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1115 1122 XXXIII Semana

Dia 15 de Novembro – Segunda-feira

XXXIII SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde – Ofício do Dia)

Antífona de Entrada

Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes (Jr 29,11s.14).

Oração do dia

Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (1 Macabeus 1,10-15.41-43.54-57.62-64)

Leitura do primeiro livro dos Macabeus.
10Puseram todos o diadema depois de sua morte, e, após eles, seus filhos durante muitos anos; e males em quantidade multiplicaram-se sobre a terra.
11Desses reis originou-se uma raiz de pecado: Antíoco Epífanes, filho do rei Antíoco, que havia estado em Roma, como refém, e que reinou no ano cento e trinta e sete do reino dos gregos.
12Nessa época saíram também de Israel uns filhos perversos que seduziram a muitos outros, dizendo: “Vamos e façamos alianças com os povos que nos cercam, porque, desde que nós nos separamos deles, caímos em infortúnios sem conta”.
13Semelhante linguagem pareceu-lhes boa,
14e houve entre o povo quem se apressasse a ir ter com o rei, o qual concedeu a licença de adotarem os costumes pagãos.
15Edificaram em Jerusalém um ginásio como os gentios, dissimularam os sinais da circuncisão, afastaram-se da aliança com Deus, para se unirem aos estrangeiros e venderam-se ao pecado.
41Então o rei Antíoco publicou para todo o reino um edito, prescrevendo que todos os povos formassem um único povo e
42que abandonassem suas leis particulares. Todos os gentios se conformaram com essa ordem do rei, e
43muitos de Israel adotaram a sua religião, sacrificando aos ídolos e violando o sábado.
54No dia quinze do mês de Casleu, do ano cento e quarenta e cinco, edificaram a abominação da desolação por sobre o altar e construíram altares em todas as cidades circunvizinhas de Judá.
55Ofereciam sacrifícios diante das portas das casas e nas praças públicas,
56rasgavam e queimavam todos os livros da lei que achavam;
57em toda parte, todo aquele em poder do qual se achava um livro do testamento, ou todo aquele que mostrasse gosto pela lei, morreria por ordem do rei.
62Numerosos foram os israelitas que tomaram a firme resolução de não comer nada que fosse impuro, e preferiram a morte antes que se manchar com alimentos;
63não quiseram violar a santa lei e foram trucidados.
64Caiu assim sobre Israel uma imensa cólera.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 118/119

Vivificai-me, ó Senhor, e guardarei vossa aliança!

Apodera-se de mim a indignação,
vendo que os ímpios abandonam vossa lei.

Mesmo que os ímpios me amarem com seus laços,
nem assim hei de esquecer a vossa lei.

Libertai-me da opressão e da calúnia,
para que eu possa observar vossos preceitos!

Meus opressores se aproximam com maldade;
como estão longe, ó Senhor, de vossa lei!

como estão longe de salvar-se os pecadores,
pois não procuram, ó Senhor, vossa vontade!

Quando vejo os renegados, sinto nojo,
porque foram infiéis à vossa lei.

Evangelho (Lucas 18,35-43)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

18 35Ao aproximar-se Jesus de Jericó, estava um cego sentado à beira do caminho, pedindo esmolas.
36Ouvindo o ruído da multidão que passava, perguntou o que havia.
37Responderam-lhe: “É Jesus de Nazaré, que passa”.
38Ele então exclamou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”
39Os que vinham na frente repreendiam-no rudemente para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais forte: “Filho de Davi, tem piedade de mim!”
40Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Chegando ele perto, perguntou-lhe:
41“Que queres que te faça?” Respondeu ele: “Senhor, que eu veja”.
42Jesus lhe disse: “Vê! Tua fé te salvou”.
43E imediatamente ficou vendo e seguia a Jesus, glorificando a Deus. Presenciando isto, todo o povo deu glória a Deus.
Palavra da Salvação.

 

Comentário ao Evangelho

O CEGO DE JERICÓ

O homem cego, sentado à beira do caminho para Jericó, padecia de cegueira física, não, porém, de cegueira espiritual. Seu interesse em saber quem estava passando era mais que simples curiosidade. Deu mostras de intuir estar passando exatamente a pessoa com quem queria se encontrar: Jesus de Nazaré.

Por isso, quando lhe deram a notícia desejada, pôs-se a gritar freneticamente, sem se importar com quem o intimava a se calar. Quanto mais se esforçavam para reduzi-lo ao silêncio, tanto mais alto gritava. Afinal, não podia deixar escapar a chance, há tanto tempo esperada.

Mais uma vez, Jesus mostrou-se solidário com os pobres e os marginalizados dos quais o cego era um bom exemplo. Os gritos lancinantes chegaram não só aos seus ouvidos, mas principalmente ao seu coração. E se fez todo ouvido aos apelos do homem desejoso de cura.

O desejo do cego – ver – recebeu dupla resposta. Por um lado, o homem viu-se curado da deficiência física, tendo recuperado a visão. Por outro, abriram-se-lhe também os olhos da fé. Daí a constatação de Jesus: “A tua fé te salvou!” E como manifestação disto, o ex-cego tornou-se seguidor de Jesus, louvando a Deus pelas maravilhas operadas em seu favor. Levou, igualmente, a multidão a dar glória a Deus.

 


 

Oração

Pai, infunde em mim uma fé profunda como a do pobre cego, cujo desejo de ser curado por Jesus levou-o a se abrir para a verdadeira visão que leva à salvação.

 


O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês.

Sobre as Oferendas

Concedei, Senhor nosso Deus, que a oferenda colocada sob o vosso olhar nos alcance a graça de vos servir e a recompensa de uma eternidade feliz. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da Comunhão

Para mim só há um bem: é estar com Deus, é colocar o meu refúgio no Senhor (Sl 72,28).

Depois da Comunhão

Tendo recebido em comunhão o Corpo e o Sangue do vosso Filho, concedei, ó Deus, possa esta eucaristia, que ele mandou celebrar em sua memória, fazer-nos crescer em caridade. Por Cristo, nosso Senhor.

Dia 16 de Novembro – Terça-feira

XXXIII SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde – Ofício do Dia)

Antífona de Entrada

Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes (Jr 29,11s.14).

Oração do dia

Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (2 Macabeus 6,18-31)

Leitura do segundo livro dos Macabeus.
18Havia certo homem já de idade avançada e de bela aparência, Eleazar, que se sentava no primeiro lugar entre os doutores da lei. Queriam coagi-lo a comer carne de porco, abrindo-lhe a boca à força.
19Mas ele, cuspindo e preferindo morrer com honra a viver na infâmia,
20caminhou voluntariamente para o instrumento de tortura, como devem caminhar os que têm a coragem de rejeitar o que não é permitido comer por amor à vida.
21Ora, os encarregados desse ímpio banquete ritual, já desde muito tempo possuíam relações de amizade com Eleazar. Tomaram-no à parte e rogaram-lhe que fizesse trazer as carnes permitidas, que ele mesmo tivesse preparado, para comê-las como se fossem carnes do sacrifício, conforme ordenara o rei.
22Desse modo, ele seria preservado da morte, e granjearia sua benevolência em vista da antiga amizade.
23Mas Eleazar, tomando uma bela resolução, digna de sua idade, da autoridade que lhe conferia sua velhice, do prestígio que lhe outorgavam seus cabelos brancos, da vida íntegra conservada desde a infância, digna sobretudo das sagradas leis estabelecidas por Deus, preferiu ser conduzido à morte.
24“Não é próprio da nossa idade”, respondeu ele, “usar de tal fingimento, para não acontecer que muitos jovens suspeitem de que Eleazar, aos noventa anos, tenha passado aos costumes estrangeiros.
25Eles mesmos, após o meu gesto hipócrita, e por um pouco de vida, se deixariam arrastar por causa de mim, e isso seria para a minha velhice a desonra e a vergonha.
26E mesmo se eu me livrasse agora dos castigos dos homens, não poderia escapar, nem vivo nem morto, das mãos do Todo-poderoso.
27Sendo assim, se eu morrer agora corajosamente, mostrar-me-ei digno de minha velhice, e terei deixado aos jovens um nobre exemplo de zelo generoso, segundo o qual é preciso dar a vida pelas santas e veneráveis leis”.
28Ditas estas palavras, ele dirigiu-se ao suplício.
29Aqueles que o levavam transformaram em dureza a benevolência, que pouco antes haviam tido para com ele, julgando insensatas suas palavras.
30E quando ele estava prestes a morrer sob os golpes, exclamou entre suspiros: “O Senhor que possui a ciência santíssima o vê: podendo eu livrar-me da morte, sofro em meu corpo os tormentos cruéis dos açoites, mas os suporto com alma alegre porque é a ele que temo”.
31Dessa maneira passou à outra vida, deixando com sua morte não somente aos jovens, mas também a toda a sua gente, um exemplo de coragem e um memorial de virtude.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 3

É o Senhor quem me sustenta e me protege!
 
