17 de JulhoQuarta-FEIRA da semana XV

lº 

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2019-07-17

QUARTA-FEIRA da semana XV

Bb. Inácio de Azevedo, presbítero, 
e Companheiros, mártires – MO 
Vermelho – Ofício da memória. 
Missa da memória. 

L 1 Ex 3, 1-6. 9-12; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 6-7 
Ev Mt 11, 25-27 
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Bb. Nicolau Dinis (de Bragança) e Bento de Castro (de Chacim), mártires do Brasil (1570) – MO 
* Na Diocese do Porto – Bb. Inácio de Azevedo, presbítero e Companheiros, mártires – MO 
* Na Diocese de Viana do Castelo – Bb. Inácio de Azevedo, presbítero, e Companheiros, mártires – MF 
* Na Ordem Agostiniana – B. Madalena Albrici de Como, virgem – MF 
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – Bb. Teresa de S. Agostinho e Companheiras, virgens e mártires – MF e MO 
* Na Ordem de São Domingos – B. Ceslau da Polónia, presbítero – MF 
* Na Companhia de Jesus – Bb. Inácio de Azevedo, presbítero, e Companheiros, mártires – MO

 

Missa

 

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 16, 15 
Eu venho, Senhor, à vossa presença: 
ficarei saciado ao contemplar a vossa glória. 

ORAÇÃO COLECTA 
Senhor nosso Deus, 
que mostrais aos errantes a luz da vossa verdade 
para poderem voltar ao bom caminho, 
concedei a quantos se declaram cristãos 
que, rejeitando tudo o que é indigno deste nome, 
sigam fielmente as exigências da sua fé. 
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, 
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 

LEITURA I (anos ímpares) Ex 3, 1-6.9-12 
«Apareceu-lhe o Anjo do Senhor numa chama ardente, 
do meio de uma sarça» 

Moisés, que havia de ser o instrumento de Deus para libertação do povo, recebe, nesta visão, a consciência da grandeza e do poder de Deus, ao mesmo tempo que do seu amor e solicitude pelo povo que Ele queria salvar. A transcendência de Deus não é obstáculo à sua solicitude de amor para com os homens, como Moisés o sentiu. Ao mesmo tempo, o encontro com Deus é sempre encontro que transforma a vida e leva à missão, como o foi para Moisés. 

Leitura do Livro do Êxodo 
Naqueles dias, Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Ao levar o rebanho para além do deserto, chegou ao monte de Deus, Horeb. Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor numa chama ardente, do meio de uma sarça. Moisés olhou para a sarça, que estava a arder, e viu que a sarça não se consumia. Então disse Moisés: «Vou aproximar-me, para ver tão assombroso espectáculo: por que motivo não se consome a sarça?» O Senhor viu que ele se aproximava para ver. Então Deus chamou-o do meio da sarça: «Moisés, Moisés!» Ele respondeu: «Aqui estou!» Continuou o Senhor: «Não te aproximes. Tira as sandálias dos pés, porque o lugar que pisas é terra sagrada». E acrescentou: «Eu sou o Deus de teu pai, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob». Então Moisés cobriu o rosto, com receio de olhar para Deus. Disse-lhe o Senhor: «O clamor dos filhos de Israel chegou até Mim; vi também a violência com que os egípcios os oprimem. Agora põe-te a caminho, que Eu vou enviar-te ao faraó, para que tires do Egipto o meu povo, os filhos de Israel». Moisés disse a Deus: «Quem sou eu, para ir à presença do faraó e tirar do Egipto os filhos de Israel?». Deus respondeu-lhe: «Eu estarei contigo e este é o sinal de que fui Eu que te enviei: Quando tirares o povo do Egipto, adorareis a Deus neste monte». 
Palavra do Senhor. 

SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 1-2.3-4.6-7 (R. 8a) 

Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se 
Ou: Senhor, sois um Deus clemente e compassivo. Repete-se 

Bendiz, ó minha alma, o Senhor 
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo. 
Bendiz, ó minha alma, o Senhor 
e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Refrão 

Ele perdoa todos os teus pecados 
e cura as tuas enfermidades. 
Salva da morte a tua vida 
e coroa-te de graça e misericórdia. Refrão 

O Senhor faz justiça 
e defende o direito de todos os oprimidos. 
Revelou a Moisés os seus caminhos 
e aos filhos de Israel os seus p rodígios. Refrão 

ALELUIA cf. Mt 11, 25 
Refrão: Aleluia Repete-se 

Bendito, sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra, 
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão 

EVANGELHO Mt 11, 25-27 
«Escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes 
e as revelaste aos pequeninos» 

Os “pequeninos” são os discípulos de Jesus, as coisas que só a eles são reveladas são os mistérios do reino de Deus. De facto, o conhecimento destas verdades é fruto da revelação que Deus faz a quem escuta a sua palavra com o coração puro o sincero. O encontro com Deus só é possível se nos colocarmos diante d’Ele em atitude de verdade: verdade que é consciência da nossa profunda pobreza; verdade que é despojarmo-nos de nós mesmos, do nosso orgulho; verdade que é lançarmo-nos nos caminhos da fraternidade e da humanidade, como quem é capaz de se agarrar ao essencial, de viver “como se visse o invisível”. 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus 
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar». 
Palavra da salvação. 

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS 
Olhai, Senhor, para os dons da vossa Igreja em oração 
e concedei aos fiéis que os vão receber 
a graça de crescerem na santidade. 
Por Nosso Senhor. 

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 83, 4-5 
As aves do céu encontram abrigo 
e as andorinhas um ninho para os seus filhos, 
junto dos vossos altares, Senhor dos Exércitos, 
meu Rei e meu Deus. 
Felizes os que moram em vossa casa 
e a toda a hora cantam os vossos louvores. 

Ou Jo 6, 57 
Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue 
permanece em Mim e Eu nele, diz o Senhor. 

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO 
Senhor, que nos alimentais à vossa mesa santa, 
humildemente Vos suplicamos: 
sempre que celebramos estes mistérios, 
aumentai em nós os frutos da salvação. 
Por Nosso Senhor. 

Santo

BB. INÁCIO DE AZEVEDO, presbítero e COMPANHEIROS, mártires 

 

Martirológio

Comemoração dos beatos mártires Inácio de Azevedo, presbítero, e trinta e nove companheiros[1] da Companhia de Jesus, que se dirigiam para as missões do Brasil numa nau chamada «São Tiago», quando foram assaltados por um barco de piratas e passados ao fio da espada e golpes de lança em ódio à religião católica.

 


[1]  São estes os seus nomes: Diogo de Andrade, presbítero; Gonçalo Henriques, diácono; António Soares, Bento de Castro, João Fernandes, Manuel Álvares, Francisco Álvares, João de Mayorga, Estêvão de Zurara, Afonso de Baena, Domingos Fernandes, outro João Fernandes, Aleixo Delgado, Luís Correia, Manuel Rodrigues, Simão Lopes, Manuel Fernandes, Álvaro Mendes, Pedro Nunes, Luís Rodrigues, Francisco de Magalhães, Nicolau Dinis, Gaspar Álvares, Brás Ribeiro, António Fernandes, Manuel Pacheco, Pedro de Fontoura, André Gonçalves, Amaro Vaz, Diogo Pires, Marcos Caldeira, António Correia, Fernando Sánchez, Gregório Escribano, Francisco Pérez Godoy, João de Zafra, João de San Martin, Simão da Costa, religiosos; e ainda João “Agregado” (isto é, que se lhes juntou).

 

