Monthly Archives: October 2024

10 19 Lc 12, 8-12 Sábado  «O Espírito Santo vos ensinará naquele momento o que haveis de dizer»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «A todo aquele que Me tiver reconhecido diante dos homens também o Filho do homem o reconhecerá diante dos Anjos de Deus. Mas quem Me tiver negado diante dos homens será negado diante dos Anjos de Deus. E todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado; mas quem tiver blasfemado contra o Espírito Santo não será perdoado. Quando vos levarem às sinagogas, aos magistrados e às autoridades, não vos preocupeis com o que haveis de responder nem com o que haveis de dizer em vossa defesa. O Espírito Santo vos ensinará naquela hora o que haveis de dizer».


Palavra da salvação.

 

REFLEXÃO

A atitude do discípulo de Jesus perante os homens determina o seu destino eterno. Quem reconhece Jesus sem medo, persevera até o fim e é salvo. Porém, quem o nega, acaba por se autodestruir; ao tentar salvar sua vida, acaba por perdê-la. Tomar partido por Cristo significa também ser solidário com o próximo, especialmente com os mais necessitados. Devemos acreditar que Jesus estará sempre com seus discípulos, sobretudo nos momentos de perseguição. A força do Espírito Santo, que atuou em Jesus, continua a atuar em nós, seus seguidores.

Quando somos perseguidos ou levados a julgamento, não devemos temer ou nos preocupar com o que dizer, pois o Espírito Santo nos inspirará, como fez com os profetas e apóstolos. A fé não deve ser apenas um sentimento interior e privado; ela deve se manifestar em obras e testemunho. Uma fé sem caridade, sem ação, não pode salvar.

Este trecho reflete o entusiasmo das primeiras comunidades cristãs, especialmente o de São Lucas, sobre a assistência do Espírito Santo nos momentos de tribulação, como vemos nos Atos dos Apóstolos, nos discursos de Pedro e Paulo. Hoje, nós, cristãos, precisamos ser corajosos e audazes testemunhas do Evangelho, guiados pelo Espírito Santo.

Oração

Damos-te graças, Pai, pelo dom do Espírito Santo, a presença constante de Jesus entre nós, que nos recorda as Suas palavras de vida e nos assiste nos momentos difíceis.
Senhor, cremos em Ti e, com a alegria do Espírito, queremos ser testemunhas fiéis de Cristo e do Seu Evangelho. Amém.

10 18 Lc 10, 1-9 Sexta «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos»

 

Rádio Maria – 18 de Oubro – S. Lucas

EVANGELHO Lc 10, 1-9
«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
designou o Senhor setenta e dois discípulos
e enviou-os dois a dois à sua frente,
a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
E dizia-lhes:
«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Pedi ao dono da seara
que mande trabalhadores para a sua seara.
Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias,
nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho.
Quando entrardes nalguma casa,
dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’.
E se lá houver gente de paz,
a vossa paz repousará sobre eles;
senão, ficará convosco.
Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem,
que o trabalhador merece o seu salário.
Não andeis de casa em casa.
Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem,
comei do que vos servirem,
curai os enfermos que nela houver
e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’».


Palavra da salvação.

 

REFLEXÃO

O Evangelho de Lucas 10, 1-9 revela a missão dos setenta e dois discípulos enviados por Jesus. Este envio expressa a urgência da missão: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos». A metáfora da seara representa a abundância de pessoas necessitadas da mensagem de salvação, mas também destaca a escassez de mensageiros dispostos a levar a Boa Nova. Jesus envia os discípulos «como cordeiros no meio de lobos», sublinhando que a missão exige coragem e confiança em Deus, pois encontrarão desafios e resistência. A instrução de não levar nada consigo enfatiza a dependência total da providência divina e da hospitalidade daqueles que os acolherem. Jesus ensina que a missão deve começar com um anúncio de paz e culminar na cura e na proclamação: «Está perto de vós o reino de Deus».

Esta passagem é um convite a todos os cristãos a serem missionários no seu dia a dia, levando paz, cura e a presença do Reino de Deus onde quer que estejam.

 

**Oração**: 

Senhor da seara, envia mais trabalhadores para o Teu campo, para que a Tua Palavra chegue a todos os corações. Dá-nos a força e a coragem de ser mensageiros da paz e do amor, confiando sempre na Tua providência. Amém.

10 17  Lc 11, 47-54  Quinta «Serão pedidas contas do sangue dos profetas, desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, disse o Senhor aos doutores da lei: «Ai de vós, porque edificais os túmulos dos profetas, quando foram os vossos pais que os mataram. Assim dais testemunho e aprovação às obras dos vossos pais, porque eles mataram-nos e vós levantais os monumentos. É por isso que a Sabedoria de Deus disse: ‘Eu lhes enviarei profetas e apóstolos; e eles hão de matar uns e perseguir outros’. Mas Deus vai pedir contas a esta geração do sangue de todos os profetas, que foi derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que pereceu entre o altar e o Santuário. Sim, Eu vos digo que se pedirão contas a esta geração. Ai de vós, doutores da lei, porque tirastes a chave da ciência: vós não entrastes e impedistes os que queriam entrar!». Quando Jesus saiu dali, os escribas e os fariseus começaram a persegui-l’O terrivelmente e a provocá-l’O com perguntas sobre muitas coisas, armando-Lhe ciladas, para O surpreenderem nalguma palavra da sua boca.

Palavra da salvação.

 

 

 

 


REFLEXÃO

Neste Evangelho, Jesus censura severamente os doutores da lei por edificarem os túmulos dos profetas, cujos antepassados mataram, perpetuando a injustiça ao invés de a corrigirem. Ao invés de ouvir os profetas e apóstolos enviados por Deus, os doutores da lei perpetuaram uma tradição de resistência à Palavra divina. O sangue dos profetas, desde Abel até Zacarias, simboliza a rejeição contínua da verdade, que, segundo Jesus, resultará em severas consequências.

Jesus também aponta que os doutores da lei possuíam a chave da ciência, mas não a usavam para o bem. Eles impediam os outros de alcançar a verdade, tornando-se obstáculos ao Reino de Deus. Esta crítica pode ser vista como um aviso contra a arrogância espiritual e a corrupção daqueles que deveriam guiar o povo na fé.

São Inácio de Antioquia, bispo e mártir, viveu plenamente o espírito deste Evangelho. Ele foi uma testemunha corajosa da fé, enfrentando o martírio por não renegar a sua fidelidade a Cristo. Inácio acreditava que o verdadeiro discipulado implica sofrimento e sacrifício, sendo ele mesmo um exemplo da entrega total ao Evangelho. Assim como os profetas foram perseguidos, Inácio aceitou o martírio como parte de sua missão. Ele escreveu aos cristãos, pedindo que não interviessem para salvar sua vida, pois desejava seguir os passos de Cristo até à morte, testemunhando a autenticidade de sua fé.

A vida de São Inácio recorda-nos que, ao contrário dos doutores da lei, que desviavam o povo, ele entregou a sua vida para conduzir os outros a Cristo, tornando-se uma chave viva de acesso ao Reino dos Céus.

Oração

 Senhor, nós Vos agradecemos pelo testemunho dos profetas e mártires como São Inácio de Antioquia. Que possamos seguir o exemplo da sua fidelidade e coragem, enfrentando as dificuldades com fé inabalável. Concede-nos o vosso Espírito para que sejamos testemunhas do vosso amor, rejeitando a hipocrisia e abraçando a verdadeira justiça e misericórdia.

10 15 Santa Teresa de Ávila

 

  1. Video sobre Santa Teresa

*Entrevista com Santa Teresa de Ávila: A Santa Guerreira de Deus**

*Contexto:* O ambiente é um jardim em Ávila, Espanha. Uma brisa suave acaricia as flores e árvores, enquanto o céu azul parece refletir a paz que Santa Teresa sempre buscou em sua alma. No entanto, sob essa serenidade, foi travada uma verdadeira batalha espiritual. É nesse cenário que Peregrino Tof se encontra com Santa Teresa, com o intuito de desvelar a história e o coração desta grande reformadora da Igreja.

**Peregrino Tof:** Boa tarde, Santa Teresa! É uma honra conversar com a senhora. Celebramos hoje a sua memória, mas o que muita gente talvez não saiba é como a sua história começou. Poderia nos contar um pouco da sua meninice?

**Santa Teresa:** Boa tarde, Peregrino! (Ela sorri.) Ah, a meninice… Nasci em 1515, em Ávila. Desde cedo, fui uma menina cheia de sonhos! Dizem que eu tinha um coração aventureiro. Quando pequena, até tentei fugir de casa com meu irmão para sermos mártires na terra dos mouros. Tínhamos sete ou oito anos e queríamos encontrar o Céu rapidamente, sem esperar. Claro, nossa escapadela não foi muito longe. Fomos encontrados logo (risos), mas ali começou meu desejo de viver para Deus. No entanto, minha vida teve muitas curvas antes de eu realmente entender o que significava caminhar com Ele.

**Peregrino Tof:** Parece que desde pequena a senhora já tinha essa chama ardendo em seu coração! E, mais tarde, quando decidiu entrar para o Carmelo, essa decisão foi fácil? A senhora já sabia que o caminho seria difícil?

**Santa Teresa:** (Risos.) Fácil? Meu querido Peregrino, o caminho para escalar a montanha do Senhor nunca é fácil! Quando entrei no Carmelo, esperava uma vida de oração tranquila, mas o que encontrei foi uma Ordem muito relaxada em suas práticas. Havia muitas distrações e o silêncio que eu tanto ansiava para ouvir a voz de Deus era raro. Então, decidi que algo precisava mudar.