Quão numerosos, ó Senhor, os que me atacam;
quanta gente se levanta contra mim!
Muitos dizem, comentando a meu respeito:
“Ele não acha a salvação junto de Deus!”
 
Mas sois vós o meu escudo protetor,
a minha glória que levanta minha cabeça!
Quando eu chamei em alta voz pelo Senhor,
do monte santo ele meu ouviu e respondeu.
 
Eu me deito e adormeço bem tranqüilo;
acordo em paz, pois o Senhor é meu sustento.
Não terei medo de milhares que me cerquem
e, furiosos, se levantam contra mim.
Levantai-vos, ó Senhor, vinde salvar-me!

Evangelho (Lucas 19,1-10)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.
Por amor, Deus enviou-nos o seu filho como vítima por nossas transgressões (1Jo 4,10).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

19 1Jesus entrou em Jericó e ia atravessando a cidade.
2Havia aí um homem muito rico chamado Zaqueu, chefe dos recebedores de impostos.
3Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da multidão, porque era de baixa estatura.
4Ele correu adiante, subiu a um sicômoro para o ver, quando ele passasse por ali.
5Chegando Jesus àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: “Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa”.
6Ele desceu a toda a pressa e recebeu-o alegremente.
7Vendo isto, todos murmuravam e diziam: “Ele vai hospedar-se em casa de um pecador”.
8Zaqueu, entretanto, de pé diante do Senhor, disse-lhe: “Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo”.
9Disse-lhe Jesus: “Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão”.
10Pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.
Palavra da Salvação.

 

Comentário ao Evangelho

AS ETAPAS DA SALVAÇÃO
O encontro de Zaqueu com Jesus mostra como a conversão acontece em etapas. De certo modo, esta revela como a salvação acontece na vida de quem se torna discípulo do Reino.
O primeiro passo consiste no desejo de ver Jesus. No caso de Zaqueu, o Evangelho não esclarece os motivos deste anseio. Sabemos, apenas, ter sido tão forte que nada deteve o homem até vê-lo realizado.
O segundo passo exige a superação de todos os obstáculos. Para Zaqueu, um empecilho era sua baixa estatura. O problema foi resolvido: subiu numa árvore.
O terceiro passo comporta deixar-se amar por Jesus, sem restrições nem desconfiança, abrindo-lhe as portas do coração. Zaqueu desceu depressa da árvore, para receber Jesus em sua casa, com alegria.
O quarto passo é uma mudança radical de vida. Radical significa deixar de lado os esquemas e mentalidades antigos, para adequar-se às exigências do Reino. Isto não se faz com palavras ou com boas intenções, mas com gestos concretos. Zaqueu dispôs-se a dar metade de seus bens aos pobres e a ressarcir, quatro vezes mais, aquilo que havia roubado. Desta forma, ele provou que, realmente, a salvação tinha entrado em sua casa.


Oração
Espírito que gera conversão, toca o meu coração, abrindo-o para acolher a salvação e manifestá-la com gestos concretos de amor.


O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês.

Sobre as Oferendas

Concedei, Senhor nosso Deus, que a oferenda colocada sob o vosso olhar nos alcance a graça de vos servir e a recompensa de uma eternidade feliz. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da Comunhão

Para mim só há um bem: é estar com Deus, é colocar o meu refúgio no Senhor (Sl 72,28).

Depois da Comunhão

Tendo recebido em comunhão o Corpo e o Sangue do vosso Filho, concedei, ó Deus, possa esta eucaristia, que ele mandou celebrar em sua memória, fazer-nos crescer em caridade. Por Cristo, nosso Senhor.

Dia 17 de Novembro – Quarta-feira

SANTA ISABEL DA HUNGRIA ESPOSA E RELIGIOSA (Branco, Prefácio Comum ou dos Santos – Ofício da Memória)

Antífona de Entrada

Vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor: eu estava doente e me visitastes. Em verdade vos digo, tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos foi a mim que o fizestes (Mt 25, 34.36.40).

Oração do dia

Ó Deus, que destes a santa Isabel da Hungria reconhecer e venerar o Cristo nos pobres, concedei-nos, por sua intercessão, servir os pobres e aflitos com incansável caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (2 Macabeus 7,1.20-31)

Leitura do segundo livro dos Macabeus.
1Havia também sete irmãos que foram um dia presos com sua mãe, e que o rei por meio de golpes de azorrage e de nervos de boi, quis coagir a comerem a proibida carne de porco. 20Particularmente admirável e digna de elogios foi a mãe que viu perecer seus sete filhos no espaço de um só dia e o suportou com heroísmo, porque sua esperança repousava no Senhor.
21Ela exortava a cada um no seu idioma materno e, cheia de nobres sentimentos, com uma coragem varonil, ela realçava seu temperamento de mulher.
22“Ignoro”, dizia-lhes ela, “como crescestes em meu seio, porque não fui eu quem vos deu nem a alma, nem a vida, e nem fui eu mesma quem ajuntou vossos membros.
23Mas o criador do mundo, que formou o homem na sua origem e deu existência a todas as coisas, vos restituirá, em sua misericórdia, tanto o espírito como a vida, se agora fizerdes pouco caso de vós mesmos por amor às suas leis”.
24Receando, todavia, o desprezo e temendo o insulto, Antíoco solicitou em termos insistentes o mais jovem, que ainda restava, prometendo-lhe com juramento torná-lo rico e feliz, se abandonasse as tradições de seus antepassados, tratá-lo como amigo, e confiar-lhe cargos.
25Como o jovem não deu importância alguma, o rei mandou que a mãe se aproximasse e o exortasse com seus conselhos, para que o adolescente salvasse sua vida;
26como ele insistiu por muito tempo, ela consentiu em persuadir o filho.
27Inclinou-se sobre ele e, zombando do cruel tirano, disse-lhe na língua materna: “Meu filho, compadece-te de tua mãe, que te trouxe nove meses no seio, que te amamentou durante três anos, que te nutriu, te conduziu e te educou até esta idade.
28Eu te suplico, meu filho, contempla o céu e a terra; reflete bem: tudo o que vês, Deus criou do nada, assim como todos os homens.
29Não temas, pois, este algoz, mas sê digno de teus irmãos e aceita a morte, para que no dia da misericórdia eu te encontre no meio deles”.
30Logo que ela acabou de falar, o jovem disse: “Que estais a esperar? Não atenderei às ordens do rei; eu obedeço àquele que deu a lei a nossos pais por intermédio de Moisés.
31Mas tu, que és o inventor dessa perseguição contra os judeus, não escaparás à mão de Deus”.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 16/17

Ao despertar, me saciará vossa presença, ó Senhor!

Ó Senhor, ouvi a minha justa causa,
escutai-me e atende o meu clamor!
Inclinai o vosso ouvido à minha prece,
pois não existe falsidade nos meus lábios!

Os meus passos eu firmei na vossa estrada,
e por isso os meus pés não vacilaram.
eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis,
inclinai o vosso ouvido e escutai-me.

Protegei-me qual dos olhos a pupila
e guardai-me à proteção de vossas asas.
E verei, justificado, a vossa face,
e, ao despertar, me saciará vossa presença.

