QUINTA-FEIRA (20/08)
Índice
PRIMEIRA LEITURA (anos pares) Ez 36,23-28. 1
SALMO RESPONSORIAL Sl 50,12 15.18-19. 2
Comentários na net – EELMOH/DICTOF. 3
A Parábola dos trabalhadores da vinha. 3
PRIMEIRA LEITURA (anos pares) Ez 36,23-28
Leitura da Profecia de Ezequiel.
Assim fala o Senhor: 23“Vou mostrar a santidade do meu grande nome, que profanastes no meio das nações. As nações saberão que eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus –, quando eu manifestar minha santidade à vista delas por meio de vós. 24Eu vos tirarei do meio das nações, vos reunirei de todos os países, e vos conduzirei para a vossa terra. 25Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados. Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos.26Eu vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne; 27porei o meu espírito dentro de vós e farei com que sigais a minha lei e cuideis de observar os meus mandamentos. 28Habitareis no país que dei a vossos pais. Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus”.dar-vos-ei um coração novo e infundirei em vós um espírito novo.
Ler a Palavra
O Senhor tinha permitido que o seu Povo fosse deportado para Babilónia. Todavia, esta situação não podia durar muito tempo, porque deste modo o seu Nome santo ficaria desonrado. De facto, os pagãos podiam pensar: «O Deus de Israel não conseguiu defender o seu povo.» (Cf. Ez 36,20-22).
Deus prepara então uma nova intervenção, de modo a que as nações reconheçam que Ele existe (v. 23). Os versículos 24-28 são a descrição solene dos fundamentos do novo começo: a purificação e a dádiva de um coração novo.
Compreender a Palavra
A nova intervenção de jhwh tem início nas causas profundas que procuraram a Israel a condição do exílio. Em primeiro lugar o Senhor purifica o povo do seu apego aos ídolos. É o primeiro passo no caminho da conversão. O povo já reparou que os ídolos, no momento de verdadeira necessidade, não servem. Não conseguiram salvá-lo do exílio. Mas isto não é ainda bastante. Se de facto o coração do povo permanece o mesmo, muito poucos passos poderia fazer no caminho de regresso à terra amada. Os israelitas conheciam a Torá – o caminho – mas não tinham já forças para caminhar. Então, Deus promete um coração novo, cheio de um espírito novo, que irá substituir o velho coração senil, já incapaz de cumprir a vontade de Deus. Só então o povo poderá viver segundo os estatutos de Deus, manter a Aliança e permanecer na terra que lhe fora prometida. Os dons de Deus são grandes e sem arrependimento, mas exigem ser acolhidos. Também a capacidade de acolher os dons é fruto da Sua graça.
SALMO RESPONSORIAL Sl 50,12 15.18-19
O orante pede ao Senhor que seja totalmente renovado através do dom de um «coração puro» e de um «espírito firme» (v. 12). Depois de ter experimentado a salvação, ele mesmo ensinará aos «pecadores» o caminho da conversão (v. 15). Como acção de graças, Deus prefere, em vez dos sacrifícios externos, as atitudes interiores de lealdade, de misericórdia e de obediência (w. 18-19).
(Sl 50)—
Eu hei de derramar sobre vós uma água pura, e de vossas imundícies sereis purificados.
— Eu hei de derramar sobre vós uma água pura, e de vossas imundícies sereis purificados.
— Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
— Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Ensinarei vosso caminho aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados.
— Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais. Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!
EVANGELHO Mt 22,1-14
Convidai para as bodas todos os que encontrardes.
Naquele tempo, 1Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, 2dizendo: “O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. 3E mandou os seus empregados chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir.
4O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’ 5Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, 6outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram.
7O rei ficou indignado e mandou suas tropas, para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. 8Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. 9Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’.
10Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados. 11Quando o rei entrou para ver os convidados, observou ali um homem que não estava usando traje de festa 12e perguntou-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem nada respondeu.13Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Ali haverá choro e ranger de dentes’. 14Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos”.
Ler a Palavra
Jesus encontra-Se em Jerusalém, onde Se defronta com os Seus adversários. Depois da parábola dos dois filhos (21,28-32) e da dos vinhateiros homicidas (21,33-46), nas quais se ameaçava o castigo do Judaísmo, a parábola da liturgia de hoje afirma a sua execução, com a predição da destruição da cidade. O texto divide-se em duas partes (w. 1-10 e 11-14) com dois pontos fulcrais: o convite feito a novos convidados (v. 10); e a exclusão de um convidado sem a veste nupcial (v. 13).