**Peregrino Tof:** Essa foi a semente da grande reforma que a senhora promoveu na Ordem do Carmo. Mas as dificuldades logo surgiram, certo? 

**Santa Teresa:** Oh, sim! Foram muitas as batalhas. Primeiro, dentro da própria Ordem. Imagine, eu, uma mulher, dizendo a homens que precisávamos voltar à austeridade! Muitos membros estavam acomodados com o estilo de vida que tinham, mais confortável, e não queriam abrir mão de certos luxos. Eu queria trazer de volta a simplicidade, a oração profunda, o isolamento do mundo. Ora, isso não foi bem recebido por muitos. (Ela faz uma pausa, pensativa.) Chegaram até a me chamar de rebelde, imagine só! 

**Peregrino Tof:** Rebelde? 

**Santa Teresa:** Sim, por ser mulher e propor mudanças tão radicais. Naquela época, as mulheres não tinham muita voz nas decisões da Igreja. Eu fui vista como alguém que estava “ultrapassando meus limites”. Mas não era por orgulho ou rebeldia, Peregrino, era o amor profundo a Deus que me movia. Eu sabia que Ele me chamava a essa missão.

**Peregrino Tof:** A senhora enfrentou oposição de dentro e de fora da Ordem. Como foi lidar com as críticas da sociedade e até mesmo de autoridades eclesiásticas?

**Santa Teresa:** Ah, isso foi um fardo pesado, mas eu tinha uma arma secreta. Quer saber qual era? A oração! A oração, meu amigo, era minha força. (Ela ri, com um brilho no olhar.) Quando ouvia críticas e sentia que o mundo estava contra mim, eu me ajoelhava e dizia: “Senhor, se esta obra é Tua, leva-a adiante. Se não, deixa-a cair.” E sabe o que acontecia? As portas se abriam! Mesmo quando bispos e outros líderes tentavam impedir as fundações dos conventos reformados, Deus sempre dava um jeito de continuar a obra.

**Peregrino Tof:** E em relação às suas próprias limitações? A senhora teve muitos problemas de saúde, não é?

**Santa Teresa:** Oh, sim! (Ela suspira.) Tive doenças que me deixaram de cama por longos períodos. E, claro, isso era um teste. Perguntava a Deus por que Ele me deixava doente quando havia tanto a ser feito. Mas, no meio da dor, aprendi a confiar ainda mais n’Ele. Eu dizia: “Senhor, se não posso trabalhar, que minha doença também sirva para Tua glória.” No final das contas, até a fraqueza física foi uma escola de humildade e fé.

**Peregrino Tof:** A senhora fala com uma leveza e humor incríveis sobre essas dificuldades. Isso fez parte da sua caminhada?

**Santa Teresa:** Sem dúvida! (Ela ri.) Deus gosta de um bom senso de humor. Lembro-me de um dia em que, depois de tantos problemas e dificuldades, olhei para o céu e disse: “Senhor, se tratas assim os teus amigos, não me admira que tenhas tão poucos!” Mas eu sabia que tudo fazia parte da formação que Ele estava me dando. Para escalar a montanha do Senhor, é preciso ter coragem, mas também um coração leve, confiando que Deus cuida de cada passo.

**Peregrino Tof:** Então, mesmo com incompreensão, isolamento, perseguições e a constante falta de recursos, a senhora nunca desistiu?

**Santa Teresa:** Não, Peregrino, não desisti. Não podia. Havia algo muito maior do que eu em jogo. Deus me chamava e, mesmo quando eu não via como continuar, Ele me abria um caminho. Eu dizia sempre: “Nada te perturbe, nada te espante, tudo passa, Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta.”

**Peregrino Tof:** Uma última pergunta, Santa Teresa: Qual conselho daria àqueles que hoje enfrentam grandes desafios e têm medo de continuar sua caminhada de fé?

**Santa Teresa:** (Ela sorri, com ternura.) Digo-lhes: tenham coragem! A jornada é dura, sim, mas Deus está sempre ao nosso lado, e Ele dá a graça necessária para suportar cada batalha. Sejam pessoas de oração. Falem com Ele como falam com um amigo íntimo. E nunca se esqueçam: ao final de cada tempestade, há uma luz maior do que podemos imaginar. Se escalar a montanha de Deus é difícil, a vista lá de cima é gloriosa!

*Peregrino Tof:* Obrigado, Santa Teresa, por esta conversa inspiradora. Que suas palavras nos ajudem a sermos também guerreiros de Deus, confiando no Seu amor e graça.

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A entrevista termina com um sorriso cúmplice entre Peregrino Tof e Santa Teresa, lembrando-nos que, apesar das lutas, o caminho de Deus é repleto de amor, humor e esperança.

 

Entrevista poema video 

Poema a Santa Teresa de Ávila

Peregrino, eu me chamo, e com fé vou seguir,
À montanha de Deus, meu destino a perseguir.
Teresa me guia, com coragem e ardor,
Mostra o caminho, entre pedras e dor.

Desde menina, queria o céu alcançar,
E com o irmão, pensou até em martirizar.
Mas foi no Carmelo, com véu e oração,
Que a chama divina lhe tomou o coração.

A Ordem precisa voltar ao começo,
Renúncia e silêncio, é isso que peço!”
Mas muitos, acomodados, riram da ideia,
Diziam que Teresa estava bem “louca” e cheia.

Perseguições vieram, críticas sem fim,
“Ela é rebelde, isso vai acabar ruim!”
Mas Teresa, com um sorriso e firmeza,
Respondia com fé, humildade e destreza.

“Ah, Senhor, se tratas assim os amigos,
Com certeza terás muito poucos contigo!”
Ria da dor, e ria do chão,
Pois sua força vinha só da oração.

Bispos, clérigos, diziam “não!”
Ela orava e Deus lhe abria a mão.
“Se esta obra é Tua, então será feita,
Se não, caia ao chão, eu aceito a receita!”

Doente e cansada, mas sempre a lutar,
Sem recursos, sem forças, só a confiar.
Nada lhe espanta, nada perturba,
Quem a Deus tem, em paz sempre turba.

Eis o conselho de Teresa, a guerreira:
Escalem a montanha com fé verdadeira.
Quem ama a Deus não teme a estrada,
Pois no fim, é Ele quem guarda a jornada.

Só Deus basta, ela sempre dizia,
E mesmo em prantos, mantinha alegria.
Santa Teresa, mulher forte e leal,
És, para nós, um farol sem igual!

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Se realmente esta reflexão te surpreendeu envia um email para a organização

dictof@gmail.com

 

10 15 A experiência e a oração (Santa Teresa)

Nada podemos saber, falar ou escutar da oração que não seja algo vivido ou experimentado. Em Teresa, mestra da oração, é estreita e forte a relação entre experiência e oração. Sua vida de oração foi determinada por grandes momentos: o encontro espontâneo com Deus, intercalando-se por um tempo de oração difícil e de relações tensas, e que se encerra em um encontro acalentador e plenificante.

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Nada podemos saber, falar ou escutar sobre a oração sem que esta seja, antes de mais nada, uma realidade vivida e experimentada. A oração não é apenas um exercício intelectual ou uma prática mecânica; é um mergulho na profundidade do nosso ser, onde nos encontramos com Deus de maneira íntima e transformadora. Esse entendimento encontra na vida de Santa Teresa de Ávila um exemplo claro e poderoso.

A Experiência e a Oração

Em Santa Teresa, mestra da oração e doutora da Igreja, há uma relação estreita entre a sua experiência pessoal e a sua vida de oração. Sua jornada espiritual não foi uma linha reta de paz e consolações. Pelo contrário, foi marcada por altos e baixos, por momentos de secura espiritual e dificuldades, mas também por encontros profundamente consoladores com Deus. Assim, ela ensina que a oração é uma vivência que nos forma e transforma, independentemente das dificuldades que possamos enfrentar ao longo do caminho.

A oração, segundo Santa Teresa, passa por várias etapas. No início, pode parecer árdua e até desinteressante, mas, à medida que a alma persevera, ela começa a experimentar as consolações divinas, culminando em uma união íntima com Deus. Teresa descreve isso como um “encontro acalentador e plenificante”, onde a alma, depois de atravessar os desertos de secura e tribulação, encontra paz e repouso em Deus.

Como ela mesma diz em sua obra O Caminho de Perfeição: “Quem começa a ter oração deve considerar que se dispõe a uma grande empresa e que empreende nada menos que sustentar uma guerra contra todos os demônios e, pior ainda, contra os próprios amores desordenados”. Essa luta interior que Teresa descreve reflete bem a tensão espiritual que ela viveu durante grande parte de sua caminhada.

O Encontro Espontâneo com Deus

Santa Teresa também relata os momentos em que o encontro com Deus acontece de forma inesperada e espontânea, mesmo em meio às dificuldades. Ela fala desses momentos em sua autobiografia, Livro da Vida, onde descreve como Deus, de repente, se manifesta à alma, surpreendendo-a com uma presença que não pode ser ignorada. É o Deus que se faz presente, não pelos méritos humanos, mas pela sua infinita misericórdia e desejo de habitar no coração de seus filhos.