Evangelho (Lucas 19,11-28)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos escolhi a fim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure (Jo 15,16).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
19 11Como Jesus estava perto de Jerusalém, alguns se persuadiam de que o Reino de Deus se havia de manifestar brevemente; ele acrescentou esta parábola:
12Um homem ilustre foi para um país distante, a fim de ser investido da realeza e depois regressar.
13Chamou dez dos seus servos e deu-lhes dez minas, dizendo-lhes: Negociai até eu voltar.
14Mas os homens daquela região odiavam-no e enviaram atrás dele embaixadores, para protestarem: Não queremos que ele reine sobre nós.
15Quando, investido da dignidade real, voltou, mandou chamar os servos a quem confiara o dinheiro, a fim de saber quanto cada um tinha lucrado.
16Veio o primeiro: Senhor, a tua mina rendeu dez outras minas.
17Ele lhe disse: Muito bem, servo bom; porque foste fiel nas coisas pequenas, receberás o governo de dez cidades.
18Veio o segundo: Senhor, a tua mina rendeu cinco outras minas.
19Disse a este: Sê também tu governador de cinco cidades.
20Veio também o outro: Senhor, aqui tens a tua mina, que guardei embrulhada num lenço; 21pois tive medo de ti, por seres homem rigoroso, que tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste.
22Replicou-lhe ele: Servo mau, pelas tuas palavras te julgo. Sabias que sou rigoroso, que tiro o que não depositei e ceifo o que não semeei…
23Por que, pois, não puseste o meu dinheiro num banco? Na minha volta, eu o teria retirado com juros.
24E disse aos que estavam presentes: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez minas.
25Replicaram-lhe: Senhor, este já tem dez minas!…
26Eu vos declaro: a todo aquele que tiver, dar-se-lhe-á; mas, ao que não tiver, ser-lhe-á tirado até o que tem.
27Quanto aos que me odeiam, e que não me quiseram por rei, trazei-os e massacrai-os na minha presença.
28Depois destas palavras, Jesus os foi precedendo no caminho que sobe a Jerusalém.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos escolhi a fim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure (Jo 15,16).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
19 11Como Jesus estava perto de Jerusalém, alguns se persuadiam de que o Reino de Deus se havia de manifestar brevemente; ele acrescentou esta parábola:
12Um homem ilustre foi para um país distante, a fim de ser investido da realeza e depois regressar.
13Chamou dez dos seus servos e deu-lhes dez minas, dizendo-lhes: Negociai até eu voltar.
14Mas os homens daquela região odiavam-no e enviaram atrás dele embaixadores, para protestarem: Não queremos que ele reine sobre nós.
15Quando, investido da dignidade real, voltou, mandou chamar os servos a quem confiara o dinheiro, a fim de saber quanto cada um tinha lucrado.
16Veio o primeiro: Senhor, a tua mina rendeu dez outras minas.
17Ele lhe disse: Muito bem, servo bom; porque foste fiel nas coisas pequenas, receberás o governo de dez cidades.
18Veio o segundo: Senhor, a tua mina rendeu cinco outras minas.
19Disse a este: Sê também tu governador de cinco cidades.
20Veio também o outro: Senhor, aqui tens a tua mina, que guardei embrulhada num lenço; 21pois tive medo de ti, por seres homem rigoroso, que tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste.
22Replicou-lhe ele: Servo mau, pelas tuas palavras te julgo. Sabias que sou rigoroso, que tiro o que não depositei e ceifo o que não semeei…
23Por que, pois, não puseste o meu dinheiro num banco? Na minha volta, eu o teria retirado com juros.
24E disse aos que estavam presentes: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez minas.
25Replicaram-lhe: Senhor, este já tem dez minas!…
26Eu vos declaro: a todo aquele que tiver, dar-se-lhe-á; mas, ao que não tiver, ser-lhe-á tirado até o que tem.
27Quanto aos que me odeiam, e que não me quiseram por rei, trazei-os e massacrai-os na minha presença.
28Depois destas palavras, Jesus os foi precedendo no caminho que sobe a Jerusalém.
Palavra da Salvação.


 

Oração

Pai, faze de mim um discípulo fiel de Jesus a quem deverei prestar contas do bom uso dos dons que me concedeu. Que eu seja prudente no meu agir.

 


O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês.

Sobre as Oferendas

Recebei, ó Pai, os dons do vosso povo, para que, recordando a imensa misericórdia do vosso filho, sejamos confirmados no amor a Deus e ao próximo, a exemplo dos vossos santos. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da Comunhão

Não há maior prova de amor que dar a vida pelos amigos (Jo 15,13).

Depois da Comunhão

Tendo participado com alegria do banquete da salvação, nós vos pedimos, ó Pai, que imitando a caridade de santa Isabel da Hungria, participemos com ela da vossa glória. Por Cristo, nosso Senhor.

Santo do Dia / Comemoração (SANTA ISABEL DA HUNGRIA)

Isabel da Hungria era princesa, foi rainha e se fez santa. Era a filha do rei André II, da Hungria, e da rainha Gertrudes, de Merano, atual território da Itália. Nasceu no ano de 1207, e naquele momento foi dada como esposa a Luís, príncipe da Turíngia, atual Alemanha. Desde os quatro anos viveu no castelo do futuro marido, onde foram educados juntos. O jovem príncipe Luís amava verdadeiramente Isabel, que se tornava cada dia mais bonita, amável e modesta. Ambos eram católicos fervorosos. Luís admirava a noiva, amável nas palavras e atitudes, que vivia em orações e era generosa em caridade com pobres e doentes. A mãe de Luís não gostava da devoção da sua futura nora, e tentou convencer o filho de desistir do casamento, alegando que Isabel seria uma rainha inadequada politicamente. A própria Corte a perseguia por causa de seu desapego e simplicidade cristã. Mas Luís foi categórico ao dizer preferir abdicar do trono a desistir de Isabel. Certamente, amava-a muito. No castelo de Wartenburg, quando atingiu a maioridade, foi corado rei e casou-se com Isabel, que se tornou rainha aos catorze anos de idade. Ela foi a única soberana que se recusou a usar a coroa, símbolo da realeza, durante a cerimônia realizada na Igreja. Alegou que, diante do nosso Rei coroado de espinhos, não poderia usar uma coroa tão preciosa. Foi assim que o então rei Luís IV acompanhou a seu desejo e tornou-se rei sem colocar a sua coroa, também, diante de Cristo. Foi um casamento feliz. Ele era sincero, paciente, inspirava confiança e era amado pelo povo. Nunca colocou obstáculos à vida de oração, penitência e caridade da rainha, sendo, ao contrário, seu incentivador. Em Marburg, Isabel construiu o Hospital de São Francisco de Assis para os pobres e doentes leprosos. Além de ajudar com seu dinheiro muitos asilos e orfanatos, os quais visitava com freqüência. Depois de seis anos, a rainha Isabel ficou viúva, com três filhos pequenos. O rei Luís IV, participando de uma cruzada, morreu antes de voltar para a Alemanha. A partir de então, as perseguições da Corte contra ela aumentaram. A tolerância quanto à sua caridade e dedicação religiosa acabou de vez. E o cunhado, para assumir o poder, expulsou-a do palácio junto com os três reais herdeiros ainda crianças. Isabel ingressou, então, na Ordem Terceira de São Francisco e dedicou-se à vida de religião e à assistência aos leprosos no hospital que ela própria havia construído. Quando os cruzados que acompanhavam seu marido retornaram à Alemanha, ficaram indignados ao constatar como a rainha viúva e os herdeiros haviam sido tratados. Conseguiram fazer a viúva rainha Isabel reassumir o trono, que depois entregou ao seu filho, na maioridade. Isabel da Hungria faleceu no dia 17 de novembro de 1231, com apenas vinte e quatro anos de idade, em Marburg, Alemanha. Quatro anos depois, em 1235, foi canonizada pelo papa Gregório IX. A Ordem Franciscana Secular venera-a como sua padroeira na festa celebrada no dia de sua morte.

 

Dia 18 de Novembro – Quinta-feira

XXXIII SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde – Ofício do Dia)

Antífona de Entrada

Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes (Jr 29,11s.14).

Oração do dia

Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (1 Macabeus 2,15-29)

Leitura do primeiro livro dos Macabeus.
15 Sobrevieram enviados do rei a Modin, para impor a apostasia e obrigar a sacrificar.
16 Muitos dos israelitas uniram-se a eles, mas Matatias e seus filhos permaneceram firmes.
17 Em resposta disseram-lhe os que vinham da parte do rei: “Possuis nesta cidade notável influência e consideração, teus irmãos e teus filhos te dão autoridade.
18 Vem, pois, como primeiro, executar a ordem do rei, como o fizeram todas as nações, os habitantes de Judá e os que ficaram em Jerusalém. Serás contado, tu e teus filhos, entre os amigos do rei; a ti e aos teus filhos o rei vos honrará, cumulando-vos de prata, de ouro e de presentes”.
19 Matatias respondeu-lhes: “Ainda mesmo que todas as nações que se acham no reino do rei o escutassem, de modo que todos renegassem a fé de seus pais e aquiescessem às suas ordens,
20 eu, meus filhos e meus irmãos, perseveraremos na Aliança concluída por nossos antepassados.
21 Que Deus nos preserve de abandonar a lei e os mandamentos!
22 Não obedeceremos a essas ordens do rei e não nos desviaremos de nossa religião, nem para a direita, nem para a esquerda”.
23 Mal acabara de falar, eis que um judeu se adiantou para sacrificar no altar de Modin, à vista de todos, conforme as ordens do rei.
24 Viu-o Matatias e, no ardor de seu zelo, sentiu estremecerem-se suas entranhas. Num ímpeto de justa cólera arrojou-se e matou o homem no altar.
25 Matou ao mesmo tempo o oficial incumbido da ordem de sacrificar e demoliu o altar.
26 Com semelhante gesto mostrou ele seu amor pela lei, como agiu Finéias a respeito de Zamri, filho de Salum.
27 Em altos brados Matatias elevou a voz então na cidade: “Quem for fiel à lei e permanecer firme na Aliança, saia e siga-me”.
28 Assim, com seus filhos, fugiu em direção às montanhas, abandonando todos os seus bens na cidade.
29 Então, uma grande parte dos que procuravam a lei e a justiça, encaminhou-se para o deserto.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 49/50

A todos os que procedem retamente
eu mostrarei a salvação que vem de Deus.


Falou o Senhor Deus, chamou a terra,
do sol nascente ao sol poente a convocou.
De Sião, beleza plena, Deus refulge.

“Reuni à minha frente os meus eleitos,
que selaram a aliança em sacrifícios!”
Testemunha o próprio céu seu julgamento,
porque Deus mesmo é juiz e vai julgar.

