Monthly Archives: November 2022

11 07 Segunda Feira da 32 semana do tempo comum

https://www.liturgia.pt/liturgiadiaria/dia.php?data=2022-11-7

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T3 – Tempo para parar , refletir e conviver com os outros e o OUTR0

 Encorajar com a nossa palavra e com o testemunho de vida os nossos irmãos a aderir à Fé no Deus de Jesus Cristo
 Aprender a saborear o Pai Nosso Perdoar intimamente ao próximo (Perdai as nossas ofensas) .
 Pedir a Deus que aumente a nossa Fé : Fé é tudo na nossa vida de Cristãos
 Enfrentar a vida e dar a cara por Ele
 Intensificar a nossa oração

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Agenda litúrgica

2022-11-07

Segunda-feira da semana XXXII

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L1: Tit 1, 1-9; Sal 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6
Ev: Lc 17, 1-6

* Na Ordem Agostiniana – B. Graça de Cattaro, religioso – MF
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Francisco Palau e Quer, presbítero – MF
* Na Ordem de São Domingos – Todos os Santos da Ordem dos Pregadores – FESTA
* Na Congregação das Carmelitas Missionárias e na Congregação das Carmelitas Missionárias Teresianas – B. Francisco Palau e Quer, presbítero, Fundador das Congregações – FESTA
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Missa anual pelos pais falecidos dos religiosos da Congregação.
* Na Diocese de Bragança-Miranda (Basílica de Santo Cristo de Outeiro) – I Vésp. do aniversário da Basílica de Santo Cristo de Outeiro.

 

Missa

 

Antífona de entrada Cf. Sl 87, 3
Chegue até Vós, Senhor, a minha oração,
inclinai o ouvido ao meu clamor.

Oração coleta
Deus omnipotente e misericordioso,
afastai de nós toda a adversidade,
para que, sem obstáculos do corpo ou do espírito,
possamos livremente cumprir a vossa vontade.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I (anos pares) Tito 1, 1-9
«Estabelecerás anciãos, segundo as minhas instruções»

Tito foi colocado à frente da Igreja da ilha de Creta, no Mar Mediterrâneo, para acabar de organizar a vida dessa comunidade recente. É ele o destinatário desta pequena carta que hoje começamos a ler. É admirável a longa frase que acompanha, logo de princípio, a dedicatória, e que é uma verdadeira acção de graças a Deus pelo plano de salvação que Ele tem sobre o mundo.

Início da Epístola do apóstolo São Paulo a Tito
Paulo, servo de Deus, Apóstolo de Jesus Cristo, para levar os eleitos de Deus à fé e ao conhecimento da verdade conforme à piedade, na esperança da vida eterna. Antes dos tempos antigos, Deus, que não mente, prometeu esta vida eterna, e no tempo determinado manifestou a sua palavra, através da mensagem que me foi confiada por ordem de Deus, nosso Salvador. A Tito, meu verdadeiro filho segundo a nossa fé comum, a graça e a paz de Deus nosso Pai e de Jesus Cristo, nosso Salvador! Eu deixei-te em Creta, para acabares de organizar o que faltava e estabeleceres anciãos em cada cidade, segundo as minhas instruções. O ancião deve ser irrepreensível, casado uma só vez; e os seus filhos sejam fiéis, sem fama de maus costumes ou insubordinação. O dirigente da comunidade, como administrador da casa de Deus, tem de ser irrepreensível; não pode ser arrogante, nem colérico, nem amigo do vinho, nem conflituoso, nem ávido de lucros desonestos. Pelo contrário, deve ser hospitaleiro, amigo do bem, ponderado, justo, piedoso, disciplinado. Deve ser de tal modo fiel na exposição da palavra, conforme ao ensino recebido, que seja capaz, não só de exortar na sã doutrina, mas também de refutar os que a contradizem.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 23 (24), 1-2.3-4ab.5-6 (R. cf. 6)
Refrão: Esta é a geração dos que procuram o Senhor. Repete-se

Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas. Refrão

Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
que não invocou o seu nome em vão nem jurou falso. Refrão

Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face do Deus de Jacob. Refrão

ALELUIA Filip 2, 15d.16a
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vós brilhais como estrelas no mundo,
anunciando a palavra da vida. Refrão

EVANGELHO Lc 17, 1-6
«Se sete vezes vier ter contigo e te disser: ‘Estou arrependido’,
tu lhe perdoarás»

Esta leitura é constituída por uma série de pensamentos sobre a vida da comunidade dos cristãos, que há-de ser vivida segundo o espírito de Jesus: evitar o escândalo, perdoar as injúrias, viver da fé, precisamente o contrário do espírito do mundo em que reina o pecado e a divisão.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É inevitável que haja escândalos; mas ai daquele que os provoca. Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma mó de moinho e o atirassem ao mar, do que ser ocasião de pecado para um só destes pequeninos. Tende cuidado. Se teu irmão cometer uma ofensa, repreende-o, e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se te ofender sete vezes num dia e sete vezes vier ter contigo e te disser: ‘Estou arrependido’, tu lhe perdoarás». Os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé». O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: ‘Arranca-te daí e vai plantar-te no mar’, e ela vos obedeceria».
Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Olhai, Senhor, com benevolência
para o sacrifício que Vos apresentamos,
a fim de participarmos com sincera piedade
no memorial da paixão do vosso Filho.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

Antífona da comunhão Cf. Sl 22, 1-2
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados.
Conduz-me às águas refrescantes e reconforta a minha alma.