“Não são vossas forças que vos salvarão”, diz a Escritura (1 Sm 2,9). Essa verdade está no centro da experiência de Santa Teresa: é Deus que toma a iniciativa no encontro, é Ele quem chama e transforma a alma, mesmo quando esta se encontra perdida ou mergulhada em tensões e dúvidas.

O Tempo de Oração Difícil

Teresa também viveu tempos de grande aridez espiritual, o que chama de “a noite escura da alma”. Durante esses períodos, parecia-lhe que Deus estava distante e que as suas orações não eram ouvidas. Contudo, mesmo nesses momentos, Teresa não desistiu. Ela ensinava que, apesar das dificuldades, é importante perseverar na oração, confiando que Deus está presente, mesmo quando não o sentimos.

Em suas palavras: “É, portanto, coisa certíssima que nos deixa Deus nas tentações e aridezes; e por que? Para que saibamos que Sua Majestade não está obrigada a dar-nos sempre o gosto, mas que Ele é Senhor e nós servos”. Esses momentos de secura espiritual, embora dolorosos, fazem parte da vida de oração e são oportunidades de crescimento e purificação.

O Encontro Acalentador e Plenificante

Depois dos tempos de secura, Teresa fala de um encontro com Deus que é plenitude. Deus não se faz esperar para sempre, mas, ao final das provações, a alma experimenta uma união tão profunda e consoladora que ela se sente plena, completa em Deus. Esse momento culminante, segundo Teresa, é a verdadeira recompensa de quem persevera. Esse encontro é descrito como uma experiência de amor inefável, onde o ser humano finalmente repousa no seu Criador, experimentando a verdadeira paz que o mundo não pode dar (cf. Jo 14,27).

Santa Teresa usa a imagem do “castelo interior”, onde, após passar por várias moradas, a alma finalmente chega ao centro, onde Deus habita. Essa metáfora revela como a experiência espiritual de Teresa foi marcada por um progresso constante, apesar dos desafios. Cada etapa da oração leva a alma para mais perto de Deus, até que ela chegue a uma união completa e acalentadora.

A Oração como Experiência Viva

Portanto, a oração em Teresa não é uma teoria ou uma prática distante. Ela é profundamente vivida e experimentada, uma caminhada com Deus que passa por desertos e montanhas, por noites escuras e manhãs de luz. A vida de Santa Teresa nos ensina que não podemos saber, falar ou escutar sobre oração sem que ela seja algo vivido, experimentado, e acima de tudo, perseverado.

Como diz São Paulo: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1 Cor 2,9). Teresa nos convida a mergulhar nessa realidade, a viver a oração como encontro profundo e transformador com o Deus vivo.

 

4o

10 15 A verdadeira liberdade em Cristo (a construir)

 

Olá, meus amigos! Hoje, quero falar sobre a verdadeira liberdade que encontramos em Cristo. E essa liberdade não se trata de seguir regras ou rituais, mas sim de viver a nossa fé por meio do amor e da caridade. Em Cristo, somos libertos das correntes do legalismo. Somos chamados a um propósito maior… um propósito em que a nossa fé nos motiva a ajudar os outros. Imaginem uma vida onde suas ações são guiadas pela compaixão, e não pela obrigação. Onde seu coração está aberto e suas mãos estão prontas para servir. É isso que a fé em ação, por meio da caridade, pode fazer! Então, vivam a verdadeira liberdade em Cristo! Vivam sua fé com amor e deixem esse amor brilhar através de suas ações. Afinal, é o amor que cumpre a lei. E é nesse amor que encontramos o verdadeiro sentido da liberdade. Viva a verdadeira liberdade em Cristo! Faça a diferença hoje mesmo!

14 10 Tema A prudência da serpente e a simplicidade da pomba

A expressão “prudentes como serpentes, mas simples como pombas” é uma recomendação de Jesus aos seus discípulos no Evangelho de Mateus 10,16, onde Ele os orienta a serem sagazes diante das dificuldades e perseguições, mas ao mesmo tempo a agirem com pureza e sinceridade. A serpente simboliza a prudência, a capacidade de discernir os perigos e evitar armadilhas, enquanto a pomba representa a simplicidade, a pureza de coração e a ausência de malícia.

É um equilíbrio entre a sabedoria e a inocência. A prudência é essencial para navegar nas complexidades da vida e evitar cair em armadilhas, mas a simplicidade nos lembra de agir sempre com transparência e boas intenções, mantendo um coração limpo. Jesus não nos chama a sermos apenas astutos, nem apenas ingênuos, mas a unirmos essas duas virtudes de forma harmoniosa.

Esse ensinamento nos ajuda a enfrentar os desafios do dia a dia, mantendo a sabedoria sem perder a integridade.

 

10 14 Momento de partilha e reflexão sobre leituras

 

.Senhor dai me  força inteligência e sabedoria,para que eu fique mais forte na minha vida Amém(manuela grácio)

Que bela oração! Pedir a Deus força, inteligência e sabedoria é essencial para enfrentar os desafios da vida. Que o Senhor abençoe a Manuela Grácio, guiando-a sempre com Sua luz e proteção. Que ela continue crescendo na fé e se fortalecendo a cada dia. Amém!

uma imagem de uma pessoa em posição de oração, com mãos levantadas ao céu, envolta por uma luz suave que representa a presença e a graça de Deus. Ao fundo, uma paisagem serena, como uma montanha ou campo ao amanhecer, simbolizando a renovação e a busca espiritual.

 

 

 1. Introdução ao Espírito da Celebração e o Arrependimento dos Pecados

. Nesta Eucaristia, somos chamados a refletir sobre o arrependimento sincero e a liberdade que Cristo nos oferece, como veremos nas leituras. Que possamos entrar na celebração pedindo a Deus que toque nossos corações, nos liberte do pecado e nos conceda a graça de viver em conformidade com a Sua vontade.

: Uma cruz iluminada ao fundo de uma igreja, com pessoas de diferentes idades em atitude de oração, simbolizando o arrependimento e o desejo de conversão.

 

### 2. Comentário às Leituras

 

#### Primeira Leitura: Gálatas 4, 22-24. 26-27. 31 – 5, 1

São Paulo usa uma alegoria das duas mulheres de Abraão — Agar e Sara — para ilustrar a diferença entre a antiga aliança da escravidão à lei e a nova aliança da liberdade em Cristo. Ele nos lembra que, como cristãos, não somos filhos da escravidão, mas da promessa. Cristo nos libertou, e é para esta liberdade que devemos viver.

Para o cristão de hoje, esta leitura nos convida a nos libertar de tudo o que nos prende ao pecado e às práticas que nos afastam de Deus. A verdadeira liberdade é encontrada em seguir Cristo, que nos oferece uma vida nova e plena.

: Uma cena que mostre Sara e Agar, simbolizando a antiga e a nova aliança, talvez com Sara ao lado de Abraão com expressão de esperança, enquanto Agar aparece ao fundo, simbolizando a liberdade que Cristo nos oferece.

#### Salmo 112 (113)

Este salmo é um cântico de louvor ao Senhor que se eleva acima de todas as nações e se inclina para os humildes. Deus olha para os pobres e os eleva, tirando-os da miséria e da insignificância.

Aqui, o cristão é convidado a louvar a Deus, não apenas com palavras, mas com ações. A humildade e o serviço aos mais pequenos são sinais concretos de que compreendemos a grandeza de Deus e a nossa dependência d’Ele.

Uma representação de Deus exaltado no céu, cercado por anjos, enquanto uma figura humana (representando o humilde) é erguida de uma situação de dificuldade, como alguém saindo da pobreza ou da sombra.

 

#### Evangelho: Lucas 11, 29-32

Jesus adverte a geração que busca sinais, mas não se converte. Ele cita o exemplo dos ninivitas que, ao ouvirem a pregação de Jonas, se arrependeram. Jesus é maior que Jonas, mas ainda assim muitos não ouvem Sua mensagem.

Esta passagem nos recorda que o tempo da conversão é agora. Não devemos esperar sinais extraordinários para mudar nossas vidas. Cristo nos chama continuamente à conversão, e nossa resposta deve ser imediata e sincera.

Imagem sugerida: Jonas pregando aos ninivitas com uma cidade ao fundo, e os ninivitas em atitude de arrependimento, com Jesus ao fundo, maior que Jonas, pregando às multidões de hoje.

 

### 3. Conclusão Prática

A prática do arrependimento e da conversão é central na vida cristã. Assim como os ninivitas responderam à chamada de Jonas, somos chamados hoje a responder à palavra de Cristo com sinceridade e urgência. A verdadeira liberdade que Cristo nos oferece vem quando nos voltamos a Ele, abandonamos nossos pecados e vivemos segundo o Seu Evangelho. Que, a exemplo de São Calisto, sejamos misericordiosos e generosos em nossa caminhada cristã.

: São Calisto, de mãos estendidas, em um gesto de perdão e misericórdia, com um grupo de pessoas reunidas ao seu redor, simbolizando a caminhada de conversão e generosidade que ele inspira nos cristãos.

SEGUNDA-FEIRA da semana XXVIII

S. Calisto I, papa e mártir – MF
Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha.

L 1 Gl 4, 22-24. 26-27. 31 – 5, 1; Sl 112 (113), 1-2. 3-4. 5a e 6-7
Ev Lc 11, 29-32

* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António Montes Moreira, Bispo Emérito de Bragança-Miranda (2001).
* Na Ordem Agostiniana – B. Gonçalo de Lagos, presbítero – MF
* Na Companhia de Jesus – S. João Ogilvie, presbítero e mártir – MO
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – I Vésp. de S. Teresa de Jesus.