Imola a Deus um sacrifício de louvor
e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo.
Invoca-me no dia da angústia,
e então te livrarei e hás de louvar-me.

Evangelho (Lucas 19,41-44)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, 19 41 aproximando-se ainda mais, Jesus contemplou Jerusalém e chorou sobre ela, dizendo:
42 “Oh! Se também tu, ao menos neste dia que te é dado, conhecesses o que te pode trazer a paz! Mas não, isso está oculto aos teus olhos.
43 Virão sobre ti dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados;
44 destruir-te-ão a ti e a teus filhos que estiverem dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo em que foste visitada”.
Palavra da Salvação.

 

Comentário ao Evangelho

A VISITA RECUSADA

O pranto de Jesus sobre Jerusalém expressava sua frustração diante de um povo fechado à sua pregação, e que relutava em converter-se diante de seus apelos. Embora Jesus tenha sido enviado pelo Pai como mensageiro de paz, tornou-se vítima do ódio e da perseguição dos destinatários de sua missão. Ele tinha à sua frente pessoas cegadas por um esquema mental tão rígido, a ponto de não abrirem espaço para a novidade do Reino que lhes era anunciado. Pensavam ter encontrado Deus, mas se recusavam a acolhê-lo na pessoa de seu enviado.

O mensageiro da paz transformou-se, então, em anunciador de castigos e desgraças. Num linguajar próprio dos antigos profetas, Jesus anunciou o futuro, sem meios termos. A infidelidade a Deus levaria o povo à ruína completa. Seu orgulho seria dobrado pela ação inclemente dos inimigos, que não teriam misericórdia. O povo escolhido de outrora não seria mais objeto do carinho divino.As palavras fortes de Jesus contra Jerusalém constituíam-se no seu último apelo profético à conversão. Nenhum prazer lhe causaria ver a cidade santa destruída e o povo massacrado. Entretanto, pelos rumos que as coisas estavam tomando, não havia dúvida quanto ao desfecho da situação. Não foi por falta de alerta que o castigo chegaria.

 


Oração
Senhor Jesus, tira a dureza do meu coração. Ela me impede de acolher tua palavra e de deixar-me converter.


(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

Sobre as Oferendas

Concedei, Senhor nosso Deus, que a oferenda colocada sob o vosso olhar nos alcance a graça de vos servir e a recompensa de uma eternidade feliz. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da Comunhão

Para mim só há um bem: é estar com Deus, é colocar o meu refúgio no Senhor (Sl 72,28).

Depois da Comunhão

Tendo recebido em comunhão o Corpo e o Sangue do vosso Filho, concedei, ó Deus, possa esta eucaristia, que ele mandou celebrar em sua memória, fazer-nos crescer em caridade. Por Cristo, nosso Senhor.

 

Dia 19 de Novembro – Sexta-feira

SANTOS ROQUE, AFONSO E JOÃO PRESBÍTEROS E MÁRTIRES (Vermelho, Prefácio Comum dos Mártires – Ofício da Memória)

Antífona de Entrada

Por amor de Cristo, o sangue dos mártires foi derramado na terra. Por isso, sua recompensa é eterna.

Oração do dia

Senhor, que a vossa palavra cresça nas terras onde os vossos mártires a semearam e seja multiplicada em frutos de justiça e de paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (1 Macabeus 4,36-37.52-59)

Leitura do segundo livro dos Macabeus.
36Judas e seus irmãos disseram então: “Eis que nossos inimigos estão aniquilados; subamos agora a purificar e consagrar de novo os lugares santos”.
37Reunido todo o exército, subiram à montanha de Sião.
52No dia vinte e cinco do nono mês, isto é, do mês de Casleu, do ano cento e quarenta e oito, eles se levantaram muito cedo,
53 e ofereceram um sacrifício legal sobre o novo altar dos holocautos, que haviam construído.
54Foi no mesmo dia e na mesma data em que os gentios o haviam profanado, que o altar foi de novo consagrado ao som de cânticos, das harpas, das liras e dos címbalos.
55Todo o povo se prostrou com o rosto em terra para adorar e bendizer no céu aquele que os havia conduzido ao triunfo.
56Prolongaram por oito dias a dedicação do altar, oferecendo com alegria holocaustos e sacrifícios de ações de graças e de louvores.
57Adornaram a fachada do templo com coroas de ouro e com pequenos escudos, consagraram as entradas do templo e os quartos, nos quais colocaram portas.
58Reinou uma alegria imensa entre o povo e o opróbrio das nações foi afastado.
59Foi estabelecido por Judas e seus irmãos, e por toda a assembléia de Israel que os dias da dedicação do altar seriam celebrados cada ano em sua data própria, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu, e isto com alegria e regozijo.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 1Cr 29

Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

Bendito sejais vós, ó Senhor Deus,
Senhor Deus de Israel, o nosso pai,
desde sempre e por toda a eternidade!

A vós pertencem a grandeza e o poder,
toda a glória, esplendor e majestade,
pois tudo é vosso: o que há no céu e sobre a terra!

A vós, Senhor, também pertence a realeza,
pois sobre a terra, como rei, vos elevais!
Toda glória e riqueza vêm de vós!

Sois o Senhor e dominais o universo,
em vossa mão se encontra a força e o poder,
em vossa mão tudo se afirma e tudo cresce!

Evangelho (Lucas 19,45-48)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
19 45 Naquele tempo, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os mercadores.
46 Disse ele: “Está escrito: A minha casa é casa de oração! Mas vós a fizestes um covil de ladrões”.
47 Todos os dias ensinava no templo. Os príncipes dos sacerdotes, porém, os escribas e os chefes do povo procuravam tirar-lhe a vida.
48 Mas não sabiam como realizá-lo, porque todo o povo ficava suspenso de admiração, quando o ouvia falar.
Palavra da Salvação.

 

Comentário ao Evangelho

A CASA DE DEUS PROFANADA

Jesus não se conteve, quando se deparou com o estado em que se encontrava o templo de Jerusalém. Na mentalidade da época, o templo era o lugar escolhido por Deus para habitar no meio de seu povo. Era o espaço do encontro do Pai com seus filhos. Portanto, lugar da comunhão fraterna, da justiça, do respeito aos pobres e aos fracos, que são os preferidos de Deus.

Este ideal grandioso, porém, chocava-se com a realidade. O templo tornara-se um amplo mercado onde se fazia câmbio de dinheiro para facilitar a vida dos peregrinos estrangeiros e se comerciava os diversos tipos de animais usados para o sacrifício. Toda esta intensa atividade visava a ganância do lucro, dificilmente obtido por motivo de pura caridade. Assim, a injustiça e a exploração eram praticadas na própria casa de Deus. Os pobres e ingênuos peregrinos eram expoliados, sob os olhos do Pai. A boa-fé do povo transformava-o em joguete nas mãos de pessoas inescrupulosas. E tudo isso com a benévola anuência da classe sacerdotal, que tirava partido da situação.

A realidade do templo estava em aberta contradição com o ideal de Reino de Deus pregado por Jesus. Daí o furor que se apossou de seu coração e o gesto profético de expulsar os profanadores da casa de Deus, que devia ser espaço do amor.

 


 

Oração

Senhor Jesus, não permita que eu permaneça insensível, vendo a casa de Deus – o coração humano – ser profanado pela injustiça.

 


O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês.

Sobre as Oferendas

Com alegria, Senhor, nós vos oferecemos os frutos da terra, a fim de que, pelo sacrifício que vosso filho ofereceu por todos, nos concedais a bênção e a santidade. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da Comunhão

Fostes vós que permanecestes comigo nas minhas tribulações. E eu disponho do reino para vós, diz o Senhor. No meu reino comereis e bebereis à minha mesa (Lc 22,28ss).

