãe do Céu. Eva visitada pelo demónio, caiu pelo pecado no NÃO que deu a Deus, arrastando com ela, toda a sua descendência. Ao contrário, quando visitada pelo Anjo, Maria disse SIM, trazendo à Sua descendência, nós pelo baptismo em Jesus Cristo, o perdão e a salvação. A serpente, mordisca o nosso calcanhar, mas por intercepção da Nossa Mãe, igualmente, lhe esmagaremos a cabeça.)

12 07 Mt 9, 35 – 10, 1.6-8 Sábado «Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas,

pregando o Eva

ngelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao ver as

multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como

ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os

trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua

seara». Depois chamou a Si os seus Doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os

espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades. Jesus deu-lhes também

as seguintes instruções: «Ide às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho,

proclamai que está perto o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos,

sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

O Evangelho apresenta-nos Jesus percorrendo cidades e aldeias, ensinando, curando e

mostrando compaixão pelas multidões fatigadas. Essa passagem evoca de forma

poderosa o espírito do Advento, tempo de espera pela vinda de Jesus, o Pastor que

cuida de suas ovelhas.

Advento: Um tempo de compaixão e missão

O Advento é, por excelência, um tempo de esperança e renovação. Neste período, a

Igreja chama nos a refletir sobre o amor compassivo de Deus, revelado em Jesus. A

compaixão de Cristo pelas multidões “fatigadas e abatidas” reflete o olhar

misericordioso de Deus sobre a humanidade, especialmente os mais vulneráveis.

Hoje, como no tempo de Jesus, muitas pessoas vivem sem direção, “como ovelhas sem

pastor”. O consumismo, a indiferença espiritual e a solidão marcam a vida de muitos.

Este Evangelho desafia nos a sermos instrumentos de Deus para aliviar essas

realidades, especialmente neste tempo do Advento, quando somos chamados a preparar

nossos corações e o mundo para receber o Salvador.

A Igreja como continuadora da missão de Jesus

A compaixão de Jesus não se limita ao olhar; ela o leva à ação. Ele envia os Doze

discípulos em missão, capacitando-os a curar, libertar e anunciar o Reino dos Céus. Esta

missão confiada aos discípulos é hoje continuada pela Igreja.

No contexto de Portugal, a Igreja enfrenta desafios específicos: a secularização, o

distanciamento das novas gerações e a falta de vocações. No entanto, este Evangelho é

uma chamada à esperança e ao compromisso. A “seara é grande” e há muitas

oportunidades para levar Cristo aos que ainda não o conhecem ou que se afastaram. É

urgente “pedir ao Senhor da seara que mande trabalhadores”, mas também reconhecer

que todos os batizados têm a missão de ser testemunhas da fé.

No contexto global, as desigualdades sociais, os conflitos e as crises ecológicas

evidenciam a necessidade de uma Igreja que seja sinal de compaixão e justiça. O Papa

Francisco tem insistido numa Igreja em saída, próxima dos pobres e comprometida

com o cuidado da criação. Este Evangelho nos convida a participar ativamente desta

missão, especialmente no Advento, tempo de preparação para a chegada de Jesus, o

Príncipe da Paz.

Recebestes de graça, dai de graça

Jesus recorda aos discípulos que tudo o que receberam é dom gratuito de Deus. No

Advento, somos convidados a refletir sobre a gratuidade do amor de Deus, manifestado

no mistério da Encarnação. Assim como Jesus nos amou gratuitamente, somos

chamados a compartilhar esse amor com os outros, especialmente os mais

necessitados.

A gratuidade é uma mensagem relevante em um mundo marcado pela busca incessante

por vantagens e recompensas. No Advento, somos desafiados a viver a generosidade,

traduzida em gestos concretos de solidariedade. Como Igreja, isso significa intensificar

as ações de evangelização e caridade, levando a esperança e a luz de Cristo às “ovelhas

perdidas”.

Reflexão prática para o Advento

Cultivar a compaixão: Inspirados por Jesus, devemos olhar para os outros com o mesmo amor compassivo. Quem são as “ovelhas sem pastor” no nosso contexto? Como podemos ser sinais desperança para elas? Viver a missão: O Advento é um tempo para refletirmos sobre o nosso papel como discípulos

missionários. Somos chamados a ser luz em meio às trevas, proclamando o Reino com

nossas palavras e ações.Partilhar os dons: Assim como Jesus nos ensinou, devemos

dar de graça aquilo que recebemos. A partilha do tempo, dos recursos e da fé é uma

forma concreta de vivermos o Advento.