2.   Em Cartago, na hodierna Tunísia, o dia natal dos santos mártires cilitanos – EsperatoNarzalCitinoVetúrioFélixAquilinoLetâncioJanuáriaGenerosaVéstiaDonata e Segunda – que, por ordem do procônsul Saturnino, depois de terem professado a sua fé em Cristo, foram encerrados no cárcere; no dia seguinte, atados a um cepo, por perseverarem firmemente a declarar-se cristãos e a recusar prestar homenagem divina ao imperador, foram condenados à morte; e enquanto eram degolados ao fio da espada, de joelhos unanimemente davam graças a Deus.
3.   Em Amástris, na Paflagónia, na hodierna Turquia, São Jacinto, mártir.
4.   Em Sevilha, na Bética, província da Hispânia, as santas Justa e Rufina, virgens, que, aprisionadas pelo governador Diogeniano, depois de sofrerem cruéis suplícios, padeceram o cárcere, a fome e outras torturas: Justa morreu no cativeiro; Rufina, por continuar a profissão de fé no Senhor, foi decapitada.
5.   Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, Santa Marcelina, virgem, irmã de Santo Ambrósio, que em Roma, na basílica de São Pedro, recebeu do papa Libério o véu da consagração no dia da Epifania do Senhor.
6.   Em Roma, na igreja situada no monte Aventino, celebra-se um homem de Deus chamado Aleixo, que, segundo a tradição, deixou a sua casa que era rica, para se fazer pobre e viver incognitamente de esmolas.
7.   Em Auxerre, na Gália Lionense, actualmente na França, São Teodósio, bispo.
8.   Em Pavia, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, Santo Enódio, bispo, que celebrou nos seus hinos as memórias e templos dos Santos e distribuiu generosamente os seus bens.
9*.   Em Deurne, próximo de Antuérpia, no Brabante, região da Austrásia, actualmente na Bélgica, São Fredegando, monge, provavelmente procedente da Irlanda, que foi companheiro de São Foilão e de outros missionários itinerantes.
10*.   No mosteiro de Winchelcombe, na Mércia, região da Inglaterra, São Kenelmo, príncipe da Mércia, que é considerado mártir.
11.   Em Roma, junto de São Pedro, São Leão IV, papa, defensor da cidade e apologista do primado de Pedro.
12.   Em Stockerau, no território de Viena, na Baviera, actualmente na Áustria, São Colomano, de origem irlandesa, que se fez peregrino em nome de Deus; ao dirigir-se para a Terra Santa, foi considerado um espia inimigo e, suspenso de uma árvore, alcançou a Jerusalém celeste.
13*.   Em Nitra, junto ao rio Waag, nos montes Cárpatos, em território da actual Eslováquia, os santos André ou Zoerardo e Bento, eremitas, que, vindos da Polónia para a Hungria a pedido de Santo Estêvão, seguiram num ermo do monte Zobor uma vida de rigorosa austeridade.
14.   Em Cracóvia, na Polónia, Santa Edviges, rainha, que, nascida na Hungria, recebeu o reino da Polónia e, tendo-se casado com Jaguelione, grão-duque da Lituânia, que recebeu no Baptismo o nome de Ladislau, com ele propagou a fé católica na Lituânia.
15*.   Em Paris, na França, as beatas Maria Madalena Claudina Lidoine (Teresa de Santo Agostinho) e quinze companheiras[2], virgens do Carmelo de Compiègne e mártires, que, durante a Revolução Francesa, por observarem fielmente a disciplina monástica foram condenadas à morte e, perante o patíbulo, renovaram as promessas da fé baptismal e os votos religiosos.

 


[2]  São estes os seus nomes: Maria Ana Francisca Brideau (São Luís), Maria Ana Piedcourt (Ana Maria de Jesus Crucificado), Ana Maria Madalena Thouret (Carlota da Ressurreição), Maria Cláudia Cipriana Brard (Eufrásia da Imaculada Conceição), Maria Francisca Gabriela de Croissy (Henriqueta de Jesus), Maria Ana Hanisset  (Teresa do Coração de Maria), Maria Gabriela Trézel (Teresa de Santo Inácio), Rosa Cristina de Neuville (Júlia Luísa de Jesus), Maria Anita Pelras (Maria Henriqueta da Providência), Maria Genoveva Meunier (Constância), Angélica Roussel (Maria do Espírito Santo), Maria Dufour (Santa Marta), Isabel Julieta Vérolot (São Francisco Xavier), Catarina Soiron e Teresa Soiron.

 

16.   Em Zhujiaxiezhuang, próximo de Shenzian, no Hebei, província da China, São Pedro Liu Ziyu, mártir, que durante a perseguição desencadeada pelos sequazes da seita dos “Yihetuan”, apesar dos conselhos dissuasivos dos amigos, permaneceu firme na fé cristã e por isso foi trespassado ao fio da espada.
17*.   Em Leopoldov, na Eslováquia, o Beato Paulo Gojdich (Pedro Gojdich), bispo e mártir, que, sendo pastor dos fiéis no território de Presov, durante o domínio dum regime hostil a Deus, foi encarcerado e suportou tão graves tribulações que, depois de atrozes torturas, acolhendo fielmente as palavras de Cristo, com uma corajosa profissão de fé passou à vida eterna.