Depois da Comunhão

Senhor, que os vossos fiéis vivam na fé e na caridade, pois repartem com os irmãos o pão da vida, e, até a vossa vinda, bebam o cálice da salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

Santo do Dia / Comemoração (SANTOS ROQUE, AFONSO E JOÃO)

“Matastes a quem tanto vos amava. Matastes meu corpo, mas minha alma está no céu.” Contam os escritos que estas palavras foram ouvidas pelos índios que assassinaram o missionário jesuíta Roque Gonzalez e seus companheiros, padres Afonso Rodrigues e João de Castillo, em 1628. As palavras foram prodigiosamente proferidas pelo coração de padre Roque, ao ser transpassado por uma flecha, porque o fogo não tinha conseguido consumir. Os três padres eram jesuítas missionários na América do Sul, no tempo da colonização espanhola. Organizavam as missões e reduções implantadas pela Companhia de Jesus entre os índios guaranis do hoje chamado Cone Sul. O objetivo era catequizar os indígenas, ensinando-lhes os princípios cristãos, além de formar núcleos de resistência indígena contra a brutalidade que lhes era praticada pelos colonizadores europeus. Elas impediam que eles fossem escravizados, ao mesmo tempo que permitiam manter as suas culturas. Eram alfabetizados através da religião e aprendiam novas técnicas de sobrevivência e os conceitos morais e sociais da vida ocidental. Era um modo comunitário de vida em que todos trabalhavam e tudo era dividido entre todos. O grande sucesso fez que os colonizadores se unissem aos índios rebeldes, que invadiam e destruíam todas as missões e reduções, matando os ocupantes e pondo fim à rica e histórica experiência. Roque foi um sacerdote e missionário exemplar. Era paraguaio, filho de colonizadores espanhóis, nascido na capital, Assunção, em 1576. A família pertencia à nobreza espanhola, o pai era Bartolomeu Gonzales Vilaverde e a mãe era Maria de Santa Cruz, que o criaram na virtude e piedade. Aos quinze anos, decidiu entregar sua vida a serviço de Deus. Ingressou no seminário e, aos vinte e quatro anos de idade, foi ordenado sacerdote. Padre Roque quis trabalhar na formação espiritual dos índios que viviam do outro lado do rio Paraguai, nas fazendas dos colonizadores. O resultado foi tão frutífero que o bispo de Assunção o nomeou pároco da catedral e depois vigário-geral da diocese. Mas ele renunciou às nomeações para ingressar na Companhia de Jesus, onde vestiu o hábito de missionário jesuíta em 1609. Depois, passou toda a sua vida a serviço dos índios das regiões dos países do Paraguai, Argentina, Uruguai, Brasil e parte da Bolívia. Em 1611, chefiou por quatro anos a redução de Santo Inácio Guaçu. Em 1626, fundou quatro reduções: Candelária, Caaçapa-Mirim, Assunção do Juí e Caaró. Foi na Redução de Caaró, atualmente pertencente ao Brasil, que os martírios ocorreram, em 15 de novembro de 1628. Depois de celebrar a missa com os índios, padre Roque estava levantando um pequeno campanário na capela recém-construída, quando índios rebeldes, a mando do invejoso e feiticeiro Nheçu, atacaram aquela e a vizinha Redução de São Nicolau. Mataram todos e incendiaram tudo. Padre João de Castillo morreu naquela de São Nicolau, enquanto padre Afonso Rodrigues, que ficou na de Caaró, morreu junto com padre Roque Gonzales, esse último com a cabeça golpeada a machado de pedra. Dois dias depois, os índios rebeldes voltaram para saquear os escombros. Viram, então, que o corpo de padre Roque estava pouco queimado, então transpassaram seu coração com uma flecha. Foi aí que ocorreu o prodígio citado no início deste texto e mantido pela tradição. Eles foram beatificados pelo papa Pio XI em 1934 e canonizados pelo papa João Paulo II em 1988, em sua visita à capital do Paraguai. A festa de são Roque Gonzales ocorre no dia 17 de novembro.

Dia 20 de Novembro – Sábado

XXXIII SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde – Ofício do Dia)

Antífona de Entrada

Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes (Jr 29,11s.14).

Oração do dia

Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (1 Macabeus 6,1-13)

 

Salmo Responsorial 9A/9

 

Evangelho (Lucas 20,27-40)

 

Sobre as Oferendas

Concedei, Senhor nosso Deus, que a oferenda colocada sob o vosso olhar nos alcance a graça de vos servir e a recompensa de uma eternidade feliz. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da Comunhão

Em verdade eu vos digo, o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e vos será concedido, diz o Senhor (Mc 11,23s).

Depois da Comunhão

Tendo recebido em comunhão o Corpo e o Sangue do vosso Filho, concedei, ó Deus, possa esta eucaristia, que ele mandou celebrar em sua memória, fazer-nos crescer em caridade. Por Cristo, nosso Senhor.

 

Dia 21 de Novembro – Domingo

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO (Branco, glória, creio, prefácio próprio – Ofício da solenidade)

Antífona de Entrada

O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra. A ele glória e poder através dos séculos (Ap 5,12; 1,6 (aqui seria 13))

Oração do dia

Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Daniel 7,13-14)

Leitura da profecia de Daniel.
13 “Olhando sempre a visão noturna, vi um ser, semelhante ao filho do homem, vir sobre as nuvens do céu: dirigiu-se para o lado do ancião, diante de quem foi conduzido.
14 A ele foram dados império, glória e realeza, e todos os povos, todas as nações e os povos de todas as línguas serviram-no. Seu domínio será eterno; nunca cessará e o seu reino jamais será destruído”.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 92/93

Deus é rei e se vestiu de majestade,
glória ao Senhor!


Deus é rei e se vestiu de majestade,
revestiu-se de poder e de esplendor!

Vós firmastes o universo inabalável,
vós firmastes vosso trono desde a origem,
desde sempre, ó Senhor, vós existis!

Verdadeiros são os vossos testemunhos,
refulge a santidade em vossa casa
pelos séculos dos séculos, Senhor!

Leitura (Apocalipse 1,5-8)

Leitura do livro do Apocalipse.
Jesus Cristo, testemunha fiel, primogênito dentre os mortos e soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados no seu sangue
e que fez de nós um reino de sacerdotes para Deus e seu Pai, glória e poder pelos séculos dos séculos! Amém.
Ei-lo que vem com as nuvens. Todos os olhos o verão, mesmo aqueles que o traspassaram. Por sua causa, hão de lamentar-se todas as raças da terra. Sim. Amém.
“Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus, “aquele que é, que era e que vem, o Dominador”.
Palavra do Senhor.

Evangelho (João 18,33-37)

Aleluia, aleluia, aleluia.
É bendito aquele que vem vindo, que vem vindo em nome do Senhor; e o reino que vem seja bendito; ao que vem e a seu reino, o louvor! (Mc 11,9s)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo: 18 33 Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: “És tu o rei dos judeus?”
34 Jesus respondeu: “Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?”
35 Disse Pilatos: “Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?”
36 Respondeu Jesus: “O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo”.
37 Perguntou-lhe então Pilatos: “És, portanto, rei?” Respondeu Jesus: “Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz”.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

A REALEZA DE JESUS
A proclamação da realeza de Jesus deve ser entendida a partir do projeto de Reino anunciado por ele. Os modelos humanos não ajudam a compreender a condição de rei aplicada a Jesus. Seu reino não depende dos esquemas deste mundo, e sim, do querer do Pai.
Por ocasião da paixão de Jesus, as autoridades judaicas apresentaram-no como um subversivo, cujo ideal era tornar-se rei dos judeus, libertando o povo da opressão romana. Jesus, porém, recusou-se a se apresentar como um concorrente de Pilatos. O termo reino tinha, para ele, um significado muito diferente daquele que lhe davam os romanos. O reino de Jesus está sob o senhorio do Pai, que deseja ver todos os seus filhos viverem em comunhão. É um reino de verdade e de justiça, pois nele não se admite nenhuma espécie de marginalização ou opressão; tampouco, que se recorra ao dolo e à mentira para se prevalecer sobre os demais. 
No Reino de Deus, a autoridade é serviço. Quem é grande, se faz pequeno; para ser o primeiro, é necessário tornar-se o último. A violência e o ódio aí não têm lugar. Quem quer fazer parte desse Reino deve saber perdoar e estar sempre disposto a se reconciliar. 
Este é o Reino que Jesus veio implantar na história humana. Os adversários de Jesus estavam longe de poder compreendê-lo.


Oração 
Senhor Jesus, aceita-me como membro do Reino que vieste implantar na história humana, deixando que Deus seja o Senhor da minha vida.


O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês

Sobre as Oferendas

Oferecendo-vos estes dons que nos reconciliam convosco, nós vos pedimos, ó Deus, que o vosso próprio Filho conceda paz e união a todos os povos. Por Cristo, nosso Senhor.

Prefácio

(Cristo, Rei do Universo) PR: Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Com óleo de exultação, consagrastes sacerdote eterno e rei do universo vosso Filho único, Jesus Cristo, Senhor nosso. Ele, oferecendo-se na cruz, vítima pura e pacífica, realizou a redenção da humanidade. Submetendo ao poder de toda criatura, entregará à vossa infinita majestade um reino eterno e universal: reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino de justiça, do amor e da paz. Por essa razão, hoje e sempre, nós nos unimos aos anjos e arcanjos, aos querubins e serafins e toda a milícia celeste, cantando (dizendo) a uma só voz…

Antífona da Comunhão

O Senhor em seu trono reina para sempre. O Senhor abençoa o seu povo na paz (Sl 28,10s).

Depois da Comunhão

Alimentados pelo pão da imortalidade, nós vos pedimos, ó Deus, que, gloriando-nos de obedecer na terra aos mandamentos de Cristo, rei do universo, possamos viver com ele eternamente no reino dos céus. Por Cristo, nosso Senhor.