 

Missa

 

Antífona de entrada Sl 129, 3-4
Se tiverdes em conta as nossas faltas, Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão, Senhor Deus de Israel.

Oração coleta
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a vossa graça preceda e acompanhe sempre as nossas ações
e nos torne cada vez mais atentos
à prática das boas obras.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I (anos pares) Gl 4, 22-24.26-27.31 – 5, 1
«Não somos filhos da escrava, mas da mulher livre»

São Paulo quer mostrar, por uma comparação, que o Novo Testamento nos trouxe a liberdade definitiva em Jesus Cristo, e que, em consequência disso, a lei de Moisés, que tinha servido de guia em todo o Antigo Testamento, tinha cumprido a sua missão, conduzindo o povo de Deus até Jesus Cristo. S. Paulo parte da comparação das duas mulheres de Abraão, uma escrava, a outra livre, e vê na escrava o símbolo do Antigo Testamento e na esposa a figura do Novo Testamento, para fazer compreender que nós somos livres, porque Cristo nos libertou. Querer voltar a sujeitar-se às prescrições e ritos da lei de Moisés, como pretendiam alguns dos destinatários da sua carta, seria voltar a fazer-se escravo.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Irmãos: Como está escrito, Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da mulher livre. O da escrava nasceu segundo a natureza e o da mulher livre em virtude da promessa. Há nisto uma alegoria. As mulheres representam as duas alianças. A primeira, concluída no monte Sinai, gera para a escravidão: é Agar. Mas a Jerusalém do alto é livre, e esta é a nossa mãe. Porque está escrito: «Alegra-te, ó estéril, que não davas à luz; rejubila e canta de alegria, tu que não conheceste as dores da maternidade, porque os filhos da abandonada são mais numerosos que os daquela que tem marido». Por isso, irmãos, não somos filhos da escrava, mas da mulher livre. Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permanecei firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 112 (113), 1-2.3-4.5a e 6-7 (R. cf. 2)
Refrão: Bendito seja o nome do Senhor para sempre. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Louvai, servos do Senhor,
louvai o nome do Senhor.
Bendito seja o nome do Senhor,
agora e para sempre. Refrão

Desde o nascer ao pôr do sol,
seja louvado o nome do Senhor.
O Senhor domina sobre todos os povos,
a sua glória está acima dos céus. Refrão

Quem se compara ao Senhor nosso Deus,
que Se inclina lá do alto a olhar o céu e a terra?
Levanta do pó o indigente e tira o pobre da miséria,
para o fazer sentar com os grandes do seu povo. Refrão

ALELUIA cf. Salmo 94 (95), 8ab
Refrão: Aleluia Repete-se
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações. Refrão

EVANGELHO Lc 11, 29-32
«Nenhum sinal será dado a esta geração, senão o sinal de Jonas»

Jonas, com a sua pregação, levou a cidade de Nínive à penitência; de modo semelhante, a sabedoria de Salomão atraiu, de longe, a rainha de Sabá; Jesus é maior do que Jonas e do que Salomão. Ele é o grande Sinal! Quem O reconhecer e a Ele se converter terá encontrado a salvação.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão. No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas».
Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Aceitai, Senhor,
as orações e as ofertas dos vossos fiéis
e fazei que esta celebração sagrada
nos encaminhe para a glória do céu.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Cf. Sl 33, 11
Os ricos empobrecem e passam fome;
mas nada falta aos que procuram o Senhor.

Ou: Cf. 1Jo 3, 2
Quando o Senhor Se manifestar,
seremos semelhantes a Ele,
porque O veremos na sua glória.

Oração depois da comunhão
Deus de infinita bondade,
que nos alimentais com o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
tornai-nos também participantes da sua natureza divina.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

 

 

10 11 Palavra de Deus Segunda Feira S. Martinho de Tours, bispo – MO

 

SEGUNDA-FEIRA da semana XXXII

S. Martinho de Tours, bispo – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Tt 1, 1-9; Sl 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6
Ev Lc 17, 1-6

SINTESE DAS LEITURAS

### 1ª Leitura: Tito 1, 1-9

 

Nesta passagem, São Paulo instrui Tito sobre a importância de escolher líderes íntegros para a comunidade cristã. Esses líderes devem ser fiéis, hospitaleiros, justos e disciplinados. Paulo destaca que a fé e o conhecimento da verdade devem guiar a vida, formando um coração puro e firme na esperança.

 

### Salmo Responsorial: Salmo 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6

O Salmo exalta a soberania de Deus sobre toda a criação. Pergunta: “Quem subirá ao monte do Senhor?” Apenas os puros de coração, que buscam a face de Deus. Esse cântico é um convite à santidade e ao compromisso com a justiça para estar na presença divina.

 

### Evangelho: Lucas 17, 1-6
Jesus adverte contra os escândalos e pede aos discípulos que pratiquem o perdão, até sete vezes ao dia. Frente à dificuldade dessa missão, os apóstolos pedem mais fé. Jesus então ensina que, mesmo com uma fé pequena como um grão de mostarda, é possível realizar grandes obras.

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### 1. Introdução ao Espírito da Celebração e o Arrependimento dos Pecados

. Nesta Eucaristia, somos chamados a refletir sobre o arrependimento sincero e a liberdade que Cristo nos oferece, como veremos nas leituras. Que possamos entrar na celebração pedindo a Deus que toque nossos corações, nos liberte do pecado e nos conceda a graça de viver em conformidade com a Sua vontade.

: Uma cruz iluminada ao fundo de uma igreja, com pessoas de diferentes idades em atitude de oração, simbolizando o arrependimento e o desejo de conversão.

### 2. Comentário às Leituras

#### Primeira Leitura: Gálatas 4, 22-24. 26-27. 31 – 5, 1

São Paulo usa uma alegoria das duas mulheres de Abraão — Agar e Sara — para ilustrar a diferença entre a antiga aliança da escravidão à lei e a nova aliança da liberdade em Cristo. Ele nos lembra que, como cristãos, não somos filhos da escravidão, mas da promessa. Cristo  libertou o arrependimento sincero e a liberdade que Cristo nos oferece, e é para esta liberdade que devemos viver.

Para o cristão de hoje, esta leitura nos convida a nos libertar de tudo o que nos prende ao pecado e às práticas que nos afastam de Deus. A verdadeira liberdade é encontrada em seguir Cristo, que nos oferece uma vida nova e plena.

: Uma cena que mostre Sara e Agar, simbolizando a antiga e a nova aliança, talvez com Sara ao lado de Abraão com expressão de esperança, enquanto Agar aparece ao fundo, simbolizando a liberdade que Cristo nos oferece.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Irmãos: Como está escrito, Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da mulher livre. O da escrava nasceu segundo a natureza e o da mulher livre em virtude da promessa. Há nisto uma alegoria. As mulheres representam as duas alianças. A primeira, concluída no monte Sinai, gera para a escravidão: é Agar. Mas a Jerusalém do alto é livre, e esta é a nossa mãe. Porque está escrito: «Alegra-te, ó estéril, que não davas à luz; rejubila e canta de alegria, tu que não conheceste as dores da maternidade, porque os filhos da abandonada são mais numerosos que os daquela que tem marido». Por isso, irmãos, não somos filhos da escrava, mas da mulher livre. Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permanecei firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão.
Palavra do Senhor.

Salmo 112 (113)

Este salmo é um cântico de louvor ao Senhor que se eleva acima de todas as nações e se inclina para os humildes. Deus olha para os pobres e os eleva, tirando-os da miséria e da insignificância.

 

Aqui, o cristão é convidado a louvar a Deus, não apenas com palavras, mas com ações. A humildade e o serviço aos mais pequenos são sinais concretos de que compreendemos a grandeza de Deus e a nossa dependência d’Ele.

Uma representação de Deus exaltado no céu, cercado por anjos, enquanto uma figura humana (representando o humilde) é erguida de uma situação de dificuldade, como alguém saindo da pobreza ou da sombra.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 112 (113), 1-2.3-4.5a e 6-7 (R. cf. 2)
Refrão: Bendito seja o nome do Senhor para sempre. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Louvai, servos do Senhor,
louvai o nome do Senhor.
Bendito seja o nome do Senhor,
agora e para sempre. Refrão

Desde o nascer ao pôr do sol,
seja louvado o nome do Senhor.
O Senhor domina sobre todos os povos,
a sua glória está acima dos céus. Refrão

Quem se compara ao Senhor nosso Deus,
que Se inclina lá do alto a olhar o céu e a terra?
Levanta do pó o indigente e tira o pobre da miséria,
para o fazer sentar com os grandes do seu povo. Refrão

#### Evangelho: Lucas 11, 29-32

Jesus adverte a geração que busca sinais, mas não se converte. Ele cita o exemplo dos ninivitas que, ao ouvirem a pregação de Jonas, se arrependeram. Jesus é maior que Jonas, mas ainda assim muitos não ouvem Sua mensagem.

 

Esta passagem nos recorda que o tempo da conversão é agora. Não devemos esperar sinais extraordinários para mudar nossas vidas. Cristo nos chama continuamente à conversão, e nossa resposta deve ser imediata e sincera.

Imagem sugerida: Jonas pregando aos ninivitas com uma cidade ao fundo, e os ninivitas em atitude de arrependimento, com Jesus ao fundo, maior que Jonas, pregando às multidões de hoje.