Oração

Senhor Jesus, Pastor compassivo, olha para nós, que tantas vezes nos sentimos

fatigados e perdidos. Dá-nos um coração cheio de compaixão, capaz de enxergar as

necessidades dos outros e de agir com generosidade. No Advento, ensina-nos a

preparar o nosso coração para a Tua vinda e a sermos sinais do Teu Reino no mundo.

Envia trabalhadores para a Tua seara e faz de nós instrumentos da Tua paz e do Teu

amor. Amém

12 11 4ª feira 2ª semana do Advento

Mateus 11, 28-30 

Vinde a Mim,
Todos os que andais cansados e oprimidos 

Há pessoas a quem tudo corre bem
e há outras que nem por isso
Há pessoas otimistas
e outras que vêm tudo pelo lado negativo 
Mas uns e outros vamos descobrindo
que só no encontro com Deus 
a vida encontra esperança e redenção 

 

 

 

 

Nos dias   de fraqueza
e na hora da derrota
é só na tua força, Jesus que ouso recomeçar 
Quando já não consigo manter
a máscara de boa disposição
sei que posso contar com o teu ombro amigo
Quando a desilusão me desgasta o coração 
sei que os teus  braços
estão abertos para me acolher 
Na fragilidade e na necessidade 
a tua voz ajuda-me 
a ficar inteiro de novo.

 

 

12 10 3ª feira 2ª Semana do Advento

Isaias  40, 1-11
Consolai o meu povo, diz o vosso Deus

O Deus em quem acreditamos,
Aquele que dá sentido e sabor à nossa vida,
é um Deus ambulante.
Em todos os momentos da história.
consola-nos com palavras de perdão
e oferece uma alternativa de vida nova e feliz

 

 

Deus de misericórdia e perdão,
junto de Ti me sinto feliz,
mesmo que me doa o coração.
Com confiança Te peço:
consola este teu povo!
consola os que dizem vergados pelo  peso do desespero.
Fala-nos da paz abundante que nos espera,
da ternura que curará as nossas almas feridas. 

12 09 2ª feira 2ª semana do advento

Isaias 35, 1-10 
As águas brotarão no deserto...

Estes dias de Advento
são um exercício de desabituação
Estamos habituados à miséria dos povos
à fragilidade dos amores,
à mesquinhez dos poderosos,
ao peso da desilusão –
Mas a Palavra de Deus desafia-nos
as coisas podem ser diferentes 
Melhores!
Deus convida-te a colaborares com Ele
na transformação destse mundo 

Tu desafiaste os israelitas à esperança
e cumpristes a tua promessa.
Tu convidaste a esperar a vinda do teu Filho
e Ele tornou – Se luz para o mundo.
Com confiança , eu te peço o dom da esperança.
Só a esperançaem Ti
me sustenta contra o desespero.
Só o teu dom mantém o meu entusiasmo
e o meu compromisso de fazer a diferença .                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         jk                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              v

12 08 Domingo Imaculada Conceição

 

Lucas 1, 26-38

Maria disse, então: “Eis a serva do Senhor:faça-se em mim segundo a tua palavra”

Tu moras em muitas histórias:
na tua família, no trabalho, na politica.
Numas, és  o protagonista
E noutras és a vítia
Nalgumas serás espetador neutral
E em outras podes ser o vilão 
Mas moras também na históri de Deus 
Estás nesta história com Maria de Nazaré
e com tantos homens e mulheres que puseram 
a sua esperança em Deus.
E que nesta entrega encontraram a sua alegria 

Bendita tu, Maria, filha dos pobres 
que  te tornastes Mãe do Senhor dos reis
Bendito o teu peito 
Qu O alimentou com amor,
a tua boca que O beijou
e os teus baços 
que O aconchegaram (Sto Efré sírio século IV)

 

 

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12 07 Sábado 1ª Semana do Advento

Mateus 9, 35 – 10, 1. 6-8 

Ao ver as multidões (Jeus) encheu-se de compaixão porque andavam fatigadas e abatidas . 

