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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Evangelho segundo São Marcos
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Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vão deitar-vos as mãos e perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e metendo-vos nas prisões; hão-de conduzir-vos perante reis e governadores, por causa do meu nome. Assim, tereis ocasião de dar testemunho. Gravai, pois, no vosso coração, que não vos deveis preocupar com a vossa defesa, porque Eu próprio vos darei palavras de sabedoria, a que não poderão resistir ou contradizer os vossos adversários. Sereis entregues até pelos pais, irmãos, parentes e amigos. Hão-de causar a morte a alguns de vós e sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. Pela vossa constância é que sereis salvos.»
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REFLEXÃO
O Evangelho de hoje Jesus apresenta como sinal precursor da plena manifestação do Reino a perseguição aos discípulos. Estes não devem temer a perseguição porque sabem com quem contam: “Prender-vos-ão e perseguir-vos-ão, entregando-vos aos tribunais e à prisão… Não prepareis a vossa defesa, porque eu vos darei palavras e sabedoria às quais não poderá fazer frente nem contradizer nenhum adversário vosso”.
Pela fé a família fica divida, os discípulos são perseguidos e condenados à prisão, e à morte. Mas como Jesus assiste aos seus, “nem um só cabelo da vossa cabeça se perderá”; isto é, nada lhes sucederá sem que o Pai, em cujas mãos estão, o disponha para seu bem.
Quando Lucas escrevia estas premonições de Jesus, a jovem Igreja já tinha vivido a morte violenta do apóstolo Tiago e do diácono Estêvão, assim como a prisão e maus tratos dos apóstolos em Jerusalém e de Paulo e seus companheiros nas suas viagens apostólicas.
Mas Jesus, não incute o medo, mas infunde o otimismo apesar de tudo: “Com a vossa perseverança salvareis as vossas almas”…
Ser discípulo não é tarefa fácil. A história da Igreja regista tantos cristãos perseguidos, torturados, presos, escorraçados, expulsos do seu país por causa do nome de Jesus.
Talvez não esteja nos planos de Deus morrer de amor e no martírio de sangue, mas Ele quer de nós uma aceitação do amor minuto após minuto, no tempo de vida que me é oferecido: morrer para a nossa vontade para renascer para Deus, aceitando as circunstâncias concretas do nosso quotidiano no cumprimento fiel do nosso dever, da prática da oração e perseverar no amor a Deus e ao próximo tanto na adversidade como na alegria.
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Takvez não esteja nos planos de Deus morrer de amor e no martírio de sangue, mas Ele quer de nós uma aceitação do amor minuto após minuto, no tempo de vida que me é oferecido: morrer para a nossa vontade para renascer para Deus, aceitando as circunstâncias concretas do nosso quotidiano no cumprimento fiel do nosso dever, da prática da oração e perseverar no amor a Deus e ao próximo tanto na adversidade como na alegria.
Partilha de Vida
ORAÇÃO
Livra-nos Senhor do medo, do desalento e da vergonha. Dá-nos a perseverança nos momentos angustiantes da nossa vida infunde-nos então a fortaleza do teu Espírito e o otimismo tenaz que brota do teu mistério pascal.
Agenda litúrgica
2023-11-29
Quarta-feira da semana XXXIV
L 1 Dn 5, 1-6. 13-14. 16-17. 23-28; Sl Dn 3,62.63.64.65.66.67
Ev Lc 21, 12-19
Missa
Antífona de entrada Cf. Sl 84, 9
O Senhor fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a todos os que a Ele se convertem de coração sincero.
Oração coleta
Despertai, Senhor, a vontade dos vossos fiéis,
para que, correspondendo mais generosamente
à ação da graça divina,
recebamos maiores auxílios da vossa bondade.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I (anos ímpares) Dan 5, 1-6.13-14.16-17.23-28
«Apareceram dedos de mão humana e escreveram»
A estranha aparição, que Daniel vai interpretar para o rei, revela a justiça de Deus, que não deixa impune a acção sacrílega da profanação do templo, anuncia o fim do império caldeu e manifesta Deus como o Senhor da história dos homens.
