4ª feira da 11 semana do Tempo Comum – 17 de Junho

 
Em análise e construção. Um estudo prévio sobre as leituras. Se desejar gostariamos que nos enviasse feedback sobre as seguintes  reflexões 

Elias - Profeta (1º Leitura 2Rs 2,1.6-14)
Quem foi Elias? Origem desconhecida...Vida total de doação à causa de Deus e depois ...um fim repentino que assume plenamente a pessoa na comunhão com Deus.

Salmo"Ele guarda com carinho seus fiéis, mas pune os orgulhosos com rigor.

Evangelho (Mt 6,1-6.16-18)Modo de realizar estas práticas, a fim de que se tornem sinal da verdadeira religiosidade Obras religiosas: a esmola; a oração; o jejum. _ Dar sim mas optar pelo escondimento para se ser visto só pelo Pai, de modo a receber d’Ele a recompensa.
as «boas obras», SÃO se estiverem sob o olhar atento de Deus A religiosidade requerida por Jesus está fundada na sinceridade. As obras religiosas têm o seu valor enquanto expri­mem a vontade dos filhos de se colocarem em comunhão com o Pai. Está aqui o significado das palavras de Jesus: as «boas obras», mesmo as recomendadas em toda a Sagrada Escritura e na Tra­dição, têm valor se vividas com a consciência de estarem sob o olhar de Deus
. Jesus deu frequentemente exemplo de procura do escondimento, para passar tempos prolongados de oração (cf. Mt 14,23; Mc 1,35; Lc 6,12). A recompensa que o Pai dará aos Seus filhos não será outra senão Ele mesmo.
Segredo da Verdadeira Religião Sermos constantes dadores de nós mesmos ao Deus misericordios


Pensamento do Santo Padre
Receber a alegria do Espírito é uma graça; e é a única força que podemos ter para pregar o Evangelho, confessar a fé no Senhor.
Fé é testemunhar a alegria que nos dá o Senhor. Alegria assim, uma pessoa não a pode conseguir só por si mesma.

PRIMEIRA LEITURA (anos pares)     2Rs 2,1.6-14
Apareceu um carro de fogo e Elias subiu para o céu.


Estamos perto fim do «ciclo de Elias». As páginas que prece­dem a leitura que hoje a liturgia propõe, narram o cumprimento da palavra do profeta em 853 a. C. Acab cai no campo de batalha com uma morte corajosa que resgata em parte a sua vida mesqui­nha, mas os cães lambem o seu sangue (lRs 22,29-38). Também Elias deixa esta terra, mas de forma bem diferente: num redemoi­nho de fogo, como inflamada fora pela Palavra do Senhor a sua vida. E deixa um discípulo para prosseguir o seu ministério.

Compreender a Palavra

Enquanto a figura de Elias se destaca solitária entre Deus e o povo, a de Eliseu perfila-se agora num ambiente coral, o dos «filhos dos profetas» (semitismo para dizer «profetas»: v. 7), uma espécie de confraria composta por servos de Deus com as suas famílias. Perante eles, pela última vez, Elias dá provas do seu ca­risma, separando as águas como Moisés (cf. Ex 14,21) e como Josué (cf. 3,13).

De acordo com o direito de progenitura, que estabelecia desti­nar ao primogénito dois terços dos bens paternos (cf. Dt 21,17), o carisma profético de Elias passou para Eliseu, ao qual o Senhor se dá a conhecer: o facto de o discípulo poder contemplar o arre­batamento do mestre para o céu, uma visão escondida aos olhos humanos, é o sinal de que Deus acolheu o seu pedido audaz e lhe concedeu o espírito profético de Elias.

Este, figura de fogo caída na História da Salvação como um meteoro, sem genealogia nem descendentes, «carro e condutor de Israel» (cf. v. 12), defensor do povo e seu guia, sobe ao céu num redemoinho: a imagem, que naturalmente não se deve tomar à letra, pode indicar, como no caso de Henoc (cf. Gn 5,24), um fim repentino que assume plenamente a pessoa na comunhão com Deus.

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11ª Semana do Tempo Comum | Quarta-feira

Primeira Leitura (2Rs 2,1.6-14)

Leitura do Segundo Livro dos Reis.