Santo do Dia / Comemoração (CRISTO REI)

A visão grandiosa de Cristo Senhor universal une-se a de Cristo crucificado e esta recorda a consideração de seu imenso amor: “Ama-nos, e nos libertou dos nossos pecados em virtude do seu Sangue” (ibidem, 5). Rei e Senhor outro caminho não escolheu, para purificar os homens do pecado, senão lavá-los com o próprio Sangue. Unicamente por este preço os introduziu no seu Reino, onde os admitiu não só como súditos, mas também como irmãos e co-herdeiros, como co-participantes de sua realeza, de sua dominação sobre todas as coisas. Assim, com ele, único Sacerdote, poderemos oferecer e consagrar a Deus toda a criação. “Fez de nós um reino de sacerdotes para Deus, seu Pai” (ibidem, 6). Até este ponto quis Cristo Senhor que participassem os homens de suas grandezas! O Evangelho (Jo 18,33b-37) também apresenta a realeza de Cristo em relação com sua Paixão e a contrapõe, ao mesmo tempo, às realezas terrenas. Tudo isto baseado no colóquio entre Jesus e Pilatos. Sempre se ocultara o Senhor às multidões, que em momentos de entusiasmo queriam proclamá-lo rei. Entretanto agora, que está para ser condenado à morte, confessa abertamente sua realeza. A pergunta de Pilatos: “Então és rei?”, responde: “Tu o dizes, eu sou Rei” (ibidem, 37). Antes, porém, declarara: “Meu Reino não é deste mundo” (ibidem, 36). A realeza de Cristo não está em função de domínio temporal algum, nem político! E, ao contrário, de domínio espiritual: consiste em anunciar a verdade, em conduzir os homens à suprema Verdade, libertando-os das trevas do erro e do pecado, “Para isto vim ao mundo – diz Jesus – para dar testemunho da verdade” (ibidem, 37). Jesus é a “Testemunha fiel” (2ª leitura) da verdade, isto é, do mistério de Deus e de seus desígnios de salvação do mundo. Veio revelá-los aos homens e testemunhá-los com o sacrifício da própria vida. Por isso, só quando está para abraçar a Cruz declara-se Rei. E, da Cruz, atrairá tudo a si (Jo 12,32). Impressionante é que, no Evangelho de João – o evangelista teólogo – esteja o tema da realeza de Cristo constantemente ligado ao da Paixão. E que, na realidade, é a Cruz o trono régio de Cristo. Da Cruz abre os braços para apertar a si todos os homens, da Cruz governa com seu amor. Para que reine sobre nós, temos de nos deixar atrair e vencer pelo seu amor.

 

1114  Mc 13, 24-32 Domingo do  XXXIII do tempo  Comum * Lectio Divina

1114  Mc 13, 24-32 Domingo do  XXXIII do tempo  Comum  Lectio Divina

 

Evangelho (Marcos 13,24-32)

Aleluia, aleluia, aleluia.
É preciso vigiar e ficar de prontidão; em que dia o Senhor há de vir, não sabeis, não! (Lc 21,36)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 13 24 disse Jesus a seus discípulos: “Naqueles dias, depois dessa tribulação, o sol se escurecerá, a lua não dará o seu resplendor;
25 cairão os astros do céu e as forças que estão no céu serão abaladas.
26 Então verão o Filho do homem voltar sobre as nuvens com grande poder e glória.
27 Ele enviará os anjos, e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da terra até a extremidade do céu.
28 Compreendei por uma comparação tirada da figueira. Quando os seus ramos vão ficando tenros e brotam as folhas, sabeis que está perto o verão.
29 Assim também quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está próximo, às portas.
30 Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
31 Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.
32 A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do céu nem mesmo o Filho, mas somente o Pai”.
Palavra da Salvação.

REFLEXÃO

 

1114  Mc 13, 24-32 Domingo do  XXXIII do tempo  Comum 

 

Reflexão

 

MINHAS PALAVRAS NÃO PASSARÃO

 

O pensamento teológico da época expressava o fim dos tempos, a intervenção de Deus na história  através de abalos sísmicos e outros fenômenos terríveis,

 

Jesus não tinha intenção de incutir terror no coração dos discípulos e convertê-los em fanáticos anunciadores do fim do mundo. Desejava sim que eles permanecessem vigilantes, de maneira a estarem sempre preparados para o encontro com o Senhor.

 

Através da parábola da  da figueira explica melhor o objetivo da sua mensagem.  O agricultor atento sabe quando a árvore está para frutificar. Igualmente, o discípulo, quando discerne, sabe reconhecer quando se aproxima a vinda do Senhor, e tem consciência de estar preparado para recebê-lo.

 

A exortação de Jesus não tem um tempo limitado de validade. Seu valor é eterno, como eternas são todas as palavras de Jesus. Elas não passarão, embora tudo o mais perca seu valor. Assim, é absolutamente certa a vinda do Filho do Homem e a necessidade de manter-se vigilante e preparado para acolhê-lo.

 

 É, também, firme a palavra do Senhor que apresenta o amor como critério do juízo final, a recompensa para quem se mantiver fiel e a comunhão definitiva com o Pai, como destino último do cristão. Por conseguinte, o discípulo sensato deixa-se guiar pelas palavras de Jesus, de forma a evitar contratempos.

 

Jesus convida   os cristãos a viver a vida comprometidos com a realidade que os rodeia, e não  se deixar vencer pelas dificuldades que se apresentam para viver como cristãos.

Oração
Senhor Jesus, que eu me deixe guiar por tuas palavras, e me mantenha vigilante, na caridade, à tua espera.

ORAÇÃO VIDEO DE MEDITAÇÃO

https://www.youtube.com/embed/WDeuPiHAFcE

 

1114 – Domingo XXXIII do tempo comum

Grupos biblicos

 

Itinerário da preparação da Reunião (dia 9 de Novembro)

 

I – Daniel 12,1-3

 

– Leia o texto duas vezes

– Escolha e escreva um   versículo ou parte do versículo  preferido
 

– Escolha e escreva a palavra favorita desse  versículo

 

– Faça um comentário sobre a leitura (1-40 palavras) As palavras escolhidas devem estar incluidas  no texto

 

 Leitura (Daniel 12,1-3)

Leitura da profecia de Daniel.
12 “Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande chefe, o protetor dos filhos do seu povo. Será uma época de tal desolação, como jamais houve igual desde que as nações existem até aquele momento. Então, entre os filhos de teu povo, serão salvos todos aqueles que se acharem inscritos no livro.
Muitos daqueles que dormem no pó da terra despertarão, uns para uma vida eterna, outros para a ignomínia, a infâmia eterna.
Os que tiverem sido inteligentes fulgirão como o brilho do firmamento, e os que tiverem introduzido muitos (nos caminhos) da justiça luzirão como as estrelas, com um perpétuo resplendor”.
Palavra do Senhor.

 

II – Salmo Responsorial 15/16

 

– Leia o Salmo  duas vezes

– Escolha e escreva um   versículo ou parte do versículo  preferido
 

– Escolha e escreva a palavra favorita desse  versículo

 

– Faça um comentário sobre a leitura (1-40 palavras)

 

A palavra escolhida deve fazer parte do texto



Salmo Responsorial 15/16

Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

 

Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,

meu destino está seguro em vossas mãos!

Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,

pois, se o tenho a meu lado, não vacilo.

 

Eis por que meu coração está em festa,

minha alma rejubila de alegria

e até meu corpo no repouso está tranqüilo;

pois não haveis de me deixar entregue à morte

nem vosso amigo conhecer a corrupção.

 

Vós me ensinais vosso caminho para a vida;

junto a vós, felicidade sem limites,

delícia eterna e alegria ao vosso lado!

 

Leitura (Hebreus 10,11-14.18)

Leitura da carta aos Hebreus.

10 11 Enquanto todo sacerdote se ocupa diariamente com o seu ministério e repete inúmeras vezes os mesmos sacrifícios que, todavia, não conseguem apagar os pecados,

12 Cristo ofereceu pelos pecados um único sacrifício e logo em seguida tomou lugar para sempre à direita de Deus,

13 onde espera de ora em diante que os seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés.

14 Por uma só oblação ele realizou a perfeição definitiva daqueles que recebem a santificação.

18 Ora, onde houve plena remissão dos pecados não há por que oferecer sacrifício por eles.

 

Palavra do Senhor.

 

Evangelho (Marcos 13,24-32)

 

– Leia o texto do Evangelho  duas vezes

– Escolha e escreva um   versículo ou parte do versículo  preferido
 

– Escolha e escreva a palavra favorita desse   versículo

 

– Faça um comentário sobre a leitura (1-40 palavras)

A palavra escolhida deve fazer parte do texto

Evangelho (Marcos 13,24-32)

Aleluia, aleluia, aleluia.

É preciso vigiar e ficar de prontidão; em que dia o Senhor há de vir, não sabeis, não! (Lc 21,36)

 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.

Naquele tempo, 13 24 disse Jesus a seus discípulos: “Naqueles dias, depois dessa tribulação, o sol se escurecerá, a lua não dará o seu resplendor;

25 cairão os astros do céu e as forças que estão no céu serão abaladas.