Leitura da Profecia de Daniel
Naqueles dias, o rei Baltasar ofereceu um grande banquete a um milhar dos seus dignitários, na presença dos quais bebeu vinho. Sob a acção do vinho, Baltasar mandou buscar os vasos de ouro e de prata que seu pai, Nabucodonosor, tinha tirado do templo de Jerusalém, para beberem por eles o rei, os seus dignitários, as suas mulheres e as suas concubinas. Trouxeram então os vasos de ouro que tinham sido tirados do templo de Deus, em Jerusalém, e beberam por eles o rei, os seus dignitários, as suas mulheres e as suas concubinas. Beberam vinho e entoavam louvores aos seus deuses de ouro e de prata, de bronze e de ferro, de madeira e de pedra. De repente, apareceram dedos de mão humana, que escreveram em frente do candelabro, na cal da parede do palácio real. Ao ver essa mão que escrevia, o rei mudou de cor e os seus pensamentos perturbaram-no; cederam as articulações dos seus quadris e os joelhos batiam um contra o outro. Daniel foi introduzido à presença do rei e o rei dirigiu-lhe estas palavras: «És tu Daniel, um dos exilados de Judá, que o rei meu pai trouxe de Judá para aqui? Ouvi dizer que está em ti o espírito divino e que tens uma luz, uma inteligência e uma sabedoria superiores. Ouvi dizer também que podes interpretar e decifrar os enigmas. Se conseguires ler esta escrita e dar-me a sua interpretação, vestir-te-ás de púrpura, trarás ao pescoço o colar de ouro e serás o terceiro no governo do reino». Então Daniel tomou a palavra e disse ao rei: «Podes ficar com os teus dons e dar a outros os teus presentes. Contudo, vou ler ao rei essa escrita e dar a sua interpretação. Foi contra o Senhor do Céu que te ergueste, ao mandares buscar os vasos do seu templo, pelos quais bebeste vinho, com os teus dignitários, as tuas mulheres e as tuas concubinas. E entoaste louvores aos deuses de ouro e de prata, de bronze e de ferro, de madeira e de pedra, que não ouvem, não vêem nem entendem, mas não glorificaste o Deus que domina a tua respiração e dirige os teus caminhos. Por isso Ele enviou aquela mão que escreveu essas palavras. Eis a escrita que foi traçada: ‘Mené, Téquel, Parsin’: e esta é a sua interpretação: ‘Mené’, quer dizer, ‘Contado’: Deus contou o tempo do teu reinado e pôs-lhe termo; ‘Téquel’, quer dizer, ‘Pesado’: foste pesado na balança e achado sem peso; ‘Parsin’, quer dizer, ‘Dividido’: o teu reino foi dividido e dado aos medos e aos persas».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Dan 3, 62.63.64.65.66.67 (R. 59b)
Refrão: Louvai o Senhor, exaltai-O para sempre. Repete-se
Sol e lua, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Estrelas do céu, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Chuvas e orvalhos, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Todos os ventos, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Fogo e calor, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Frio e geada, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
ALELUIA Ap 2, 10c
Refrão: Aleluia. Repete-se
Sê fiel até à morte, diz o Senhor,
e dar-te-ei a coroa da vida. Refrão
EVANGELHO Lc 21, 12-19
« Todos vos odiarão por causa do meu nome;
mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá»
A destruição do templo e da cidade será acompanhada da perseguição. O que aconteceu aos habitantes de Jerusalém, como é descrito nesta leitura, repetiu-se, algum tempo depois, em todo o império romano. Nesta passagem anuncia-se um fim, fim que o foi para os perseguidores, não para os perseguidos, que, a esses, o Nome do Senhor por quem sofriam os salvou. Deste modo, o fim deste tempo litúrgico, que nos recorda o fim dos tempos, anuncia-nos a vitória pascal do Senhor, que, depois de crucificado, ressuscitou e vive para sempre.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deitar-vos-ão as mãos e hão-de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Assim tereis ocasião de dar testemunho. Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa. Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer. Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas».
Palavra da salvação.
Oração sobre as oblatas
Recebei, Senhor, estes dons sagrados,
que nos mandastes oferecer em honra do vosso nome,
e fazei que, obedecendo sempre aos vossos mandamentos,
nos tornemos, também nós,
uma oblação agradável aos vossos olhos.
Por Cristo nosso Senhor.
Antífona da comunhão Sl 116, 1-2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
porque é eterna a sua misericórdia.
Ou: Cf. Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor.
Oração depois da comunhão
Deus todo-poderoso,
não permitais que se separem de Vós
aqueles a quem destes a graça
de participar neste divino sacramento.
Por Cristo nosso Senhor.