EVANGELHO Lc 11, 29-32
«Nenhum sinal será dado a esta geração, senão o sinal de Jonas»

Jonas, com a sua pregação, levou a cidade de Nínive à penitência; de modo semelhante, a sabedoria de Salomão atraiu, de longe, a rainha de Sabá; Jesus é maior do que Jonas e do que Salomão. Ele é o grande Sinal! Quem O reconhecer e a Ele se converter terá encontrado a salvação.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão. No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas».
Palavra da salvação.

### 3. Conclusão Prática

A prática do arrependimento e da conversão é central na vida cristã. Assim como os ninivitas responderam à chamada de Jonas, somos chamados hoje a responder à palavra de Cristo com sinceridade e urgência. A verdadeira liberdade que Cristo nos oferece vem quando nos voltamos a Ele, abandonamos nossos pecados e vivemos segundo o Seu Evangelho. Que, a exemplo de São Calisto, sejamos misericordiosos e generosos em nossa caminhada cristã.

: São Calisto, de mãos estendidas, em um gesto de perdão e misericórdia, com um grupo de pessoas reunidas ao seu redor, simbolizando a caminhada de conversão e generosidade que ele inspira nos cristãos.

SEGUNDA-FEIRA da semana XXVIII

S. Calisto I, papa e mártir – MF
Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha.

L 1 Gl 4, 22-24. 26-27. 31 – 5, 1; Sl 112 (113), 1-2. 3-4. 5a e 6-7
Ev Lc 11, 29-32

* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António Montes Moreira, Bispo Emérito de Bragança-Miranda (2001).
* Na Ordem Agostiniana – B. Gonçalo de Lagos, presbítero – MF
* Na Companhia de Jesus – S. João Ogilvie, presbítero e mártir – MO
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – I Vésp. de S. Teresa de Jesus.

 

Missa

 

Antífona de entrada Sl 129, 3-4
Se tiverdes em conta as nossas faltas, Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão, Senhor Deus de Israel.

Oração coleta
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a vossa graça preceda e acompanhe sempre as nossas ações
e nos torne cada vez mais atentos
à prática das boas obras.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I (anos pares) Gl 4, 22-24.26-27.31 – 5, 1
«Não somos filhos da escrava, mas da mulher livre»

São Paulo quer mostrar, por uma comparação, que o Novo Testamento nos trouxe a liberdade definitiva em Jesus Cristo, e que, em consequência disso, a lei de Moisés, que tinha servido de guia em todo o Antigo Testamento, tinha cumprido a sua missão, conduzindo o povo de Deus até Jesus Cristo. S. Paulo parte da comparação das duas mulheres de Abraão, uma escrava, a outra livre, e vê na escrava o símbolo do Antigo Testamento e na esposa a figura do Novo Testamento, para fazer compreender que nós somos livres, porque Cristo nos libertou. Querer voltar a sujeitar-se às prescrições e ritos da lei de Moisés, como pretendiam alguns dos destinatários da sua carta, seria voltar a fazer-se escravo.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Irmãos: Como está escrito, Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da mulher livre. O da escrava nasceu segundo a natureza e o da mulher livre em virtude da promessa. Há nisto uma alegoria. As mulheres representam as duas alianças. A primeira, concluída no monte Sinai, gera para a escravidão: é Agar. Mas a Jerusalém do alto é livre, e esta é a nossa mãe. Porque está escrito: «Alegra-te, ó estéril, que não davas à luz; rejubila e canta de alegria, tu que não conheceste as dores da maternidade, porque os filhos da abandonada são mais numerosos que os daquela que tem marido». Por isso, irmãos, não somos filhos da escrava, mas da mulher livre. Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permanecei firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 112 (113), 1-2.3-4.5a e 6-7 (R. cf. 2)
Refrão: Bendito seja o nome do Senhor para sempre. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Louvai, servos do Senhor,
louvai o nome do Senhor.
Bendito seja o nome do Senhor,
agora e para sempre. Refrão

Desde o nascer ao pôr do sol,
seja louvado o nome do Senhor.
O Senhor domina sobre todos os povos,
a sua glória está acima dos céus. Refrão

Quem se compara ao Senhor nosso Deus,
que Se inclina lá do alto a olhar o céu e a terra?
Levanta do pó o indigente e tira o pobre da miséria,
para o fazer sentar com os grandes do seu povo. Refrão

ALELUIA cf. Salmo 94 (95), 8ab
Refrão: Aleluia Repete-se
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações. Refrão

EVANGELHO Lc 11, 29-32
«Nenhum sinal será dado a esta geração, senão o sinal de Jonas»

Jonas, com a sua pregação, levou a cidade de Nínive à penitência; de modo semelhante, a sabedoria de Salomão atraiu, de longe, a rainha de Sabá; Jesus é maior do que Jonas e do que Salomão. Ele é o grande Sinal! Quem O reconhecer e a Ele se converter terá encontrado a salvação.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão. No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas».
Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Aceitai, Senhor,
as orações e as ofertas dos vossos fiéis
e fazei que esta celebração sagrada
nos encaminhe para a glória do céu.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Cf. Sl 33, 11
Os ricos empobrecem e passam fome;
mas nada falta aos que procuram o Senhor.

Ou: Cf. 1Jo 3, 2
Quando o Senhor Se manifestar,
seremos semelhantes a Ele,
porque O veremos na sua glória.

Oração depois da comunhão
Deus de infinita bondade,
que nos alimentais com o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
tornai-nos também participantes da sua natureza divina.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

 

 

10 13 Reflexão sobre a Palavra de Deus

Agenda litúrgica

2024-10-13

DOMINGO XXVIII DO TEMPO COMUM

INTRODUÇÃO AO ESPIRITO DA  CELEBRAÇÃO 

Qual a temática da nossa celebração?

Ser Sábio L 1 Sb 7, 7-11;

Viver a transitoriedade da vida que somos chamados a administrar Sl 89 (90), 12-13. 14-15. 16-17 sabendo que um dia daremos contas dessa vida 
Apoiar-se na palavra de Deus SaL 2 Heb 4, 12-13
Abraçando mais o mundo espiritual e lentamente aceitando morrer para o mundo material Ev Mc 10, 17-30 ou Mc 10, 17-27

A PALAVRA 

Comentário sobre a Temática da Celebração: Ser Sábio e Viver a Vida em Deus

Tema Central:
A celebração de hoje nos convida a refletir sobre o que significa ser verdadeiramente sábio diante de Deus. Somos chamados a viver com sabedoria, reconhecendo a transitoriedade da vida e o valor eterno da Palavra de Deus. Ela nos orienta a abraçar o mundo espiritual e nos desapegar gradualmente das riquezas e distrações materiais, colocando nossa confiança e esperança na vida eterna.

1. Ser Sábio (Sb 7, 7-11)

Comentário: A primeira leitura do Livro da Sabedoria nos ensina que a verdadeira sabedoria não vem dos bens materiais, mas é um dom de Deus, fruto de um coração que se abre à oração. Salomão, o autor inspirado, revela que preferiu a sabedoria a riquezas, tronos e poder, pois a sabedoria é o maior tesouro que podemos possuir.<

Uma pessoa ajoelhada em oração, com luz celestial a iluminar sua mente e coração, simbolizando a busca da sabedoria através da humildade e oração.

2. Viver a Transitoriedade da Vida (Sl 89, 12-17)

Comentário: O Salmo nos lembra da fragilidade e brevidade da nossa existência. O salmista clama a Deus: “Ensina-nos a contar os nossos dias, e assim alcançaremos um coração sábio.” Vivemos em um mundo passageiro, e por isso devemos buscar aquilo que permanece: o amor de Deus e a vida eterna. Nossa responsabilidade é administrar bem os nossos dias, sabendo que um dia prestaremos contas a Deus.

Um pôr do sol sobre uma paisagem tranquila, com uma ampulheta ao centro, simbolizando a passagem do tempo e a necessidade de vivermos cada momento com sabedoria.

3. Apoiar-se na Palavra de Deus (Hb 4, 12-13)

Comentário: A segunda leitura da Carta aos Hebreus nos revela o poder da Palavra de Deus. Ela é “viva e eficaz, mais cortante do que uma espada de dois gumes”. A Palavra penetra o mais íntimo de nosso ser, revelando quem somos diante de Deus. É através dela que encontramos orientação, correção e a luz para vivermos a vontade de Deus em cada momento.

Sugestão de Imagem: Uma Bíblia aberta, com uma espada feita de luz a emergir das páginas, representando a força penetrante da Palavra de Deus.

 

 

4 Abraçar o Mundo Espiritual e Aceitar Desapegar-se (Mc 10, 17-30)

o de Marcos, Jesus é abordado por um jovem rico que quer herdar a vida eterna. Jesus o desafia a desapegar-se das riquezas e a seguir o caminho do discipulado, que envolve entrega total. O jovem, incapaz de deixar seus bens, vai embora triste. Este Evangelho nos ensina que, para herdar o Reino de Deus, é necessário abraçar o mundo espiritual e desapegar-se das posses materiais, confiando plenamente em Deus.

Um jovem parado diante de Jesus, segurando uma bolsa de moedas com uma mão, enquanto com a outra mão hesita em largar seus bens para seguir Cristo. Atrás de Jesus, um caminho luminoso que simboliza a vida eterna.

Conclusão Prática

A sabedoria verdadeira nos orienta para a vida eterna. Somos chamados a contar nossos dias, reconhecendo que a vida terrena é passageira e que devemos confiar na Palavra de Deus para nos guiar. O convite de Jesus é claro: o Reino de Deus exige desapego das coisas materiais e um coração totalmente voltado para os valores espirituais. Somente assim podemos encontrar a verdadeira alegria e a paz que vêm de Deus.