26 Então verão o Filho do homem voltar sobre as nuvens com grande poder e glória.

27 Ele enviará os anjos, e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da terra até a extremidade do céu.

28 Compreendei por uma comparação tirada da figueira. Quando os seus ramos vão ficando tenros e brotam as folhas, sabeis que está perto o verão.

29 Assim também quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está próximo, às portas.­­­­­

30 Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.

31 Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.

32 A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do céu nem mesmo o Filho, mas somente o Pai”.

Palavra da Salvação.

 

 

 

1107 Domingo XXXII do tempo comum

Escute várias vezes as leituras. Depois Reze as leituras aplicando-as à sua própria vida: 

PRIMEIRA LEITURA        1Reis           17,10-16

Do seu punhado de farinha, a viúva fez um pãozinho e trouxe-o a Elias.

Ler a Palavra

Leitura do Primeiro Livro dos Reis:

Naqueles dias, 10Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar à porta da cidade, viu uma viúva apanhando lenha. Ele chamou-a e disse: “Por favor, traze-me um pouco de água numa vasilha para eu beber”.
11Quando ela ia buscar água, Elias gritou-lhe: “Por favor, traze-me também um pedaço de pão em tua mão”.
12Ela respondeu: “Pela vida do Senhor, teu Deus, não tenho pão. Só tenho um punhado de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na jarra. Eu estava apanhando dois pedaços de lenha, a fim de preparar esse resto para mim e meu filho, para comermos e depois esperar a morte”.
13Elias replicou-lhe: “Não te preocupes! Vai e faze como disseste. Mas, primeiro, prepara-me com isso um pãozinho e traze-o. Depois farás o mesmo para ti e teu filho. 14Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘A vasilha de farinha não acabará e a jarra de azeite não diminuirá, até o dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a face da terra’”.
15A mulher foi e fez como Elias lhe tinha dito. E comeram, ele e ela e sua casa, durante muito tempo. 16A farinha da vasilha não acabou nem diminuiu o óleo da jarra, conforme o que o Senhor tinha dito por intermédio de Elias.

Ler a Palavra 

       Uma situação de grande privação compromete a qualidade de vida da região inteira: uma seca prolongada, decretada pelo Senhor através do profeta Elias (cf. lRs 17,1). Este procura refúgio, por ordem divina, em terra estrangeira (cf. lRs 17,9), onde recebe a ajuda generosa de uma pobre «viúva» (w. 10-15). O Senhor abençoa o gesto de solidariedade e de fé desta mulher, garantindo milagrosamente os meios de sobrevivência tanto a ela, como ao filho e ao profeta (v. 16).

Compreender a Palavra

O episódio começa com um paradoxo: Elias é enviado por Deus, de Israel para uma terra estrangeira, onde dependerá das ofertas e dos recursos de uma mulher viúva, necessitada e perten¬cente a um povo pagão! A inversão da lógica humana é clara: o poder comunica-se através da impotência, da riqueza verdadeira, da indigência!

Se as condições daquela pobre mulher parecem desesperadas (v. 12b), o leitor não deve esquecer que JHWH «protege o estran¬geiro, ampara o órfão e a viúva» (Sl 145,9). Cria-se por isso uma tensão: precisamente a essa terra, que parece ser do domínio de

Baal, o Senhor faz chegar a Sua ajuda ao órfão, à viúva e ao Seu profeta. Entre as linhas nota-se uma polémica anti-idolátrica e a vontade de testemunhar a fé na soberania de Deus, que transcen¬de todas as barreiras e tarefas humanas.

Ê verdade, surpreende a fé desta mulher, que responde a Elias invocando o Senhor: «Tão certo estar vivo o Senhor, teu Deus…» (v. 12a) Uma coisa é clara, a fé não é apanágio de Israel mas, mis¬teriosamente, o Senhor concede-a a quem quer, mesmo a quem parece estar longe dela. Às palavras do profeta, que exorta a mu¬lher a «não temer» em nome da promessa do Senhor (w. 13-14), ela responde com uma obediência plena, sinal da sua fé e da sua generosidade; atitudes que o Senhor abençoa (w. 15-16).

A sobriedade da narração pouco concede ao gosto do mila¬groso, está de acordo com o ensinamento: JHWH, na Sua compai¬xão indefectível para com todos, privilegia, sobretudo, todos os pobres!

I LEITURA – 1 Reis 17, 10-16 (sintese) 

A viúva de Sarepta. Em tempo de fome, numa terra estrangeira, o profeta Elias é ajudado  por uma viúva que se encontra à mingua de recursos. Não nos é dito se ela acreditava no Deus verdadeiro; tem, certamente, a generosidade  dos pobres; e recebe, através do profeta, a retribuição de Deus. 

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SALMO RESPONSORIAL SL 145,7-10

O poder e a riqueza deste mundo conduzem à fome e à servi¬dão os seus súbditos e as suas vítimas; o Reino de Deus, ao con¬trário, concede o «pão aos famintos» e a «liberdade aos prisionei¬ros» (v. 7). Só a confiança no Senhor está, por isso, bem colocada; esperar nos homens é falacioso.

SALMO – 145 (146), 7.8-9a.9bc-10 (R. 1 ou Aleluia)

Refrão: Ó minha alma, louva o Senhor. Repete-se Ou: Aleluia. Repete-se

O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos. Refrão

O Senhor ilumina os olhos do cego,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos. Refrão

O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
e entrava o caminho aos pecadores. Refrão

O Senhor reina eternamente;
o teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações. Refrão

 

 

II LEITURA – Hebr 9, 24-28

«Cristo ofereceu-Se uma só vez para tomar sobre Si os pecados da multidão.»

SEGUNDA LEITURA         HB 9,24-28

Cristo ofereceu-Se uma só vez para tomar sobre Si os pecados de muitos.

Ler a Palavra

A unicidade do sacrifício de Cristo contrapõe-se à multipli¬cidade dos sacrifícios da parte do sacerdócio aaronita, repetidos anualmente no rito da expiação; o sacrifício de Cristo realiza-se na Páscoa, com a qual Ele entra no «santuário» celeste (w. 24-25), realizando a oferta da Sua própria vida (v. 26). Esta oferta dá- -se «uma só vez», pois a morte é um acontecimento irrepetível (w. 27-28). Finalmente, o autor introduz a confrontação entre a «primeira vinda» de Cristo na carne e a «segunda vinda», a que fará na glória (v. 28).

Leitura da Epístola aos Hebreus
Cristo não entrou num santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, para Se apresentar agora na presença de Deus em nosso favor. E não entrou para Se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote que entra cada ano no Santuário, com sangue alheio; nesse caso, Cristo deveria ter padecido muitas vezes, desde o princípio do mundo. Mas Ele manifestou-Se uma só vez, na plenitude dos tempos, para destruir o pecado pelo sacrifício de Si mesmo. E, como está determinado que os homens morram uma só vez e a seguir haja o julgamento, assim também Cristo, depois de Se ter oferecido uma só vez para tomar sobre Si os pecados da multidão, aparecerá segunda vez, sem a aparência do pecado, para dar a salvação àqueles que O esperam.

Compreender a Palavra

Partindo do princípio de que «sem derramamento de sangue não existe perdão» (HB 9,22), a Carta aos Hebreus medita na uni¬cidade do sacrifício de Cristo, do qual brota a redenção para a Humanidade. O acontecimento pascal é o cumprimento cristoló- gico do rito da expiação, que o Sumo Sacerdote celebrava uma vez no ano ao entrar no Santuário (v. 25; cf. Lv 16). Mas se o rito pode e deve ser repetido, o sacrifício de Cristo consiste na singular e irrepetível oferta de «Si mesmo» até à morte (v. 26).

A Carta serve-se, em primeiro lugar, de uma metáfora de mo-vimento: com a Páscoa, Cristo entrou «não num santuário feito por mãos humanas», mas na habitação celeste de Deus, isto é, na própria vida íntima divina (v. 24). Além disso, se o «Sumo Sacerdote», entrando no santuário, devia levar o sangue das ví¬timas, Cristo, entrando na morada transcendente de Deus, le¬vou consigo o Seu próprio sangue, derramado pela Humanidade (w. 25-26). Por isso o Seu sacrifício decretou já inválidos todos os sacrifícios antigos e suprimiu a separação ritual do culto do Antigo Testamento.

A metáfora do movimento leva o autor da Carta aos Hebreus a introduzir o tema da diferença entre as «duas vindas» de Cristo: se a primeira se deu na carne pela morte, em redenção dos pe¬cadores; a «segunda», já não terá a finalidade de Se oferecer a Si mesmo em expiação, mas sim a de acolher a Humanidade na casa do Pai (w. 27-28). 