Ou: Cf. Lc 24, 35
Os discípulos reconheceram o Senhor Jesus ao partir o pão.

Oração depois da comunhão
Nós Vos damos graças, Senhor,
pelo alimento celeste que recebemos
e imploramos da vossa misericórdia
que, pela ação do Espírito Santo,
perseverem na vossa graça
os que receberam a força do alto.
Por Cristo nosso Senhor.

EVANGELHO Lc 17, 1-6
«Se sete vezes vier ter contigo e te disser: ‘Estou arrependido’,
tu lhe perdoarás»

Esta leitura é constituída por uma série de pensamentos sobre a vida da comunidade dos cristãos, que há-de ser vivida segundo o espírito de Jesus:

  •  evitar o escândalo,

  • perdoar as injúrias,

  • viver da fé,

  • precisamente o contrário do espírito do mundo em que reina o pecado e a divisão.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É inevitável que haja escândalos; mas ai daquele que os provoca. Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma mó de moinho e o atirassem ao mar, do que ser ocasião de pecado para um só destes pequeninos. Tende cuidado. Se teu irmão cometer uma ofensa, repreende-o, e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se te ofender sete vezes num dia e sete vezes vier ter contigo e te disser: ‘Estou arrependido’, tu lhe perdoarás». Os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé». O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: ‘Arranca-te daí e vai plantar-te no mar’, e ela vos obedeceria».
Palavra da salvação.

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Reflexão

O evangelho de hoje convida-nos a meditar em três temas: O escândalo; perdão ilimitado e a Fé.

Jesus acompanha com carinho e paciência, cada discípulo do Reino que se esforça para crescer na fé. Daí o facto de dizer àqueles pelas suas atitudes o desencoraja: “Ai daquele que escandaliza um destes pequeninos”. O verdadeiro cristão deve evitar o escândalo para que os iniciados, levados pelo nossos testemunho, se encorajem a caminhar com entusiasmo o caminho incipiente de fé.

O verdadeiro cristão assume o perdão fraterno ilimitado e assume na sua vida o que hoje Ele nos diz “Se o teu irmão te ofender sete vezes num dia e sete vezes voltar e te disser ‘estou arrependido’, tu lhe perdoarás”.

O verdadeiro cristão, a exemplo dos apóstolos pede constantemente a Deus “Aumenta-nos a fé A fé é um dom gratuito de Deus que temos de lhe pedir continuamente – é tudo na nossa vida de cristãos, porque nos dá uma luz que tudo ilumina, porque é optimismo, alegria e força de Deus que nos infunde a têmpera e a vontade de Jesus, todo um estilo novo de enfrentarmos a vida para dar a cara por Ele.

Apesar das palavras duras de Jesus para quem é ocasião de pecado para o seu irmão, a Sua Misericórdia é inesgotável.

Quanto mais unidos a Deus pela oração mais a graça penetra em nós e nos encoraja a resistir às insinuações que nos afastam do Seu caminho.

Oração

Obrigado, Senhor Jesus, o nosso modelo no diálogo da fé. Concede-nos ao menos um grãozinho de fé verdadeira para dar lugar às vossas maravilhas na nossa vida, para ter luz, optimismo, força e alegria, para crer de verdade nestes tempos difíceis. Senhor, cremos, mas aumenta a nossa fé!

11 04 Lucas 16, 1-8 Comentário Pe Francisco Lourenço SDB

COMENTÁRIO AO EVANGELHO – DIA 04 NOV 2022

 Lucas 16, 1-8

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens. Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar’. O administrador disse consigo: ‘Que hei-de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho forças, de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei-de fazer, para que, ao ser despedido da administração, alguém me receba em sua casa’. Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’. Ele respondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe: ‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’. A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e escreve oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes».

Palavra da salvação.

 -Comentário

    O evangelho de hoje traz uma parábola que trata da administração dos bens e que só existe no evangelho de Lucas. Ela costuma ser chamada A parábola do administrador desonesto. Parábola desconcertante. Lucas diz: “O Senhor elogiou o administrador desonesto, porque este agiu com esperteza”. O Senhor é o próprio Jesus e não o administrador. Como é que Jesus podia elogiar um empregado corrupto?

 O exemplo, tirado do mundo do comércio e do trabalho, fala por si. Alude à corrupção que existia. O patrão descobriu a corrupção e decidiu demitir o administrador desonesto.

Este, de repente, se vê numa situação de emergência, obrigado pelas circunstâncias imprevistas a encontrar uma saída para poder sobreviver.