Sugestão de Imagem Final: Uma porta aberta para um jardim cheio de luz, simbolizando o Reino de Deus, com uma pessoa caminhando em direção a ele, deixando para trás as sombras e pesos da vida terrena.


 

 

 

10 13 Ecos da Palavra de Deus

Felicito a Bela Adormecida pelo testemunho de alguém que sente a presença e a pertença de Deus em sua alma.

Este foi o evangelho de hoje aqui na minha Santa Eucaristia que é do dia de amanhã, mas aqui em Yverdon Suíça a missa é feita ao Sábado à noite, eu amo o evangelho e o recebo todos os dias. Mas não o leio todos os dias, porque sigo a Santa missa do Santuário através da página do youtube e então eu o ouço na missa como também os Santos terços todos os dias. A palavra de Deus é o nosso sustento para quem assim o considerar, eu falo por mim, prefiro não comer mesmo tendo fome, do que faltar a minha Santa missa. A palavra de Deus me alimenta e o Santo Corpo de Cristo. Sou ministra da comunhão com um prazer enorme em “servir”dar
Cristo aos meus irmãos, sou leitora do evangelho quando mo pedem, pois um evangelho bem lido, ele entra no coração, quando não sou eu a ler, estando no meu lugar, fecho os olhos, ouço a palavra e dentro de mim eu vejo as imagens do que fala o evangelho, e o seguimento das personagens Cristo e outros com quem Jesus está. Só assim para mim tem valor, ouvir e vivê-lo em silêncio dentro de nós.

Um feliz Domingo na companhia de Deus

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Que belíssimo testemunho! A partilha da fé, especialmente com tanta profundidade e sensibilidade, é um grande exemplo de devoção à Palavra de Deus e à Eucaristia. Como ministra da comunhão e leitora do Evangelho, o seu empenho em viver intensamente cada momento da celebração, ao ouvir e contemplar o que a Palavra de Deus nos comunica, é inspirador.

Destaco sua ligação com o Evangelho e a maneira como ele se torna vivo dentro de si, refletindo o que Jesus diz e faz. Esta atitude de fechar os olhos e “ver” as cenas do Evangelho revela um verdadeiro encontro com Cristo. Esta experiência nos ensina que a Palavra de Deus não é apenas para ser ouvida com os ouvidos, mas vivida no coração e na alma. E que o Corpo e Sangue de Cristo, recebidos na comunhão, é o verdadeiro alimento espiritual, superando qualquer fome material.

Que Deus continue a abençoá-la e a guiar nesta missão tão bela de partilhar Cristo com os irmãos, não só no serviço ministerial, mas também através de sua vida e testemunho. Um feliz domingo para si também, na paz e no amor de Deus!

10 16 Lc 11, 42-46 Quarta «Ai de vós, fariseus! Ai de vós, doutores da lei!

»

 

EVANGELHO Lc 11, 42-46

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse o Senhor: «Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças, mas desprezais a justiça e o amor de Deus! Devíeis praticar estas coisas, sem omitir aquelas. Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas e das saudações na praça pública! Ai de vós, porque sois como sepulcros disfarçados, sobre os quais passamos sem o saber!». Então um dos doutores da lei tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, ao dizeres essas palavras também nos insultas a nós». Jesus respondeu: «Ai de vós também, doutores da lei, porque impondes aos homens fardos insuportáveis e vós próprios nem com um só dedo tocais nesses fardos!».
Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Querendo fazer compreender o espírito da sua nova doutrina Jesus condena os fariseus de pagarem escrupulosamente o dízimo de demasiados produtos, não incluídos na lei, e deixar de lado o mais fundamental: a justiça e o amor de Deus; “Importava praticar estas coisas, mas sem deixar de lado aquelas”, censura-os de serem escravos da vaidade e da ostentação orgulhosa preferindo as honras ao serviço; mostram-se homens “piedosos” mas estão mortos diante de Deus pelos seus crimes “túmulos disfarçados, sobre os quais se pode andar sem o saber”,

Ataca também os legistas, isto é, os escribas, rabinos e doutores da lei judaica pois oprimem o povo com muitas leis perdem a credibilidade de guias para Deus junto dos pobres e ignorantes “Ai de vós também, legistas, que esmagais os homens com fardos insuportáveis, enquanto vós não os tocais nem com um dedo!”.

Tal como os escribas e fariseus, o cristão em vez de se prender a esquemas legalistas e ser escravo de normas e rubricas deve testemunhar a boa notícia libertadora do evangelho apresentando a imagem cordial e atrativa dos homens e mulheres atentos aos problemas do irmão e compreensivos com a condição humana.

Como discípulos de Cristo não nos devemos fundamentar na obrigação de uma lei impessoal e fria mas no amor que Deus nos manifestou em seu Filho Cristo Jesus e permitir que chamemos Pai a Deus graças ao Espírito que mora neles e cujas inspirações queremos seguir.

Oração

Senhor Deus nosso, hoje chamamos-te Pai com a confiança que nos dá o Espírito de Jesus.

Queremos viver sempre alegres num clima filial, na liberdade que Cristo conquistou para os filhos de Deus.

Ajuda-nos, Senhor, na luta de cada dia pela difícil conquista da liberdade cristã, vivendo do Espírito e seguindo as suas inspirações

Liturgia diária

 

Agenda litúrgica

2024-10-16

QUARTA-FEIRA da semana XXVIII

S. Hedwiges, religiosa – MF
S. Margarida Maria Alacoque, virgem – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha.

L 1 Gl 5, 18-25; Sl 1, 1-2. 3. 4 e 6
Ev Lc 11, 42-46

INTRODUÇÃO AO ESPIRITO DA CELEBRAÇÃO 

  1. Saber viver (jo 10,10)
  2. Construir o homem espiritual 
  3. Rejeitar o homem material ou carnal 
  4. Deixar o caminho dos fariseus
  5. Hoje, somos chamados a refletir sobre as palavras de Jesus em João 10,10: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”. Isso nos convida a viver plenamente, construindo o homem espiritual, aquele que busca a Deus com coração sincero e abandona o caminho da superficialidade. Rejeitar o homem material ou carnal significa deixar para trás as ilusões do mundo, que nos afastam do verdadeiro propósito divino. Jesus nos alerta também a evitar o caminho dos fariseus, marcado pela hipocrisia e dureza de coração, para abraçarmos a verdade do Evangelho com humildade e autenticidade, encontrando a verdadeira vida em Cristo.

Irmãos e irmãs, neste momento de graça, somos chamados a examinar o nosso coração e pedir o perdão do Senhor. Jesus, que veio para nos dar vida em abundância (Jo 10,10), convida-nos a rejeitar tudo o que nos afasta dessa vida verdadeira. É tempo de deixar para trás o homem material e carnal, renunciando aos caminhos de orgulho e hipocrisia, como os fariseus, e abrindo-nos à transformação espiritual. Com humildade e confiança, reconheçamos as nossas falhas, apresentemos ao Senhor os nossos pecados e, confiando na sua infinita misericórdia, recitemos juntos o ato penitencial.

 

4o

PALAVRA 

1ª Leitura: Gálatas 5, 18-25 Na carta aos Gálatas, São Paulo explica a diferença entre viver segundo a carne e viver segundo o Espírito. Ele apresenta uma lista dos frutos do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrole. Estes são sinais claros de que a vida de uma pessoa é guiada pelo Espírito de Deus. Paulo nos lembra que, se estamos no Espírito, somos chamados a viver de acordo com Ele, afastando-nos das obras da carne, que nos afastam da verdadeira liberdade em Cristo.

Salmo 1 O Salmo 1 faz um contraste entre o justo e o ímpio. O justo é comparado a uma árvore plantada junto a correntes de água, cujas folhas nunca murcham e que dá fruto no tempo certo. Isto significa que aquele que medita na lei do Senhor, ou seja, na sua Palavra, vive em harmonia com Deus e produz frutos de justiça. O ímpio, por outro lado, é comparado à palha que o vento dispersa, mostrando a fragilidade e o vazio de uma vida longe de Deus.

Evangelho: Lucas 11, 42-46 No Evangelho, Jesus critica os fariseus por se preocuparem com regras externas, mas ignorarem o essencial: a justiça e o amor de Deus. Eles cumprem minuciosamente as leis, como o dízimo das ervas, mas não são capazes de praticar o que realmente importa: a justiça, a misericórdia e o amor ao próximo. Jesus alerta-nos sobre a hipocrisia de viver a fé apenas como um cumprimento de obrigações, sem um coração verdadeiramente convertido. Ele também critica os doutores da Lei por imporem fardos pesados aos outros, sem se preocuparem em ajudar.

Conclusão:

A mensagem central destas leituras é clara: Deus não quer apenas uma obediência externa, mas uma transformação interior. Ele deseja que vivamos segundo o Espírito, produzindo frutos de amor e justiça. O Senhor chama-nos a abandonar a superficialidade e a hipocrisia e a abraçar uma fé autêntica, onde a Palavra de Deus se enraíza profundamente no nosso coração, para que possamos dar frutos de vida e de paz. Ao nos unirmos na Eucaristia, peçamos a graça de viver esta fé genuína, deixando-nos guiar pelo Espírito Santo.