Como as multidões do tempo de Jesus 
andamos desnorteados , apáticos, cansados. 
Perdemos a capacidade de sonhar.
Amarramo-nos a desejos pequeninos 
que trarão alegria medíocre . 
Perdemos o Nortte
e a vontade de caminhar.
Mas hoje, como há 2000 anos 
Jesus olha para nós com compaixão 
e desafia-nos.
“corações ao alto

Espero e confio em Ti, Jesus
Apesar da minha fé hesitante, espero.
Ainda que me deixe cair no desânimo, espero. 
“O nosso coraçção está em Deus”
E por isso, recomeço

 

 

12 15 Lc 3 10-18 Domingo E nós que devemos fazer?

 

No tempo de João Batista, a expectativa pela vinda do Messias era intensa. O povo de Israel vivia sob a ocupação romana, e muitos esperavam um libertador político. João, inserido na tradição profética, aparece no deserto pregando a conversão e o arrependimento. Ele não se limita a anunciar a vinda de Cristo, mas exorta todos a se prepararem por meio de uma vida justa e solidária. João responde a perguntas de diferentes grupos sociais – multidões, publicanos, soldados – indica

«Que devemos fazer?»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, as multidões perguntavam a João Batista: «Que devemos fazer?». Ele respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma; e quem tiver mantimentos faça o mesmo». Vieram também alguns publicanos para serem batizados e disseram: «Mestre, que devemos fazer?». João respondeu-lhes: «Não exijais nada além do que vos foi prescrito». Perguntavam-lhe também os soldados: «E nós, que devemos fazer?». Ele respondeu-lhes: «Não pratiqueis violência com ninguém nem denuncieis injustamente; e contentai-vos com o vosso soldo». Como o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias, ele tomou a palavra e disse a todos: «Eu baptizo-vos com água, mas está a chegar quem é mais forte do que eu, e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias. Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo. Tem na mão a pá para limpar a sua eira e recolherá o trigo no seu celeiro; a palha, porém, queimá-la-á num fogo que não se apaga». Assim, com estas e muitas outras exortações, João anunciava ao povo a Boa Nova».
Palavra da salvação.

 

REFLEXÃO

No tempo de João Batista, a expectativa pela vinda do Messias era intensa. O povo de Israel vivia sob a ocupação romana, e muitos esperavam um libertador político. João, inserido na tradição profética, aparece no deserto pregando a conversão e o arrependimento. Ele não se limita a anunciar a vinda de Cristo, mas exorta todos a se prepararem por meio de uma vida justa e solidária.
João responde a perguntas de diferentes grupos sociais – multidões, publicanos, soldados – indicando ações concretas de justiça e partilha. Para ele, a conversão não é apenas um ato espiritual, mas um compromisso prático com o próximo. Ele destaca que o Messias virá para transformar profundamente a humanidade, batizando com o Espírito Santo e com o fogo.

A mensagem de João Batista permanece atual, pois as perguntas ecoam em nossos dias: “Que devemos fazer?” Em um mundo marcado por desigualdades e injustiças, a resposta de João nos convida à solidariedade e à integridade.
Hoje, a partilha de bens, a honestidade nas profissões e o respeito pelo próximo são atitudes que ainda refletem a preparação para o encontro com Cristo. A chamada à conversão é um convite a renovar nossas atitudes, vivendo o amor ao próximo e combatendo o egoísmo.

Para o cristão, o apelo de João Batista é uma exortação à coerência de vida. A fé não pode ser apenas declarada, mas deve manifestar-se em gestos concretos. Assim como João pregou a justiça e a partilha, o cristão é chamado a testemunhar o Evangelho através de suas ações, contribuindo para um mundo mais humano e solidário.
Além disso, a mensagem de João sobre o batismo com o Espírito Santo nos lembra que a conversão não depende apenas de nossos esforços, mas é fruto da graça divina que age em nós. Ao abrir o coração à ação do Espírito, o cristão encontra força para superar suas falhas e viver de forma renovada.

Oração

Senhor, dá-nos um coração aberto à Tua palavra e disposto a mudar. Ajuda-nos a viver na partilha, na justiça e no amor ao próximo, preparando o caminho para a Tua vinda. Que o Teu Espírito nos transforme e nos faça sinais do Teu Reino no mundo. Amém.