 

Leitura da Epístola aos Hebreus
Cristo não entrou num santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, para Se apresentar agora na presença de Deus em nosso favor. E não entrou para Se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote que entra cada ano no Santuário, com sangue alheio; nesse caso, Cristo deveria ter padecido muitas vezes, desde o princípio do mundo. Mas Ele manifestou-Se uma só vez, na plenitude dos tempos, para destruir o pecado pelo sacrifício de Si mesmo. E, como está determinado que os homens morram uma só vez e a seguir haja o julgamento, assim também Cristo, depois de Se ter oferecido uma só vez para tomar sobre Si os pecados da multidão, aparecerá segunda vez, sem a aparência do pecado, para dar a salvação àqueles que O esperam.
Palavra do Senhor.

ALELUIA – Mt 5, 3

Refrão: Aleluia. Repete-se

Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão

EVANGELHO – Forma longa – Mc 12, 38-44

Jesus critica os ecribas e elogia uma viúva pobre.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: «Acautelai-vos dos escribas, que gostam de exibir longas vestes, de receber cumprimentos nas praças, de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes. Devoram as casas das viúvas, com pretexto de fazerem longas rezas. Estes receberão uma sentença mais severa». Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante. Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros. Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver».
Palavra da salvação.

EVANGELHO – Forma breve – Mc 12, 41-44

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante. Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros. Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver».
Palavra da salvação

A GENEROSIDADE DOS SIMPLES

Por vezes na leitura da Palavra de Deus é-se surpreendido com episódios reveladores de uma grande generosidade. É esta capacidade de dar que marca dois dos textos hoje proclamados na liturgia. Elias é ajudado pela viúva de Sarepta, Jesus dá-se conta do óbulo da viúva. De facto, são duas pessoas pobres, simples, humildes, que no meio das suas grandes dificuldades ainda conseguem repartir os bens. A viúva de Sarepta não tinha mais nada para sobreviver do que um punhado de farinha e um fio de azeite. Apesar disso sentiu-se capaz de ajudar Elias que precisava de um pãozinho e de um copo de água (I leitura). Do mesmo modo, quando Jesus se coloca em frente do tesouro do templo a ver multidões que passavam e depositavam quantias no lugar do ofertório é surpreendido por uma viúva pobre que não tem mais do que duas moedas. Na sua generosidade são estas que ela oferece (evangelho). A Carta aos Hebreus considera também Jesus como um pobre cheio de generosidade que oferece o que tem, a vida, de uma vez por todas para o perdão dos pecados e para que a humanidade seja salva (II leitura).

1. A viúva de Sarepta
No texto do Livro dos Reis há duas personalidades diferentes mas que se aproximam num problema que é dos dois. Elias tem sede e fome, a viúva de Sarepta prepara o que lhe resta para fazer pão com que alimentará o seu filho. São dois pobres: Elias marcado pelo cansaço e pela solidão; a viúva de Sarepta dominada por uma pobreza extrema. Ao desafio do profeta, para uma generosidade aparentemente exagerada, aquela mulher responde com uma partilha ainda maior, dando do último pão que lhe resta. Porque Elias fala em nome de Deus, a viúva de Sarepta é recompensada: “Desde aquele dia, nem a panela da farinha se esgotou, nem se esvaziou a almotolia do azeite” (1 Reis 17, 16).

2. O óbulo da viúva
Muita gente passava no átrio do templo. Era natural participar nas despesas do culto, na sustentação dos sacerdotes e no cuidado a ter com os mais pobres. Todos os crentes passavam junto do tesouro e deitavam esmolas segundo a sua capacidade económica. Uns deitavam muito, pela sua riqueza, outros deitavam pouco, por causa dos seus limites. Até aqui tudo foi normal. Mas aconteceu que uma mulher viúva, no limiar da sua pobreza extrema, não se resignou a ficar sem dar e “deitou duas pequenas moedas” (Mc 12, 42). Talvez fosse o último dinheiro que lhe restava. Assim o compreendeu Jesus que disse aos discípulos: “eles (os ricos) deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha” (Mc 12, 44). Lição maravilhosa da generosidade dos simples. Cristo aproveitou o episódio para convidar os discípulos e, neles, todos os cristãos a serem simples e generosos em todas as situações.

3. O sacrifício único
Na Carta aos Hebreus fala-se hoje de um sumo sacerdócio diferente, não na opulência mas na pobreza, não na vitória a qualquer preço mas na aceitação da morte como grande sacrifício, não na multiplicidade dos holocaustos mas na oferenda única da vida de uma vez por todas para a remissão dos pecados. Cristo fez-se simples no dom da própria vida para a todos chamar à generosidade da entrega. Em Cristo aprende-se a dar a vida.

 

 

DOMINGO XXX DO TEMPO COMUM

 

Ano B

Missa

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 104, 3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.
* Procuara o Senhor eis a nossa preocupação constante

ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Quem é Jeremias? 

LEITURA I Jer 31, 7-9
«Vou trazer de novo o cego e o coxo entre lágrimas e preces»

Esta leitura refere-se, em primeiro lugar ao fim do exílio do povo de Deus em Babilónia. Mas ela é, ao mesmo tempo, o quadro onde encontram lugar todos os que sofrem e procuram salvação. Hoje, como então, a palavra de Deus anuncia essa salvação. O Senhor quer reunir todos os homens e de todos fazer um só povo, o seu povo. Para isso, chama-os das situações mais humilhantes em que eles se encontram, e oferece-lhes a vida nova que Cristo nos trouxe.

Leitura do Livro de Jeremias

Eis o que diz o Senhor: «Soltai brados de alegria por causa de Jacob, enaltecei a primeira das nações. Fazei ouvir os vossos louvores e proclamai: ‘O Senhor salvou o seu povo, o resto de Israel’. Vou trazê-los das terras do Norte e reuni-los dos confins do mundo. Entre eles vêm o cego e o coxo, a mulher que vai ser mãe e a que já deu à luz. É uma grande multidão que regressa. Eles partiram com lágrimas nos olhos e Eu vou trazê-los no meio de consolações. Levá-los-ei às águas correntes, por caminho plano em que não tropecem. Porque Eu sou um Pai para Israel e Efraim é o meu primogénito».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 125 (126), 1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R. 3)
Refrão: Grandes maravilhas fez por nós o Senhor,
por isso exultamos de alegria. Repete-se

Ou: O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo. Repete-se

Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e dos nossos lábios cânticos de júbilo. Refrão

Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria. Refrão

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria. Refrão

À ida vão a chorar,
levando as sementes;
à volta vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas. Refrão


LEITURA II Hebr 5, 1-6
«Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec»

Jesus é, junto do Pai, sacerdote de toda a humanidade e não já de um só povo apenas. E não é sacerdote como os da Antiga Aliança, que morriam e tinham de ser substituídos. Jesus é sacerdote de outra maneira, à maneira de Melquisedec, aquela figura misteriosa que saiu ao encontro de Abraão, sem que se lhe conheça nem a origem nem o fim, imagem por isso de Jesus, sacerdote eterno, porque está vivo para sempre.

Leitura da Epístola aos Hebreus
Todo o sumo sacerdote, escolhido de entre os homens, é constituído em favor dos homens, nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Ele pode ser compreensivo para com os ignorantes e os transviados, porque também ele está revestido de fraqueza; e, por isso, deve oferecer sacrifícios pelos próprios pecados e pelos do seu povo. Ninguém atribui a si próprio esta honra, senão quem foi chamado por Deus, como Aarão. Assim também, não foi Cristo que tomou para Si a glória de Se tornar sumo sacerdote; deu-Lha Aquele que Lhe disse: «Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei», e como disse ainda noutro lugar: «Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec».
Palavra do Senhor.


ALELUIA cf. 2 Tim 1, 10
Refrão: Aleluia. Repete-se
Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho. Refrão


EVANGELHO Mc 10, 46-52
«Mestre, que eu veja»

A profecia da primeira leitura, dizendo que entre os retornados do exílio estaria o cego, realiza-se em Jesus Cristo. O cego, proclamando-O “Filho de David”, reconhece n’Ele o Messias. Jesus, curando-o, recompensa a sua fé; mas simultaneamente mostra que os tempos do Messias e da salvação por Ele oferecida a todos os homens tinham chegado ao meio deles.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, quando Jesus ia a sair de Jericó com os discípulos e uma grande multidão, estava um cego, chamado Bartimeu, filho de Timeu, a pedir esmola à beira do caminho. Ao ouvir dizer que era Jesus de Nazaré que passava, começou a gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim». Muitos repreendiam-no para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem piedade de mim». Jesus parou e disse: «Chamai-o». Chamaram então o cego e disseram-lhe: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te». O cego atirou fora a capa, deu um salto e foi ter com Jesus. Jesus per¬guntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». O cego respondeu-Lhe: «Mestre, que eu veja». Jesus disse-lhe: «Vai: a tua fé te salvou». Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho.
Palavra da salvação.
Senhor tu és a Luz 


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos
e fazei que a celebração destes mistérios
dê glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 19, 6
Celebramos, Senhor, a vossa salvação
e glorificamos o vosso santo nome.

Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós,
oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que os vossos sacramentos
realizem em nós o que significam,
para alcançarmos um dia em plenitude
o que celebramos nestes santos mistérios.
Por Nosso Senhor.