* Na Diocese de Angra – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Ordem de Cister – S. Hedwiges, monja – MF
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria e na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus – S. Margarida Maria Alacoque, virgem – FESTA e MO
* Na Congregação das Filhas de São Camilo – S. Josefina Vannini, virgem, Fundadora com o B. Luís Tezza, da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – S. Gerardo Majela, religioso – MO

 

Missa

 

Antífona de entrada Sl 129, 3-4
Se tiverdes em conta as nossas faltas, Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão, Senhor Deus de Israel.

Oração coleta
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a vossa graça preceda e acompanhe sempre as nossas ações
e nos torne cada vez mais atentos
à prática das boas obras.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I (anos pares) Gal 5, 18-25
«Os que pertencem a Cristo
crucificaram a carne com as suas paixões e apetites»

A lei de Moisés passou; era o guia até Cristo. No entanto, agora os discípulos de Cristo não vivem sem lei; a sua lei é ditada pelo Espírito de Deus, que o Senhor ressuscitado lhes deu. São Paulo apresenta, de forma concreta, essa lei, que há de manifestar-se nas obras que se praticam. Uma é a lei da natureza decaída, outra a lei ditada pelo Espírito. São dois caminhos opostos, como se canta no salmo.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Irmãos: Se vos deixais conduzir pelo Espírito, não estais sujeitos à Lei de Moisés. As obras da carne são bem conhecidas: luxúria, imoralidade, libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, ciúmes, discórdias, ira, rivalidades, dissenções, facciosismos, invejas, embriaguez, orgias e coisas semelhantes a estas, sobre as quais vos previno, como já vos disse: os que praticam estas ações não herdarão o reino de Deus. Pelo contrário, os frutos do Espírito são: caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança. Contra coisas como estas não há lei. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e apetites. Se vivemos pelo Espírito, caminhemos também segundo o Espírito.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 1, 1-2.3.4 e 6 (R. cf. Jo 8, 12)
Refrão: Quem Vos segue, Senhor, terá a luz da vida. Repete-se

Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
não se detém no caminho dos pecadores
nem toma parte na reunião dos maldizentes;
mas antes se compraz na lei do Senhor
e nela medita dia e noite. Refrão

É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e a sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido. Refrão

Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como a palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição. Refrão

ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia. Repete-se
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
Refrão

EVANGELHO Lc 11, 42-46
«Ai de vós, fariseus! Ai de vós, doutores da lei!»

Esta passagem, na continuação da leitura de ontem, apresenta uma série de maldições, dirigidas contra os fariseus, por meio das quais o Senhor quer fazer compreender o espírito da sua nova doutrina. Jesus não condena as formas de vida anteriores à sua pregação, mas pretende levar os seus ouvintes a descobrir que, por detrás do cumprimento material da lei, está a justiça e o amor, a pobreza de espírito e a humildade de coração, coisas que os seus ouvintes ainda não tinham chegado a descobrir.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse o Senhor: «Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças, mas desprezais a justiça e o amor de Deus! Devíeis praticar estas coisas, sem omitir aquelas. Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas e das saudações na praça pública! Ai de vós, porque sois como sepulcros disfarçados, sobre os quais passamos sem o saber!». Então um dos doutores da lei tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, ao dizeres essas palavras também nos insultas a nós». Jesus respondeu: «Ai de vós também, doutores da lei, porque impondes aos homens fardos insuportáveis e vós próprios nem com um só dedo tocais nesses fardos!».
Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Aceitai, Senhor,
as orações e as ofertas dos vossos fiéis
e fazei que esta celebração sagrada
nos encaminhe para a glória do céu.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Cf. Sl 33, 11
Os ricos empobrecem e passam fome;
mas nada falta aos que procuram o Senhor.

Ou: Cf. 1Jo 3, 2
Quando o Senhor Se manifestar,
seremos semelhantes a Ele,
porque O veremos na sua glória.

Oração depois da comunhão
Deus de infinita bondade,
que nos alimentais com o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
tornai-nos também participantes da sua natureza divina.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

 

 

 

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INTRODUÇÃO AO ESPIRITO DA CELEBRAÇÃO 

Santa Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja

Nota Histórica
Teresa de Jesus nasceu em Ávila, na Espanha, no ano 1515. Tendo entrado na Ordem das Carmelitas, fez grandes progressos no caminho da perfeição e teve revelações místicas. Ao empreender a reforma da sua Ordem teve de sofrer muitas tribulações, mas tudo suportou com coragem invencível. A doutrina profunda que escreveu nos seus livros é fruto das suas experiências místicas. Morreu em Alba de Tormes, perto de Salamanca, no ano 1582.

A  heroicidade da sua vida

As dificuldades enfrentadas por Santa Teresa de Ávila durante a reforma da Ordem do Carmo foram muitas e de diversas naturezas. Aqui estão as principais:

  1. Resistência interna dentro da Ordem: Muitos membros da própria Ordem do Carmo opuseram-se fortemente às reformas propostas por Santa Teresa. Ela queria retornar à austeridade original da Regra, com uma vida de mais oração, penitência, simplicidade e isolamento do mundo. No entanto, muitos religiosos estavam acomodados a uma vida mais confortável e se opuseram à ideia de renúncias tão rigorosas.
  2. Perseguições e críticas: Santa Teresa foi acusada de ser rebelde e de ultrapassar os limites da sua condição de mulher. Naquela época, havia uma forte resistência contra a participação ativa das mulheres em questões religiosas. Ela foi criticada por autoridades eclesiásticas e por membros da sociedade que viam suas reformas como ameaçadoras e desnecessárias.
  3. Conflitos com autoridades eclesiásticas: Em alguns momentos, a própria Igreja foi um obstáculo. Bispos e outros líderes eclesiásticos viam as reformas de Teresa como radicais ou impraticáveis. Houve casos em que suas fundações de conventos reformados foram questionadas, suspensas ou dificultadas por decisões de clérigos locais.
  4. Problemas financeiros: A fundação dos conventos reformados exigia recursos financeiros, e Teresa muitas vezes se viu sem os meios necessários para continuar suas obras. Ela confiava na providência divina, mas também precisou recorrer à ajuda de benfeitores e enfrentar dificuldades financeiras.
  5. Problemas de saúde: Teresa sofria de várias doenças ao longo de sua vida, o que tornava o seu trabalho ainda mais desafiador. Mesmo com essas limitações físicas, ela continuou sua missão incansavelmente, confiando em Deus para lhe dar forças.
  6. Incompreensão e isolamento: Teresa muitas vezes se sentiu isolada, mesmo entre aqueles que deveriam estar mais próximos dela. As suas visões místicas e experiências espirituais profundas eram frequentemente mal interpretadas, o que gerou desconfiança em torno dela.

Apesar de todas essas tribulações, Santa Teresa manteve uma coragem invencível, baseada em sua vida de oração e confiança em Deus. Ela acreditava firmemente que estava fazendo a vontade divina e que, independentemente das dificuldades, Deus guiaria seus passos.

 

Meditação dos textos do dia em relação com a memória de Santa Teresa de Jesus

4o

MEDITAÇÃO NOS TEXTOS DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA 

### **1ª Leitura: Gálatas 5, 1-6**
São Paulo fala sobre a liberdade que Cristo nos trouxe. Ele adverte que, se os gálatas insistirem em práticas exteriores como a circuncisão para alcançar a justificação, estarão se afastando da graça de Cristo. O apóstolo insiste que o que realmente conta é a fé que age através da caridade, e não a observância de preceitos exteriores da Lei. A verdadeira liberdade consiste em viver essa fé em Cristo, libertos de escravidões e amarras.

### **Salmo 118 (119)**
O salmo é um louvor à Lei do Senhor, expressando o desejo de viver conforme os Seus mandamentos. O salmista implora pela misericórdia de Deus e reafirma a sua fidelidade às Suas palavras. Ele celebra a liberdade que vem de seguir os preceitos divinos e a alegria que brota de meditar na Lei do Senhor.

### **Evangelho: Lucas 11, 37-41**
Neste trecho, Jesus é convidado por um fariseu para uma refeição, mas o fariseu espanta SE porque Jesus não segue os rituais de purificação antes de comer. Jesus responde criticando a hipocrisia de dar atenção apenas à aparência exterior (as práticas rituais) e negligenciar a pureza interior. Ele ensina que o mais importante é a pureza do coração e a prática da caridade. A verdadeira pureza diante de Deus vem de um coração generoso e não de rituais exteriores.

### **Relação com o exemplo e obra de Santa Teresa de Ávila**

Santa Teresa de Ávila, como São Paulo, foi uma defensora ardente da liberdade interior que vem da união com Deus através da oração e do desapego das coisas do mundo. A reforma que ela empreendeu no Carmelo foi, em essência, um chamado a abandonar os excessos e distrações exteriores para focar no essencial: a intimidade com Deus e a vida de oração. Teresa desafiou as convenções da sua época, que muitas vezes davam mais importância às aparências externas, à riqueza e ao status social, tanto dentro como fora dos conventos.

A leitura do Evangelho, em que Jesus critica a preocupação dos fariseus com rituais exteriores, reflete bem a missão de Teresa. Assim como Jesus valorizou a pureza do coração acima das práticas formais, Teresa insistiu que a verdadeira vida espiritual não está em cerimônias ou ostentações, mas na autenticidade da oração e no amor prático a Deus e ao próximo.