Compreender a Palavra
O rei da parábola é o Pai do Céu. O filho é simplesmente o seu Filho. Os servos são sobretudo os profetas, os convidados são o povo infiel. O convite não é feito a pessoas que são chamadas por justiça. O convite parte da generosidade do rei, o qual quer que sejam muitos a participar na alegria de seu filho. Compreende-se mal, portanto, a falta de interesse dos convidados. Não se trata de uma ofensa à justiça, mas de uma afronta a dignidade do rei. Alguns convidados julgam-se inclusivamente incomodados pelos mensageiros: insultam-nos e matam-nos. A resposta do rei é uma expedição punitiva. É provável que o evangelista e a Igreja primitiva estivessem a pensar na destruição de Jerusalém, como consequência do endurecimento do coração de Israel. Os servos devem convidar outros convidados, sem distinção. São juntamente bons e maus. Mas a festa ainda não começou. Primeiro e feita uma distinção entre cordeiros e cabritos. Mateus fala aqui da sua experiência de Igreja, onde cresce o joio juntamente com o trigo. Os Cristãos, não obstante tudo isto, são chamados, mas não estão ainda definitivamente salvos. O número dos chamados é elevado. Para entrar na Igreja não é necessária a observância da lei mosaica, a circuncisão já não serve, e todos podem entrar. Todavia, não têm nenhuma garantia da sua eleição ao Reino dos Céus no fim dos tempos. O traje nupcial é a justiça do Reino: fazer a vontade do Pai celeste.
DA PALAVRA PARA A VIDA
O nosso Deus é um Deus generoso. Quer que todos os homens entrem na festa preparada para o seu Filho e participem da Sua alegria. O nosso risco é, muitas vezes, não repararmos na festa preparada precisamente para nós, de andarmos demasiado atarefados com outras coisas, de procurarmos a felicidade onde não podemos encontrá-la, de nos fecharmos em nós mesmos e não atendermos ao dom da vida e da sua glória, que Deus nos quer fazer. Jeremias escreve que o homem que confia no homem, quando vem o bem não o vê (Jr 17,5-6). Assim os convidados para a festa de núpcias preferem ir cada um tratar dos seus negócios, dos seus interesses. A Palavra hoje, depois de nos ter anunciado a boa notícia da festa que Deus nos prepara continuamente, convida-nos também a perguntarmo-nos o que é que se tornou importante na nossa vida, quais são os convites aos quais respondemos.
O Senhor sabe que não temos forças suficientes para nos pormos a caminho e respondermos ao Seu convite. Está disposto a colocar em nós um coração novo, cheio do seu Espírito, em condições de percorrer o caminho por Ele indicado (primeira leitura, anos pares).
Fazer a vontade de Deus é o traje nupcial que Ele pretende dos Seus eleitos. É este também o verdadeiro sacrifício espiritual que Lhe agrada (salmo responsorial, anos ímpares).
Oração
Ó Deus,
que não Vos deixais vencer em generosidade
e quereis que todos os homens entrem na festa
preparada para o vosso Filho,
infundi nos nossos corações o vosso Espírito
para que possamos fazer a Vossa vontade
e apresentar-nos às núpcias
com o traje nupcial que pedis aos Vossos eleitos.
Apontadores
Leituras da Canção Nova 20/08 (5ª feira) 21/08 (6ª feira) 22/08 (Sábado) 23/08 (Domingo)
Leituras da Eclesia 20/08 (5ª feira) 21/08 (6ª feira) 22/08 (Sábado) 23/08 (Domingo)
Leituras dos Deonianos 20/08 (5ª feira) 21/08 (6ª feira) 22/08 (Sábado) 23/08 (Domingo)
Comentários na net – EELMOH/DICTOF
(20/08) 5ª feira da XX semana do tempo comum https://wp.me/pb68SM-GG
(21/08) 6ª fera da XX semana do tempo comum https://wp.me/pb68SM-GK
(22/08) Sábado da XX semana do tempo comum https://wp.me/pb68SM-GN
(23/08) Domingo da XX semana do tempo comum https://wp.me/pb68SM-GP
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A Parábola dos trabalhadores da vinha
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