Quando Deus se faz presente na vida de uma pessoa, aí, de repente, tudo muda e a pessoa entra numa situação de emergência. Ela terá que tomar uma decisão e encontrar uma saída.

Analisa, uma por uma, as possíveis alternativas: cavar ou trabalhar no campo para sobreviver, ele acha que para isso não tem força. Para mendigar, sente vergonha. Ele analisa as coisas. Calcula bem as possíveis alternativas. “Ah! Já sei o que vou fazer para que, quando me afastarem da administração tenha quem me receba na própria casa”.

Trata-se de garantir o seu futuro. O administrador desonesto é coerente dentro do seu modo de pensar e de viver.

O administrador vai executar a solução encontrada.

“E começou a chamar um por um os que estavam devendo ao seu senhor. Perguntou ao primeiro: ‘Quanto é que você deve ao patrão?’ Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pegue a sua conta, sente-se depressa, e escreva cinqüenta’. Depois perguntou a outro: ‘E você, quanto está devendo?’ Ele respondeu: ‘Cem sacas de trigo’. O administrador disse: ‘Pegue a sua conta, e escreva oitenta”.

 Dentro da sua total falta de ética o administrador foi coerente. O critério da sua acção não é a honestidade e a justiça, nem o bem do patrão do qual ele depende para viver e sobreviver, mas é o próprio interesse. Ele quer a garantia de ter alguém que o receba em sua casa.

 

E agora vem a conclusão desconcertante: “E o Senhor elogiou o administrador desonesto, porque este agiu com esperteza. De fato, os que pertencem a este mundo são mais espertos, com a sua gente, do que aqueles que pertencem à luz”.

Na parábola, quem faz o elogio é Jesus, e não o patrão, o homem rico. Este jamais iria elogiar um empregado que foi desonesto com ele no serviço e que, agora, roubou mais 50 barris de óleo e 20 sacas de trigo!

Na parábola, quem faz o elogio é Jesus. Elogiou o administrador, não porque roubou, mas porque soube ter presença de espírito. Soube calcular bem as coisas e encontrar uma saída, quando de repente se viu desempregado.

Assim como os filhos deste mundo sabem ser espertos nas suas coisas, assim os filhos de luz deveriam aprender deles a ser espertos na solução dos seus problemas, usando os critérios do Reino e não os critérios deste mundo.

 “Sejam espertos como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10,16).

O louvor do administrador infiel pode causar espanto ou mesmo escândalo; Mas não havemos de nos escandalizar: Jesus não nos dá por modelo um qualquer vigarista ou fulano astuto. Pelo contrário, lembra-nos que somos responsáveis pelos bens que não são exclusivamente nossos, mas que devemos considerar dons de Deus e, portanto, tratar com prudência e com audácia dignas de filhos de Deus. Ao fim e ao cabo, Jesus quer que os filhos da luz, na sua caminhada terrena, sejam mais sagazes do que os filhos deste mundo (v. 8b).  

As parábolas que Jesus nos conta, hoje, pretendem fazer pensar e tomar decisões arrojadas. Se queremos ser discípulos do Senhor, não podemos esquivar-nos a responder, ou tentar fugir ao cumprimento dos nossos deveres. É preciso, em primeiro lugar, aceitar confrontar-se com os filhos deste mundo. Muitas vezes somos convidados a ter coragem, não só diante das propostas divinas, mas também diante daqueles que nada querem com Jesus Cristo e o seu Evangelho. É precisa a audácia de quem sabe ser depositário de uma mensagem superior a qualquer outra e de uma promessa que não será retirada.

O capítulo 16 de Lucas, na sua globalidade, sugere-nos outro convite, que torna concreta a nossa coragem evangélica: considerar como nossos primeiros e mais caros amigos os pobres. Se chegarmos a isso, seremos realmente «espertos», à maneira de Jesus.

Foi por essa esperteza que o administrador desonesto foi louvado por Jesus.
A decisão por Jesus, e pelo amor para com o próximo, é urgente, porque a hora da morte está perto. É preciso esperá-la com serenidade, tal como Paulo. Aliás, não esperamos a morte, mas o Salvador, o Senhor Jesus. Esperamo-lo como Ressuscitado, como vencedor da morte, como aquele que transfigurará o nosso corpo à imagem do seu corpo glorioso. A nossa espera está cheia de confiança, desde que vivamos como cidadãos do céu: «a cidade a que pertencemos está nos céus» (Fl 3, 20).

Viver como cidadãos dos céus não quer dizer viver nas nuvens, mas viver na caridade, na esperança, na fé. Viver como cidadãos dos céus significa encontrar o Senhor em cada momento, em cada acto da nossa vida.

Para um confronto pessoal

 Sou coerente?

 Qual o critério que uso na solução dos meus problemas?

 Oração final

Uma só coisa pedi ao Senhor, só isto desejo: poder morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida; poder gozar da suavidade do Senhor e contemplar  o seu santuário. (Sl 26, 4)

Pe Francisco Lourenço SDB