04/18 Domingo III da Páscoa

“Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia”

Evangelho, Lucas (24, 36-48)

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

 

Jesus aparece aos seus discípulos

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?». Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

A catequese de São Lucas sobre a Ressurreição inicia-se com os relatos da aparição de Jesus às mulheres vindas do sepulcro e  e aos discípulos de Emaús.

Esta aparição ( Lucas 24,35-48) é diferente e sublinha a missão dos os Apóstolos como as  testemunhas fidedignas dos acontecimentos pascais: Jesus não é um fantasma (v. 37-39), tanto é verdade que come o peixe assado (v. 41-43). Não pode haver dúvidas naqueles que devem continuar a obra do Mestre.

Torna-se necessário penetrarmos na compreensão profunda, sábia, do que acontecera e de que os Apóstolo são testemunhas (v. 48). A explicação dos acontecimentos à luz de todo o Antigo Testamento (de «Moisés, dos Profetas e dos Salmos»: ( v. 44) indica que só na escola desta palavra, como tinha acontecido aos discípulos de Emaús, é possível passar da incredulidade à fé pascal. A tarefa dos Apóstolos daqui em diante será a de anunciar no Nome de Jesus ressuscitado a conversão e o perdão dos pecados (v. 47).

Jesus lembra aos discípulos de todos os tempos: “vós sois as testemunhas de todas estas coisas”. O testemunho que Cristo nos pede passa, mais do que pelas palavras, pelos nossos gestos. Jesus vem, hoje, ao encontro dos homens e oferece-lhes a salvação através dos nossos gestos de acolhimento, de partilha, de amor sem limites. São esses gestos que testemunham, diante dos nossos irmãos, que Cristo está vivo e que Ele continua a sua obra de libertação dos homens e do mundo.

Continuemos o nosso peregrinar para Cristo testemunhando a alegria de Viver a Ressurreição no meio dos nossos irmãos 

 

Oração

Ó Pai, que na gloriosa morte do vosso Filho, vítima de expiação pelos nossos pecados, colocastes o fundamento da reconciliação e da paz, abri o nosso coração à verdadeira conversão e fazei de nós testemunhas da Humanidade nova, pacificada no Vosso amor a cantar a verdade da ressurreição. Amém