1Quando o Senhor quis arrebatar Elias ao céu, num redemoinho, Elias e Eliseu partiram de Guilgal. 6Tendo chegado a Jericó, Elias disse a Eliseu: “Permanece aqui, porque o Senhor me mandou até o Jordão”. E ele respondeu: “Pela vida do Senhor e pela tua, eu não te deixarei”. E partiram os dois juntos.

7Então, cinquenta dos filhos dos profetas os seguiram, e ficaram parados, à parte, a certa distância, enquanto eles dois chegaram à beira do Jordão. 8Elias tomou então o seu manto, enrolou-o e bateu com ele nas águas, que se dividiram para os dois lados, de modo que ambos passaram a pé enxuto. 9Depois que passaram, Elias disse a Eliseu: “Pede o que queres que eu te faça antes de ser arrebatado da tua presença”. Eliseu disse: “Que me seja dada uma dupla porção do teu espírito”.

10Elias respondeu: “Tu pedes uma coisa muito difícil. Se me vires quando me arrebatarem da tua presença, isso te será concedido; caso contrário, isso não te será dado”. 11E aconteceu que, enquanto andavam e conversavam, um carro de fogo e cavalos de fogo os separaram um do outro, e Elias subiu ao céu num redemoinho. 12Eliseu o via e gritava: “Meu pai, meu pai, carro de Israel e seu condutor!” Depois, não o viu mais. E, tomando as vestes dele, rasgou-as em duas. 13Em seguida, apanhou o manto que Elias tinha deixado cair e, voltando sobre seus passos, estacou à margem do Jordão.

14Tomou então o manto de Elias e bateu com ele nas águas dizendo: “Onde está agora o Deus de Elias?” E bateu nas águas, que se dividiram, para os dois lados, e Eliseu atravessou o rio.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

SALMO RESPONSORLAL Sl           30,20-21.24

Como comentário do termo da vida terrena de Elias, a liturgia propõe o Salmo 30, no qual o orante canta a grandeza da bondade do Senhor que não abandona os seus fiéis, antes o subtrai, de um modo misterioso, aos ataques do inimigo.

Salmo Responsorial (Sl 30)
— Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!
— Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!

— Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.
— Na proteção de vossa face os defendeis bem longe das intrigas dos mortais. No interior de vossa tenda os escondeis, protegendo-os contra as línguas maldizentes.
— Amai o Senhor Deus, seus santos todos, ele guarda com carinho seus fiéis, mas pune os orgulhosos com rigor.
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O  princípio enunciado no versículo 1 do Evangelho de hoje é aplicado às obras religiosas por excelência: a esmola; a oração; o jejum. Não e preciso seguir o exemplo dos hipócritas que gostam de se mostrar, porque é nessa satisfação imediata que consiste a sua recompensa. Pelo contrário, é preciso optar pelo escondi- mento para se ser visto só pelo Pai, de modo a receber d’Ele a recompensa.

Compreender a Palavra

Neste texto Jesus não quer tanto exortar os discípulos a pra­ticar a esmola, a oração e o jejum, mas sim indicar a maneira de realizar estas práticas, a fim de que se tornem sinal da verdadeira




religiosidade. A religiosidade requerida por Jesus está fundada na sinceridade. As obras religiosas têm o seu valor enquanto expri­mem a vontade dos filhos de se colocarem em comunhão com o Pai. Está aqui o significado das palavras de Jesus: as «boas obras», mesmo as recomendadas em toda a Sagrada Escritura e na Tra­dição, têm valor se vividas com a consciência de estarem sob o olhar de Deus e de fazerem parte de uma relação verdadeira com Ele. Se ocultam outras finalidades, são a expressão de um coração duplo, hipócrita.

Constantemente, no «Sermão da Montanha», Jesus mostrou que é a intencionalidade que qualifica o agir do discípulo. Está em jogo portanto o coração, o centro afectivo e decisório da pes­soa. Se o coração dos discípulos está cheio de reconhecimento pelo Pai, fará de tudo para ser visto somente pelo Pai e estar em íntima comunhão com Ele. Jesus deu frequentemente exemplo de procura do escondimento, para passar tempos prolongados de oração (cf. Mt 14,23; Mc 1,35; Lc 6,12). A recompensa que o Pai dará aos Seus filhos não será outra senão Ele mesmo.

Evangelho (Mt 6,1-6.16-18)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus. 

— Glória a vós, Senhor.

N<aquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.