Teresa também experimentou a liberdade de viver na graça, como mencionado em Gálatas. Ela confiava na força da fé e na caridade como caminho de santificação, mais do que nas meras observâncias legais. Tal como Paulo ensinou que a fé atua pela caridade, Teresa viveu essa realidade ao dedicar-se totalmente à renovação da vida espiritual, levando seus irmãos e irmãs à busca de uma verdadeira conversão interior e entrega a Deus.

Resumidamente, as leituras de hoje, com sua ênfase na liberdade, na fé autêntica e na pureza de coração, refletem a vida e o legado de Santa Teresa de Ávila, que nos ensinou a buscar a Deus com sinceridade e coragem, rejeitando a superficialidade e abraçando o amor divino.

 

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, depois de Jesus ter falado, um fariseu convidou-O para comer em sua casa. Jesus entrou e tomou lugar à mesa. O fariseu admirou-se, ao ver que Ele não tinha feito as abluções antes de comer. Disse-lhe o Senhor: «Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade. Insensatos! Quem fez o interior não fez também o exterior? Dai antes de esmola o que está dentro, e tudo para vós ficará limpo».
Palavra da Salvação.

REFLEXÃO

Neste episódio, Jesus repreende os fariseus por sua hipocrisia, ao ser convidado para uma refeição na casa de um deles. Sem realizar as abluções rituais antes de comer, Jesus provoca a admiração e o escândalo do anfitrião. A sua resposta revela a essência da verdadeira pureza: “Vós, os fariseus, limpais por fora o copo e o prato, mas por dentro transbordais de roubos e maldade.”

Jesus desafia as tradições rabínicas que se concentram em práticas externas, como a lavagem das mãos, para expor a necessidade de uma conversão interior. Ele ensina que o que purifica o ser humano é o amor expressado pela esmola, não a água que se lança sobre as mãos. Para Jesus, o verdadeiro valor da religião está na pureza de coração e na prática do amor, não em rituais externos vazios de caridade.

Assim como os fariseus da época, também o cristão que se prende a esquemas legalistas corre o risco de perder a liberdade que Cristo trouxe aos filhos de Deus. A vida cristã deve ser vivida na liberdade do Espírito Santo, com uma resposta moral fundamentada no amor de Deus, e não em normas exteriores impessoais.

Neste dia, ao celebrar Santa Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja, recordamos o seu profundo amor a Deus e a sua ardente busca pela pureza de coração. Teresa viveu esta liberdade interior que Jesus propõe, sendo um exemplo de vida fundamentada no amor e na intimidade com o Senhor. Como ela, somos chamados a transformar nossas vidas em oração e caridade.

ORAÇÃO

Senhor Deus, nosso Pai,
Queremos viver na alegria da liberdade que Cristo conquistou para os filhos de Deus.
Ajuda-nos a lutar pela verdadeira liberdade cristã, vivendo segundo o Espírito e as Suas inspirações.
Que a nossa resposta moral seja sempre fundada no vosso amor, e não em regras impessoais, para que, como Santa Teresa, sejamos testemunhas da vossa presença em nossas vidas.
Amém.

Agenda litúrgica

2024-10-15

TERÇA-FEIRA da semana XXVIII

S. Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Gl 5, 1-6; Sl 118 (119), 41 e 43. 44-45. 47-48
Ev Lc 11, 37-41

* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja – FESTA e SOLENIDADE
* Na Diocese de Angra (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* Na Congregação das Filhas de São Camilo – I Vésp. de S. Josefina Vannini.

 

Missa

 

Antífona de entrada Sl 129, 3-4
Se tiverdes em conta as nossas faltas, Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão, Senhor Deus de Israel.

Oração coleta
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a vossa graça preceda e acompanhe sempre as nossas ações
e nos torne cada vez mais atentos
à prática das boas obras.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I (anos pares) Gal 5, 1-6
«A circuncisão não tem qualquer valor,
mas só a fé, que actua pela caridade»

Continuando os pontos de vista já ontem apresentados, São Paulo insiste em que o que torna, hoje, os cristãos justos aos olhos de Deus é a sua fé em Jesus Cristo, e não, como no seu tempo ainda alguns pensavam, a prática da antiga lei de Moisés. Esses tempos passaram; hoje Deus fala-nos por seu Filho. A circuncisão era, para os Judeus, o sinal de pertencer ao seu povo; mas, depois que veio Jesus Cristo, o sinal de pertença ao povo de Deus, que é a Igreja, é a fé, que se celebra no Batismo e nos outros sacramentos, e se manifesta na vida de caridade.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Irmãos: Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permanecei firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão. Sou eu, Paulo, que vos digo: Se vos fizerdes circuncidar, Cristo de nada vos servirá. De novo asseguro a todo o homem que se faz circuncidar: fica obrigado a cumprir toda a Lei de Moisés. Vós os que procurais a justificação por essa Lei, separastes-vos de Cristo e perdestes a graça de Deus. Nós, porém, é pelo Espírito Santo, em virtude da fé, que esperamos alcançar a justificação. Porque em Jesus Cristo, nem a circuncisão nem a incircuncisão tem qualquer valor, mas só a fé, que actua pela caridade.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 41 e 43.44-45.47-48 (R. 41a)
Refrão: Desça sobre mim, Senhor, a vossa bondade. Repete-se

Desça sobre mim a vossa bondade,
salvai-me segundo a vossa promessa.
Não me tireis da boca a palavra da verdade,
porque eu espero nos vossos juízos. Refrão

Quero cumprir fielmente a vossa lei,
agora e para sempre.
Andarei seguro no meu caminho,
porque busquei os vossos preceitos. Refrão

Ponho as minhas delícias nos vossos mandamentos,
porque muito os amo.
Estendo as mãos para os vossos mandamentos
e medito nos vossos decretos. Refrão

ALELUIA Hebr 4, 12
Refrão: Aleluia. Repete-se
A palavra de Deus é viva e eficaz,
conhece os pensamentos e intenções do coração. Refrão

EVANGELHO Lc 11, 37-41
«Dai esmola e tudo para vós ficará limpo»

Jesus chama a atenção do fariseu que O tinha convidado para almoçar e fizera reparo por Ele não lavar as mãos, dizendo-lhe que o que purifica é o amor, que se manifesta na esmola, e não a água, que só se lança sobre as mãos. É, no fundo, uma lição sobre o sentido espiritual da religião, sem com isso pretender negar as suas expressões externas e as regras gerais da higiene.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, depois de Jesus ter falado, um fariseu convidou-O para comer em sua casa. Jesus entrou e tomou lugar à mesa. O fariseu admirou-se, ao ver que Ele não tinha feito as abluções antes de comer. Disse-lhe o Senhor: «Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade. Insensatos! Quem fez o interior não fez também o exterior? Dai antes de esmola o que está dentro e tudo para vós ficará limpo».
Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Aceitai, Senhor,
as orações e as ofertas dos vossos fiéis
e fazei que esta celebração sagrada
nos encaminhe para a glória do céu.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Cf. Sl 33, 11
Os ricos empobrecem e passam fome;
mas nada falta aos que procuram o Senhor.

Ou: Cf. 1Jo 3, 2
Quando o Senhor Se manifestar,
seremos semelhantes a Ele,
porque O veremos na sua glória.

Oração depois da comunhão
Deus de infinita bondade,
que nos alimentais com o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
tornai-nos também participantes da sua natureza divina.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

 

Santo

Santa Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja

 

10 14  Lc 11, 29-32 Segunda «Nenhum sinal será dado a esta geração, senão o sinal de Jonas»

**Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas**

Naquele tempo, uma grande multidão juntava-se à volta de Jesus, e Ele começou a dizer: 

«Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, exceto o sinal de Jonas. Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim também o será o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e os condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão. No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas.» 

Palavra da Salvação.

 

**Reflexão**

 

Jesus reprova a falta de fé dos homens da Sua geração, que exigem sinais extraordinários em vez de reconhecerem a presença de Deus em sua vida cotidiana. Eles pedem provas, mas ignoram os maiores sinais: a pregação de Jesus e a Sua própria pessoa. Assim, Jesus aponta para o “sinal de Jonas”, que é o chamamento à conversão.

O  exemplo que Jesus dá é claro. Os ninivitas, ao ouvirem a pregação de Jonas, se arrependeram e mudaram de vida. Por outro lado, os contemporâneos de Cristo, embora tenham a presença do próprio Filho de Deus, continuam indiferentes e duros de coração. Além dos ninivitas, Jesus menciona a rainha de Sabá, que viajou de longe para ouvir a sabedoria de Salomão. Jesus, sendo maior que Salomão e Jonas, nos convida a abrir os olhos para Sua mensagem de amor e perdão.

 

A questão que este Evangelho nos coloca é: estamos dispostos a ouvir e seguir a Palavra de Deus? Muitas vezes, participamos na Eucaristia ou nas orações comunitárias, mas falta-nos o verdadeiro espírito de conversão e mudança de vida. Jesus convida nos a uma transformação profunda, a acolher a Sua palavra no nosso coração e a aplicá-la nas nossas ações diárias. Este convite à conversão é constante, e Deus, em Sua infinita misericórdia, está sempre pronto a perdoar nos e a  guiar nos pelo caminho da salvação.

 

**Oração**

Senhor Jesus, que possamos reconhecer os sinais da Tua presença em nossa vida. Ensina-nos a verdadeira humildade e a necessidade de conversão diária. Que sejamos como os ninivitas, prontos a mudar e a seguir a Tua vontade, e não como aqueles que, apesar de Te verem, não Te reconhecem. Perdoa-nos e guia-nos com a Tua misericórdia infinita. Amém.