2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.

5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade, vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.

16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade, vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.

ANGELHO          Mt         6,1-6.16-18

Teu Pai, que vê no que está oculto, te dará a recompensa.

Ler a Palavra

O princípio enunciado no versículo 1 do Evangelho de hoje é aplicado às obras religiosas por excelência: a esmola; a oração; o jejum. Não e preciso seguir o exemplo dos hipócritas que gostam de se mostrar, porque é nessa satisfação imediata que consiste a sua recompensa. Pelo contrário, é preciso optar pelo escondi- mento para se ser visto só pelo Pai, de modo a receber d’Ele a recompensa.

Compreender a Palavra

Neste texto Jesus não quer tanto exortar os discípulos a pra­ticar a esmola, a oração e o jejum, mas sim indicar a maneira de realizar estas práticas, a fim de que se tornem sinal da verdadeira




religiosidade. A religiosidade requerida por Jesus está fundada na sinceridade. As obras religiosas têm o seu valor enquanto expri­mem a vontade dos filhos de se colocarem em comunhão com o Pai. Está aqui o significado das palavras de Jesus: as «boas obras», mesmo as recomendadas em toda a Sagrada Escritura e na Tra­dição, têm valor se vividas com a consciência de estarem sob o olhar de Deus e de fazerem parte de uma relação verdadeira com Ele. Se ocultam outras finalidades, são a expressão de um coração duplo, hipócrita.

Constantemente, no «Sermão da Montanha», Jesus mostrou que é a intencionalidade que qualifica o agir do discípulo. Está em jogo portanto o coração, o centro afectivo e decisório da pes­soa. Se o coração dos discípulos está cheio de reconhecimento pelo Pai, fará de tudo para ser visto somente pelo Pai e estar em íntima comunhão com Ele. Jesus deu frequentemente exemplo de procura do escondimento, para passar tempos prolongados de oração (cf. Mt 14,23; Mc 1,35; Lc 6,12). A recompensa que o Pai dará aos Seus filhos não será outra senão Ele mesmo.

DA PALAVRA PARA A VIDA

A instrução evangélica acerca da esmola e do jejum tem pre­sente a relação filial do discípulo com Deus, relação que deve qualificar a sua existência mesmo nos mínimos aspectos. Contra uma evidente tendência para praticar obras de modo a obter a aprovação dos outros (ou eventualmente de si mes­mo), as palavras de Jesus exortam-nos a colocar-nos sob o olhar de Deus e a agir na intimidade com Ele (Evangelho). Não se trata apenas de actuar em segredo, quase «incógni­tos»: também nós podemos tornar-nos palco de nós próprios, recitando em nosso benefício o papel de pessoas virtuosas ou activistas, que se alimentam secretamente do aplauso próprio ou dos outros. Trata-se, pelo contrário, de «tornarmo-nos no que somos», fazendo brotar do nível do nosso «eu» mais pro­fundo, aquele que vive da presença divina, cada pensamento nosso, palavra ou obra. Trata-se de entrar, diz o Evangelho,

no próprio tamêion (v 6), palavra que não indica o «quarto» onde se dorme ou o «escritório» onde se trabalha, mas a «di­visão do tesouro» (a despensa, na casa dos pobres), onde se guardam as coisas mais preciosas e onde ninguém mais pode entrar, senão quem tem a chave, ou seja, o dono da casa ou Deus: neste lugar encontram-se os instrumentos para com­preender, projectar, decidir e viver a própria vida, longe dos olhares indiscretos de espectadores possivelmente admirados, curiosos e importunos; daí nascem autenticamente a esmola, a oração, o jejum, numa vida passada na presença de Deus e não ostentada perante um público, ou então perante nós mes­mos a fazer de público.

O tema da esmola que brota do coração e enriquece aqueles que a dão transparece com evidência também do trecho da Segunda Carta aos Coríntios (primeira leitura, anos ímpares), ao passo que na narrativa do arrebatamento de Elias (primei­ra leitura, anos pares) podemos ler o êxito de uma vida con­sumada inteiramente ao serviço do Senhor: a consecução da intimidade mais profunda com Ele.

Oração

Ó Pai, que vedes no segredo, concedei-nos consumar no nosso coração a intimidade convosco, para que a nossa vida seja toda penetrada pelo ardor da Vossa caridade.